Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Estatística Aplicada a Laboratórios
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Estatístico – CONRE/RJ 5975www.estatistica.eng.br
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1.A Estatística
na Vigilância Sanitáriae
nas normasABNT ISO/IEC
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Resolução - RE nº 894, de 29 de maio de 2003
• 14. Tratamento estatístico:• 14.1. apresentar desenho de estudo, conforme o
"GUIA PARA PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA ETAPA ESTATÍSTICA DE ESTUDOS DE BIODISPONIBILIDADE RELATIVA/ BIOEQUIVALÊNCIA";14.2. justificar o tamanho da amostra no estudo;
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A Norma ABNT ISO/IEC Guia 43-1: 1999, Ensaios de proficiência por comparações interlaboratoriais, na sua Parte 1: Desenvolvimento e operação de programas de ensaio de proficiência, apresenta, entre outras, as seguintes afirmações a respeito da Estatística:
“Amostragem – por exemplo, quando indivíduos ou organizações são solicitados a coletar amostras para análises subseqüentes.” - Nota f) do item 3.6.
“valor disperso - parte de um grupo de valores que é inconsistente com as outras partes daquele grupo (também definido na ISO 5725-1).”- item 3.16.
"Estes resultados podem ter uma profunda influência em sumários estatísticos, tais como a média e o desvio-padrão.” - Nota do item 3.17.
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Norma ABNT ISO/IEC 17025: 2001, item 5.9:
"O laboratório deve ter procedimentos decontrole da qualidadepara monitorar a validade dos ensaios e calibrações realizados.
. ... quando praticável, devem ser aplicadas técnicas estatísticas para a análise crítica dos resultados."
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2.Introdução
aos métodos estatísticospara a
tomada de decisão
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Por que os profissionaisdevem entender a Estatístca ?
Em determinado momento da vidaprofissional, pessoas com diferentesformações lidam com modelosquantitativos não exatos.
A Estatística trata com o lidar e o quantificar da variação e da incerteza.
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VARIAÇÃO • As pessoas diferem nas respostas ao
mesmo estímulo, nas respostas a um tratamento ou em seus sintomas.
• Diagnósticos são, freqüentemente, probabilísticos.
INCERTEZA • Desconhecemos o todo quando
examinamos uma parte.• O futuro é incerto.
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"Tudo muda exceto a própria mudança."Tudo flui e nada permanece; tudo se afasta e nada fica parado.... Você não consegue se banhar duas vezes no mesmo rio, porque outras águas e ainda outras sempre vão fluindo.... É na mudança que as coisas acham repouso....
Heráclito, fragmentos
A Estatística busca aESTABILIDADE NA VARIABILIDADE
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AUXILIAR AS TOMADAS DE DECISÕES em face de incertezas, justificando-as cientificamente, fazendo inferências para um todo (chamado população) a partir de uma amostra do mesmo, analisando números e constatando relações.
OBJETIVO DA ESTATÍSTICA
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CÁLCULO DAS PROBABILIDADES
INFERÊNCIA
POPULAÇÃO
ESTATÍSTICADESCRITIVA
erro
•1
•2
•3
AMOSTRA
VISÃO SISTÊMICA
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Enfatize-se que a Estatística Descritiva e o Cálculo das Probabilidades são ferramentas para a INFERÊNCIA ESTATÍSTICA, esta a mais importante!
FERRAMENTAS
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TODAVIA...
O sucesso da aplicação da Estatística depende, PRIMEIRO, da aquisição dos fundamentos estatísticos e não de métodos estatísticos avançados.
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Prática com o Excel• Iniciar o aplicativo• Células
•Identificação•Célula ativa
• Inclusão• Números• Texto
• Identificação do “Inserir Função” eestudo do seu potencial
• Identificação da ferramenta “Análise de Dados”• Atenção: após digitar os dados,
escolher uma célula diferente para os resultados
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3.Procedimentos
para um estudo estatístico
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Técnica utilizada para obter, apresentar e analisar valores numéricos, incluindo:Definição cuidadosa do problemaFormular um plano para coleta dos dados, Identificar as variáveis mais importantes e restringindo a pesquisa aos dados de interesse.Coletar os dados.Identificar o melhor modelo estatístico e utilizá-lo.Analisar os resultados.Relatar as conclusões tais que sejam facilmente entendidas por quem as for usar na tomada de decisões.
MÉTODO ESTATÍSTICO
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4.Início de um estudo:
retirada de uma amostra
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Conceito de amostra: usualmente,
significa um determinado item, ao passo
que, para a Estatística, significa um
conjunto de itens.
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CUIDADO!!!
A amostra deve ser
representativa da população.
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A PERGUNTAQUE NÃO QUER CALAR:
Qual deve sero tamanho da minha amostra?
O maior que eu possa conseguircom os meus recursos.
Calculo o erro que possa cometer e vejose é adequado para a minha decisão.(lembre-se do objetivo da Estatística!)
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Decisão entre custos, riscos e possibilidades técnicas
t1
DecisãoDecisão quantoquanto aoaotamanhotamanho dada amostraamostra
ConseqConseqüüênciaência dada DecisãoDecisão((apapóóss o o estudoestudo estatestatíísticostico) )
CustoCusto CC11compararcomparar
tempotempot2
CustoCusto CC22
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AMOSTRAGEM
Segundo a norma 17025, é
um procedimento definido, peloqual uma parte de uma
substância, material ou produtoé retirada para produzir uma
amostra representativa do todo, para ensaio ou calibração.
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•Tipos de Amostragem
• PROBABILÍSTICAcada elemento tem igual oportunidade de ser
um elemento da amostra.
• NÃO-PROBABILÍSTICA OU INTENCIONALhá uma escolha deliberada dos elementos da
amostra.
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• Numerar todos os elementos da população
• Efetuar sucessivos sorteios atécompletar-se o tamanho da amostra (n)
AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES
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AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
Conveniente quando a população está
naturalmente ordenada
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N: tamanho da populaçãon: tamanho da amostra.
Calcula-se o intervalo de amostragem:
AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
n
Na =
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Sorteia-se um número x entre 1 e a,que será o primeiro elemento que irá
compor a amostra.Os demais elementos serão:
x; x+a; x+2a;...
AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
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5.Estatística Descritiva:
medidas de representatividade (tendência central)
e dedispersão
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Estatística Descritiva:medidas de representatividade
(tendência central)
média:número para representar os demais
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Média aritmética da amostraa medida mais utilizadaafetada por valores extremos
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12
Média = 5 Média = 6
= soma de todos os valores ÷ total de valoresX
Estatística Descritiva:medidas de representatividade (tendência central)
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Além da medida de representatividade (tendência central), énecessária uma medida de dispersão.
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Amplitude totaldiferença entre o maior valor e o menor valorignora como os valores estão distribuídos
7 8 9 10 11 12
Amplitude = 12 - 7 = 5
7 8 9 10 11 12
Amplitude = 12 - 7 = 5
Estatística Descritiva:medidas de dispersão absoluta
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Deduzindo o complexo...
( )médiavalor−
( )∑ −médiavalor
( )∑ − 2médiavalor
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s2 denomina-se VARIÂNCIA AMOSTRAL
Entretanto, conhece-se mais o chamado desvio-padrão amostral.
( )parcelas de total
2 média valor 2 ∑ −=s
Estatística Descritiva:medidas de dispersão absoluta
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s é o desvio-padrãoa mais importante
medida de dispersão
( )parcelas de total
2 média valor ∑ −=s
Estatística Descritiva:medidas de dispersão absoluta
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6.Um valor extremo,
em relação ao seu conjunto, pode ser considerado válido?(assunto também conhecido
como “rejeição de dispersos”
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Exemplo:A média de uma amostra é 30, e o desvio-padrão amostral é 2.
a) o valor extremo 33,8 pode ser considerado disperso?
b) o valor extremo 34,6 pode ser considerado disperso?
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Comparando amostras com a mesma média
Média = 15,5s = 3,33811 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21
Conjunto A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Média = 15,5s = 0,9258
Conjunto B
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E se as médias forem diferentes?
Qual o conjunto com maior variabilidade?
Conjunto A: média 30 e desvio-padrão 6.
Conjunto B: média 15 e desvio-padrão 5.
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Coeficiente de variação (C.V.)Indica a variabilidade do conjunto em relação à média
100%⋅⎟⎠⎞
⎜⎝⎛=
aritmética médiapadrão-desvioC.V.
usualmente em porcentagem
às vezes chamado de RSD (relative standard deviation)
Estatística Descritiva:medidas de dispersão relativa
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padrãodesvio aritméticamédiaz
−−
= absolutovalor
Escore-zIndica o valor relativo de um valor absoluto
em relação ao conjunto de valores
Estatística Descritiva:medidas de dispersão relativa
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Estatística Descritiva: RESUMOmedidas de representatividade (tendência central)
e de dispersão
medidas de representatividade (tendência central)média aritmética da amostra
medidas de dispersão absolutaamplitude totalvariância amostraldesvio-padrão amostral
medida de dispersão relativa:coeficiente de variaçãoEscore-z
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8.
