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Subsídio Religioso Jornal O TRANSCENDENTE Serv. Missão Jovem, 1079 Florianópolis SC 88020-001 Fone: (48) 3222-9572 ANO 2 MARÇO / ABRIL 2009 - Nº 5 O PROFESSOR É SEMPRE UM MODELO PARA O ALUNO Educar é, sem dúvidas, uma grande res- ponsabilidade, até porque o educando não se fixa somente nos ensinamentos repassados pelo professor, mas também no próprio jeito de ser do mestre e até no seu modo de pen- sar e agir. Não é raro depararmos com alunos testemunhando eterna gratidão ao “mestre” por significativos exemplos de vida que este lhes repassou. E, cá entre nós, qual é o professor que não se sente gratificado com tamanho re- conhecimento? É, sim, motivo de muito orgulho e satisfação saber que, de modo responsável, contribuímos positivamente para a vida do nosso aluno. ER: A DISCIPLINA QUE FAZ A DIFERENÇA! Por se tratar de uma disciplina que promove no aluno a compreensão sobre o fenômeno religioso, o ER amplia seus limites quando faz acontecer no educando também a compreensão de si mesmo enquanto sujeito religioso em busca do Transcendente. Quando “este fenômeno” acontece, a partir da sua própria existência e experiência, o aluno passa a assimi- lar o estudo proposto e a elaborar seu conhecimento. É importante lembrar que a ordem destes aconte- cimentos não segue uma regra. Pode ocorrer que o co- nhecimento leve ao encontro da própria experiência de vida, como também a experiência de vida poderá condu- zir à elaboração mais concreta do conhecimento. O que importa nisto tudo é que aconteça uma transformação no educando em relação à sua própria vida, ou seja, que ele passe a ser diferente após a aquisição de um novo conhecimento e que sinta-se sujeito de sua própria his- tória, comprometido com o meio em que vive. O FAZER PEDAGÓGICO DO ER O fazer pedagógico do professor de Ensino Re- ligioso é sempre um grande desafio quando se ela- bora o planejamento para o novo ano. No papel tudo pode ser colocado, porém, na prática, bem sabemos, sempre o planejado é realizado ou atinge os objetivos propostos. Deste modo, ao estabelecermos os conteúdos do ano e ao planejarmos nossa prática pedagógica, é preciso termos claro quais objetivos pretendemos alcançar com o ensina- mento aplicado, o que é viável e, o que, de fato, será rele- vante para o conhecimento e a vida dos nossos alunos. Pois bem, ter idéias e planejar somente não basta. É preciso somar estes preceitos com atitudes inovadoras e métodos estratégicos de ação para motivar a construção do conhecimento. O fazer pedagógico não se resume em teorias e téc- nicas pedagógicas pré-estabelecidas. O que para uma tur- ma pode funcionar com sucesso, para outra pode ser um fracasso. É preciso, portanto, sensibilidade, competência e muita habilidade, por parte do professor, para distinguir como agir com cada turma. Inúmeras são as metodologias de ação a serem apli- cadas. Jamais nos limitemos a passar um texto aos nossos alunos sem antes combinarmos ou propormos a eles uma sistemática de compreensão e aplicabilidade sobre o con- teúdo do mesmo. A máxima desta questão é levarmos o educando ao aprendizado de maneira lúdica, descontraí- da, contextualizada e bem refletida. Com este processo, por certo, veremos acontecer um aprendizado fixado no encontro entre a proposta e o que é significativo para a vida do aluno. É importante lembrarmos que todo conteúdo traba- lhado será transformado em conhecimento e que, este, por sua vez, integrará a educação integral dos alunos tor- nando-os, por assim dizer, cidadãos comprometidos com a comunidade. A LINGUAGEM SIMBÓLICA NO ER O processo de aprendizagem do ER se solidifica com a farta utilização da lingua- gem simbólica. A linguagem é um sistema de signos que variam de acordo com o tipo de reação com o objeto representado. Podemos citar três tipos de signos: Ícone: refere-se a uma relação de seme- lhança (imagens, fotografias, entre outros) Índice: relação de causa e efeito (nuvens como signos de chuva) Símbolo: é regida por convenção hu- mana, portanto, é exclusivamente humana. Isto significa dizer que o mundo humano é simbólico (aliança como símbolo de casa- mento, ovos de chocolate e coelho como símbolos de Páscoa). A linguagem simbólica promove no educando a descoberta de realidades já existentes e o encontro com suas memó- rias existenciais, gerando, deste modo, no- vos conhecimentos. O significante é revelado em significado, ou seja, o espiritual e o material, juntos, encontram em si próprios a expressão do transcendente. Através da linguagem simbólica o educando tra- duz, através do pensar e agir, sua própria experiência espiritual. Vamos, então, iniciar com coragem e muita inovação o ano letivo de 2009! Q ue maravilha! Mais um ano letivo se inicia e com ele renovamos esperan- ças, refazemos planos de ações e es- tabelecemos novas metas e objetivos para a construção de novos projetos para o ano. Sentimentos assim, permeados de espe- rança e renovação são, com certeza, pró- prios de quem, conforme canta o poeta, tem “fé na vida, fé no homem, fé no que virá”. Com alegria e serenidade vamos, aos poucos, colocando-nos a caminho para a realização de novos fazeres pedagógicos, sempre criativos e renovados, buscan- do construir uma educação que faça sentido para a vida dos nossos educandos, que pro- mova dignidade e torne-os pessoas inseridas no con- texto político, social e co- munitário. PAG E1.indd 1 19/2/2009 11:09:23
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O Transcendente - Encarte Pedagógico 5

Mar 12, 2016

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Edição Março/Abril 2009
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Page 1: O Transcendente - Encarte Pedagógico 5

Subsídio Religioso • Jornal O TRANSCENDENTE • Serv. Missão Jovem, 1079 • Florianópolis • SC • 88020-001 • Fone: (48) 3222-9572

ANO 2MARÇO / ABRIL

2009 - Nº 5

O PrOfessOr é semPre um mOdelO Para O alunO

Educar é, sem dúvidas, uma grande res-ponsabilidade, até porque o educando não se fixa somente nos ensinamentos repassados pelo professor, mas também no próprio jeito de ser do mestre e até no seu modo de pen-sar e agir. Não é raro depararmos com alunos testemunhando eterna gratidão ao “mestre” por significativos exemplos de vida que este lhes repassou.

E, cá entre nós, qual é o professor que não se sente gratificado com tamanho re-conhecimento? É, sim, motivo de muito orgulho e satisfação saber que, de modo responsável, contribuímos positivamente para a vida do nosso aluno.

er: a disciPlina que faz a diferença!

Por se tratar de uma disciplina que promove no aluno a compreensão sobre o fenômeno religioso, o ER amplia seus limites quando faz acontecer no educando também a compreensão de si mesmo enquanto sujeito religioso em busca do Transcendente.

Quando “este fenômeno” acontece, a partir da sua própria existência e experiência, o aluno passa a assimi-lar o estudo proposto e a elaborar seu conhecimento.

É importante lembrar que a ordem destes aconte-cimentos não segue uma regra. Pode ocorrer que o co-nhecimento leve ao encontro da própria experiência de vida, como também a experiência de vida poderá condu-

zir à elaboração mais concreta do conhecimento. O que importa nisto tudo é que aconteça uma transformação no educando em relação à sua própria vida, ou seja, que ele passe a ser diferente após a aquisição de um novo conhecimento e que sinta-se sujeito de sua própria his-tória, comprometido com o meio em que vive.

O fazer PedagógicO dO erO fazer pedagógico do professor de Ensino Re-

ligioso é sempre um grande desafio quando se ela-bora o planejamento para o novo ano. No papel tudo pode ser colocado, porém, na prática, bem sabemos, sempre o planejado é realizado ou atinge os objetivos propostos.

Deste modo, ao estabelecermos os conteúdos do ano e ao planejarmos nossa prática pedagógica, é preciso termos claro quais objetivos pretendemos alcançar com o ensina-mento aplicado, o que é viável e, o que, de fato, será rele-vante para o conhecimento e a vida dos nossos alunos.

Pois bem, ter idéias e planejar somente não basta. É preciso somar estes preceitos com atitudes inovadoras e métodos estratégicos de ação para motivar a construção do conhecimento.

O fazer pedagógico não se resume em teorias e téc-nicas pedagógicas pré-estabelecidas. O que para uma tur-ma pode funcionar com sucesso, para outra pode ser um fracasso. É preciso, portanto, sensibilidade, competência e muita habilidade, por parte do professor, para distinguir como agir com cada turma.

Inúmeras são as metodologias de ação a serem apli-cadas. Jamais nos limitemos a passar um texto aos nossos alunos sem antes combinarmos ou propormos a eles uma

sistemática de compreensão e aplicabilidade sobre o con-teúdo do mesmo. A máxima desta questão é levarmos o educando ao aprendizado de maneira lúdica, descontraí-da, contextualizada e bem refletida. Com este processo, por certo, veremos acontecer um aprendizado fixado no encontro entre a proposta e o que é significativo para a vida do aluno.

