7/25/2019 estratégi.. dislexia http://slidepdf.com/reader/full/estrategi-dislexia 1/29 Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves A planificação de estratégias e actividades, para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais a superar as suas dificuldades, deverá constituir o fim último de qualquer professor. Depois de seleccionar as estratégias que me parecem mais pertinentes, foi criado este documento para que todos os docentes envolvidos no processo de ensinoaprendi!agem destas crianças e adolescentes encontrassem nele algo que os possa ajudar no seu quotidiano. Estas sugest"es t#m um sentido lato e devem ser ajustadas $s necessidades individuais de cada criança. DIFICULDADES MAIS FREQUENTES DO ALUNO DISLÉXICO / COM DIFICULDADES ESPECIFICAS DE APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO DIFICULDADES COMO AJUDAR Língu !"#$n L#%"u$ &%'#n(%)& %a&er dar informaç"es e resumir o te'to lido ( aluno) *# atentamente, troca os sons, esquecese das palavras, o que o leva a não compreender o te'to+ penali!ado devido $ sua mem-ria imediata e apresenta dificuldades na descodificação L#%"u$ #*+$#&&%, *er oralmente com e'pressividade ( aluno) *uta contra as invers"es, as omiss"es, as confus"es, os sons comple'os, as linas que salta, / No primeiro ano, fa!er muitos e'erc0cios de repetição ou discriminação de s0la&as sem significado 1pseudopalavras2, de consoantes pr-'imas 1cá3já, fá3vá, pá3&á, /2+ Diminuir o comprimento dos te'tos+ 4ropor quest"es intermédias+ 4edirle para resumir um parágrafo mais curto+ %e na fica3teste de avaliação teve dificuldade em responder $s quest"es, verificar oralmente se compreendeu ou não o te'to+ %e não compreendeu, a sua dificuldade de compreensão é ao n0vel da leitura+ %e compreendeu, a sua dificuldade é na transição para a escrita. 5edu!ir a velocidade de leitura em vo! alta 1a velocidade aumenta consideravelmente os erros nas crianças dislé'icas2+ Não o&rigar a ler em vo! alta em presença de outros alunos+ Dei'álo seguir a leitura com o dedo ou outro au'iliar+ 6
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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
A planificação de estratégias e actividades, para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais a superar as suas dificuldades, deverá
constituir o fim último de qualquer professor.
Depois de seleccionar as estratégias que me parecem mais pertinentes, foi criado este documento para que todos os docentes envolvidos no
processo de ensinoaprendi!agem destas crianças e adolescentes encontrassem nele algo que os possa ajudar no seu quotidiano. Estas sugest"es t#m um
sentido lato e devem ser ajustadas $s necessidades individuais de cada criança.
DIFICULDADES MAIS FREQUENTES DO ALUNO DISLÉXICO / COM DIFICULDADES ESPECIFICAS DE APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE
INTERVENÇÃO
DIFICULDADES COMO AJUDAR
Língu !"#$n
L#%"u$ &%'#n(%)&
%a&er dar informaç"es e resumir o te'to lido
( aluno)
*# atentamente, troca os sons, esquecese das palavras, o que o leva a não
compreender o te'to+
penali!ado devido $ sua mem-ria imediata e apresenta dificuldades na
descodificação
L#%"u$ #*+$#&&%,
*er oralmente com e'pressividade
( aluno) *uta contra as invers"es, as omiss"es, as confus"es, os sons comple'os, aslinas que salta, /
No primeiro ano, fa!er muitos e'erc0cios de repetição ou discriminação de
s0la&as sem significado 1pseudopalavras2, de consoantes pr-'imas 1cá3já,
fá3vá, pá3&á, /2+
Diminuir o comprimento dos te'tos+
4ropor quest"es intermédias+
4edirle para resumir um parágrafo mais curto+
%e na fica3teste de avaliação teve dificuldade em responder $s quest"es,
verificar oralmente se compreendeu ou não o te'to+ %e não compreendeu, a sua dificuldade de compreensão é ao n0vel da
leitura+
%e compreendeu, a sua dificuldade é na transição para a escrita.
