ATPS DE ECONOMIA INTRUDUÇÃO Produção de vinho ao contrário de outras atividades industriais, o ritmo não é constante, mas depende dos períodos de safra e entressafra. O que significa alternar períodos de hiperatividade com quase ociosidade. Não é difícil concluir que, para enfrentar essa situação, é necessário um planejamento muito cuidadoso, seja para traçar o plano de produção, para dimensionar as instalações, para montar o quadro de pessoal e mesmo para distribuir o produto. Caso contrário, os riscos de prejuízos são muito grandes. As cantinas, como são chamadas as agroindústrias de vinho, chegaram ao Brasil junto com os primeiros imigrantes italianos, que plantavam a uva e preparavam a bebida nos fundos de quintal, com a técnica e o ritual próprios de sua rica cultura. Algumas dessas cantinas artesanais transformaram-se em vinícolas de médio e grande porte, dedicando-se à produção de um vinho mais popular - o vinho de mesa - quase sempre de garrafão. Por caminhos transversos, que passaram por uma profunda crise no setor depois da abertura do mercado, no início da década de 90, pequenos agricultores, que antes abasteciam as grandes vinícolas, montaram suas próprias cantinas produzindo pouco, mas com muita qualidade. No entanto, nota-se um grande esforço empreendido pelo setor, nos últimos anos, em busca da melhoria da qualidade do vinho nacional. Isso ocorreu, principalmente, a partir da década de 90, com a abertura da economia brasileira, o que fez a importação de vinho crescer substancialmente, especialmente, na última década
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ATPS DE ECONOMIA
INTRUDUÇÃO
Produção de vinho ao contrário de outras atividades industriais, o ritmo não é constante, mas
depende dos períodos de safra e entressafra. O que significa alternar períodos de hiperatividade com
quase ociosidade. Não é difícil concluir que, para enfrentar essa situação, é necessário um
planejamento muito cuidadoso, seja para traçar o plano de produção, para dimensionar as
instalações, para montar o quadro de pessoal e mesmo para distribuir o produto. Caso contrário, os
riscos de prejuízos são muito grandes.
As cantinas, como são chamadas as agroindústrias de vinho, chegaram ao Brasil junto com os
primeiros imigrantes italianos, que plantavam a uva e preparavam a bebida nos fundos de quintal,
com a técnica e o ritual próprios de sua rica cultura. Algumas dessas cantinas artesanais
transformaram-se em vinícolas de médio e grande porte, dedicando-se à produção de um vinho mais
popular - o vinho de mesa - quase sempre de garrafão.
Por caminhos transversos, que passaram por uma profunda crise no setor depois da abertura do
mercado, no início da década de 90, pequenos agricultores, que antes abasteciam as grandes
vinícolas, montaram suas próprias cantinas produzindo pouco, mas com muita qualidade.
No entanto, nota-se um grande esforço empreendido pelo setor, nos últimos anos, em busca da
melhoria da qualidade do vinho nacional. Isso ocorreu, principalmente, a partir da década de 90,
com a abertura da economia brasileira, o que fez a importação de vinho crescer substancialmente,
especialmente, na última década
Nota-se que no setor de bebidas brasileiro, mais diretamente no segmento de vinhos, está ocorrendo
um crescente incremento dos produtos importados, os quais estão se firmando no mercado
nacional , juntando-se à marcas importadas já populares no mercado de vinho. Este fato é ainda
mais significativo quando se trata dos vinhos considerados finos e de qualidade superior aos
convencionais de mesa.
Uma análise criteriosa dos custos de produção torna-se fundamental na avaliação da rentabilidade
econômica das vinícolas, pois, se a receita obtida com a venda da produção se mantiver abaixo do
custo de produção, por longo tempo, a situação econômica dessas vinícolas pode-se tornar
insustentável. Por essa razão, o adequado conhecimento dos custos de produção evita que ocorram
subdimensionamentos dos mesmos, o que poderá retratar uma situação falsamente favorável.
Além do olhar clínico sobre os custos, a racionalização do processo de produção com a introdução
de novos produtos que visam ao atendimento de fatias específicas de mercado, ou mesmo com a
adoção de novas tecnologias podem tornar as empresas mais eficientes.
1° ETAPA
Quanto se compra e se vende
Pesquisa encomendada pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) à empresa de pesquisa de
mercado e opinião pública Market Analysis Brasil pretende definir o perfil do consumidor de
vinhos no País. O projeto, pioneiro no Brasil, tem como principal objetivo pautar a estratégia do
setor para os próximos 20 anos e apontar as expectativas do mercado.
