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O Paradigma da Complexidade Uma Síntese nas Áreas das Ciências Biológicas, Sociais e Físicas Rafael de Oliveira Costa Rafael Machado Alves Renato Pinheiro Rodrigo Guedes Pereira Pinheiro Simone Cristina N. Santos
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O Paradigma da Complexidade

Jan 20, 2016

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O Paradigma da Complexidade. Uma Síntese nas Áreas das Ciências Biológicas, Sociais e Físicas. Rafael de Oliveira Costa Rafael Machado Alves Renato Pinheiro Rodrigo Guedes Pereira Pinheiro Simone Cristina N. Santos. Ciência ao longo dos séculos. A Ciência é a forma mais - PowerPoint PPT Presentation
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Page 1: O Paradigma da Complexidade

O Paradigma da ComplexidadeUma Síntese nas Áreas das Ciências

Biológicas, Sociais e Físicas

Rafael de Oliveira CostaRafael Machado Alves

Renato PinheiroRodrigo Guedes Pereira Pinheiro

Simone Cristina N. Santos

Page 2: O Paradigma da Complexidade

Ciência ao longo dos séculos

 

 A Ciência é a forma mais eficiente de se obter conhecimento?

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Ciência ao longo dos séculos

 

Periodos da História:• Idade Média• Idade Moderna• Idade Conteporanea  

   Critério utilizados:• Autoridade • Veracidade da Teoria•  Hipótese 

     

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Ciência ao longo dos séculos

 O Iluminismo floresceu, resultando em um desenvolvimento científico e tecnológico refletidos nas revoluções industriais e nos avanços da Ciência como um todo.

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Ciência ao longo dos séculos

 Pensamento científico classico:• Princípios da disjunção• Princípios da redução • Princípios da abstração

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Ciência ao longo dos séculos

 Século XX:Na segunda metade dos século XX a ciência se deparou com questões que o modelo vigente não conseguia responder.

Ecossistema Mente humana

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Ciência ao longo dos séculos

1962Kuhn argumentou que a ciência não progride por meio de um acúmulo linear de novos conhecimentos, mas passa por revoluções periódicas, também chamadas de " mudanças de paradigma ", nas quais a natureza da pesquisa científica dentro de um determinado campo é abruptamente transformada.

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Sistemas Complexos

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Paradigma da simplicidade    A concepção determinista e mecânica do mundo presente no pensamento  científico clássico. Segundo o princípio cartesiano era necessária a redução do complexo ao simples ao estudar um fenômeno.  

Isaac Newton      René Descartes “Inteligência Cega”

 

PerfeiçãoLeis

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• A complexidade era ausente do cotidiano.

    Século XIX e XX - Foi compreendida e descrita através dos romances de Dickens e Balzac.

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Complexidade

Complexidade é a qualidade do que é complexo.

    Etimológico:        De origem latina, provém de complectere, cuja raíz plectere significa trançar, enlaçar.

Senso comum:    Empregado no sentido de complicado, incompreensível, difícil, confuso. O complicado, entretanto, pode reduzir-se a um princípio simplificador como um emaranhado de corda.

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Pensamento Complexo

Segundo Edgar Morin:

    "À primeira vista, a complexidade (complexus: o que é tecido em conjunto) é um tecido de constituintes heterogêneos inseparavelmente associados: coloca o paradoxo do uno e do múltiplo.

    Na segunda abordagem, a complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações , retroações,determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal."

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Caos    Uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer pode ter conseqüências desconhecidas no futuro.

• O meteorologista Edward Lorenz em 1960 descobriu, que acontecimentos simples tinham um comportamento tão desordenado quanto à vida.

• Formulou equações que demonstravam o “efeito borboleta”.

Teoria do Caos está na essência de tudo, dando forma ao universo.

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Complexidade e Caos

Quanto à constituição semântica dos termos “caos” e “complexidade”, deve-se considerar:

Inseparabilidade das artes de um todo.Desordem faz parte da ordem.

Sistemas e seus componentes são interdependentes.

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Ordem e Desordem

• Paradigma Simplicidade: Busca a ordem (leis, princípios) no universo e expulsa a desordem.

    Os cientistas se deparam diante de um paradoxo referente ao universo, com a entropia geral, ou seja, desordem maximal e por outro lado o universo em desenvolvimento, organizado e complexo.

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• Na visão tradicional da ciência tudo é determinismo, não existe sujeito, consciência, nem autonomia.

    Na visão de universo que se cria não apenas no acaso e na desordem mas nos processo auto-organizadores, onde cada sistema cria as suas próprias determinações e finalidades, o sujeito apresenta-se como um ser autônomo, mesmo dependente em alguns aspectos.

Ordem e Desordem

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    Então a idéia de que o universo começou fruto de uma desintegração e que a partir daí se organizou.A agitação e o encontro com o acaso são necessários para organização do universo.

Big Bang

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Tetragrama Organizacional

Desordem

Interação (Re)organização

Ordem

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Princípios da Complexidade

A parte  está na todo, como o todo está no parte.

Hologramático

Dialógico

Recursão Organizacional

Dualidade no seio da unidade, associando dois termos ao mesmo tempo complementares e antagônicos.

Os produtos e os efeitos são, simultaneamente, causa e produtores daquilo que os produziu.

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Princípios da Complexidade

Recursão

Hologramático

Dialógico

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Sistemas Complexos

    Um Sistema Complexo é composto por um conjunto de partes conectadas por alguma forma de inter-relação entre elas.Todo é mais que a soma das partes.

• Interação entre suas partes.• Mudança com o passar do tempo.• Interação entres os subsistema.

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Sistemas Complexos

Tráfego

Clima

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Paradigma da Complexidade    O paradigma da complexidade  surgirá do conjunto de novas concepções, de novas visões, de novas descobertas, novas reflexões.

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Paradigma da Complexidade na Saúde

• Teoria da Evolução

• Saúde-Doença

• Saúde Coletiva

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Teoria da Evolução

• A teoria de Darwin afirma que Mutações ocorrem ao acaso e são transmitidas por herança para as próximas gerações que sobrevivem através do processo de seleção natural

• Eldredge e Gould através do Equilíbrio Pontuado afirmam que a evolução nem sempre ocorre de maneira lenta e gradual mas também através de saltos intermitentes (extinções)

• As duas visões costumam ser apresentadas como antagônicas no entanto através do pensamento complexo é melhor considerá-las complementares

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Teoria da Evolução

• Kauffman afirma que organismos em sua interação uns com os outros e com o meio ambiente formam um sistema complexo adaptativo em coevolução

• A coevolução implica que a evolução de cada organismo modifica a 'paisagem de aptidão';

• A evolução é portanto um meio de auto-organização.

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Saúde-Doença

• Determinar o que é saúde é uma tarefa bastante complexa. (diferentes olhares não dão idéia de completude)

•  • Saúde não é o inverso de doença e vice-versa !

• Todos aqui presentes têm saúde, e contraditoriamente, todos estão doentes !

 • É necessário pensar em saúde e na doença como termos

complementares e antagônicos ao mesmo tempo (dialógica)

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Saúde-Doença

"Necessitamos conceber a insustentável complexidade do mundo, pois é precisos considerar a um só tempo a unidade e a

diversidade dos processos planetários de saúde, suas complementaridades e os seus antagonismos" 

Edgar Morin

• Pensar saúde como conjunto de Variáveis que envolvem tanto a saúde como a doença que estão interligadas e são consequências dos mesmos fatores (Saúde-Doença);

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Saúde Coletiva

• Expressão usada para expressar a utilização de técnicas e conhecimentos para intervir nos problemas de saúde de uma população

• Para tratar o problema da saúde coletiva é necessário utilizar uma abordagem Transdisciplinar resultante de uma produção coordenada de múltiplos saberes

  • Atualmente existem dois tipos de profissionais da saúde:

Especialistas e Agentes Multidisciplinares

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Saúde Coletiva

Campos Disciplinares:• Epidemiologia (V)• Clínica (Z)• Biologia (Y)• Ciências Sociais em Saúde (X)

Objeto Complexo (OC): Depressão, um problema de saúde coletiva

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O Paradigma da Complexidade nas Ciências Sociais

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• A complexidade vinha sendo compreendida e descrita no século XIX e XX nos romances de Dickens e Balzac, onde a vida cotidiana dos personagens era apresentada através de papéis sociais, nas relações domésticas, no trabalho, nas interações sociais, analisando a multiplicidade de identidades e a personalidade.

• Balzac teve a ideia inédita na história da literatura, de fazer reaparecer seus personagens em diferentes obras e em diferentes estágios de suas vidas.

• Os romances de Dickens eram, entre outros aspectos, obras de crítica social.

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Transição Paradigmática

• Paradigma formulado por Descartes: a civilização ocidental vivenciou o princípio da disjunção e da redução. 

• O paradigma da simplificação ainda domina nossa cultura atualmente. 

• O paradigma da complexidade surgirá do conjunto de novas concepções, de novas visões, de novas descobertas e de novas reflexões.

• Segundo Morin (2001) esta transição paradigmática implica em fugir do modelo cartesiano-newtoniano, autoritário, fragmentado, desconectado que concebe o sistema educacional e o ser humano como máquinas que reagem a estímulos externos.

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O todo está na parte que está no todo

• O cientista social, enquanto indivíduo integrante desta sociedade tende a ter uma idéia deformada sendo necessário confrontar seu ponto de vista com outros indivíduos, conhecer sociedades diferentes.

• Portanto do ponto de vista da complexidade, é preciso ter metapontos de vista, onde o observador-conceptor se integra na observação e na concepção.

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Transdiciplinaridade

• Segundo Morin, significa mais do que disciplinas que colaboram entre elas em um projeto com um conhecimento comum a elas, mas significa também que há um modo de pensar organizador que pode atravessar as disciplinas e que é mais profundamente integradora.

• Para que haja transversalidade, é necessário um pensamento organizador: o que chamamos de pensamento complexo.

• Efeitos da fragmentação: distribuição do ensino em disciplinas.

• Segundo Morin o verdadeiro problema não é fazer uma adição de conhecimento, mas sim fazer uma organização de conhecimentos.

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Os Setes Saberes

1.  O Erro e a Ilusão;

2.  Conhecimento Pertinente;

3.  Ensinar a Condição Humana;

4.  Ensinar a Identidade Terrena;

5.  Enfrentar as Incertezas;

6.  Ensinar a Compreensão;

7.  A Ética do Gênero Humano.

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Recusas fundamentais

1. Recusar a separação entre a razão e a emoção, entre ciência e arte;

2. Assumir as implicações da recusa: tensão entre as relações;

3. Recusar que o Estado é o único balizador dos movimentos do conhecimento científico.

Segundo Morin, para reformar o pensamento é necessário, antes de tudo, reformar as instituições que depois permitirão esse novo pensar. Mas para reformar as instituições é necessário que já exista um pensamento reformado. O grande problema é reeducar os educadores, nenhum decreto ou lei pode decidir sobre eles. Trata-se de um movimento bastante vigoroso entre os educadores que a reforma não pode dar conta.

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Exemplos do Paradigma da Complexidade em Outras Áreas

 · A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO PARADIGMA DA COMPLEXIDADE

Resumo: Um estudo com a finalidade de não somente descrever a prática pedagógica, como também o de procurar contribuir para a inclusão dessa metodologia atual e emergente no cotidiano dos professores desse curso, de relacionar a opinião de professores e alunos e de incluir possíveis sugestões para essa prática.

 · O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE NA FORMAÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS

Resumo: Na formação dos professores o paradigma conservador carregou as denominações de treino e de capacitação. No paradigma da complexidade a formação tem sido designada: inicial, contínua ou continuada. Nessa última década, aparece na formação para docência o movimento de desenvolvimento profissional dos professores.

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Exemplos do Paradigma da Complexidade em Outras Áreas

• FUTEBOL E A TEORIA DA COMPLEXIDADE: UM NOVO PARADIGMA DO CONHECIMENTO

Resumo: Refletir alguns conceitos tradicionais no futebol questionando se ainda é possível continuar com métodos dos anos 60/70. As qualidades que se podem trabalhar num desporto coletivo, como o futebol. O homem é um ser complexo, no futebol temos de perceber que onze homens à procura de um objetivo é completamente diferente de um homem à procura de um objetivo.

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O Paradigma da Complexidade nas Ciências Exatas

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A complexidade

• Em (Scherer, 2010), é dito que complexo é aquilo que é organizado em conjunto. Sendo o conhecimento criado a partir das relações e interações das partes.

• Não é possível explicar de maneira lógica, as relações e inter-relações dessas partes com o todo e vice-versa.

• O nome complexidade advem dessa característica da aparente falta lógica para estas relações, a “ordem dentro da desordem”. (Francelin, 2003).

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Ciência da Informação

•   A informação tomou proporções tais no mundo contemporâneo que uma disciplina que se propõe estudá-la em seu contexto de atividade não pode omitir-se ao estudo do indivíduo e também do contexto que o envolve.

•  Para ser socializada informação precisaria ser aceita pelo indivíduo, para isso os responsáveis por esta socialização também deveriam saber se o indivíduo possui a disposição de receber a informação disponibilizada e se o simples fato de o indivíduo aceitar a informação poderia significar a socialização.

•   Se isto não partir de maior esclarecimento, a informação pode continuar sendo estoque, o que, de certa maneira, mantém o instinto conservativo da ciência da informação, ao invés de assumir um carater formativo.

(Francelin, 2003)

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Ainda o todo e as partes

•  Engenharia de software–  Como um software é complexo e ao mesmo tempo abstrato e em constante modificação se faz necessária a exploração das diversas atividades envolvidas na construção do mesmo

–  Além da necessidade de um entendimento não apenas do software em si (“a parte”), mas também da equipe de análise, da equipe de desenvolvimento e das organizações envolvidas (“que formam o todo”). (Prikladnicki e Audy 2007).

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Referências

• Scherer , Adriane Schlottfeldt Flores . Educação Informática: O Virtual e a Imaginação no Encantamento das Crianças. 2010

• Prikladnicki, Rafael;  Audy, Jorge Luis Nicolas. Construção do Conhecimento e Complexidade na Área de Engenharia de Software. 2007

• Francelin, Marivalde Moacir. A epistemologia da complexidade e a ciência da informação. 2003

• Filho, Naomar de Almeida. A Saúde e o Paradigma da Complexidade. 2004

• Nussenzveig,H. Moysés. Complexidade e Caos. 1995• Filho, Naomar de Almeida. Transdisciplinaridade e o

Paradigma Pós-Disciplinar na Saúde. 2005