5edu!ir a velocidade de leitura em vo! alta 1a velocidade aumenta
consideravelmente os erros nas crianças dislé'icas2+ Não o&rigar a ler em vo! alta em presença de outros alunos+ Dei'álo seguir a leitura com o dedo ou outro au'iliar+
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
tempo.
R#+#$(u&&?#&+&%()'4g%(&
7orte desgaste da motivação e fracasso
quotidiano, renovado e longo+
5ejeição frequente da leitura, da escrita
e por ve!es da escola+
9ansaço intelectual e f0sico+
Aus#ncia de percepção da ligação entre
esforços e resultados+
%entimento de nulidade) diminuição daautoestima+
4erda da motivação e do investimento,
que pode eventualmente cegar a um
estádio de ;impot#ncia adquirida= 1rejeição
progressiva de todo o acto comple'o de
investimento intelectual de aprendi!agem+
perda da vontade de fa!er, portanto do
sa&er fa!er.
6. >mportncia do conecimento das pertur&aç"es e dos interesses do aluno,
para o ajudar a com&at#los) empatia, &enevol#ncia, e'ig#ncia, / apoiar e dar
continuidade $ reeducação anterior 1se e'istir2+
@. Apoio pessoal e'presso frequentemente no tra&alo ligado $ escrita+
rea&ilitação paralela da noção de esforço+
. Analise com o aluno so&re a forma como ele sente as ajudas que le são
dadas+
F. 5eferencia frequente $ utilidade funcional e social da leitura mais necessáriado que para a escola 1interesse de escritas retiradas da comunicação corrente2+
I. Dar atenção ao reconecimento dos progressos mesmo que limitados)
necessidade de empolar as gratificaç"es e as evoluç"es+
K. Depois de uma averiguação das capacidades reais, facilitar as respostas
escritas ou recoler parcial ou totalmente as respostas na oralidade+
L. >mportncia das adaptaç"es, notaç"es e avaliaç"es)
• 4restar especial atenção $s apreciaç"es orais ou escritas) evitar olar
depreciativo, de censura+ salvaguardar sempre um aspecto positivo,
encorajador e de esperança+
• *imitação ou e'clusão de elementos pejorativos na ortografia, atenção
particular ao conteúdo intelectual su&jacente aos pro&lemas de escrita+
• 8alori!ar a avaliação através da e'pressão oral+
• Notação com integração na avaliação de critérios de esforço e
progressão, acrescidos aos do seu n0vel+
• %elecção dos alvos de notação em função dos pro&lemas espec0ficos doaluno+
• Análise com o aluno dos seus resultados negativos) locali!ação
;interactiva= dos pro&lemas e tarefas de remediação.
• 5ever gradualmente as anotaç"es e as matérias e não dei'ar tudo para a véspera+
• 5eservar um tempo adicional para o estudo das matérias mais dif0ceis+
• 7ormar grupos de estudo+
•
E'aminar rapidamente o teste e planear uma estratégia para a sua reali!ação+• 5eservar mais tempo para as quest"es mais dif0ceis, respondendo primeiro $s mais fáceis.
D#&#n,)',%!#n") 6 !#!4$%
• Bsar o ensaio ver&al 1repetir varias ve!es até aprender2+
• >nventar rimas+
• Bsar acr-nimos e dispositivos mnem-nicos+
• Bsar a visuali!ação 1e'.) utili!ar a imagem mental de um lugar, gráfico, diagrama ou mesmo de
um rascuno feito anteriormente2+
• 9riar associaç"es.
S)'u01) 6# +$)2'#!& # ")!6 6# 6#(%&?#&
• >dentificar o o&jecto a ser alcançado ou o principal pro&lema a ser resolvido+
• 4esquisar informação, utili!ando diferentes técnicas+
• 7a!er listas de acç"es a reali!ar e poss0veis soluç"es+• Avaliar e eliminar opç"es, usando factores como riscos envolvidos, tempo necessário e poss0vel
reali!ação+
• Cestar soluç"es para verificação do seu funcionamento.
