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Microbiologia Alimentar I
Taxonomia e Nomenclatura
Microbiologia Alimentar I
Na ciência denominar e classificar é essencial
!
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Microbiologia Alimentar I
o Os diferentes microrganismos estão organizados em taxons, ou seja grupos
taxonómicos.
o Três aspetos importantes na taxonomia:
» identificação;"
» classificação – ordenar em grupos"
» nomenclatura – atribuição de designações
Nomenclatura
NOMENCLATURA
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Microbiologia Alimentar I
Nomenclatura Linnaeus (séc. XVIII) – formou a nomenclatura binominal, com dois nomes:
• O primeiro nome, escrito com letra maiúscula e em itálico (ou sublinhado) corresponde ao género;
• O segundo nome, escrito com letra minúscula e em itálico é o epítopo específico da espécie.
• Juntos formam o nome da espécie, em itálico ou sublinhado. Ex. Escherichia coli
OBS: por vezes é abreviado, substituindo-se o nome do género pela 1ª letra (maiúscula e com um “.”)
Ex. E. coli
Microbiologia Alimentar I
• Membros de uma espécie têm muitas características em comum que os distinguem de outras espécies.
• Podem ser divididos em grupos pequenos e permanentes. A estes chamamos estirpes: subgrupos de uma espécie que têm características comuns que as distinguem de outras estirpes da mesma espécie.
• Estirpe: espécie mais um tripleto de números, letras ou ambos. Ex. Escherichia coli O157:H7
Nomenclatura
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Microbiologia Alimentar I
Nomenclatura
As estirpes, dentro da mesma espécie, podem diferir umas das outras de várias maneiras: • Biovares: estirpes procarióticas caracterizadas por diferenças
químicas e fisiológicas; • Morfovares: diferem morfologicamente; • Serovares: têm propriedades antigénicas distintas.
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Nomenclatura
• epíteto especifico é estável, i.e., o epíteto mais antigo de um organismo particular deve manter-se.
• Pelo contrário, o nome genérico pode alterar-se se um organismo for colocado num novo género, devido a nova informação.
Exemplo: O género Streptococcus foi dividido para formar 2 novos géneros: Enterococcus e Lactococcus, baseado na análise de RNAr e outras características. Assim, o antigo Streptococcus faecalis é agora denominado Enterococcus faecalis.
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Microbiologia Alimentar I
• Linnaeus, para além da nomenclatura binominal, introduziu ainda uma hierarquia taxonómica de grupos.
• Um príncipio básico da taxonomia é que um grupo numa posição mais elevada possui menos características em comum do que os grupos em posição mais baixa.
Nomenclatura
Microbiologia Alimentar I
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Microbiologia Alimentar I
o O primeiro código de identificação surgiu em 1900, e o último data dos
princípios dos anos 90.
o No que respeita à espécie, tratam-se de organismos de cada tipo distinto com
características semelhantes, que recebem uma designação binominal em latim
ou grego, ex. Escherichia coli
o A atribuição dos nomes obedece a regras internacionais
Nomenclatura
Microbiologia Alimentar I
Nomenclatura Escherichia coli"
"
A primeira palavra respeita ao género: sempre iniciado com letra maiúscula, e a segunda à espécie: sempre em minúsculas. Em itálico ou sublinhadas separadamente.
O nome do organismo normalmente está relacionado com alguma característica: forma, habitat, quais os nutrientes que utiliza, qual a doença que causa.
