Rafael Bordalo Pinheiro. O António Maria. Lisboa: Typ. A Editora. Vol. 1, Nº 52 (27 de Maio de 1880), pp.176-177.
A Coroa não vibrou com as comemorações cívicas de Camões devido ao grande empenhamento dos republicanos e aos
rumores de um pronunciamento revolucionário. Pretendia, por isso, visitar as capelinhas em vez de assistir ao cortejo.
Rafael Bordalo Pinheiro. O António Maria. Lisboa: Typ. A Editora. Vol. 1, Nº 52 (17 de Junho de 1880),
p.197.
O cortejo das comemorações, organizado por Teófilo Braga, procurou mobilizar todos os sectores da opinião pública, não ficando confinado aos republicanos. Todavia, o divórcio entre a população e a monarquia verificado no Terreiro do Paço, em que cada uma das partes se ignora mutuamente, é aproveitado pelos republicanos. Na imagem, Camões, de barrete frígio, agradece a D. Luís e a Hintze Ribeiro terem-no feito republicano.
Rafael Bordalo Pinheiro (1880). O António Maria. Lisboa: Typ. A Editora. Vol. 1, Nº 56 (24 de Junho de 1880), p.207.
O Governo Progressista aderiu a custo às cerimónias cívicas de Camões, receando que os festejos encobrissem propósitos
revolucionários. Só depois de muito pressionado e de se convencer da falsidade dos boatos que corriam, veio a aderir. O
medo manteve-se após os festejos.
Rafael Bordalo Pinheiro. O António Maria. Lisboa: Typ. A Editora. Vol. 1, Nº 154 (11 de Maio de 1882), pp. 148-149.
Em 1882, republicanos e anticlericais promoveram as comemorações em honra do Marquês de Pombal. Na imagem o Zé Povinho/Pombal, rodeado de jornais republicanos e de textos com palavras de ordem, ri-se da expulsão dos jesuítas, que seguem viagem com a Família real e os membros do governo.