Imagens do acervo fotográfico do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore
THÉO BRANDÃO E OS FOLGUEDOS POPULARES EM ALAGOAS
CALENDÁRIO 2013
THÉO BRANDÃO E OS FOLGUEDOS POPULARES EM ALAGOAS
Médico, folclorista e antropólogo, Théo Brandão (Viçosa, 26/01/1907 – Maceió, 29/09/1981) foi um dos mais respeitados e ativos intelectuais alagoanos do século XX. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, da Academia Alagoana de Le-tras e da Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnografia, Théo Brandão já era reconhecido nos anos 40 como um dos principais estudiosos do folclore brasileiro. Com vasta produção etnográfica - entre textos, registros sonoros e fotográficos -, abordando o fol-clore em seus diversos aspectos - literatura oral, medicina popular e principalmente folguedos populares, Théo Brandão foi um impor-tante protagonista e articulador do movimento folclórico brasileiro, participando ativamente da criação da Comissão Nacional de Fol-clore (1947) e da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro (1958). Como resultado de sua produção, engajamento e influência, Alagoas se tornou um dos centros mais atu-antes do movimento.
Investigador de espírito vivo, dotado de no-tável erudição e sensibilidade etnográfica, Théo Brandão se afastou da medicina em 1961 para se dedicar mais intensamente ao estudo do folclore e ao ensino da antropolo-gia, disciplina que ministrou no antigo Cen-tro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Federal de Alagoas e através da qual formou toda uma geração de pes-quisadores no Estado.
Em princípios da década de 1970, Théo Brandão idealizou, no âmbito da Universi-dade, um museu de antropologia e folclore para abrigar seu acervo de objetos de arte popular, documentos pessoais, manuscri-tos, registros sonoros, livros, folhetos de cordel, além de uma ex-pressiva coleção de fotografias, cuja pequena parcela temos a honra e a alegria de publicar neste calendário.
O grande número de fotografias produzidas e reunidas por Théo Brandão, especialmente entre as décadas de 1930 e 1960 corrobo-ram a importância da documentação fotográfica no contexto do movimento folclórico brasileiro. As captações fotográficas, assim como as gravações sonoras, pareciam ser capazes de expressar o fenômeno cultural em ato, restituindo a vivacidade e a espontanei-dade das manifestações folclóricas. Por uma espécie de realismo proporcionado pela câmera, a fotografia se tornou uma técnica muito valorizada por pesquisadores no mapeamento e na investi-gação do folclore brasileiro em suas especificidades estaduais e re-gionais.
As imagens que apresentamos neste calendário são uma pequena mostra de aproximadamente três mil e quinhentas fotografias em diferentes suportes – entre negativos, slides e ampliações em papel - que hoje constituem o acervo fotográfico do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore. As fotografias desse precioso acervo chamam atenção pela beleza e pelo caráter inédito de muitas de suas imagens.
São bois, guerreiros e liras; gajeiros, mouros, caboclos e índios; reis e rainhas, baianas e cavalheiros, personagens ilustres e anônimos os quais mostram, na dignidade de seus olhares, de seus gestos e de suas vestes, a riqueza simbólica de um povo cujas práticas de
festividade popular seguem sendo celebra-das e atualizadas. São imagens que hab-itam a memória alagoana, documentando paisagens e contextos nos quais renomados folcloristas e mestres da cultura popular inscreveram suas atuações, sob a ótica de diferentes fotógrafos, entre eles, o próprio Théo Brandão.
Este calendário apresenta fotografias de dez folguedos natalinos documentados e pes-quisados por Théo Brandão, além de uma página dedicada ao carnaval e outra a retra-tos do folclorista. A estrutura do calendário respeita a organização na qual o acervo foi encontrado: as fotografias estavam guarda-das em pastas identificadas com o nome de cada folguedo correspondente. Esta organi-zação reflete uma orientação de pesquisa de Théo Brandão que buscava compreender os folguedos em suas características peculiares, mas também nos laços que associavam estas
festividades ao período natalino.