A etapa quantitativa do levantamento, intitulado "Estudo sobre o Mercado Brasileiro de Vinhos e
Espumantes", apurou que o brasileiro consome menos de dois litros de vinho por ano. A projeção é
que o consumo atual, de 1,9 litro, suba para 3,5 litros per capita até 2030, o que representa um
crescimento de 84%.
Em Minas, a loja de consumo e venda de vinhos Enoteca Decanter, baseada em pesquisa realizada
internamente e nos mais de 120 restaurantes parceiros na capital, levantou dados semelhantes.
"Através de nosso histórico de vendas e de pesquisas desenvolvidas por nossos sommeliers,
chegamos ao número de 2,5 litros per capita em BH. Mas, se formos mais seletos, e considerarmos
somente os enófilos que freqüentam a loja especializada, esse valor chega a 15 litros por pessoa",
afirma Flávio Morais, proprietário da casa, que conta atualmente com mais de 700 rótulos das
principais regiões vinícolas do mundo.
Na pesquisa do Ibravin, o total nacional de consumidores assíduos de vinho - 48% da população -
consome 5,2 litros, com uma projeção de 9 litros para 2030, sendo que, na primeira década, o
Caracterizar a evolução recente do consumo de vinho nos principais mercados, destacando as
alterações dos padrões de consumo de vinho nos países tradicionais produtores e os
comportamentos de consumo em mercados com potencial de crescimento; Explicitar o processo de
decisão de compra e os seus diferentes tipos de determinantes, com destaque para as variáveis
económicas (rendimento e preços), para as variáveis, sócio demográficas (idade, género, estilos de
vida) e para as variáveis psicológicas (motivações, atitudes e perceção). Analisar a perceção da
qualidade na ótica do consumidor e a segmentação do mercado do vinho.
O ultimo relatório da Wine Intelligence mostrou mudanças nas preferências dos consumidores de
vinho nos últimos quatros anos, mostrou também que a variedade e a familiaridade com a marca dos
vinhos são os fatores que mais influenciaram os consumidores na hora de comprar.
O consumidor atual e os especialistas em vinhos têm falado cada vez mais sobre a relação custo
beneficio como algo fundamental a ser considerado na compra. Existem vinhos bons e caros, vinhos
ruins e baratos, mas há também os muito caros para o que são, e os muitos bons para o seu preço
(ou best buys).
Assim o ideal, e o consumidor tem consciência disso, é que se analisa o preço ou a qualidade
isoladamente, mas sim a relação custo benefício (qualidade e gosto pelo vinho) do vinho em
questão.
Obviamente existem consumidores mais sensíveis ao preço e outros a qualidade (benefício).
O vinho é fundamentalmente cultural e social. É uma das bebidas mais antiga do mundo e uma das
poucas com influencia até religiosa. Assim a influencia cultural se dá pelos hábitos de consumo e
gastronomia de cada região, e a influencia social, pela imagem que o consumidor ou a sociedade faz
de um determinado pais ou região produtora.
O consumidor é levado ao produto por razões racionais e emocionais como em qualquer produto.
As razões emocionais são várias, mas cabe lembrar que o Vinho é consumido em reunião,
encontros, festas e eventos e, portanto ele imprime uma forte memória emocional no consumidor,
como nenhum outro produto. O status influencia uma parcela dos consumidores em maior ou menor
grau, em particular no consumo em reuniões ou jantares onde alguns consumidores usam seu
conhecimento ou os vinhos apresentados como sinal de status. A influência do status é maior nos
consumidores mais especializados.
O perfil do consumidor está relacionado diretamente com o comportamento de compra de um
determinado produto, satisfazendo a um desejo. Um produto é tudo o que é capaz de satisfazer um
desejo e este, por sua vez, tem a capacidade de colocar o consumidor num estado enérgico dando-
lhe a direção correta em busca de sua saciedade.
Influência da economia sobre o vinho.
A vitivinicultura é uma atividade em plena expansão no Brasil e é responsável por uma fatia
considerável da parcela do PIB relacionada à fruticultura. Presente em diversas áreas do território
nacional, com destaque para o Rio Grande do Sul (Serras Gaúchas), Pernambuco e Bahia (Vale do
Rio São Francisco), São Paulo (Região Metropolitana de Jundiaí) e Paraná (Norte, Sudoeste e
Região Metropolitana de Curitiba), a atividade tem se mostrado uma alternativa de geração de renda
e de melhoria da qualidade de vida para pequenos produtores rurais.
De modo geral, até meados da década de 1990, as vinícolas brasileiras se alicerçavam em baixa
tecnologia e conhecimento técnico limitado para a elaboração de vinhos. Por volta de 2000, houve
uma inversão neste cenário: as vinícolas iniciaram um processo de transformação, tornando-se
verdadeiros conglomerados industriais. Houve mudanças ao longo de todo o processo, iniciando-se
com a introdução de diferentes produtos, voltados para diversos públicos e mercados; foram feitos
ajustes também nos processos e nas formas de distribuição dos produtos. Essas transformações,
combinadas com a melhora no conhecimento técnico dos funcionários possibilitado,
principalmente, por órgãos como a Embrapa Uva e Vinho, CEFET-BG, dentre outros e o sistema de
aprendizagem “in loco” possibilitaram rápida expansão da atividade.
Embora a vitivinicultura seja um mercado com elevado potencial de crescimento, enfrenta alguns
obstáculos. Acredita-se que os principais, além dos já mencionados, são o câmbio e a tributação,
que influenciam a preferência do consumidor. No que se refere ao primeiro, a recente “re-
valorização” do real tem incentivado o consumo de vinhos chilenos e argentinos. Já a tributação
eleva o preço dos nacionais, independentemente da relação com os importados. Apesar desses
obstáculos, a venda de vinhos nacionais apresentou crescimento de 12,7% no primeiro quadrimestre
de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o avanço dos importados não
chegou a 3% (VALOR ECONÔMICO, 2009).
Passo 3
Informações sobre o mercado consumidor (quem são os consumidores, quanto
ganham, quanto gastam de sua renda na compra
A empresa brasileira Two of Us, através do seu site Vinho Virtual (www.vinhovirtual.com.br), realizou uma interessante pesquisa com 1 mil consumidores brasileiros de vinho para revelar seu perfil, hábito e preferências.
Perfil
Dos consultados, 79% são homens e 21% mulheres. A grande parte dos consumidores encontra-se
Relacionar quais são os custos para produção do vinho.
ESTRUTURAÇÃO DOS CUSTOS PARA PRODUÇÃO DO VINHO
Dado que o setor vinícola não apresenta particularidades no que diz respeito ao processo de amortização de capital, o estoque de capital tende a se desgastar linearmente à medida que uma maior quantidade de vinho é produzida.A justificativa teórica para tal hipótese advém da função de produção que se segue:
Qı = ƒ(X1,X2,X3)
em que Qı é o volume total de produção de vinho, incluindo todas as categorias e subcategorias de
vinho produzido; X1 corresponde ao conjunto de insumos variáveis, X2 representa o insumo fixo -
estoque de capital e X3 os demais insumos indiretos.
Custos diretos
Os custos diretos estão relacionados com a produção e a venda. Esses custos apresentam particularidades em razão do tipo de atividade que a empresa exerce. Numa pequena agroindústria de processamento de uva, estão incluídos, nesses custos, os materiais diretos - matérias-primas, materiais secundários e embalagens - e a mão-de-obra direta - salários e encargos sociais dos recursos humanos ligados diretamente à produção.
Materiais diretos
O que se convencionou chamar tecnicamente de materiais diretos são as matérias-primas, materiais secundários, embalagens e demais materiais utilizados na fabricação de um produto, até o estágio em que ele chega ao consumidor final.
Os custos dos materiais diretos variam muito de produto para produto. Para produzir 35 mil garrafas de vinho tinto, por exemplo, vamos precisar de 50.000 kg de uva das cultivares Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot, que atualmente têm um custo médio de R$ 1,50 o litro. Outros
insumos - ensima, metabissulfito de potássio, levedura e açúcar - entram na composição do vinho tinto, além das embalagens, cartuchos para filtro, rolhas, cápsulas, rótulos, contra-rótulos, papel, cola e caixa de papelão.
Custo Variável – Produtos EnológicosEnzimasLevedurasAtivantes de fermentaçãoSO2/MetabisulfitoEstabilizantesMaterial de limpezaAnálisesNitrogênioTerra filtranteBarril de carvalhoTaninos
Custo Fixo – OutrasDepreciaçãoDespesas administrativasAdministrativo
Por definição, uma função de produção explicita o padrão de transformação de insumos e capital em
produto. Tal função especifica a quantidade máxima de vinho que se consegue produzir, dado a
combinação dos fatores de produção fixo, variável e a tecnologia. Assim, para se aumentar a produção
de vinho consome-se maiores quantidades de X1 e X3, além de desgastar mais rapidamente X2.
