Top Banner
Manejo Sanitário em Ovinos
34

Manejo sanitário para caprinos e ovinos

Jul 19, 2015

Download

Education

Yron Moreira
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

Manejo Sanitário em Ovinos

Page 2: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

Controle da Verminose em Sistema

Intensivo de Produção de Ovinos

Page 3: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

PRINCIPAIS PARASITOS GASTRINTESTINAIS

DOS OVINOS E SUA LOCALIZAÇÃO

ABOMASO

Haemonchus*

Trichostrongylus*

* alimentam-se de sangue

INTESTINO

DELGADO

Trichostrongylus

Cooperia

Strongyloides

Moniezia

Eimeria

INTESTINO

GROSSO

Oesophagostomum

Page 4: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

PRINCIPAIS SINTOMAS

Papeira (edema submandibular)

Anemia

Fraqueza, perda de peso MORTE!!!

Page 5: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

CONTROLE DA VERMINOSE

(todas as categorias)

Monitoramento da infestação por helmintos a cada 40 a 60

dias, por meio de exames de fezes (ovos por grama de fezes,

OPG) em amostras de 10 a 25% do número total de animais

do rebanho. As fezes são coletadas diretamente do reto dos

animais, selecionando-se para a amostragem os ovinos mais

fracos, magros e aqueles que eventualmente apresentem

sintomas de verminose, tais como edema submandibular

(papeira), anemia, e diarréia.

AS VERMIFUGAÇÕES SÃO FEITAS DE ACORDO

COM O RESULTADO DOS EXAMES (média acima de 500

ou 1.000 OPG)

Page 6: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

• no terço final da gestação;

• logo após o parto;

• e no desmame (se os cordeiros forem

criados a pasto com as mães, vermifuga-se

mãe e filho no desmame).

VERMIFUGAÇÕES ESTRATÉGICAS

DAS OVELHAS

Page 7: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

Procura-se utilizar vermífugos de três grupos

químicos diferentes, alternados, sempre que

possível, a cada aplicação.

Pelo menos uma vez por ano, avaliar a eficácia

de cada produto por meio do teste de redução de

OPG:

%Eficácia = (OPG antes – OPG depois)/OPG antes

x 100

Troca-se o grupo químico quando se verifica

diminuição na eficácia do produto (<70%).

VERMÍFUGOS

Page 8: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

ANTI-HELMÍNTICOS

Vias de administração

oral

subcutânea

intramuscular

Verificar o espectro do medicamento:

nem todo vermífugo atinge todos os

helmintos que estão parasitando o animal

Page 9: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

Em um lote, escolher o animal mais forte (depois de eliminar

os extremos, muito leves e muito pesados), pesar e calcular a

dose que será aplicada aos outros animais

Trocar a agulha a cada 5-10 animais, quando o produto for

injetável (evitar contaminação - linfadenite caseosa)

O local de aplicação do medicamento injetável deve ser na

paleta

Observar se a agulha está sendo bem introduzida, pp/ em

animais lanados

As pistolas dosificadoras devem estar funcionando

adequadamente (verificar se elas estão liberando a quantidade

certa do produto)

CUIDADOS NA APLICAÇÃO

Page 10: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

EXEMPLOS DE PRINCÍPIOS ATIVOS / DOSES

Haemonchus

Cloridrato de Levamisole – 7,5 mg/kg (1ml:10kg)

Disofenol – 20 mg/kg (1ml:10 kg)

Tetramisole – 12,50 mg/kg

Haemonchus + ectoparasitas

Closantel – 15 mg/kg (1,5ml: 10 kg)

Moxidectin – 0,2 mg/kg (1ml:50 kg)

Triclorfon – 100 mg/kg (1ml:5 kg)

Haemonchus + Moniezia (tênia)

Albendazole – 10 mg/kg (1ml:10kg)

Page 11: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

•VITAMINA B12

• SOLUÇÕES MINERALIZANTES (que

contenham cobalto, arsênico, ferro e outras

vitaminas)

•Antibiótico à base de Norfloxacina, quando

houver pneumonia “espumosa” (bactéria gram

negativa, ex: Pasteurella, E. coli)

•Soluções à base de Cálcio, pp em fêmeas recém-

paridas

MEDICAÇÃO DE APOIO

Page 12: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA

• Raça: Santa Inês mais resistente, e Suffolk mais

suscetível à verminose

• Estado fisiológico: no período próximo ao parto e

durante a lactação, as ovelhas ficam mais suscetíveis à

verminose

• Idade do animal: o jovem é mais suscetível que o adulto

•Nutrição e estresse: animais mal nutridos e estressados

ficam mais suscetíveis à verminose e outras doenças

Suscetibilidade individual: existem diferenças individuais

dentro de cada raça quanto à suscetibilidade à verminose

( seleção)

Page 13: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

MEDIDAS DE MANEJO QUE AUXILIAM O CONTROLE

PROTEÇÃO DAS CATEGORIAS SUSCETÍVEIS:

ovelhas em lactação e borregos em crescimento e terminação

CONFINAMENTO

Baias de chão batido, forradas com cama de bagaço de cana,

maravalha, palha ou capim seco. Ao trocar a cama quando

estiver úmida, pulverizar com superfosfato simples (evita mosca

e odor de amônia no ambiente).

Page 14: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

CAMA DE BAGAÇO DE CANA

MÃES E CRIAS NO CONFINAMENTO

Page 15: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

CORDEIROS CONFINADOS EM ACABAMENTO

Page 16: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

MEDIDAS DE MANEJO QUE AUXILIAM O CONTROLE

Revisão constante dos animais, separando os doentes

Atenção especial às categorias cordeiros em crescimento (pp/

se estiverem a pasto) e ovelhas paridas, mais suscetíveis à

verminose

Pastejo rotacionado com utilização seqüenciada (em faixas),

c/ período de utilização de 3-4 dias e descanso de 35-45 dias

Pasto c/ forrageiras de elevado valor nutritivo e de

crescimento cespitoso (ex: Aruana, Tanzania)

Não misturar animais adultos e jovens no mesmo pasto

Reserva de pasto para a recria de animais jovens

Fornecimento de mistura mineral apropriada

Suplementação alimentar do rebanho na época seca (silagem

de milho e concentrado

Page 17: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

MEDIDAS DE MANEJO QUE AUXILIAM O CONTROLE

Confinamento das ovelhas paridas e seus filhotes até o desmame

com 45-60 dias, onde recebem alimentação completa no cocho (capim

picado – verão e silagem de milho – inverno + 500g/cab/dia de conc.16%PB)

Uso de “creep feeding” (conc. min.16%PB) aos cordeiros lactentes

Os cordeiros desmamados (15-17 kg) continuam no confinamento

até o abate (28-30kg) * Não é necessário vermifugar os cordeiros que

vão ser abatidos nesse sistema de criação

As crias de reposição ficam confinadas até 5-6 meses, quando têm

aceso gradativo a pastos exclusivos para recria, onde continuam

recebendo suplementação de conc. min. 16%PB (400g/cab/dia) até

atingir o peso de cobertura (9-10 meses)

Reprodutores ficam confinados recebendo alimentação completa

no cocho e só vão a pasto durante a estação de monta (60 dias)

Page 18: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

MEDIDAS DE MANEJO QUE AUXILIAM O CONTROLE

Evitar a entrada dos animais no cocho de alimentação

Quando os animais são presos à noite no verão, soltar eles

no dia seguinte após a secagem do orvalho (9:30 -10:00hs)

Utilizar quarentena para ovinos que vão ser introduzidos no

rebanho, durante a qual são vermifugados, e, somente após a

constatação de estarem livres de parasitos, por meio do exame

de fezes, é que são integrados ao plantel

Descarte de animais que apresentem, com freqüência,

sintomatologia clínica de verminose

Page 19: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

TIPOS DE CAPINS

• Coast Cross, Tifton,

Estrela, Pangola,

Pensacola, etc.

• Aruana, Tanzânia,

Colonião, etc.

Forma uma massa vegetal

fechada em função do hábito de

crescimento estolonífero que,

mesmo quando rebaixado,

impede a penetração da

radiação solar e mantém um

microclima favorável à

sobrevivência das larvas dos

helmintos.

Forrageira de hábito de

crescimento cespitoso.

Menor potencial de

infestação em pastejo rente ao

solo, devido a dessecação de

larvas provocada pela ação da

radiação solar.

Page 20: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

SISTEMAS DE CONTROLE INTEGRADO

(que alternam pastejo de ovinos com outras

espécies, juntos ou separados)

Equinos

Bovinos adultos

Page 21: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

COCCIDIOSE

OU

EIMERIOSE

Doença causada por um protozoário (Eimeria)

que se multiplica nas células das vilosidades

intestinais, destruindo-as

Page 22: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

COCCIDIOSE OU EIMERIOSE

Destaque na ovinocultura pelas perdas provocadas

Protozoários pertencentes a diversas espécies do gênero

Eimeria sp.

Animais criados de forma intensiva (confinamento) ou

alta lotação

Ingestão de alimentos e/ou água contaminada

Morbidade pela perda de peso, baixa conversão

alimentar, retardo de crescimento, menor qualidade da

carcaça

Mortalidade de animais jovens

Page 23: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

SINTOMAS CLÍNICOS DAS COCCIDIOSES

Baixo ganho ou perda de peso

Fezes fluidas e escuras (presença de

sangue nas fezes)

Depressão, prolapso retal, anemia e

morte

Page 24: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

EIMERIOSE - PREVENÇÃO

Sulfadimidina

Terapêutico – 140 mg/kg , via oral , 5 dias

Preventivo - 25 mg/kg , via oral , 7 dias

Amprólio

Terapêutico – 4 dias, via oral

Preventivo – 50 mg/kg , via oral , 21 dias

Monensina

Preventivo – 40 ppm na ração

Ex: Rumensin (400g/ton) no concentrado de fêmeas em

lactação e suas crias

Page 25: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

CONTROLE DE

ECTOPARASITOS

Page 26: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

PRINCIPAIS ECTOPARASITOS DOS OVINOS

MIÍASES

Cochliomyia hominivorax

(bicheira)

Dermatobia hominis

(berne)

Oestrus ovis

(bicho da cabeça)

ÁCAROS

Amblyomma cajennense

(carrapato estrela)

Psoroptes ovis

(sarna)

Damalinia ovis

(piolho)

Page 27: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

CONTROLE DOS ECTOPARASITOS

Com vermífugos que tenham ação ectoparasiticida

Exemplos:

Neguvon (bicho da cabeça, berne, bicheira, sarna e piolho)

Closantel (carrapato, berne, bicheira, bicho da cabeça, sarna e piolho)

Cydectin (sarna, piolho, berne, bicheira e carrapato)

Bicheiras são tratadas retirando-se todas as larvas, e curando-se

com água oxigenada e produtos especializados

Pode-se prevenir o berne e a bicheira derramando-se produto

piretróide de aplicação Pour on (no fio do lombo) nos animais lanados

logo após a tosquia

Page 28: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

VACINAÇÕES

• CLOSTRIDIOSES

(enterotoxemia, gangrena gasosa, carbúnculo

sintomático, etc)

•TÉTANO

•Queratoconjuntivite (opcional)

•Foot rot ou podridão dos cascos (opcional)

•Linfadenite caseosa (opcional)

Terço final da

gestação

e

Cordeiros no

desmame

Page 29: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

QUERATOCONJUNTIVITE

(bactéria Moraxella bovis)

• Lacrimejamento

• Inflamação da conjuntiva

• Opacidade da córnea

• Cegueira

SINTOMAS

TRATAMENTO

Colírio à base de terramicina e cloranfenicol

PREVENÇÃO

Vacina (Kevac, Lab. Irfa)

Page 30: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

FOOT ROT

(Podridão dos cascos)

Prevenção:

• aparo do casco

• passagem dos animais em pedilúvio

(principalmente na época das águas)

• evitar áreas alagadas

•vacina

Obs: Raças lanadas são mais suscetíveis!

Tratamento:

Nuflor (1mL:15kg, 2doses c/ 48h intervalo)

Page 31: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

Solução para o pedilúvio:

1% de detergente doméstico (para limpar o casco) +

•solução de 10% de sulfato de zinco ou

•solução 2,5% de formol ou

•iodo (200ml de Biocid em 50 litros de água) ou

• solução a 10% de sulfato de cobre (evitar passar

animais jovens e fêmeas em final de gestação e em

lactação, ante a possibilidade de intoxicação pelo cobre).

PEDILÚVIO

Page 32: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

LINFADENITE CASEOSA

(MAL DO CAROÇO)

(bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis)

•Abrir com canivete ou bisturi os abscessos que

aparecerem; drenar o pus e fazer uma boa limpeza com

produtos desinfetantes, como por exemplo iodo 10%.

•Não esperar que eles venham a furo sozinhos para evitar a

contaminação do ambiente! (queimar o material utilizado na

limpeza)

•Desinfecção do ambiente: lavagem com desinfetante (iodo)

no local onde ficam os animais (currais, confinamento, etc);

passar vassoura de fogo .

•Prevenção: vacina

Page 33: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

PREVENÇÃO DA MASTITE

SECAGEM DAS OVELHAS

•cortar o concentrado da ovelha aos 30 dias de lactação (o cordeiro

continua ingerindo o concentrado no creepfeeding);

•desmama com 45 - 60 dias:

•1º dia: restringir água e alimentos por 24horas;

•2º dia: fornecer água, mas não alimento;

•3º dia: fornecer pouco alimento, e soltar em um pasto fraco, para

observação por 1 semana

•Ordenhar com todos os cuidados de higiene, caso haja necessidade

(úbere muito cheio de leite).

Page 34: Manejo sanitário para caprinos e ovinos

ATAQUE DE CÃO