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Microbiologia Alimentar I
Curiosidades
Géneros com raiz latina: • Bacillus: pequeno bastão • Lactobacillus: pequeno bastão do leite • Sarcina: grumo
Géneros com raiz grega: • Micrococcus: pequeno grão • Clostridium: pequeno fuso
Géneros em homenagem a pessoas: • Erwinia: Erwin Smith (1º fitobacteriólogo - espécies patogénicas para as plantas)
• Pasteurella: Pasteur • Neisseria: Herbert Neisser (bacteriologista alemão que descobriu o 1º exemplo de Neisseria
gonorrheae)
• Escherichia: Theodor Escherich (bacteriologista que descobriu a E. coli)
• Salmonella: Daniel Helmer Salmon (patologista veterinário americano que descobriu a Salmonella enterica var. choleraesuis)
Microbiologia Alimentar I
Curiosidades
O EPÍTETO ESPECÍFICO indica uma característica do grupo:
• E. coli: do cólon
• B. albus: bacilo branco • S. pullorum: slamonela dos pintos
• S. abortusovis: salmonela do aborto dos ovinos
• Brucella cannis: brucela dos cães
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CATEGORIAS TAXONÓMICAS
Microbiologia Alimentar I
Categorias taxonómicas
o Espécie - grupo de bactérias semelhantes; dentro da espécie podemos encontrar variedades
o Género - grupo de espécies semelhantes
o Famílias - grupo de géneros semelhantes
o Ordem
o Classe
o Filo
o Reino
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Microbiologia Alimentar I
Por vezes a espécie é subdividida em variedades:"
• S. lactis var multigenes – aroma a malte no leite
• S. lactis var cremoris – espessura do leite
Existem ainda os nomes comuns das bactérias:
• Morrinha – Pseudomonas aeruginosa
• Gonococo – Neisseria gonorrhoeae
• Bacilo da tuberculose – Mycobacterium tuberculosis
• Bacilo da febre tifóide – Salmonella typhi
Categorias taxonómicas
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS USADAS EM TAXONOMIA
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Microbiologia Alimentar I
Características e classificação dos microrganismos
Deparados com um número elevado e com uma grande
diversidade de organismos, os cientistas utilizam as
características dos diferentes tipos de organismos para
descrever formas específicas de vida e identificar novas
formas de vida.
Agrupar organismos relacionados é a base da
classificação.
Microbiologia Alimentar I
Características e classificação dos microrganismos
Os objetivos óbvios da classificação são:
-estabelecer critérios para identificação de organismos
-agrupar organismos relacionados
-estabelecer relações entre esses organismos
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Microbiologia Alimentar I
Características e classificação dos microrganismos A taxonomia é a ciência da classificação.
Dá as bases para a denominação dos organismos e para a
sua classificação em categorias – taxon (plural taxa)
Os organismos classificados num grupo específico partilham
certas características, ou seja, apresentam unidade em
relação a essas características. Dentro de cada grupo
taxonómico existe também variedade.
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Características e classificação dos microrganismos
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Microbiologia Alimentar I
Características e classificação dos microrganismos Para classif icação é necessário reconhecer as suas características de forma a descobrirem-se as semelhanças e as diferenças.
Dado o tamanho e as características dos microrganismos efetuam-se “culturas” dos mesmos
puras – descendentes de um mesmo tipo de microrganismo
mistas – descendentes de vários tipos de microrganismos
A partir do momento, em que o microrganismo é classificado, então é possível saber se é útil, banal ou patogénico, entre outros atributos eventualmente importantes.
Microbiologia Alimentar I
Características e classificação dos microrganismos A maioria dos organismos macroscópicos podem ser
c lassi f icados prel iminarmente de acordo com as
características estruturais observáveis.
É mais difícil classificar organismos microscópicos, porque
têm estruturas muito semelhantes. Separar de acordo apenas
com a forma da célula, o seu tamanho ou associação não é
um sistema de classificação muito útil, nem a presença de
outras estruturas como flagelos, endosporos ou cápsula.
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Microbiologia Alimentar I
Características e classificação dos microrganismos Têm de ser utilizados outros critérios, entre eles a coloração Gram e
outras características relacionados com o crescimento, necessidades
nutricionais, fisiologia, bioquímica, genética…
Microbiologia Alimentar I
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS USADAS NA CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: • Forma (cocoide, bacilar, espiralada e associações) e tamanho da célula; • Morfologia das colónias (tamanho, textura); • Características ultraestruturais; • Coloração de Gram – Hans Christian Gram (1884): características da
estrutura que explicam a coloração; • Cílios e flagelos; • Mobilidade; • Esporolação (termoresistência e toxinfeções alimentares); • Cápsula; • Pili; • Etc.
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Microbiologia Alimentar I
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS USADAS NA CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E METABÓLICAS: • Fonte de carbono; • Fonte de energia; • Nutrição (autotróficos / heterotróficos); • Mecanismos de conversão energética; • Produtos de fermentação; • Temperatura de crescimento (mínima, máxima e ótima); • Relação com o O2 (aeróbia, anaeróbia, anaeróbia facultativa, microaerófila); • pH ótimo e amplitude de crescimento; • Etc.
Microbiologia Alimentar I
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS USADAS NA CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
CARACTERÍSTICAS ECOLÓGICAS: (CARACTERÍSTICAS QUE AFETAM A RELAÇÃO DOS MICRORGANISMOS COM O MEIO AMBIENTE) • Capacidade de causar doença (patogenicidade); • Preferências de habitat (temperatura, pH, O2, concentração osmótica)
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Microbiologia Alimentar I
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS USADAS NA CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
CARACTERÍSTICAS MOLECULARES: • COMPARAÇÃO DE PROTEÍNAS: as sequências de aminoácidos das proteínas
refletem as sequências de RNAm e, assim, estão diretamente relacionadas com as sequências de DNA que as codificam;
• COMPARAÇÃO DE NUCLEOTIDOS: os genomas microbianos podem ser comparados diretamente e podem estabelecer-se similaridades taxonómicas, nomeadamente através da determinação da % de bases do DNA:
• DNA -> 4 bases: A, G, C e T -> A emparelha com T e G emparelha com C.
ou varia com os microrganismos
G +CG +C + A+T
G +CA+T
Microbiologia Alimentar I
Os cientistas utilizam normalmente chaves taxonómicas para
identi f icar microrganismos de acordo com as suas
características.
Nomenclatura
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Microbiologia Alimentar I
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
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Microbiologia Alimentar I
É um manual que contém a
descrição dos organismos e chaves
dicotómicas para identificação.
(2ª edição).
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
Microbiologia Alimentar I
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
Bergey – 2ª edição: I. Archea e bactérias profundamente ramificadas e fototróficas; II. Proteobactérias (Gram negativas); III. Bactérias Gram positivas com baixa G+C; IV. Bactérias Gram positivas com alta G+C; V. Planctomycetes, Spirochaetes, Fibrobacteres, Bacteroidetes e
Fusobacteria.
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Archea e bactérias ramificadas fototróficas
Microbiologia Alimentar I
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
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Microbiologia Alimentar I
Archea e bactérias ramificadas fototróficas
Grande diversidade de procariotas pertencentes a 2 Domínios: • Archea • Bacteria
As Archea estão divididas em 2 Filos baseados no RNAr: • Filo Crenarchaeota: organismos termofílicos e hipertermofílicos
metabolizantes do sulfato. Hyperthermus butylicus Ex: fontes termais Nevada, Furnas
• Filo Euryarchaeota: organismos metanogénicos halofílicos e termofílicos. sulfato-redutores. Ex: Lago Owens
Microbiologia Alimentar I
Archea e bactérias ramificadas fototróficas
As Bacteria estão divididas em 11 Filos: • Filo Aquificae: inclui uma grande variedade de bactérias que vivem em
ambientes inóspidos. • Filo Thermotogae: termófilos e hipertermófilos com uma membrana
exterior adicional.
• Filo Thermodesulfobacteria: pequeno filo de bactérias redutoras de sulfato e termófilas.
• Filo “Deinococcus-Thermus”: filo de bactérias cocóides altamente resistentes a condições ambientais extremas. Grossa parede celular (Gram +) mas revestidas por uma ME como as Gram -.
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Microbiologia Alimentar I
Archea e bactérias ramificadas fototróficas
• Filo Chrysiogenetes: constituído por uma única espécie com bioquímica e forma de vida únicas. Respira arsénico (forma oxidada. Arsenato-Tóxico) e usa acetato como dador de eletrões.
• Filo Chloroflexi: bactérias verdes não sulfurosas. Realizam fotossíntese mas não produzem oxigénio (em àguas moderamente alcalinas).
• Filo Thermomicrobia: bactérias verdes não sulforosas termófilas. • Filo Nitrospira: bactérias Gram negativas oxidantes do Nitrogénio (imp em
aquários)
• Filo Deferribacteres: quimioorganotróficas heterotróficas anaeróbicas (red do Fe – bacias petroliferas Mar do norte)
• Filo Cyanobacteria: “algas azuis” – fotossintéticas
• Filo Chlorobi: obrigatoriamente anaeróbias, fotoautotróficas
Proteobactérias Gram negativas (Filo Proteobacteria)
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CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
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Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria
• Filo Proteobacteria tem mais de 1300 espécies em 384 géneros. • Apesar de relacionados, os organismos deste grupo são muito
diferentes em morfologia e fisiologia.
5 Classes: § Alphaproteobacteria § Betaproteobacteria § Gammaproteobacteria § Deltaproteobacteria § Epsilonproteobacteria
Oligotróficas (crescem em maios com baixos níveis de nutrientes)
Usam substâncias como H (Alcaligenes), Amónia (Nitrosomonas), Metano (Methylobacillus) e ácidos gordos voláteis (Burkholderia) em anaerobiose.
Quimiorganotróficas heterotróficas Bactérias predadoras de outras bactérias e bactérias que produzem sulfito a partir do sulfato.
Campylobacterales (Campylobacter e Helicobacter) – forma helicoidal, flagelos, Gram -, aeróbios / microaerófilos. Ap. Digestivo.
Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe I. Alphaproteobacteria
Inclui a maioria das formas oligotróficas (capazes de crescer em meios com baixos níveis de nutrientes). Exemplos: Nitrobacter: papel importante no ciclo do azoto (oxida o nitrito a nitrato)
Acetobacter: converte o álcool (etanol) em ácido acético - vinagre
Brucella (brucelose ou febre de malta), Rickettsia (riquetsiose), Coxiella (febre Q): patogénicos
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Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe I. Alphaproteobacteria
GÉNERO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FONTE: Singleton, P. (2004)
Nitrobacter
Gram-, bastonetes, 0,6-0,8x1-2μm, geralmente imóveis, aeróbicos obrigatórios, respiração, obrigatoriamente quimiolitoheterotroficas (nitrificantes) ou facultativamente quimiorganoheterotroficas, opt 25-30ºC, solo
Acetobacter Gram-, cocos/bastonetes, 0,6-0,8x1-4μm, imóveis ou flagelados, aeróbicos obrigatórios, quimiorganotróficos, muitas estirpes conseguem oxidar o etanol a ácido acético (usado na produção de vinagre), opt 25-30ºC
Brucella
Gram-, bastonetes, cocobacilos ou cocos, 0,5-0,7x0,6-1,5μm, imóveis, aeróbicas, respiração, quimiorganotróficos. Complexos (são necessários meios de cultura enriquecidos), a maioria das estirpes são oxidase + e são tipicamente urease +, parasitas intracelulares patogénicos dos animais (incluindo Homem).
Rickettsia
Gram-, bastonetes, 0,3-0,6x0,8-2μm, imóveis, parasitas intracelulares obrigatórios/ patogénicos em vertebrados (incluindo o Homem) e artrópodes (ácaros), não usam a glucose como substrato mas sim o glutamato, opt. 32-35ºC.
Coxiella Gram-, bastonetes (polimórficos), 0,2-0,4x0,4-1μm, imóveis, endosporos. C. burnetii é parasita intracelular obrigatório vertebrados e artrópodes.
Microbiologia Alimentar I
Classe I. Alphaproteobacteria
• Género Brucella (febre ondulante ou de malta)
• Género Coxiella; C. burnetti (febre Q; parasitas celulares obrigatórios)
• Género Nitrobacter • Género Acetobacter (produção de
vinagre)
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Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe II. Betaproteobacteria
Bactérias que tendem a usar substâncias difundidas a partir da decomposição orgânica em zonas anaeróbias. Algumas destas bactérias usam: • Hidrogénio: Alcaligenes • Amónia: Nitrosomonas • Metano: Methylobacillus • Ácidos gordos voláteis: Burkholderia
Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe II. Betaproteobacteria
Exemplo: Família Neisseriaceae Diplococos Gram-, imóveis, não formadores De esporos, aeróbias estritas
Géneros: Moraxella: alimentos refrigerados Acinetobacter: alimentos refrigerados Alteromonas: ambiente marinho e carne e peixe refrigerados Flavobacterium: alimentos refrigerados
Alcaligenes: água, solo e alimentos refrigerados Neisseria: parasitas da espécie humana – Ex. N.meningitis e N.
gonorrhoeae
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Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe III. Gammaproteobacteria
Classe Gammaproteobacteria
Ordem Enterobacteriales
Família Enterobacteriaceae
Ordem Vibrionales
Família Vibrionaceae
Ordem Pasteurellales
Família Pasteurellaceae
Ordem Pseudomonadales
Família Pseudomonadaceae
Família Azotobacteriaceae
Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe III. Gammaproteobacteria
Na sua maioria são quimiorganotróficos heterotróficos (matéria orgânica como fonte de energia, eletrões e carbono).
