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Manejo do Diabetes Mellitus em Pacientes Hospitalizados

Cynthia Bezerra de Oliveira

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIAClínica Médica

Porto Velho, 2012

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Management of Diabetes Mellitus in Hospitalized Patients

David K McCulloch, MD Silvio E Inzucchi, MD Last literature review version 19.2: Maio 2011

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Introdução

Anualmente, 25% dos pacientes com DM1 e 30% dos DM2 são internados.

O gasto com pacientes diabéticos é maior

O tratamento hospitalar eficiente diminui os custos

Objetivo:

Revisão a respeito do manejo hospitalar dos pacientes diabéticos não criticos

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Metas no Ambiente Hospitalar

Gerais:

Evitar hipoglicemia

Evitar hiperglicemia severa e distúrbios hidroeletrolíticos

Avaliar as necessidades educativas do paciente

Garantir nutrição adequada

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Evitar a Hipoglicemia

Hipoglicemia (concentração de glicose sérica <70 mg/dL): hormônios contra-reguladores (catecolaminas)- arritmias

Glicemia < 50 mg/dL: défcits cognitivos transitórios

Estudo de coorte retrospectivo com mais de 2.500 pacientes: mortalidade hospitalar significativamente maior nos pacientes com pelo menos uma glicemia ≤ 50 mg/dL

Causas da hipoglicemia no hospital: Terapia antihiperglicemiante oral no paciente em jejum “Escala móvel” padrão de insulina, sem considerar

particularidades Erros na dosagem

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Evitar a Hiperglicemia

Pacientes diabéticos são mais suscetíveis à infecções

Hiperglicemia acentuada: prejudica resposta imune e a função dos neutrófilos

A hiperglicemia pode causar distúrbios hidroeletrolíticos mediados por diurese osmótica

A hiperglicemia pode resultar em perda de calorias e proteínas em pacientes sub-insulinizados.

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Metas Glicêmicas

Glicemia pré-prandial <140 mg/dL

Glicemia de jejum entre 90 e 100 mg/dL

Glicemia casual <180 mg/dL

Pacientes críticos: metas glicemias entre 140 a 180 mg/dL

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Metas Glicêmicas

Glicemia pré-prandial <140 mg/dL

Glicemia de jejum entre 90 e 100 mg/dL

Glicemia casual <180 mg/dL

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Monitoramento da Glicemia

Medir a glicemia na admissão e manter o monitoramento de glicose durante internação.

Freqüência: depende do status do paciente, resultados das medições anteriores e as medidas tomadas

A glicemia deve ser medida antes de cada refeição eao deitar e a cada 6 horas se o paciente não estiver se alimentando (SBD, 2011)

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Secreção de insulina

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Figura 1. Leonard Thompson, primeiro paciente a receber insulina, antes do tratamento.

Figura 2. Leonard Thompson, alguns meses após o início do tratamento com insulina.

O uso da insulina em diabéticos foi iniciado em 11 de Janeiro de 1922, após a sua descoberta e extração pancreática pelos pesquisadores canadenses Banting e Best.

Insulina - Histórico

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Insulina de Ação Rápida

Insulina REGULAR:

Tem a molécula idêntica à insulina humana

É componente essencial da maioria dos esquemas de reposição, em todo o mundo.

Geralmente é associada à insulina NPH, detemir ou glargina, e administrada 20 a 30 minutos antes das refeições, 2 a 4 vezes ao dia.

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Insulinas de Ação Ultrarrápida

Análogos da insulina humana produzidas em 1996 (Lispro) por tecnologia DNA recombinante.

Cristalina e transparente, sua ação se inicia em poucos minutos (cerca de 15-20 min), atinge o pico em 90 minutos, e tem duração média de 3 a 4 horas.

Três preparações estão disponíveis: ASPARTE, LISPRO E GLULISINA Preparação ideal para o regime basal-bolus. Apresenta maior rapidez de início de ação e menor risco de

hipoglicemia (risco de sobreposição de doses é menor). Insulina mais indicada para o uso nas bombas de insulina, com menor

risco de entupimento de cateter.

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Insulinas de Ação Intermediária

Seu principal representante é a insulina NPH (neutral protamine Hagedorn), produzida pela primeira vez em 1936, ao se adicionar protamina ao composto, tornando a ação da insulina mais lenta.

De aspecto leitoso, é considerada uma insulina de ação basal, usada para controlar a glicemia durante todo o dia, bem como durante a madrugada.

Começa a agir cerca de 2 horas após a aplicação e sua duração de ação é muito variável, com média de 5 a 8 horas.

Geralmente, é administrada 2 a 3 vezes ao dia e deve ser associada à insulina de ação rápida ou ultrarrápida.

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Insulinas de Ação Prolongada

Fabricadas através de técnicas de engenharia genética, também são o resultado de modificações da molécula de insulina.

Composto sem pico de ação

Duração prolongada, em torno de 18 a 24 horas.

São as insulinas mais modernas, tentando aproximar-se da insulina basal ideal. Apesar da descrição de suas propriedades pelos fabricantes, os tempos de duração e absorção podem variar muito.

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Insulinas de Ação Prolongada

Ainda hoje não há comprovação científica do efeito benéfico dos análogos de ação lenta em relação à redução de hipoglicemias ou melhora da hemoglobina glicada.

Outras características têm justificado sua ampla prescrição: maior previsibilidade de ação maior liberdade de horários de refeição maior facilidade para fazer a contagem de carboidratos.

No mercado, estão disponíveis as insulina Detemir e Glargina. A primeira tem menor duração de ação (12-18 horas, em média) e é administrada geralmente 2 vezes ao dia.

Já a Glargina tem maior duração de ação (28-24 horas) e a maioria dos pacientes a administram 1 vez ao dia.

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Canetas Aplicadoras

São populares devido à conveniência e precisão de dosagem. Não é preciso se preocupar em encher seringas ou carregá-las quando se está distante de casa.

As insulinas aplicadas por canetas não poderão ser misturadas para uma aplicação única (por exemplo, na administração de insulina NPH + regular).

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Bomba de Insulina

O sistema de infusão contínua de insulina foi criado para resolver duas das questões mais importantes do tratamento do diabetes: conforto e segurança.

Principais indicações:

Comodidade do paciente,

tratamento de crianças que apresentam uma maior sensibilidade à insulina (como os lactentes e crianças mais jovens), com maior risco de hipoglicemia grave.

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Apesar de promover um tratamento menos incômodo, sem as múltiplas aplicações subcutâneas de insulina, a bomba de insulina não dispensa um dos principais princípios da terapia diabética: a automonitorização.

Bomba de Insulina

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Tipos de Insulina

Estudo comparativo: Detemir/aspart contra NPH/regular em 130 pacientes internados: não houve diferença na mortalidade

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Regime basal-bolus

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Escala Móvel de Insulina

Poucos dados apóiam o benefício da "escala móvel de insulina" como rotina

Escala móvel de insulina

Evidência de dano potencial, sobretudo, quando em monoterapia, sem prestação subjacente de insulina basal.

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Insulina de Correção

Doses de insulina de ação rápida ou ultra-rápida adicionadas à insulina pré-prandial em pacientes em esquema basal-bolus para corrigir elevações na glicemia.

Dose deve ser individualizada com base no nível anterior do controle da glicose, necessidades de insulina e, se possível, o teor de carboidratos das refeições.

Quando administrado antes das refeições, o tipo de insulina de correção deve ser o mesma que a de insulina antes das refeições habituais.

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Insulina de Correção

Isoladamente:

Pacientes com DM2 previamente tratados com dieta ou agente oral

Terapia inicial ou estratégia para encontrar a dose de insulina

Se o paciente está comendo e glicemia capilar permanece elevada (> 180 mg/dL): regime basal-bolus deve ser iniciado

Glicemia > 150: 1-4 U para cada aumento de 50mg/dL, baseado na sensibilidade de insulina

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Sensibilidade de Insulina

Fator de sensibilidade (FS) do paciente: estima a queda de glicose em mg/dL para cada 1 UI de insulina.

“Regra do 1800”: estima a quantidade de "insulina de correção" necessária para o controle glicêmico.

FS = 1800/dose total de insulina diária.

Exemplo: paciente usa durante um dia o total de 60UI de insulina (40U detemir + 20U lispro) FS = 1800/60 FS = 30. é estimado que 1UI de insulina rápida ou ultra-rápida fará cair a

glicemia em 30mg/dL.

