Unidade 2 Definições de próteses e órteses: tipos, aplicações e indicações Adaptações Funcionais no Idoso
Unidade 2Definições de próteses e órteses:
tipos, aplicações e indicações
Adaptações Funcionais no Idoso
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
ALCIRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUESPAULO HERALDO COSTA DO VALLE
AUTORIAAlciris Marinho Corrêa Rodrigues
Olá. Meu nome é Alciris Marinho Corrêa Rodrigues. Sou formada em
Enfermagem com Especialização em Micropolíticas de Saúde, Gestão da
Docência do Ensino Superior, MBA em Administração Hospitalar com uma
experiência técnico-profissional na área de saúde de 29 anos, trabalhando
em atenção básica em saúde. Trabalhei como supervisora do Programa
do Idoso na Unidade Básica de Saúde pelo Sistema Único de Saúde por
mais de 10 anos. Tenho experiência de 8 anos na docência no ensino
superior. Amo o que faço, e procuro transmitir a minha experiência de
trabalho, e de vida na assistência, aos acadêmicos que estão buscando
cada vez mais a se aperfeiçoar em suas profissões. Por isso fui convidada
pela Editora Telesapiens a agregar seu elenco de autores independentes.
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e
trabalho. Conte comigo!
Paulo Heraldo Costa do Valle
Olá. Meu nome é Paulo Heraldo Costa do Valle. Sou formado em
fisioterapia, mestre e doutor em fisiologia pela Universidade Federal de
São Carlos (UFSCar), com experiência técnico, profissional e acadêmica
na área de saúde a mais de 25 anos. Trabalhei em várias universidades
do país. Já trabalhei como consultor AD HOC do MEC para autorização,
reconhecimento e renovação de cursos de graduação, fui membro da
Comissão Assessora do Curso de Fisioterapia do ENADE. Fui membro
da Comissão de Qualificação de Cursos e da Comissão de Educação do
COFFITO e membro da Comissão de Sindicância do CREFITO. Fui Vice-
presidente da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia e Presidente
da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia. Além da Telesapiens já
produzi conteúdos para 5G Educacional, Campanha Nacional de Escolas
da Comunidade, Delínea, DPContent, DTCOM, Editora Guanabara Koogan,
Kroton Educacional, Laureate Digital, Must, Phorte Educacional, SGS
Academy, Uniasselvi, Uninove, Unyleya e VG Educacional. Sou apaixonado
pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que
estão iniciando em suas profissões. Por isso trabalho junto com a Editora
Telesapiens compondo o seu elenco de autores independentes. Estou
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho.
Conte comigo sempre.
ICONOGRÁFICOSOlá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
INTRODUÇÃO:para o início do desenvolvimento de uma nova compe-tência;
DEFINIÇÃO:houver necessidade de se apresentar um novo conceito;
NOTA:quando forem necessários obser-vações ou comple-mentações para o seu conhecimento;
IMPORTANTE:as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você;
EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado;
VOCÊ SABIA?curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias;
SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen-to do seu conheci-mento;
REFLITA:se houver a neces-sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis-cutido sobre;
ACESSE: se for preciso aces-sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi-mas abordagens;
ATIVIDADES: quando alguma atividade de au-toaprendizagem for aplicada;
TESTANDO:quando o desen-volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas;
SUMÁRIOPessoa idosa com deficiência ............................................................... 12
A rede de cuidados à pessoa com deficiência no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS).................................................................................................................. 12
Plano nacional da pessoa com deficiência .................................................................. 16
Rede de cuidados a pessoa com deficiência - RCPD ........................................ 16
Patologias, lesões e deficiência funcional em idosos .................26
Qual a diferença entre incapacidade, patologia e lesão? ................................26
Tecnologias assistivas e o uso de próteses e órteses ................ 35
O que é tecnologia assistiva? .................................................................................................35
Conceito de prótese ..................................................................................................................... 36
Tipo de prótese ...............................................................................................................................37
Conceito de órtese ........................................................................................................................ 38
Tipos de órtese ................................................................................................................................ 38
Órteses para a coluna cervical ............................................................................................. 40
Órteses para a coluna torácica, lombar, sacra ..........................................................43
Órteses de membro superior .................................................................................................44
Tecnologia tridimensional .......................................................................45
Impressão 3D ......................................................................................................................................47
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UNIDADE
02Adaptações Funcionais no Idoso
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INTRODUÇÃOOlá estudante! Vamos falar sobre o uso de próteses e órteses na área
de atenção à saúde do idoso com deficiência. Para a Organização Mundial
da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas que vivem diariamente
com a situação da deficiência e, dentre estas, há ainda 200 milhões que
convivem com as dificuldades funcionais consideráveis. Os dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do último censo de
2010, comprovam que 23,9% da população no país, tem algum tipo de
deficiência. Essas podem ser de cunho visual, auditiva, motora, mental ou
intelectual. Ainda segundo o censo do IBGE de 2010, a deficiência mais
recorrente no Brasil é a visual (18,6%), seguida da motora (7%), seguida
da auditiva (5,10%), e, por fim, da deficiência mental (1,40%). Se formos
avaliar em números totais, esta percentualidade corresponde perto de 46
milhões de pessoas, pautando que, deste total, 13.273.969 asseguram ter
determinada deficiência motora permanente.
No Brasil, temos a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria
MS/GM nº 793, de 24 de abril de 2012, constitui em seu formato diretrizes
e finalidades em atenção ao cuidado do indivíduo com deficiência, tais
como a garantia de acesso e de qualidade dos serviços, oferecendo
cuidado integral e assistência multiprofissional sob a nexo interdisciplinar.
Resolve também, sobre a promoção de mecanismos e estratégias de
educação permanente ampliando a oferta de órteses, próteses e meios
auxiliares de locomoção (OPM’s).
Como estudamos na Unidade I, o envelhecimento é um processo que
engloba uma gama de transformações, e com isso vai trazer consequências
na saúde geral do indivíduo, procedendo ao comprometimento de sua
condição fisiológica, psicológica, biológica e sensorial, podendo levar o
idoso a um isolamento social e familiar. A prótese e a órtese, melhoram a
qualidade de vida do idoso. Vamos ao estudo!
Adaptações Funcionais no Idoso
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OBJETIVOSOlá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2 - Definições de próteses
e órteses: tipos, aplicações e indicações. Nosso objetivo é auxiliar você
para alcançar os seguintes objetivos de aprendizagem profissionais até o
término desta etapa de estudos:
1. Compreender a rede de cuidados do idoso com deficiência dentro
do contexto de direitos e do Sistema Único de Saúde (SUS).
2. Identificar as patologias e lesões que podem levar a pessoa idosa
à uma deficiência funcional.
3. Demonstrar o uso de órtese e prótese a partir de uma avaliação
adequada e aplicação correta da tecnologia assistiva no tratamento
de idosos com deficiência.
4. Reconhecer a importância da acessibilidade no novo contexto da
tecnologia tridimensional.
Então! Preparado para uma viagem maravilhosa no trem do
conhecimento, prepare-se para a nova parada. Vamos lá!
Adaptações Funcionais no Idoso
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Pessoa idosa com deficiência
INTRODUÇÃO:
O objetivo desta competência é fundamentar a discussão sobre o envelhecimento e a deficiência na pessoa idosa. Com o intuito de ajudar você a ampliar seus conhecimentos sobre as questões relacionadas ao envelhecimento, entre estas, as próteses e órteses, mostrando uma iniciação sobre a temática geral. Veremos também a rede de cuidados à pessoa com deficiência a partir do atendimento do SUS.
A rede de cuidados à pessoa com deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
O Relatório Mundial sobre Deficiência (OMS, 2011), esclarece que
a deficiência faz parte da condição humana, e que as pessoas têm ou
poderão ter alguma espécie de deficiência temporária ou permanente em
dado momento de sua vivência. Existem multifatores que colaboram para
esse fato, como: o envelhecimento e o crescimento da população idosa e a
questão da sobrevida na prematuridade de bebês, tudo graças a ampliação
tecnológica em hospitais e assistência farmacêutica de alta geração.
O modelo conceitual acatado pelo relatório foi a classificação
internacional de funcionalidade, deficiência e saúde (CIF), que delibera
a “incapacidade como termo abrangente para deficiências, limitações às
atividades e restrições à participação.
A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência (CDPD 2006) adota que a deficiência é um conceito que
evolui “a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e
barreiras comportamentais e ambientais que impedem sua participação
plena e eficaz na sociedade de forma igualitária”, entende-se que não está
restrita a pessoa, não podemos dizer que é seu atributo, está direcionada
ao ambiente em volta dela. Ao falarmos sobre deficiência, esta necessita
Adaptações Funcionais no Idoso
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ser compreendida pela relação da pessoa como o espaço onde vive, para
tanto, é de suma importância a compreensão primeiramente do espaço,
dos recursos disponíveis, e dos obstáculos encarados em seu dia a dia.
Bernardes (2012 apud BRASIL,2014) descreve que a partir da
Constituição houve um alinhamento da competência comum da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em como tratarem
da saúde e assistência pública, da proteção e da garantia dos direitos
das pessoas com deficiência sendo dever destes legislarem de forma
concorrentemente sobre a proteção e integração social das pessoas com
deficiências, distintas normas legais foram editadas nesse sentido.
Figura 1: O processo de envelhecer
Fonte: ©Freepik
O processo do envelhecer pontua transformações de ordem
biológica, psicológica e social. Em relação a esses grupos, em termos
de saúde, pouco se têm feito para que as limitações não originem
deficiências. É até mesmo pode-se detectar que a deficiência, muitas
vezes, tem sua origem pela falta e/ou dificuldade de acesso ao cuidado.
Frente ao exposto, vale reconhecer que ser idoso e ter uma deficiência
formam circunstâncias de vulnerabilidade. O adequado enfrentamento
das demandas apontadas pelo envelhecimento populacional auferirá a
efetivação de um cuidado integral voltado aos idosos, sintonizando as
práticas de promoção da saúde e prevenção de agravos.
Adaptações Funcionais no Idoso
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REFLITA:
Vamos a uma reflexão: A existência de uma condição de saúde abaixo de um modelo abstrato de normalidade e a persistência dessa condição permite ao modelo médico distinguir a doença, da questão da deficiência. Algumas patologias são percebidas como condições temporárias. Partindo desse mérito, ainda que se tenha uma situação de saúde rebaixada à verificada ao ser comparada ao critério de normalidade, pessoas com um processo patológico que a condiciona por um tempo a limitação, podem não ser analisadas como deficientes dentro do modelo médico pois a redução de capacidades é de caráter temporário e não aprovando que se defina uma identidade. Se a deficiência é uma circunstância irreversível, é corretamente admissível a redefinição do conceito de normal ajustando à condição permanente das pessoas. Por exemplo, a questão da deficiência visual, passa a ser a condição normal de uma pessoa que tem a deficiência, não é coerente dizer que a pessoa com deficiência é doente, ao contrário não faz sentido, se uma pessoa que não consegue enxergar, pois está com patologia ocular grave essa pessoa podemos classificar como doente, enquanto a pessoa que não enxerga, é considerada deficiente.
A Lei Nº 13.146 de 06 de julho de 2015, a lei Brasileira de Inclusão
ou Estatuto da Pessoa com Deficiência determina que o idoso com
deficiência como:
Aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com
os indivíduos. (BRASIL, 2015)
Os padrões de deficiência de um país são altamente influenciáveis
por tendências nas condições de saúde e nas disposições ambientais, ou
seja, fatores tais como traumas causados por acidentes automobilísticos,
desastres naturais, dieta, abuso de drogas, conflitos. (BRASIL,2013).
Adaptações Funcionais no Idoso
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Esse assunto nos faz refletir, que as políticas públicas, os serviços
e instituições na contemporaneidade estão tendo que passar por várias
alterações devido a urgência, vindo à tona uma reformulação dessa
atenção ao cuidado e da reorganização dos serviços de saúde. Para que
se faça acessível às pessoas idosas com deficiência.
Os idosos têm vivido com a carência de assistência médica e
insuficientes atividades de lazer, da situação de angústia ocasionada às
reduzidas importâncias das aposentadorias e pensões. Os profissionais de
saúde devem refletir e trabalhar de maneira conjunta com os idosos com
deficiência física não somente com algumas condições de saúde/doença,
mas ao mesmo tempo como sendo estas originárias do contexto social e
ambiental em que vivem, assim como pelas distintas percepções culturais
e disponibilidade de serviços e legislação (FABRICIO; PARTEZANI, 2008;
FARIAS; BUCHALA, 2005).
EXPLICANDO MELHOR:
O Ministério da Saúde, tem a responsabilidade de coordenar o processo de implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação da política de saúde da pessoa com deficiência instituída a nível de Brasil, observando os princípios e diretrizes do SUS, por meio de colaboração e da assessoria técnica direcionada a Estados, a Municípios e ao Distrito Federal para o desenvolvimento dessas ações, bem como da rede de cuidados do indivíduo com deficiência no âmbito do SUS para que esta esteja pautada na normatização. É de vital necessidade que haja a articulação intra e intersetorial, compreendendo: organizações não governamentais e instituições afins os movimentos sociais, e a transversalização para que se inclua o fomento e a promoção de construções para o desenvolvimento, a capacitação de recursos humanos, além disso, para que haja pesquisas nessa temática.
Adaptações Funcionais no Idoso
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Plano nacional da pessoa com deficiênciaA Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, foi
estabelecida por meio da portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002, está
voltada para a inclusão das pessoas com deficiência em toda a rede
de serviços do SUS, assinala-se pelo reconhecimento da necessidade
de implementar o processo de respostas às complexas questões que
abrangem a atenção à saúde do indivíduo com deficiência no País.
Temos como diretrizes da Política Nacional de Saúde da pessoa
com deficiência em base nacional as seguintes (M. S,2019):
• Promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência;
• Assistência integral à saúde da pessoa com deficiência;
• Prevenção de deficiências;
• Ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação;
• Organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa
com deficiência;
• Capacitação de recursos humanos.
VOCÊ SABIA?
A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (AMPID) tem atuação em âmbito nacional desde o ano de 2004 e coopera para o diálogo social e a promoção dos interesses dos idosos e pessoas com deficiência. Clique aqui.
Rede de cuidados a pessoa com deficiência - RCPD
O SUS tem compromissos avocados com a convenção internacional
sobre os direitos das pessoas com deficiência e com o Protocolo
Facultativo, Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência –
Plano Viver sem Limite e a Classificação Internacional de Funcionalidade,
Adaptações Funcionais no Idoso
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Incapacidade e Saúde (CIF). Com a Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (OMS, 2004), a funcionalidade e a
deficiência passam a ser abrangidas de forma dinâmica e correlacionadas
entre problemas de saúde e fatores contextuais, pessoais, ambientais
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2012). De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (2012), os fatores referidos anteriormente podem ser
facilitadores ou relacionados a grandes barreiras, que são analisados como
ambientais e pessoais. Destacam-se como fatores ambientais: produtos
e tecnologias, ambiente natural e construído, suporte e relacionamento,
atitudes, serviços e sistemas, políticas públicas. Os fatores pessoais estão
entre os da motivação e autoestima.
O Relatório Mundial sobre a deficiência, descreve a necessidade
precoce das ações de reabilitação e de atenção a prevenção de
incapacidades e ainda de que o SUS ofereça uma rede que disponibiliza a
reabilitação integrada, articulada e efetiva em pontos de atenção à saúde
da pessoa com deficiência, com o objetivo de assistir as pessoas com
deficiências, o Ministério da Saúde vem editar a Portaria MS/GM nº 793,
de 24 de abril de 2012, esta estabeleceu a rede de cuidados a pessoa com
deficiência. Esta portaria, vem ainda contemplar ações de saúde bucal
nos estados e municípios. Objetivando garantir acesso e atendimento
odontológico irrestrito aos indivíduos com deficiência.
A rede de cuidados à pessoa com deficiência tem como objetivos
gerais (BRASIL, 2012, online):
Ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com
deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva
ou estável; intermitente ou contínua no SUS.
Promover a vinculação das pessoas com deficiência auditiva,
física, intelectual, ostomia e com múltiplas deficiências e suas
famílias aos pontos de atenção;
Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção
das redes de Saúde no território, qualificando o cuidado por
meio do acolhimento e classificação de risco.
Adaptações Funcionais no Idoso
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As redes de atenção à saúde, são arranjos organizativos
que vão acompanhar a pessoa com deficiência de acordo
com os níveis de atenção à saúde (primário, secundário e
terciário) dentro da necessidade de atendimento básico ou
especializado, no sistema único de saúde (BRASIL, 2012).
Os pontos de atenção da rede de atenção à saúde, e da rede
de cuidados a pessoa com deficiência são: atenção básica, atenção
especializada em reabilitação auditiva, física, intelectual, visual, ostomia e
em múltiplas deficiências e atenção hospitalar e de urgência e emergência.
No SUS a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência está pautada
na ampliação do acesso e na qualificação da assistência a estas pessoas,
quer estejam com deficiência temporária ou permanente, progressiva ou
regressiva, estável, intermitente ou contínua.
A rede de cuidados à pessoa com deficiência está baseada nas
seguintes diretrizes na íntegra (BRASIL,2012):
I - Respeito aos direitos humanos, com garantia de autonomia,
independência e de liberdade às pessoas com deficiência
para fazerem as próprias escolhas;
II - Promoção da equidade;
III - Promoção do respeito às diferenças e aceitação de
pessoas com deficiência, com enfrentamento de estigmas e
preconceitos;
IV - Garantia de acesso e de qualidade dos serviços, ofertando
cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica
interdisciplinar;
V - Atenção humanizada e centrada nas necessidades das
pessoas;
VI - Diversificação das estratégias de cuidado;
VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam
a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao
exercício da cidadania;
Adaptações Funcionais no Idoso
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VIII - ênfase em serviços de base territorial e comunitária,
com participação e controle social dos usuários e de seus
familiares;
IX - Organização dos serviços em rede de atenção à saúde
regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais
para garantir a integralidade do cuidado;
X - Promoção de estratégias de educação permanente;
XI - Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas
com deficiência física, auditiva, intelectual, visual, ostomia e
múltiplas deficiências, tendo como eixo central a construção
do projeto terapêutico singular; e
XII - Desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação
tecnológica em reabilitação, articuladas às ações do Centro
Nacional em Tecnologia Assistiva.
Figura 2: Tecnologia Assistiva
Fonte: pixabay
Componentes da rede de cuidados à pessoa com deficiência:
• Atenção Básica: a portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017,
aprova Política Nacional de Atenção Básica, constituindo a revisão de
diretrizes para a organização da Atenção Básica, no campo do SUS.
Adaptações Funcionais no Idoso
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Na letra do Art. 2º da Portaria, define que: “a atenção básica
é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e
coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção,
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos,
cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por
meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada,
realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população
em território definido, sobre as quais as equipes assumem
responsabilidade sanitária”. No parágrafo §1º a Atenção Básica
será a principal porta de entrada e centro de comunicação
da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e
serviços disponibilizados na rede.
A Atenção Básica, tem como ponto de atenção: a unidade básica de
saúde (UBS), O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica
(NASF-AB) é uma estratégia ligada a Atenção Primária à Saúde (APS), e a
atenção odontológica trabalha na confecção de protocolos de atenção,
definido por nível de cuidados. Requer uma atenção abrangida em todos
os níveis de complexidade, formatando uma ação integrada da equipe de
saúde (CALDAS JÚNIOR; MACHIAVELLI, 2015).
• Atenção Especializada em Reabilitação: esse componente é
constituído por ações de reabilitação auditiva, física, intelectual,
visual, ostomia e em multíplices deficiências.
• Serviços de Reabilitação: são estabelecimentos de saúde
credenciados individualizados no serviço de reabilitação.
Exemplificando, temos o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva
na Média Complexidade, Serviço de Reabilitação Visual e serviço
classificado em Atenção às Pessoas Ostomizada.
• Centros de Especialidades Odontológicas (CEO): são
estabelecimentos de saúde que contribuem para o acolhimento
especializado odontológico.
• Centro Especializado em Reabilitação (CER): é um ponto de
atenção voltado ao ambulatório especializado em reabilitação o
qual vai realizar o diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação
Adaptações Funcionais no Idoso
21
e manutenção de tecnologia assistiva, organizado em referência
para a rede de atenção à saúde no território (BRASIL, 2012d).
IMPORTANTE:
A tecnologia assistiva é ciência norteada pela pesquisa, ao desenvolvimento e a aplicação de aparelhos/instrumentos e procedimentos que aumentam ou restauram a função humana (LUZO; MELLO; CAPANEMA, 2004). Quanto aos CERs, eles se distribuem em: CER II - composto por dois serviços de reabilitação habilitados; CER III - composto por três serviços de reabilitação habilitados; CER IV - composto por quatro ou mais serviços de reabilitação habilitados.
Os Centros Especializados de Reabilitação organizam-se nas
seguintes modalidades (BRASIL, 2012a):
• CER II – atende pessoas com deficiência em pelo menos duas
modalidades de reabilitação;
• CER III - atende pessoas com deficiência em pelo menos três
modalidades de reabilitação;
• CER IV - atende pessoas com deficiência nas quatro modalidades
de reabilitação.
• Oficina Ortopédica está articulada com o estabelecimento de
saúde habilitado como serviço de reabilitação física ou ao CER com
serviço de reabilitação física, visando ampliar o acesso e a oferta de
tecnologia assistiva (BRASIL, 2012a). A oficina ortopédica é um serviço
de dispensação, de confecção, de adaptação e de manutenção de
órteses próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM).
As órteses são aparelhos mecânicos de uso externo, são usados
para a proteção de estruturas reparadas, mantendo ou aumentando a
amplitude de movimento, para aperfeiçoar a qualidade de um movimento
quando a força muscular é insuficiente, realiza o trabalho de suprir a ação
muscular provisoriamente que foi perdida ou servir de sustentação, e de
inclusão em aparelho de autoajuda (LUZO; MELLO; CAPANEMA, 2004
apud BRASIL,2017).
Adaptações Funcionais no Idoso
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Próteses é um dispositivo adicionado ao corpo a fim de substituir
de forma estética ou funcional um componente que foi perdido por
deficiência congênita ou adquirida (RODRIGUES; CAVALCANTI; GALVÃO,
2007Apud BRASIL,2017).
• Meios auxiliares de locomoção são equipamentos auxiliares para
manter ou completar a mobilidade, a saber: bengalas, andadores,
muletas e cadeiras de rodas (CAVALCANTI, GALVÃO; MIRANDA,
2007).
• Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência: tem na sua
composição: Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Serviços
de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Hospitais de
Emergência, a qual é responsável por (BRASIL, 2012a):
I - Acolhimento, classificação de risco e cuidado nas situações de
urgência e emergência das pessoas com deficiência.
II - Instituir equipes de referência em reabilitação em portas
hospitalares de urgência e emergência vinculadas à ação pré-deficiência.
III - Ampliar o acesso e qualificar a atenção à saúde para pessoa
com deficiência em leitos de reabilitação hospitalar.
IV - Ampliar o acesso regulamentado da atenção à saúde para
pessoas com deficiência em hospitais de reabilitação.
V - Ampliar o acesso às urgências e emergências odontológicas,
bem como ao atendimento sob sedação ou anestesia geral, adequando
centros cirúrgicos e equipes para este fim.
Além desses pontos de atenção há outros na rede. De acordo com
o Plano Viver sem Limite, faz parte da Rede de Cuidados à Pessoa com
Deficiência, outros dispositivos intersetoriais. Que são:
• Residências Inclusivas: destinadas a jovens e adultos com
deficiência em situação de dependência. Organizada em pequenos
grupos de até dez pessoas por residência, cuja acolhida e convivência
promove o desenvolvimento de capacidades adaptativas à vida
diária, autonomia e participação social (BRASIL, 2013).
Adaptações Funcionais no Idoso
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• Centro - Dia de Referência para Pessoas com Deficiência: Tem por
objeto a oferta durante o dia de cuidados pessoais a jovens e adultos
com deficiência em situação de dependência. (BRASIL, 2013).
• Centro de Referência da Assistência Social (CRAS): é uma unidade
descentralizada da política de assistência social, responsável pela
organização e ofertas de serviços da proteção social básica. Tendo
por finalidade prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidade
e riscos sociais no território e ampliação do acesso aos direitos de
cidadania (BRASIL, 2009b).
• Centro de Referência Especializado da Assistência Social
(CREAS): tem como papel capital, uma posição de referência, nos
territórios, da oferta de trabalho social especializado no Sistema
Único de Assistência Social (SUAS), conexo a famílias e indivíduos
em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos.
(BRASIL, 2011c).
Figura 3: Componentes da rede de cuidados à pessoa com deficiência
Fonte: UNA-SUS. UFMA. 2017
Para que você entenda melhor, a seguir veja o significado de cada
uma das siglas informadas na figura:
1. UBS – Unidade Básica de Saúde: onde funciona a Equipe de
Saúde da Família (ESF), o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e
Atenção Básica (NASF-AB) e a Atenção Odontológica.
Adaptações Funcionais no Idoso
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2. CER – Centro Especializado em Reabilitação;
3. CEO – Centro de Especialidade Odontológica;
4. CRAS – Centro de Referência da Assistência Social;
5. CREAS – Centro de Referência Especializado da Assistência Social;
6. Serviço de Urgência e Emergência – Unidade de Pronto
Atendimento (UPA);
7. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Hospital de
Emergência;
8. Serviço de Reabilitação – estabelecimentos de saúde habilitados
em apenas um Serviço de Reabilitação.
RESUMINDO:
Vamos fazer uma revisão da competência 1! A concepção da terminologia pessoa com deficiência, passa a ser utilizada para assim designar essa população. Ao longo do tempo, a definição de deficiência sofreu muitas reformulações, por fim se chegou ao definido pela Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). O Relatório Mundial sobre deficiência (OMS, 2011), enfatiza a deficiência como parte da condição humana, com o envelhecimento ou não todos poderão por diversos fatores ter uma deficiência seja temporária ou permanente. As transformações da sociedade e as políticas emergentes públicas, trouxeram a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (instituída pela Portaria nº 793, de 24/04/12), com a finalidade de ampliar o acesso e qualificar a assistência da pessoa com deficiência temporária ou permanente, e suas qualificações no âmbito do SUS. A rede é focada na organização e na atenção integral à saúde. Portanto, neste estudo, reuniu-se conhecimento desde os conceitos gerais da pessoa com deficiência e idosa, até a implementação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, elucidadas a partir de contextos teóricos.
Adaptações Funcionais no Idoso
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Os direitos por meio de normativas tais como: o estatuto do idoso,
estatuto da pessoa com deficiência, atualmente, parecem estar bem mais
próximos das pessoas, fato esse, é que muitos já começam a entender
que a cidadania é para todos, porém não podem ser alcançados na
maioria das vezes por quem deles realmente necessita, e não é por falta
de legislação, e sim, muitas vezes a ausência de políticas públicas, acabam
por não torna-los efetivos os direitos que estão previstos no ordenamento
jurídico brasileiro.
SAIBA MAIS:
O Estatuto da Pessoa com Deficiência a Lei 13.146/2015, foi um marco para a proteção da dignidade e direito da pessoa com deficiência. Conheça o estatuto, e saiba mais. Clique aqui.
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Patologias, lesões e deficiência funcional em idosos
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, estudaremos as doenças e lesões prevalentes relacionadas à deficiência no Brasil, no trato com idosos.
Qual a diferença entre incapacidade, patologia e lesão?
A patologia, a deficiência e a limitação funcional são terminologias
que estão diretamente associadas ao conceito de incapacidade.
Determinados modelos teóricos foram desenvolvidos com a intuito de
explicar esses conceitos, promovendo a compreensão e o conhecimento
dos termos empregados e baseando a sua aplicabilidade em políticas
públicas, prática clínica, e pesquisas científicas. Vejamos então:
DEFINIÇÃO:
A INCAPACIDADE é um termo abrangente para deficiências, limitações para realizar atividades e restrições para participar de certas tarefas, que junta os aspectos negativos da interação entre um indivíduo (com um problema de saúde) e os fatores contextuais daquele indivíduo (fatores ambientais e pessoais) (OMS, 2012).
Já o termo PATOLOGIA é a objeto das ciências da saúde que analisa
as doenças, os sinais, sintomas, causas e alterações que são geradas no
organismo.
Ao destacarmos analisamos que LESÃO é um termo bem
pouco específico. O Ministério da Saúde (MS) define a lesão como
alteração estrutural ou funcional por causa da doença, podendo estar
correlacionada com alterações morfológicas (BRASIL, 2008), nesse caso
pode-se determinar que:
Adaptações Funcionais no Idoso
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• Lesão medular: é uma alteração da estrutura funcional da medula;
• Lesão traumática: é alteração produzida por um agente mecânico
ou físico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) é responsável em
disponibilizar a classificação estatística internacional de doenças e
problemas relacionados à saúde, designada como Código Internacional de
Doenças (CID). Perceber a doença no aspecto da patologia é necessário,
mas insuficiente e bem inferiormente complexo, do que compreender o
processo de adoecimento e o cuidado.
Dando continuidade na questão deficiência pessoas podem ter
uma única deficiência: deficiência física, deficiência mental, deficiência
visual, deficiência auditiva, deficiência intelectual, ou múltipla deficiência
que procede da agregação de duas ou mais das deficiências.
Algumas patologias em idosos, podem levar à deficiência, estre
estas temos:
Como doenças transmissíveis, temos:
• Hanseníase: essa patologia causada pelo Mycobacterium leprae
ou bacilo Hansen, que tem predisposição a atacar os nervos
periféricos. Nota-se que grande parte das pessoas com hanseníase
que são diagnosticadas de maneira tardia, exibem alterações
neurais e incapacidades em grau 1 e 2 durante a avaliação no
diagnóstico, sendo essas com alto poder incapacitante do indivíduo.
Muitos descobertos tardios, apareciam com complicações nos
olhos e nos pés, sendo o nervo de maior cometimento o radial.
Os tipos de lesão podem ser primários e secundários, entre as
causas neurogênicas são classificadas como primárias: os déficits
sensitivos, motores e autonômicos; e secundários: retrações,
lesões traumáticas e infecções pós-traumáticas. (BRASIL,2001).
Como doenças crônicas não transmissíveis, podemos citar:
• Diabetes Mellitus: O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome
metabólica de procedência múltipla, decorre da ausência de
insulina e/ou da incapacidade de a insulina desempenhar
Adaptações Funcionais no Idoso
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adequadamente seus efeitos. O pâncreas, produz a insulina, e
é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a
insuficiência desse hormônio provoca deficiência de metabolização
da glicose e, consequentemente, diabetes (BRASIL,2001). A
doença causa o acúmulo de glicose (hiperglicemia) de forma
permanente. O DM tipo 2 compreende cerca de 90% dos casos
de diabetes na população, sendo seguido em constância pelo DM
tipo 1, que tem frequência de aproximadamente 8% (AMERICAN
DIABETES ASSOCIATION, 2010).
A diabetes pode levar a muitas complicações, por exemplo,
alterações vasculares, insuficiência renal e acidente vascular encefálico,
perda de visão levando ao declínio cognitivo, amputações, deficiência
física, quedas e fraturas, ameaçando a perda da independência do
indivíduo. Essa patologia tem como complicações principais: alterações
vasculares, como déficit na irrigação sanguínea, ainda isquemia, que é
a falta de oxigenação a nível tecidual, ulceração e alteração diminuindo
a cicatrização, principalmente dos membros inferiores. Outras alterações
causadas são as neurológicas, comumente abrangendo os neurônios
periféricos, se chama neuropatia periférica, provocando degeneração
progressiva de neurônios que tem a função de causar a dor e a
sensibilidade, resultando em perda de sensibilidade à dor principalmente
nas extremidades. Muitas vezes essas complicações podem levar a
amputação de um membro.
• Acidente vascular cerebral (AVC): a causa do acidente vascular
cerebral é uma interrupção do suprimento de sangue para o
cérebro podendo ocorrer por uma oclusão (acidente vascular
isquêmico) ou rompimento (acidente vascular hemorrágico)
de uma artéria. As alterações apresentadas podem ser de
sensibilidade e da motricidade no lado do corpo contralateral
(hemiplegia ou hemiparesia) à lesão e déficit na fala quando a
lesão tiver comprometido o lado esquerdo do cérebro. As pessoas
que apresentam AVC, em geral, podem ter:
Adaptações Funcionais no Idoso
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[...] hipertonia com padrão de flexão dos membros superiores,
relacionados a rotação interna de ombro, flexão de cotovelo
e flexão de punho e dedos, dificultando a extensão dos
membros inferiores, por causa da lesão, por adução de quadril
e flexão plantar. (UMPHRED, 2008 apud BRASIL, 2014, p.121)
Devido ao comprometimento neuromotor, a marcha fica alterada,
além de outros músculos que realizam os movimentos. Nestes casos,
na maioria das vezes, são indicadas órteses de posicionamento para os
membros superiores, tipo punho mão, com o objetivo de melhorar a
funcionalidade e reduzir o aparecimento de contraturas e deformidades. O
padrão de marcha da pessoa, altera, em certos casos, ele usa a extensão
do tronco inferior e elevação da pelve para começar a fase de balanço, o
joelho permanece estendido e o tornozelo em flexão plantar. (UMPHRED,
2008 apud BRASIL,2014).
• Artrite reumatoide: é uma artropatia inflamatória crônica de causa
autoimune que abrange sobretudo as articulações periféricas, tais
como: mãos, pés, joelhos, tornozelos, quadris, ombros e cotovelos.
Causando dor, limitação de movimento e deformidades articulares.
As articulações mais acometidas pela artrite são as falanges, as
interfalangianas proximais (IFP) e as metacarpofalangianas (MCF).
Dentre as deformidades mais comuns temos: hiperextensão das IFP
e flexão das MCF, também chamada deformidade em pescoço de
cisne. (…). Nesta patologia é muito comum a dificuldade de marcha
e o comprometimento para atividades básicas como vestir-se,
alimentar-se e higiene pessoal, bem como no desenvolvimento
das funções sociais e de trabalho (CARVALHO, 2008).
• Osteoartrite ou artrose: a osteoartrite (OA), é uma patologia
articular que deriva da perda progressiva da cartilagem,
combinada com espessamento do osso subcondral, neoformação
óssea nas margens articulares (osteófitos) e uma sinovite crônica
e discreta. Divide-se em dois tipos: primária, sem causa associada,
ou secundária, quando ocasionada por outras patologias com
comprometimento na articulação. (BRASIL,2014). A sintomatologia
apresentada: dor, limitação de amplitude de movimentos
Adaptações Funcionais no Idoso
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articulares, edema. Repetidamente com acometimento das
articulações IFP e IFD, quadril, joelho, coluna cervical e lombar.
A dor é piorada com a movimentação dos membros, mas pode
ocorrer após o repouso (SEDA, 2008).
• Escoliose e cifose: as escolioses são deformidades da coluna
vertebral, são de causas idiopáticas, caracterizada por desvio no
plano frontal de mais de 10 graus. As cifoses são deformidades
da coluna por causa da ampliação da cifose torácica. Com o
envelhecimento, acontecem alterações no controle postural do
idoso que vai influenciar na mobilidade funcional e o déficit de
equilíbrio, atividade física na cifose dorsal do idoso (HALLAL,2003
apud BRASIL,2014, p.126). Neste tipo de patologia é observado ao
examinarmos a assimetria de ombros, da caixa torácica e da cintura,
e pela presença de dor, principalmente quando for secundária a
outras doenças. Para reduzir a dor e impedir a progressão dessas
alterações podem ser prescritos variados tipos de órteses.
IMPORTANTE:
Vimos neste tópico que algumas pessoas podem ser levadas a deficiência e incapacidades em função das doenças crônicas, estando correlacionadas com as causas múltiplas, que têm início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou incerta duração. De curso clínico que pode ser mudado ao longo do tempo, com períodos de agudização, e podem gerar incapacidades. Demandam intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, conexas a mudanças de estilo de vida, em um processo contínua assistência que nem sempre levam à cura.
• Doenças neuromusculares: as doenças neuromusculares (DNM)
estão inseridas no grupo de distúrbios, hereditários ou adquiridos,
que comprometem de maneira especial o corpo do neurônio
motor na medula espinhal, o nervo periférico, a placa motora e
o tecido muscular. As DNMs que comprometem o trato piramidal
são a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a paraparesia espástica
Adaptações Funcionais no Idoso
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familiar (Doença de Strumpell) (BRASIL,2014). As manifestações
clínicas são: atrofia muscular, desequilíbrio muscular e alterações
posturais, inatividade, redução da capacidade do sistema muscular
a resistência aos exercícios físicos, especialmente postura em
flexão das articulações de quadril e joelhos nos indivíduos
dependentes de cadeira de rodas. Dentre as deformidades de
membros superiores são comuns acontecer o comprometimento
para atividades de vida diária básica.
• Tendinites: a tendinite é assinalada como uma inflamação do
tendão, sendo resultante de microtraumas que acontecem quando
a unidade músculo-tendínea está agudamente sobrecarregada
com uma força de tração que é muito pesada e / ou muito
repentina (SHIVAKUMAR et al., 2014, apud BRASIL,2014, p.128).
As tendinites podem ser ainda, serem secundárias a doenças
inflamatórias autoimunes, doenças endócrinas e patologias
neurológicas infecções, traumas mecânicos. A sintomatologia varia
sendo os principais sintomas: dor e edema com graus variados de
dificuldade de movimento e diminuição de força muscular.
Figura 4: Tendinite
Fonte: ©Freepik
As órteses podem ser empregadas como terapia adjuvante das
tendinites com o objetivo de conter, limitar ou auxiliar na estabilização
do movimento articular relacionado aos músculos e tendões acometidos.
São muito usadas as órteses de posicionamento de punhos e imobilização
de polegar (BRASIL, 2014).
Adaptações Funcionais no Idoso
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IMPORTANTE:
As doenças neuromusculares podem afetar pessoas em qualquer período da vida, as causas são variáveis. Apesar de não ser uma regra, crianças são mais afetadas por enfermidades neuromusculares de causas genéticas, no entanto os indivíduos de mais idade são as que mais padecem de doenças degenerativas. As causas principais são os fatores tóxicos ou inflamatórios podem afetar todas as faixas etárias.
Doenças por traumas e lesões
• Lesão medular: os progressos tecnológicos e a melhoria da
qualidade de vida admitem que os indivíduos em idade avançada
prossigam desenvolvendo atividades conferidas a faixas etárias
mais jovens (LIMA, 2011). Após o trauma, o idoso permanece
internado de 1 a 52 dias (PAULA, 2010). De acordo com os
autores, os idosos que são desportistas, realizam atividades que
antes eram somente para jovens, isso por causa dos processos
tecnológicos atuais. Mas, devemos assinalar aqui que adequação
arquitetônica urbana e das edificações públicas é um passo
importante para a redução de riscos os quais os idosos vivem
em suas atividades diárias, devido à ausência de acessibilidade.
Lesões não traumáticas da mesma forma, podem provocar lesão
medular por insuficiência de irrigação sanguínea provocada por
uma embolia, trombose ou hemorragia; compressão medular
causada pelo deslocamento do disco intervertebral para o
interior da medula, pelo comportamento dos tumores ou por
uma subluxação vertebral, outras doenças que acarretam a
destruição da mielina, tais como: esclerose múltipla e esclerose
lateral amiotrófica; processos inflamatórios (LUNDY-EKMAN, 2000;
UMPHRED, 2008 apud BRASIL,2014, p.137). As complicações mais
frequentes desses traumas são: tetraplegia, comprometimento
dos membros superiores e inferiores, pois estas lesões afetam
a vértebra T1 promovendo a paraplegia, e paralisia de membros
inferiores.
Adaptações Funcionais no Idoso
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As lesões motoras podem causar contraturas e deformidades, a
literatura indica a utilização de órteses para esses indivíduos (BRASIL,
2014).
• Traumatismo crânio encefálico: o TCE é qualquer lesão que
decorre de trauma externo, que tenha como consequência
alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração do
couro cabeludo, assim como o comprometimento funcional
das meninges, encéfalo ou seus vasos, decorrendo alterações
cerebrais, momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva
ou funcional (MENON et al., 2010 apud BRASIL, 2015). O TCE,
compromete a capacidade funcional e cognitivo da pessoa
idosa, levando a limitações, problemas como cognição,
personalidade e comportamento podem estar presentes a longo
prazo, prejudicando a qualidade de vida do idoso acometido. As
incapacidades resultantes do TCE dividem-se em três categorias:
físicas, cognitivas e emocionais ou comportamentais. As físicas
são diversificadas, podem ser motoras, visuais, táteis e outras.
As cognitivas são problemas de atenção, memória, e funções
executivas. As incapacidades comportamentais ou emocionais
são, em geral, a perda de autoconfiança, motivação diminuída,
depressão, ansiedade, dificuldade de autocontrole, estando
frequentemente representado por desinibição, irritabilidade e
agressão (FANN; HART; SCHOMER, 2009; LEZAK; HOWIESON;
LORING, 2004; PODELL et al., 2010; SENATHI-RAJA; PONSFORD;
SCHONBERGER, 2010; YANG et al., 2007 apud BRASIL, 2015, p.27).
Na prática diária, reconhecemos uma classificação simplificada
de mecanismos, que envolve os acidentes automobilísticos, as quedas
e as agressões físicas (BRASIL,2014). Observa-se que determinadas
lesões são mais repetidas em mecanismos específicos. Os indivíduos
acometidos por quedas do mesmo nível expõem máxima frequência
de lesões crânio-encefálicas em comparação aos demais mecanismos
(PARREIRA,2010). As lesões tipificadas em raquimedulares e as fraturas
pélvicas são características das vítimas de traumas por queda de altura. Os
motociclistas apresentam especialmente fraturas em membros inferiores,
principalmente as expostas (PARREIRA,2012).
Adaptações Funcionais no Idoso
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Doenças por múltiplas causas
• Neuropatias periféricas: as neuropatias periféricas são lesões
que atacam o sistema nervoso periférico. Incluem entre estas as
radiculopatias, causadas por hérnia discal, avulsão traumática, as
plexopatias, que são a paralisia braquial obstétrica, neurite braquial
e lombossacra, mononeuropatia que se configura como lesão de
nervo no osso ulnar, mediano, lesão de nervo no osso fibular e as
polineuropatias. As principais lesões nessa tipologia são as causadas
por trauma com objetos cortantes, armas de fogo, acidentes
automobilísticos, agentes tóxicos, desordens genéticas, doenças
inflamatórias, infecções, alterações endócrinas e deficiências
vitamínicas que geram alterações degenerativas dos neurônios.
RESUMINDO:
Neste capítulo estudamos as patologias que podem levar à deficiência e também o uso de próteses e órteses, no caso do idoso. Na prática, algumas doenças transmissíveis podem levar a incapacidade, como é o caso da Hanseníase. Outras doenças como as crônicas degenerativas podem gerar incapacidade e até perda de membro, como é o caso da diabetes mellitus. O pé diabético é um exemplo que ocorrer amputação, quando área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera não tratada pode levar à amputação do membro afetado. Doenças neuromusculares e doenças por traumas e lesões podem também comprometer o sistema orgânico ocasionando a perda funcional de um membro ou sensorial cognitiva, levando a deficiência. Vimos também que sequelas do trauma crânio encefálico TCE precisarão de múltiplos cuidados nas envolvendo as diversas fases do processo, requerendo suporte ao longo da vida, da família, diversas categorias de profissionais da área de saúde. Os profissionais envolvidos devem levar em conta a natureza e a gravidade dos déficits físico-funcionais, cognitivos, linguísticos e comportamentais, e seu impacto na participação social do indivíduo.
Adaptações Funcionais no Idoso
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Tecnologias assistivas e o uso de próteses e órteses
INTRODUÇÃO:
Nesta competência o objetivo está em conhecer os componentes das próteses e órteses, conceitos e tipos, e prescrições dadas por profissionais especializados, que são usadas quando amputados os membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII), tendo como perspectiva a funcionalidade, autonomia e independência da Pessoa Com Deficiência (PCD) em relação às suas atividades diárias básicas.
O que é tecnologia assistiva?No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela
PORTARIA N° 142, de 16 de novembro de 2006 conceitua a tecnologia
assistiva como:
A tecnologia assistiva é uma área do conhecimento, de
característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e
participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social.
Este termo é utilizado para identificar o composto de recursos e
serviços que colaborarão para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e, por conseguinte, irão promover
a vida independente e a inclusão.
Especialmente os usuários de próteses e órteses, os processos
adaptativos são muitos, em todos as áreas da vida humana, e requerem
cuidados especiais do ser humano como um todo, a fim de garantir os
direitos que lhe são devidos e qualidade de vida.
Adaptações Funcionais no Idoso
36
A tecnologia assistiva deve permear todo nosso estudo acerca do
uso das próteses e órteses. Tendo em vista o cuidado com o paciente,
a aplicação da tecnologia assistiva exige a presença de uma equipe
multidisciplinar capaz de avaliar o paciente de forma assertiva e integral
indicar os recursos e processos de reabilitação, a fim de direcionar o
paciente para o melhor tratamento existente diante de sua deficiência.
Diante disso, mantendo a linha do intuito do nosso estudo que é
identificar as necessidades do paciente idoso com deficiência que precisa
do uso de uma órtese ou prótese, estudaremos os conceitos, diferenças
e funções de cada um desses dois elementos.
Conceito de prótesePrótese é um dispositivo ortopédico que tem como função suprir
um membro amputado ou com má formação. As próteses são definidas
como componentes artificiais utilizados para substituir segmentos ou
partes de segmentos corporais perdidos por amputações de origem
traumática, vascular, tumoral, infecciosa ou congênita (BRASIL,2014).
Com relação aos princípios básicos das amputações, as mesmas
devem acontecer no nível mais distal possível, desde que com adequada
cobertura cutânea e sensibilidade presente, com a finalidade de tornar
mínimo as implicações sobre o gasto energético com o andar confortável.
Além desse princípio, deve-se sempre avaliar as condições do membro
contralateral para fornecer ao paciente uma expectativa real de reabilitação
e se possível protetização. A pele deve ter bom aspecto de integridade
(BRASIL,2015).
Deve-se atentar para a ossificação heterotópica, em geral acontece
em até 63% dos casos. Com relação ao coto de amputação é importante
que o nível da amputação seja correto, o coto seja estável com boa
recuperação e cicatrização das estruturas envolvidas e a cobertura
cutânea adequada com preservação da sensibilidade. Espera-se a
ausência de neuromas e a presença de boa circulação arterial e venosa. A
prescrição de prótese passa por análise da condição clínica da pessoa, da
capacidade funcional prévia e da sua expectativa em relação ao resultado
estético do dispositivo (BRASIL,2015).
Adaptações Funcionais no Idoso
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Tipo de prótese Existem dois tipos principais próteses (BRASIL,2015): as
endoesqueléticas e exoesqueléticas. As próteses endoesqueléticas são
próteses onde a conexão é entre o encaixe e o pé, é formada de elementos
modulares metálicos (aço, titânio, fibra de carbono) que podem ser
cobertos por materiais especiais. Nas próteses exoesqueléticas a conexão
entre o encaixe e o pé é composta de elementos de madeira ou plástico.
As próteses para membro inferior têm três partes básicas: encaixe, corpo e
pé. O encaixe é feito na medida certa para cada paciente, sendo moldada
a partir de um protótipo gessado adquirido especificamente para cada
paciente. A nomenclatura para os encaixes é vastíssima, porém é o mais
importante, é verificar que a adaptação seja perfeita e saber que o apoio
ocorre em geral no tendão patelar e côndilos femorais.
Figura 5: Próteses
Fonte: ©Freepik
O processo de reabilitação no uso de prótese pode ser dividido em
pré e pós-protetização. Os objetivos da reabilitação pré-protetizacão são
(BRASIL, 2015, p.59):
Preparar o coto de amputação para que ele possa ser
protetizado;
Desenvolver habilidades para realização de todas as atividades
diárias possíveis sem o uso da prótese;
Realizar exercícios de fortalecimento muscular, alongamento
e equilíbrio visando uma deambulação independente futura.
Adaptações Funcionais no Idoso
38
Conceito de órteseÓrteses ou dispositivos ortóticos, para a ISO 9999:2007, são
dispositivos justapostos externamente ao corpo para transformar
características estruturais e funcionais neuromusculoesquelético, são
utilizadas para impedir ou corrigir deformidades, estabilizar ou imobilizar,
facilitar a higienização, proteger contra lesões, posicionando e auxiliando a
função dos membros superiores, inferiores e tronco, causadas por lesões,
doenças, alterações congênitas ou condições conexas ao processo do
envelhecimento. (BRASIL,2015).
A órtese deve ter as seguintes características: simples, confortável e
a mais discreta possível. Na opção da escolha de materiais para produção
de órteses considera-se a durabilidade, a flexibilidade e peso, forças a
que estarão submetidas.
Tipos de órteseExistem vários tipos de órteses, dentre estas, podemos citar
as palmilhas, órteses de Sarmiento, suropodálicas, cruropodálicas,
pelvipodálicas e com barra de conexão metálica. Para a confecção das
órteses pode ser utilizado:
Termoplásticos (polivinil carbonato/PVC, polietileno,
polipropileno, resinas);
Tecidos sintéticos, lona e velcro;
Metais (ferro, aço cromado, aço inox, alumínio e titânio);
Fibras (vidro e carbono);
Couro, espumas, borracha, cortiça e silicone. (BRASIL, 2014,
online)
• Palmilhas: As palmilhas vão permitir o suporte das estruturas do
pé com objetivo de proporcionar padrão de marcha adequado e
apoio plantígrado. O tempo para substituição das palmilhas vai
variar com a massa corporal do idoso, o grau de desalinhamento
do pé e o tipo de atividade praticada. O tempo de duração da
Adaptações Funcionais no Idoso
39
palmilha é em média, de 1 a 4 anos. A função dessa palmilha é
melhorar o alinhamento do membro inferior, pelve e coluna,
prevenindo a degeneração óssea prematura e os processos
dolorosos. (BRASIL,2015).
Figura 6: Palmilhas
Fonte: ©Freepik
• Tutor de Sarmiento: o tutor de Sarmiento é uma órtese de
polipropileno circular que faz a conversão da pressão hidrostática
de expansão radial da musculatura de um determinado segmento
num componente de estabilização. Dessa forma, o paciente
que recebe a prescrição desse tipo de órtese deve obedecer a
recomendação de aplicar descarga de peso de forma guiada no
membro para mobilizar as articulações adjacentes. Indicações:
Tratamento funcional de fraturas pelo método de Sarmiento.
Auxilia na estabilização do úmero. Pode ser indicado no pós-
operatório. (BRASIL,2015).
• Órteses suropodálicas: as órteses suropodálicas são usadas com
o objetivo de imobilizar ou limitar o movimento da articulação do
tornozelo. Atuam na prevenção de deformidades nas doenças
neuromusculares e neurológicas, ou melhorar o padrão de marcha
de pacientes com sequela de traumatismos. Indicação: dorsiflexão
ativa, sem deformidades articulares e hipertonia de tríceps sural =
ARTICULADA, ausência de força muscular de dorsiflexores, sem
deformidade e com espasticidade tríceps sural = FIXA, ausência de
dorsiflexão, com espasticidade e equino evoluindo para irredutível
= FIXA COM TIRAS DE TRAÇÃO (BRASIL,2015).
Adaptações Funcionais no Idoso
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• Órteses cruropodálicas: As órteses cruropodálicas podem
harmonizar o joelho rígido ou articulado. São indicadas para
pessoas com necessidade de proteção temporária ou decisiva
da mobilidade do joelho, ou também utilizadas em indivíduos
com insuficiência do mecanismo extensor do joelho de origem
anatômica ou neurológica. Indicação: Estabilizar pés e joelhos;
Auxiliar na Deambulação (BRASIL,2015).
