Língua
Portuguesa
FONÉTICA & FONÉTICA & FONOLOGIAFONOLOGIA
Prof. Márcio Hilário
Língua Portuguesa
Prof. Márcio Hilário
FONÉTICA
Estudo dos sons da fala.(Uso Real)
FONOLOGIAEstudo dos sons
significativos de uma língua.(Forma Ideal)
Considerando que a Norma Culta de uma língua é uma abstração que não representa necessariamente o uso real dos falantes, no
estudo dos sons também se distinguem assim os aspectos fonéticos e fonológicos.
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Variabilidade da língua portuguesa
VÍCIO DA FALA Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.
(Oswald de Andrade)
Note-se que a visão da professora de Chico Bento é bastante conservadora no que se refere ao reconhecimento de que a língua oferece outras possibilidades
legítimas de realização, ao contrário de Oswald. A Norma Culta não pode ser uma camisa de força!!!
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O APARELHO FONADOR (?)
A articulação da fala é uma questão completamente mecânica. O falante escuta um som e tenta reproduzi-lo. A mínima alteração de ponto ou modo de
articulação implicará variação sonora. Obviamente, este “telefone sem fio” produz sotaques, acentos, timbres, pronúncias diferentes para uma mesma
palavra. Também é possível que o falante tenha dificuldades de articulação: o Cebolinha, por exemplo, que troca o /r/ pelo /l/.
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PREGAS VOCAIS (ou Cordas Vocais)
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GRAFEMA vs FONEMA
Nesse estudo, é preciso cuidado para não confundir sons (fonemas) com as letras (grafemas) que os representam. Grafemas são símbolos gráficos
que materializam visualmente a palavra, por meio da escrita. Essa relação entre letras e fonemas não é diretamente proporcional. Há fonemas que
são representados por mais de uma letra (dígrafos) e letras que representam mais de um fonema (dífonos).
Ex: chave /x/ (dígrafo) táxi /ks/
(dífono)Há também fonemas que são representados por diversas letras, bem
como a mesma letra pode representar fonemas distintos:
Ex: Fonema /s/: solo, face, máximo, assado, piscina,
caça. Letra x: /z/ exame, /x/ xale, /s/ trouxe, [ks]
fixo.
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SEMIVOGAIS: fonemas periféricos às vogais/y/ e /w/
VOGAISFonemas soantes / núcleo da sílaba
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Ponto de articulação
Modo de articulação
BilabiaisLabiodentais
LinguodentaisAlveolares
PalataisVelares
Oclusivas
Orais Surdas p t k
Sonoras b d g
Nasais ------------ m n η (nh)
FricativasOrais Surdas f s ∫ (ch) (x)
Sonoras v z ζ (j)
LíquidasOrais Laterais ---------------- l λ (lh)
Vibrantes ---------------- r R (rr)
CONSOANTESFonemas articulados com as vogais (con +
soantes)
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ENCONTROS CONSONANTAIS
CAS-CA TRA-PO
EXCETODígrafo /s/
CHAVEDígrafo /x/
CANTON = marca de nasalidade
AN = dígrafo nasal /ã//kãto/
NÃO SÃO ENCONTROS CONSONANTAIS!!!
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ENCONTROS VOCÁLICOSENCONTROS VOCÁLICOSTRITONGO
sv+V+sv(mesma sílaba)
HIATOV+V
(sílabas separadas)
DITONGOsv+V ou V+sv
(mesma sílaba)BA-Ú
PI-A-DA
CRESCENTEsv+V
DECRESCENTE
V+sv
ORAL ORALNASAL NASAL
Á-GUA QUAN-DO PAI MÃE
ORAL NASAL
I-GUAIS
SA-GUÃO
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• A letra “h” pode ser considerada uma letra etimológica, ou seja, que se justifica pela origem da palavra, como em “hoje”, “homem”; bem como uma letra diacrítica, ou seja, que produz dígrafo, em “chuva”, “alho”, “banho”. Não representa, pois, nenhum dos fonemas de nossa língua.
• Podem-se identificar dois ditongos em palavras como “bóia”, “maio”, “leia”, pois ocorre na pronúncia um alongamento da semivogal, como se houvesse a seguinte situação: bói-ia, mai-io, lei-ia.
• Ocorre, do ponto de vista fonológico, uma variação não-significativa nos encontros ia, ie, io, ua, eu, uo, átonos e finais. Por isso, são interpretados como hiatos por alguns autores e como ditongos por outros. É o caso de palavras como história, que pode ser separada de duas maneiras: his-tó-ri-a ou his-tó-ria.
• Os grupos AM, EM e EM, no final das palavras, representam um ditongo nasal. É o que ocorre em falavam /ãw/, ninguém /ẽy/, hífen /ẽy/.
OBSERVAÇÕES: