TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Massas Família – Saúde com Sabor
Alexandre Camargo Vieira Fabio Cestari Franzé
Flavia Ap. Gomes Lilian Nalin de F. L. da S. Fernandes
Professora Orientadora: Marcia Cristina dos Santos Ferreira
São Caetano do Sul / SP 2013
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Etec “JORGE STREET”
Massas Família – Saúde com Sabor
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção do Diploma
de Técnico em Administração.
São Caetano do Sul / SP 2013
RESUMO
O presente projeto tem como objetivo criar uma empresa de massas feitas a
partir da farinha de arroz, na cidade de Diadema, no estado de São Paulo. A
empresa terá como foco principal a doença celíaca, que é a intolerância de algumas
pessoas ao glúten. Por isso decidiu-se fabricar dois tipos de alimentos saborosos e
saudáveis sem este componente, para que portadores desta doença também
possam apreciar uma agradável refeição, sem prejudicar sua saúde, levando
também, a informação a toda população.
Embora o hábito de uma alimentação saudável seja escassa, temos como
parte dos objetivos, através de campanhas promocionais e informativas,
proporcionar não só aos portadores da Doença Celíaca, mas a todos que desejam
uma melhor qualidade de vida, uma alimentação mais saudável, livre de ingredientes
nocivos à saúde.
Palavra-chave: Doença Celíaca, Macarrão, Glúten.
4
ABSTRACT
The present project has the objective create a company of pasta made starting
from rice flour, in Diadema, in the state of São Paulo. The company will focus mainly
celiac disease that is intolerance to gluten in some people. For this reason, it was
decided to produce two types of tasty and healthy food without such component, so
that patients with this disease may also enjoy a nice meal without harming your
health, leading also to the whole population information.
Although the habit of healthy eating is scarce, we have as part of the
objectives through promotional and information campaigns, providing not only the
bearers of Celiac Disease, but to all who desire a better quality of life, a healthier diet,
free ingredients harmful to health.
Keyword: Celiac Disease, Pasta, Gluten.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................... 08
1 - A DOENÇA CELÍACA......................................................................................... 10
1.1. O que é a Doença Celíaca?.......................................................................... 11
1.2. Sua Descoberta ............................................................................................ 11
1.3. Como se Desenvolve e Seus Sintomas......................................................... 12
1.4. Complicações da Doença............................................................................... 15
1.5. Diagnóstico..................................................................................................... 16
1.6. Tratamento..................................................................................................... 17
1.7. Opções de Alimento para Portadores Celíacos............................................. 18
2 - O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO MACARRÃO........................................... 19
2.1. Como é feito.................................................................................................... 19
2.2. Funcionamento da Empresa........................................................................... 21
2.3. Processos de Armazenagem do Produto....................................................... 22
2.4. Tipos de Embalagem...................................................................................... 23
3 – A EMPRESA MASSAS FAMÍLIA....................................................................... 24
3.1. Caracterização do Empreendimento.............................................................. 24
3.2. Quem Somos.................................................................................................. 24
3.2.1. Missão................................................................................................ 24
3.2.2. Visão................................................................................................... 25
3.2.3. Valores................................................................................................ 25
3.3. A Administração da Massas Família.............................................................. 25
3.4. Diferencial do Produto.................................................................................... 27
3.4.1. Informação do Produto........................................................................ 27
3.5. Fornecedores.................................................................................................. 29
6
3.6. Clientes........................................................................................................... 29
3.7. Concorrentes.................................................................................................. 30
3.7.1. Concorrentes Diretos.......................................................................... 31
3.7.2. Concorrentes Indiretos....................................................................... 32
4 – PLANO DE MARKETING................................................................................... 34
4.1. Análise de Mercado........................................................................................ 34
4.2. Ações de Venda (Mídia Impressa).................................................................. 36
4.3. Ações Promocionais e Divulgação da Informação......................................... 38
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 41
ANEXO I – Instrumento de Consolidação de Contrato Social................................ 43
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 Observação microscópica da mucosa normal .............................. 10
FIGURA 2 Observação microscópica da mucosa com a DC.......................... 11
FIGURA 3 Manifestação Externa da Doença Celíaca....................................... 11
FIGURA 4 Fluxograma de Diagnóstico da Doença Celíaca................................. 16
FIGURA 5 Fluxograma do Processo de Produção do Macarrão......................... 20
FIGURA 6 Local de armazenagem do macarrão Massas Família..................... 22
FIGURA 7 Organograma Massas Família............................................................ 26
FIGURA 8 Embalagem do Macarrão de Arroz da empresa Urbano................... 31
FIGURA 9 Embalagem do Macarrão de Arroz da empresa Casarão................. 31
FIGURA 10 Embalagens macarrão tradicional da empresa Renata................... 32
FIGURA 11 Embalagem macarrão tradicional da empresa Barilla..................... 33
FIGURA 12 Embalagem macarrão tradicional da empresa Adria....................... 33
FIGURA 13 Veja Edição Especial Saúde.............................................................. 33
FIGURA 14 Boa Forma - “Pense Magro”.............................................................. 37
FIGURA 15 Viva! – “Os Alimentos que tiram o inchaço”........................................ 37
FIGURA 16 Anúncio Revistas Editora Abril............................................................ 38
FIGURA 17 Stand de Degustação do Macarrão com Promotora de Vendas...... 39
TABELA 1 Prevalência da DC não diagnostica em estudos populacionais...... 12
TABELA 2 Tabela Nutricional do Macarrão de Arroz Massas Família................ 28
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INTRODUÇÃO
O momento atual em que vivemos, é conhecido como a Era da Globalização,
a Era da Informação. E o que se pode entender sobre isso, é que esta referida
informação está ao alcance de todos, assim como diz a Lei da Informação no Brasil.
Mas podemos constatar que nem todas as informações, principalmente as
mais importantes e de interesse público, são frequentemente ou de fato divulgadas.
Um exemplo disso, tema base de nosso projeto, é a Doença Celíaca.
Tomamos conhecimento desta doença através de conversas informais, onde,
ao mero acaso, ela foi mencionada, pois até então não imaginávamos sua existência
e muito menos seus agravantes, como a proibição de seus portadores de
degustarem, por exemplo, a tradicional macarronada dominical.
Constatamos que os portadores desta doença são intolerantes ao glúten,
presente em praticamente todos os alimentos, em especial aqueles derivados do
trigo.
Além da doença não ser muito conhecida, os alimentos direcionados para
seus portadores são pouco divulgados.
A partir destas informações, o grupo interessou-se pelo assunto, e com base
neste interesse mútuo, passamos a pesquisar profundamente a respeito.
Pudemos, então, constatar que o que se fala sobre a disseminação da
informação, não é tão verídico, e que a maior parte da população desconhece dados
como que 1 em cada 214 brasileiros possuem esta doença; que a Doença Celíaca é
responsável, segundo dados de pesquisadores de renomadas Universidades, pela
morte de ao menos 42.000 crianças no mundo todo, todos os anos, entre outras
estatísticas.
Além de divulgarmos mais detalhes sobre esta doença, concordamos que
poderíamos produzir e comercializar um produto, como o macarrão, direcionados
para os portadores da Doença Celíaca e para quem mais se interesse, afinal,
alimentação saudável é sempre bem vinda, fornecendo para as maiores e menores
redes de distribuição de alimentos.
Embora o macarrão de arroz já seja comercializado por concorrentes, nos
empenhamos em pesquisar, elaborar e experimentar esta receita feita a partir da
farinha de arroz, ao invés da farinha de trigo, já que os portadores da doença são
9
intolerantes ao glúten, presente no trigo, para nos tornar um diferencial na mesa de
nossos consumidores.
Nossa estratégia para as divulgações, inicialmente, será nos meios de
comunicação mais comuns, como revistas e jornais.
Acreditamos que trilhando este caminho, estaremos próximos do sucesso.
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1 – A DOENÇA CELÍACA
1.1. O que é a Doença Celíaca?
A Doença Celíaca (também conhecida como Enteropatia Glúten-Induzida) é
uma patologia autoimune que afeta o intestino delgado de adultos e crianças
geneticamente predispostos, precipitada pela ingestão de alimentos que contêm
glúten.
Nas doenças autoimunes, existe alteração do sistema de defesa em que o
sistema imunológico produz anticorpos contra as próprias células e tecidos. O fator
desencadeante do processo autoimune é, na doença celíaca, o glúten, substância
contida no trigo, centeio, cevada e aveia.
A doença causa atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado,
causando prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.
FIG.1 – Observação microscópica da mucosa normal com vilosidade
11
FIG.2 – Observação microscópica da mucosa plana, que perdeu a vilosidade na Doença Celíaca.
Ainda desconhecida pela grande maioria da população – e, infelizmente, por
parte da classe médica – a doença se caracteriza pela intolerância ao glúten, uma
proteína presente no trigo, na cevada, na aveia e no centeio. O primeiro
levantamento global sobre a doença, divulgado no final de julho de 2011, indica que
ela cause a morte de cerca de 42.000 crianças todos os anos no mundo. Em
entrevista concedida ao site da revista Veja, Peter Byass, epidemiologista
coordenador do estudo que reuniu o departamento de saúde pública e medicina
clínica da Universidade de Umea, na Suécia, e a Faculdade de Saúde da
Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, avalia que no Brasil 200 crianças
morram anualmente em função desse mal. Alguns estudos internacionais afirmam
ainda que uma a cada 100 pessoas no mundo seja portadora da doença; outros, que
mais da metade dessas pessoas não sabem que estão doentes. No Brasil pouco se
sabe sobre a incidência da doença, já que faltam levantamentos nacionais. Dados
de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, realizada em 2007,
apontam que um a cada 214 brasileiros tem a doença. Os dados existentes sobre
doença celíaca, como se vê, são poucos, dispersos e por vezes desatualizados.
1.2. Sua descoberta
A doença celíaca foi descoberta em 1888, pelo pediatra britânico Samuel
Gee, mas apenas no decorrer da década de 1940 o glúten foi reconhecido como o
vilão causador do transtorno. Durante os períodos de escassez alimentar da guerra,
o médico holandês Willem Karel Dicke notou que a falta de pães e de produtos à
12
base de trigo reduziam o número de casos, e acabou relacionando a proteína à
doença. Dicke criaria, ainda no começo de 1950, a primeira dieta livre de glúten para
pacientes com doença celíaca – que permanece sendo o único tratamento
disponível até hoje. De lá para cá, alguns passos importantes foram dados para o
controle do problema, como a definição dos sintomas entra. Mas, mesmo que seja
um mal conhecido, estudado, com tratamento e exames para diagnóstico
estabelecidos, a doença celíaca persiste silenciosa e sub-diagnosticada em muitos
pacientes.
- TABELAS
Prevalência da DC não diagnostica em estudos populacionais
País Nº de Casos Faixa Etária Prevalência
Itália 17.201 Crianças 1:210
Hungria 427 Crianças 1:85
Suécia 690 Crianças 1:77
Finlândia 3.654 Crianças 1:99
Saara 989 Crianças 1:18
Portugal 536 Adolescentes 1:134
Israel 1.571 Adultos e Crianças 1:157
EUA 4.126 Adultos e Crianças 1:133
Brasil 2.371 Adultos e Crianças 1:474 e 1:169
Tabela 1 - Prevalência da DC não diagnostica em estudos populacionais
Fonte: http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/index.php?p=html&id=1189
1.3. Como se Desenvolve e Seus Sintomas
As evidências clínicas e os índices laboratoriais variam de manifestação
alguma (Doença Celíaca Silenciosa – DCS) até importante resposta imunológica e
de desnutrição calórico-protéica.
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Em algumas pessoas, a doença celíaca pode ser assintomática (Doença
Celíaca Oligossintomática – DCO), mas em outros casos (Doença Celíaca Atípica -
DCA), o portador pode apresentar alguns dos sintomas abaixo:
Diarreia com fezes fétidas, claras, volumosas, com ou sem gotas de gordura ou prisão de ventre;
Vômito;
Perda de peso com facilidade;
Ganho de peso com dificuldade;
Inchaço nas pernas;
Anemia;
Alterações na pele;
Fraqueza nas unhas;
Queda de pelo;
Diminuição da fertilidade;
Alterações no ciclo menstrual;
Retardo do crescimento em crianças;
Sinais de desnutrição;
Flatulência;
Dermatite herpetiforme (pequenas feridas ou bolhas na pele, que coçam);
Irritabilidade;
Distensão abdominal (barriga inchada);
Dor abdominal;
Osteoporose.
A doença pode aparecer ou se manifestar em qualquer idade. Na criança,
pode aparecer logo após iniciar o uso de cereais com glúten em sua alimentação,
levando até a deficiência no seu desenvolvimento.
A diarreia ocorre em proporção significativa de pacientes, mostrando-se
crônica, ou seja, durante mais de três ou quatro semanas. Se aceita que a doença
pode permanecer com sintomas mínimos e ocasionais durante longos períodos de
vida. Bem antes destas manifestações clínicas mais visíveis, as pessoas com
intolerância ao glúten podem se queixar de várias dificuldades inespecíficas, por
14
exemplo, desconforto abdominal, flatulência, aftas bucais e, paradoxalmente,
constipação.
FIG. 3 – Manifestação Externa da Doença Celíaca
É interessante a observação de que sintomas da infância podem desaparecer
na adolescência, para reaparecer na maturidade ou mesmo na velhice.
Os principais sintomas da Doença Celíaca são a diarreia com perda de gordura nas
fezes, vômito, inchaço nas pernas, anemias, alterações na pele, fraqueza das
unhas, queda de pêlos, diminuição da fertilidade, alterações do ciclo menstrual e
sinais de desnutrição.
Conforme se observa na tabela 1 abaixo, os estudos epidemiológicos na
Europa, América do Sul, Austrália, EUA mostram uma prevalência da DC de 0,5 a
1% nestas populações, o que a torna uma das doenças crônicas de maior
prevalência na infância. No entanto, a grande maioria dos casos permanece não
diagnosticada.
Diante de um dos sintomas apresentados, o indivíduo deve procurar um
médico especialista e, só então se tratar. Se a pessoa corta o glúten da alimentação
por conta própria, quando for ao médico será difícil a realização do diagnóstico.
Existem formas atípicas de patologia, cujos sintomas e consequências
parecem não ter nada a ver com ela, como a infertilidade feminina, por exemplo.
