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Alenquer, 1 de JULHO de 2012 QUINZENÁRIO REGIONAL INDEPENDENTE Director: Frederico Ferreira 2580 Alenquer TAXA PAGA PORTE PAGO Preço: 0,90 euros (IVA incluído) Nº 868 (II série) – 1 a 15 de Julho de 2012 ANO XCII 92 anos Galeria apresenta exposição de escultura “Puros Sonhos“ pág. 19 SOBRAL DE MONTE AGRAçO Agrupamento de Escolas recebe classificação de “Muito Bom“ pela Inspecção-Geral de Educação pág. 11 ABRIGADA Servidão Aeronáutica da Base da Ota vai ser reduzida pág. 8 ALENQUER CARREGADO ALENQUER autarquia adere ao arrendamento social PÁG. 6 MINISTRO AFIRMA QUE POSTO DE SEGURANÇA “É PRIORITÁRIO” PÁG.5
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Edição 868

Mar 22, 2016

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Jornal Nova Verdade
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Page 1: Edição 868

Alenquer, 1 de Julho de 2012

QUINZENÁRIO REGIONAL

INDEPENDENTE

Director: Frederico Ferreira 2580 AlenquerTAXA PAGA

PORTEPAGOPreço: 0,90 euros (IVA incluído)Nº 868 (II série) – 1 a 15 de Julho de 2012 ANO xcII

92 anos

Galeria apresenta exposição de escultura “Puros Sonhos“

pág. 19

SobrAl de Monte AgrAço

Agrupamento de Escolas recebe classificação de “Muito Bom“pela Inspecção-Geral de Educação pág. 11

AbrIgAdA

Servidão Aeronáutica da Base da Ota vai ser reduzida

pág. 8

Alenquer

Carregado

alenquerautarquia adereao arrendamento social pág. 6

Ministro afirMa que posto de segurança“é prioritário” pág.5

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1 de Julho de 20122 NOVA VERDADE

PROPRIEDADE/EDIçãO – Presépio de Portugal – Comunicação Social, unipessoal, lda nIPC: 505 710 242ADMINISTRAçãO – ludovina Simões e José MauricioNOVA VERDADE – Jornal Quinzenário Ano XCFUNDAçãO – «A VerdAde» em 8 de Agosto de 1919 (até 4 de Maio de 1974) por Francisco Machado, Jaime Ferreira e Simão batoreu; «noVA VerdAde» em18 de Maio de 1974, por renato leitão lourenço.

DIREcTOR – Frederico FerreiraDIREcTOR ADJUNTO – José Carlos S. M. rodrigues.cHEFE DE REDAcçãO – A. Marques da Silva (Co 246).REDAcçãO – António Pires Vicente (Co 566), daniela Azevedo (CP 3431), Frederico Ferreira (CP 8332).cOLABORADORES – Ana Catarina Viçoso (CP 7703), Ana Clotilde Correia (CP 7221), nuno Inácio (CP 6280), António Passão, Filipe rogeiro, graça Silva (Cr 529), Miguel Carvalho, Fernando luís Pinho, Alves de Sá.TAUROMAQUIA – Joaquim tapada.cINEMA – Frederico Ferreira.DESPORTO – António Pires Vicente (editor), António Franco (Co 576), Manuel Santos, Mário Franco (Co 574), nuno Alves, Pedro Filipe Correia (Co 572), rui Correia , rui Seabra (te 207), Vítor M. M. grilo (Co 247).FOTOGRAFIA – bruno Félix, Fernando luís Pinho. REVISãO – ludovina Simões.PUBLIcIDADE – Ana Falé e Cristina Simões.

GRAFISMO E PAGINAçãO – João teles REDAcçãO E SEcRETARIA – r. renato leitão lourenço, 11 2580-335 Alenquer. telef.: 263 732 264. Fax: 263 711 747. e-mail: [email protected] – © e-dzain.com www.e-dzain.com IMPRESSãO – empresa do diário do MinhoTIRAGEM DESTE NÚMERO – 4.000 exemplaresASSINATURAS – AnualPortugal: 16,15 euro europa: 35,35 euroresto do Mundo: 45,45 euroAvulso - 0,90 euros

n.º depósito legal 100328/96 S.r.I.P. n.º 213182/104778Inscrição na e.r.C. nº 104778

MU

NIC

ÍPO DE ALENQU

ER

MÉRITO PRATA

Quando em 1985, foi autorizado em Por-tugal a designação vinho leve, já haviam passado dois anos de luta intensa tanto em instituições portuguesas como em euro-peias, visto que na pré-adesão apenas os vinhos verdes tinham sido negociados, com a possibilidade de estarem abaixo dos 10 graus álcool.

Teve de então ser considerado um pro-duto novo uma invenção, para que o dos-sier vinho pudesse ser aberto e negociado este novo tipo de vinho.

Não foi fácil, teve de haver um empenha-mento bastante forte de muita gente, desde logo em Portugal, vencendo com muita arte e perseverança um choque entre pon-tos de vista bastante diversos, que opôs as adegas e os produtores do interior e seus similares mais colocados junto ao mar, ou os que detinham a posse de terrenos mais férteis, com possibilidade de produções mais elevadas.

Em Bruxelas valeu-nos efectivamente a verdade, a razão acerca da qualidade do novo produto, que entretanto havia sido feito, com a colaboração da Adega Coope-rativa da Lourinhã, ao que juntamos muito empenhamento dos nossos governantes, donde destacarei Engº. Álvaro Barreto e Engº. Carvalho Cardoso.

Nas lutas internas que foram muitas e nada fáceis, muita gente desconhece um número infindável de reuniões com as adegas cooperativas, produtores privados e inclusive com câmaras municipais, para que o projecto fosse o mais possível con-sensual.

Também para que nos habilitássemos, com o máximo de conhecimentos, sobre as capacidades intrínsecas da região, quanto à qualidade, produção global, e ainda sobre a mais valia económica e financeira deste novo produto, na dinâmica futura da vitivi-nicultura na região.

Aqui gostaria de destacar duas entidades que foram incansáveis, diria mesmo o meu braço direito, respectivamente a Câmara Municipal do Bombarral e a Adega Coope-rativa da Lourinhã.

Entretanto muitos e longos anos passa-ram e hoje provavelmente, julgo, que todos os possíveis interessados de então, conti-nuam a acreditar nas reais virtualidades do Vinho Leve, o que podemos constatar, é que praticamente, tirando uma ou outra iniciativa sem grande visibilidade tanto no campo da prova, do marketing, como de eventos que possam ter difundido o Vinho

Vinho Leve História de um produto de excelênciaLeve e as suas potencialidades, poderemos sem dificuldade destacar como casos mais conhecidos, o Festival do Vinho Português e o Festival dos Vinhos Leves, iniciativas respectivamente das Câmaras Municipais, do Bombarral e Cadaval, de resto tudo con-tinua na expectativa, que ainda virá um D. Sebastião, que fará com que a problemática do Vinho Leve seja um grande sucesso no futuro.

Os Vinhos Leves, estão efectivamente e lamentavelmente por desenvolver, e o meu sonho do dia 11 de Junho de 1985, quando entreguei na mesa da Assembleia da Repú-blica, o Projecto de Lei nº. 522/III, no qual se pretendia a criação da “Zona do Vinho Leve do Litoral Oeste” continua intacto, só que infelizmente mudou o contexto, e hoje é bem menor o número de agricultores, com aptidão e vontade, para a produção deste vinho.

A falta de rentabilidade das explorações vitivinícolas, levou muita gente ao arran-que ou mesmo ao abandono, de grandes áreas de terrenos, porventura muitas delas de grande aptidão para a produção deste produto.

Mas uma nova situação ocorreu nova-mente, criando-nos , um momento único para de novo investir neste produto vínico, pois julgo ser do conhecimento de qual-quer cidadão interessado pela causa do vi-nho em Portugal, que existe uma procura intensa devido aos novos mercados emer-gentes, acrescendo ainda neste caso con-creto que os Vinhos Verdes, nossos poten-ciais concorrentes, não têm neste momento problemas com a comercialização.

Também devemos ter em linha de conta a evolução clara na técnica e qualidade dos nossos Vinhos Leves, como ainda a ten-dência progressiva para o consumo de vi-nhos menos graduados.

Se juntarmos a todos estes factores, os conhecimentos adquiridos hoje em dia na viticultura, particularmente na nossa re-gião, (Lisboa/Tejo) acho que estão reuni-dos muitos dos condimentos necessários, para um arranque forte e bem planeado de uma produção cuidada e de dimensão, que permita de novo uma mais valia, que torne a dar ao vitivinicultor o bem estar e a quali-dade de vida que tanto merece.

Também muito importante para o suces-so, é não olharmos este produto como se tratasse de algo que sobra, de um produto de segunda escolha, de um vinho IG ou DOP.

O Vinho Leve é de grande qualidade, porque é tão somente uma colheita das mesmas castas, feito com o mais elaborado saber, unicamente conseguido por uma antecipação de vindima, ou porque as con-dições edafo-climáticas não permitem grande riqueza alcoólica.

O Vinho Leve é um vinho certificado como IG, sujeito ás mesmas tramitações tanto na vinha como no vinho de qualquer outro vinho certificado, sendo que se trata na maioria dos casos, de uma colheita pre-coce tem inclusive inúmeras vantagens em relação aos outros, para além da produção que pode ser espectacularmente maior, ainda estará menos sujeito às anomalias sa-

nitárias, garantindo maiores e melhores intensidades aromáticas, assim como tam-bém, ficará com maior carga ácida o que lhe conferirá uma frescura ímpar, tudo isto são enormes vantagens na aceitação junto do consumidor.

No lugar politico que um dia me foi con-fiado tentei tudo para que todos os agentes económicos, de todo o sector vitivinícola tivessem força organização e objectivos, de modo a que o escoamento dos seus produ-tos tivessem uma relação preço qualidade de modo a permitir que toda a mancha de vinhedos da nossa região se mantivesse, contribuindo para o bem estar económico e social dos que teimosamente lutam todos os dias por tão nobre causa.

Hoje já nos restam poucas dúvidas, tam-bém acrescentámos substancialmente ao longo dos anos a nossa convicção, que o su-cesso desta enorme e fértil região, passa por uma politica que eleja como prioridade a vitivinicultura de modo a tornar de novo a paisagem numa enorme, rentável e conti-nuada mancha verde.

Para isso é necessário quanto a mim um programa equacionado com rigor em con-junto, pelas CVRs Lisboa e Tejo em todas as suas vertentes, que contemple para além da produção formação e mobilização de todos os agentes intervenientes, um esque-ma que permita também a colaboração di-recta do estado, fazendo-o acreditar na mais valia desta opção.

Mas é urgente agir imediatamente, numa perspectiva de ganhar tempo, aproveitan-do tudo o que de momento temos, fazendo uma divulgação do Vinho Leve ao longo de toda a extensão de praias, através de tarjas em aviões e dando-o a degustar, pois infelizmente ainda são muitas as pessoas que não conhecem o Vinho Leve.

No resto do país e no estrangeiro, fazer uma divulgação bem planeada com forte publicidade digital ou panfletos bem ela-borados que cheguem junto da juventude dando-lhes a conhecer os benefícios e as vantagens comparativas do vinho com as outras bebidas que consomem no dia a dia, tentar uma promoção conjunta com os agentes que trabalham os nossos famosos frutos do mar, mostrando quão importan-te é este produto para uma valorização reci-proca.

Ou ainda, porque não a construção de uma central embaladora, tecnicamente equacionada e dimensionada, só para este produto, com uma marca única ou mais.

Mas não vou cair na patetice de querer passar pelo dono do segredo ou panaceia para resolver este tão complexo problema, mas os anos e a experiência, permitem-me alguma liberdade de expressão, daí todo este meu atrevimento, que uma coisa tem absolutamente real, o meu acreditar e a cer-teza que sozinhos ou acompanhados, to-dos os agentes deste sector nas regiões de Lisboa e Tejo vão ter de se mobilizar em torno deste tema.

A designação “vinho leve” ou “baixo grau” foi criada por legislação de 1985, através da Portaria Nº 547/85, de 6/ Agosto e era aplicável a todo o País em determina-das condições, isto simplesmente para se

ganhar tempo, evitando a morosidade que implica a demarcação de uma região, com a aplicação da legislação comunitária mas com o aparecimento dos vinhos regionais em Portugal, esta aplicação geral foi revo-gada ficando previsto, que os Vinhos Le-ves iriam fazer parte desta classificação, vindo de encontro a todo o enquadramen-to que havia sido pensado por nós, que o imaginamos e criamos para contemplar determinadas características.

Sabemos que estas apenas serão possí-veis na região da Estremadura e Ribatejo, porque são realmente as únicas, cuja legis-lação contempla este tipo de vinho desde sempre, não se encontrando em mais ne-nhuma, porque são as únicas que reúnem as condições necessárias de solo clima e en-cepamento para a produção natural deste produto.

Brindemos então ao Vinho Leve.

Vasco Miguel Enólogo Mestre em SPCA

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editorial por: Frederico Ferreira 1 de Julho de 2012 3NOVA VERDADE

Conversa de Cafépor Frederico Ferreira e Inês Nuno

O avô Jorge Riso promete derrotar novamente Nuno Coelho

nas autárquicas de 2013 caso esteja para aí virado.

só não explicou se vai precisar de bengala para o fazer....

Sobre o Carregado

“Lomba da recta da Base” é palco de constantes acidentes António Pires Vicente 92anosflagrantes

A chamada “lomba da recta da Base”, que antecede as tristemente famosas “curvas do Pinheirão”, para quem circula no sentido Ota/Alenquer, no troço da Estrada Nacio-nal 1, é palco de constantes acidentes, não se compreendendo que ainda não tenham sido tomadas medidas correctivas por par-te da concessionária das estradas nacionais. E, à primeira vista, a resolução do proble-ma nem parece complexa, conforme o ve-reador José Manuel Catarino salientou há tempos, no âmbito de uma proposta que apresentou na câmara tendo em vista a eli-minação de “pontos negros” no traçado concelhio da EN1: Bastava fazer o “rebai-xamento” da via no local, eliminando assim a perigosa lomba, que corta completamen-te a visibilidade aos condutores, potencian-do acidentes como aquele que há dias teste-munhámos, originando o corte da estrada. É claro que o ideal seria que a Estradas de Portugal promovesse a remodelação com-pleta das “curvas do Pinheirão” – também conhecidas como “curvas da morte” –, mas se não há dinheiro, pelo menos que dê prio-ridade à eliminação da malfadada lomba, já que implica verbas menos avultadas.

Clube tAurIno AlenquerenSecONVOcATÓRIA

Ao abrigo dos Estatutos do Clube Taurino Alenquerense, convoco a Assembleia Geral extraordinária de sócio do Clube Taurino Alenquerense para reunir no próximo

dia 18 de Julho, pelas 21.00 horas na Biblioteca Municipal de Alenquer, na Rua Sacadura Cabral, com a seguinte ordem de trabalhos;

PONTO1 – quotizaçãoPONTO2 – grupo de Forcados do Clube taurino Alenquerense

PONTO3 – outros assuntos de interesse do Clube taurino Alenquerense

Se à hora marcada não estiver o número de sócios requeridos pelos estatutos, a Assembleia geral reunirá 30 minutos após, com qualquer número de sócios com

direito estatutário.

Alenquer, 22 de Junho de 2012o Presidente da Assembleia geralPedro Miguel Cristóvão Moreira

POR APENAS

30€ESTE ESPAÇO

PODE SER SEU!LIGUE 263 732 264

Os problemas da vila do Carregado são fáceis de identificar, e em alguns aspectos, são mesmo exemplares do que correu mal nos subúrbios de Por-tugal nas últimas décadas.

Cresceram os prédios (de forma des-controlada e desordenada), cresceu o número de habitantes, mantiveram-se as mesmas infra-estruturas e equipa-mentos.

Hoje com 11 mil habitantes, o Carre-gado dispõe de um Centro de Saúde que não corresponde às necessidades

da população, uma escola básica inte-grada sobrelotada, falta de espaços verdes, de gabinetes que assegurem a integração dos (muitos) imigrantes que vivem na vila.

Falta também um posto de seguran-ça que ponha fim ao sentimento de in-segurança, que cresce juntamente com o número de assaltos, cada vez mais violentos como admitem as autorida-des.

A reivindicação de um posto, é de resto tão ou mais antiga do que a pró-

pria elevação do Carregado a vila, já lá vão quinze anos, e meia dúzia de Go-vernos.

O actual ministro da Administração Interna, vem agora afirmar que o as-sunto está na lista de prioridades do seu gabinete, acendendo mais um foco de esperança entre populares e autar-cas.

Mantendo uma posição cautelosa, Miguel Macedo, parece contudo de-terminado o suficiente para manter viva a esperança dos carregadenses.

Page 4: Edição 868

conversasà BEIRA-RIO

política41 de Julho de 2012NOVA VERDADE

Alves de SáA memória permanece!

A conversa de hoje foi escrita em ambiente de grande nostalgia, e sempre que tal acontece, o texto cresce muito devagar, riscam-se mais palavras e morde-se muitas mais vezes a ponta do lápis. Coloquei nela este título por-que Alenquer acaba de ver fechar uma porta, que para além de ser comercial, é também uma referência em toda a Vila. Lembram-me que não fechou, apenas mudou de sítio. Este facto, em pouco ou nada interfere com o que pretendo transmitir a todos vós. Em todas as vilas e cida-des deste país, existem espaços comerciais, que são refe-rências, ficando marcados no tempo com “traços” de lembranças de natureza diferente. Já todos perceberam que me estou a referir ao fecho do espaço principal da Firma MAMatos. Na realidade, fechou-se a porta, aco-modando-se o material em outro local já existente, tal-vez para poder rentabilizar o património comercial, mantendo, como contrapartida, os postos de trabalho. Mas o meu interesse por este assunto vai muito mais lon-ge, ultrapassa a faceta comercial e desemboca na vida social de qualquer Alenquerense e não só. Quantos de nós marcou encontro com alguém em Alenquer, dando como referência, precisamente, a casa MAMatos, ou en-trou pela porta dentro para perguntar algo sobre a Vila? À primeira vista, podemos pensar que tal acontecia, ape-nas e tão só, por estar colocada no centro, trilhada por duas ruas principais e ter montras de grande visibilida-de. Engana-se quem pensa assim, uma vez que bastará recordar algum do “tecido comercial” de Alenquer que provocou o mesmo sentimento de ausência e deixou marcada para sempre a vila com a nostalgia de perda. O Lar Moderno do Lota, a loja do Crispim, a padaria do Estafeta, a venda da Aldina, o gás do Padilha, a BP do Saloio, a drogaria do Rocha e muitos outros. Em todos eles encontramos um elemento comum. Estes espaços comerciais ficaram na mente das pessoas pelos nomes dos seus proprietários e não pelo tipo de comércio que praticaram, independente da porta que mantiveram aberta. O mesmo acontecerá no futuro com muitos mais, uma vez que a Vila de Alenquer ainda tem algumas por-tas comerciais abertas pela teimosia dos donos ou pela fidelidade de alguns clientes que, ano após ano, vão dei-xando no ar alguma réstia de esperança. Mas voltemos aos nomes, na grande generalidade são apelidos de traço familiar que, de uma forma ou de outra, definem a iden-tificação do espaço comercial, virando marca, indepen-dentemente, do material comercializado. Foram e são as raízes do comércio local e sempre que uma delas seca, fecha-se uma porta comercial e com ela desaparece a re-lação próxima de compra e venda, quebra-se a relação amiga entre vendedor e cliente e acima de tudo deixa-se cair o atendimento personalizado. Nenhuma destas ideias representa novidade para qualquer um de nós, pois são os esteios do chamado comércio local e, como tal, deviam merecer mais atenção, quer por parte dos que estão por detrás do balcão, quer por todos os que entram pela porta dentro. Agrada-me constatar que o “ser” per-manece para além do “ter”.

A 15 meses de distância das Autárquicas 2013, o quadro dos principais candidatos à presidência da Câmara de Alenquer começa a ficar desenhado. A não ser que surja no horizonte um “candidato surpresa”, que para já não se vislumbra minimamente, perspectiva-se que a luta pela cadeira principal dos Paços do Concelho se vai centrar, novamente, na disputa entre o socialista Jorge Riso, actual detentor do cargo, e o social-democrata Nuno Coelho, que após duas derrotas eleitorais não só não arranjou quem lhe sucedesse como candidato oposicionista mais bem colocado, como reforçou mesmo as condições de pretendente presidencial, ao tornar-se no líder concelhio do PSD.

No Partido Socialista, com a clarificação resultante das eleições internas que conduziram o autarca de Santo Estê-vão, Paulo Matias, à liderança da Concelhia, que permitiu neutralizar o reboliço provocado pelas hostes de João Hermínio e Luís Rema – os dois principais pretendentes ao lugar ocupado por Jorge Riso ––, parece ser, agora, mais descortinável a estratégia autárquica que deverá ser em-preendida. Jorge Riso, tudo indica, vai recandidatar-se, chamando para número dois o seu fiel escudeiro, Pedro Folgado (4º da lista em 2009). Folgado, verdadeiro “verea-dor sombra” no actual mandato, está definitivamente bem posicionado na linha de sucessão e poderá mesmo prota-gonizar a próxima candidatura camarária dos socialistas, no caso de Riso, por qualquer razão, ou imponderável, de-cidir não prosseguir com o desempenho autárquico.

Questionado sobre a sua eventual recandidatura, Jorge Riso foi surpreendente na resposta que deu ao Nova Ver-dade: “Este ano vou passar as férias em casa, porque vou ser avô… Só depois das férias é que vou pensar nisso… Só depois é que vou ver se me apetece dedicar-me a tempo inteiro à experiência de ser avô ou se me apetece ganhar mais uma vez ao Nuno Coelho”, disse, em tom assumida-mente sarcástico, o edil socialista, deixando transparecer o prazer que, sete anos depois de ser lançado por Álvaro Pedro na vida autárquica concelhia, retira da luta políti-ca.

Por parte do Partido Social Democrata, a escolha do ve-reador Nuno Coelho para líder concelhio, sem que se te-nha vislumbrado até hoje uma possível alternativa para candidato à presidência da câmara, é entendida como um sinal de que o arquitecto do Carregado estará determina-

AutÁrquICAS 2013 deVerÃo reedItAr dISPutA eleItorAl entre doIS VelHoS ConHeCIdoS

Riso e Coelho preparam-separa voltar a medir forças António Pires Vicente

do a avançar para uma terceira candidatura consecutiva. Depois das derrotas frente a Álvaro Pedro, em 2005 (obteve menos 1954 votos que o velho “dinossauro” socialista), e Jorge Riso, em 2009 (encurtou para 791 votos a distância em relação ao candidato do PS), Nuno Coelho parece estar tentado a submeter-se a um terceiro sufrágio, na mira de afastar de vez os socialistas do poder, mas não terá tarefa nada fácil. Quando poderia tentar aproveitar ao máximo o desgaste do exercício do poder por parte do PS, Coelho ar-risca-se a sofrer um sério revés nas autárquicas do próximo ano. Por um lado, se de facto avançar, lutará contra o seu próprio desgaste como candidato oposicionista já por duas vezes derrotado e, por outro, correrá o risco de enfrentar aquele que poderá vir a ser o maior “voto de protesto” de que há memória em Portugal, porque o descontentamento do eleitorado alenquerenses, como dos portugueses em ge-ral, em relação à política de austeridade imposta pelo gover-no liderado pelo líder do seu partido, Pedro Passos Coelho, ameaça todo o espectro autárquico “laranja”.

Nuno Coelho prefere não assumir, ainda, a ambição de ir a votos uma terceira vez, naquele que a verificar-se será o seu segundo confronto eleitoral com Jorge Riso: “Nós esta-mos neste momento, na comissão política concelhia do PSD, a discutir essa questão [da candidatura]. Inclusiva-mente estamos também a analisar se vai haver novamente coligação [Pela Nossa Terra]”, asseverou ao Nova Verdade o vereador e líder do PSD/Alenquer, que se prepara para re-gressar ao ensino, 11 anos depois de ter deixado de leccio-nar Educação Visual e Tecnológica, na Escola Básica 2,3 Pêro de Alenquer, sendo seu propósito acumular as aulas com a arquitectura.

Sobre o futuro da Coligação Pela Nossa Terra, agora am-putada do MPT – Partido da Terra, depois de o seu único representante no concelho, José Carlos Morais, ter assumi-do o estatuto de independente, e sendo certo que o Partido Popular Monárquico não possui base de militância em Alenquer, Nuno Coelho terá algumas dúvidas. Mas, sobre aquele que poderá ser o seu principal adversário nas autár-quicas a realizar em Outubro de 2013, a dúvida é só uma: Quem será, Jorge Riso ou Pedro Folgado?

Dúvida que será tirada nos próximos meses, tal como, de resto, se espera que seja desfeito o “tabu” da própria candi-datura de Nuno Coelho, por parte da provavelmente reno-vada aliança PSD/CDS.

Page 5: Edição 868

política1 de Julho de 2012

5NOVA VERDADE

O presidente da Junta de Freguesia de Ota, José Augusto Honrado, que foi eleito por uma lista de cidadãos independentes nas autárquicas de 2009, é um dos mais recentes mili-tantes do Partido Socialista.

Embora sempre tivesse sido muito próximo do PS – foi presidente da junta de freguesia local pelo PS du-rante três mandatos e chegou a ser vereador –, o autarca otense entrou em ruptura com os socialistas duran-te a anterior gestão camarária socia-lista presidida por Álvaro Pedro. Descontente com a alegada falta de investimento da autarquia na fregue-sia para onde esteve projectado, du-rante mais de dez anos, o novo aero-porto internacional de Lisboa, José Augusto Honrado encabeçou, nas úl-timas eleições autárquicas, a Lista de Cidadãos Independentes “Por Ota”.

Dois anos de ter afastado os socia-listas do executivo da freguesia, ade-riu ao PS, tendo a inscrição como militante socialista ficado no segre-do partidário. Até que o novo líder socialista concelhio, Paulo Matias,

JoSÉ AuguSto HonrAdo lIderou lIStA IndePendente nAS ÚltIMAS AutÁrquICAS

Autarca de Ota tornou-se militante do PSAntónio Pires Vicente

anunciou a composição da única lis-ta concorrente às eleições internas, realizadas no passado dia 15 de Ju-nho, da qual já faz parte José Augusto Honrado.

O Nova Verdade sabe que a propos-ta de inscrição de José Augusto Hon-rado, de 51 anos, foi entregue em No-vembro último e subscrita pelo próprio presidente da Câmara de Alenquer, Jorge Riso, e pelo presi-dente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, e agora líder da Concelhia do PS, Paulo Matias.

“Sempre disse que não tenho nada contra os partidos. O meu descon-tentamento prendia-se com os prin-cípios estratégicos que foram segui-dos pelo anterior executivo camarário”, justificou, em declara-ções ao Nova Verdade, o autarca otense, agora militante e dirigente concelhio socialista, salientando que a postura dos actuais responsáveis municipais “é completamente dife-rente, apesar de as condições econó-micas, que implicam cortes em tudo, serem complicadas”. José Augusto Honrado diz que as suas divergências eram com a anterior administração camarária

O ministro da Administração Inter-na garante que a instalação de um pos-to de segurança no Carregado, “é uma prioridade”, garantindo que “se está a trabalhar nesse sentido”.

No decorrer de um jantar no Carre-gado a convite do PSD/Oeste, Miguel

A gArAntIA É do MInIStro dA AdMInIStrAçÃo InternA

Posto de segurança no Carregado “é uma prioridade”Frederico Ferreira

Macedo adiantou que já houve uma vi-sita da Direção-Geral das Infraestrutu-ras e Equipamentos das Forças de Segu-rança para conhecer possíveis localizações.

Actualmente, está a ser avaliada a hi-pótese de se instalar o futuro posto da GNR na antiga escola do primeiro ciclo do Carregado (a designada P3), segun-do uma proposta da câmara municipal de Alenquer.

O governante recusou contudo falar de prazos, até porque há outras ques-tões a ter em conta, entre elas “mobili-zar o dispositivo policial necessário”.

O presidente da concelhia do PSD, re-cordou por seu turno a crescente inse-gurança no maior aglomerado urbano do concelho.

“Tem-se verificado nos últimos anos um aumento de assaltos a moradias, pessoas, estabelecimentos comerciais, indústrias e casas particulares à noite, com os donos dentro das residências”, frisou Nuno Coelho.

O também vereador social-democra-ta, recordou o crescimento exponencial da freguesia, comparando os censos de 2001 e 2011, para concluir que a popu-

lação da freguesia teve um aumento na ordem dos 116%. Um crescimento que não foi devidamente acompanhado pe-las infra-estruturas, em particular na área da segurança, apesar dos constan-tes alertas dos eleitos locais.

Nuno Coelho recordou que a cons-trução de um posto de segurança entre Alenquer e Carregado, chegou a fazer parte das medidas compensatórias pela não vinda do aeroporto para a Ota, um conjunto de intenções que nunca che-gou a sair do papel.

O autarca recordou contudo que o PSD sempre se manifestou contra a construção de um posto de seguranças entre as duas vilas, tendo sempre defen-dido a construção de um posto dentro do Carregado.

“O problema do Carregado é a falta de um policiamento de proximidade, e isso só se obtém com um posto de segu-rança no centro da vila. A outra opção não serviria nem os interesses de Alen-quer, nem do Carregado”, sustentou.

O presidente da concelhia apelou as-sim ao ministro que “não crie ilusões, mas também não desiluda”.

De recordar que em Fevereiro, a fre-

guesia do Carregado, liderada pelo so-cial-democrata José Manuel Mendes, aprovou uma moção a exigir medidas contra a insegurança que foi enviada à tutela, primeiro-ministro, e Comando-Geral da GNR.

Também a Câmara de Alenquer apro-vou, por unanimidade, uma moção en-viada ao Ministério da Administração Interna, a alertar para os problemas de insegurança no Carregado e a propor localizações para instalar o novo posto.

De acordo com os últimos Censos, o concelho de Alenquer tem 43 mil habi-tantes, dos quais mais de 11 mil residem na vila do Carregado.

CHAPINHASOFICINA AUTO

RUI MANUEL NISA SANTOS

QUINTA DO BARACHO - 2580 ALENQUER

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política1 de Julho de 2012

6NOVA VERDADE

No último Fórum da Rádio Voz de Alen-quer antes de se iniciar o período de férias, um dos temas abordados passou pela ac-tual dívida da Câmara Municipal de Alen-quer às freguesias. Esta dívida, de um mi-

Autarquia de Alenquer pretende pagar às freguesias até 2015Daniela Azevedo

lhão e 300 mil euros, está a ser negociada com os respectivos representantes das Juntas de Freguesia e poderá estar salda-da até Junho de 2015 – um prazo ligeira-mente mais “simpático” do que o previsto

na lei que vai até aos cinco anos. Neste momento, a dívida às freguesias

está incluída no Plano de Liquidação da Câmara tal como os outros credores. “Tentámos chegar a um acordo com os credores para que lhes possamos pagar a dívida até 2015. Fizemos um plano de acordo com técnicas de contabilidade que nos permitem cumpri-lo”, tranquilizou o presidente da autarquia, Jorge Riso.

Algumas freguesias já aceitaram este plano de pagamentos e outras apresenta-ram contra-propostas para que fossem feitos alguns ajustes.

Contudo, este prazo pode ser substan-cialmente reduzido se a Câmara Munici-pal de Alenquer recorrer à linha de crédi-to, que foi aprovada em Conselho de Ministros, de mil milhões de euros para liquidação das dívidas de curto prazo de municípios endividados. Alenquer terá direito a mais de cinco milhões de euros deste envelope financeiro. No total dos 308 municípios portugueses, só 45 autar-quias dispensam esta linha de crédito.

O presidente da Câmara Municipal de Alenquer explica os dois cenários que po-dem vir a acontecer: “Se nos candidatar-mos a este Programa de Apoio à Economia

Local e se for aprovado o empréstimo não é necessário tanto tempo porque podemos pagar logo às freguesias e aos credores. Se isso não acontecer, pagaremos uma parte da dívida todos os meses até Junho de 2015. E é preciso dizer que as freguesias são quem mais obra tem feito no terreno”. Só no final deste ano é esperada uma con-clusão a esta dúvida sobre a obtenção ou não da linha de crédito com juros a 4%.

Eurico Borlido, do PSD, lembra o que o partido fez em prol das freguesias: “Peran-te uma proposta de redução de 50 % nas transferências para as freguesias conse-guiu-se negociar uma redução de apenas 30%”.

José Manuel Catarino, o vereador da CDU, concorda com este plano mas tem dúvidas que a autarquia cumpra o com-promisso “porque temos por detrás da Câ-mara um governo PSD que não é uma pes-soa de bem; o Estado pode não cumprir com aquilo que está previsto nesta altura”.

De recordar que a autarquia alenque-rense conseguiu, no último ano, reduzir cerca de um milhão de euros de dívida que, nesta altura, se cifra na ordem dos 19 milhões de euros.

A autarquia de Alenquer, é um dos 60 municípios que aderiram à primeira fase do mercado social de arrendamento.

“Rendas mais baratas, ocupação de pré-dios devolutos, e reocupação dos centros urbanos”, são algumas das vantagens deste

rendAS AtÉ 30% MAIS bArAtAS

Alenquer adere ao mercado social de arrendamentoFrederico Ferreira

programa, como esclarece o vereador do PSD Nuno Coelho, autor da proposta.

A medida surge no âmbito do “Progra-ma de Emergência Social” apresentado pelo Governo, e vai permitir o acesso a rendas mais baratas a famílias da classe

média. Isto porque existem actualmente muitas famílias com rendimentos acima daqueles que lhes permitiriam aceder à habitação social, mas que também não es-tão em condições de pagar uma renda no mercado livre.

Os agregados familiares que sejam com-postos por, ou tenham a seu cargo, pessoas com deficiência, idosos e filhos dependen-tes, terão prioridade (por esta ordem) quando, para uma mesma casa, existir mais do que uma candidatura.

