Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações! Família e urgências na evangelização – Este número do Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2, traz como ilustração, um pará- grafo dedicado à Pastoral Familiar, nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) aprovadas para os próximos quatro anos. As DGAE serão a fonte para todos os planejamentos diocesanos até 2015. É pouco, um parágrafo apenas, conside- rando a centralidade da Família, “eixo trans- versal de toda a evangelização”. Um parágra- fo é pouco, levando em conta a agressão con- tínua que a Família sofre hoje no mundo da mídia, no contexto político e jurídico, nas de- cisões econômicas, na cultura do hedonismo desgovernado e irresponsável. Um parágrafo apenas, porém situado entre as cinco maiores urgências no campo da Evangelização. Vale a pena ler e entender: Cinco urgências – Além desse parágrafo es- pecial, de nº 108, a família é mencionada mais de uma dezena de vezes, em outros contex- tos. As DGAE, deste quadriênio, destacam cinco grandes urgências na ação evangeliza- dora. Nossa Pastoral Familiar deve conhecê- las e se fazer presente no momento em que os planos diocesanos e paroquiais forem ela- borados para os próximos anos. A primeira urgência é a “missão permanente”. No mo- mento em que a Diocese ou a Paróquia esti- ver escolhendo os grupos ou classes de pes- soas que devem, preferencialmente, ser o fo- co da missão, lá estará a Família para ser con- templada como prioridade. A segunda urgên- cia é a “iniciação à vida cristã”. Novamente a Família é lugar privilegiado de iniciação. Ela sempre teve esse papel, e atualmente está fragilizada, incapacitada de transmitir a fé pa- ra as gerações novas. A terceira urgência é a “animação bíblica de toda a pastoral” e a quarta urgência é a “Igreja como comunidade de comunidades”. Em ambas, os grupos de famílias são um caminho já experimentado e eficiente, para ser incentivado. É lá, nos gru- pos de famílias, que se toma a Palavra de Deus com mais tempo e liberdade para apro- fundar, trocar ideias, vivenciar o encontro com Deus-Palavra Viva. Nos pequenos grupos de famílias se realiza a “setorização” que se pede nas Diretrizes. Por fim, na quinta urgên- cia, “a Igreja a serviço da vida plena”, nova- mente a Pastoral Familiar tem que se apre- sentar na linha de frente, como espaço de defesa da vida nascente, da vida excluída, no combate à cultura da morte. Conhecer e aplicar as DGAE – Se você, e o seu grupo da Pastoral Familiar, ainda não tiveram a chance de conhecer as novas Diretrizes Ge- rais, penso que seria bom entrar em contato com a Coordenação da Ação Evangelizadora da Diocese, mas se apresse. A urgência é por causa do Reino de Cristo, e a Igreja faz esse convite a todas as Pastorais, em nome da ne- cessária unidade que deve estar presente na missão evangelizadora. Que a Sagrada Família de Nazaré nos inspire e nos encoraje em cada passo da missão que nos é proposta pela Igreja, nestes tempos tão desafiadores. Paz e Bem a todos! Dom João Bosco, O.F.M. Bispo de União da Vitória CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – JULHO DE 2011
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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!
Família e urgências na evangelização – Este número do Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2, traz como ilustração, um pará-grafo dedicado à Pastoral Familiar, nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) aprovadas para os próximos quatro anos. As DGAE serão a fonte para todos os planejamentos diocesanos até 2015. É pouco, um parágrafo apenas, conside-rando a centralidade da Família, “eixo trans-versal de toda a evangelização”. Um parágra-fo é pouco, levando em conta a agressão con-tínua que a Família sofre hoje no mundo da mídia, no contexto político e jurídico, nas de-cisões econômicas, na cultura do hedonismo desgovernado e irresponsável. Um parágrafo apenas, porém situado entre as cinco maiores urgências no campo da Evangelização. Vale a pena ler e entender:
Cinco urgências – Além desse parágrafo es-pecial, de nº 108, a família é mencionada mais de uma dezena de vezes, em outros contex-tos. As DGAE, deste quadriênio, destacam cinco grandes urgências na ação evangeliza-dora. Nossa Pastoral Familiar deve conhecê-las e se fazer presente no momento em que os planos diocesanos e paroquiais forem ela-borados para os próximos anos. A primeira urgência é a “missão permanente”. No mo-mento em que a Diocese ou a Paróquia esti-ver escolhendo os grupos ou classes de pes-soas que devem, preferencialmente, ser o fo-
co da missão, lá estará a Família para ser con-templada como prioridade. A segunda urgên-cia é a “iniciação à vida cristã”. Novamente a Família é lugar privilegiado de iniciação. Ela sempre teve esse papel, e atualmente está fragilizada, incapacitada de transmitir a fé pa-ra as gerações novas. A terceira urgência é a “animação bíblica de toda a pastoral” e a quarta urgência é a “Igreja como comunidade de comunidades”. Em ambas, os grupos de famílias são um caminho já experimentado e eficiente, para ser incentivado. É lá, nos gru-pos de famílias, que se toma a Palavra de Deus com mais tempo e liberdade para apro-fundar, trocar ideias, vivenciar o encontro com Deus-Palavra Viva. Nos pequenos grupos de famílias se realiza a “setorização” que se pede nas Diretrizes. Por fim, na quinta urgên-cia, “a Igreja a serviço da vida plena”, nova-mente a Pastoral Familiar tem que se apre-sentar na linha de frente, como espaço de defesa da vida nascente, da vida excluída, no combate à cultura da morte.