Então, quando o paciente tiver um problema crônico, sem causa definida e que não
responde aos tratamentos, a suspeita sobre a doença celíaca deve ser levantada.
15
1.4. Complicações da Doença
As complicações da doença celíaca podem surgir quando a doença é
diagnosticada tardiamente ou se o indivíduo não respeitar a orientação de ter uma
alimentação sem glúten sempre.
A mais grave delas é o Linfoma, que é um tipo de câncer de intestino. O
Celíaco não tratado é mais propício, porque o intestino fica sempre
imunologicamente ativado, alterado, produzindo linfócitos, e a região pode se
maleinizar.
A ocorrência de câncer nessas pessoas é três vezes maior.
A melhor maneira de evitar as complicações que a doença celíaca pode trazer
é controlar a alimentação, adotando uma dieta isenta de glúten por toda vida.
1.5. Diagnóstico
O diagnóstico da doença celíaca é baseado em positividade de testes
sorológicos específicos e, principalmente na presença de lesões características na
mucosa do intestino. A sorologia através de um exame de sangue é útil tanto no
diagnóstico de doença celíaca (alta sensibilidade de cerca de 98%, ou seja, o exame
não detecta 2 em cada 100 casos) quanto em sua exclusão (alta especificidade de
mais de 95%, ou seja, um resultado positivo no exame é muito mais propenso a
confirmar uma doença celíaca do que outra condição).
Devido às maiores implicações do diagnóstico da doença celíaca, recomenda-
se aos profissionais que após um resultado positivo no exame de sangue ainda seja
realizada uma endoscopia complementar. Um resultado negativo no exame ainda
pode fazer com que seja necessária uma biópsia, no caso da suspeita ser muito
grande. A biópsia abrangeria os 2% restantes dos casos não diagnosticados, assim
como oferecer explicações alternativas para os sintomas. Dessa maneira, a
endoscopia com biópsia ainda é considerada o padrão ouro no diagnóstico da
doença celíaca.
Há exames sorológicos que auxiliam o diagnóstico, como o teste antiendomísio (IgA-
EMA), que tem uma especificidade e sensibilidade próxima de 100%, e o teste
ELISA que pode detectar a presença de anticorpos anti-transglutaminase (tTG), mas
16
não são suficientes para diagnosticar a doença sozinhos. Nas pessoas com essa
doença, a ingestão de glúten provoca danos à mucosa do intestino delgado,
dificultando a digestão.
Tanto as lesões da mucosa do intestino como as manifestações clínicas a
elas associadas normalizam com a adoção de dieta completamente isenta de glúten.
FIG. 4 – Fluxograma de Diagnóstico da Doença Celíaca
17
1.6. Tratamento
Cortar o glúten da dieta é a primeira medida, mas não somente. A maior
dificuldade para os pacientes é conviver com as restrições impostas pelos novos
hábitos alimentares. A doença celíaca não tem cura, por isso, a dieta deve ser
seguida rigorosamente pelo resto da vida. É obrigatório por lei federal (Lei nº 10.674,
de 16/05/2003) que todos os alimentos industrializados informem em seus rótulos a
presença ou não de glúten para resguardar o direito à saúde dos portadores de
doença celíaca. É importante que os celíacos fiquem atentos à possibilidade de
desenvolver câncer de intestino e a ter problemas de infertilidade. Aprofundar os
conhecimentos sobre a patologia, conhecer outros celíacos, suas histórias, receitas,
dicas. O melhor para isso é integrar alguma associação de Celíacos. Em 1985, a
Unifesp criou o Clube dos Celíacos, sendo muito positivo, porque indo às reuniões,
trocando experiências, os pacientes conseguiam fazer melhor a dieta. Em 1994, o
clube se tornou a ACELBRA – SP (Associação de Celíacos do Brasil – Regional São
Paulo). Hoje existem associações como essa por todo o país, e isso é um grande
avanço em relação ao tratamento.
Ainda assim, há esperança para os portadores da doença. Pacientes
portadores de doença celíaca dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia estão
sendo cobaias para testes de uma nova vacina que promete tornar o sistema
imunológico tolerante ao glúten.
A nova vacina surge como esperança de cura. Ela foi desenvolvida depois
que os cientistas identificaram 3.000 fragmentos proteicos do glúten que causam
danos ao organismo. Esses fragmentos foram reduzidos a apenas três, que parecem
explicar quase todos os casos de doença celíaca. A nova vacina possui pequenos
fragmentos de proteínas que desencadeiam o sistema imunológico durante o
processo de digestão. Por serem pequenos os fragmentos não são atingidos pelo
sistema imunológico que vão aumentando gradualmente, permitindo uma aceitação
aos níveis mais elevados do glúten.
1.7. Opções de Alimento para Portadores Celíacos
Mas enquanto a vacina não chega em suas mãos, os portadores da doença
permanecem em uma dieta constante, isenta de glúten.
18
Um alimento muito conhecido e apreciado por todos, é o macarrão.
Normalmente, temos o macarrão tradicional de farinha de trigo, que possui em sua
fórmula um componente que lhes trazem perigosas consequências: o glúten.
Baseados em pesquisas e estudos, elaboramos este mesmo macarrão. Mas
com um diferencial: ao invés do uso de farinha de trigo, utilizamos a farinha de arroz.
Ingrediente este rico em hidratos de carbono. Há milhares de anos o arroz é o
alimento básico de mais da metade da população do mundo. Como a cevada e a
aveia, o arroz cresce dentro de uma casca protetora, que tem que ser removida para
que se possa utilizar o grão como alimento.
A farinha de arroz é conhecida por sua fácil e rápida digestão no organismo,
muito superior à do amido de milho, o que torna a farinha de arroz especialmente
indicada para alimentos infantis, idosos e pessoas com necessidades especiais de
alimentação, como os portadores da Doença Celíaca, por exemplo. Pode substituir a
farinha de trigo em quantidades iguais. Aqui no Brasil pode ser comprada a granel,
ou em embalagens de 200g e 1 kg em lojas de produtos naturais.
Como a farinha de arroz é feita pela simples moagem dos grãos, sem
qualquer processo químico envolvido, ela preserva as mesmas características
nutricionais do arroz polido (branco). Assim, além do arroz polido, que corresponde a
cerca de 90% da matéria seca do arroz, esta farinha não contém glúten e auxilia na
prevenção de doenças do aparelho digestivo, do coração e no controle do diabetes,
já que possui índice glicêmico baixíssimo. A farinha de arroz também reduz a
absorção de óleos vegetais dos alimentos, tornando-os menos calóricos.
19
2 - O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO MACARRÃO
2.1. Como é feito
Este processo é feito com os seguintes ingredientes:
1,800 kg de Tripolifosfato;
1,200 kg de Farinha de Arroz;
1,800 kg de Pirofosfato;
1,800 kg de Fosfato;
3,300 kg de Carbonato de Sódio;
1,700 kg de Carbonato de Potássio;
1,700 kg de Betacaroteno;
134 litros de Salmoura;
1026 litros de água
Todos são misturados no tanque, também conhecido como agitador,
totalizando 1.160 litros em um tanque preparado para a produção do macarrão.
É trabalhado com 02 (dois) tanques, sendo sua utilização alternada. Ou seja,
quando um tanque acaba, automaticamente inicia-se a utilização do outro, repetindo
assim, todo o processo de preparação.
Após o tanque ser preparado, leva-se uma amostra da mistura para análise
ao laboratório, para a liberação da mesma para dar continuidade ao processo de
produção, podendo assim, preparar-se a masseira.
Habilitam-se todos os motores da masseira, liga-se o painel para que a
farinha chegue até a mistura, começando assim, todo o processo.
Toda a mistura passa pela centrífuga e, logo em seguida, vai para a masseira
primária (sempre controlando a quantidade de alcalina para não umedecer ou a
massa ficar seca demais), desce para a masseira secundária e depois desce para o
tapete de descanso da massa, onde é levada para a parte de distribuição de massa,
onde se formam 02 (dois) tapetes (massa em repouso).
Estes 02 (dois) tapetes passam por um cilindro, formando um único tapete.
Esta fase chama-se pré-laminação.
Logo após a pré-laminação, o tapete sobe por uma grade inclinada nos
laminadores, num total de 07 (sete), onde é controlada a espessura da massa. Na
saída do 7º cilindro é feito o formato do macarrão.
20
Em seguida, entra no cozedor, onde é cozido em uma temperatura de 150ºC.
Entra no pré-secador, saindo no corte e dobrado, dando formato e tamanho certo ao
macarrão. Após este processo, entra no fritador, que se encontra a uma temperatura
de 134ºC a 137ºC. Na saída do fritador, entra diretamente ao resfriador, onde
teremos 03 (três) colaboradores (02 de um lado e 01 do outro lado da esteira),
saindo nas esteiras distribuidoras, onde são encaminhadas para as empacotadeiras,
utilizando-se no total de 04(quatro), sendo 01 (uma) empacotadeira de reserva.
Os macarrões são guiados por uma esteira, passando por um detector de
metais. Verificando-se que não há nenhum inconveniente, segue na esteira guia até
cair em outra esteira.
FIG. 5 – Fluxograma do Processo de Produção do Macarrão
21
Essa outra esteira é a que leva os macarrões para a área de empacotamento
onde ficam 04 (quatro) colaboradores, dividindo-se entre o empacotamento, pallet e
apontamento.
Logo em seguida, completando-se a quantidade certa do pallet (110 caixas), é
levado para plastificação e colocação de etiquetas de identificação.
E por fim, é levado para a área de estocagem, ou dependendo da demanda,
já se encontra disponível um caminhão para carregar, levando para seu destino final.
2.2. Funcionamento da Empresa
O funcionamento de nossa empresa é de 2ª a 6ª feira, das 06 h às 14 h para
o setor de Produção e das 08 h às 18h para a Administração. Produzimos, em
média, cerca de 3 (três) toneladas de macarrão por dia e nos outros 02 (dois) dias
restantes, reservamos para a manutenção da máquina de macarrão e limpeza geral
da empresa.
Uma empresa de macarrão funciona de forma organizada, dentro de todos os
padrões de higiene, exigidos pelas maiores empresas de certificação de qualidade
do ramo, pois estamos lidando com alimentos e por isso são necessários alguns
cuidados básicos como:
As mãos devem ser bem higienizadas, lavando-as e secando-as;
Em se tratando de colaboradores do sexo masculino, a barba deve
estar sempre bem aparada e cabelos cortados periodicamente;
Já colaboradores do sexo feminino, devem estar com os cabelos
presos, unhas devidamente cortadas e sem esmaltes;
Não permanecer no setor de produção, em horário de expediente, com
anéis, relógios ou qualquer outro tipo de objeto pessoal;
Roupas limpas, trocadas todos os dias;
Toucas utilizadas corretamente, cobrindo orelhas e toda a cabeça;
Óculos de segurança;
Protetores auriculares.
Ao iniciar-se o processo de produção, 01 (um) colaborador do departamento
ficará responsável pela limpeza diária (durante o processo) do setor, na parte de
Flow Packs (empacotadeiras). O operador de máquina (Flow Peck) será responsável
22
pela pesagem dos macarrões, sendo 48 unidades sem embalagem e 18 unidades
com embalagem.
Havendo baixo peso, o operador de cilindro é imediatamente comunicado
para que aumente a espessura da massa, para que o macarrão ganhe mais peso,
para logo em seguida, ser realizada uma nova pesagem.
Antes de se ligar o maquinário, verifica-se se há vapor para uma boa
produção, para não haver interrupções inesperadas e desnecessárias, pois poderá
acarretar problemas na caldeira, onde ao invés de obter-se vapor, teremos somente
água.
2.3. Processos de Armazenagem do Produto
É a imobilização do produto Massas Família e de toda a matéria-prima e
demais materiais utilizados para a produção do nosso macarrão, com total
segurança, de um local adequado e seguro, possuindo espaço adequado para a
empilhadeira e armazém.
Constitui-se na adequação da transferência dos volumes da doca ou de outro
ponto de descarga da empresa, para o local de empilhamento onde serão
armazenados.
FIG. 6 – Local de armazenagem do macarrão Massas Família
Os processos de armazenagem consistem em:
23
Descarga: conferência e recebimento;
Conferência: mercadoria física com o documento (pedido, nota fiscal,
laudo, etc.);
Recebimento: destinado à mercadoria para o seu local específico;
Separação: por data de vencimento;
Registo e controle: destinado para adicionar informações no sistema ou
manuais, em cadastro e planilhas, para se ter o controle necessário;
Estocagem: trata-se de uma das atividades do fluxo de materiais em
um armazém, e o local físico destinado à localização estatística dos
produtos;
Manuseio: agruparem pallet e chilicar1 para que se mantenha firme,
facilitando assim, o seu manuseio e o transporte, além de proteger a
carga.
2.4. Tipos de Embalagem
Os principais tipos adotados pela empresa Massas Família, para o
acondicionamento correto e econômico de seu produto são os seguintes:
Primária: embalagem principal que mantém a integridade, e as propriedades
do produto, além de fornecer informações sobre o mesmo.
Secundária: embalagem empregada para agrupar um conjunto de
embalagens primárias, conferindo eficiência nas atividades logística.
Terciária: embalagem de média e grande parte empregada para verificar
embalagens secundárias, visando economias de escala nos serviços
logísticos.
Chilicar1 – Envolver o pallet já acabado com um plástico strech (filme).
24
3 – A EMPRESA MASSAS FAMÍLIA
3.1. Caracterização do Empreendimento
Este plano de negócio delineia a estratégia de introdução no mercado no
ramo de Alimentos. Com o crescimento dos negócios e perspectivas promissoras na
área de alimentos, a Massas Família começou a estudar exclusivamente do
beneficiamento de arroz. Este foi o começo desta grande receita de sucesso.
Através do mesmo empreendedorismo que garante a qualidade dos seus
produtos, a Massas Família pratica a importante tarefa de ser uma empresa
socialmente responsável, disseminando informações sobre a Doença Celíaca e seus
agravantes, assim como o tratamento, indo além da produção de produtos saudáveis
e saborosos, garantindo sua posição como empresa ativa no progresso da
comunidade e bem-estar de seus colaboradores.
3.2. Quem Somos
Fundada em 2013, por Alexandre Camargo Vieira e Lílian Nalin, a Massas
Família está crescendo e conseguindo competir com as maiores e mais importantes
empresas de alimentos do país, atuando no beneficiamento de Macarrão de Arroz.
Localizada na cidade de Diadema, em terreno próprio, ocupa 500 m² de
terreno e 300 m² de área construída e com 32 colaboradores diretos e 04 indiretos.
Com um dos melhores equipamentos do mercado, a empresa pode produzir 36
toneladas de alimentos por mês.
A localização estratégica da empresa nos proporciona maior agilidade nas
entregas para nossos clientes, já que a mesma encontra-se próxima às rodovias que
interligam o Grande ABC, Baixada Santista, Capital e demais cidades e estados. E
para nossos fornecedores a agilidade e rapidez para entrega de matéria-prima é a
mesma, já que estamos localizados em área de fácil acesso.
3.2.1. Missão
Garantir alimento saudável e saboroso, do campo à mesa do consumidor.
25
3.2.2. Visão
Aumentar o volume de vendas em 6% ao ano, atingindo os resultados
desejados pelos sócios e colaboradores.
3.2.3. Valores
Ética e respeito;
Excelência na produção de nosso produto;
Compromisso com a qualidade;
Valorização e respeito aos colaboradores, fornecedores, clientes e
consumidores.
3.3. A Administração da Massas Família
Cada sócio, no total de 02 (dois), investiu um capital inicial de R$120.000,00,
dividido em 02 (duas) cotas de R$60.000,00 cada um. O terreno da empresa
pertence a um dos sócios, obtido em uma herança de família, no valor de
R$200.000,00.
Possuímos também, recursos de terceiros, como financiamentos e duplicatas
para a aquisição de máquinas para o setor de produção e compra de veículos para o
transporte de carga e para uso de nosso departamento de vendas e demais móveis
e utensílios para o departamento administrativo.
A Massas Família possui 32 funcionários, sendo eles:
02 (dois) Sócios;
01 (uma) Recepcionista;
01 (um) Gerente Administrativo;
01 (um) Analista Financeiro;
01 (um) Assistente Financeiro;
01 (um) Faturista;
26
01 (um) Analista de RH;
FIG. 7 – Organograma Massas Família
01 (um) Assistente de RH;
01 (um) Técnico de Segurança do Trabalho;
01 (um) Gerente de Marketing;
27
01 (um) Assistente de Publicidade;
01 (um) Vendedor;
01 (um) Gerente de Logística;
01 (um) Auxiliar de Almoxarifado;
01 (um) Auxiliar de Expedição;
14 (catorze) Auxiliares de Produção;
02 (dois) Motoristas.
Os Departamentos de Contabilidade, Jurídico, Restaurante e Informática, são
terceirizadas pelas empresas, Organização Contábil Carlos Ltda, Advocacia Bayeux,
L’allegro Restaurantes e Multidados Informática Ltda EPP, respectivamente.
Pensando no bem-estar de seus colaboradores, a Massas Família, oferece
também vale-transporte, refeição no local, assistência médica e odontológica e cesta
básica.
3.4. Diferencial do Produto
O macarrão de arroz Massas Família é enriquecido com vitamina A, que age
como antioxidante, combatendo os radicais livres e auxiliando na prevenção do
envelhecimento. É produzido nos cortes Fusilli e Spaguetti com ou sem ovos.
Disponível em embalagens de 500 g. É livre de glúten e possui 0% de gordura trans,
sendo a massa perfeita para quem é intolerante a este ingrediente e para quem
deseja uma dieta mais saudável.
3.4.1. Informações do Produto
Tabela Nutricional Macarrão de Arroz Fusilli com Ovos – Massas Família
1. Nome: Macarrão de Arroz Fusilli com Ovos – Massas Família
2. Descrição: Massa alimentícia de arroz com ovos, formato curto, tipo parafuso, com processo de secagem forçada em estufas aquecidas. Produto 100% natural. Não contém glúten e conservantes.
28
3. Composição / Ingredientes: farinha de arroz, ovos, cúrcuma e/ou urucum e água.
4. Característica: massa alimentícia extrusada, prensada, seca, de textura e formatação própria da prensagem, de coloração amarelada sem corantes artificiais.
5. Prazo de validade: 12 meses após a data de fabricação e lote expresso em cada embalagem.
6. Informação nutricional:
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 80g (½ xícara)
Quantidade por porção %VD*
Valor energético 277 kcal=1163 kj 14%
Carboidratos 58g 19%
Proteína 5g 7%
Gorduras totais 0g 0%
Gorduras saturadas 0g 0%
Gorduras trans 0g -
Fibra alimentar 1g 4%
Sódio 47mg 2%
* %Valores diários de referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 KJ – Seus valores diários podem ser maiores ou menores, dependendo de sua necessidade energética.
7. Condições de armazenamento: deve ser conservado em ambiente seco e arejado. Evitar exposição à luz solar, não colocar próximo a produto de limpeza ou cereais a granel.
8. Empilhamento máximo: para armazenamento e transporte: 12 fardos de altura.
9. Embalagem: saco plástico atóxico, incolor, transparente, termossoldado, resistente, com capacidade para 0,5kg. - Peso da embalagem primária vazia: 8grs - Peso da embalagem secundária vazia: 30grs.
10. Modo de preparo: Ferver 1 litro de água para cada 100g as massa e acrescenta sal e óleo a gosto; após a fervura, adicionar a massa; deixar cozinhar entre 5 a 9 minutos mexendo delicadamente de vez em quando (o tempo de cozimento poderá variar conforme o tipo de fogão utilizado); após o cozimento, escorra a massa e em seguida passar em água corrente em temperatura ambiente, cessando assim o cozimento; servir com o molho de sua preferência.
Tabela 2 – Tabela Nutricional do Macarrão de Arroz Massas Família, no corte Fusilli.
29
3.5. Fornecedores
A Massas Família, preocupando-se com a saúde e o bem-estar de seus
clientes, sejam eles diretos ou indiretos, adquire o que há de melhor no mercado
para a produção de seu macarrão. Para tanto, as cotações e compras de todos os
ingredientes são realizadas com os melhores e mais conceituados fornecedores do
ramo:
ICL BRASIL = Tripolifosfato, Pirofosfato Tetrassódico e Fosfato
Monossódico;
NICRON QUÍMICA = Carbonato de Potássio;
INDUKERN = Carbonato de Sódio;
TEBRACC = Betacaroteno Hidrosolúvel;
IRGA e EMBRAPA = Arroz de Casca;
FILPEMACK = Filme Stretch para Paletização;
3M DO BRASIL = Ribbon para Etiqueta de Caixas e Fita Polipropileno;
ADESÃO ETIQUETAS = Etiquetas de Identificação para Caixas;
NORSAL = Sal Granulado Fino;
ABOISSA = Óleo de Algodão Desodorizado;
FÊNIX LINE EMBALAGENS = Embalagens para Macarrão;
GR REPRESENTAÇÃO COMERCIAL = Caixas de Papelão
3.6. Clientes
Nossos principais clientes são:
CASA NATURAL CEREALISTA DISTRIBUIDORA ATACADISTA;
30
FLOR DO ARROZ IND. COM. ALIMENTOS;
BEIJA-FLOR COM. DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA;
DISTRIBUIDORA E LOGÍSTICA LTDA;
PELLIZZARO DISTRIBUIDORA;
EMPÓRIO DA VILLA ALIMENTOS NATURAIS;
ASSAÍ ATACADISTAS;
HIPERMERCADO EXTRA
3.7. Concorrentes
As ameaças são constantes e surgem de todas as esferas:
Desinteresse do mercado consumidor pelo nosso produto;
Não conhecimento;
Aceitação em deixar o macarrão tradicional e optar pelo novo;
Massa feita de arroz pode gerar dúvidas referentes ao sabor;
Entrada de novos concorrentes com importantes diferenciais competitivos.
Por isso, nossa atenção às mudanças, chamadas sinais de mercado, deve ser total
e contínua, de modo a permitir interagir com previsibilidade e consistência.
Acreditando e focando no diferencial do produto Massas Família.
31
3.7.1. Concorrentes Diretos
FIG. 8 – Embalagem do Macarrão de Arroz da empresa Urbano (principal concorrente)
Fabricante: Urbano Agroindustrial Ltda.
Tempo de Mercado: fundada em 1960
Lançamento do Macarrão de Arroz: início de 2008
Versões do Macarrão: disponível nos formatos parafuso e pena, em
embalagens de 500 gramas. Versão Premium, nos formatos fusilli e penne.
Preço: De R$ 4,02 á R$ 5,98
FIG. 9 – Embalagem do Macarrão de Arroz da empresa Casarão
32
Fabricante: Arrozeira Flora, do grupo Santo Donato Flora.
Tempo de Mercado: fundada em 1942.
Lançamento do Macarrão de Arroz: junho de 2005.
Versões do Macarrão: disponível nos formatos fusilli e spaghetti, em
embalagens de 500 gramas. Versão Premium, nos formatos fusilli e
spaghetti.
Preço: De R$ 4,70 á R$ 6,10
3.7.2. Concorrentes Indiretos
Abaixo, alguns de nossos concorrentes indiretos, maiores fabricantes do
macarrão tradicional com Glúten:
FIG. 10 – Embalagens de macarrão tradicional (com Glúten) da empresa Renata
33
FIG. 11 – Embalagens de macarrão tradicional (com Glúten) da empresa Barilli
FIG 12 – Embalagem de macarrão tradicional (com Glúten) da empresa Adria
34
4 – PLANO DE MARKETING
4.1. Análise de mercado
O macarrão de arroz Massas Família é uma alternativa de alimento para os
portadores da Doença Celíaca e para quem gosta de uma boa massa, mas não
dispensa o cuidado dom a alimentação.
A principal vantagem do macarrão de arroz em relação ao macarrão
convencional, é que não possui o glúten, proteína nociva à saúde dos portadores da
DC, permitindo assim que os mesmos possam ter uma alimentação normal e
nutritiva, e pelo fornecimento de energia ao organismo de forma gradual, em
quantidades ideais para que se evite o aumento de peso.
O glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada e centeio, está presente
na alimentação de pessoas de todo mundo, fazendo parte da composição de
alimentos, como o macarrão, por exemplo. Além de fazer parte da composição de
cultivos de ampla distribuição, como o trigo, a popularidade do glúten se deve
também à sua elasticidade: devido ao seu tamanho e estrutura, o glúten permite que
os componentes de alimentos como as massas, permaneçam coesos, sem esfarelar,
mesmo durante o processo de fermentação das mesmas. A leveza e suavidade
deste emaranhado elástico é gentil ao paladar, somando prazer à experiência
gustativa.
Apesar de seu sucesso do ponto de vista da Engenharia Alimentar, uma
parcela relevante e crescente da população a ingestão desta proteína, ainda que em
quantidades muito pequenas, é extremamente prejudicial à saúde, principalmente a
saúde dos portadores da Doença Celíaca.
Como explicado anteriormente, a Doença Celíaca é uma doença crônica,
caracterizada por uma reação autoimune ao glúten e que até recentemente era tida
como rara, mas que com a descoberta de novos testes para diagnósticos e maior
conscientização poderá em poucos anos se posicionar entre as doenças hereditárias
mais frequentes da atualidade.
O efeito prejudicial da ingestão de glúten também já foi associado às diversas
outras condições médicas, incluindo o autismo, esclerose múltipla, doença de Chron,
Síndrome do intestino irritável, diversos tipos de sensibilidade ao glúten, dentre
outros. A soma da demanda por uma dieta sem glúten por portadores destas
35
condições e adeptos “saudáveis” da dieta sem glúten (sem necessidade médica
estrita da dieta) tem assim resultado em uma explosão na busca e consumo de
produtos sem glúten no mundo inteiro, incluindo o Brasil. Nos Estados Unidos, por
exemplo, o mercado de produtos sem glúten cresceu a uma taxa média de 28% ao
ano de 2004 a 2008, com um volume de vendas de US$1,6 bilhões em 2008, e
projetado para US$2.6 bilhões em 2012 (Packaged Facts in the brand-new report,
“The Gluten-Free Food and Beverage Market: Trends and Developments Worldwide,
2nd Edition – em tradução livre: Fatos embalados no novo relatório, “O glúten
Mercado de Alimentos e Bebidas: Tendências e desenvolvimentos mundiais, 2 ª
Edição”.).
No Brasil, a tendência também é de crescimento, com centenas de novos
produtos, serviços e negócios voltados a este setor tendo surgido recentemente.
Além disso, o aumento na taxa de diagnósticos da doença celíaca e de outras
condições nas quais a exclusão do glúten é praticada (como o autismo) deverão
também contribuir para aumentar ainda mais a demanda do setor.
Embora o arroz seja responsável por 20% da fonte de energia alimentar do
mundo, enquanto o trigo fornece 19% e o milho 5% (dados da FAO – Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação - Food and Agriculture
Organization of the United Nations), a participação de produtos derivados de arroz
no mercado brasileiro ainda é pequena. Algumas iniciativas, contudo, merecem
destaque, como a massa alimentícia de arroz.
Além de substituir o trigo, que tem aproximadamente 50% da sua demanda
no Brasil suprida pelo mercado externo, a massa de arroz utiliza os grãos quebrados
do cereal, que tem pouco valor para a indústria, e é isenta de glúten, constituindo um
alimento seguro para os portadores da Doença Celíaca.
Conforme a Associação Brasileira de Massas Alimentícias (Abima), o
macarrão de arroz, que ainda busca maior aceitação nacional, tem o Nordeste
brasileiro como principal mercado, responsável pelo consumo de 21% da produção
nacional deste alimento. O interior do estado de São Paulo absorve 18% da
produção e a grande São Paulo, 10%, enquanto a região Sul do país consome 16%.
Com estas informações, a empresa Massas Família foi criada não apenas
para a produção de um alimento voltado principalmente para o portador da DC, mas
para todos aqueles que desejam uma alimentação mais rica, nutritiva e saudável.
Além da produção, temos como meta levar a informação e conscientizar a população
36
dos riscos que esta doença causa se não tratada correta e adequadamente, através
de nossas campanhas publicitárias, como a apresentação destes dados em stands
de vendas montados em supermercados, academias, lojas de produtos naturais e
escolas, além de fixa-los em mídia impressa.
4.2. Ações de Venda (Mídia Impressa)
Também conhecida como mídia off-line, a mídia impressa é um meio de
comunicação, o qual se refere particularmente aos materiais, de caráter publicitário
ou jornalístico.
A Massas Família optou por fazer inserções em revistas da Editora Abril,
como A Veja, Boa Forma e Viva, por exemplo, que visam saúde e o bem-estar, além
de serem revistas informativas com um ótimo conceito pelo público-alvo, divulgando
o macarrão de arroz e tornando-o reconhecido no mercado.
Exemplos de capas das mais conceituadas revistas do país, sendo um dos
nossos principais meios de divulgação e conscientização sobre a Doença Celíaca e
nosso produto:
FIG. 13 – Veja Edição Especial Saúde
37
FIG. 14 – Boa Forma - “Pense Magro”
FIG. 15 – Viva! – “Os Alimentos que tiram o inchaço”
38
FIG. 16 – Anúncio Revistas Editora Abril
4.3. Ações Promocionais e Divulgação da Informação
Essa ação promocional foi criada para a divulgação e conscientização da
população sobre a Doença Celíaca, lembrança da nossa marca e possíveis vendas.
Por ser um produto novo no mercado, muitos consumidores tem desinteresse pelo
fato da massa ser feita de arroz. Pode também, gerar dúvidas referente ao sabor e
não optar pela novidade.
Para isso, a Massas Família criou uma ação de vendas com stand, sendo
liderados por promotoras, através de degustações gratuitas para todo consumidor
que tiver interesse em provar o macarrão feito na hora, explicando-se os benefícios
do mesmo, o modo de fazer e a entrega de folders explicativos sobre a DC.
39
As ações serão realizadas nas lojas de nossos clientes, bem como em
escolas e academias, durante 15 (quinze) dias.
FIG. 17 – Stand de Degustação do Macarrão com a Promotora de Vendas
40
CONCLUSÃO
Apesar das dificuldades de se consolidar no mercado brasileiro, o macarrão
de arroz vem a ser um produto de enorme potencial e que trará grandes benefícios à
cadeia orizícola2, pois é uma forma diversificada para o consumo do cereal, e à
sociedade como um todo, uma vez que apresenta baixo custo e elevada quantidade
nutricional, reduzindo a dependência do trigo importado, principal matéria-prima do
macarrão tradicional, além de levar a informação e conhecimento à grande parte da
população, que desconhece sobre a gravidade da Doença Celíaca.
Pôde-se constatar, que não só pessoas de classe mais baixa que não tem
essa informação, mas todas as classes sociais e até mesmo, muitos profissionais da
classe médica.
Com esta iniciativa, a empresa Massas Família não só comercializa o
produto, mas conscientiza toda a sociedade a pesquisar e conhecer mais sobre a
Doença Celíaca, seus agravantes, suas causas e seu tratamento.
Orizícola2 – Referente à cultura do arroz.
41
6. REFERÊNCIAS
Green PHR, Rostami K, Marsh MN. Diagnosis of celiac disease. Best Pract Res Clin Gastroenterol 2005;19: 389-40.
Pérez ES. Epidemiología de la enfermedad celíaca. Pediátrika 2003;23:141-4.
Van Heel DA, West J. Recent advances in coeliac disease. Gut 2006;55:1037-46.
Carlsson AK, Axelsson IEM, Borulf SK, Bredberg ACA, Ivarsson SA. Serological screening for celiac disease in healthy 2.5 year-old children in Sweden. Pediatrics 2001;107:42-5. Diaz AIR, Polanco IA. Avances en el conocimiento de la patogenia de la enfermedad celíaca. Pediátrika 2003;23:40-5. Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: características clínicas e métodos utilizados no diagnóstico de pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil. J Pediatr 2001;77:131-8. Nunes CRS, Medeiros EHGR, Leser P, et al. Dosagem do anticorpo antigliadina em parentes de primeiro grau de pacientes celíacos. Arq Gastroenterol 1998;35:69-73. Beyer, P.L. Terapia clínica nutricional para distúrbios do trato gastrintestinal baixo. IN: MAHAN, L. K.; ESCOTTSTUMP, S.. Krause alimentos, nutrição & dietoterapia. 10a ed. São Paulo, Roca, cap.31. p 643-670, 2002. Polito, Raquel. Superdicas para um TCC. Editora Saraiva
Vieira, Alexandre. Vigor Alimentos S/A <Informações cedidas pelo funcionário>
Urbano Agroindustrial Ltda. História da Empresa. Disponível em
<http://www.urbano.com.br/>
Arrozeira Flora, do grupo Santo Donato Flora. Disponível em
<www.planetaarroz.com.br>
Revista Veja Agosto/2011. Disponível em <http://veja.abril.com.br/noticia/saúde>
Ministério da Saúde. Disponível em < http://portal.saude.gov.br/>
Plano de negócios SEBRAE. Disponível em <www.biblioteca.sebrae.com.br>
Base para preços. Disponível em <http://portuguese.alibaba.com/products>
Informação Nutricional. Disponível em <www.informacaonutricional.blog.br>
Minha Vida. Saúde, Alimentação e Bem-Estar. Disponível em
<www.minhavida.com.br>
42
O Custo da Alimentação sem Glúten no Brasil. Disponível em
<www.vidasemglutenealergias.com>
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. Disponível em
<www.fao.org.br>
43
ANEXO I
INSTRUMENTO DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL
“MASSAS FAMÍLIA LTDA”
ALEXANDRE CAMARGO VIEIRA, brasileiro, natural de São Caetano do Sul/SP,
casado, maior, empresário, portador da carteira de identidade n.º
28.150.717-X SSP/SP e CPF n.º 288.898.258-71, nascido em 20/01/1978,
residente e domiciliado em São Caetano do Sul/SP, à R u a R i o d e
J a n e i r o , 5 6 7 , B a i r r o S a n t a P a u l a e LILIAN NALIN DE
FREITAS LEMES DA SILVA FERNANDES , brasileira, natural de São
Caetano do Sul/SP, solteira, maior, administradora de empresas,
portadora da carteira de identidade nº 32.258.501-6 SSP/SP e CPF nº
219.637.798-86, nascida em 17/06/1981, residente e domiciliada em São
Caetano do Sul/SP, à Rua Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 1266,
Bairro Cerâmica, resolvem por este instrumento constituir uma sociedade
limitada, que regerá pela legislação em vigor e pelas cláusulas a seguir indicadas:
CLÁUSULA PRIMEIRA
– A sociedade girará sob o nome empresarial “TORLONI MASSAS LTDA”,
com sede e domicílio em Diadema/SP, à Rua Marinho de Carvalho, 101, Centro,
podendo a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência em todo
o território nacional, mediante alteração contratual assinada por todos os
sócios;
CLÁUSULA SEGUNDA
– A sociedade usará como título de estabelecimento “MASSAS FAMÍLIA”.
CLÁUSULA TERCEIRA
– A sociedade terá como objeto social: indústria e comércio de alimentos não
perecíveis.
44
CLÁUSULA QUARTA
– O prazo de duração da sociedade será por tempo indeterminado e iniciará suas
atividades a partir 01 de Fevereiro de 2013.
CLÁUSULA QUINTA
– O cap i ta l soc ia l se rá de R$ 320 .000 ,00 (T rezen tos e V in te M i l
Rea is ) , sendo o va lo r de R$200.000 ,00 (Duzentos M i l Rea is ) ,
re fe ren te a 01 (um) imóve l ced ido po r uma das pa r tes , adv indo de
uma herança fami l ia r , e o va lo r res tan te d i v id idos em 02 (duas)
quotas de valor nominal de R$ 60.000,00 (Quarenta Mil Reais) cada,
totalmente integralizado neste ato, em moeda corrente nacional e distribuído
da seguinte forma:
SÓCIOS QUANTIDADE DE QUOTAS
CAPITAL
Alexandre Camargo Vieira 01 R$260.000,00
Lilian Nalin F.L.S.Fernandes 01 R$60.000,00
PARÁGRAFO PRIMEIRO
– A responsab i l idade de cada sóc io é l im i tada ao va lo r de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social;
PARÁGRAFO SEGUNDO
– As quo tas são ind iv i s íve is e não pode rão se r ced idas ou
transferidas a terceiros sem o consentimento de todos os sócios, a quem
fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de
preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se
realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente;
CLÁUSULA SEXTA
– A administração e a representação da sociedade, serão exercidas por todos os
sócios, c o m o s p o d e r e s e a t r i b u i ç õ e s d e a d m i n i s t r a r e
r e p r e s e n t a r a s o c i e d a d e a t i v a e p a s s i v a m e n t e , j u d i c i a l e
45
e x t r a j u d i c i a l m e n t e , s e n d o au to r i zado o uso do nome
empresar ia l , vedado , no en tan to , em a t i v idades es t ranhas ao
in te resse soc ia l ou assumi r ob r igações se ja em favor de qua lque r
dos quo t i s tas ou de terceiros, bem como, onerar ou alienar bens
imóveis da sociedade, sem autorização dos outros sócios;
CLÁUSULA SÉTIMA
– O s s ó c i o s p o d e r ã o d e c o m u m a c o r d o , f i x a r u m a r e t i r a d a
mensal, a título de "Pró-labore", pelos serviços que prestarem a
sociedade, observadas as disposições regulamentares pertinentes em lei;
CLÁUSULA OITAVA
– S ã o e x p r e s s a m e n t e v e d a d o s , o s a t o s d e q u a l q u e r
s ó c i o , p rocu rador ou func ioná r io que a envo lve rem em
ob r igações re la t ivas a negóc ios ou ope rações es t ranhas ao
ob je to soc ia l , ta is como f ianças , ava is , endossos ou
qua isque r outras garantias em favor de terceiros, obrigando-se também
os sócios, a título pessoal, anão outorgar fianças ou avais;
CLÁUSULA NONA
– A s d e l i b e r a ç õ e s r e l a t i v a s à a p r o v a ç ã o d a s
c o n t a s d o s a d m i n i s t r a d o r e s , a u m e n t o o u r e d u ç ã o d o
c a p i t a l , d e s i g n a ç ã o o u d e s t i t u i ç ã o d e adm in is t rado res ,
modo de remuneração, ped ido de conco rda ta , d is t r ibu ição de
luc ros , a l te ração con t ra tua l , f usão , c i são e inco rpo ração , e
ou t ros assun tos re levan tes pa ra a sociedade, serão definidas na reunião
de sócios;
PARÁGRAFO PRIMEIRO
– A reun ião dos sóc ios se rá rea l i zada em qua lque r época ,
mediante convocação dos administradores ou sócio;
PARÁGRAFO SEGUNDO
46
– As de l ibe rações dos sóc ios serão tomadas em reun ião ,
condicionadas à aprovação dos sócios representantes da maioria absoluta do
capital social;
PARÁGRAFO TERCEIRO
– A reun ião pode ser d ispensada quando todos os sóc ios
decidirem, por escrito, sobre a matéria que dela seria objeto.
CLÁUSULA DÉCIMA
– Toda cessão ou t rans fe rênc ia de quo tas en t re sóc ios ou a
terceiros estranhos à sociedade fica expressamente condicionada à
aprovação dos sócios rep resen tan tes de no m ín imo 50% (c inquenta
po r cen to ) do cap i ta l soc ia l . Oco r rendo a hipótese, terá preferência para
a aquisição de quotas o sócio que possuir o maior número de quotas; não
exercendo tal sócio seu direito exclusivo de preferência, os demais
sócios, na proporção das quotas possuídas e em igualdade de condições,
terão direito de preferência para a aquisição das quotas do sócio retirante,
cedente ou alienante;
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA
– Ao té rm ino de cada exe rc íc io soc ia l , em 31 de dezembro, o
administrador e representante da sociedade prestarão contas justificadas de sua
administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do
balanço de resultado econômico, o qual será submetido à aprovação dos sócios.
Cabem aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apuradas;
PARÁGRAFO PRIMEIRO
– As de l ibe rações dos sóc ios de que t ra ta o capu t des ta cláusula
serão tomadas em reunião, em data fixada correspondente ao último dia
útil do mês de março de cada ano, na sede da Sociedade, na primeira hora do
início do expediente;
PARÁGRAFO SEGUNDO
47
– Havendo impedimento para realização da reunião conforme menc ionado no
pa rágra fo an te r io r , se rá convocada nova reun ião , com a té o i to
d ias de antecedência, mediante notificação dos sócios, com local, data, hora e
ordem do dia;
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA
– A morte ou retirada de qualquer um dos sócios, não acarretará na
dissolução da sociedade, que continuará a existir com outros sócios. Na
h ipó tese de fa lec imento de qua lquer um dos sóc ios , os he rde i ros
do sóc io fa lec ido , de comum acordo, exercerão direito a quota.
Entretanto, não havendo interesse destes em participar da sociedade, o
sócio remanescente pagará aos herdeiros do sócio falecido a sua quota
capital e as partes dos lucros líquidos que deverão ser apurados em balanço social
na data do evento;
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA
– O sóc io pode rá se r exc lu ído po r j us ta causa , assim determinada
pela maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital
social;
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA
– O s ó c i o r e t i r a n t e , e x c l u í d o , f a l i d o e c ô n j u g e supérstite,
herdeiros ou legatários de sócio falecido terão seus haveres apurados
com base em balanço especialmente levantado, e liquidados em 12 (doze)
parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeiro em 90(noventa) dias
da data da resolução;
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA
– A s d e l i b e r a ç õ e s d o s s ó c i o s s e r ã o t o m a d a s e m reun ião ,
cond ic ionadas à ap rovação dos sóc ios rep resen tan tes da ma i o r ia
abso lu ta do capital social;
CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA
48
– Em caso de liquidação da sociedade será liquidante o sócio escolhido
por deliberação, conforme cláusula décima Quinta acima. Nesta hipótese,
o s h a v e r e s d a s o c i e d a d e s e r ã o e m p r e g a d o s n a
l i q u i d a ç ã o d e s u a s o b r i g a ç õ e s e o remanescente, se houver,
será rateado entre os quotistas na proporção do número de quotas que cada um
possuir;
CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA
– Fica eleito o fórum da cidade de São Caetano do Sul/SP, para dirimir
questões oriundas do presente contrato;
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA
– Os Administradores declaram, sob as penas da lei, de que não estão
impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou
em v i r tude de condenação c r im ina l , ou po r se encont ra rem sob os
e fe i tos de la , a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a
cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou
suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência,
contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade. (art. 1.011, § 1º,
CC/2002).
E, por estarem assim justos e contratados, assina o presente instrumento
na presença das testemunhas abaixo.
São Caetano do Sul/SP, 01 de Fevereiro de 2013.
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Alexandre Camargo Vieira Lilian Nalin F.L.S.Fernandes