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As transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx (2)

Oct 30, 2015

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scola Secundria de Lousada

As transformaes sociais e culturais do terceiro quartel do sculo xx

ndice

Introduo------------------------------------------------------------------pg.3 Desenvolvimento A importncia dos polos culturais anglo-americanos-----pg.4

A reflexo sobre a condio humana nas artes e nas letras--pg.6 Expressionismo abstrato (1945-1960)--------------------pg.6 A pop art (1958-1965)--------------------------------------pg.8 A arte conceptual (anos 60 e 70)-------------------------pg.9 A literatura existencialista-------------------------------pg.10

O progresso cientfico e a inovao tecnolgica--------------pg.11 A energia nuclear------------------------------------------pg.11 A eletrnica, informtica e ciberntica----------------pg.12 Os progressos da medicina e da alimentao----------pg13

Concluso-------------------------------------------------------------------pg.14

Bibliografia ----------------------------------------------------------------pg. 15

Introduo

Neste trabalho vou falar sobre As transformaes sociais e culturais do terceiro quartel do sculo xx a nvel das artes, letras, cincia e tcnica e demonstrar que no segundo ps-guerra, Nova Iorque substitui paris como capital das artes. L interrompeu novas formas de expresso que perscrutam o absurdo da existncia e ironiza, sobre os ritos socias. As novas correntes mostraram-se to devoradoras do legado vanguardista da primeira metade do sculo (em particular, do abstracionismo, do dadasmo e do surrealismo) como na reflexo sobre a condio humana fomenta pelo existencialismo. Por fim, a amrica o bero de muitos progressos cientficos e tecnolgicos que revolucionaram a produo, as comunicaes, a sociedade e a vida humana.

Desenvolvimento

A importncia dos polos culturais anglo-americanos

A supremacia dos EUA sobre o mundo capitalista, nos anos que se seguiram Segunda Guerra Mundial, no se limitou apenas ao campo econmico e poltico-militar. Tambm no campo cultural, os valores anglo-saxnicos iro sobrepor-se, muito em particular, aos valores da Velha Europa continental, tradicional bastio da cultura ocidental .Pela 1 vez na Histria da Arte, as mudanas no partiram de cidades europeias como Paris, Milo, Berlim ou Viena. emNovaIorque, ou como lhe chamou Le Corbusier "capital do mundo sem fronteiras", onde se vo produzir as alteraes mais significativas e as grandes polmicas no mundo artstico.Com efeito, a partir dos anos 30, Nova Iorque comea a dar sinais de querer determinar os novos rumos da arte, em prejuzo das decadentes escolas que tinham feito das grandes capitais europeias os principais centros de inovao artstica.

Vrios fatores explicam a hegemonia cultural e artstica dos Estados Unidos: Por um lado, a represso da liberdade criativa pelos regimes totalitrios e o cenrio desolador da guerra que assolava a Europa levaram muitos intelectuais e artistas a procurarem refgio nos Estados Unidos, em particular em Nova Iorque, para poderem continuar a dar largas sua inteligncia; Por outro lado, a prosperidade econmica dos Estados Unidos permitia a afirmao de uma moderna burguesia apostada em afirmar a independncia cultural do seu pas. Vendo a arte como um investimento capitalista, grandes colecionadores atuavam como autnticos mecenas, acolhendo e protegendo os artistas locais e imigrados, patrocinando a fundao de galerias e museus, alimentando um fenmeno novo: o mercado da arte; E tambm da fuso do enorme nmero de artistas e cientistas que abandonaram a Europa com ativos artistas americanos, surgiu em Nova Iorque uma nova escola responsvel pelas novas experincias artsticas.

Img.1: Museu Guggenheim (Bilbau-Espanha)Nos EUA, principalmente na cidade de Nova Iorque, um generoso mecenato privado irrompia e patrocinava a fundao de galerias e de museus, como o MoMA (Museum of Modern Art), criado em 1929, e a Museu Guggenheim, criado em 1939. Todos estes lugares se abriram aos novos talentos vanguardistas, assegurando-lhes, assim, projeo e visibilidade.

A Europa devastada pela guerra no fornecia um cenrio estimulante para a produo de cultura e, por isso, muitos foram os intelectuais (como Salvador Dal, Max Ernst, Albert Einstein, Walter Gropius) que a Amrica anglo-saxnica acolheu e incentivou.

img.2: MoMA (Nova Iorque-EUA)

A reflexo sobre a condio humana nas artes e nas letras Expressionismo abstrato (1945-1960)O Expressionismo Abstrato surge nos EUA logo aps a 2 Guerra Mundial. Tal como o seu nome indica, usa a "linguagem universal da abstrao", considerada a tendncia mais correta a adotar, visto que, qualquer que fosse a referncia figurativa, lembraria os cnones estticos do nazismo ou do realismo socialista.Esta nova vanguarda resultou da influncia da arte europeia, nomeadamente do Cubismo e do Surrealismo, nos jovens artistas americanos. O Expressionismo Abstrato americanono foi nem abstrato nem expressionista e os seus representantes adotaram estilos pessoais diferentes: utilizaram do Surrealismo, a tcnica do automatismo, e do Cubismo, a rejeio do lugar pictrico ilusionista e perspticoem favor de um espao pictrico estreito.

As obras destes artistas so de 2 tipos: caligrfico:quando as marcas pictricas so aplicadas sobre a tela livremente; icnicos:a composio dominada por uma forma central.

Img. 4: quadro de De KooningImg .3: quadro de Franz Kline

img5: Pollock pintando uma das suas obrasJackson Pollock e Willem De Kooning so os grandes expoentes do expressionismo abstrato. Praticaram uma pintura experimental, com formas simblicas e desconstrudas e as cores eram vivas e dissonantes. Ambos procuraram que a pintura expressasse, mais que um tema, assunto ou objeto, o ato criativo e o gesto. Efeitos similares procurava o expressionismo abstrato provocar no espectador, tendo J.Pollock aconselhado aos observadores das suas obras: "Devem tentar captar aquilo que o quadro tem para oferecer, em vez de tentarem ver nele uma mensagem principal e a confirmao das vossas ideias preconcebidas".

Surge a expresso action painting para caracterizar aquele gestualismo do expressionismo abstrato. O efeito obtido com a action painting jamais poderia ser previamente calculado pelo pintor. Muitos quadros no tm qualquer nome por serem resultados do acaso.

Jackson Pollock utilizava, nas suas obras, a tcnica do drip painting, em que a tinta projetada (como podemos observar na figura 5) ou escorrida diretamente sobre a tela, estando esta colocada sobre o cho e fazendo com que o pintor se desloca-se volta da tela. A pintura ocupava todo o espao da tela, o que ficou designado nagria artstica como all over painting.

Os principais artistas do Expressionismo Abstrato (ou tambm chamado de Escola de Nova Iorque) desenvolveram um tipo de pintura com o nome de action painting onde, em vez de procurar construir uma imagem ou de retratar o seu estado emocional, o artista pretende fazer um registo pictrico da prpria ao.

A pop art

A Pop Art comeou a ser praticada em Londres, a meio da dcada de 50, mas foi nos EUA que teve grande desenvolvimento, j na dcada seguinte, em resposta aos excessos elitistas e individualistas do abstracionismo. A origem do termo pop art (abreviatura de popular art) tem a ver com o facto dos artistas pop pretenderem reaproximar a arte da realidade, concretamente da realidade popular expressa nas imagens comerciais, prprias de uma sociedade de consumo em expanso. Outra caracterstica da Pop Art a sua produo em srie, quase estandardizada, que a tcnica da impresso manual ou mecnica das imagens numa tela - a serigrafia - constituiu a principal expresso.

img.6: Grande Nu Americano, de Tom WesselmanPop Art atribudo a Lawrence Alloway, que fazia aluso utilizao, pelos artistas deste movimeto, de objetos de uso quotidiano nas suas obras. Nos EUA, Andy Warhol, Claes Oldenburg, Tom Wesselman e Roy Lichtenstein e no Reino Unido David Hockney e Peter Blake foram as suas principais figuras.A Pop Art tambm refletia a sociedade de consumo e de abundncia na forma de representar. As garrafas de Coca-Cola de Warhol, os corpos estilizados das mulheres nuas de Wesselman ou ainda os gigantes gigantes de plstico, como o tubo de pasto de dentes de Oldenburg, so exemplos da forma como estes artistas interpretavam uma sociedade dominada pelo consumismo, o conforto material e os tempos livres.

A arte conceptual (anos 60 e 70)

A arte conceptual (ou arte conceitual) define-se como o movimento artstico que defende a superioridade dasideiastransmitidas pela obra de arte, deixando os meios usados para criar um lugar secundrio.A Arte Conceptual surgiu em meados dos anos 60 como uma clara preocupao de desmaterializar a arte, concebendo-a como um conceito. Concretamente, inspirados nos dadastas, nomeadamente nos ready-made de Marcel Duchamp, os praticantes da arte conceptual defendem que na imaginao, na ideia geradora, no conceito, que prevalece a arte e no na sua realizao material. A arte est no processo criativo e no na sua execuo. Procuram, desta forma, estimular a imaginao dos espetadores, juntando muitas vezes indicaes precisas para a reflexo ou ao. Por exemplo, os artistas recorrem a meios e materiais no relacionados diretamente com as artes plsticas, como o vdeo, os projetores de slides, fotografia, instrues escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de facto, dando nfase ideia em vez da obra.

img.7 azul monocrmatico Yves KleinArtistas como Yves Klein, que chegou a propor uma "exposio do vazio", Joseph Kosuth, com a sua obra emblemtica One and three chairs, uma simples cadeira verdadeira no meio da respetiva fotografia e de uma decrio tirada de um dicionrio, e Piero Manzoni so alguns dos nomes identificados com a Arte Conceptual. Dentro da Arte Conceptual, pode inserir-se o minimalismo (Minimal Art), de Sol Le Witt e Robert Morris, entre muitos outros que, como o nome indica, pretendia desenvolver uma arte de grande simplicidade, reduzida a materiais e formas geomtricas puras, com configuraes triangulares, qu adradas, circulares e cores monocromticas. A literatura existencialista

No campo da literatura, os anos que se seguiram guerra so marcados por temticas imbudas de forte carga psicolgica, ligadas existncia humana. A conjuntura de crise provocada por duas guerras intermediadas pelo militarismo agressivo dos regimes totalitrios, o absurdo da barbrie injustificada transformou o Homem num ser profundamente humilhado, angustiado com o problema da luta pela sobrevivncia que inexoravelmente acabaria com a morte. Paralelamente, surgem temticas como o silncio e a solido, o questionamento da existncia humana: quem somos? O que fazemos? Para onde vamos? O que nos move? esta conscincia aguda de abandono e de solido (voluntria ou no), de impotncia e de condenao do Homem a ser livre e a encontrar por si prprio um sentido para a vida que se manifesta nas principais obras desta corrente em que o filosfico e o literrio se conjugam. Karl Jaspers, Martin Heidegger, Albert Camus, Jean-Paul Sartre e sua companheira Simone de Beauvoir so alguns dos grandes nomes da literatura existencialista.

O progresso cientfico e a inovao tecnolgica num quadro de desenvolvimento da competitividade econmica e da competitividade poltica entre os estados que, a partir dos anos 50, se assiste recuperao do poder da cincia e aplicao das suas descobertas inovao tecnolgica, em particular nos seguintes domnios: A energia nuclear, a eletrnica, informtica e ciberntica, os progressos mdicos e alimentares

A energia nuclearDepois de experimentada para fins destrutivos, nos bombardeamentos atmicos, no Japo, em 1945, novos estudos levam ao aproveitamento da energia libertada na fuso atmica para fins pacficos, como produo de eletricidade em centrais nucleares, de forma mais ecolgica e muito mais barata, alimentao de navios, submarinos e satlites artificiais que passaram a ser movidos por este tipo de energia; aplicaes na prtica mdica de diagnstico e teraputica de muitas doenas tumorais, originando novos e importantes desenvolvimentos de um novo ramo mdico - a medicina nuclear. Apesar de se tratar de uma energia limpa e de baixo custo, a sua utilizao tem suscitado grande polmica pelo facto de a sua produo se revestir de enormes perigos. A radioatividade libertada no normal manuseamento de material radioativo ou provocada por um possvel acidente numa central de produo, a acumulao de lixos txicos e o possvel aproveitamento dos programas nucleares para a produo, a acumulao de lixos txicos e o possvel aproveitamento dos programas nucleares para a produo de armas atmicas colocam as maiores reservas utilizao desta fonte de energia.

A eletrnica, informtica e ciberntica

Img. 8. microchipOs avanos nas investigaes no campo da eletrnica conduziram, em 1948, descoberta de um amplificador dos sinais eltricos - o transstor (transfer resistor), cuja associao a outros componentes eletrnicos originou o aparecimento dos circuitos integrados, vulgarmente denominados por chips. A aplicao destes elementos nos mais variados equipamentos eletrnicos e nas telecomunicaes e informtica produziram as mais surpreendentes consequncias na organizao da vida na segunda metade do sculo XX. Desde o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator Analyser and Computer), de 1946, equipado com vlvulas, at aos computadores equipados por circuitos integrados, a partir de 1966, foi uma revoluo que se operou no tratamento eletrnico da informao.

Img.9 computador pessoalMquinas em que o aumento da capacidade de armazenamento e de velocidade de tratamento da informao evolui numa proporo inversa ao seu volume e preos, tornam-se acessveis a novas faixas de mercado, que vo desde as empresas, universidades e centros de pesquisa, com as vantagens que todos ns hoje conhecemos e que todos usufrumos, graas s vertiginosas evolues posteriores e s surpreendentes quedas nos preos. Em 1948, o matemtico americano Norbert Wienner chegou concluso de que a circulao de informao e de ordens de comando nos circuitos eltricos e no sistema nervoso humano apresentavam grandes semelhanas. Nascia a ciberntica, como manifestao prtica da inteligncia artificial.

Os progressos da medicina e da alimentao

As pesquisas bioqumicas do sc.XX devem-se grandes progressos na medicina e na alimentao, que preservaram a vida e a prolongaram.Descoberta por Fleming em 1928, A penicilina foi produzida industrialmente na dcada de 40, permitindo salvar imensas vidas. Efeito semelhante tiveram as vacinas.Os transplantes cardacos, iniciados em 1967, registaram uma taxa razovel de sucesso, suscitando a confiana progressiva na medicina cirrgica. Surge a primeira criana cuja conceo ocorreu fora do corpo humano fertilizao in vitro.

Img.10 estrutura do ADNEm 1953 descobre-se a estrutura do ADN e do cdigo gentico. As informaes genticas contidas nos filamentos de ADN auxiliaram nas pesquisas patolgicas e imunitrias.Resultado de avanos na agronomia, nas tcnicas reprodutivas e na gentica viria a iniciar-se, em 1962, a chamada Revoluo Verde. O cultivo de variedades de trigo, milho e arroz, de grandes rendimentos e resistncia s pragas, converteu-se num auxiliar precioso para os agricultores empobrecidos, solucionando muitas carncias alimentares.Mais bens de consumo foram prodigalizados, a esperana mdia de vida aumentou e a humanidade ficou, como nunca, interligada por uma rede de comunicaes que fez da Terra uma aldeia global.

Concluso

Com este trabalho conclui que o sculo XX inaugurou uma nova era de desenvolvimento cientfico e tecnolgico, e uma nova fase poltica com a implantao de sistemas democrticos em muitos pases do globo. Mas, apesar da introduo deste inovador sistema poltico, para alm da adoo de programas educativos e de reformas sociais, este sculo viu nascer e crescer o imperialismo, regimes fascistas e a corrida ao armamento.

Pois, no incio do sculo XX, a Europa vivia num clima de paz, que proporcionava um ambiente confiante e racionalista, contudo esta conjuntura mudou radicalmente com o ressurgimento de crises econmicas e depresses. Apesar do triunfo da democracia e da revoluo intelectual e artstica operada neste sculo, no perodo compreendido entre as duas guerras mundiais desenvolveram-se formas autoritrias de poder, como por exemplo o nazismo germnico. A Europa entrou ento num clima de pessimismo generalizado.

BibliografiaSites: http://www. ensaios/Historia-12%C2%BA-Unidade-3/462135.html

https://sites.google.com/site/historia12examenacional/modulo-8/3-as-transformacoes-sociais-e-culturais-do-terceiro-quartel-do-seculo-xx/3-1-artes-letras-ciencia-e-tecnica

Livros:Manual 12ano o tempo da histria porto editora

Imagens: Imagem 1, 2, 3, 4, 5, 6http://conhecerahistoria12.blogspot.pt/2012/02/artes-letras-ciencia-e-tecnica.html

Imagem 7- http://caminhocolorido-cila.blogspot.pt/2009_11_01_archive.html

Imagem 9- http://linkpb.net/?p=11647

Imgem 8- http://esct12l.files.wordpress.com/2012/01/processador.jpg

Imgem 10- http://www.importancia.org/adn.php

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