O projecto resulta de uma parceria entre o Estado (que colocará nesta “bolsa de ar-rendamento” casas do Instituto de Habita-ção e Reabilitação Urbana, e do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social que se encontram desocupadas), e sete instituições bancárias.

Os anúncios de arrendamento serão co-locado num portal na Internet com rendas pelo menos 30 por cento abaixo do valor de mercado. As candidaturas também se-rão feitas online. Ditam as regras que o rendimento mensal do agregado familiar deve ser compatível com uma renda que signifique uma taxa de esforço mínima de 10% e máxima de 30% do rendimento

mensal disponível. Um exemplo: a uma casa com uma renda de 300 euros poderão candidatar-se famílias que tenham um rendimento disponível de 1000 por mês (neste caso a taxa de esforço será de 30%) a 3000 euros (taxa de esforço de 10%).

De acordo com o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, as instituições bancárias juntaram-se e cria-ram o Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH). “O Fundo terá um valor superior a cem milhões de euros, onde estarão agre-gados, até daqui a um mês e meio, cerca de mil fogos.”

O FIIAH, por sua vez, é gerido por uma entidade gestora que os bancos selecciona-ram depois de feito um concurso - a NOR-FIN.

As autarquias terão um papel mediador no processo, como esclareceu o presidente da autarquia de Alenquer.

“Ficará nas mãos das autarquias indica-rem ao Fundo os candidatos aos imóveis, prestar esclarecimentos, e prestar apoio à primeira fase de candidaturas, cabendo depois à NORFIN a validação das mes-mas”, explicou o autarca.

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política1 de Julho de 2012

7NOVA VERDADE

O empresário alenquerense Luís Barros Mendes integra a nova Comissão Política Distrital do CDS-PP de Lisboa, liderada por Telmo Correia, que foi eleita no passa-do dia 21 de Junho, para um mandato de

Luís Barros Mendes na nova Comissão Política Distrital do CDS-PP

A. P. V.

dois anos. Luís Barros Mendes, ex-líder da Conce-

lhia do CDS-PP de Alenquer, já fazia parte da estrutura distrital, como secretário da mesa, tendo agora sido eleito vogal da Co-missão Política Distrital.

Luís Barros Mendes foi eleito como vogal da Comissão Política Distrital do CDS-PP

auto lpMIC 2 - KM 33,8 - ALENQUER

Telefone 263 730 470 - Fax 263 710 726

O acto eleitoral no concelho decorreu no Carregado, tendo participado cerca de um quarto dos militantes. Sob o mote “Unir para vencer”, a lista A, liderada por Telmo Correia – a única apresentada a sufrágio –, recolheu 100% dos votos.

Para o líder concelhio do CDS-PP, Gui-lherme Coelho, com a eleição de Luís Bar-ros Mendes, “Alenquer está bem represen-tada e temos mais uma voz activa de um alenquerense a levar a nossa realidade para fora de portas”.

O presidente da Câmara Municipal de Alenquer, afirma que as piscinas munici-pais vão manter-se abertas ao público, re-jeitando rumores que dão conta do seu en-cerramento.

Desde que foi tornado público o proces-so de extinção da AlémMunicipal, que são recorrentes os rumores que dão conta do encerramento do Complexo Vítor Santos.

Jorge Riso diz ter tido conhecimento des-ses rumores que classifica de “totalmente infundados”, garantindo a manutenção do complexo municipal.

“De facto já me chegou aos ouvidos que as piscinas não iam abrir na época de Ve-rão, o que não é de todo verdade. O calen-dário está definido, e como habitualmente com a abertura dos tanques exteriores, en-cerram as piscinas interiores para manu-tenção dos equipamentos”, esclareceu o autarca.

“De facto quando se colocou a questão de extinguir a AlémMunicipal, houve um momento de indefinição, mas o executivo soube salvaguardar essa questão atempa-damente, passando as piscinas para a sua gestão directa”, disse.

As piscinas municipais exteriores abrem ao público entre 1 de Julho e 15 de Setem-bro, de terça a domingo, com encerramen-to semanal à segunda-feira.

Jorge rISo deSMente ruMoreS que dÃo ContA do enCerrAMento

Piscinas Municipais “não vão encerrar”

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política1 de Julho de 2012

8NOVA VERDADE

Pelo sétimo ano consecutivo o pelouro da Cultura na autarquia de Alenquer (através do Gabinete de Apoio às Biblio-tecas Escolares), lançou o desafio às crianças do 4º ano do ensino básico; ela-borar uma composição, sob o tema “se eu fosse autarca”.

A apresentação dos melhores traba-lhos de cada agrupamento decorreu a 14 de Junho nos Paços do Concelho, com a parte da manhã dedicada ao tema “se eu fosse presidente da Câmara”, na presença dos elementos do executivo municipal.

As questões de ordem social (apoio às crianças, jovens e idosos), de emprego, e educação, estão na lista de prioridades dos pequenos autarcas.

O presidente da autarquia, não pou-pou elogios aos jovens autarcas, desta-cando a forma como identificaram os

ConCurSo “Se eu FoSSe AutArCA”

Pequenos autarcas com grandes ambiçõesFrederico Ferreira

problemas do concelho.“As questões abordadas demonstram

que de facto estão bem conscientes dos problemas que se passam à vossa volta, e que se prepararam bem para estar aqui”, salientou Jorge Riso.

Da parte da tarde foram lidos os traba-lhos dedicados ao tema, se eu fosse presi-dente de junta, na presença dos eleitos das freguesias, e do presidente da As-sembleia Municipal, seguido de um de-bate.

À semelhança dos seus colegas na au-tarquia, as crianças e os idosos são a prioridade da maioria dos jovens autar-cas, mas há também lugar a outras pro-postas bem originais, “como a constru-ção de um hospital onde as enfermeiras não podiam ter mais de 45 anos”.

Fernando Rodrigues elogiou o empe-

nho das crianças, embora muitas das medidas propostas não façam parte das competências dos eleitos locais.

“Questões como a construção de es-quadras, ou de escolas, são de facto per-tinentes mas dependem de decisão do Governo”, explicou o presidente da As-sembleia.

“Contudo penso que esta é uma ques-tão menor, e que o principal objectivo deste concurso está plenamente cumpri-do, ao fazê-los pensar no vosso concelho, e sobretudo como funcionam os seus ór-gãos locais”, referiu.

A servidão aeronáutica da antiga base da Ota está a ser revista com o objectivo de re-duzir substancialmente a área abrangida, na qual não é permitida a construção. A in-formação foi prestada pelo presidente da Câmara de Alenquer, com base em contac-tos informais que manteve com responsá-veis da Força Aérea Portuguesa, conside-rando Jorge Riso que se trata de “uma boa notícia para o Município e em especial para os munícipes que, por força da lei em vigor desde 1958, têm estado impossibilitados de construir em determinadas zonas como forma de salvaguardar a segurança e a nor-malidade do tráfego aéreo”.

“A alteração que está a ser equacionada, no sentido de ser reduzida a área de servi-dão aeronáutica, tem a ver com a transfe-rência da realização de voos por instru-mento para outros aeródromos, passando a pista de Ota a operar apenas para voos vi-suais, que serão mais limitados em termos de área abrangida, o que já é uma grande ajuda”, explicou ao Nova Verdade o edil alenquerense, assumidamente agradado com a perspectiva de a medida – há muito reclamada pela autarquia – vir a tornar-se realidade a breve trecho.

Jorge Riso defende que “a redução da ser-vidão da antiga base aérea da Ota, que en-globa uma zona de protecção aeronáutica para salvaguardar o tráfego aéreo num raio de cerca de dez quilómetros, faz sentido e é um imperativo”. “Os munícipes não enten-dem que uma área tão alargada seja restri-

MedIdA PerMItIrÁ ConStruçÃo de noVAS HAbItAçÕeS nAS quAtro FregueSIAS AbrAngIdAS

Servidão aeronáutica da antiga base da Ota vai ser reduzidaAntónio Pires Vicente

tiva para os seus projectos de construção e remodelação de habitações, por causa de um aeródromo que não tem aviões e que raramente opera”, sustenta o responsável camarário, salientando que, “devido à ser-vidão em vigor, a Força Aérea tem dito não em todos os pareceres, o que já levou ao in-deferimento de perto de meia centena de processos de construção nas freguesias de Ota, Meca, Triana e Abrigada apesar de se tratar de construções com apenas um a dois pisos”.

O Ministério da Defesa já esclareceu que a revogação da servidão militar na sua tota-lidade está fora de hipótese, “só se coloca quando um espaço deixa de ser, em defini-tivo, uma instalação militar”, o que não é o caso uma vez que a infra-estrutura conti-nua a ser utilizada para fins militares.

Na área de 325 hectares ocupada pela an-tiga base, que em 1992 passou a designar-se Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea (CFMTFA), é ministrada for-mação de 60% dos efectivos da Força Aé-rea, no âmbito dos cursos de formação e promoção de sargentos dos quadros per-manentes; de preparação militar geral, complementar e técnica dos regimes de contrato (RC); de especialização, de quali-ficação e actualização; de formação profis-sional de pessoal civil da Força Aérea; de formação em áreas de reconhecido interes-se para a Força Aérea ou estabelecidos por acordo do MDN com entidades nacionais ou estrangeiras.

Zona de protecção aeronáutica da antiga base de Ota engloba um raio de dez quilómetros

Pista da antiga base de Ota passará a ser utilizada apenas para voos visuais

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A Câmara de Alenquer propõe-se ven-der em hasta pública seis antigas escolas primárias do concelho, que se encontram devolutas. O líder do executivo, Jorge Riso, confirmou ao Nova Verdade que “o proces-so está a ser preparado”, admitindo ter co-nhecimento do interesse de particulares na aquisição dos edifícios.

Segundo Jorge Riso, a pretensão de alie-nação destina-se aos edifícios das antigas escolas de Camarnal (freguesia de Triana), Montegil (Aldeia Gavinha), Freixial (Ven-tosa) e Lapaduços (Vila Verde dos Fran-cos), contemplando ainda outros dois esta-belecimentos de ensino desactivados que o autarca, para já, não identifica.

Estas escolas primárias, construídas no âmbito do Plano dos Centenários, levado a cabo pelo Estado Novo entre as décadas de 1940 e de 1960, deixaram de funcionar no âmbito da reformulação de todo o parque

CÂMArA de Alenquer Pretende dAr utIlIdAde A edIFÍCIoS deVolutoS

Antigas escolas primárias vão para hasta públicaAntónio Pires Vicente

escolar concelhio, que determinou o en-cerramento de um número significativo de pequenas escolas espalhadas pelo conce-lho e a transferência de alunos para os no-vos centros escolares.

“Há, efectivamente, interesse de alguns particulares na aquisição de antigas esco-las. O problema que se coloca é que nalguns casos ainda não estão regularizadas ques-tões legais em termos de titularidade dos respectivos terrenos e é esse trabalho que estamos a fazer neste momento, junto da Repartição de Finanças e da Conservatória de Registo Predial. Só depois de essas ques-tões estarem clarificadas é que poderemos colocar os edifícios em hasta pública”, espe-cificou Jorge Riso, salientando que “preten-de-se dar utilidade aos imóveis”. “Os edifí-cios protocolados com juntas de freguesia e associações não serão vendidos”, vincou o edil alenquerense. A antiga escola do Camarnal é uma das que vai ser alienada

Foi dado mais um passo para resolver a questão do mercado municipal do Carre-gado, com a aprovação em sessão do exe-cutivo de Alenquer, de uma proposta que prevê a reversão da parcela de terreno do mercado para o domínio público munici-pal, assumindo a autarquia, como contra-partida, a manutenção e limpeza do espaço verde da urbanização.

De recordar que o Mercado Municipal do Carregado foi construído em terrenos privados da Urbanização Quinta Nova, em contornos que estão ainda hoje por apu-rar.

Nove anos depois, a situação pode estar prestes a resolver-se, mas falta ainda um último passo, sendo agora necessário que todos os 150 condóminos aprovem o pro-tocolo, como explicou o presidente da au-

ProtoColo dA AutArquIA eStÁ dePendente de 150 ASSInAturAS

“Imbróglio” do Mercado Municipal do Carregado mais perto de uma resolução Frederico Ferreira

tarquia.“Penso que é do interesse de todas as

partes que este assunto seja resolvido o mais rápido possível. É uma situação que não serve os interesses do município, e certamente não serve o interesse dos mo-radores”, afirmou Jorge Riso.

O vereador do PSD Nuno Coelho consi-dera por seu turno, “essencial” que se che-gue a um entendimento com os condómi-nos, colocando um ponto final “a uma situação impensável”, referiu

“Não se percebe como é que um proces-so entra como condomínio, e de repente passa a ter espaços que são privados mas de utilização pública, onde a autarquia as-sume responsabilidade pela água e electri-cidade. Isto para não falar do mercado municipal, que está construído num espa-

ço privado”, sustentou Nuno Coelho.De acordo com o protocolo, as vias de

acesso ao mercado municipal passam a ser de domínio público, o terreno onde está construído o mercado municipal passa para a autarquia, mantendo-se os espaços verdes e restantes arruamentos como es-paço privado, mas de utilização pública.

“Na prática mantém-se tudo como está hoje, com a diferença de que fica bem defi-nido o que é público, e o que é privado”, afirmou.

O vereador da CDU defende que o pro-cesso nasceu de um erro grosseiro por par-te da autarquia, que nunca deveria ter aprovado a constituição daquele condo-mínio. “O projecto está aprovado como condominio fechado, quando na verdade não o é, os seus arruamentos são de acesso livre, dando acesso a estabelecimentos co-

merciais”, salientou José Manuel Catari-no.

O autarca antevê ainda muitas dificul-dades na aprovação do actual protocolo, apesar do parecer inicial positivo da co-missão que representa os condóminos da Quinta Nova.

“Trata-se de recolher 150 assinaturas, sendo que basta apenas um morador se recusar a assinar para o processo ficar in-viabilizado”, recordou.

O autarca manifestou-se ainda apreen-sivo com o futuro das festas do Carregado, que se têm vindo a realizar na envolvente do mercado municipal,

“Com a aprovação do protocolo, passa a ser necessário autorização do condomínio para a realização das festas. Espero que haja compreensão por parte dos morado-res para esta questão”, concluiu.

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9NOVA VERDADE

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10NOVA VERDADE

Encerrou no último domingo, o Campe-onato da Europa de Percurso de Caça, que decorreu ao longo de quatro dias no clube de tiro de Vale das Pedras, na Ota.

João Archer, administrador do clube de tiro, recebeu da Federação Internacional, a melhor garantia de satisfação possível, ao confirmar o Campeonato do Mundo de 2014, naquele mesmo local.

Sobre este Europeu, o administrador diz que no aspecto desportivo, “o balanço difi-cilmente poderia ser mais positivo”, susten-tou

“Todos os atiradores foram unânimes ao elogiar o campo de tiro, e a organização, e a

CAMPeonAto dA euroPA de PerCurSo de CAçA

Vale das Pedras encerra Europeu com o pensamento no MundialFrederico Ferreira

própria Federação Internacional não po-deria ter mostrado melhor o seu agrado, ao anunciar a realização do Mundial de 2014 em Vale das Pedras”, disse João Archer.

Com mais de 700 atiradores de 26 nacio-nalidades presentes, o titulo foi para o bri-tânico George Digweed, uma lenda da mo-dalidade que conquistou em Portugal o seu 16º titulo europeu.

João Archer destacou ainda a prestação portuguesa que conquistou duas medalhas de prata, uma individual e outra por equi-pas.

“A selecção nacional obteve um segundo lugar, e tivemos também um segundo lugar

em femininos, o que faz justiça a Portugal, que tem excelentes atiradores”, salientou o administrador.

Menos positiva, foi a presença de públi-co, que ficou “aquém das expectativas da organização”, admitiu João Archer. “Tí-nhamos algumas atracções paralelas à competição, mas ainda assim não conse-guimos chamar tanta gente quanto gostarí-amos. Não sei se relacionado com a crise, se com a própria divulgação, de qualquer for-ma é algo que teremos de analisar e corri-gir”, disse.

O presidente da autarquia de Alenquer, não tem dúvidas sobre os benefícios deste tipo de competição, “que dá grande visibili-dade ao concelho”.

Jorge Riso manifesta por isso o empenho do município no mundial de 2014, consi-derando o Europeu “um bom ponto de re-ferência, para se fazer mais e melhor”, afir-mou.

“O município contribuiu dentro das suas capacidades para a organização desta pro-va, e certamente que irá também colaborar para que o Mundial corra ainda melhor. São eventos que levam o nome de Alenquer além-fronteiras, e teremos de garantir que as pessoas partem com vontade de regres-sar”, disse.

Nuno Coelho, vereador do PSD diz que Alenquer só tem a ganhar com este tipo de eventos, defendendo uma participação ac-tiva do município na sua organização.

“Alenquer tem tudo a ganhar ao apoiar estes eventos de grande visibilidade, em Portugal e no estrangeiro. Penso que a me-lhor forma do município agradecer ao clu-be de Vale das Pedras é assumindo-se como parceiro, reforçando a colaboração já pres-tada neste Europeu”, sustentou.

