Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas
Curso de Medicina
INFECTOPEDIATRIA
COQUELUCHE E SARAMPO
Acadêmica: Fernanda Secchi de Lima
Docente: Marcos A. da S. Cristovam
Cascavel - 2014
COQUELUCHE (PERTUSSI OU
TOSSE COMPRIDA)Bordetella pertussis
Fase catarral (uma ou duas semanas): febre baixa, coriza, espirros,
lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar, tosse noturna, (sintomas que
podem ser confundidos com os da gripe e resfriados comuns)
Fase paroxística (duas semanas): acessos de tosse paroxística- tosse
súbita incontrolável, de início repentino, curta duração, que ocorre
sucessivamente sem que o doente tenha condições de respirar entre os
episódios, e são seguidos por uma inspiração profunda e forçada que
provoca um som agudo (guincho). Os períodos de falta de ar e o esforço
para tossir deixam a face azulada (cianose) e podem provocar vômitos
Fase de convalescença: em geral, a partir da quarta semana, os sintomas
vão regredindo até desaparecerem completamente.
Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar
formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia,
convulsões, lesão cerebral e levar à morte.
Vacinação
Tríplice bacteriana DPTw (2, 4, 6 meses)
Reforço aos 16-18 meses e 4-6 anos
Grávidas a partir da 20ª semana DPTa
Reforço a cada 10 anos com a dTpa ou dT
• Doença de notificação compulsória no MS
Esquemas antimicrobianos
terapêuticos e quimioprofiláticos
Azitromicina (1ª escolha)
Claritromicina (2ª escolha)
Estolado de eritromicina (caso 1º e 2º indisponíveis)
Sulfametazaxol-trimetropim (intolerância aos macrolídeos)
Isolamento respiratório em domicílio
Analgésicos e anti-inflamatórios (sintomas)
A coqueluche ainda é um problema de saúde pública. Por queocorre esse aumento no número de casos em uma doençaimunoprevenível?
Complicações
O principal motivo de hospitalização de bebês com menos de seismeses é a pneumonia (>60%), muitas vezes acompanhada porcrises de apneia e hipóxia.
Outras complicações são perda de peso, otite, convulsão,encefalopatia e morte.
São mais frequentes em lactentes incompletamente vacinados, maselas podem ocorrer em pessoas de qualquer idade.
Um achado de importância é a leucocitose com predomínio depequenos linfócitos.
Epidemiologia
Em casos da doença envolvendo crianças menores de 1 ano,
cerca de 85% são bebês com menos de 6 meses
Em 2012, houve 74 mortes em função da doença, um aumento
de 32% em relação ao ano anterior, e quase a totalidade deles
em lactentes com idade inferior a seis meses.
Em 2011, foram registrados 2.258 casos.
Em 2012, o número total passou para 4.453 casos – um aumento
de 97%.
SARAMPO
• Morbili vírus
• Transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas
eliminadas pelo espirro ou pela tosse.
• O período de incubação é de cerca de 12 dias e a transmissão
pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-
se até o quarto dia depois do surgimento de exantemas.
Período prodrômico: febre, mal-estar, coriza seromucosa e,posteriormente, mucopurulenta, tosse seca, conjuntivite comfotofobia e lacrimejamento.
Manchas de Koplik: são pontos brancos-azulados, rodeadas porhalo vermelho com fundo eritematoso difuso, localizados namucosa bucal e que desaparecem 24 a 48 horas após o início daerupção.
Período exantematoso: exantema maculopapular detonalidade avermelhada, começando pelo rosto, regiõesretroauricular e cervical.
Atinge o tronco e membros superiores no segundo dia e estende-se aos membros inferiores no terceiro dia.
A partir do terceiro dia o exantema adquire tonalidade castanho-acinzentada, evoluindo para descamação no final da primeirasemana do período exantemático.
A doença chega ao seu clímax no primeiro e segundo dias do
exantema, a febre eleva-se ao máximo, o exantema torna-se
exuberante, as manchas de Koplik ainda estão presentes, as
conjuntivas congestas com fotofobia e lacrimejamento, coriza
abundante e tosse produtiva.
Vacinação
Calendário vacinal
1ª dose – 12 meses
2ª dose – 15 meses
Em caso de epidemia
1ª dose – 9 meses
2ª dose – 12 meses
A vacina contra o sarampo, quando aplicada entre os nove e onze meses de vida, é capaz de proteger apenas cerca de 80 a 85% dos lactentes.
Quando administrada a partir dos doze meses de vida, a vacina contra o sarampo tem uma eficácia em torno de 95%.
Suspeita e diagnóstico
Todo paciente que apresente febre e exantema
maculopapular, acompanhado de tosse e/ou coriza e/ou
conjuntivite, independentemente da idade e situação vacinal.
Doença de notificação compulsória no MS – emergência
epidemiológica.
Tratamento
Isolamento e repouso
Uso de vitamina A para crianças com desnutrição moderada e
grave, imunodeprimidas e evidência oftalmológica de deficiência
em vitamina A.
Os antimicrobianos – não alteram o curso nem o quadro
inflamatório.
mascarar certas complicações
alterar o equilíbrio bacteriológico
condicionar o surgimento de infecções
Epidemiologia
Crianças menores de um ano
Condição socioeconômica baixa: redução de Ac maternos e maior
exposição ao vírus.
Condição socioeconômica alta: manutenção de Ac maternos e
menor exposição ao vírus.
Mortalidade
Em países desenvolvidos - entre 0,17 e 2 por 100 000 habitantes.
Na África - 400 vezes maior
Surto no Brasil
2011 - 42 casos confirmados
2012 - 2 casos confirmados.
2013 - 172 casos confirmados.
Jan – Fev 2014 em Fortaleza - 11 casos confirmados e 29
fortemente suspeitos (que aguardam confirmação) - Os
menores de 12 meses representam cerca de 70% dos casos.
Obrigada!!
Referências• http://www.sbp.com.br/show_item.cfm?id_categoria=52&id_detalhe=4342&tipo
_detalhe=S
• http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/125.pdf
• http://www.medicina.ufmg.br/observaped/index.php/noticias/51-clipping/194-
coqueluche-volta-a-assustar-e-mobiliza-vacinacao-de-gravidas.html
• http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/livroidb/Com2007/Com_D0103.pdf
• http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=24&id_detalhe=955&tipo
_detalhe=s
• http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=52&id_detalhe=4573&tip
o_detalhe=s