É importante lembrarmos que todo conteúdo traba-lhado será transformado em conhecimento e que, este, por sua vez, integrará a educação integral dos alunos tor-nando-os, por assim dizer, cidadãos comprometidos com a comunidade.

a linguagem simbólica nO er

O processo de aprendizagem do ER se

solidifica com a farta utilização da lingua-gem simbólica.

A linguagem é um sistema de signos que variam de acordo com o tipo de reação com o objeto representado.

Podemos citar três tipos de signos:

• Ícone: refere-se a uma relação de seme-lhança (imagens, fotografias, entre outros)

• Índice: relação de causa e efeito (nuvens como signos de chuva)

• Símbolo: é regida por convenção hu-mana, portanto, é exclusivamente humana. Isto significa dizer que o mundo humano é simbólico (aliança como símbolo de casa-mento, ovos de chocolate e coelho como símbolos de Páscoa).

A linguagem simbólica promove no educando a descoberta de realidades já existentes e o encontro com suas memó-rias existenciais, gerando, deste modo, no-

vos conhecimentos.O significante é revelado em significado, ou seja, o

espiritual e o material, juntos, encontram em si próprios a expressão do transcendente.

Através da linguagem simbólica o educando tra-duz, através do pensar e agir, sua própria experiência espiritual.

Vamos, então, iniciar com coragem e muita inovação o ano letivo de 2009!

Q ue maravilha! Mais um ano letivo se inicia e com ele renovamos esperan-ças, refazemos planos de ações e es-

tabelecemos novas metas e objetivos para a construção de novos projetos para o ano.

Sentimentos assim, permeados de espe-rança e renovação são, com certeza, pró-prios de quem, conforme canta o poeta, tem “fé na vida, fé no homem, fé no que virá”.

Com alegria e serenidade vamos, aos poucos, colocando-nos a caminho para a realização de novos fazeres pedagógicos, sempre criativos e renovados, buscan-do construir uma educação que faça sentido para a vida dos nossos educandos, que pro-mova dignidade e torne-os pessoas inseridas no con-texto político, social e co-munitário.

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02 MARÇO/ABRIL - 2009 PLANO DE ATIVIDADE I ENCARTE DO OT

1. Cada criança dirá seu nome em voz alta e todos falarão o nome da fruta que ela mais gosta.

2. Dos desenhos ao lado, recorte a fruta que você mais gosta e cole-a em seu caderno.3. Escreva ao lado da fruta as características que ela tem (azeda, doce, dura, mole,

grande, pequena...)Pensamento chave: Apesar das características, sabores, cores e formatos di-ferentes, todas são frutas.

P iaget nos orienta para o fato de que, na primeira infância – 2 a 7 anos -, há uma transformação notória na inteligência da criança, que de sensório-motora prática que era no início, passa para um pensamento ampliado,

propriamente dito, com a dupla influência da linguagem e da socialização.

A linguagem veicula conceitos e noções que a todos pertencem e que refor-çam o pensamento individual com um vasto sistema de pensamento coletivo. É neste campo de manejo da palavra que a criança se percebe no mundo da comu-nicação e, por conseqüência, da socialização.

ConheCendo os novos Amiguinhos AtrAvés dA linguAgem simbóliCAComPetênCiAs e hAbilidAdes: Domínio da leitura dos símbolos para saber distinguir e associar a eles o seu significado.

AtividAde i:

1. observe os coleguinhas da sua turma: a cor dos seus olhos, a cor dos seus cabelos e o tom da sua pele.

2. desenhe quatro coleguinhas da sua turma e escreva quais são as diferenças que você notou nelas.

1. Entreviste cinco coleguinhas com as perguntas abaixo e circule o desenho que corresponda à resposta dele (a).

• Qual o docinho que você mais gosta?

• Qual o sorvete da sua preferência?

Observando o conjunto de ilustrações abaixo, circule a que não combina com crianças que praticam as virtudes da fraternidade e da igualdade propostas por todas as religiões.

3. observe as crianças nos desenhos abaixo e escreva ao lado de cada uma delas o nome de um coleguinha que se parece com o desenho apresentado.

• Em qual posição você faz sua oração?