Conhecer e aplicar as DGAE – Se você, e o seu grupo da Pastoral Familiar, ainda não tiveram a chance de conhecer as novas Diretrizes Ge-rais, penso que seria bom entrar em contato com a Coordenação da Ação Evangelizadora da Diocese, mas se apresse. A urgência é por causa do Reino de Cristo, e a Igreja faz esse convite a todas as Pastorais, em nome da ne-cessária unidade que deve estar presente na missão evangelizadora.
Que a Sagrada Família de Nazaré nos inspire e nos encoraje em cada passo da missão que nos é proposta pela Igreja, nestes tempos tão desafiadores.
Paz e Bem a todos!
Dom João Bosco, O.F.M.
Bispo de União da Vitória
CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – JULHO DE 2011
TTOO DDEE VVIISSTTAA MMOORRAALL AA FFEECCUUNNDDAAÇÇÃÃOO IINN VVIITTRROO??
Pablo Requena: O problema da infertilidade é
muito sério, tem graves repercussões na vida de
muitos casais e traz grande sofrimento. Nesse sen-
tido, é lógico que os casais que não conseguem ter
filhos procurem ajuda técnica. O problema moral
da fecundação in vitro não está na artificialidade
das técnicas, e muito menos na suspeita perante a
ciência. E mais, em um importante documento da
Santa Sé sobre essas questões, afirma-se que a
Igreja "olha com esperança para a investigação
científica, esperando que muitos cristãos se dedi-
quem ao progresso da biomedicina e testemunhem
a própria fé nesse âmbito" (Dignitas personae, n.
3). A medicina utiliza continuamente instrumenta-
ção artificial, e não dizemos que seja mau. Pense-
se, por exemplo, na substituição de uma válvula
cardíaca danificada por outra mecânica, que pode
salvar a vida de um paciente: não só não dizemos
que não apresenta problemas éticos mas que desde
o ponto de vista moral é algo muito bom, e portan-
to se deve fazer quando for possível. Qual é a di-
ferença com as técnicas de fecundação artificial?
Aqui o problema fundamental é que se considera
um ser humano, um filho, como um "produto",
como algo que de alguma forma me pertence e
posso programar, selecionar, manipular... e destru-
ir. Mas isso não é adequado para os seres huma-
nos: pode ser para as máquinas, pode ser - em al-
guns casos - para os animais, mas nunca para o
homem. Este é muito importante para ser "fabri-
cado". Por isso, dizemos que o único lugar ade-
quado para dar origem a um ser humano é o ato de
amor de seus pais. Isso certamente não significa
que a dignidade das crianças concebidas in vitro,
como as que pudessem proceder de uma violência,
seja menor que as dos filhos de um casamento. E é
justamente pela grande dignidade que têm que es-
ses modos de "chamá-los à existência" resultam
inadequados. Além disso, não se deve esquecer a
grande quantidade de vidas que se perdem pelo
caminho, e os inumeráveis embriões congelados
que atualmente enchem os depósitos das clínicas
de fecundação assistida. Esta razão não é válida
somente para a pessoa de fé, mas para todos que Pablo Meana Requena
JJUULLHHOO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88
quiserem proteger na sociedade a vida humana em
todas as suas formas.
ZZEENNIITT:: QQUUEE TTAANNTTOO IINNFFLLUUII NNIISSSSOO AA IIDDEEOOLLOO--
GGIIAA DDAA MMAATTEERRNNIIDDAADDEE EE PPAATTEERRNNIIDDAADDEE CCOOMMOO
DDIIRREEIITTOO EE NNÃÃOO CCOOMMOO DDOOMM??