Insulina de Correção

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Paciente sob controle razoável (A1C ≤ 8%): manter tratamento prévio (se não houverem contra-indicações) + insulina de correção e monitorizar glicemia

Se incapaz de comer: agentes orais devem ser interrompidos

Glicemias persistentemente elevadas (> 180 mg/dL): descontinuar agente oral e iniciar insulinoterapia: regime basal-bolus pelo peso ou dose de correção do dia interior (50% basal e 50% pré-prandial)

Retomar regimes anteriores o mais rapidamente possível

Pacientes Tratados com Agentes orais

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Pacientes Tratados com Agentes orais

Em geral insulinoterapia é o tratamento preferencial em pacientes hospitalizados

Podem continuar agentes orais:

pacientes bem controlados

pacientes alimentando-se regularmente

pacientes nos quais nenhuma mudança em sua condição médica ou a ingestão nutricional está prevista

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Agentes Orais em Pacientes Hospitalizados

Metformina: contra-indicado quando a função renal e/ou estado hemodinâmico sejam prejudicados ou ameaçados: risco aumentado de acidose láctica. descompensação cardíaca ou pulmonar aguda insuficiência renal aguda, desidratação, sepse, obstrução urinária, pacientes submetidos à cirurgia ou estudos radiológicos

Tiazolidinedionas (pioglitazona, rosiglitazona): associados com edema periférico - evitar em pacientes com insuficiência cardíaca

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Agentes Orais em Pacientes Hospitalizados

Sulfoniluréias (glibenclamida, glipizida, glimepirida): associados com hipoglicemia grave e prolongada. Podem ser continuadas em pacientes estáveis, que estão comendo. Interromper se IAM.

Secretagogos não-sulfoniluréia (meglitinidas, repaglinida): semelhante à sulfoniluréias . Devem ser usados com cautela

Inibidores da alfa-glicosidase (acarbose): geralmente não são usados no hospital. Eficazes apenas se pacientes está comendo.

Agonistas do GLP-1 (exenatida): podem causar náuseas, vômitos e perda de peso e são principalmente eficazes para o controle da glicose pós-prandial. Seu uso deve ser evitado no quadro agudo

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Redução na Ingesta alimentar

Se curta duração: insulina SC (ação curta e intermediária/longa duração) e café-da-manhã podem ser adiados.

Se episódio mais longo:

Não administrar insulina de ação rápida ou ultra-rápida

Insulina rápida ou ultra-rápida não deve ser administrada, exceto se o paciente apresentar hiperglicemia significativa pela manhã (>200 to 250 mg/dL [11.1 to 13.9 mmol/L]).

Pequenas doses (1 a 4 UI) devem ser administradas com o objetivo de reduzir a gicemia para <180 mg/dL (10 mmol/L) e evitar hipoglicemia.

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Redução na Ingesta alimentar Se episódio mais longo:

Dose de NPH/glargina/detemir da noite anterior não exige ajuste. A dose pode ser reduzida em 20%.

Dose basal de NPH/ glargina/ detemir da manhã: aproximadamente 1/2 a 2/3 da dose usual no horário habitual.

Em todos esses casos, pequenas doses de insulina rápida ou ultra-rápida podem ser administradas a cada 6 horas para corrigir a hiperglicemia. (ie, glucose >150 to 200 mg/dL [8.3 to 11.1 mmol/L]).

SG 5% deve ser infundido (75-100 mL/h) durante jejum.

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Suspender hipoglicemiante oral.

Começar correção com insulina se glicemia >150 mg/dL (usar 1-4 UI a cada 50 mg/dL acima de 150 mg/dL, baseada na sensibilidade insuliníca do paciente): insulina regular a cada 6h.

Paciente hospitalizado não crítico com hiperglicemia

Medir a hemoglobina glicada

DM 2 rececebendo terapia dietética ou hipoglicemiante oral

Paciente em jejum

Continuar agentes orais se não houver CI e glicemia controlada (A1C ≤ 8 )

Paciente alimentando-se regularmente

Se glicemia mal controlada, suspender hipoglicemiante oral (sensibilizadores podem ser mantidos), e iniciar insulina basal (começar com 0,2-0,3 UI/Kg/dia): NPH a cada 12h ou Detemir a cada 12-24h ou Glargina a cada 24h,

+ insulina prandial (começar com 0,05- 0,1 UI/Kg/refeição): insulina Lispro, Asparte, Glulisina ou insulina regular,

+ correção com insulina se glicemia >150 mg/dL (1-4 UI a cada 50 mg/dL acima de 150 mg/dL, baseada na sensibilidade a insulina do paciente): mesmo tipo e adicionado à prandial.