A elaboração deste calendário marca o processo de desvendamento de um acervo pouco conhecido da população alagoana. Em algu-mas das fotografias, fomos presenteados com informações precisas no verso: grupo, local, ano, fotógrafo e até mesmo o nome dos mes-tres, músicos e brincantes. Em outras, o espaço em branco do verso era intercalado com números, dando indícios da existência de leg-endas ou descrições deixadas pelo pesquisador Théo Brandão. Por ser este ainda o início de uma longa pesquisa, incluímos apenas as legendas que constam originalmente no verso das fotografias, per-manecendo muitas das imagens sem qualquer tipo de informação. Esperamos que este trabalho motive o despertar de futuras pesqui-sas. Feliz 2013!
Fernanda Rechenberg e Wagner Diniz Chaves
Théo Brandão
2013 JANEIRO01 - CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL25 - ANIVERSÁRIO DE 52 ANOS DE CRIAÇÃO DA UFAL
05 11 18 27
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Carnaval
2013 FEVEREIRO12 - CARNAVAL13 - CINZAS
03 10 17 25
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
2013 MARÇO29 - PAIXÃO DE CRISTO
04 11 19 27
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031
Caboclinhos
2013 ABRIL21 - TIRADENTES
03 10 18 25
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Baianas
Maracatu
2013 MAIO01 - DIA DO TRABALHO30 - CORPUS CHRISTI
02/31 09 18 25
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Cavalhada
2013 JUNHO24 - SÃO JOÃO29 - FLORIANO PEIXOTO
08 16 23 30
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Quilombo
2013 JULHO
08 16 22 29
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
06 14 20 28
Pastoril
2013 AGOSTO20 - ANIVERSÁRIO DE 38 ANOS DA CRIAÇÃO DO MUSEU THÉO BRANDÃO DE ANTROPOLOGIA E FOLCLORE22 - DIA DO FOLCLORE
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
2013 SETEMBRO
05 12 19 27
D S T Q Q S S01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
07 - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL16 - EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE ALAGOAS
Chegança
Guerreiro
2013 OUTUBRO12 - NSA. SRA. APARECIDA
04 11 18 26
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Fandango
2013 NOVEMBRO02 - FINADOS15 - PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA20 - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
03 10 17 25
Reisad o
2013 DEZEMBRO D S T Q Q S S01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
08 - NOSSA SENHORA IMACULADA CONCEIÇÃO25 - NATAL
02 09 17 25
THÉO BRANDÃO E OS FOLGUEDOS POPULARES EM ALAGOAS
Imagens do acervo fotográfico do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore
AGOSTOPASTORIL
SETEMBROCHEGANÇA DE FERNÃO VELHO, 1941. MACEIÓ, AL
JUNHOCAVALHADA EM SATUBA, AL. FOTOGRAFIA DE STUCKERT
JULHOGRUPO DE QUILOMBO NA RUA SANTA RITA. MACEIÓ, AL, 1945. FOTOGRAFIA DE THÉO BRANDÃO