AtividAde ii:

diversidAde e iguAldAdeComPetênCiAs e hAbilidAdes: Reconhecimento e percepção das diferenças e igualdades, através da linguagem dos símbolos para o desenvolvimento de uma postura ética e convivência respeitosa em meio à diversidade cultural e religiosa.

AtividAde i: observAndo As diferençAs

AtividAde iii:

AtividAde ii: PerCebendo As iguAldAdes

Que alegria, estamos de volta às aulas. Vamos conhecer os novos amiguinhos e rever os amiguinhos que já estavam em nossa turma no ano anterior.1. Em uma folha, faça uma lista com o nome dos coleguinhas da turma.

2. Ao lado de cada nome escreva a fruta que seu (sua) coleguinha mais gosta.

Vamos nos comunicar com os amiguinhos lembrando da fruta que cada um mais gosta:

Em nossa sala de aula temos muitos amiguinhos. Somos todos iguais, mas com algumas características diferentes.

ex.: Gustavo Sofia

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PLANO DE ATIVIDADE IIENCARTE DO OT MARÇO/ABRIL - 2009 03

Olá, Professor (a):Em 2003 foi assinada pelo Presidente da República a Lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A Lei tornou obrigatório o ensino de História e Cultura da África e das populações negras brasileiras nas escolas oficiais e particulares de ensino fundamental e médio de todo o Brasil. Em 2008, com a Lei 11.465, também

a “História e Cultura Indígena” passa a ser contemplada. É bem certo que nem todas as escolas já se adaptaram a esta proposta, porém, há uma intenção de que até 2010 os professores estejam capacitados para trabalhar com muita competência este assunto em sala de aula.

O tema é riquíssimo para a nossa cultura, pois foi da África que vieram grandes contribuições para o desenvolvimento cultural do povo brasileiro como, por exemplo: os ritos religiosos africanos, os gingados da dança africana, os ritmos musicais dos batuques, as delícias da culinária africana e as ricas expressões do idioma africano.

Vamos motivar nossos alunos a lançarem um olhar mais amplo sobre esta riqueza de hábitos e costumes que integram o grande patrimônio cultural do nosso país e com os quais convivemos diariamente, porém, nem sempre reconhecendo sua devida importância. “Axé!”

Importante: Professor (a), antes de trabalhar a temática com os alunos, procure estudar na íntegra os textos com os conteúdos apresentados nesta edição. Eles lhe darão uma excelente base para trabalhar com seus alunos. E mais, acesse o site: www.otranscendente.com.br- e confira outros temas que complementarão seus estudos.

• Levar para a sala de aula o mapa do mundo.• Pedir aos alunos que localizem o Brasil e o continente africano.• Mostrar, através de um cartaz, a bandeira do Brasil e a da África do Sul (um dos países do continente africano).• Explanar sobre a importância do tema a ser trabalhado.

• Motivar as crianças para expressarem o que já sabem ou ouviram falar sobre assuntos relacio-nados ao povo africano: culinária, futebol, jogo de capoeira, ritmos e batuques, entre outros.• Desenhar as duas bandeiras ou recortar as imagens abaixo. • Criar uma linda frase para celebrar a unidade Brasil x África.• Expor as frases no mural da escola.

S incretismo significa fusão de culturas diferentes, ou até divergentes, em um só elemento, não perdendo sinais originários.

Logo que chegaram ao Brasil como escravos, os negros tiveram muita dificuldade para expressar sua religiosidade em vista da hegemonia religiosa dos homens brancos. Por esta razão, os escravos negros tiveram que adaptar seus costumes e crenças reli-giosas aos costumes e crenças dos seus donos, católicos em sua maioria. A religião dos africanos era considerada estranha, com várias divindades, feitiçarias, danças e músi-cas místicas. Para preservar suas tradições advindas de religiões tribais e primitivas, os negros comparavam os santos católicos com as divindades de sua cultura: os Inquices,

A s duas religiões se desenvolveram no Brasil e são chamadas de religiões afro- des-cendentes por possuírem elementos da cultura dos escravos, trazidas de diversas

religiões da África.A umbanda surgiu no Brasil na década de 1920 e, apesar de suas origens negras, valoriza as

influências católicas, não se importando com o sincretismo. É uma religião aberta a todos, por isso é considerada como religião brasileira de fato. Nas práticas atuais, os seguidores da Umbanda deixam oferendas de alimentos, velas e flores em lugares públicos para os espíritos.

O candomblé preocupa-se mais em manter suas origens africanas e chegou ao Brasil entre 1549 e 1888. Seus praticantes procuram manter a integridade da cultura trazida pelos negros africanos e tentam evitar o sincretismo. O candomblé é uma reli-gião muito rica musicalmente.

Que tal elaborar um rico mural que retrate a riqueza étnico-cultural do povo brasileiro como avaliação para o fechamento do bimestre?

AtIVIdAde:• Recortar imagens de pessoas de várias culturas.• Em sala de aula, as figuras poderão ser distribuídas entre os alunos.• Identificar a origem das imagens e perceber nelas o que é diferente para a nossa cultura - monumentos, imagens, cores, maquiagens, construções, entre outros.• Colar as figuras em papel-cartaz e criar uma frase que expresse o maravilhoso con-junto de povos.

os Voduns ou os Orixás, como são mais conhecidos nos dias de hoje.Este entrelaço de ritos fez acontecer um sincretismo religioso até hoje exis-

tente no Brasil.

AtIVIdAde:• Pesquisar no site: www.otranscendente.com.br o conjunto de divindades do candom-

blé e sua relação com os santos católicos.• Em grupos, conversar sobre o que aprenderam dessa relação.• Elaborar cartazes ou painéis com imagens de santos e os nomes dos Orixás o que eles representam.

Competências e habilidades: Perceber e respeitar as identidades e as dife-renças para o desenvolvimento de um relacionamento humano ético, valorativo e afetivo.

O BrAsIl e A ÁfrICA se IdentIfICAm CulturAlmente em VÁrIOs AsPeCtOsPrOPOstA InterdIsCIPlInAr:

Geografia: a localização da Áfricaeducação Artística: as artes e a cultura africana.

educação física: jogo de capoeira

1ª e 2ª semAnAs:situando a África e o Brasil no mapa do mundo

3ª e 4ª semAnAs:O sincretismo nos ritos africanos (estudo pág. 08)

5ª e 6ª semAnAs:umBAndA e CAndOmBlÉ – QuAl A dIferençA?

7ª e 8ª semAnAs: BrAsIl, terrA de tOdOs Os POVOs!

AtIVIdAde:Observe as figuras abaixo e marque com um “X” quais delas retratam os cultos africanos.

Competências e habilidades: Reconhecer os cultos africanos, seus aspectos e suas características como cultura religiosa frequente no Brasil e desenvolver con-vivência respeitosa e harmoniosa com praticantes das várias religiões.

literatura brasileira: produção textual, poesias, sessão literária.História brasileira: Brasil colonial

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04 MARÇO/ABRIL - 2009 PLANO DE ATIVIDADE III ENCARTE DO OT

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

Esta data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, morto em 20 de novembro de 1695.

A comemoração deste dia pretende lembrar a resistência do negro brasileiro à escravidão de uma maneira geral, desde a primeira vinda dos negros da África para o Brasil, em 1594.

Existem, no Brasil, várias entidades que promovem e defendem a cultura negra

conhecidos como Movimentos Negros.Essas entidades debatem vários temas relevantes para a cultura negra, como, por

exemplo, a inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, possíveis dis-criminações para com os negros na política, identificação de etnias, moda e beleza negra, entre outros.

No Movimento Negro a criança negra tem um espaço especial para se formar uma personalidade fortalecida pelo não auto-preconceito e da não inferiorização perante a sociedade.

TEMA : Afro-dEscENdêNciA

EiXo orGANiZAdor : Ethos / coNTEÚdos: o afro no Brasil / TrANsVErsALidAdE: Ética e Pluralidade culturaliNTErdisciPLiNAriEdAdE: Ensino religioso, Educação Artística, Língua Portuguesa, História, Geografia, Educação física

fUNdAMENTo: Limites éticos

Literatura de CordeL:É um modalidade de escrita com rica manifestação cultural visual e escrita do povo. No nordeste do Brasil, onde este jeito de escrever é muito usado, para vendê-los é comum que eles fiquem presos a cordas ou varais, como

se estivessem secando ou como se fossem banderolas juninas. o cordel tem como característica um grande apelo social, exortando à educação, pela modalidade da escrita e pela temática apresentada. Como são leituras acessíveis e divertidas, facilita a vida de quem aprende a ler e a escrever.

Afro-Brasil em cordel O Brasil foi o país Que mais escravos comprouPorque o comércio aquiBem mais cedo começou;da ambição oriundo,foi também no Novo Mundoo último que terminou

Todas as capitaniasDe escravos se inundaram,

Do Congo, de Angola e Mina, do centro e sul recrutaram;Principalmente GuinéE ilha de São ToméDe toda parte se importaram.

singrando águas atlântica,Confinada num porão, Esta gente valorosa Formava uma só nação,Tendo diversa etnia

O sofrimento os uniaNa alma e no coração.