Continuando com a E.D.:
apresentando os valores
observados em uma tabela e
em um gráfico
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Escores-z de 5 laboratórios
-1,97E0,53D-4,05C1,58B-2,74A
Escore-ZLaboratório
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Resultados da 1a. rodada
-5-4-3-2-1012
Laboratórios
Esco
res-
Z
Escore-Z -2,74 1,58 -4,05 0,53 -1,97
A B C D E
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CUIDADO COM OS GRÁFICOS
Resultados da 1a. rodada
-6
-4
-2
0
2
A B C D E
Lab o rat órios
Distorção das informações!
Resultados da 1a. rodada
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
A B C D E
Laboratórios
Esco
res-
Z
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Medidas mais importantesda Estatística Descritiva:
• média aritmética• desvio-padrão
• Cálculos manuais, com a calculadora e com o Excel.
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9.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:questão de confiança
erisco de errar
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INFERÊNCIA ESTATÍSTICADecisões a respeito da população baseado
em uma amostra da mesma.
• Testes de Hipóteses• Estimação
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ESTIMAÇÃO
Candidato A = ?
Terei entre 54% e 60% dos votos.
amostra:58%
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“Chove em São Paulo”- toda afirmação deve vir acompanhada de um grau de certeza.- decisão tem um risco, probabilidade associada a uma decisão errada.- erro [ de decisão ] ALFA, chamado de nível de significância.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
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O CASODAS LATINHAS ASSASSINAS
• Quando encontro, em uma amostra, umalatinha contaminada, REJEITO todo o lotepara garantir a saúde dos consumidores.
• Se encontrasse todas as latinhas boas naamostra, NÃO REJEITARIA todo o lote.
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e SE…
• Quando encontro, em uma amostra, umalatinha contaminada, REJEITO todo o lotepara garantir a saúde dos consumidores.
… todo o lote fosse bom, EXCETO aquelaamostra?
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e SE…
• Quando encontro todas as latinhas boas na amostra, ACEITO todo o lote.
… todo o lote fosse ruim, EXCETO aquelaamostra?
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RISCOS
• Não rejeitar como verdadeiro o que é falso.
• Rejeitar como falso o que éverdadeiro.
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É preciso consideraros DOIS riscos, inversamenterelacionados, e estipulá-los
nos contratos, considerando a relação custo/benefício de uma
decisão errada!
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Vendo o que falta...É importante que se diga qual o nível de confiança ou o risco associado, ambos em termos de probabilidade.
Mas, o que é probabilidade?
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10.
Introdução às Probabilidades,
a segunda ferramenta para a
Inferência
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Probabilidades•conceito experimental: regularidade estatística•conceito clássico: intuitivo•conceito axiomático
após observar o experimento inúmeras vezes, verifica-se o comportamento do fenômeno: para que repetir o experimento sempre que se quiser verificar o resultado?
modelos matemáticos a partir dos resultados da parte experimental.
OBSERVAÇÃO: para melhor compreensão pelas pessoas, as probabilidades devem ser expressas em porcentagens.
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Mais cuidados aindaao usar a Estatística…
respeitar as condições do modelo
atenção para o uso de distribuições teóricas em
dados reais
uso correto das distribuições de
deMoivreLaplace-Gauss e de Student
“Tudo é pela normal.” Cuidado com o mau uso: se
tudo fosse “normal”, existiriam os outros modelos
probabilísticos?
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11.
A primeira parte da I.E.:
testes de hipóteses
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• o que se afirma: hipótese nula, sempre uma IGUALDADE ou o que existe.
• formular a hipótese alternativa: testes unilateral e bilateral
• decidir a distribuição estatística e o tamanho da amostra
• escolher o risco que deseja assumir (denominado nível de significância)
• Calcular um valor crítico que limita as regiões de rejeição e de não rejeição
• verificar onde o valor amostral se encontra e decidir
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Região denão-rejeição
rejeição rejeição
valor crítico valor crítico
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Região denão-rejeição
rejeição
valor crítico
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Região denão-rejeiçãorejeição
valor crítico
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O objetivo do estatístico étentar provar que tudo o que
se afirma não é verdade!!!
Tenta REJEITAR qualquerafirmação.
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Tenta-se REJEITAR a hipótesenula, sempre uma igualdade.
REJEITAR se:VALOR-calculado > VALOR crítico
(ignorando o sinal)
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REJEITAR
valor-calculado > valor-crítico:26,46 > 4,60
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Conceito moderno: valor-P
Probabilidade de retirar
aquela amostra que saiu
se a hipótese nula é verdadeira.
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REJEITAR A IGUALDADE se:
valor-p é “pequeno”(usualmente, até 5%)
REGRA DE DECISÃO
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valor-P é “pequeno”: 0,0001 →0,01%
REJEITAR
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Expressões equivalentes:
a) Estatisticamente significante = rejeitar a hipótese nula = o valor amostral não é compatível com o valor da hipótese nula = a variação amostral não é uma explicação razoável da discrepância entre os valores da hipótese nula e os valores amostrais.
b) Não estatisticamente significante = não rejeitar a hipótese nula = o valor amostral é compatível com o valor da hipótese nula = a variação amostral é uma explicação razoável da discrepância entre os valores da hipótese nula e os valores amostrais.
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Análise da Variância (ANOVA)
H0: µ1 = µ 2 = ... = µc
H1: ao menos uma das médias é
diferente
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Afirmação (sempre IGUALDADE):As médias de A, B e C são iguais.
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REJEITAR H0
F-calculado > F-crítico : 17,63 > 3,88
valor-p é “pequeno” : 0,00026 → 0,026%
REJEITAR H0
Conclusão:Ao menos uma das médias é diferente.
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13.
A segunda parte da I.E.:
estimando
os parâmetros da população
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ESTIMAÇÃO PONTUAL
Valor da população = Valor da mostra
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Valor da população
Intervalo de confiança
Valor amostral
Limite inferiorde confiança
Limite superiorde confiança
± erro [de amostragem]
ESTIMAÇÃO POR INTERVALO
Valor da amostra
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“Com margem de erro [ de amostragem] de 2,7% (para cima ou para baixo), ...”
Faltou a CONFIANÇA!!!
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14.
I.E., começando a estimar:
qual a média da população?
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X tSn
X tSnn n− ⋅ ≤ ≤ + ⋅− −α αµ/ , / ,2 1 2 1
Usualmente, tem-se uma amostra pequena. Todavia, podem ser calculados a média amostral e o desvio-padrão amostral, e escolhe-se o erro que se desejaadmitir.
Para estimar-se a média amostral, usa-se a distribuição “t”de Student, e o intervalo de confiança é dado pela seguinte expressão:
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EXEMPLOXUma amostra aleatória de tamanho n = 25 tem = 50 e s
= 8. Determine uma estimativa de um intervalo de confiança de 95% para µ.
≤ ≤µ46,69 53,31
S SX t n X t nn n− ⋅ ≤ ≤ + ⋅− −α αµ/ , / ,2 1 2 1
− ⋅ ≤ ≤ + ⋅µ50 825
50 8
252,0642,064
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15. I.E., teste de hipóteses:
repetitividade (Repê)e
Reprodutibilidade (Reprô)
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-indicam a variabilidade de métodos de ensaio.
- são valores extremos, sendo a repetitividade a mínima variabilidade entre resultados e a reprodutibilidade a máxima variabilidade.
- a repetitividade é representada pelo símbolo r e a reprodutibilidade pelo símbolo R.
- convém enfatizar que tanto uma quanto outra são dimensionais, ou seja, vêm acompanhas de unidades.
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REPETITIVIDADE (REPÊ):condições tão constantes quanto possíveis.
A partir dos dois resultados de ensaios obtidos sob condições de repetitividade, calcula-se o módulo da diferença entre eles.
A probabilidade de que esta diferença seja menor do que o valor de repetitividade r é igual a 95%.
r = 1,96 √ 2 σdentro
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Repetitividade: exemplo
O desvio-padrão estimado de 47 medidas sob condições de repetitividade foi estimado 0,00185g/ml.Determine a repetitividade do método.
r = 1,96 √2 σ = 1,96 √2 0,00185 = 0,00514 g/ml
Conclusão: com 95% de certeza, para que se atenda às condições de repetitividade, a diferença entre duas medidas deve ser menor que 0,00514g/ml.
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REPRODUTIBILIDADE (REPRÔ):condições variadas.