O vereador da CDU, José Manuel Catari-no diz que é “um motivo de orgulho para o concelho” receber este tipo de eventos, des-tacando os mais de mil atiradores que habi-tualmente participam no campeonato do mundo.

“Penso que será uma grande oportuni-dade para Alenquer, como já foi este Euro-peu, com tantos estrangeiros, mas também portugueses a manifestarem-se maravi-lhados com a beleza natural do Vale das Pedras”, referiu.

O clube de tiro de Vale das Pedras, vai en-tretanto já começar a trabalhar no Mun-dial, apesar de faltar ainda dois anos para a competição.

“Parece muito tempo mas de facto não é, se pensarmos na dimensão do evento, com mais de mil participantes, fora as comiti-vas, e acompanhantes”, frisou João Archer.

“É um desafio de respeito, mas não temos medo, até porque este Campeonato da Eu-ropa, deu-nos uma confiança reforçada. Vamo-nos empenhar a fundo, e com o apoio de todos certamente que iremos fa-zer um Mundial de que todos nos vamos orgulhar”, asseverou.

Cerimónia de abertura do Campeonato da Europa em vale das Pedras

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11NOVA VERDADE

O Agrupamento de Escolas de Abriga-da passou com distinção na avaliação ex-terna de que foi alvo, entre 22 e 24 de Maio, por parte da Inspecção-Geral da Educa-ção e Ciência (IGEC) do Ministério da Educação. Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa, e tendo por base as entrevistas e a análise docu-mental e estatística realizada, a equipa de avaliação – constituída por Filipa Seabra, Isabel Barata e José Moreira – classifica os domínios de “Resultados” e “Serviço Edu-cativo Prestado” com “muito bom”, e con-cede, “excelente”, a nota máxima, à “Lide-rança e Gestão”.

No domínio “Resultados”, os avaliado-res sublinham que “o Agrupamento evi-dencia resultados globalmente muito po-sitivos, alguns dos quais acima dos valores esperados, desenvolvendo ações consis-tentes que têm produzido impacto na me-lhoria das aprendizagens”. “São alcança-dos resultados educativos muito positivos ao nível do desenvolvimento cívico e do

lIderAnçA e geStÃo É “eXCelente”, reSultAdoS e SerVIço eduCAtIVo PreStAdo “MuIto boM”

Inspecção-Geral da Educação faz avaliação “muito positiva” do Agrupamento de Escolas de AbrigadaAntónio Pires Vicente

Agrupamento de Escolas de Abrigada é constituído por oito estabelecimentos de ensino, incluindo a escola-sede

comportamento dos alunos” e “há um grande reconhecimento, por parte da co-munidade educativa do trabalho realiza-do”, refere o relatório de avaliação, salien-tando que “os pontos fortes predominam claramente na totalidade dos campos em análise” e “tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de Muito Bom”.

Relativamente à “Prestação do Serviço Educativo”, a equipa de avaliação conside-ra que “o Agrupamento desenvolve uma sólida ação na prevenção da desistência e abandono”. “A diversidade da oferta edu-cativa/formativa, a comunicação muito próxima com os pais e encarregados de educação, quer por parte dos diretores de turma quer por parte do diretor, e a liga-ção à rede social local têm constituído res-postas eficazes para combater as situações de risco”, especificam os avaliadores, des-tacando que “a prevalência de pontos for-tes que caracterizam o desempenho do Agrupamento neste domínio, em resulta-do de práticas organizacionais generaliza-das e eficazes, justifica a atribuição da clas-sificação de Muito Bom”.

Quanto à “Liderança e gestão” – o ter-ceiro campo de análise deste processo de inspecção, que ocorre de quatro em qua-tro anos –, o relatório refere que “ao de-senvolvimento do Agrupamento está subjacente uma liderança forte e aglutina-dora de vontades e uma gestão assente em práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes”. “A autoavaliação apresenta um impacto forte nas práticas profissionais, na qualidade do serviço prestado e nos resultados dos alunos. O Agrupamento distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes, pelo que a classificação do domínio Liderança e gestão é de Excelente”, observa a equipa de avaliação.

Reagindo ao resultado da avaliação rea-lizada pela IGEC, o director do Agrupa-mento de Escolas de Abrigada, Rui Costa,

assumiu que “estamos orgulhosos de ter-mos melhorado imenso os nossos resulta-dos face a 2008, sinal de que estamos todos envoltos num processo de melhoria signi-ficativo e que o caminho a percorrer é lon-go mas, espera-se, de muito sucesso”. Na hora do reconhecimento do trabalho rea-

Rui Costa, director do Agrupamento de Escolas da Abrigada

O Agrupamento de Escolas de Abriga-da é constituído por oito estabelecimen-tos de ensino: três jardins-de-infância, três escolas do 1.º ciclo do ensino básico, uma escola do 1.º ciclo com jardim-de-in-fância e a Escola Básica Integrada de Abri-gada, escola-sede.

No ano letivo de 2011/12, a população escolar totalizou 831 crianças, alunos e formandos: 128 da educação pré-escolar (seis grupos), 275 do 1.º ciclo (35 turmas), 164 do 2.º (8 turmas, sendo uma com per-curso curricular alternativo, PCA), 207 do 3.º (10 turmas) e 29 alunos do curso de

Mais de 75% dos professores CoM dez ou Mais anos de experiênCia

educação e formação (CEF) de tipo 2 (duas turmas). A sua oferta educativa/formativa engloba ainda duas turmas (28 alunos) do Programa Integrado de Edu-cação e Formação (PIEF).

O serviço educativo é assegurado por 93 docentes, 75,3% pertencentes aos qua-dros do Agrupamento ou de zona peda-gógica. A experiência profissional é signi-ficativa, pois 76,3% lecionam há dez ou mais anos. O pessoal não docente é cons-tituído por 43 profissionais, dos quais 36 são assistentes operacionais, seis assisten-tes técnicos e uma coordenadora técnica.

lizado, por parte da mais alta instância fis-calizadora do trabalho desenvolvido a ní-vel escolar, o professor Rui Costa, de 37 anos, fez questão de “agradecer a todos os elementos da comunidade educativa que participaram neste processo”.

O Arraial de Final de Ano do Agrupa-mento de Escolas de Abrigada, é já uma instituição, que atrai visitantes de todo o concelho. A edição deste ano não foi excep-ção, com grande parte da organização en-tregue à Associação de Pais.

Margarida Sabino, presidente da Asso-ciação diz que este foi “o melhor Arraial de sempre”, em número de presenças e em or-ganização.

“Temos conseguido atingir o objectivo de fazer mais e melhor, embora a cada edi-ção que passa isso seja mais difícil dado o nível de qualidade atingido”, sustentou.

“O Arraial da escola de Abrigada já ultra-passou claramente não só o âmbito da co-munidade escolar, como da própria fre-guesia, e são pessoas de todo o concelho que fazem questão de comparecer”, refe-riu.

Pelo segundo ano consecutivo o Arraial

“O melhor Arraial de Sempre”

foi dedicado a um tema, tendo sido escolhi-do este ano os Jogos Olímpicos, explicou o presidente da direcção do Agrupamento.

Como convidados de honra, o campeão Olímpico Carlos Lopes medalha de ouro na maratona de Los Angeles no ano de 1984, e o atleta alenquerense Eduardo Henriques, com diversos títulos europeus e mundiais conquistados no atletismo.

“Este ano cumprem-se os Jogos Olímpi-cos de Londres, e por isso achámos que fa-zia todo o sentido dedicar o Arraial a esta temática”, esclareceu.

A escolha dos dois atletas “prende-se ob-viamente com o seu palmarés desportivo, mas também pela sua maneira de estar na vida. Duas pessoas que se mantiveram sempre humildes, e disponíveis para ajudar os outros, e são sem dúvida dois exemplos para as gerações mais novas”, referiu Rui Costa.

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12NOVA VERDADE

A escola básica de Cheganças (EB1) pas-sa a contar a partir de agora, com uma co-bertura de 80 m² que vai permitir aos alu-nos não só poderem sair para o recreio em dias de sol intenso ou de chuva, mas tam-bém terem educação física em quaisquer

eSColA bÁSICA de CHegAnçAS

Nova cobertura vem trazer mais qualidade ao ensinoFrederico Ferreira

condições climatéricas.Um investimento de cerca de 20 mil eu-

ros, assumido pela freguesia de Triana, de-pois da autarquia se ter manifestado indis-ponível para avançar com a obra.

Para o presidente da freguesia de Triana,

“mais importante que definir competên-cias, importa definir prioridades, e avançar com as obras quando existe capacidade para as concretizar”, disse.

“Nunca foi nossa politica dizer que não fazíamos determinada obra por ser da res-ponsabilidade do Governo ou da Câmara. A nossa postura foi sempre de avaliar a re-lação entre custo e beneficio, depois verifi-car a nossa própria disponibilidade finan-ceira, e finalmente avançar com a obra se for essa a conclusão final”, salientou Vítor Ronca.

A EB1 de Cheganças é actualmente a única escola primária da freguesia de Tria-na, e o autarca espera que se mantenha aberta nas próximas décadas. “Eu compre-endo que há situações em que é insustentá-vel manter escolas abertas, mas não há dú-vida que uma escola primária dá uma outra vida, uma outra dinâmica às localidades”, defende.

A escola de Cheganças tem actualmente 40 crianças do 1º ao 4º ano, divididas em duas salas, perto do dobro do actualmente estipulado pelo Governo, que este ano vai encerrar todas as escolas com menos de 21 alunos.

“Faço aqui um apelo aos jovens casais, para que não deixem esta escola fechar, até porque está nas suas mãos essa decisão”,

disse Vítor Ronca num apelo à natalidade em Cheganças.

As obras vão entretanto prosseguir na freguesia, com Vítor Ronca a afirmar que tem em mãos alguns projectos, cabendo à freguesia estabelecer prioridades. “Temos de facto algumas obras de envergadura em projecto, e naturalmente vamos ter de es-colher uma para avançar até final do ano”, afirmou.

A disponibilidade financeira da fregue-sia para avançar com estas obras, explica-se com “uma gestão rigorosa, e prioridades bem definidas, algo que infelizmente a au-tarquia nunca soube fazer”, sustentou o au-tarca.

“Poderíamos fazer muito mais se a Câ-mara honrasse os seus compromissos, e pagasse o que nos deve, ainda assim vamos conseguindo substituir-nos à autarquia em obras como esta, graças a um grande traba-lho de equipa”, referiu. “Apesar do presi-dente da freguesia ser o rosto mais visível, há todo um trabalho que é feito pelo execu-tivo, e pela nossa administrativa, que nos permite ter alguma margem de manobra. De resto também as diversas forças politi-cas representadas na Assembleia dão o seu contributo com sugestões e ideias, que para nós não têm cor politica”, concluiu.

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13NOVA VERDADE

Desde 1910, ainda nos últimos me-ses da monarquia, e ao longo dos anos, têm o Instituto Português do Património Arquitectónico e os seus antecessores vindo a classificar di-verso património arquitetónico do concelho de Alenquer. Esse patrimó-nio classificado atinge já significati-va expressão, facto provavelmente pouco conhecido, inclusive por mui-ta população do concelho. Enumere-mo-lo sucintamente para não ficar-mos apenas por afirmações genéricas*:

Monumentos nacionais: Pelouri-nho da Aldeia Galega da Merceana; Portal Manuelino do Convento de S. Francisco (Alenquer); Túmulo de Damião de Góis (transferido em 1941 da Igreja da Várzea para a de S. Pedro, Alenquer); Marcos miliários da via romana Mérida-Lisboa (dois); Esta-ção Arqueológica da Pedra de Ouro (Cadafais).

Imóveis de interesse público: Ca-pelas das Igrejas de S. Pedro e de San-ta Catarina (Alenquer); Castelos de Alenquer (muralhas que dele restam) e de Vila Verde dos Francos (ruínas); Igrejas da Misericórdia (Alenquer), de Nossa Senhora dos Prazeres (Al-deia Galega da Merceana) e de Santa Quitéria (Meca); Marcos de Cruza-mento (Casal Alvarinho – a recons-truir –; EN 12-1, km 33,050; EN 70-2, km 23,621, Ota) e da Légua (Casal da Canha e Vale Carlos); Pelourinhos de Alenquer e de Vila Verde dos Francos (fragmentos de ambos); Edificações da Fábrica da Romeira (Alenquer).

Valores concelhios: Padrão da Pon-

Vai ser divulgada a 2 de Julho, a can-didatura vencedora da 1.ª edição do Prémio Damião de Góis de Empreen-dedorismo Social. O prémio visa apoiar e promover projectos de Em-preendedorismo Social já realizados em Portugal e estimular o desenvolvi-mento de práticas de Responsabilida-de Social no respeito e progressivo cumprimento dos Direitos Humanos.

Com um valor pecuniário de dez mil Euros, o prazo para as candidatu-ras, que podiam ser apresentadas por sociedades civis ou comerciais, asso-ciações e instituições, como universi-dades ou instituições de ensino supe-rior, encerrara em 31 de Março de 2012.

A instituição do Prémio constitui uma iniciativa da Embaixada do Rei-

“Alenquer por onde soa…”Património arquitectónico: valor a preservar, divulgar e tornar visitávelJ.S.R.

* Fonte: www.cm-alenquer.pt/Plano Diretor Municipal de Alenquer.

te do Espírito Santo (Alenquer); Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Triana (Alenquer); Palácio dos Mar-queses de Angeja ou da Vila (Vila Ver-de dos Francos).

A par destes, estão em processo de qualificação: Capelas do Espírito San-to/Paço da Rainha Santa Isabel (Alen-quer) e do Espírito Santo do Arneiro (Aldeia Galega da Merceana); Celeiro Público (Alenquer); Conventos de Santo António de Charnais (Mercea-na) e de S. Francisco (Alenquer); Igre-jas da Misericórdia (Aldeia Galega da Merceana), de Santa Maria da Várzea (Alenquer) e de Santa Maria Madalena (Aldeia Gavinha); Janela e Porta do Claustro do Convento de S. Francisco (Alenquer); Palacete do Visconde da Abrigada; Quinta do Convento da Vi-sitação (Vila Verde dos Francos).

Num tempo em que, apesar da crise e contra ela, se pretende dinamizar o concelho e trazer-lhe visitantes, é prio-ritário não descurar todo este espólio. Em primeiro lugar, seria necessário as-sinalá-lo e divulgá-lo conveniente-mente, dotando-o, em paralelo e gra-dualmente, de condições para ser visitado, a começar pelos alenqueren-ses, condições que grande parte desse património, infelizmente, não possui, pois não basta classificar. É necessário que as várias entidades responsáveis não se esqueçam das razões por que o fizeram e pugnem por manter esse pa-trimónio como testemunha digna e perene da história e da cultura que en-cerram e das gerações que nos antece-deram, o que passa por conservá-lo, divulgá-lo e torná-lo visitável.

Prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social J.S.R.

no dos Países Baixos em Lisboa e do Instituto Português de Corporate Go-vernance, com o apoio de diversos parceiros, entre outros associações de empreendedorismo e institutos uni-versitários publicamente já associa-dos ao empreendedorismo social.

A cerimónia de atribuição do Pré-mio Damião de Góis, terá lugar no dia 2 de Julho, no auditório da Funda-ção Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Presidem à cerimónia Henk Soeters, Embaixador do Reino dos Países Bai-xos em Lisboa, e Pedro Rebelo de Sousa, presidente do Instituto Portu-guês de Corporate Governance.

A sessão de encerramento ficará a cargo doe Álvaro Santos Pereira, mi-nistro da Economia e Emprego.

Pelourinho e Casa da Rainha em Aldeia Galega da Merceana em 1930 e na actualidade

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sociedade1 de Julho de 2012

14NOVA VERDADE

A equipa de Alenquer/Alcochete, integra-da na Seleção Portuguesa de Robótica, sa-grou-se campeã do mundo, na modalidade Superteam Primary, no Campeonato do Mundo de Robótica – RoboCup 2012, que decorreu na Cidade do México, de 18 a 24 de Junho.

Constituída por um aluno de Alenquer, Mário Amaro (11 anos), e por um aluno de

1º lugAr nA ModAlIdAde SuPerteAM PrIMArY do roboCuP 2012

Estudantes de Alenquer e Alcochete conquistam troféu no mundial de robóticaAntónio Pires Vicente

Alcochete, João Silva (13 anos), a equipa ven-cedora foi acompanhada pelos professores Carla Bettencourt e Carlos Rosa, coordena-dores dos respetivos Clubes de Robótica dos Agrupamentos Damião de Goes e D. Manuel I, contando com o apoio técnico, via video-conferência, do professor Carlos Amaro, que por motivos profissionais não se pôde deslo-car ao México. Os dois estudantes partiram

para o mundial de robótica com muita deter-minação e empenho, com cinco robots para colocar em palco e uma coreografia pensada ao pormenor e preparada com a ajuda da pro-fessora Alda. Cinco dias de trabalho, no World Trade Center, na Cidade do México, resultaram num primeiro lugar da Superte-am Primary. Nesta modalidade, os alunos em conjunto com outras duas equipas, uma chi-nesa da escola Beijing nº4 High School e uma japonesa da escola Meise i Junior High Scool, juntaram os seus robots e prepararam uma nova coreografia. O tema escolhido pelos alu-nos foi The Universe. Temeu-se que a grande barreira fosse a comunicação, mas no final o resultado foi tão positivo que ninguém diria que se tratava de um grupo constituído por alunos de culturas tão distintas. Esta foi certa-mente a opinião do júri, que não hesitou em atribuir-lhes o 1º lugar.

De referir que a equipa realizou, também, uma entrevista em inglês (sem ajuda de tra-dutor), em que teve de explicar a um júri a

A equipa vencedora, com os alunos Mário Amaro e João Silva, e a coordenadora Carla Bettencourt (com a bandeira portuguesa)

construção/programação dos robots apre-sentados à competição. Neste caso foi precio-sa a ajuda da professora Dulce Pureza, na pre-paração da mesma.

A participação no RoboCup 2012 foi possí-vel, para os elementos de Alenquer, em parte com a ajuda de algumas empresas da região, nomeadamente EMBA, EDP – Carregado, MAQUESONDA, Maçaricos, Cotarco, PSL, Cantinho do António e CTM, tendo os res-tantes custos sido suportados pelos partici-pantes. Já relativamente aos elementos de Al-cochete, foi o Agrupamento de Escolas D. Manuel I que assegurou os custos de partici-pação.

Assumidamente satisfeita com o prémio conquistado no campeonato mundial, a co-ordenadora do Clube de Robótica do Agru-pamento Damião de Goes, Carla Bettencourt, fez questão de dedicar a vitória “a todos os alu-nos dos dois clubes de Robótica que com mui-to empenho e dedicação trabalharam durante todo o ano letivo que agora terminou”.

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sociedade1 de Julho de 2012

15NOVA VERDADE

A Comissão de Pais dos Escuteiros de Alenquer, organizou a 16 de Junho o “Dia da Saúde”.

Na sede do Agrupamento 513, esteve a brigada de recolha do Instituto Portu-guês do Sangue, o CEDACE (Comissão de Dadores de Medula Óssea), e empre-sas do sector da saúde, para diversas ac-ções de rastreio. Ouve ainda palestras, e acções de sensibilização, em áreas como a psicologia, ou a nutrição, prestadas por especialistas, que se associaram a esta iniciativa.

A Comissão de Pais do 513 foi consti-tuída o ano passado, “e veio formalizar uma cooperação que se vinha a desen-volver de forma bastante consistente”, explica o seu actual presidente.

“Havia um grupo de pais que já parti-cipava de forma regular nas actividades dos agrupamento, e com a inauguração da nova sede, com mais espaço e outras condições, pensámos então em formali-zar a Comissão”, explicou António Bri-tes, que tem quatro filhos nos escuteiros,

AgruPAMento de eSCuteIroS 513

Comissão de Pais aposta na abertura à comunidadeem três secções diferentes.

Esta acção do “Dia da Saúde”, insere-se numa politica de diversidade e abertura da sede do 513 à comunidade. “Procura-mos fazer iniciativas diferentes, com re-levância social, e que vão para além do circulo dos Escuteiros, convidando a co-munidade a participar e a envolver-se nas nossas actividades”.

A adesão ao “Dia da Saúde” acabou por ficar aquém das expectativas, embo-ra o se tenha registado um grande núme-ro de novos dadores de sangue. “Tive-mos cerca de 15 novos dadores, o que é de facto muito positivo. Sabemos tam-bém que é necssário criar hábitos entre as pessoas, e apesar de a adesão não ter sido a esperada, não vamos desanimar e continuar a promover iniciativas, que convidem a comunidade a participar”, assegurou

A Comissão de Pais é ainda a respon-sável pela gestão do “Frei Tuck” o quios-que esplanada da sede do Agrupamento 513.

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sociedade1 de Julho de 2012

16NOVA VERDADE

Secção de Municípios com actividades, taurinas prepara-se para propor ao gover-no a candidatura dos festejos taurinos a Património Cultural Imaterial Nacional

Desde Setembro de 2001 que existe, aliado à Associação Nacional de Municí-pios Portugueses (ANMP), uma secção dos “Municípios com Actividades Tauri-

Porque não Alenquer?A.Marques da Silva

nas”, o estranho é que até agora, Alenquer, com tantas e tão ricas tradições no mundo dos touros, ainda não tenha aderido a este movimento. Lemos e relemos o que nos foi possível sobre o assunto, e não conse-guimos ver o nome de Alenquer entre os municípios aderentes.

Perde-se no tempo o interesse das po-

pulações do nosso concelho pelas festas taurinas. Numa altura em que tanto se tem falado em touradas à corda, e em que a propósito das Festas do Império do Espí-rito Santo, há estudiosos que se referem à existência de brincadeiras com os bois, antes de serem mortos, para alimentarem as populações nos Bodos instituídos pela Rainha Santa nas ditas festas, já lá vão cer-ca de sete séculos. Mas não é preciso recu-ar tanto no tempo, são ainda algumas as testemunhas vivas, a recordarem que na primeira metade do século passado, ha-viam as esperas antes das feiras de Verão, quando os animais vinham da Várzea (Camarnal/Vila Nova da Rainha), condu-zidos por campinos, e terminavam entre grande entusiasmo popular na Vila Baixa (Largo Rainha Santa). Também e ainda na mesma altura, lembramo-nos da Praça de Touros que existiu perto do matadouro municipal (Hoje Biblioteca), ou na Praça do Pedregal. Quantas grandes figuras Alenquer já deu ao toureio, ganadeiros, toureiros, campinos, muitos que perdu-ram ainda na nossa memória, mas que seria arriscado nomear, por corrermos na injustiça de não nos lembramos de algum, e também as que continuam hoje em dia a espalhar o nome de Alenquer, pelas pra-ças do país.

Até princípios deste mês já tinham ade-rido 39 municípios: Alandroal, Alcácer do Sal, Alcochete, Almeirim, Alter do Chão, Angra do Heroísmo, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Barrancos, Beja, Be-navente, Calheta (Açores), Cartaxo, Co-

ruche, Cuba, Fronteira, Golegã, Lagoa (Algarve), Lisboa, Moita , Montijo, Mou-ra, Pombal, Portalegre, Póvoa de Varzim, Praia da Vitória, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sabugal, Santa Cruz da Gra-ciosa (Açores), Santarém, Setúbal, Sobral de Monte Agraço, Sousel, Velas (Açores), Viana do Alentejo, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Poiares.

O último movimento conhecido desta secção foi o que dá nota, de que pelo me-nos quinze destes municípios já aprova-ram declarações que reconhecem a tauro-maquia como Património Cultural Imaterial Municipal. O objectivo deste movimento lançado em Vila Franca de Xira, em Março passado, é candidatar os Festejos Taurinos a Património Cultural Imaterial Nacional e a Secção de Municí-pios com Actividade Taurina espera que esta iniciativa atinja rapidamente a meia centena de declarações para apresentar, depois, a candidatura nacional.

Além das memórias orais ainda existen-tes, há certamente nos arquivos munici-pais registos documentais que provam ser Alenquer, através dos tempos, um conce-lho amante da festa de touros. Elucidati-vas são as imagens que publicamos do cartaz de uma tourada na Labrugeira em 1889 e um bilhete de entrada na Praça de Touros na Merceana em 1923. Não nos consta que a inscrição de um município nesta secção, traga implicações no plano orçamental, por isso está na hora de não nos atrasarmos mais.

A freguesia de Aldeia Galega da Mer-ceana começou a receber “os frutos” da 1ª Concentração de Autocaravanistas, que teve lugar no passado mês de Mar-ço, conforme relatámos na ocasião.

No passado domingo dia 24 de Ju-nho, um grupo de autocaravanistas franceses, de visita a Portugal, conhe-cedores da recepção, feita na altura pela população da freguesia, desvia-ram um pouco a sua rota, e resolveram

AldeIA gAlegA

Visita de Autocaravanistas francesesvisitar esta histórica povoação do nos-so concelho.

Numa pequena, mas significativa cerimónia de boas vindas, feita pelo presidente da Junta de Freguesia, Fer-nando Franco, os visitantes foram brindados com um excelente beberete, onde não faltaram petiscos típicos e o bom vinho da região.

Os visitantes ficaram impressiona-dos com a beleza histórica de Aldeia

Galega. Na foto estão presentes o presidente

da Association D’ Utilisateurs de Cam-ping Cars Sud Motorhome, o vice pre-sidente de Lá Fédération Française des Associations et Clubs de Camping-Cars, o presidente da Junta de Fregue-sia de Aldeia Galega da Merceana, e o promotor da visita o autocaravanista L. Lucas da Silva, residente no nosso concelho.

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sociedade 171 de Julho de 2012 NOVA VERDADE

A autarquia de Alenquer vai ceder as instalações da escola desactivada da Guizanderia no Carregado, ao Clu-be Masterdog, uma associação sem fins lucrativos, de treino de cães.

O clube tem estado a funcionar na colectividade de Penafirme da Vento-sa, mas há muito que pretendia ter um espaço mais perto dos centros urba-nos, onde pudesse desenvolver a sua actividade.

Nuno Neves é o fundador do Mas-terdog, que pretende agora desenvol-ver projectos na área desportiva, e social, com recurso a parcerias e tra-balho voluntário.

“Pretendemos investir na área des-portiva, que é ainda pouco divulgada no nosso país. Para isso queremos ir às escolas e divulgar junto dos alunos esta modalidade”, esclareceu.

Na área social, são várias as activi-dades propostas pela Masterdog, en-tre elas “a formação de cães de busca e

AutArquIA Cedeu eSColA bÁSICA A eSColA de treIno de CÃeS

Masterdog ganha sede para desenvolver actividadessalvamento, em articulação com os Bombeiros Voluntários do concelho”, explicou Nuno Neves.

A associação quer ainda incentivar a adopção de animais abandonados, estabelecendo uma parceria com o Canil Municipal. “Muitas pessoas não adoptam cães porque têm receio do seu comportamento. O que nos pro-pomos fazer é ajudar à reintegração dos animais adoptados, com treino especifico para esse fim”.

Apesar de toda a disponibilidade demonstrada pela colectividade de Penafirme, a escola de Guizanderia vem dar a centralidade essencial para desenvolver as actividades do clube.

“Estarmos afastados dos centros ur-banos, dificultava em muito a tarefa de angariação de voluntários, estou convicto de que esse problema está agora ultrapassado, e que este clube poderá dar o impulso há muito dese-jado”, sustentou.

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regional181 de Julho de 2012NOVA VERDADE

André Rijo, vereador eleito pelo Partido Socialista na autarquia de Arruda, é o novo presidente da Comissão Política Concelhia do PS arrudense.

Este é o resultado da unanimidade dos votos obtidos (com uma adesão de 72% às

André Rijo assume a presidência da Comissão Política Concelhia do Partido Socialistade Arruda dos VinhosDaniela Azevedo

urnas) para dar um rosto ao novo ciclo e mandato que agora se inicia no PS local. “Ganhar 2013” é o tema da Moção de Orien-tação e Estratégia 2012-14 para a concelhia local; um ciclo político que será marcado pelas eleições autárquicas no próximo ano.

Sem esquecer a forma como se iniciou nas lides políticas, André Rijo agradeceu o voto de confiança, em palavras dirigidas à JS: “Este caminho que agora se reinicia só faz sentido se vocês sentirem que são uma parte importante dele. Vamos trilhar este cami-nho em conjunto”.

Nos próximos dois anos, segundo a Mo-ção de Orientação Estratégica, a aposta na política de proximidade vai continuar e ser reforçada com a promoção de reuniões com os diversos sectores, áreas e dinâmicas lo-cais. A lista liderada por André Rijo propõe-se, igualmente, lançar um fórum de âmbito concelhio, aberto a participantes da socie-dade civil, independentes, especialistas e membros de outras instituições cívicas e po-líticas, já a partir de Setembro deste ano, na-quele que será, nas palavras de André Rijo, o mais “arrojado” objectivo da moção: “Trata-se da construção de um projecto político a

longo prazo que vá ao encontro das necessi-dades da população”.

Outro objectivo apresentado publica-mente a 13 de Junho, passa por trabalhar para uma proposta “sólida e eficiente” para constituição um julgado de paz supra muni-cipal em Arruda em articulação com a con-celhia de Vila Franca de Xira e Sobral de Monte Agraço (Arruda não tem Tribunal Cível Comum). “O julgado de paz poderá responder a alguns problemas com a justiça em Arruda”, antecipou o recém-empossado presidente da Comissão Política Conce-lhia.

Alargar a participação das mulheres no partido, o manifesto autárquico jovem em 2013 e a angariação de novos militantes são outros propósitos plasmados na moção “Ganhar 2013”.

As eleições autárquicas de 2013 há muito que têm estado na mira do PS Arruda: “Es-tamos numa fase da maratona em que se aproxima o sprint final e queremos chegar em primeiro numa altura extremamente di-fícil”, refere André Rijo, sem esquecer, no entanto, o trabalho feito enquanto: “Nesta maratona tivemos a necessidade de ser uma

oposição responsável, que não vota contra por votar, mas que apresenta uma alternati-va aos momentos que vivemos. É isso que continuaremos a fazer no futuro”.

Dar sangue novo ao Socialismo arruden-se, sem esquecer as tradições do passado, são as “receitas” nas quais a actual Comissão Política Concelhia aposta para firmar o par-tido em Arruda dos Vinhos de forma “orga-nizada, descentralizada, moderna e actual”, lê-se na moção. “A nós, enquanto Socialistas arrudenses, anima-nos a esperança de po-dermos contribuir para um concelho mais justo, mais solidário, mais próspero e com mais oportunidades para os jovens e digni-dade para os menos jovens, com uma nova perspectiva de desenvolvimento económi-co e maiores oportunidades de emprego. Esta moção é apenas um instrumento para podermos atingir tais objectivos”, ressalvou o vereador eleito pelo Partido Socialista na autarquia de Arruda.

Mário Henrique e Jorge Oliveira, dois no-mes com tradição no PS Arruda, fazem par-te das lista da Comissão Política Concelhia 2012-2014 pelos seus “legados que ajudam a projectar o futuro”, concluiu André Rijo.

sugestão de LEITURA

por Tiago Franco

no quArto de JACkEmma Donoghue

A residir no Canada, Emma Donoghue é uma jovem es-critora irlandesa de quarenta e quatro anos. O seu mais recente trabalho, O Quarto de Jack, foi finalista do Man Booker

Prize e do Orange Prize, dois dos mais prestigiantes prémios para escritores de língua inglesa.

Aquela que viria a ser a mãe de Jack é rapta-da por “Nick Mafarrico”. A partir desse dia passa a viver num quarto com apenas onze metros quadrados, a sua única ligação ao exte-rior é uma televisão e a claraboia instalada no teto do quarto. Quase todos as noites o homem vai ao quarto e viola a jovem.

“Julga que somos objetos que lhe pertence-

mos, já que o Quarto é dele.”O livro começa quando Jack faz cinco anos,

ele é o narrador da história, esse facto leva a que o livro tenha uma linguagem muito acessível. Para ele a realidade do mundo é apenas aquele quarto.

“Ensinei ao Jack que o mundo media 7 me-tros quadrados e que tudo o resto, tudo o que via na televisão ou ouvia ler do punhado de li-vros, não passava de fantasia.”

Após ter levado a cabo um plano imaginado pela mãe, Jack consegue sair do Quarto e aler-tar as autoridades. A partir desse dia Jack vai conviver com o mundo exterior. Como é que se vai adaptar à nova realidade? Será que via querer regressar para o Quarto? Como é que a justiça vai lidar com a situação? E a comunica-ção social, terá ética ao lidar com um caso tão complexo, mas que ao mesmo tempo faz ven-der tantos jornais? Como reagirá a família da mãe à notícia do seu aparecimento quando pensava que estava morta? Será que somos li-vres, ou vivemos como os prisioneiros da Ca-verna de Platão?

“As histórias são um tipo diferente da realidade.”

A crueldade humana espelhada na figu-ra de “Nick Mafarrico”, o amor entre mãe e fi-lho, a liberdade que cada um de nós dispõe e o grau de conhecimento do mundo em que vive-mos são outros dos temas em destaque neste li-vro.

Boa leitura…

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regional 191 de Julho de 2012 NOVA VERDADE

A festa maior do Ribatejo vai integrar a aficion e a festa brava na sua expressão máxima para comemorar os 80 anos de existência. De 6 a 8 de Julho, o Colete Encarnado regressa a Vila Franca de Xira, com esperas de toiros, concertos memoráveis, convívio nas tertúlias e nas ruas com a sardinha assada no pão e

FeStA MAIor do rIbAteJo MAntÉM orçAMento

Colete Encarnadocomemora 80 anosAntónio Pires Vicente

os melhores cartéis na Praça Palha Blan-co, num fim-de-semana único cuja es-sência é homenagem ao campino.

A Câmara de Vila Franca de Xira vai manter o orçamento da tradicional festa, procurando manter o “brilho” dos em-blemáticos festejos, que deverão atrair milhares de aficionados.

Homenagem ao Campino constitui o ponto alto do Colete Encarnado

Sábado, 7 de julho, pelas 16h00, terá lu-gar um dos momentos altos das festivida-des, com a homenagem ao campino. Este ano, a autarquia decidiu homenagear, com o tradicional “Pampilho de Honra”, Vítor “Japão”, de 65 anos, que atualmente trabalha na Companhia das Lezírias.

A realização de uma corrida de toiros mista está marcada para o dia seguinte, pelas 18h00, na Palha Blanco, centrando

especiais atenções, no ano em que o Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira também comemora 80 anos após a sua fundação. Do cartel fa-zem parte os cavaleiros António Telles e João Telles Júnior e o matador de toi-ros espanhol David Mora. Os forcados amadores de Vila Franca de Xira pega-rão todos os seis toiros da ganadaria Oliveira Irmãos.As esperas de toiros são o grande cartaz do Colete Encarnado

Numa organização da Biblioteca Muni-cipal de Sobral de Monte Agraço decorreu, na passada quinta-feira, dia 28 de Junho, mais um atelier de Origami - a arte tradi-cional e secular japonesa de dobrar papel - na Sala Polivalente daquele espaço públi-co.

Câmara do Sobral promove atelier de OrigamiDaniela Azevedo

Está patente ao público até ao dia 28 de Julho, na Galeria Municipal de Sobral de Monte Agraço, a exposição colectiva de es-cultura “Puros Sonhos”. A inauguração, que decorreu a 23 de Junho, contou com a presença do Presidente da Câmara Muni-cipal de Sobral de Monte Agraço, António Lopes Bogalho.

Esta exposição apresenta um conjunto de trabalhos de cinco artistas e é a partir de materiais diferentes que João Duarte, Ma-riza Reis, Alexandre Coxo, Hugo Maciel e Sara Jin Zhou, constroem as suas obras, com um carácter contemporâneo. A escul-tura é a linha condutora da criatividade.

A Galeria Municipal do Sobral está aber-ta ao público de terça-feira a sábado, das 14h00 às 19h00.

No Sobralo Verãoé de “Puros Sonhos”Daniela Azevedo

Este atelier esteve a cargo de uma equipa de profissionais da biblioteca e foi desen-volvido a partir das 15h00, numa iniciativa destinada a crianças dos 6 aos 10 anos.

Os participantes tiveram a oportunidade de criar representações de determinados seres ou objectos com as dobras geométri-

cas de uma peça de papel, sem recorrer a cortes ou colagens.

Os principais objectivos desta acção, que já decorre terminado que está o ano lectivo, passam pelo desenvolvimento das capaci-dades motoras e a aquisição de conheci-mentos por parte dos mais pequenos.

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cUltUra201 de Julho de 2012NOVA VERDADE

Não se sabe, ao certo, quando foi cons-truída a Cerca na zona da Igreja de S. Fran-cisco, de Alenquer. O que se julga é que ela terá sido construída aquando da constru-ção do antigo convento franciscano. Onde está hoje a Igreja de S. Francisco, situavam-se aí os Paços da Infanta D. Sancha, filha do rei D. Sancho I, que deu foral a Alenquer no ano de 1212.

Entretanto, no ano de 1219, passaram por Alenquer os cinco frades franciscanos que foram mártires em Marrocos. Antes de seguirem viagem, para o norte de África, em missão de evangelização católica, a In-fanta recebeu-os, ficando hospedados em Santa Catarina, à entrada de Alenquer. Eles aproveitaram a ocasião para pedirem à In-fanta, terrenos e autorização para constru-írem um Convento da Ordem dos Frades Menores de S. Francisco da Província de Portugal. A Infanta D. Sancha concordou e cedeu o espaço dos seus Paços Reais, trans-ferindo os seus aposentos para a baixa de Alenquer, no sítio onde hoje se localiza a Igreja do Espírito Santo, que foi mandada construir, à volta de uns 120 anos mais tar-de, pela Rainha Santa Isabel, mulher do rei D.Dinis.

O Convento foi construído, e Frei Zaca-rias foi o seu Primeiro Superior. Entretanto o Convento teve várias reconstruções ao longo dos tempos, desde 1222 até aos nos-sos dias, mas felizmente, não obstante os terramotos de que foi vítima, ainda hoje podemos admirar o seu claustro, com jar-dim quadrado e poço de água bem fundo. Estivemos lá, há poucos dias, e ficámos ma-ravilhados: todo o quadrilátero de colunas manuelinas foi limpo e polido dando um efeito de perspectiva, da obra manuelina, que vale a pena admirar com atenção. Da-qui, vai a nossa sugestão ao prezado leitor deste jornal, não esquecendo ainda de ob-servar a porta do Capítulo, outra obra de estilo manuelino, que dá entrada para a sala do Conselho do Capítulo dos Francisca-nos; a formal e solene Sala onde eram dis-cutidas e aprovadas as mais importantes

A ZONA DA CERCA DO EX-CONVENTO DE S. FRANCISCO, DE ALENQUER, FAZENDO FRONTEIRA COM O DAS CLARISTAS. Carlos Nogueira (prof.aposentado/ Lic. economia-1975, ISEG,Lisboa)

decisões. E a Cerca? Supomos que, á medida que

a construção do Convento evoluía, ia sen-do, em simultâneo ou em sequência, cons-truída a Cerca que envolvia e limitava os terrenos à volta do Convento, principal-mente na costa a leste, a encosta descen-dente, onde hoje existem casas de habita-ção e quintais. É então, a parede alta de Cerca e fronteira, onde está a Rua dos Lou-reiros e que depois faz ângulo recto para a Trav. da Cerca e volta num 2º ângulo recto, formando um Z, que vai ligar à rua onde está a GNR, voltando a fazer um 3º ângulo recto que forma a grande parede do parque de viaturas da mesma corporação. Curioso é que esta configuração topográfica da alta parede da Cerca, dividia e formava dois es-paços distintos. O espaço de cima, o do Convento, o da vivência dos frades francis-canos; o de baixo, separado do anterior, por esta “muralha” de Cerca, era da presença das freiras claristas. Aí se fundou em 1553 o Convento da Ordem de Santa Clara, de in-vocação de Nª Sª da Conceição, por inicia-tiva de João Gomes de Carvalho, que era fidalgo da Casa Real de D. João III e onde ia de visita, com frequência, a mulher deste rei, a rainha D. Catarina. João Gomes de Carvalho constituiu para si o Padroado e reservou a capela-mor onde veio a ser se-pultado em 1587. Elaborou um Regula-mento no qual o fundador tinha o direito de reserva de seis lugares para freiras, sem entrega de dotes, que, se não fossem da fa-mília do fundador ou dos seus descenden-tes, só seriam admitidas mulheres nobres. O Papa Xisto V confirmou este Regula-mento em 1588 que entrou em prática já em vida do filho do fundador, António Go-mes de Carvalho. Este Convento de freiras esteve ligado durante uns trezentos anos ao vínculo dos Carvalhos, ainda instituído pelo fundador do Convento. Como o filho casou com D. Briolanja de Macedo, o vín-culo alargou-se no âmbito dos Carvalhos e Macedos. O Padroado do Convento che-gou até ao 11º titular dos Carvalhos e Ma-

cedos, na pessoa, assim julgamos, de João Pedro Peixoto da Silva Almeida Macedo e Carvalho, nascido em Alenquer em 1825 e que foi Cavaleiro das Ordens de Cristo, Santiago e S. Bento. Resta desse Convento, uma coluna não bem cilíndrica, antes mais octogonal de cúpula encimada no tecto por outra de reduzidas dimensões, mais pro-priamente designada de lanternim de jane-las em toda altura. A coluna, como prisma octogonal, forma um espaço interior com um diâmetro de base, ou melhor, uma dia-gonal da base que passando pelo centro do polígono (octógono), mede 5 metros e com altura total de 10 metros. No seu interior existem quatro nichos alternados, incrus-tados, em altura, nas faces interiores desse prisma octogonal. São decorados com pin-turas de florais em castanho escuro ou lilás roxo.

Conclui-se, então, que a partir de 1553, os frades mendicantes franciscanos vieram a beneficiar da “companhia” das vizinhas freiras claristas, apenas separados pela pa-rede-muralha que dividia as duas cercas. Do lado sul, a muralha prosseguia, passan-do, ao lado de, onde hoje está a creche e jar-dim infantil, da Misericórdia de Alenquer, complexo este que foi construído dentro da Cerca. A muralha foi cortada quando se construiu a Av. António Maria Jalles, nesse sítio onde está hoje a creche, lá pelos anos trinta do século passado, vendo-se ainda um alto e comprido pano da muralha na descida da encosta, que, curiosamente, ser-ve de parede ou suporta o lado lateral es-querdo de uma moradia. Essse convento de Nª Sª da Conceição, era, porém, habitado por poucas freiras, supondo-se que apenas uma dezena. Quando em 1808, as tropas de Napoleão Bonaparte estacionaram em Alenquer, foram saqueados valores e des-truídos valiosos azulejos do século XVI desse Convento. Com o terror e pânico desses três anos as populações fugiam das violações militares e as freiras mudaram-se para o Convento de Santa Ana de Lisboa. Com o fim das invasões francesas, em 1812 as freiras regressaram, mas ao fim de alguns anos, e andando pelo convento apenas duas delas de idade já avançada, foram estas para o Convento de Sub-Serra da Casta-nheira. Depois, em 1860, já com a extinção das Ordens Religiosas, o convento estava na posse de Augusto Lafaurie, o Senhor da Fábrica de Lanifícios do Meio. Os descen-dentes de Lafaurie acabaram por o vender, 28 anos depois. Actualmente, todo esse es-paço do antigo convento, onde sobressai a coluna de que já se tratou, mais a cerca con-finante e dependências habitacionais, que dele fariam no passado, parte integrante, é propriedade do Dr. José António Pereira Porém, médico, natural de Alenquer.

Através da leitura das páginas 62 e se-guintes da obra “ Alenquer Medieval” de João Pedro Ferro, fomos percebendo que a

formação do espaço interior de Cerca dos franciscanos, foi feita à custa de doações de terras de particulares e até com a oferta da propriedade Freiria, dos Freires de Cristo ou Ordem de Cristo de que o Infante D. Henrique foi o grande impulsionador e pa-trono. O rei D. Sebastião, neto de D. João III, deu ao Convento de S. Francisco essa propriedade Freiria. Porém, em Guilher-me João Carlos Henriques, em “Alemquer e Seu Concelho, 1883”, percebemos que Freiria foi dada sim, pelo rei D. Sebastião às Freiras Claristas. Seja como for, o certo é que a doação foi feita e, ou Francisco ou Clara, já falecidos trezentos anos antes, um deles foi o beneficiário. Julgamos que o to-pónimo Freiria corresponderia à zona que hoje se denomina de Barroca, ou então se-riam duas propriedades separadas, mas próximas. O autor diz que para se chegar à Freiria se ia pela rua do Terreirinho ou pela rua Amorim Lima o que coincide em che-gar, pelo mesmo trajecto, à rua da Barroca. Ainda o mesmo autor, João Pedro Ferro, fala de uma Ermida que existiu neste lugar da Barroca, de invocação a Santo António, fundada por Nuno Gonçalves de Ataíde, que nela foi sepultado em 1424. Não existia ainda, então, o Convento de Freiras. Sus-peitamos que esta Ermida talvez se locali-zasse onde existe hoje uma moradia junto à escadaria da Travessa de Morzagão, a do lado esquerdo, de quem sobe, mas não te-mos a ceteza. Porém, João Pedro Ferro diz que ainda hoje resta o edifício ( dessa Ermi-da ?). É preciso saber em que data ele escre-veu isso. Ou, porventura, a Ermida foi des-mantelada, ou com aproveitamento de algumas paredes, foi reconstituída uma posterior moradia.

Por fim queremos crer que o objectivo da construção de uma Cerca, que decerto, quando concluída, era espectacular, os fra-des o que desejavam, era que ninguém os incomodassem, na justificativa de clausura e recolhimento. Em História Seráfica da Ordem dos Frades Menores de S. Francis-co da Província de Portugal, Frei Manuel da Esperança, seu autor, na pág. 78, Livro Parte I, Lisboa, 1656, diz “... arrazamos al-gumas cazas vizinhas para que , retirando nos da villa quanto nos era possivel, ficasse, como ficou, mais devota & d’algum modo solitaria a entrada do convento. Pela qual razâo não consentimos depois que neste sítio, cuidando a villa que era seu, se fizes-sem certas cazas”.

Fontes de recolha de informação: -Alenquer Medieval” de João Pedro Fer-

ro ( acessível na Biblioteca de Alenquer) -O Concelho de Alenquer-Livro 3, de

António de Oliveira Melo, António Rodri-gues

Guapo e José Eduardo Martins -Alemquer e o Seu Concelho, 1883, de

Guilherme João Carlos Henriques.

Page 21: Edição 868

OLÉ!por Joaquim Tapada

A TOMADA DE POSIÇÃO DE DIVERSOS MUNICÍPIOS

oficina do FADO www.oficinadofado.blogspot.com

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por António Passão

cUltUra 211 de Julho de 2012 NOVA VERDADE

RAUL NERY, FOI A PONTE ENTRE GERAÇÕES DE FADO COM A SUA GUITARRA PORTUGUESA

Desde há muito tempo que no centro da Europa, especialmente na Alemanha, tem surgido um movimento “a favor dos animais” o que, se torna um manifesto ataque anti-taurino, anti-caça, anti-tiro aos pombos, anti-tudo, desde que meta bichos. Então, originário da Alemanha que paga e com chorudas quantias aos seus comissários, o movimento que se estende sobretudo em Portugal, Espa-nha e Sul de França e já passou o Atlânti-co até à América Latina, Canadá e Cali-fórnia. Quando não há corridas de toiros na região implicam com os casacos de peles, com os chapéus de Inverno e ou-tras peças de vestuário à base da pele de animais. Mas, há excepções ! Certo dia, estando na Alemanha, mais propria-mente na cidade de Hanôver, encontrei um amigo que me acompanhou até ao campo de futebol onde, em noite de 6º negativos, jogava a selecção portuguesa.

Esse amigo a viver na Alemanha, integra-va um dos grupos radicais que se opunha ao uso de peças de vestuário em pele, e, por isso, perguntei-lhe como estava a rea-gir perante tantos e tantos casacos, sobre-tudos, chapéus em pele que estávamos a ver envergados por adeptos a caminho do Estádio. Quase sempre chamo a atenção para o facto, respondeu-me sem grande convicção. Já dentro do estádio surgiu o antigo internacional alemão Netzer que jogou no Real Madrid e que envergava um rico sobretudo de pele que quase lhe chegava aos pés e chamava a atenção. Dis-se ao meu amigo que tinha ali uma ópti-ma oportunidade para criticar o Netzer, porém, ele um pouco acabrunhado afir-mou que Netzer era uma “figura pública” e nada lhe diria ! Compreendi... Lembro os rapazolas que em dias de corrida no Campo Pequeno, rodeados de uma força de intervenção da PSP, fazem barulho e

ofendem os aficionados, mas são inca-pazes de ir a Vila Franca, Alcochete, Co-ruche, Moita, Arronches, etc. etc. gritar os mesmos “slogans” e ofender os que gostam da Festa de Toiros !!! Desviei-me um pouco do assunto, pois o meu objec-tivo é chamar a atenção para a necessida-de de se criarem formas para defesa da Festa, tal como se tem levado a cabo em Espanha e em França, onde inúmeras terras tem considerado a Tauromaquia como Património Cultural Imaterial. Em Espanha existe a “Mesa del Toro” que num esforço exemplar se tem batido pela Tauromaquia, enquanto em Portugal a “Prótoiro”, associação que reúne os re-presentantes das diversas áreas da Festa, desde a Associação de Toureiros até à Associação de Empresários Taurinos, também tem lutado com firmeza de ma-neira a que as Autoridades Portuguesas, de uma vez por todas, considere a activi-

Uma das maiores referências da nossa guitarra faleceu no dia 14 deste mês de Junho, aos 91 anos.

RAUL FILIPE NERY nasceu em Lis-boa a 10 de Janeiro de 1921.

Começou a tocar ainda criança e apre-sentou-se ao público com apenas 9 anos. A sua vocação foi manifestada por existir em sua casa paterna um bandolim que servia para a sua irmã mais velha apren-der a tocar. Como ela nunca se mostrou interessada, ele, sem que ninguém o en-sinasse, começou a reproduzir umas me-lodias simples, das que estavam em voga nessa altura. Um seu tio, apaixonado pela guitarra, ao ver nele tanto interesse e jei-to, tratou logo de lhe arranjar um profes-sor de guitarra. Esse professor também tocava viola e, assim, à medida que ele ia aprendendo acompanhava-o na viola. Então, logo aos 9 anos começou por ser apresentado como amador em diversas

festas de fado que nesse tempo se realiza-vam, geralmente nas sociedades de recreio. Chamavam-lhe «cantos ao fado».

No ano de 1939, com dezassete anos, foi tocar para o Retiro da Severa, casa de fados muito famosa, na rua António Maria Car-doso, onde tocavam os já célebres da altura Armandinho, Abel Negrão e o Santos Mo-reira. Nesta mesma casa, tinha-se estreado seis meses antes, uma simpática rapariga que fora ensaiada pelo Armandinho, à qual ele disse imediatamente após tê-la ouvido: «Nunca ninguém cantou o fado como a menina!» Veio pouco depois a confirmar-se, pois… a Amália era essa simpatia e ta-lento.

RAUL NERY acompanhou na sua gui-tarra os grandes nomes, para além de Amá-lia, Berta Cardoso, Ercília Costa (chamada a santa do fado), Estêvão Amarante e Her-mínia Silva, além de outros altos valores. Nesse tempo, havia um repertório próprio de cada fadista que era escrupulosamente respeitado por todos entre si. Evidente-mente que todos cantavam o fado Moura-ria, o Corrido e o Menor mas, cada um, com as suas letras próprias, das quais eram os criadores.

Acompanhou a Amália durante oito anos e, durante vinte, a Maria Teresa de No-ronha. A sua magia na guitarra como acompanhador primoroso devia-se à sua intuição natural em saber ler na linguagem musical dos diferentes cantadores de fado. O seu ouvido entendia aquilo que o intér-prete pretendia passar como mensagem,

adaptando-se a todas as variantes, incluin-do alterações de ritmo, improvisação, re-dução ou aumento do volume do som ins-trumental, etc. Entende-se bem este pormenor, se ouvirmos uma interpretação de Maria Teresa de Noronha acompanha-da por Raul Nery, onde ele prestava um sá-bio acompanhamento para com aquela forma de estilar com suspensões inespera-das em momentos das frases, sobretudo, quando fazia aquelas improvisações em pianinho, e os acompanhantes tinham de estar concentradíssimos para sentirem exactamente quando é que ela ia parar ou fugir ao tempo para depois recomeçar. NERY era por tudo isso, um notável, um dos maiores guitarristas acompanhadores.

Formou o “Conjunto e Guitarras de Raul Nery“, ao qual pertenceram durante 10 anos, para além do próprio, Fontes Rocha, Júlio Gomes e Joel Pina, tendo feito imen-sas actuações na antiga Emissora Nacional em programas quinzenais e em muitos es-pectáculos, além de programas de televi-são, gravações de discos e muitas desloca-ções ao estrangeiro com Amália, Maria Teresa de Noronha e Teresa Tarouca.

RAUL NERY usou sempre a guitarra para fazer face às despesas, sendo na pri-meira parte da sua vida, guitarrista profis-sional, no entanto, não deixou de estudar, tendo terminado já em adulto o seu curso de engenheiro técnico, passando a fazer en-tão da engenharia a sua profissão, deixando a guitarra para segundo plano. Apesar de ter renunciado a partir daí às saídas prolon-

gadas para o estrangeiro com os habituais fadistas, devido às suas responsabilidades profissionais, nunca deixou de ser exigen-te consigo próprio como guitarrista que sempre fora.

A sua formação na engenharia permi-tiu-lhe ingressar numa empresa petrolífe-ra, a antiga Sacor, (hoje Petrogal), onde exerceu as funções de inspector e da qual se encontrava aposentado.

RAUL NERY, com a sua gui-tarra, durante décadas enrique-ceu e dignificou o Fado.

Também eu tive a honra de ter sido acompanhado, quando ainda jovem, num “EP”( disco de vinil), em 1972 para a etique-ta Alvorada, em quatro temas dos autores Manuel Paião e Edu-ardo Damas, onde tive como guitarristas Raul Nery e Carlos Gonçalves, na viola Raul Silva e no baixo Joel Pina. Os temas eram: História Sem Fim; Alfama; Gosto de Cantar o Fado e O Meu Amor é da Esperança.

Fico com esse privilégio e a obra como recordação!

Como disse o Dr. Guilherme Pereira da Rosa:

“E É FADOGUITARRA QUE NOS MUR-

MURATUDO AQUILO QUE PER-

DURA,BEM DENTRO DO CORA-

ÇÃO…” Um abraço

dade tauromáquica em Portugal como uma actividade séria e de grande inte-resse económico e social para o nosso país. Vários Municípios, como Alter do Chão, Barrancos, Alcochete, Monforte, Pombal, Fronteira, Santarém, Moura, Benavente, Sabugal, Vila Franca de Xira, Coruche, Portalegre, Moita e, recente-mente, Arruda dos Vinhos, em resulta-do das várias discussões em assembleia de câmara que aprovaram e classifica-ram a Tauromaquia como Património Cultural Imaterial Municipal. É uma atitude louvável e inteligente dos muni-cípios ainda que, numa breve análise se note ainda uma ausência de muitas de-zenas de outros que já deviam ter mani-festado a sua aderência ao movimento. Assim, deixo um apelo a todos os muni-cípios para que coloquem o assunto em discussão, mesmo que não possuam praças de toiros fixas, pois os aficiona-dos da terra ficarão agradecidos. Tenho a certeza.

Page 22: Edição 868

Roteiro cULTURAL por Graça Silva

cUltUra1 de Julho de 2012

22NOVA VERDADE

caixinha deMEMÓRIAS por Vítor Grilo

Inspecção Militar de Jovens da Freguesia de Meca em 1967

Mais uma foto de um grupo de jovens que no ano de 1967 fizeram a sua inspec-ção militar em Alenquer mais concreta-mente na parte alta da Vila no antigo posto da Guarda Nacional Republicana.

Eram vinte e sete os jovens que, oriun-dos da Freguesia de Meca, fizeram a ins-pecção militar em Alenquer. No entanto, a

foto, que chegou até nós pela mão do meu amigo e colaborador de longa data da RVA e Nova Verdade, António Franco, só tem vinte e três elementos possivelmente por se terem ausentado quatro dos inspecciona-dos no momento da fotografia de grupo.

Alguns destes amigos já não estão no meio de nós os quais se recorda com muita

saudade.Os nossos agradecimentos vão para o

António Venâncio e João Luís Ribeiro que nos cederam a foto e ajudaram na identifi-cação dos jovens da Freguesia de Meca concelho de Alenquer.

Continuamos como sempre disponíveis para qualquer contacto que pode ser feito

para Vítor Grilo TM: 966 343 338 ou mail: [email protected] ou ainda directamen-te na Redacção do jornal Nova Verdade.

Voltaremos na próxima edição com mais motivos para recordar, relembrando outros factos e outras personalidades.

AlenquerCinema – Auditório damião de goes“comprámos um Zoo!” (M6)Sexta, 29 e sábado, 30 às 21h30domingo*, 01 Julho às 17h00

“Lorax” (M6)Sexta, 06 e sábado, 07 às 21h30domingo*, 08 de Julho às 17h00

“O Ditador” (M12)Sexta, 13 e sábado, 14 às 21h30domingo, 15 Julho às 17h00*Aos domingos, na apresentação de cartão de estudante, desconto de 50%

Workshops “As plantas e habitats da Serra de Montejunto” - Até 01-12-2012Abordagem taxonómica e interpretativaPreço: 25 € / workshop com certificado de participação A deslocação e refeições ficam a cargo dos participantes.Público-alvo: Profissionais do ensino, das Ciências da Vida, estudantes, licenciados ou público em geral com curiosidade nestes temas.Informações: [email protected]ção da Ambiodiv – Valor natu-

ral. Ambiente, natureza e Sustentabi-lidade, lda., com o apoio da câmara mu-nicipal local: biblioteca Municipal de Alenquer (sessões teóricas) e Serra de Montejunto (sessões práticas)

Piscina exterior: complexo Municipal Victor Santos - 01-07-2012 a 15-09-2012 Horário: terça-feira, das 11h às 19h, quarta a domingo, das 10h às 19hlocal: Complexo Municipal Victor Santos, Alenquer

Inscrições 2012/2013 para a Universi-dade da Terceira Idade - 10-07-2012 a 14-09-2012 Podem inscrever-se munícipes com 50 ou mais anos. Para as inscrições são necessári-os: o bilhete de identidade, o cartão de contribuinte e duas fotografias tipo passe. o valor da inscrição é de 5 euros, a que se juntam 5,50 euros relativos ao seguro an-ual do aluno + 5 euros por cada disciplina (bimestral) escolhida. local: biblioteca Municipal de Alenquer

Gala Rainha das Vindimas do concelho de Alenquer - Até 13-10-2012

organizada pela câmara municipalApuramento por freguesia - inscrições e informações na freguesia da área de residênciaConsulte o regulamento local: vários, Alenquer

Acção de sensibilização para prevenção de incêndios florestais - 06-07-2012 06 de Julho, 18h00, Associação Cultural e recreativa “os Águias de ribafria”local: ribafria

Arruda dos VinhosExposição de escultura de Duilio Bierti - Até 04-07-2012 3.ª a 6.ª: 09.00h às 12.30h e das 14.00h às 17.30hSábado e domingo: 10.00h às 13.00h e das 14.00h às 18.00hencerra à Segunda e aos feriadoslocal: galeria Municipal

Sobral de Monte AgraçoExposição colectiva de Escultura “Puros Sonhos” - Até 28-07-2012Artistas: João duarte | Hugo Maciel | Alex-andre Coxo | Marisa reis e Sara Zhoulocal: galeria Municipal

IV Audição Escola de Música de Emanuel

Soares - Emanuel Soares - 08-07-2012 todo o Público | gratuito**Mediante levantamento de convite na bilheteira do Cine-teatroInformações/ bilheteiralocal: Cine-teatro de Sobral de Monte Agraço

Noites na Praça - Junta de Freguesia de Sobral de Monte Agraço - 13-07-2012 Música ao Vivo! Albaluna todo o Público | gratuitolocal: Praceta 25 de Abril - 22h00

Amor e Outras cenas - David Wain - 14-07-2012 Público-alvo: M16 | 98 min. | 4 €**Promoções: bilhete-Família | bilhete SéniorInformações/ bilheteiralocal: Cine-teatro de Sobral de Monte Agraço - 21h30

Lorax - chris Renaud | Kyle Balda - 15-07-2012 Público-alvo: M6 | 86 min. | 4€**Promoções: bilhete-Família | bilhete Sénior | Menor de 12Informações/ bilheteiralocal: Cine-teatro de Sobral de Monte Agraço - 16h00

LEGENDA:em Cima: (da esquerda para a direita): Francisco Pereira, João Franco, António Simões, Alfredo Franco, Manuel Figueiredo, José Ferreira, José ribeiro, Artur oliveira, João Pereira, João. ribeiro, Manuel Mata, José Pereira, Vítor de Matos e José Calixto. em baixo: (da esquerda para a direita): José Carvalho, António gomes, Fran-cisco lopes, duarte Carvalho, raul Marques, José. Falé, João ribeiro, José. gomes e Joaquim ribeiro.

Page 23: Edição 868

1 de Julho de 2012 23NOVA VERDADE necrologia

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Prazos para a recepção de anúncios: Edições de 1 – Até dia 26 do mês anterior. Edições de 15 – Até dia 10.

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chEGANÇAs AlENQuER

AntÓniO ViCEntE HEnRiQuES FERREiRA

NASCEU A 06-12-1935 • FALECEU A 06-07-2007

5 Anos de Eterna saudadeFaz dia 6 de Julho, quatro anos que partiste para junto de Deus. A tua ausência aumenta, a cada dia que passa, a Saudade.Continuas presente no coração de tua esposa, fi-lhos, noras, irmãos, cunhados, netos, restante família e amigos. Será celebrada missa no dia 22 de Julho, pelas 09:00h na Igreja de Meca, pelo seu eterno descanso. P.N. A.M.

ABRiGAdA

HEnRiQuE MAnuEL DA SiLVA

NASCEU A 06-11-1936 • FALECEU A 23-06-2012

PARTiciPAÇÃo Sua esposa, filha, netos, genro, sobrinhos e res-tantes familiares, vêm por este meio e na impos-sibilidade de o fazerem pessoalmente, agradecer muito reconhecidamente a todas as pessoas amigas que por qualquer forma lhe manifesta-ram o seu profundo pesar e bem assim aos que se dignaram acompanhar o nosso sempre recorda-do ente querido até ao Cemitério de Abrigada.

Agência Funerária Alface, lda.Alenquer. telm.: 919 833 953

chEGANÇAs

JORGE HuMBERtO PEREiRA FERREiRA

NASCEU A 31-08-1978 • FALECEU A 18-07-1998

14 Anos de Eterna saudadeQuerido filho, faz dia 18 de Julho, treze anos que partiste para junto de Deus. A tua ausência aumenta, a cada dia que passa, a Saudade.Continuas presente no coração de tua mãe, ir-mãos, cunhadas, sobrinhos, afilhado, restante família e amigos. Será celebrada missa no dia 22 de Julho, pelas 9:00h, na Igreja de Meca, pelo seu eterno descanso. P.N. A.M.

PocARiNhoPAREdEs/ AlENQuER

CAROLinA P.DE SOuZANASCEU A 24-06-1925 • FALECEU A 19-06-2012

PARTiciPAÇÃoFilha, irmão, genro, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio e na impossibili-dade de o fazerem pessoalmente, agradecer muito reconhecidamente a todas as pessoas amigas que por qualquer forma lhe manifesta-ram o seu profundo pesar e bem assim aos que se dignaram acompanhar a nossa sempre recorda-da ente querida até ao Cemitério Novo de Alen-quer e Carregado.Agradeciamos a toda á equipa médica da hemo-diálise de Vila Franca de Xira, efermagem e toda a equipa das ambulancias.

Agência Funerária Alface, lda.Alenquer. telm.: 919 833 953

PocARiÇA

GEnOVEVA ROSA DA COStANASCEU A 27-02-1916 • FALECEU A 21-05-2012

AGRAdEciMENToSuas netas, genro, nora, bisnetos e restante famí-lia na impossibilidade de o fazerem directamen-te, vêm por este meio agradecer profunda e reco-nhecidamente a todas as pessoas de suas relações e amizades, bem como aqueles que se dignaram acompanhar a sua ente querida à sua última mo-rada no Cemitério de Olhalvo.Um especial agradecimento á direcção e a todos os funcionários do Centro Social e Paroquial Nos-sa Senhora das Virtudes (Penedos/Alenquer).Sua alma descanse em Paz.

sERRA / sANTANA dA cARNoTA

JuLiEtA FERREiRA CARLOtONASCEU A 09-06-1930 • FALECEU A 13-06-2012

PARTiciPAÇÃo E AGRAdEciMENTo

Seu marido, filha, genro, netas e demais família cumprem o doloroso dever de participar o fale-cimento de sua ente querida. Vêm por este meio agradecer muito reconheci-damente a todas as pessoas que se dignaram in-corporar no seu funeral, as que se intressaram pelo seu estado de saúde ou de qualquer outro modo lhes manifestaram os seu profundo pesar.Bem Hajam

Agência Funerária Povoense, ldaS.M.Agraço – P.S.Iria – Carregado

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EMPREGO Oferece-se para Serviço de Limpezas de Quintais ( Frezes e Cavadei-ras) T.: 910 740 020 e 963 336 191

EMPREGO Senhora ofe-rece-se para trabalhar serviços de domésticos, limpezas e en-gomar. A mês,dias ou meios dias 4€/Hora T.: 915 503 560

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EMPREGO Srª oferece-se para tomar conta de ido-sos ou para limpeza de esca-das ou casa. T.: 931 165 160

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desporto1 de Julho de 2012

24NOVA VERDADE

O plantel do Carregado que vai atacar a próxima época está quase fechado. O clube carregadense já assegurou a contratação de 11 caras novas, num conjunto renovado, onde se regista a presença de apenas seis elementos da temporada passada, continu-ando o director desportivo, Joaquim An-drade, a desenvolver diligências para com-pletar, com mais três ou quatro jogadores, o grupo de trabalho que, a partir de 24 de Ju-lho, será colocado às ordens do treinador Sérgio Ricardo.

Da equipa que na última temporada al-cançou o 4º lugar no Nacional da 2ª Divisão / Zona Sul, transitam três jogadores expe-

Só SeIS JogAdoreS do CArregAdo trAnSItAM dA ÚltIMA ÉPoCA

Plantel está quase fechadoAntónio Pires Vicente

Preparação da nova época arranca no dia 24 de Julho

rientes: Os defesas Moisão (capitão de equipa) e Paulino, e o médio Ganhão. A que se juntam três jovens jogadores que re-alizaram a primeira época como seniores em 2011/12: Canelas (defesa), Mauro (de-fesa) e Ivo (médio).

Do rol dos “reforços” já assegurados fa-zem parte: o guarda-redes Fialho, que joga-va no União Desportiva Vilafranquense, os defesas Ricardo (ex-UD Vilafranquense), Daniel (ex-Juventude da Castanheira), Pe-drosa (ex-Juventude da Castanheira) e Ja-cob (ex-FC Alverca), os médios Adilson (ex-Tojal), Castro (ex-UD Vilafranquense) e Cláudio Hervet (ex-FC Alverca), e os

avançados Marmelo (ex-SL Cartaxo) e Ví-tor Hugo (ex-Bucelense).

Por outro lado, sobem ao plantel sénior os juniores: Tomás Meneses (defesa), Pe-dro Florindo (médio) e João Leonardo (avançado).

Refira-se que a apresentação do plantel azul e branco à comunicação social está programada para 23 de Julho, tendo início

A crise directiva na Associação Des-portiva do Carregado tem os dias conta-dos, uma vez que José Aurélio Lameiras, presidente da direcção que cessou fun-ções e actual líder da comissão adminis-trativa que gere o clube desde o passado

AurÉlIo lAMeIrAS reConSIderA e VAI AVAnçAr CoM CAndIdAturA PArA noVo MAndAto

Crise directiva no Carregadocom fim à vistaA. P. V.

dia 1 de Junho, reconsiderou e vai recan-didatar-se. O anúncio foi feito na assem-bleia-geral realizada no passado dia 20 de Junho, durante a qual voltou a não ser apresentada qualquer lista para os corpos sociais do clube.

Com o objectivo assumido de ultrapas-sar o vazio directivo no clube, José Auré-lio Lameiras disse que resolveu aceder aos apelos dos associados carregadenses para se candidatar a um novo mandato, manifestando disponibilidade para for-mar uma lista baseada na direcção ces-sante, que contará com novos elementos.

A candidatura será apresentada a sufrá-gio dos sócios da ADC numa assembleia-geral marcada para 4 de Julho, às 21h00.

José Aurélio Lameiras acabou por aceder aos apelos dos associados da ADC

A equipa de BTT do Centro Social Re-creativo e Desportivo de Ota, esteve em grande destaque na 2ª edição da marato-na e meia-maratona do Grupo Desporti-vo Marmeleirense – Escola Alexandre Ruas.

Paulo Lopes foi segundo na maratona de 60 kms com o tempo de 2 horas 53 mi-nutos e 30 segundos, enquanto Paulo Si-mões venceu a meia-maratona ao per-correr os 30 kms de prova em 1 hora 28 minutos e 48 segundos.

Nuno Vicente é natural do Camarnal, reside em Samora Correia, e corre pelo Seia. O atleta pulverizou toda a concor-rência, ao terminar os 60 kms da mara-tona com uma vantagem de 20 minutos.

A atleta Andreia Lopes do Motoreis foi a primeira classificada nos 30 kms, com

btt

Ota em destaque na 2ª Maratona do GDMFrederico Ferreira

no dia seguinte, no Campo de Jogos José Lacerda Pinto Barreiros, os trabalhos de preparação da nova temporada.

A equipa carregadense já tem três jogos de preparação agendados, com Sacavenen-se (11 de Agosto), Vitória de Setúbal (15 de Agosto) e outro com uma equipa brasileira de escalões inferiores em digressão pela Europa, em data ainda não definida.

o tempo de 1 hora 54 minutos e 50 se-gundos.

Menos sorte nesta prova teve a Areal-Bike/Rádio Alenquer com Carlos Santos a desistir na maratona, e Luís Monteiro a ser prejudicado por um furo no pneu na meia-maratona. O atleta acabou a prova na 10ª posição, mas fez os últimos 4 kms a pé em ritmo de corrida.

Pedro Amaro acabou por ser o atleta da ArealBike melhor classificado com uma 4ª posição nos 30 kms da meia-ma-ratona.

Nuno Alves director do Grupo Des-portivo Marmeleirense, fazia no final, um balanço muito positivo desta segun-da edição da maratona e meia-marato-na, culminando um trabalho que come-çou a ser preparado há cerca de seis meses.

“Depois de uma primeira experiência o ano passado, esta segunda edição cor-reu muito bem, em particular com a di-ferenciação do percurso de maratona e meia-maratona, que muito agradou aos atletas”, referiu.

Outro aspecto que agradou aos parti-cipantes, prendeu-se com a marcação do percurso, muito bem sinalizado na opi-nião dos atletas. “Foi de facto um aspec-to em que demos principal atenção, um trabalho que implicou muitas horas de trabalho voluntário da nossa equipa, e a melhor recompensa de todo esse esforço é o sentimento de satisfação geral”, refe-riu Nuno Alves.

Garantida está a terceira edição da Maratona do Grupo Desportivo Mar-meleirense no próximo ano, com o con-celho de Alenquer uma vez mais em grande destaque. “Temos um concelho com paisagens e trilhos magníficos, e por isso vamos preparar um percurso, exigente, mas que certamente irá agra-dar a todos os participantes”, concluiu.

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1 de Julho de 2012 desporto 25NOVA VERDADE

António Monteiro esteve em gran-de nível no 6º Campeonato da Europa Open de Atletismo INAS, que decor-reu na cidade de Gävle, na Suécia, en-tre 14 e 17 de Junho, onde a Seleção Nacional de Atletismo para a Defici-ência Intelectual dominou, sagrando-se campeã europeia quer em femini-nos quer em masculinos, trazendo na bagagem um total de 40 medalhas.

O atleta carregadense disputou a prova de estafeta masculina de 4X100 metros – fazendo equipa com Tiago Duarte, Samuel Freitas e Lenine Cunha –, conquistando uma medalha de bronze para Portugal. Na prova de encerramento da competição, reali-zou a estafeta de 4x400 metros, com a mesma equipa, conseguindo a meda-lha de prata.

O judoca Leonardo Siqueira, da Secção de Alenquer do Judo Clube de Lisboa (JCL),

teve uma estreia auspiciosa em competi-ções, conquistando o 3º lugar do pódio no Open de Cadetes, que se realizou no passa-do dia 17 de Junho, em Lisboa.

Leonardo Siqueira, que vinha eviden-ciando um comportamento nos treinos que a todos deixava surpreendidos, apre-

AtletA CArregAdenSe eM deStAque nA SuÉCIA

António Monteiro conquista duas medalhas no 6.º Campeonato da Europa Open de Atletismo INASAntónio Pires Vicente

A salientar, ainda, o honroso 4º lu-gar de António Monteiro nos 400 me-tros.

A formação portuguesa, composta por 16 atletas, sagrou-se campeã eu-ropeia absoluta quer nas provas de atletismo femininas, quer nas mascu-linas, trazendo da bagagem 15 meda-lhas de ouro, 12 de prata e 13 de bron-ze.

No balanço final da competição, o selecionador nacional, José Costa Pe-reira, manifestou o seu contentamen-to por este feito. “Os atletas paralím-picos mostraram que estão em grande forma e ansiosos para que saia a con-vocatória para Londres”. “Superamos todas as expectativas, o que consegui-mos é inolvidável”, salientou José Costa Pereira. António Monteiro durante a prova de estafeta 4x400 metros

MAIS uMA SÉrIA ProMeSSA do Judo AlenquerenSe.

Leonardo Siqueira estreia-se com medalha no Open de Cadetessentou-se na sua prova de estreia cheio de ambição e garra, disposto a conseguir uma medalha numa prova já de si difícil.

Apesar de alertado para um excesso de confiança, quem viu a prova não diria que o jovem atleta tem tão pouco tempo da mo-dalidade. Mesmo depois de perder o seu combate de estreia, combate onde até este-ve em vantagem, embalou para uma exibi-ção quase perfeita, apenas travada nas meias-finais pelo bicampeão nacional e num combate muito disputado.

O 3º lugar foi um excelente prémio para a estreia daquele que bem poderá ser mais uma estrela do já vasto leque de judocas alenquerenses.

Para o treinador da Secção de Alenquer do JCL, “o Leonardo tem tudo o que um bom atleta precisa: vontade, determinação, empenho e uma postura vencedora que com certeza irá proporcionar grandes ale-grias a todos”. “Se souber manter a humil-dade que o caracteriza, pode muito bem ser a grande revelação dos próximos anos”, analisou Vítor Pimenta. Leonardo Siqueira com a pedalha conquistada na sua prova de estreia

O

António Passão

vai até SIESPECTÁCULOS PRIVADOS

E PÚBLICOS

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o AtletA do gruPo deSPortIVo MArMe-leIrenSe, AndrÉ CrISPIM, eSteVe PreSente noS CAMPeonAtoS nACIonAIS de Fundo

eM CAdeteS nA loCAlIdAde de PAtAIAS AlCobAçA, obtendo o 16º lugAr

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desporto 1 de Julho de 201226 NOVA VERDADE

O jovem ciclista António Pereira Barbio (Mortágua) conseguiu a dupla proeza de se sagrar vice-campeão nacional de contra-re-lógio e de fundo na categoria de sub-23.

Na prova de contra-relógio, realizada no dia 22 de Junho, o ciclista com origens fami-liares no concelho de Alenquer, de 18 anos, terminou a prova de 27,8 quilómetros, dis-putada em Pataias, Alcobaça, em 37m6s, fazendo mais 24 segundos do que o vence-dor, Fábio Silvestre (Leopard-Trek), natural de Sobral de Monte Agraço.

O pódio completou-se com Amaro Antu-nes (Carmim-Prio-Tavira), terceiro, a 35s.

António Barbio tem 18 anos e é sub-23 de primeiro ano.

Dois dias depois, ou seja, dia 24 de Junho, António Pereira Barbio acabou por obter igual prémio nos Campeonatos Nacionais de Estrada, sagrando-se vice-campeão na-cional de fundo na categoria sub-23, termi-nando os 134,2 quilómetros, em Pataias, a apenas 2 segundos do primeiro classificado, Pedro Paulinho (Liberty Seguros/Feira/Specialized). Rafael Silva Paulinho (Liberty Seguros/Feira/Specialized), a 4 segundos, fechou o pódio.

CAtegorIA de Sub-23

António Pereira Barbio sagra-se vice-campeão nacional de contra-relógio e de fundo

António Pereira Barbio, de 18 anos, cumpre o primeiro ano de sub-23António Pereira subiu ao pódio duas vezes

A piloto de camiões Elisabete Jacinto, efectuou alterações de fundo ao seu MAN TGS, que está agora mais competitivo, e com um visual totalmente renovado.

A apresentação do veiculo decorreu a 20 de Junho no Parque das Nações, mas o

o teAM oleobAn/MAn eSteVe eM Alenquer PArA uMA SeSSÃo FotogrÁFICA

Elisabete Jacinto apresentou camião totalmente renovado

Nova Verdade teve oportunidade de ver o novo veiculo em primeira mão, durante uma sessão fotográfica em Alenquer, com as pedreiras da Carapinha em pano de fun-do.

O veiculo da team Oleoban/MAN esteve

cinco meses na fábrica de origem na Ale-manha, onde sofreu as “alterações possíveis a um veiculo de série”, explicou Jorge Gil, manager da equipa.

Entre as muitas modificações introduzi-das, destaca-se a subida dos depósitos (o

que implicou os mais variados ajustamen-tos mecânicos), a adaptação do pára-cho-ques da frente de modo a proporcionar um melhor “ângulo de ataque”, o melhoramen-to do “ângulo de saída” e a construção de um novo roll bar exterior, mais leve e mais pequeno. No capítulo da suspensão foram construídas novas molas e melhorado o se-tup dos amortecedores.

Também o motor teve um aumento de potência, dispondo agora de uma nova Centralina. Esta alteração implicou um au-mento da fiabilidade por parte da caixa de velocidades, bem como a incorporação de uma nova embraiagem.

Elisabete Jacinto acredita ter agora me-lhores condições para conquistar o título que lhe falta no “currículo”, o de campeã ab-soluta no África Eco Race, que elege como a sua prova de eleição.

“É uma prova em tudo semelhante ao Rali Dakar, embora não seja tão mediática, mas tem o mesmo nível de exigência, e uma margem de erro muito reduzida”, revelou a piloto.

O primeiro teste às capacidades do re-modelado MAN, será na vizinha Espanha, na Baja de Aragõn entre 20 e 22 de Julho. Segue-se uma prova em Marrocos, e no fi-nal do ano a tão esperada África Eco Race.

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1 de Julho de 2012 desporto 27NOVA VERDADE

Os atletas inseridos no Grupo de Treino que funciona nas instalações do Agrupamento de Escolas Damião de Goes, envolvendo residentes no concelho, entre eles funcionários da escola e alunos, brilharam na Rampa do Moinho, que decorreu na Apelação, no passado dia 17 de Junho.

O jovem alenquerense Ricardo Perei-ra, do Sport Lisboa e Benfica, é um dos 12 atletas que integram a Selecção Na-cional com que a Federação Portuguesa de Atletismo irá participar nos VIII Jo-gos da Comunidade dos Países de Lín-gua Portuguesa (CPLP), que se realizam em Mafra, entre 7 a 15 de Julho.

A selecção será liderada pelo respon-sável do Departamento Juvenil da FPA, professor José Costa, sendo constituída por 12 atletas, sendo 6 masculinos e 6 fe-mininos, Iniciados de último ano (1997)

AtletA AlenquerenSe do Sl benFICA IntegrA SeleCçÃo nACIonAl

Ricardo Pereira convocado para os VIIIJogos da CPLPA. P.V.

ou Juvenis de 1º ano (1996). Ricardo Pereira, do escalão Juvenil de

1º ano, participará nas provas de 100 metros, 200 metros e estafeta 4x100 me-tros.

De acordo com a divulgação, Rafael Martins/96 Gira Sol RC, Pedro Ferrei-ra/96 LAVRA, Oswald Freitas/96 CN Rio Maior, João Fonseca/96 CN Rio Maior, Fábio Martins/97 CLAC, Sofia Duarte/96 AA Cartaxense, Evelise Vei-ga/96 JV, Elsa Gomes/96 SC Braga, Elsa Maia/96 Ginásio Trofa, Andreia Rodri-

gues/96 Ginásio Trofa e Jessica Barrei-ra/97 Sporting CP, juntam-se a Ricardo Pereira como os atletas convocados, para representar Portugal nos VIII Jogos da CPLP.

Além do atletismo os Jogos terão as se-guintes modalidades: Andebol (M),

Atletismo PPD (M/F), Basquetebol (F), Futebol (M), Ténis (M/F) e Voleibol de Praia (M/F). Participarão nestes Jo-gos, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor.

Atletas de Alenquer brilham na Rampa do Moinho

Ricardo Pereira é já um valor seguro do atletismo nacional

Petra Santos venceu a prova extra para nascidos em 2003, enquanto Joa-na Veiga (5º ano) e Mariana Fernandes (5º ano) foram 1ª e 2ª classificadas na prova de benjamins femininos.

Pedro Santos (7º ano) foi o vencedor do escalão de infantis, tendo Fernando Anselmo (10º ano) ficado em 2º lugar

nos juvenis masculinos. Zulmira Belo (professora de artes

visuais) e Cidália Martins (chefe de se-cretaria) classificaram-se, respectiva-mente, na 3ª e 2ª posição no escalão F45, enquanto Cristina Ponte foi 3ª da geral e 2ª no escalão F35.

Pedro Lamy conseguiu, no passado dia 17 de Junho, a 1.ª vitória nas 24 Ho-ras de Le Mans, vencendo a categoria GTE-Am ao volante do Corvette n.º 50 da equipa Larbre Compétition, carro que partilhou com Patrick Bornhauser e Julien Canal.

O piloto alenquerense, de 40 anos, foi mesmo o principal animador da última hora de ação no circuito de La Sarthe, em França, conseguindo passar o ad-versário direto, o Porsche 911 RSR da IMSA, quase sobre a linha da meta, após “forcing” fantástico premiado com o 1.º lugar no pódio no mítico circuito de La Sarthe.

Lamy, Bornhauser e Canal termina-ram a maior maratona do desporto au-tomóvel na 20.ª posição, a 49 voltas do Audi R18 e-tron quattro conduzido por Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Tréluyer, trio que repetiu o triunfo do

PIloto AlenquerenSe ConquIStA PrIMeIrA VItórIA no MÍtICo CIrCuIto FrAnCÊS

Pedro Lamy ganha categoria GTE-Am nas 24 Horas de Le Mansano passado

Pedro Lamy voltou a demonstrar por-que é considerado um dos melhores pi-lotos de resistência do mundo. Com um carro menos potente que o dos seus principais adversários, o piloto de Al-deia Galega da Merceana levou a ban-deira de Portugal ao degrau mais alto do pódio na categoria GTE Am da mais prestigiada e desafiadora prova de re-sistência automóvel.

“Foi uma luta intensa ao longo das 24 horas de prova. Parecia mais uma corri-da de ‘sprint’, onde tivemos que dar o máximo ao longo de toda a jornada. Foi uma corrida dura, mas com um sabor especial. Estou muito satisfeito com esta vitória e quero agradecer a todos o grande apoio que me têm dado ao longo de todos os momentos da minha carrei-ra. Esta vitória não é só minha, é de to-dos nós”, afirmou o piloto português.

Pedro Lamy partilhou o carro com Patrick Bornhauser e Julien Canal

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DESPORTO 1 de Julho de 2012

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Leonardo Siqueira cestreia-se com medalhano Open de Cadetes pág. 25

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Atletas de Alenquerbrilham na rampa do moinhoricardo pereira convocadopara os vIII Jogos da CpLp pág. 27

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antónio Monteiro conquista pratae bronze noeuropeu deatletismoinaspág. 25

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Ota em destaque na 2ª maratona do gDm pág. 24

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