Língua e costumes diversos, pois no Brasil se juntavamtantos povos diferentes:Bornos,Baribas, Haussás e também Iorubás,hoje afro-descendentes.

Zumbi foi o grande líderDo Quilombo dos Palmares

E jurou pelo seu povoEnfrentar terras e

mares;Falando aos guerreiros bravos: “Não queremos mais escravos!”Seu grito troou nos ares.

A resistência do negro enfrentou luta feroze Zumbi então foi alvode perseguição atroz,

mas na guerra resistindo,foi ao inimigo iludindo,em galopada veloz.

Foi domingos Jorge VelhoQue esse quilombo arrasou,Quando um punhal traiçoeiroA Zumbi assassinou,Mas a sua trajetóriaFicou gravada de glória Que com a vida ensinou.

Foi em vinte de novembroQue este grande herói tombou.Por quase duzentos anosA escravidão perdurou, mas do negro a resistênciaFortaleceu a consciênciaQue a luta perpetuou.

Autora: Nezite Alencar

c aro (a) aluno (a), com certeza sua comunidade é composta por pessoas de várias etnias e culturas religiosas. Como nosso estudo durante esta edição en-

foca a afro-descendência, será sobre este tema que vamos construir um novo conhecimento, elaborando um rico cordel.

dicA: o trabalho poderá ser realizado em dupla, equipe ou individualmente.

• Em seu bairro, ou comunidade, procure conversar com pelo menos cinco pessoas que possuem descendência africana.

• Descubra, com cada uma delas, se sabem de qual região da África vieram seus ancestrais, data e condições de vinda.

• Saiba se elas conheceram ou conhecem algum parente que tenha sido escravo e faça perguntas referentes a vida dessa pessoas naquele período.

• Nos dias de hoje, existe algum Movimento Negro em sua comunidade? Con-verse com um líder desse Movimento e pergunte quais ações seus integrantes

praticam.

• Qual contribuição cultural a afro-descendência presta para a sua co-munidade: danças, ritmos musicais, culinária, estudos, ritos religiosos, artesanatos, entre outros.

• Registre com fotos o resultado de sua pesquisa e elabore um lindo cordel com todas essas informações.

• Em sala de aula, apresente seu trabalho para toda a sua turma. Ah! Não esqueça de “pendurar”, para exposição, as poesias em varal. Vai

ser genial construir este conhecimento.

A s cores predominantes das bandeiras dos países do continente africano são: Azul: simboliza as águas

Verde: simboliza as vegetaçõesAmarelo ouro: simboliza as riquezas mineraisVermelho: simboliza o sangue derramadoBranco: simboliza a paz desejadaPreto: os contornos geográficos.

Estudando o texto:• Em sala de aula, em turma, ou separadamente, fazer leitura do texto

“Afro-descendência – Identidade Religiosa” – página 8.

Preparando o lúdico:• De formas diversas, nas cores citadas, recortar folhas de papel cartão (folha dura), con-

forme o número de alunos na sala ou até o dobro, se desejarem prolongar o jogo.• Em cada peça, no verso - escrever um número – de 1 a 6. Os números podem ser

repetidos em vários cartões.

• Escolher seis recipientes – potes ou caixas. Em cada recipiente escrever um número, também de 1 a 6.• Cada recipiente deverá conter as várias perguntas, elaboradas pelos pró-prios alunos, a partir do texto estudado.

coNsTrUiNdo o coNHEciMENTo:• Dividir a turma em dois grupos – sentados em círculo.• Ao centro, montar o cenário com os potes ou caixas e os recortes coloridos. (esses fora da caixa)• Um por vez, grupo por grupo, cada aluno (a) escolherá um recorte colorido e, de acordo com o número que estiver no verso, deverá tirar uma pergunta

do pote relacionado. • A cada resposta acertada o grupo receberá um ponto.• Vencerá a turma que mais acertar as respostas.

ATiVidAdE i:ELABorANdo sEU PróPrio cordEL: A cULTUrA Afro-BrAsiLEirA EM MiNHA coMUNidAdE

ATiVidAdE ii: APrENdENdo dE forMA LÚdicA

Mosaico Africano: As cores da África revelam...

ZUMBI DOS PALMARES: UMA VIDA PARA O POVO!

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