Veja na Tabela a seguir, o custo anual dos materiais diretos necessários para a produção de 35 mil
garrafas de vinho tinto.
CUSTO MÉDIO PARA PRODUÇÃO DE 35.000 GARRAFAS DE VINHO EM UM ANO
Descrição QuantidadeCusto
unitário (R$ 1,00)
Custo total (R$ 1,00)
Uvas das cultivares Cabernet Sauvigon, Cabernet Franc e Merlot (kg)
50.000 1,50 75.000,00
Enzima pectolitica (L) 1 400,00 400,00
Metabissulfito de potássio (kg) 10 7,00 70,00
Levedura sêca ativa (kg) 7 80,00 560,00
Açucar cristal (kg) 1.500 0,80 1.200,00
Terra filtrante (kg) 100 2,00 200,00
Cartuchos para filtro (unidade) 5 300,00 1.500,00
Garrafas de 750 ml (unidade) 35.500 0,75 26.625,00
Rolhas de 44/24mm (unidade) 35.500 0,70 24.850,00
Capsulas retrateis (unidade) 35.500 0,10 3.550,00
Rotulos (unidade) 35.500 0,30 10.650,00
Contra-rotulos (unidade) 35.500 0,20 7.100,00
Papel para encher a garrafa (unidade) 35.500 0,01 355,00
Cola para rotulos (kg) 3 20,00 60,00
Caixas de papelão p/6 garrafas (unidade) 6.000 1,70 10.200,00
TOTAL 162.320,00
Etapa – 3 Passo – 2 (Pesquisar informações referentes a :PIB local, PIB per capita, numero de
habitantes por gênero, nível de emprego, particularidades da economia local, entre outras
informações relevantes.
Total 1.598.929
Urbana 1.546.239
Rural 525.690
Homens 7.625.679
Mulheres 8.364.250
0 - 4 anos 987.615
5 - 9 anos 1.092.991
10 - 14 anos 1.305.033
15 -19 anos 1.270.276
20 - 29 anos 2.667.136
30 - 49 anos 4.758.015
50 - + anos 3.908.863
POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000 População total
População urbana
População rural
Homens
Mulheres
0 - 4 anos
5 - 9 anos
10 - 14 anos
15 -19 anos
20 - 29 anos
30 - 49 anos
50 - + anosFaixa Etária
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo 2010
O município do Rio de Janeiro tem uma população de 15.989.929 habitantes, conforme o censo de
2010.
Observa-se que a população é predominante no gênero feminino e a maioria encontra-se na faixa
etária entre 30 e 49 anos.
Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos, no país dividida pela população total do Brasil, cresceu 1,8% em 2011, em relação ao ano anterior. O crescimento é 0,9 ponto percentual menor do que o registrado pelo PIB nacional, que aumentou 2,7% no período, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a expansão registrada em 2011, o PIB per capita alcançou R$ 21.252, em valores correntes. De acordo com o IBGE, em 2010, o PIB per capita havia crescido 6,5%, enquanto a economia havia registrado expansão de 7,5%.
O PIB do Brasil cresceu 2,7%, enquanto a expansão média mundial, de acordo com uma projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi 3,8%.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo 2010
O município de Porto Real tem uma população de 16.574 habitantes, correspondentes a 1,93 % do total da população da Região do Médio Paraíba. Observa-se que a população é predominantemente urbana e apresenta uma participação masculina equivalente à feminina em uma proporção de 98,7 homens para cada 100 mulheres. A maioria da população encontra-se na faixa etária entre 30 e 49 anos, seguida pela faixa de 50 ou mais anos.
O PIB identifica a capacidade de geração de riqueza do município, que no caso de Porto Real representa 15,06 % do PIB da Região do Médio Paraíba.
Porto Real é hoje uma das principais economias do País - com o segundo maior PIB per
capita do Brasil (R$ 215.506,46), sendo o primeiro colocado entre os municípios do
Estado do Rio de Janeiro, de acordo com estudo realizado pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2010.