Pablo Requena: Na sociedade atual, mudou mui-
to a percepção do filho. Durante muito tempo, foi
considerado como um dom, como um presente.
Essa visão está muito unida a uma concepção reli-
giosa da existência, que vê os pais como colabo-
radores de Deus, e em certo modo como seus mi-
nistros na tarefa de cuidar e educar os filhos. Em
todo caso, o filho não era visto certamente como
um direito, como alguns o consideram agora, por-
que não pode ser isso. Nenhuma pessoa tem o "di-
reito" de possuir a outra: pode-se possuir uma ca-
sa, um carro... mas não uma pessoa. Por esse mo-
tivo, a escravidão é um mal, porque nenhum ho-
mem pode ser "dono" do outro. Se se afirmasse
que existe um direito ao filho, se estaria dizendo
que alguém (a comunidade" tem o dever, a obri-
gação, de me dar aquilo; e se estaria dizendo ao fi-
lho que ele é o "produto" de um direito de seus
pais. Mas isso supõe tirar do filho a dignidade
próprio da pessoa e o direito de ser concebido a-
través de um ato de amor.
ZZEENNIITT:: CCOOMMOO MMÉÉDDIICCOO,, SSAACCEERRDDOOTTEE EE PPRROO--
FFEESSSSOORR,, QQUUEE DDIIRRIIAA AA UUMM CCAASSAALL DDEE EESSPPOOSSOOSS
QQUUEE QQUUEERR TTEERR FFIILLHHOOSS EE NNÃÃOO PPOODDEE DDEE MMAANNEEII--
RRAA NNAATTUURRAALL??
Pablo Requena: Em primeiro lugar, diria que fos-
sem a um centro de ajuda à procriação, como o
que há no hospital Gemelli aqui em Roma, onde
possam realizar um estudo a fundo das causas do
problema, para ver se existem possibilidade tera-
pêuticas moralmente adequadas para sua situação.
Em não poucos casos existem, sem necessidade de
fazer a fecundação in vitro. No entanto, em outras
ocasiões, os esposos descobrirão que não é possí-
vel realizar seu desejo, tão legítimo e bom, de ter
filhos. Nesse caso, com a ajuda de toda a comuni-
dade eclesial, podem descobrir que esta impossibi-
lidade não é alheia a seu caminho vocacional cris-
tão. A Igreja sempre ensinou que "os esposos que
se encontram nesta dolorosa situação são chama-
dos a descobrir nela a oportunidade para uma par-
ticular participação na cruz do Senhor, fonte de
fecundidade espiritual" (Donum vitae, n. 8). Não
se trata certamente de um caminho fácil, mas sa-
bemos bem que "é estreita a porta e apertado o
caminho que leva à vida" (Mt 7, 14). Talvez será
necessário um tempo, um tempo longo, para en-
tender o modo de viver o chamado de Deus à pa-
ternidade e maternidade de uma maneira diferente,
mas não menos eficaz e feliz. Há muitos exemplos
de pais que nunca puderam ter filhos e que se sen-
tem muito unidos e muito realizados em seu ca-
samento.(Carmen Elena Villa)
Congresso Nacional da Pastoral Familiar acontecerá em Belo Horizonte destacando a cidadania
O Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais) foi escolhido para se-diar, entre os dias 19 a 21 de agosto, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG), um dos maiores encontros promovidos pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, ór-gão da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB: O 13º Con-gresso Nacional da Pastoral Familiar, com o tema “Família, Pessoa e Sociedade” e o lema “Somos cidadãos e membros da Família de Deus” (Cf. Ef 2,19).
Em 1989, a capital mineira foi palco 1º Encontro Nacional de Movimentos e Institutos Familiares, embrião do que viria a ser o Congresso Nacional da Pastoral Familiar, que desde então, acontece em intervalos regulares, com o objetivo de fortalecer a família na sociedade.
“O 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar pretende ser um momento de formação e partilha de experiên-cias, com o propósito de alicerçar o trabalho da Pastoral Familiar nas dimensões que melhor explicitem o senti-do de pertença à família, hoje”, destacam os organizadores do evento. Participam do congresso cerca de 1000 pessoas entre bispos; coordenadores regionais, diocesanos e assesso-res eclesiásticos da Pastoral Familiar; coordenadores nacionais dos Movimentos e Serviços Familiares, e agentes de Pastoral Familiar das dioceses de todo o Brasil