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
Neste documento são apresentadas algumas caracter0sticas das crianças com %0ndrome de Asperger 1%A2 acompanadas por sugest"es e
estratégias a usar na sala de aula. Estas sugest"es t#m um sentido lato e devem ser ajustadas $s necessidades individuais de cada criança com %A.
CARACTERISTICAS MAIS FREQUENTES DO ALUNO COM S:NDROME DE ASPERGER E SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO
CARACTER:STICAS SUGESTÕES
In")'#$@n(% . '"#$01) 6& $)"%n& As crianças
com %A ficam ansiosas quando confrontadas com
mudanças ainda que ligeiras. %ão altamente
sens0veis a factores am&ientais de stress, e por
ve!es refugiamse em determinados rituais. 7icam
muito preocupadas quando não sa&em muito &em o
que as espera. ( stress, a fadiga, e e'cesso de
informação sensorial, podem desta&ili!álas.
Assegure um am&iente seguro e previs0vel+
Evite mudanças+
As rotinas diárias devem ser consistentes) a criança com %A deve compreender cada rotina
diária e sa&er o que a espera, de forma a concentrarse na tarefa que tem em mãos+
Evite surpresas) prepare a criança antecipadamente para actividades especiais, alteração de
orários, ou qualquer outra mudança de á&itos, mesmo que m0nima+
Evite situaç"es de medo do desconecido.
D%-%(u'66#& 6# %n"#$(01) &)(%' 9 As crianças
com %A t#m dificuldade em compreender as
comple'as regras da interacção social. %ão
ingénuas, e'tremamente egoc#ntricas, podem não
gostar do contacto f0sico e t#m falta de tacto e
dificuldade em compreender as dei'as sociais.:ostram pouca a&ilidade para iniciar e manter uma
conversa. C#m um voca&ulário sofisticado, mas
dificuldade na comunicação. 7alam para as pessoas
mas não com elas. Não compreendem as anedotas,
a ironia ou metáforas, e usam um tom de vo!
monoc-rdico e pouco natural ( contacto ocular é
po&re ou fuga!.
Apresente e'pectativas claras e regras para o comportamento+
4roteja a criança da troça ou a&uso f0sico ou psicol-gico+
Em idades mais velas, e'plique aos colegas as caracter0sticas inerentes da criança com
%A. Elogie os colegas quando estes a tratam com respeito. Esta atitude evita o isolamento da
criança, ao mesmo tempo que promove a empatia e tolerncia entre todas elas+
5ealce as capacidades académicas da criança com %A, criando situaç"es de aprendi!agemem grupo onde as suas capacidades de leitura, voca&ulário, mem-ria ou outras, sejam vistas
como um talento pelos seus colegas, aumentando a pro&a&ilidade de que sejam aceites.
A maior parte das crianças com %A deseja ter amigos, no entanto, não sa&em como fa!#lo.
A criança deve ser ensinada so&re o que deve di!er e como o deve fa!er. E'emplifique e crie
situaç"es de ;fa!deconta=.
Apesar de não terem uma noção pessoal e profunda acerca das emoç"es dos outros, as
crianças com %A podem aprender a maneira correcta de reagir $s mesmas. As pessoas com
%A devem aprender, de forma intelectual, as regras de comportamento social, uma ve! que
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
les falta a intuição e instinto social.
(s estudantes mais velos podem &eneficiar de um SamigotutorS.
A criança com %A tem tend#ncia para se fecar, por isso, o professor deve promover o
envolvimento com os outros, encorajando uma sociali!ação activa, e limitando o tempo gasto
na pesquisa solitária dos seus interesses o&sessivos+
>ncentive a criança com %A para jogos de equipa, ensinandoo como começar, manter e
terminar um jogo+
Devem ser incutidas noç"es como fle'i&ilidade, cooperação e partila.
L#Bu# $#&"$%") 6# %n"#$#&&#& 9 As crianças com %Aapresentam preocupaç"es e'c#ntricas ou peculiares,
e fi'aç"es intensas. Estas crianças tendem a
produ!ir longas conversas so&re as suas áreas de
interesse+ fa!em perguntas repetidamente so&re
certos assuntos+ dificilmente mudam de opinião+
seguem as suas pr-prias ideias independentemente
de e'ig#ncias e'teriores, e por ve!es recusamse a
aprender matérias para além daquelas que fa!em
parte do seu grupo restrito de interesses.
Não permita que a criança com %A discuta ou pona quest"es, persistentemente, so&reinteresses isolados. *imite este comportamento, especificando um tempo durante o dia em que
a criança pode falar so&re esses assuntos+
A utili!ação de um reforço positivo, com o intuito de se o&ter um determinado
comportamento, é uma estratégia importante para ajudar as crianças com %A+
Algumas crianças com %A não querem fa!er tra&alos so&re temas que fujam á sua área de
interesse. Devem ser esta&elecidas e'pectativas firmes quanto $ conclusão dos tra&alos.
Deverá ser dei'ado claro, para a criança com %A, que não é ela que manda, e que deverá
seguir regras espec0ficas. No entanto, simultaneamente, o professor tam&ém pode fa!er
concess"es, permitindo que a criança possa seguir os seus interesses em determinadas
condiç"es+
4ara crianças particularmente teimosas, de inicio poderá ser necessário planificar as tarefas,
de forma a incluir a sua área de interesse+
4oderá oferecer tarefas ao aluno com %A que relacionem o seu tema de interesse com a
matéria em estudo+
Btili!e as o&sess"es da criança como uma forma de alargar o seu repert-rio de interesses.
C)n(#n"$01) 6#-%(%#n"# 9 As crianças estão
frequentemente distra0das, ocupadas com os seus
pensamentos+ são muito desorgani!adas+
apresentam dificuldade em concentrarse nas
actividades da sala+ possuem tend#ncia para se
isolarem no seu comple'o mundo interior, e t#m
dificuldade em aprender quando em grupo.
Deve ser esta&elecida uma estrutura e'terna &em definida, para que a criança com %A tena
aproveitamento escolar. As tarefas devem ser divididas em pequenas unidades, e o professor
deve com frequ#ncia informar dos resultados que estão a ser o&tidos ao longo do tra&alo, e
reorientar sempre que necessário.
As crianças com grandes pro&lemas de concentração &eneficiam com o esta&elecimento de
limites de tempo para aca&ar as tarefas, pois desta forma a criança consegue alguma
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
D%-%(u'66#& (6!%(& 9 A maioria das crianças
com %A t#m uma intelig#ncia média ou acima da
média, 1especialmente no dom0nio ver&al2, mas
podem ter dificuldade na capacidade de
compreensão de racioc0nios muito ela&orados.
Cendem a fa!er interpretaç"es muito literais. A sua
visão é muito concreta e a capacidade de a&stracção
limitada. ( seu estilo de linguagem pedante, 1com
voca&ulário e e'press"es fora do normal para aidade2, dão a falsa imagem do que compreendem o
que estão a di!er, quando na realidade apenas estão
a repetir o que ouviram ou leram. As crianças com
esta s0ndrome normalmente apresentam uma
e'celente mem-ria ;automática=, sem compreender o
que repetem, de uma forma mecnica, e sempre na
mesma ordem como se fossem um gravador. A
capacidade de resolução de novos pro&lemas é
tam&ém fraca.
4roporcionar um programa educativo altamente individuali!ado e estruturado de forma a
garantir que é &em sucedido. A criança com %A necessita de uma grande motivação para não
seguir os seus impulsos. A aprendi!agem tem de ser compensadora e não uma fonte de
ansiedade+
Não pense que a criança com %A compreendeu o conceito, apenas porque repetiu o que
ouviu+
uando os conceitos são a&stractos, proporcione e'plicaç"es adicionais ou tente simplificá
los, tentando ser o mais concreto poss0vel+
Btili!e a e'cepcional capacidade de mem-ria destas crianças) a retenção de informaçãoconcreta é normalmente a sua área forte+
Btili!e, sempre que poss0vel, aprendi!agens &aseadas na prática e viv#ncias 3 interesses da
criança+
Btili!e ajudas visuais, como mapas semnticos+
Divida as tarefas e etapas mais pequenas ou apresente formas alternativas+
7orneça instruç"es directas acompanadas de e'emplos+
Evite so&recarga ver&al+
As composiç"es escritas das crianças com %A são frequentemente mon-tonas, introdu!em
mudanças &ruscas de assunto e cont#m conotaç"es incorrectas das palavras. 9om frequ#ncia
estas crianças não sentem a diferença entre o conecimento factual e as suas pr-prias ideias,e assumem que o professor vai compreender as suas e'press"es enigmáticas+
Normalmente as crianças com %A possuem uma e'celente capacidade de leitura
automática+ mas t#m dificuldades na compreensão lingu0stica. Não se deve presumir que estas
crianças compreendem o que l#em s- porque o fa!em fluentemente, reforce instruç"es e use
apoios visuais+ A qualidade do tra&alo académico pode ser fraco porque a criança com %A muitas ve!es
não se esforça em áreas que a não interessam. Devem ser esta&elecidas regras claras em
relação ao que se espera da qualidade do tra&alo.
Vu'n#$2%'%66# #!)(%)n' 9 As crianças com %A
podem ter dificuldades em lidar com as e'ig#ncias
sociais e emocionais da escola. A sua infle'i&ilidade
tornaas ansiosas. A sua autoestima é &ai'a, e são
4revina as crises, proporcionando um elevado grau de consist#ncia. 4repare estas crianças
para as mudanças na sua rotina diária, evitando assim o stress. As crianças com %A ficam
facilmente assustadas, !angadas ou incomodadas quando são forçadas a encarar mudanças
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
DEFICINCIA AUDITIVA
Bm indiv0duo que apresenta um pro&lema de audição é considerado surdo, se a sua
capacidade de audição não se revela funcionais em termos de actividades do diaadia.
considerado que apresenta ipoacusia, se essa capacidade é deficiente mas ainda funcional,recorrendo ou não a um aparelo auditivo. Esta pro&lemática não deve ser confundida cm
disfunç"es auditivas, isto é, com a incapacidade para interpretar est0mulos auditivos que não
resulta de perda de audição.
(s indiv0duos cuja perda de audição é ligeira podem e'i&ir padr"es de fala normais e,
neste caso, o seu pro&lema auditivo muitas ve!es não é detectado. Bm aluno nestas condiç"es
pode apresentar dificuldades em percepcionar produç"es orais cuja intensidade de som é
&ai'a, assim como as pode ter quando elas ocorrem a uma certa distncia. %e o
desenvolvimento da linguagem não é completo, o aluno pode ter dificuldade em compreender
ideias a&stractas, &em como conceitos.
%e se regista uma perda moderada de audição e não é usado qualquer aparelo
auditivo, o aluno pode não ser capa! de acompanar grande parte d que é dito. %e as
condiç"es forem favoráveis, estes alunos t#m a capacidade de compreender os diálogos que
ocorrem a uma distncia de 6 a @ metros. frequente serem capa!es de percepcionar as
vogais, enquanto as consoantes podem não ser perfeitamente ouvidas ou, então, não o serem
de todo.
Bma criança cuja perda de audição é moderadamente severa e que não usa aparelo
auditivo terá uma capacidade redu!ida de percepcionar diálogos. Bma ve! que a fala se
desenvolve como resultado directo da audição, a criança netas condiç"es pode apresentar
atrasos na fala, assim como e'pressividade redu!ida, em termos de voca&ulário, e
inadequação da estrutura da linguagem.
uando se regista uma perda de audição severa, não são ouvidos a maior parte dos
sons produ!idos no meio em que a criança se encontra, em&ora esta possa ter a percepção de
sons intensos e possa responder aos mesmos. Estas crianças podem não produ!ir quaisquer
palavras, apesar de ser poss0vel que produ!am vocali!aç"es, sendo que poucos sons serão
reconecidos como palavras.