Parte dessa realidade econômica vem da instalação de uma unidade industrial do Grupo
PSA Peugeot Citröen, em 2001, que é o sexto produtor mundial de automóveis, com
uma participação de 5,3% do mercado mundial. A fábrica está no Tecnopólo de Porto
Real área no entorno do Centro de Produção que, dentro da mesma locação industrial,
aglutina fornecedores sistemistas (de primeira camada).
Outro fator decisivo para o alcance desse patamar econômico são as ações
administrativas que a equipe técnica da Prefeitura de Porto Real desenvolve no intuito
de alavancar a arrecadação municipal transferindo em melhorias na qualidade de vida da
população.
Em 2005, a Secretaria de Administração e Fazenda negociou o emplacamento dos
veículos estacionados no pátio da Peugeot-Citroën no território do município, dobrando,
logo no primeiro ano, a arrecadação de IPVA. No mesmo ano, dobrou também a
arrecadação dos Royalties do Petróleo, ao enquadrar Porto Real como área limítrofe de
Angra dos Reis, na Costa Verde.
O acompanhamento das Declans, através de visitas permanentes a todas as empresas
instaladas na cidade, já reflete 347% a mais de ICMS no comparativo entre os anos
2005 e 2011. E a implantação da Nota Fiscal Eletrônica, em 2008, refletiu em 174% a
mais a arrecadação de ISS.
Mas o principal investimento do governo no aspecto do crescimento significativo da
receita foi a vinda da Peugeot Importadora para Porto Real no final do ano de 2007.
Dois anos depois, junto com a unidade nacional da montadora francesa, o valor
adicionado ao ICMS chegava a atingir quase 83% de todo o montante.
Levantar informações sobre o vinho como ele tem sido afetado pela inflação em relação
ao custo de produção e ao preço de venda.
O valor do vinho
Por que há vinhos baratos e outros que custam fortunas? Quais o fatores que influenciam os preços?
Há muitas razões para isso. Questões importantes incluem o terroir, reputação, escassez, classificação, influência dos críticos de vinho, poder da imagem ou marca, endosso por terceiros, custo da matéria-prima, influência das taxas de câmbio, transporte, tributação, margem de lucro e custo dos ativos tanto quanto o custo da atenção aos detalhes necessários para fazer uma bela garrafa de vinho.
A primeira peça do quebra-cabeça para tentar entender essa disparidade de preços é o terroir: a influência do lugar em que as uvas são plantadas. Apesar de terroir ser uma palavra francesa, seu conceito se estende por todo o mundo do vinho. Em nível mais básico, é imediatamente evidente que algumas variedades de uvas cultivadas em locais diferentes produzirão vinhos diferentes, mesmo que as uvas sejam tratadas da mesma maneira pela vinícola. Estas diferenças devem-se à variação dos fatores físicos, tais como microclimas e propriedades do solo. Enquanto quase todos reconhecem a existência do "terroir", foram os franceses que adoraram esse conceito com mais entusiasmo. Certamente, vinhos de vinhedos de grande reputação - que têm fama de fazer grandes vinhos onde as variedades das uvas e o meio ambiente são perfeitos - atingem preços muito altos, que algumas vezes não correspondem à qualidade do vinho.
Dois produtores, separados por apenas alguns quilômetros de distância, cultivam as uvas, colhem-nas, pisam-nas, deixam-nas fermentar, pressionam-nas, e, dependendo do
estilo do vinho, podem deixá-los envelhecer em barricas de carvalho. Um ano depois, quando eles, estão nas prateleiras de uma loja, um pode valer R$ 20 enquanto outro pode custar 100 vezes mais.
Escassez Escassez
também é uma importante peça do quebra-cabeça. "Grandes" vinhos são sempre feitos em pequenas quantidades, mas há muitos enófilos ricos para quem somente servem os melhores produtos e o resultado é um grande número de pessoas perseguindo relativamente poucos vinhos. Para esses vinhos ditos como sendo os melhores, há uma grande demanda e relativamente pouca oferta, resultando num aumento de preços. Consumidores abastados não costumam procurar por bons custo-benefício; eles geralmente querem os melhores e estão preparados para pagar por isso. Algumas vezes, a escassez está ligada a fatos históricos, classificação ou uma combinação de ambos. O Château La Tour de Segur, atualmente Château Latour, cultivou sua reputação por séculos. Um de seus grandes admiradores foi Thomas Jefferson, o presidente norte-americano de 1801 a 1809, que considerava o château um de seus favoritos.