JULHOGRUPO DE QUILOMBO NA RUA SANTA RITA. MACEIÓ, AL, 1945. FOTOGRAFIA DE THÉO BRANDÃO
AGOSTOPASTORIL DA RÁDIO JORNAL DO COMMERCIO. CORDÃO AZUL, COM MARIA JOSÉ CARRASCOSA. RECIFE, PE, 1950-51
SETEMBRO CHEGANÇACRUZADOR “MINAS GERAIS”. PONTA GROSSA, MACEIÓ, AL, 1954. FOTOGRAFIA DE THÉO BRANDÃO
FEVEREIROCARNAVAL ABRIL
GRUPO DE BAIANAS, INÍCIO DA DÉCADA DE 1950. FOTOGRAFIA DE JOSÉ MEDEIROS
MAIOMARACATUII SEM. DE CULTURA POPULAR, 1978. FOTOGRAFIA DE LAÉRCIO LUIZ
MARÇOCABOCLINHOS “ÍNDIOS DE OURO”. FERNÃO VELHO, MACEIÓ, AL, 1941. FOTOGRAFIA DE J. BARRETO
FEVEREIROCARNAVAL
THÉO BRANDÃO E MESTRA TEREZINHA, 1979. FOTOGRAFIA DE CELSO BRANDÃO
4º CONGRESSO BRASILEIRO DE FOLCLORE EM PORTO ALEGRE, RS, 1959
CARNAVAL
CABOCLINHOS THÉO BRANDÃO
REISADO DE VIÇOSA, AL
PRISÃO DO ÍNDIO PERI NO GUERREIRO DE JOÃO AMADO. FOTOGRAFIA DE JOSÉ MEDEIROS
ZABUMBEIRO QUINCAS E TAROLZEIRO LERINHO. GRUPO DE BAIANAS, INÍCIO DA DÉCADA DE 1950. FOTOGRAFIA DE JOSÉ MEDEIROS
PASTORIL DO PARQUE RIO BRANCO, LEVADA, CIDADE DE MACEIÓ, AL, 1926
DEZEMBROREISADO DE VIÇOSA, ALOUTUBRO
LIRA. GUERREIRO DE JOÃO AMADO. FOTOGRAFIA DE JOSÉ MEDEIROS
NOVEMBROFANDANGO DO PONTAL DA BARRA, MACEIÓ, AL
OUTUBROGUERREIRO NOVEMBRO
FANDANGO
EURICO DE BARROS LÔBO FILHOReitor da Universidade Federal de Alagoas
RACHEL ROCHA DE ALMEIDA BARROSVice-Reitora da Universidade Federal de Alagoas
EDUARDO SARMENTO DE LYRAPró-Reitor de Extensão
WAGNER NEVES DINIZ CHAVESDiretor do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore
VICTOR SARMENTO SOUTODiretor Administrativo do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore
Programa Folguedos Populares em Alagoas: recuperação, disponibilização e pesquisa nos acervos sonoro, fotográfico e documental do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore
CoordenaçãoWAGNER NEVES DINIZ CHAVES
Vice-coordenaçãoIURI FRANCO ROCIO RIZZI E FERNANDA RECHENBERG
ColaboradoresBRUNO CÉSAR CAVALCANTI E FERNANDA CAPIBARIBE LEITE
Apoio técnico e administrativoALEXANDRE SILVA DE OLIVEIRAANNA RODRIGUESFRANCISCO BARBOZA DOS SANTOSJACQUELINE BATISTAJOSÉ CARLOS DA SILVAJULIO CÉZAR CHAVESCRISTIANE CYRINO ESTREVÃOMARISTHER MOURA VASCONCELLOSVICTOR SARMENTO SOUTOJESUÍNO FERREIRA DE MOURAJOSEFA SALES BARROSMARIA DAS GRAÇAS DE OLIVEIRAMARIA MADALENA DE OLIVEIRA
BolsistasADRIANA CONCEIÇÃO NASCIMENTODANIELA DOS SANTOS PESSOAELLEN CRISTINA DA SILVAEWERTON DOS SANTOS FREITASFRANCISCO RIBEIROJOÃO PAULO DE FARIAS SILVAJULIANA GONÇALVESKELLIANE MARIA DA SILVAKLESSIANE FERREIRA DA MOTALIDIANE DE SALES PEREIRARENATA AMORIM SOARESVANESSA MATCKI SOUZAVERONILDA DA SILVALUCY MURITIBA
Ficha técnicaEdição e textos: FERNANDA RECHENBERG E WAGNER DINIZ NEVES CHAVESProjeto gráfico e digitalização das imagens: FLÁVIA CORREIAImpressão: GRAFMARQUESTiragem: 1000 exemplares
THÉO BRANDÃO E OS FOLGUEDOS POPULARES EM ALAGOAS
Imagens do acervo fotográfico do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore