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Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
ADMINISTRAÇÃO
2º Semestre – Turma A
Atividade Prática Supervisionada - ATPS
Disciplina: Teorias da Administração
Profª. Monica Satolani
Prof. Fabrício P. Ferreira - Tutor
Anderson Goulart - 6946465874 Cibele Flores - 6951487961
Gabriela Ferreira - 7120517367
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Ivon Gonsalves - 6784377559Nathanael Bones - 6751359677Vanessa Barboza - 6790323404
PELOTAS / RSOutubro / 2013
INTRODUÇÃO
As teorias da administração podem ser divididas em várias
correntes ou abordagens. Cada abordagem representa uma maneira
específica de encarar a tarefa e as características do
Trabalho de administração.
Com este trabalho veremos como as teorias evoluíram e quais as
suas contribuições para as organizações, diante das pesquisas
realizadas e das conclusões que nos levaram a confecção desta
atividade. Descobriremos a sua importância na solução de
problemas, sua evolução e como continuam a evoluir diante dos
cenários organizacionais, passando por todas as etapas
propostas neste trabalho.
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DESENVOLVIMENTO
ETAPA 1
A administração como uma habilidade humana e acontecimentos
sociais que ocasionaram o surgimento das teorias da
administração.
INTRODUÇÃO
Em todas as disciplinas e áreas do conhecimento, seja ela
exata humana ou biológica, é de fundamental importância o
estudo investigativo dos primeiros pensadores de determinado
assunto, bem como de suas respectivas teorias, princípios e
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fórmulas.
Este trabalho tem como objetivo compreender o surgimento das
teorias da administração como um evento social baseado na
evolução humana, identificando os problemas que essas teorias
pretendiam solucionar, trata-se também da Administração ser
uma habilidade humana e aborda os acontecimentos sociais que
ocasionaram o surgimento das teorias. As características
marcantes principalmente de Taylor evidenciaram suas
contribuições para época, apontando as razões que fizeram
surgir às abordagens Humanísticas, Neoclássica e
Estruturalista da Administração.
Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas
para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus
membros. Existem três aspectos chaves que devem ser apontados
nesta definição: dá maior ênfase ao elemento humano na
organização, focaliza a atenção nos resultados a serem
alcançados, isto é nos objetivos em vez de nas atividades,
incluiu o conceito de que a realização dos objetivos pessoais
de seus membros deve ser integrada à realização dos objetivos
organizacionais é administrar a ação através das pessoas com
objetivo bem definido Administração é o processo de planejar,
organizar, dirigir e controlar.
ADMINISTRAÇÃO UMA HABILIDADE HUMANA
É a capacidade e o discernimento para trabalhar com e por meio
de pessoas incluindo o conhecimento do processo de motivação e
a aplicação eficaz da liderança. Assim desenvolvendo o bom
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relacionamento, comunicação interpessoal, interação. Fazer
coisas concretas e práticas. A Habilidade Humana refere-se aos
esforços, aptidões, capacidade de criar uma atmosfera de
segurança e cooperação entre as pessoas em prol do alcance de
bem estar comum.
O administrador trabalha com pessoas e em equipe e faz uso
delas para conseguir resultados através da liderança,
motivando e construindo talentos.
Todo o processo que ocorre dentro de uma Empresa depende de
pessoas, e essas são os chamados Recursos Humanos qualificados
para dar o melhor de si. E por isso chamamos de Administração
de ciências sociais, pois as mudanças que ocorrem é por meio
da mão humana.
TEORIAS PROPOSTAS PELOS PERCURSORES DA ADMINISTRAÇÃO
Frederick Winslow Taylor (Filadélfia, 20 de Março de 1856 —
Filadélfia, 21 de Março de 1915) mais conhecido por F. W.
Taylor, foi um engenheiro mecânico estadunidense, inicialmente
técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico
estudando à noite. É considerado o "Pai da Administração
Científica" por propor a utilização de métodos científicos
cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a
eficiência e eficácia operacional na administração
industrial.
Sua orientação cartesiana extrema é ao mesmo tempo sua força e
fraqueza. Seu controle inflexível, mecanicista, elevou
enormemente o desempenho das indústrias em que atuou, todavia,
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igualmente gerou demissões, insatisfação e estresse para seus
subordinados e sindicalistas.
Elaborou os primeiros estudos essenciais. Em relação ao
desenvolvimento de pessoal e seus resultados, acreditava que
oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos
trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de
fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.
Em relação ao planejamento a atuação dos processos, achava que
todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um
estudo para que seja determinada uma metodologia própria
visando sempre o seu máximo desenvolvimento.
Em relação à produtividade e à participação dos recursos
humanos, estabelecida a coparticipação entre o capital e o
trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários
mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de
produtividade(...).
Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às
normas procedimentais, introduziu o controle com o objetivo de
que o trabalho seja executado de acordo com uma sequência e um
tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício
operacional.
Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que
todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a
verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em
conformidades com as instruções programadas. Finalmente,
apontou que estas instruções programadas devem,
sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados.
Incluiu um sistema de pagamento por quantidade (ou por peça)
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produzida. Isso fazia com que os rendimentos dos funcionários
aumentassem de acordo com seu esforço. Assim, Taylor conseguiu
maximizar significativamente a eficiência da organização.
ETAPA 2
AS TEORIAS POSTERIORES AO PENSAMENTO CLÁSSICO
Conforme dito por Maximiano (2000) as pessoas não eram
negligenciadas pelas teorias clássicas, mas eram consideradas
recursos do processo produtivo. Segundo Chiavenato (2004)
entre as Teorias Clássicas e das Ralações Humanas, surgiram
autores que, apesar de defenderem os princípios clássicos,
foram pioneiros em revisar, criticar e reformular tais bases
administrativas, tais como: Hugo Munsterberg (responsável pela
aplicação da psicologia às organizações e testes de seleção de
pessoal), Ordway Tead (pioneiro na abordagem da liderança
democrática na administração), Mary Parker Follet (introdutora
da corrente psicológica na Administração e da lei da situação:
o certo e errado são determinados pela situação concreta),
Chester Barnard (precursor da teoria da cooperação na
organização, visando superar as limitações pessoais).
A primeira Escola com enfoque comportamental foi a de Relações
Humanas que surgiu “como consequência das conclusões da
Experiência de Hawtorne, desenvolvida por Elton Mayo e
colaboradores. Foi um movimento de reação e oposição à Teoria
Clássica da Administração.” (CHIAVENATO, 2004, p.83).a
abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários
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postulados da abordagem clássica de Fayol e da administração
cientifica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas foi
substituída pela ênfase nas pessoas. A natureza do ser humano
como “homo social” substituiu a concepção de “homo
economicus”, ou seja, as pessoas são motivadas e incentivadas
por estímulos financeiros.
A teoria Neoclássica surgiu em meados de ano de 1950, a fim de
remodelar e atualizar os modelos clássicos e científicos já
existentes conforme os estudos de Frederic Taylor e Fayol ,
A Teoria Neoclássica pode ser identificada através de algumas
características marcantes: a ênfase na parte prática da
Administração, a reafirmação relativa (e não absoluta) dos
postulados clássicos, a ênfase nos primeiros clássicos de
Administração, a ênfase nos resultados e objetivos e,
sobretudo, o ecletismo aberto e receptivo. O ponto fundamental
da Teoria Neoclássica é o que designa a Administração como uma
técnica social básica. Isto leva à necessidade de o
administrador conhecer, além dos aspectos técnicos e
específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados
com a direção de pessoas dentro das organizações.
A abordagem neoclássica nada mais é do que o resgate da Teoria
Clássica atualizada e redimensionada aos problemas
administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje.
Os teóricos clássicos têm importâncias positivas e negativas,
até os dias de hoje. Para Chiavenato, Fayol e Taylor têm
importância histórica para as organizações:
Teoria Estruturalista
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas -
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experiência tipicamente democrática e americana - entrou em
declínio. Foi a primeira tentativa de introdução das ciências
do comportamento na teoria administrativa através de uma
filosofia humanística e participativa. De um lado ela combateu
a Teoria Clássica, mas, por outro, não proporcionou bases
adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir. A
oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações
Humanas criou um impasse que a Teoria da Burocracia não teve
condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista é um
desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação à
Teoria das Relações Humanas representa uma visão crítica da
organização formal.
ETAPA 3
A teoria geral de sistemas (também conhecida pela sigla,
T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig von
Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções
práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais
que possam criar condições de aplicação na realidade
empírica.
A importância da TGS é significativa tendo em vista a
necessidade de se avaliar a organização como um todo e não
somente em departamentos ou setores. O mais importante ou
tanto quanto é a identificação do maior número de variáveis
possíveis, externas e internas que, de alguma forma,
influenciam em todo o processo existente na Organização. Outro
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fator também de significativa importância é o “feed-back” que
deve ser realizado ao planejamento de todo o processo.
Teoria dos sistemas começou a ser aplicada na administração
principalmente em função da necessidade de uma síntese e uma
maior integração das teorias anteriores (Científicas e
Relações Humanas, Estruturalista e Comportamental oriundas das
Ciências Sociais) e da intensificação do uso da cibernética e
da tecnologia da informação nas empresas.
Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são
analisados como “sistema abertos”, mantendo um continuo
intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A
Teoria de Sistema permite reconceituar os fenômenos em uma
abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de
assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza
completamente.
A teoria da matemática preocupa-se em construir modelos
matemáticos capazes de simular situação reais na empresa.
Criação de modelos matemáticos volta-se principalmente para a
resolução de problemas de tomada de decisão. É através do
modelo que se fazem representações da realidade. Na Teoria
Matemática, o modelo é usado geralmente como simulação de
situações futuras e avaliação da probabilidade de sua
ocorrência. Em síntese os modelos servem para representar
simplificações da realidade. Sua vantagem reside nisto;
manipular simuladamente as complexas e difíceis situações
reais por meio da simplificação da realidade.
• Permitem o entendimento dos fatos de uma forma melhor que a
descrição verbal.
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• Descobrem relações existentes entre vários aspectos do
problema, não percebidas na descrição verbal.
• Permitem tratar o problema em seu conjunto e com todas as
variáveis simultaneamente.
• Podem ser aplicados por etapas e considerar outros fatores
não descritos verbalmente.
• Utilizam técnicas matemáticas e lógicas.
• Conduzem a soluções quantitativas.
• Permitem uso de computadores para processar grandes volumes
de dados.
Tecnologia
Toda organização tem que adaptar uma tecnologia podendo ser
ela tosca, isto é, grosseira, rude ou sofisticada, como o uso
de computadores, mas todas as organizações precisam de uma
tecnologia para funcionarem e chegarem aos fins desejados.
Na parte administrativa, a tecnologia é desenvolvida nas
organizações através do Know-how, os resultados são obtidos
com os serviços e produtos.
A tecnologia não incorporada são as pessoas competentes para
desenvolver sua função dentro da empresa. A tecnologia
incorporada é o capital (dinheiro), matérias-primas etc. A
tecnologia, seja ela qual for, está presente no dia a dia das
empresas, transformando as matérias-primas em produtos
consumíveis e produtivos para a humanidade.
A tecnologia variável ambiental é aquela que assume a
tecnologia criada para outras empresas de seu ambiente de
tarefa em seus sistemas de dentro para fora. A tecnologia
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variável organizacional, quando a tecnologia está presente em
sua empresa, influencia e desempenha melhor em seu ambiente de
tarefa.
Uma organização comprometida com uma tecnologia específica
pode perder a chance de produzir outro produto para outras
organizações de tecnologias mais flexíveis pois a cada dia a
tecnologia fica mais especializada e a flexibilidade da
organização de rapidamente passar de um produto para outro
pode decrescer.
Se a empresa já for dotada de grandes recursos e aplicar-se em
um novo campo de atividades ou produtos, pode usufruir do
surgimento de novas tecnologias e assim facilitar tal chance.
Mas, à medida que a tecnologia se torna mais complexa, a
empresa passa a ter menos controle sobre o processo
tecnológico global, e assim ficando dependente de outras
empresas do ambiente de tarefa. Dependência crescente de
especialistas, de treinamento prévio feito por outras
organizações que exigem mais integração e coordenação
A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que
não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria
administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem
contingencial explica que existe uma relação funcional entre
as condições do ambiente e as técnicas administrativas
apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da
organização. As variáveis ambientais são variáveis
independentes, enquanto as técnicas administrativas são
variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na
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realidade, não existe uma causalidade direta entre essas
variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não
causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de
relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente
(independentes) e as variáveis administrativas (dependentes),
existe uma relação funcional entre elas. Essa relação
funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance
eficaz dos objetivos da organização.
A relação funcional entre as variáveis independentes e
dependentes não implica que haja uma relação de causa-e-
efeito, pois a gestão é ativa e não passivamente dependente na
prática da gestão contingencial. O reconhecimento, diagnóstico
e adaptação à situação são certamente importantes, porém, eles
não são suficientes. As relações funcionais entre as condições
ambientais e as práticas administrativas devem ser
constantemente identificadas e especificadas.
A Teoria contingencial nasceu a partir de uma série de
pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura
organizacionais mais eficazes em determinados tipos de
indústrias. Essas pesquisas e estudos foram contingentes na
medida em que procuravam compreender e explicar o modo pelo
qual as empresas funcionavam em diferentes condições. Estas
condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que as
empresas escolheram como seu domínio de operações. Por outras
palavras, essas condições são ditadas de acordo com o seu
ambiente externo. Essas contingências externas podem ser
consideradas como oportunidades ou como restrições que
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influenciam a estrutura e os processos internos das
organizações.
• Pesquisa de Alfred D. Chandler – sobre estratégia e
estrutura organizacional envolvendo o processo histórico das
grandes empresas Du Pont, General Motors, Sears e Standard
Oil. A conclusão de Chandler é de que, na história industrial
dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes
empresas americanas foi sendo gradualmente determinada pela
sua estratégia de mercado. A estrutura organizacional
corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma
organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos,
enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação
dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As
organizações passaram por um processo histórico envolvendo
quatro fases iniciais distintas:
o acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram
ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de
distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o
crescimento dos órgãos de compra e aquisição de empresas
fornecedoras que detinham o mercado de matéria-prima. Daí o
controle por integração vertical que permitiu o aparecimento
das economias de escala.
o racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente
integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas,
pois acumularam mais recursos do que era necessário. Os custos
precisavam ser contidos por meio da criação de uma estrutura
funcional, os lucros dependiam da racionalização da empresa e
sua estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado.
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Para reduzir os risco das flutuações do mercado, as empresas
se preocuparam com o planeamento, organização e coordenação.
o continuação do crescimento: a reorganização geral das
empresas na segunda fase possibilitou um aumento da
eficiência, fazendo a diferença de custo entre as várias
empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a
procura de novos produtos e novos mercados.
o racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase
reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de
produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de
comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder
à complexidade crescente de produtos e operações, levaram à
nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha
principal de produtos passou a ser administrada por uma
divisão autónoma e integrada que envolvia todas as funções de
staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a
aplicação dos recursos em expansão, a preocupação crescente
com o planeamento de longo prazo, a gestão voltada para
objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão.
Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adoptar
diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas
organizacionais.
Conclusão: Há uma espécie de seleção natural do tipo: sistemas
mecanicistas sobrevivem em ambientes imutáveis e estáveis, e
sistemas orgânicos se adaptam bem a ambientes instáveis e
turbulentos.
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Implicações Éticas
Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando
internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi
iniciada pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem
de sistemas abertos aumentou o estudo do meio ambiente como
base para verificar a eficácia das organizações, mas nem toda
a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio
ambiente. As teorias da gestão têm ênfase no interior e
exterior da organização. O ambiente geral e o ambiente da
tarefa.
O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou
indiretamente toda e qualquer organização, é constituído de um
conjunto de condições semelhantes, são elas tecnológicas,
legais, políticas, económicas, demográficas, ecológicas ou
culturais.
Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas
outras organizações, é preciso se adaptar para não perder a
competitividade. As condições legais constituem a legislação,
são leis trabalhistas, fiscais, civis, de carácter comercial,
etc.
Tipologia de Ambientes
O ambiente é um só, mas as organizações estão expostas à
apenas uma parte dele que pode ser diferente das demais, é
dividido em tipologias e são características do ambiente de
tarefas.
Os ambientes podem ser homogéneos ou heterogéneos de acordo
com a estrutura.
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• É homogéneo quando há pouca mistura de mercados;
• É heterogéneo quando existe diferenciamento múltiplo nos
mercados.
Os ambientes podem ser classificados estáveis ou instáveis de
acordo com sua dinâmica:
• É estável quando quase não ocorrem mudanças e quando ocorrem
são previsíveis.
• É instável quando há mudanças o tempo inteiro, essas
mudanças geram a incerteza. (Inovação e Criatividade, ênfase
na eficácia, reações variadas e inovadoras, etc).
O ambiente homogêneo terá diferenciação menor e os problemas
poderão ser tratados de forma simples, com pouca
departamentalização. O mesmo acontece com a estabilidade e
instabilidade.
Quanto mais estável menor a contingência, permitindo uma
estrutura burocrática e conservadora, porém quanto mais
instável, maior a contingência e maios a incerteza, porque há
uma estrutura organizacional mutável e inovadora.
ETAPA 4
Quais as principais propostas das teorias da administração e
como são utilizadas nos dias atuais (Principais estudiosos,
Principais ideias, Como o homem (trabalhador) era chamado
exemplo de utilização nos dias atuais).
ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
Taylor, Gilbreth, Gantt, Emerson, Ford, Barth e outros.
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Racionalização do trabalho no nível operacional. Obter o
máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e
atividade. O trabalhador era visto como uma máquina. Pouco
utilizada, por ter uma visão tecnicista e mecanicista.
Exemplo: linha de montagem de veículos.
TEORIA CLASSICA
Henry Fayol Organização Formal.
Aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e
disposição dos órgãos componentes da organização e das suas
inter-relações estruturais.
O homem era visto como “Homo Economicus” (a parte do ser
humano que apenas produz e consome). Como exemplo pode ser
usada qualquer empresa que possuem hierarquia em sua
organização.
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Mayo, Follett, Roethloisberger, Dubin, Carwright, French,
Zalesnick, Tannenbaum e Lewin.Organização informal.
Necessidade de se humanizar e democratizar a administração, o
desenvolvimento das Ciências Humanas.
Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo.
Homo Social. Ser humano com dificuldades e necessidades
sociais e psicológicas. Ao receber tantas críticas, a teoria
das relações humanas precisou de uma reestruturação que deu
origem à teoria comportamental. Exemplo: Google.
TEORIA NEOCLASSICA Peter f. Drucker, Enerst Dale, Harold
Koontz, Cryril O´Donnel Organização Formal. Ênfase na prática
da administração, nos princípios gerais de administração e nos
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objetivos e resultados, além da reafirmação dos postulados
clássicos e do ecletismo nos conceitos.
Ser humano cada vez mais necessita cooperar com outras pessoas
para alcançar seus próprios objetivos. Homem organizacional e
administrativo. Exemplo: entidades beneficentes.
MODELO BUROCRATICO Max Weber. Organização Formal Burocrática.
Racionalidade Organizacional. Organização eficiente por
excelência, onde os mínimos detalhes são explicados de como as
coisas devem ser realizadas para assim conseguir a eficiência.
Homem organizacional. O comportamento humano afeta na
eficiência da empresa.
TEORIA ESTRUTURALISTA Levi-Strauss, Karl Marx, Max Weber
Múltipla abordagem:
Organização formal e informal. Baseia-se no conceito de
estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-
relacionam.
O homem faz parte de uma estrutura onde os sistemas
organizacionais não são mera justaposição das partes. Homem
organizacional pode realizar diversas funções na empresa
Análise intra-organizacional e análise interorganizacional.
TEORIA COMPORTAMENTAL Macgregor, Maslow, Herbert Simon,
Herzberg.
Decorrente da Teoria das Rel. Humanas, sua ênfase ainda se
encontra no comportamento humano, mas leva em consideração o
contexto organizacional mais amplo.
Teoria das decisões.
Integração dos objetivos organizacionais e individuais. Homem
administrativo é um animal complexo, dotado de necessidades
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complexas e diferenciadas. Ênfase na Motivação Humana.
TEORIA DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
Leland Bradford.
Mudança organizacional planejada. Não se trata de uma teoria
administrativa propriamente dita, mas de um movimento
congregando vários autores no sentido de aplicar as ciências
do comportamento na Administração.
Abordagem de sistema aberto. Ênfase exclusivamente individual
e nos cargos da organização.
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
E. Trist, F. Emery.
Administração da tecnologia (imperativo tecnológico).
Administrar significa lidar com a tecnologia, para extrai dela
a máxima eficiência possível.
É valorizada a tarefa individual de cada operário e de
maneira concreta e imediatista. Busca soluções que tragam bons
resultados, mas que tenham o menor custo possível.
TEORIA MATEMATICA
Preocupa-se em construir modelos matemáticos capazes de
simular situação reais na empresa. Esperas em ligações
telefônicas, problemas de tráfego, cadeias de
suprimentos, a razão entre tempo de espera dos clientes e o
tempo de prestação
de serviço, etc. Desloca a ênfase na ação para a ênfase na
decisão.
Áreas de Informática e Telecomunicação
TEORIA SISTEMICA
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Ludwig Von Bertalanffy, Ross Ashby.
Cria teorias e conceitos baseados na experiência. Sistema
aberto. Homem funcional.
TEORIA DA CONTINGENCIA
Chandler Jr, J. D. Thompson, Lawrence, Lorsch, Perrow
A organização é um sistema aberto e suas características
organizacionais apresentam interação entre si e com o
ambiente. Análise ambiental (imperativo ambiental);
Abordagem de sistema aberto; sistema fechado Homem complexo.
Não existe uma única maneira melhor e organizar; ao contrário,
as organizações precisam ser ajustadas as condições
ambientais.
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
Mintzberg, Ahlstrand e Lampel.
Refere-se ao comportamento global e integrado da empresa em
relação ao ambiente que a circunda. Quase sempre estratégia
significa mudança organizada. Definido pela aplicação passa
pela mobilização de recursos para atingir objetivos, definindo
um plano para o futuro. “Homem Global”. Mapear o ambiente e
diagnosticar mudanças econômicas, políticas, sociais,
tecnológicas, culturais.
NOVA PROPOSTA
TEORIA DA MATURIDADE
Claiton Terra e Morgana Krolow Chris Argyris
Estabelece que cada cidadão seja culto e saiba quantificar
seus atos com inteligência buscando uma maior liberdade de
pensamento, para que o conjunto prevaleça em relação ao
indivíduo.
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O homem é um ser ativo, independente, com postura igualitária,
com interesses mais profundos, comportamento mais complexo e
consciência e controle. O Homem valorizado e identificado com
os objetivos da organização.
O PENSAMENTO SISTEMICO E A LIDERANÇA
Tudo começou no século passado, com a mudança de paradigma do
pensamento linear para o pensamento sistêmico. O pensamento
linear simplifica a realidade, como se as perguntas possuíssem
somente uma resposta. Apesar de anteceder o pensamento
sistêmico, é um conceito necessário e fundamental para algumas
áreas do conhecimento que necessitam de uma abordagem de causa
e efeito. Ocorre que esta abordagem não é suficiente nos casos
que envolvem sentimentos e emoções. Ou seja, não é capaz de
tratar e entender a totalidade da vida humana. Assim, surgiu o
pensamento sistêmico ou holístico que admite que as perguntas
não possuem apenas uma resposta. Aliás, geralmente, possuem
várias respostas e que muitas vezes são até contraditórias.
Hoje, o conceito evoluiu de tal maneira que já temos
computadores que estão sendo projetados para ‘pensar’ de uma
forma não linear, copiando os seres humanos na sua habilidade
de pensar sistemicamente. Tomar uma decisão sem ter a visão do
todo pode gerar decisões unilaterais, isoladas e pouco
efetivas. Daí precede a necessidade de melhorar nossa
capacidade de compreender o encadeamento das ações e dos
elementos dentro de uma organização, treinando nossa
habilidade de observar e gerando uma visão sistêmica.
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Muitos líderes esquecem-se de que toda ação tem implicações e
consequências e que, antes de ser implementada, deve ser
cuidadosamente considerada e analisada. Se o pensamento
sistêmico implica em conhecer a organização enquanto um todo e
analisar as suas várias partes e a interação existente entre
elas, então, um líder deve ser capaz de fazer um exercício
para prever as implicações e consequências mencionadas
anteriormente. Para exemplificar, pense em um funcionário tido
como modelo que trabalha na tesouraria há 10 anos. Descobre-se
que ele vem se apropriando de pequenos valores semanalmente.
Decide-se por demiti-lo. Ora, esta decisão pode envolver
muitos aspectos: os fatos em si, quem mais está envolvido, o
que gerou ou permitiu esta ação, desdobramentos futuros da
situação, opiniões de outros funcionários, e outras variáveis.
Veja, uma decisão como esta, a de demitir um funcionário e que
envolve tantos aspectos, se tomada de forma linear, pode ser
injusta, ineficiente e gerar ainda mais problemas, isso porque
não foram consideradas todas as implicações e consequências na
decisão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estamos caminhando para rumo desconhecidos, onde os desafios a
serem enfrentados, surgem a cada dia trazendo para as novas
oportunidades ou até mesmo a ausência destas oportunidades e a
implicações éticas realizam um equilíbrio entre as
organizações. Sabemos que diante as teorias da administração
apresentadas no decorrer desta atps, enriqueceu nosso
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conhecimento e levou-nos a conclusão que administrar não ter
uma única receita e sim um conjunto de ingredientes onde você
escolhe como ira utilizar. A ética é essencial para as
organizações entre clientes, fornecedores, concorrentes e
entre os próprios colaboradores da empresa. Muitas empresas
divulgam regras e código de éticas, mas não a cumprem. A ética
está comprometida com alguns valores como, respeito
confiabilidade e segurança, fatores que constroem ou destroem
a reputação da organização.
Normalmente o mundo das organizações é cheios de conflitos por
diversos interesses, de modo que a ética coloca limites e
parâmetros a serem seguidos. Existem exemplo de condutas
antiéticas praticadas em algumas empresas, que usam de meios
ilícitos e até mesmo baixos para se obter informações; omitir
ou emitir informações que não estão de acordo com a proposta
na propaganda; Folha de pagamento diferente para prestação de
contas. Descriminações raciais ou sociais, propaganda
enganosa, a poluição ambiental, á espionagem ou suborno para
levar vantagem numa negociação. A forma como a empresa
relaciona-se com o governo e com a concorrência podem definir
a conduta da empresa.
A ética nas empresas pode ser entendida como o estudo da forma
pela qual as normas morais se aplicam às atividades e aos
objetivos das empresas. O compromisso com o código de ética
deve servir além de possibilitar um trabalho harmonioso como
uma proteção dos interesses públicos ou dos profissionas que
de alguma forma contribuem para a organização.
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“Você faz as suas escolhas, as suas escolhas fazem você”
(Steve Backmam).
Compreendemos através dos passos elaborados que as mudanças
que ocorrem no âmbito empresarial são dinâmicos e exigem as
habilidades que são propostas aos administradores de planejar,
organizar, dirigir e controlar seja aperfeiçoadas com muito
esmero e envolver simultaneamente como mencionado por
Chiavenato (2011) a arte, a técnica e a ciência, porque
administrar constitui uma expertise que requer elegância,
beleza, estilo, competência, intuição e muita sensibilidade.
Através do conhecimentos adquiridos descobrimos que ao
pensarmos de forma sistêmica, nós nos abrimos para várias
possibilidades:
• Levar em consideração múltiplos focos, aspectos, variáveis e
relações;
• Buscar várias soluções combinadas para resolver um problema
e aprender algo com a situação;
• Gerar várias interpretações, sem necessariamente fazer
julgamentos apressados;
• Buscar por alternativas que não haviam sido consideradas
antes;
• Analisar todas as consequências que podem surgir com uma
decisão;
• Ser capaz de projetar um horizonte mais realista;
• Desenvolver a habilidade de observação;
• Permitir que sejamos sempre aprendizes, independentemente da
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situação ser semelhante a outras já vividas.
Não abramos mão do pensamento sistêmico em nossa liderança.
Ser um líder que tem visão sistêmica. Saber que este conceito
tem tudo a ver com equipes, gestão de conflitos, mudança,
planejamento estratégico e outros conceitos de gestão que
podem, potencializar a atuação da empresa e a eficiência da
liderança.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e
prática. Rio de Janeiro:
Elsevier Editora, 2007.
O desafio do administrador do futuro do Prof. Paulo Barreto
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Artigos.com, disponível em: https://www.aedu.com/viewer?
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Geral da Administração, Idalberto Chiavenato.
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http://romelzanini.blogspot.com.br/2007/08/o-que-pensamento-
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http://bsgestaodepessoas.blogspot.com.br/2011/04/lideranca-e-
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HUBERMAN, Leo. A história da riqueza do homem. Disponível em:
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tendências. 1.ed. São
Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03788-9
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revolução urbana à revolução digital. Ed. Atlas, 2002.