E&"$"g%& A6)+"$
:uitos educadores pensam que devem falar alto, quando se dirigem a um aluno cuja
capacidade auditiva está diminu0da. recomendável, pelo contrário, manter a vo! dentro dos
limites usuais. indispensável que o professor fale pausada e distintamente, para ajudar o
aluno a compreender o que está a ser dito. 9omo é -&vio, tal não se aplica a um indiv0duo cuja
surde! é profunda.
tam&ém frequente que os professores e'agerem os movimentos produ!idos com a
&oca, quando falam com alunos nas condiç"es descritas. Cal atitude não é aconselável, uma
ve! que confunde o aluno, impedindo a correcta leitura do movimento dos lá&ios. uando fala,
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
o professor deve colocarse sempre de frente para o aluno. %erá igualmente útil que escreva no
quadro o que pretende que seja reali!ado, não esquecendo, porém, de se virar de frente para o
aluno, ante de e'plicar esses tra&alos. A estes alunos deve ser pedido que repitam as
instruç"es rece&idas, a fim de o professor se poder certificar de que as compreenderam.
(utro factor importante a considerar é a colocação do aluno na sala. Este deveencontrarse a cerca de metros do professor, o que le permitirá ler nos lá&ios e tam&ém
interpretar sinais visuais.
A iluminação da sala de aula não deve incidir directamente so&re o rosto do aluno, pois
desta forma este poderá ter dificuldade em o&servar o professor.
( professor deverá ainda distri&uir documentos escritos ao aluno com defici#ncias
auditivas, os quais focarão pontoscave. Estes documentos ajudáloão a seguir as instruç"es
do professor. Estes alunos t#m maior facilidade em aprender, se o professor apresentar a
informação a transmitir em modo visual. %empre que poss0vel, os professores devem, pois,
criar est0mulos visuais, tais como imagens. Estes alunos terão pra!er em ler material descritivo,
uma ve! que este fa! apelo $ sua capacidade de visuali!ação. (s professores podem esperar
&ons resultados quando solicitam a alunos com esta pro&lemática que especifiquem detales
em que está envolvida a imagética visual. (s alunos devem, pois, ser encorajados a recorrer
$s suas compet#ncias, quando se dedicam $ escrita criativa. Cal como acontece com todos os
alunos, uma reacção positiva encorajálosá a prosseguir o seu tra&alo na área da produção
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL NO M8ITO ESCOLAR 9 CRIANÇAS COM
S:NDROME DE 3IPERACTIVIDADE COM DÉFICE DE ATENÇÃO
Actualmente, as crianças e os adolescentes passam uma parte considerável das suas
vidas nas salas de aula. A escola tem pois, vindo a transformarse numa instituição que já nãose limita a instruir matérias académicas. agora algo que se apro'ima da instituição educativa
por e'cel#ncia, condicionando a vida de mil"es de pessoas.
As crianças com %<DA, em parte pelas suas caracter0sticas espec0ficas, mas tam&ém
pelo tipo de e'ig#ncias que a escola coloca, apresentam particulares dificuldades de
relacionamento interpessoal, nomeadamente com os pares e tam&ém, numa significativa
percentagem, pro&lemas de reali!ação académica. uer o relacionamento com os outros, quer
os tra&alos escolares e'igem refle'ão, planeamento, estratégia, esta&elecimento de
o&jectivos e, por tudo isto, uma comple'a gestão do tempo. Estas são algumas compet#ncias
que estas crianças usualmente possuem, mas que são incapa!es de e'i&ir quando as
circunstncias o e'igem.
necessário que os professores não desistam e procurem dar a estas crianças
motivação e autoestima que necessitam para alcançarem o sucesso escolar. 4ara isso, é
preciso uma &oa intervenção, que deve começar pela aquisição de conecimentos acerca
deste distúr&io. De seguida, devem seleccionar o tipo de intervenção, tendo em conta as
caracter0sticas da criança em questão e os recursos da sala de aula. Nos programas de
intervenção é necessário dar mais #nfase $s áreas que se pretendem alterar 1disciplina,
pro&lemas académicos, compet#ncias sociais2.