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Adicionar insulina basal (começar com 0,2-0,3 U/Kg/dia: ajustar a dose da insulina basal em 10-20% a cada 2 dias até atingir a meta glicêmica): NPH a cada 12 h ou Detemir a cada 12-24 h ou Glargina a cada 24h.

Ajustar a dose da insulina de correção em 1-2 UI/dose a cada 1-2 dias se a resposta for inadequada

Se a glicemia não está bem controlada, fazer uma das seguintes alterações, considerando os fatores que podem ser responsáveis pela hiperglicemia

Ajustar a dose da insulina basal em 10-20% a cada 2 dias até atingir a meta glicêmica.

Ajustar a dose da insulina Prandial em 1-2 UI/dose a cada 1-2 dias se a resposta for inadequada

Ajustar a dose da insulinas de correção em 1-2 UI/dose a cada 1-2 dias se resposta inadequada

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Dose de insulina basal (começar com a dose de uso domiciliar ou com 0,2-0,3 UI/Kg/dia): insulina NPH a cada 12h ou Detemir a cada 12-24h ou Glargina a cada 24h,

+ correção de insulina se glicemia >150 mg/dL (1-4 UI a cada 50 mg/dL acima de 150 mg/dL, baseada na sensibilidade insulínica): insulina regular 6/6 horas.

Paciente hospitalizado não crítico com hiperglicemia

Medir a hemoglobina glicada

Paciente com diabetes tipo 1, paciente com diabetes tipo 2 insulinizadoou hiperglicemia significativa recém-diagnosticada

Paciente em jejum

Se glicemia bem controlada (A1C ≤8 ), manter prescrição de insulina pré-internação

Paciente alimentando-se regularmente

Se glicemia mal controlada, começar insulina basal (aumentar a dose de uso domiciliar ou começar com 0,2-0,3 UI/Kg/dia): insulina NPH a cada 12h ou Detemir a cada 12-24hs ou Glargina a cada 24h

+ insulina prandial (aumentar a dose de uso domiciliar ou começar com 0,05-0,1 UI/Kg/refeição): insulina Lispro, Asparte, Glulisina ou insulina regular

+ correção com insulina se glicemia >150 mg/dL (usar 1-4 UI a cada 50 mg/dL acima de 150 mg/dL, baseada na sensibilidade insulínica do paciente): mesmo tipo e horário da insulina prandial.

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Se a glicemia não está bem controlada, fazer uma das seguintes alterações, considerando outros fatores que podem ser responsáveis pela hiperglicemia

Ajustar a dose da insulina basal em 10-20% a cada 2 dias até atingir a meta glicêmica.

Ajustar a dose da insulina Prandial em 1-2 UI/dose a cada 1-2 dias se a resposta for inadequada

Ajustar a dose da insulinas de correção em 1-2 UI/dose a cada 1-2 dias se resposta inadequadaConsiderar Insulina EV

Ajustar a dose da insulina basal em 10-20% a cada 2 dias até atingir a meta glicêmica.

Ajustar a dose da insulina de correção em 1-2 UI/dose a cada 1-2 dias se a resposta for inadequada

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Prescrição

Exemplo de prescrição de regime basal-bolus com insulina suplementar: ajustar este esquema de acordo com a sensibilidade a insulina de cada paciente

1. Dieta

2. Glicemia capilar 4x por dia (pré-refeicões e às 23 horas)

3. Glargina 0,2 UI/Kg/dia SC 1x/dia . (Se for disponível insulina NPH ou Detemir fazer 0,1 U/kg a cada 12 horas)

4. Lispro/asparte/glulisina 0,06 U/Kg SC antes do café, almoço e jantar (não aplicar se glicemia capilar <70 mg/dL)

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5. Lispro/asparte/glulisina. Acrescentar ao item 4, de acordo com o seguinte esquema de doses adicionais:

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Referências

Christiane L. LEAL et. al. Simpósio: Condutas em enfermaria de clínica médica de hospital de média complexidade - Parte 1. Capítulo V. Manejo da hiperglicemia no paciente hospitalizado não crítico

Controle da Hiperglicemia Intra-hospitalar Em Pacientes Críticos e Não Críticos. Posicionamento Oficial SBD nº 02/2011

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