Os fatores que influenciam no preço dos vinhos vão desde os custos de
ativos e matéria-prima até as avaliações da crítica especializada
Peso da crítica
Se Thomas Jefferson, visto como um dos mais importantes críticos de seu tempo, teve efeito no preço dos vinhos, os críticos contemporâneos podem causar ainda mais impacto. O exemplo óbvio é Robert Parker, que tem a capacidade de fazer o preço do vinho subir. Por exemplo, veja o que sua resenha fez com o preço do Penfolds Grange 2004 nos últimos meses.
Apesar do poder da crítica, certas marcas conseguiram criar uma imagem que lhes possibilita ostentar preços mais elevados do que seus concorrentes diretos. O Cloudy Bay vale o quando é cobrado ou é uma questão de força da marca que foi criada ao longo dos anos? A mesma questão pode ser colocada sobre algumas famosas casas de Champagne. Além da imagem e da marca, há exemplos em que o endosso de terceiros e a participação de um consultor têm impacto no preço da garrafa. Helen Turley, Paul Hobbs e Michel Rolland são bons exemplos.
Taxas de câmbio
Outro fator decisivo no preço do vinho é a taxa de câmbio. O valor da libra caiu de cerca de 1,5 para quase 1 euro atualmente. Esta é uma das principais razões pela qual as vendas de vinhos francês no Reino Unido sofreram tremendamente em 2009.
Transporte
Transporte também faz parte do custo. Em termos de vinhos finos, o custo do transporte é pequeno em comparação com o valor do produto, e não é uma questão importante. Entretanto, na parte de baixo desta pirâmide, o custo do transporte pode causar um impacto grande, a ponto de tornar o vinho mais ou menos competitivo dependendo de quanto ele viajar. Por exemplo, transportar vinho de Portugal para a Inglaterra pode ser duas vezes mais caro se comparado com os vindos do Vale do Loire, na França.
Tributação, lucro e qualidade
Uma vez que o vinho chega no país de destino, há a questão dos impostos. A tributação pode ser pouca ou inexistir, como no caso de Hong Kong, mas também pode ser extremamente alta em outras partes do mundo, como na Tailândia, onde os impostos podem chegar a 380%. Por exemplo, para uma garrafa cara, o custo do transporte, seguro e impostos causa pouco efeito no preço final. No entanto, para um vinho entry level, esse custo costuma ser mais do que a metade do total de seu preço.
Além da tributação, há as margens de lucro a considerar e elas tendem a variar ao redor do globo. Em mercados maduros, as empresas se consideram sortudas se fizerem 25%, mas, em mercados em desenvolvimento, como o Brasil, não são incomuns margens que alcancem três dígitos.
Na verdade, custa mais para fazer um bom vinho, ou seja, todo o cuidado necessário com o vinhedo, a perda econômica de diminuir o rendimento das vinhas ou plantar variedades de baixo rendimento, ou clones, na busca da qualidade, e o custo de boas novas barricas de carvalho contribui para aumentar os preços. Um produtor que se empenha pela qualidade ao fazer colheita verde, perdendo, por exemplo, 20% da sua produção, tem que compensar sua perda cobrando mais pelo produto final. O mesmo é válido para um produtor de Tokaj, Sauternes ou Trockenbeerenauslese alemão que têm que cobrar mais por um vinho afetado pela Botrytis cinerea, o que tende a resultar em uma perda de rendimento da ordem de 50% ou mais
Há uma variedade de fatores que influenciam o preço das garrafas que ficam lado a lado nas prateleiras de uma loja. Atualmente, o fator que mais influencia é a simples lei da oferta e procura. A economia global continua frágil e os consumidores estão buscando cada vez vinhos que reflitam o real valor do dinheiro. No topo, as vendas de super-premium ainda estão flutuantes com investidores escavando pechinchas para com propósito de investimento. No extremidade inferior do mercado, apesar de sua natureza competitiva, as vendas estão fortes, pois a maioria dos consumidores está apertando seus cintos e comprando vinhos mais baratos. A parte do mercado que está realmente sofrendo no momento são os produtores vendendo vinhos de qualidade média. Isso representa uma oportunidade para os conhecedores que gostariam de apreciar uma garrafa de vinho Premium sem necessariamente gastar uma pequena fortuna, pois há sinais de que os preços estão caindo. Apesar de o sonho de chegar perto de uma garrafa de Château Lafite 1787 possa ainda estar distante, agora, mais do que nunca, é a hora para o verdadeiro enófilo ir à caça de pechinchas.