Bm &om desempeno escolar pode fa!er muito para diminuir os factores negativos
associados $ iperactividade, nomeadamente a &ai'a autoestima, os pensamentos
depressivos, as dificuldades de relacionamento interpessoal, a desatenção, a impulsividade, a
fraca tolerncia $ frustração, etc. Não cuidar deste aspecto fundamental e dei'álo seguir o seu
curso normal 1usualmente negativo2 resulta precisamente no agravamento de todos os factores
mencionados.
4ara que a integração de um criança com %<DA na escola regular seja efica! e para
que estas crianças não se distraiam frequentemente, é imperioso que o professor adquira uma
atitude diferente. uanto mais vivo e animado for o estilo do professor, maior será a atenção dacriança. Na medida do poss0vel, deverseia tentar modificar o método de ensino todas as duas
ou tr#s semanas para conservar o efeito de novidade. *em&ra ainda que a nova forma de
ensino deve tornar, o mais poss0vel, as crianças activas e menos passivas. Deste modo, e'iste
uma aprendi!agem mais duradoura e rápida. Na sala de actividades é aconselável fa!er
algumas alteraç"es. A sala deverá conter pouca quantidade de est0mulos visuais, para que os
mesmos não distraiam a criança. ( professor deve ter alta consideração na arrumação e
organi!ação da sala.
9onvém ainda realçar a diferença espec0fica entre a forma de lidar com
comportamentos pro&lemáticos e com a reali!ação académica de crianças iperactivas. Em
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
geral, os primeiros resultam de uma dificuldade da criança em e'ecutar aquilo que já sabe, pelo
que, mais do que le ensinar comportamentos, terá o professor que le lem&rar que aça aquilo
que já sabe! a segunda e'ige necessariamente ensino directo e sistematicamente
monitori!ado, uma ve! que incide normalmente so&re algo que a criança ainda n"o sabe#
Bma das áreas cr0ticas em que muitos alunos t#m dificuldades, em particular alunoscom %<DA, são as regras da sala de aula. A que&ra destas regras, a sua ultrapassagem ou
ignorncia 1voluntária ou involuntária2 constituem uma das áreas de maior conflitualidade dos
professores com os alunos. 4ara que isto não aconteça, os professores devem ter
comportamentos proactivos no sentido de promover comportamentos adequados.
4ara que a gestão de comportamentos de alunos com %<DA seja &em sucedida, é
essencial que o eedbac$ fornecido a estes alunos so&re as suas actividades, &em como os
reforços ou recompensas pelos &ons desempenos comportamentais ou académicos, sejam
mais imediatos e cont0nuos do que para os restantes alunos. inútil tentar longas e'plicaç"es
no caso de má conduta. As crianças devem ser persuadidas de que a recompensa virá quando
a regra for respeitada. Da mesma forma, ap-s cada falta os castigos deverão ser imediatos.
Acreditase que se ap-s um comportamento apropriado se seguir uma recompensa ou elogio,
este comportamento irá manifestarse mais ve!es no futuro. ( mesmo acontece ao contrário,
se um comportamento inapropriado for ignorado 1se não for muito grave2 ou punido 1se for
grave2 imediatamente ap-s o acto, este será menos frequente no futuro ou até posto de lado.
Estas crianças precisam que as pessoas as elogiem e acreditem nelas. criando am&ientes
confortáveis e seguros que se promove a autodisciplina e se desenvolvem actividades de
aprendi!agem.
%alientase ainda que a utili!ação e'cessiva de reforços positivos pode distrair a
criança da tarefa. A recompensa deve ser, preferivelmente, feita com actividades que a criança
goste de reali!ar e não com reforços concretos 1isto é, com o&jectos2.
Bma criança iperactiva deve ter uma locali!ação preferencial na primeira fila.
5elativamente $s actividades propostas, e'istem alguns cuidados que se devem ter em conta,
para um sucesso escolar. 5ecomendase ainda o fraccionamento das actividades com a
adaptação ao tempo de concentração do aluno e aumento progressivo das tarefas...