FAMÍLIA PSEUDOMODACEAE e AZOTOBACTEROACEAE: Bastonetes Gram negativos, oxidase positivos, aeróbios estritos, o catabolismo do glícidos realiza-se através das vias Entner-Doudoroff e pentoses-fosfato + ciclo do ácido tricarboxílico (quimioorganoheterotróficas), FAGELOS POLARES
FAMÍLIA VIBRIONACEAE: Bastonetes (retos ou curvos, em forma de vírgula) Gram negativos, flagelos polares.
FAMÍLIA PASTEURELLACEAE: Bastonetes Gram negativos, Imóveis (ausência de flagelos), Géneros Pasteurella e Haemophilus.
FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE: Bastonetes Gram negativos, flagelados perítricos ou imóveis, anaerobios facultativos.
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Microbiologia Alimentar I
Ordem Pseudomonadales
Família Pseudomonadaceae e Azotobacteriaceae (Gram negativos, bastonetes, aerobios)
Género Pseudomonas – putrefação superficial
Género Azotobacter (saprófita, solo) – fixação do azoto
Classe III. Gamaproteobacteria
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Ordem Vibrionales
Família Vibrionaceae (Gram negativos, bastonetes retos ou curvos
(vírgula), móveis com um único flagelo polar)
Vibrio cholerae (cólera)
Vibrio parahaemolyticus (problemas gastrointestinais)
Classe III. Gamaproteobacteria
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Microbiologia Alimentar I
Ordem Enterobacteriales
Família Enterobacteriaceae
Gram negativos, flagelados perítricos ou não móveis,
anaerobios facultativos, bastonetes, fermentadores da
glucose
Classe III. Gamaproteobacteria
Microbiologia Alimentar I
Família Enterobacteriaceae
Classe III. Gamaproteobacteria
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Microbiologia Alimentar I
Classe III. Gamaproteobacteria Família Enterobacteriaceae
Família Enterobacteriaceae Bastonetes, Gram -, anaerobios facultativos. Infeções intestinais, contaminações alimentares. GÉNEROS: Salmonella Shigella Yersinia Enterobacter Escherichia Klebsiella Proteus Serratia
Microbiologia Alimentar I
Classe III. Gamaproteobacteria Família Enterobacteriaceae GÉNEROS: Salmonella -> bastonetes Gram-, móveis (flagelos perítricos), não esporuladas e não capsuladas. Antigénio O e H. Ex. Salmonella enterica, espécies patogénicas: Salmonella Typhi (febre tifóide), Salmonella Typhimurium (gastroenterites). Salmonelose adquirida por ingestão de alimentos ou H2O contaminados ou contato fecal-oral. Shigella -> bastonetes Gram-, não esporuladas, relacionadas com a E. coli e a Salmonella. Provoca intoxicação alimentar com diarreia sanguinolenta com muco – disenteria bacilar (ingestão de água e alimentos contaminados). Yersinia -> bastonetes Gram-, não esporuladas, com cápsula, agentes zoonóticos – Y. pestis (peste negra) Enterobacter -> Gram-, anaerobias facultativas. Existentes na água, esgotos, animais, vegetais e fezes humanas. Agentes patogénicos oportunistas (ex. infeções urinarias)
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Classe III. Gamaproteobacteria Família Enterobacteriaceae GÉNEROS: Escherichia -> Gram-, anaerobias facultativas, não esporoladas. Habita o trato gastrointestinal de animais de sangue quente – a sua presença na água para consumo é indicadora de contaminação fecal. Klebsiella -> Gram-, imóveis, capsuladas. Ocorrem em fezes, trato gastrointestinal, água, solo, vegetais, frutos e cereais. Provoca pneumonias, infeções do trato urinário, infeções nos serviços de cuidados intensivos e neonatais. Proteus -> Gram -, anaerobia facultativa. Produz urease que hidrolisa ureia a amónia (NH3) => urina alcalina. Provoca infeções urinarias. Atividade proteolítica. Encontrados em alimentos refrigerados. Serratia -> Gram -, anaerobia facultativa. Produz pigmentação vermelha. Provoca alteração de carne refrigerada.
Microbiologia Alimentar I
Ordem Pasteurellales
Família Pasteurellaceae (imóveis, cocobacilos com pleomorfismo)
Género Pasteurella
Género Haemophilus
Infetam animais e poucas são patogénicas para o Homem.
Atacam membranas mucosas e trato respiratorio.
Classe III. Gamaproteobacteria
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Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe Deltaproteobacteria
Contém bactérias predadoras de outras bactérias e bactérias que produzem sufito a partir do sulfato. São bactérias Gram – capazes de mudar de forma.
Microbiologia Alimentar I
Filo Proteobacteria Classe Epsilonproteobacteria
Composta só por uma Ordem: Campylobacterales, com 2 Famílias: Família Campylobacter Família Helicobacter Forma helicoidal (espiral ou forma de S), flagelos, Gram negativos, aeróbios / microaerófilos, não formadores de esporos.
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Microbiologia Alimentar I
Género Campylobacter Campylobacter jejuni: enterites
Campylobacter coli: enterites
Género Helicobacter Helicobacter pylori: Gram-, Microarefilo, encontrado no estômago todos têm flagelos, movem-se em linha reta Gram negativos, Aeróbios/ Microaérofilos, móveis, helicoidais/vibriões
Classe V. Epsilonproteobacteria
Bactérias Gram positivas com baixa % (C+G) (Filo Firmicutes)
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Microbiologia Alimentar I
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
Microbiologia Alimentar I
Filo Firmicutes
Bactérias Gram +, com baixa % (G+C) no DNA
3 Classes: § Clostridia § Mollicutes § Bacilli
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Microbiologia Alimentar I
Ordem Mycoplasmatales Mycoplasmas
Classe Mollicutes
Os membros da Classe Mollicutes não têm parede celular e não produzem Peptidoglicano. Como são bactérias rodeadas apenas pela MC, são POLIMÓRFICOS (cocos, forma helicoidal ou bastonetes). Normalmente imóveis.
Microbiologia Alimentar I
Género Clostridium:
C. botulinum
C. perfringens
Classe Clostridia
Apesar de variarem na sua morfologia e tamanho, os organismos da Classe Clostridia tendem a ser anaeróbios. Género Clostridium: formam verdadeiros endosporos.
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Microbiologia Alimentar I
Classe Bacilli
Os membros da Classe Bacilli são aeróbicos ou anaeróbicos facultativos e podem ter a forma de bastão o cocos. A Classe Bacilli tem duas Ordens:
• Bacillales: Género Bacillus Género Staphylococcus
• Lactobacillales: Géneros Streptococcus, Enterococcus, Lactococcus, Lactobacillus, Leuconostroc
Microbiologia Alimentar I
Ordem Bacillales
Género Bacillus: ubiquitario; esporulado
B. cereus B. anthracis
Género Staphylococcus: pele, alimentos
S. aureus
Classe Bacilli
Ordem Lactobacillales
Géneros: Streptococcus (flora fecal e alimentos), Enterococcus (comensais
no intestino dos humanos), Lactococcus (produção de manteiga e queijo),
Lactobacillus (produção de ácido lático – iogurtes, regulador flora intestinal) e
Leuconostoc (vegetais)
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Bactérias Gram + com % (C+G) de 50 a 55% (Filo Actinobacteria)
Microbiologia Alimentar I
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
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Microbiologia Alimentar I
Filo Actinobacteria
Bactérias Gram +, com alta % (G+C) no DNA
1 Classe: § Actinobacteria
Microbiologia Alimentar I
Género Microbacterium: termodurica (pode sobreviver a Temp. muito acima da Temp. máxima de crecimento), leite e produtos de quinta Género Propionobacterium: Pele (acne), queijo suíço Género Bifidobacterium: intestinos Género Corynebacterium: infeções cutâneas, frequentemente isoladas de alimentos
Filo Actinobacteria
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Microbiologia Alimentar I
Família Mycobacteriaceae Género Mycobacterium: M. tuberculosis - tuberculose
Filo Actinobacteria
Outros (colocados juntos por conveniência)
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Microbiologia Alimentar I
CLASSIFICAÇÃO DE BERGEY
Microbiologia Alimentar I
Filo Spirochaetes • Família Spirocaetaceae
• Família Leptospiraceae
• Bactérias móveis (flagelo), helicoidais, divisão
binária sem associação
• Água, fluídos corporais (patogénicas)