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Aplicao do Espiritismo Encontro 18 Transformaes pelo servio ao
prximo
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Qual o meio mais eficaz de se combater a predominncia da
natureza corprea? - Praticar a abnegao (LE, perg. 912)
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Compreendemos que ainda vivemos predominantemente envolvidos
pela nossa natureza animal. Como tal, manifestamos paixes, desejos,
anseios, sentimentos possessivos. O principio das paixes natural,
til, faz parte da prpria natureza humana, por isso no um mal; at
uma necessidade dessa mesma natureza corprea.
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So elas alavancas propulsoras da nossa evoluo, desde que
conduzidas e aplicadas a servio do bem. Os abusos e exageros das
necessidades humanas o que torna as paixes ms, provocando
consequncias desastrosas pelos prejuzos deixados, quando no so
governadas adequadamente pela nossa vontade.
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Deparamo-nos, ento, com a imperiosa necessidade de combater os
excessos dessas nossas predominncias animais, reduzindo os exageros
descontrolados, isto , disciplinando os nossos desejos e inclinaes
na direo de efeitos benficos que elas possam realizar.
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Nesse aspecto entendemos claramente que fazer o bem, praticar a
caridade o meio mais eficaz e de maiores resultados nessa canalizao
dos impulsos animais que regem, predominam, vivem, exigem e
permanentemente se manifestam nas nossas aes.
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Recordemos que abnegao sacrifcio voluntrio do que h de egostico
nos desejos e tendncias naturais do homem, em proveito de uma
pessoa, causa ou idia. desinteresse, renuncia, desprendimento,
devotamento. (Aurlio Buarque, Novo Dicionrio da Lngua
Portuguesa)
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praticar o bem exclusivamente pelo prprio bem, sem outras
intenes ocultas. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na
humildade... (ESE Cap XV, item 3) Alm de recomendar a caridade, o
Divino Mestre a coloca como nica condio nossa salvao, ou seja,
libertao dos nossos condicionamentos corpreos, dos interesses
pessoais que definem o ser egosta.
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Mas, como entender a caridade? Como caracteriz-la?
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A caridade paciente; branda e benfazeja; a caridade no
invejosa, no temerria, nem precipitada; no se enche de orgulho; no
desdenhosa; no cuida de seus interesses; no se agasta nem se irrita
com coisa alguma; no suspeita mal; no folga com a injustia, mas
folga com a verdade; tudo cr, tudo espera, tudo sofre. Agora, pois
permanecem estas trs virtudes: a f, a esperana e a caridade; mas
dentre elas a mais excelente a caridade Paulo, I-I Corintios,
13:1-7 e 13)
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O que nos levaria a aplicar a caridade como processo de
realizao da reforma intima? Nada exprime melhor o pensamento de
Jesus, nada melhor resume os deveres do homem do que esta mxima de
ordem divina (Fora da caridade no h salvao)...
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Com esta orientao o homem jamais se transviara. Dedicai-vos,
portanto, meus amigos, a compreender-lhe o sentido profundo e as
conseqncias de sua aplicao, e a procurar por vs mesmos todas as
maneiras de aplic- la. Submetei todas as vossas aes prova da
caridade, e a vossa conscincia vos responder: No somente ela evitar
que faais o mal, mas ainda vos levar a praticar o bem.
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Quais as mudanas em nosso ntimo que a prtica da caridade
realizaria?
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1o. Saindo do nosso isolamento e passando a conviver com
aqueles aos quais, de alguma forma, nos propusemos colaborar,
tomamos parte nas suas dificuldades e sofrimentos e no raro vemos
que nem por isso reclamam eles da sorte, fazendo-nos sentir a
irreverncia das nossas inconformaes e a improcedncia das nossas
queixas. Passamos a valorizar as oportunidades que a vida nos
oferece e a bendizer a nossa sorte. Naturalmente deixamos de nos
irritar, atenuamos dios, magoas, reduzimos agresses, antipatias e
afastamos enfermidades;
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2o. Ocupando o nosso tempo, muitas vezes ociosamente
desperdiado em futilidades, dedicando-nos, ento, a um servio ao
prximo na condio de voluntrio, sentimos as grandes alegrias na
nossa alma, pelo trabalho til que nos valoriza o sentimento e nos
traz as recompensas pelo cumprimento do dever de caridade.
Desenvolvemos a nossa capacidade de dedicao e amor ao prximo
realizando transformaes profundas no nosso comportamento e na
compreenso dos problemas humanos. Reagiremos com mais coragem e bom
animo, renovando-se a nossa existncia pelo desaparecimento das
angustias e depresses que antes nos afligiam;
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3o. Movimentando nossos braos e pernas, articulando nossas mos,
agilizando nossos dedos em atividades que promovem as criaturas
humanas pelos exerccios do bem, canalizamos nossas energias
interiores muitas vezes concentradas nos viciamentos da imaginao
doentia que nos desequilibram emocionalmente e nos prendem aos
condicionamentos nocivos. A caridade nos ajuda definitivamente a
nos libertar dos vcios e a vencer os defeitos;
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4o. Embora possamos utilizar razovel tempo em profundas auto
anlises, na descoberta das recnditas origens dos nossos
comportamentos conflitivos, as horas empregadas na caridade nos
proporcionam os importantes treinamentos da benevolncia, da
piedade, da generosidade, da afabilidade, doura, abnegao e
devotamento, virtudes que s a prtica constante nos far adific-las
em nosso esprito;
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5o. A prtica da caridade por todos os meios igualmente um
esforo de auto remodelao interior, cujos resultados agiro em ns de
modo semelhante ao trabalho de um exmio escultor que retira de
dentro de um bloco de rocha a imagem delicada de uma angelical
madona.
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Podemos considerar, finalmente, que o trabalho de transformao
interior s ser completado pela aplicao da caridade em todas as
nossas aes. Sem ela no atingiremos nossas metas de ascenso
espiritual, e apenas por sua senda veremos um dia as criaturas
humanas irmanadas no bem comum, vivendo e convivendo com igualdade,
solidariedade e tolerncia.
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A Prtica da assistncia ao prximo Dispomos de estudos
frequentes, de reunies sistemticas, de preces dirias... Por que no
instituir em nossas tarefas doutrinarias o culto semanal da
assistncia fraterna? Procuremos, assim, os meios de, nem que seja
por algumas horas de um dia na semana, prestarmos o nosso servio ao
prximo como um dever cristo. Desse modo, em primeiro lugar, vamos
escolher o campo de trabalho em que melhor possamos produzir.
Depois de estabelecermos o local a desempenhar o servio,
programaremos, ento, o dia da semana e o horrio.
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Os Campos de Servio ao Prximo Embora as Casas Espritas ofeream
sempre muitas oportunidades de assistncia ao prximo, podemos
dedicar nossa ajuda a outras instituies de carter assistencial,
como indicaremos mais adiante. Dessa maneira, vejamos quais os
principais campos de servio cristo que possamos escolher para o
nosso voluntariado.
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Iniciar com um Estgio recomendvel sermos cautelosos, at mesmo
com os nossos repentes de entusiasmo, quando decidirmos
ardentemente nos dedicar, de todo o corao, a uma obra assistencial.
Importantes so esses bons impulsos, mas a realidade poder nos
constranger e certamente arrefecer a nossa possvel euforia ao
entregarmo-nos a to bons propsitos.
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Um estgio inicial para testarmos nossa resistncia e averiguar
nossos anseios de benevolncia muito necessrio, em qualquer servio
assistencial que tenhamos escolhido. No contato direto com o
trabalho vamos enfrentar as naturais dificuldades que as imperfeies
das organizaes assistenciais e dos prprios colaboradores
apresentam. So condies at comuns que nos faco confirmar os ideais
de realizao.
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Ningum produz sem contar com o concurso de outros companheiros
que conjuguem esforos no mesmo sentido e, onde est a criatura
humana, estar tambm a imperfeio. Com ela vamos ainda conviver por
muito tempo e precisamos aceit-la como situao normal, sem que isso
nos cause quaisquer dissabores ou nos afaste da tarefa
abraada.
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Depois de um perodo de estgio experimental de trinta, sessenta
ou noventa dias, reexaminemos nosso animo, reavaliemos nossos
propsitos e da sigamos com mais firmeza e segurana, ao termos sido
bem sucedidos nos testes pelos quais passamos.
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A Caridade comea dentro de casa Est ao alcance de qualquer
criatura praticar a caridade, e devemos considerar que mais valor
ter quanto mais nos fizer falta o que estivermos a outrem
oferecendo, isto , tirando do que nos sobra no fazemos mais do que
obrigao; tirando do que nos falta, praticamos a renncia. Embora
possamos prestar os nossos servios ao prximo, em locais carente, a
criaturas necessitadas, longe do nosso ncleo domstico, indagaramos:
Quem so os nossos prximos mais prximos?
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A resposta nos conduz a ateno para os familiares diretos e os
secundrios. Quase sempre temos nossa volta, sem darmos muitos
passos, aqueles que esto espera de nosso carinho, compreenso e
tolerncia. Uma palavra, um olhar, um gesto, uma mo estendida, uma
conversa reconfortante, uma visita de apoio, uma colaborao
financeira silenciosa, um farnel em dias de penria, um agasalho
para as noites frias, enfim, em mil oportunidades existentes com
relativa frequncia, no seio de qualquer famlia.
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isso mesmo, olhemos primeiro nossa volta, e averiguemos se no
estaramos nos omitindo em nossos deveres de caridade para com os
prximos mais prximos. Vale fazer esse primeiro exame e,
discretamente, sem alaridos, correspondermos com o nosso concurso
fraterno, dentro de casa, e para com a parentela da qual fazemos
parte.