A partir dos dois resultados de testes obtidos sob condições de reprodutibilidade, calcula-se o módulo da diferença entre eles.
A probabilidade de que esta diferença seja menor do que o valor de repetitividade R é igual a 95%.
R = 1,96 √ 2 √σ2dentro+σ2entre
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Reprodutibilidade: exemploUm ensaio de proficiência, com 17 laboratórios participantes, teve os seguintes resultados:
- média dos desvios-padrão das medidas de cada laboratório: 0,00185g/ml (dentro)- desvio-padrão das médias das medidas de cada laboratório: 0,00795g/ml.
Determine a reprodutibilidade do método.
Conclusão: com 95% de certeza, para que se atenda às condições de reprodutibilidade, a diferença entre duas medidas deve ser menor que 0,023g/ml.
R = 1,96 √ 2 √σ2dentro+σ2entre
R = 1,96 √ 2 √0,001852+0,007952 = 0,023
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16.
I.E., teste de hipóteses:Diagrama de Youden
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E
A
B
C
D
F
G
H
-15
-10
-5
0
5
10
15-15 -10 -5 0 5 10 15
10 kg # 1
95%
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17.
I.E., teste de hipóteses:
usando tudo o que foi
visto nos gráficos de
controle
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Controle
Acompanhamento contínuo de um fluxo de atividades, onde podem ser realizados ajustes para que o resultado esteja em conformidade com um padrão definido.
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Qualidade
É o grau de utilidade de um produto para os fins a que se destina, sendo possível ser avaliada por meio de um conjunto de características apropriadas.
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Controle da Qualidade
Procedimento de verificação sistemática de um produto, ou processo ao seu padrão e de realização dos ajustes necessários para se atingir este objetivo.
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo ou número da amostra
Limitesuperior de
controle
Média doprocesso
Limiteinferior de controle
Valor da característica
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A norma ABNT ISO/IEC 17025: 2001 afirma, no item 5.9, que "O laboratório deve ter procedimentos de controle da qualidade para monitorar a validade dos ensaios e calibrações realizados. Os dados resultantes devem ser registrados de forma que as tendências sejam detectáveis e, quando praticável, devem ser aplicadas técnicas estatísticas para a análise crítica dos resultados."
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18.
Descobrindo
a “melhor” reta
de tendência
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Idade Doentes23 9.68132 7.39546 6.65354 5.54362 3.31874 1.563
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Doença A
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
0 20 40 60 80
Idades
Doe
ntes
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Doença A
y = -150,92x + 13012R2 = 0,9615
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
0 20 40 60 80
Idades
Doe
ntes
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Y = – 150,92 . X + 13012
A equação estima que, para cadaano de idade, o número de doentes decresce 151.
Doentes = – 150,92 . Idade + 13012
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IMPORTANTEo fato de haver
um indicador de relacionamento
NÃO GARANTE
uma relação de causa e efeito
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robustez de um estimador: medida da capacidade de permanecer inalterado sob influência de pequenas variações.
mediana: mais robusta que a média aritmética em relação a valores dispersos, porque independe deles.
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Mediana da amostra (Md):medida de representatividade
ordenados os valores em ordem crescente ou decrescente, é o valor que ocupa a
posição centralordenação de valores
EXCEL: A↓ Z ou Dados/Classificar...
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 14
Mediana = 5 Mediana = 5
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Estatística Robusta:medida de dispersão
Intervalo quartílico (IQ):
Q3 – Q1
(Terceiro Quartil menos Primeiro Quartil)
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100%0%
valormínimo
valormáximo
50%
Md
25% 75%
Q1 Q3
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quartílicointervalo mediana z absolutovalor −
=
Indica o valor relativo de um valor absolutoem relação ao conjunto de valores
Estatística Robusta:O equivalente ao escore-z
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Incerteza de medição
Parâmetro associado ao resultado de uma medição que caracteriza a dispersão de valores que poderiam ser, razoavelmente, atribuídos ao mensurando. O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão, ou um dado múltiplo dele, ou a metade de um intervalo tendo um nível de confiança pré-estabelecido.
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Exemplo"a quantidade de chumbo na amostra de tinta é de 22,7 ± 4,8 mg/kg”
Interpretaçãoapós considerar todas as possíveis fontes de incerteza referentes ao método usado para a determinação do teor de chumbo, pode-se afirmar que o valor verdadeiro de chumbo está compreendido entre 17,9 e 27,5 mg/ kg, a um determinado nível de confiança.