As crianças iperactivas, pelas suas caracter0sticas comportamentais, estão e'postas a
um stress acrescido durante as tarefas escolares, pelo que necessitam de desenvolver actividades e'tracurriculares que sirvam de escape $s tens"es acumuladas. Estas actividades
podem ser desportos, passatempos ou outras que sejam do agrado das crianças e que les
permitam o&ter um sentimento de sucesso.
Numerosos autores salientam que é muito mais útil e produtivo orientar as crianças
com %<DA 1assim como todas as outras2 para o tra&alo académico do que tentar
simplesmente controlálas através de estratégias comportamentais. De facto, é empiricamente
demonstrável que os &ons alunos virtualmente não apresentam pro&lemas de comportamento,
verificandose normalmente o contrário com os alunos fracos. Na verdade, o &om desempeno
Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves
académico permite aos alunos orientaremse sistematicamente para o&jectivos curriculares,
incompat0veis com comportamentos disruptivos.
As ;regras de ouro= para lidar com todos os alunos e principalmente para lidar com os
alunos iperactivos são) instruir e prevenir# Numa sala de aula, isto significa centrar o tra&alo
nas tarefas académicas e criar um am&iente de aprendi!agem em que os comportamentosdisruptivos sejam mais prevenidos do que corrigidos e em que o professor, por consequ#ncia,
seja mais proactivo do que reactivo#
uando se trata de redu!ir e controlar o comportamento das crianças iperactivas na
escola, é imprescind0vel que os docentes implicados adoptem atitudes favoráveis e positivas, e
conce&am um sistema de aprendi!agem escolar que tena em conta as capacidades, as
destre!as e as limitaç"es apresentadas por tais crianças. Num primeiro momento, para facilitar
esta tarefa e ajudar os professores e os educadores em geral a melorar o clima e a dinmica
das aulas, os especialistas prop"em algumas recomendaç"es e sugest"es práticas, das quais
destaco as seguintes a t0tulo de orientação)
5elacionarse com as crianças de forma tranquila e rela'ada, prestando atenção
aos seus comportamentos adequados 1permanecer sentado, reali!ar as tarefas propostas, etc.2
e ignorando as condutas inadequadas e pertur&adoras+
:ostrarse firme e seguro quando é necessário cumprir as regras e as normas
escolares, mas evitar as ameaças, castigos e repreens"es. Btili!ar sistemas de pontos, ficas e
ouros privilégios para controlar o comportamento inadequado. Enaltecer a criança pelos seus
#'itos diários e elogiar outro aluno como modelo de conduta a seguir+ Cransmitir confiança nos progressos e capacidades da criança. Esta deve perce&er
que o professor espera que actue correctamente e cumpra os seus deveres escolares.
aconselável dispor de um sistema de aprendi!agem diário, estruturado e no qual se
apresentam as tarefas de dificuldade progressiva, &reves 16Q6I minutos2 e adequadas ao
ritmo de aprendi!agem. 9om e'erc0cios que estão ao alcance das suas possi&ilidades, as
crianças iperactivas o&t#m #'ito e isso aumenta a sua autoestima.
9om&inar actividades escolares com e'erc0cios para desenvolver a ini&ição
muscular, aprender a rela'ar e aumentar a concentração. 4or e'emplo) ensinar os alunos a
respirar lentamente, a fecar os olos e a escutar um som lento e regular, utili!ar cadeiras de
&aloiço, &alancins e o&jectos de te'tura suave para estimular o rela'amento, etc.
4ropor $s crianças iperactivas a reali!ação de tarefas espec0ficas, com por
e'emplo, apagar o quadro e praticar e'erc0cios para redu!ir a tensão, como &ater com o lápis
ritmicamente, &alancear as pernas, estimular trejeitos e e'press"es faciais, etc.+
4lanificar dramati!aç"es e representaç"es de ist-rias e contos em que aparecem
personagens a proferir frases como as seguintes) ;ue teno de fa!erW=, ;Ceno de ir devagar,
tranquilamente=, ;Estou a aprender a rela'arme=, ;9onsigo falar devagar e suavemente=, etc.+