• Órteses pelvipodálicas: são indicadas para os pacientes com
deficiência neurológica ou muscular que limite os movimentos
da articulação coxofemoral. É um dispositivo que abrange todo
o membro inferior, com inclusão com uma tira larga que envolve
a região abdominal, desta forma conecta o tronco ao membro
inferior (BRASIL,2015).
• Órteses com barra de abdução: são empregados após a terapia
do gessado do pé torto congênito. O seu uso está indicado para a
manutenção do pé corrigido, após manipulações gessadas e/ou
tenotomia do tendão calcâneo. São também indicadas as órteses
com barra de abdução, utilizadas após a terapia gessado do pé
torto congênito (BRASIL,2015).
ACESSE:
Assista ao vídeo sobre próteses e órteses amplie seus conhecimentos. REPÓRTER NBR - 01.02.18: Os preços de todas as órteses e próteses compradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vão ser registrados. A partir desse documento, o governo espera reduzir a diferença dos preços pagos por esses produtos em todo o país. Clique aqui.
Órteses para a coluna cervical • Colares flexíveis, semirrígidos e rígidos: os colares flexíveis para
a coluna cervical são feitos de espuma de borracha, de espuma
plástica ou feltro entrelaçado em algodão e preso com velcro.
São enrolados no pescoço e geram limitação parcial da coluna
Adaptações Funcionais no Idoso
41
(EDELSTEIN, 2006). Podem ser flexíveis, rígidos (colar de Thomas)
e semirrígidos. Esses colares sejam do tipo flexível, semirrígido
e rígido são indicados em casos de hipermobilidade, pós-
traumatismo, cervicalgias, torcicolos, pós-operatório de cirurgias
cervicais e artrose e atrite leves. A questão imobilidade o critério
para a sua indicação conforme convém (EDELSTEIN, 2006 apud
BRASIL,2014).
Figura 7: Colares coluna cervical
Fonte: ©Wikimedia Commons
• Colar Philadelphia: o colar Philadelphia, desenvolvido em 1971,
é confeccionado em espuma de polietileno com reforço vertical
anterior. O colar se estende desde o queixo até o manúbrio, na
frente, e das tuberosidades occipitais até a região acima dos
ângulos superiores das escapulas, nas costas. Alguns modelos
têm um orifício na frente para favorecer os indivíduos com
traqueostomia. Ele tem a mesma indicação do colar macio, rígido
ou semirrígido, porém devem ser usados em situações que
exigem maior imobilidade da coluna cervical. Também pode ser
utilizado para controlar cicatrização em pessoas com queimaduras
(EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
• Órteses SOMI (imobilizador esterno-occipito-mandibular): as
órteses SOMI podem ser acopladas hastes verticais, podendo ser
ajustada conforme a necessidade, se estendem da parte superior
Adaptações Funcionais no Idoso
42
para a inferior. As órteses SOMI são indicadas na imobilização da
coluna cervical (EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
• Órtese Minerva: a órtese Minerva é usada na necessidade de
grande imobilização dos movimentos do pescoço, indicada ainda
em situações com fratura da coluna cervical com ou sem lesão
medular se estende do tórax até o queixo, posteriormente ela
segue do dorso até a região parietal. Ao lado posterior existe uma
faixa que circunda a testa.
• Órtese Halo: essa órtese é a mais eficaz indicada na imobilização
máxima da coluna cervical, tem a capacidade de limitar os
movimentos ao nível de C3 e occipito. O procedimento é realizado
pelo ortopedista sendo comum a participação do técnico em
órtese e prótese (TOP) para proceder ao ajustamento das hastes
para obter a altura indicada do pescoço (EDELSTEIN, 2006 apud
BRASIL,2014).
NOTA:
Olá! Veja a informação de utilidade pública: o nosso SUS fornece de forma gratuita equipamentos sensoriais e de locomoção ao brasileiro com deficiência. Estão à disposição das pacientes variados tipos de próteses para a utilização como substitutos dos membros e articulações do corpo, órteses que servem como aparelhos para alinhar ou regular determinadas partes do corpo, aparelhos acessórios no deslocamento diário da pessoa com deficiência. Inclui trabalho de reabilitação e acompanhamento. Após avaliação na rede de serviços o paciente recebe o equipamento sem custo. Desde 2012, os cadeirantes brasileiros contam com o serviço de adaptação das cadeiras de rodas. O paciente que não consegue utilizar a cadeira de roda padrão fornecida pelo SUS tem o auxílio da rede pública para financiar as devidas alterações. No Portal da Saúde, o site dispõe de informações sobre os equipamentos fornecidos nas unidades de reabilitação. Clique aqui.
Adaptações Funcionais no Idoso
43
Órteses para a coluna torácica, lombar, sacra
As órteses para o tronco são indicadas para melhorar a postura
reduzindo as patologias da coluna vertebral tais como escoliose, cifose e
hiperlordose (EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
• Órtese Milwaukee: prescrita para criança ou adolescente com
escoliose não estruturada e que esteja em fase de crescimento
(EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
• Órtese de Boston: é uma órtese tóraco-lombo-sacral, indicada
para o controle da escoliose, espondilólise e espondilolistese,
ausência do colar cervical, o que a torna mais estética que a
anterior (EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
• Órtese Tóracolombosacra (OTLS): As órteses tóracolombosacras
envolvem as colunas torácica, lombar e sacral. Indicado para
pessoas com escoliose.(EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
• Órteses Lombosacras: as órteses lombosacras envolvem o tronco
anteriormente desde o processo xifoide até a sínfise púbica e
posteriormente desde o ângulo inferior da escapula até a parte
superior ou base das nádegas (EDELSTEIN, 2006). Indicada para
indivíduos com hiperlordose não estruturada (Colete de Wiliams).
Os coletes tipo Putti, também são um tipo de órtese lombosacras,
usado para reduzir a sobrecarga nos músculos paravertebrais
promovendo alívio da região lombar.
• Órteses Sacroilíacas: as órteses sacroilíacas são denominadas
cintas e indicadas para diminuir a diástase sacroilíaca. Indicada na
separação da sínfise pubiana ou a pressão sobre a musculatura
extensora da região lombosacra em indivíduos que transportam
muito peso (EDELSTEIN, 2006 apud BRASIL,2014).
Adaptações Funcionais no Idoso
44
Órteses de membro superiorAs órteses de membros superiores podem ser distribuídas em
estáticas, dinâmicas, estáticas seriadas e funcionais, não dispõe em sua
estrutura, tensores, trações elásticas, esticadores ou molas que são os
componentes das órteses dinâmicas, cuja indicação é a aplicação de
forças nos segmentos articulares (BRASIL,2015).
RESUMINDO:
Neste capítulo, estudamos as órteses enquanto aparelhos propostos a suprir ou corrigir a alteração morfológica de um órgão, de um membro ou de um segmento de um membro, ou a deficiência de uma função. Já a prótese é um aparelho ou dispositivo destinado a substituir um órgão, de um membro ou parte do membro destruído ou gravemente acometido. Estudamos os diversos tipos de órteses e próteses em sua configuração e indicação. Explicou-se as patologias principais que podem levar a deficiência. Neste contexto, podemos refletir que para indicar órteses e próteses para pessoas com deficiência, existe toda uma abordagem multidisciplinar na avaliação e indicação de uso. Cada componente da equipe é igualmente importante neste processo de reabilitação, pois atuam em diferentes etapas do processo de assistência. A equipe assistencial é constituída por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, pedagogos e outras eventuais categorias profissionais associadas no processo.
Adaptações Funcionais no Idoso
45
Tecnologia tridimensional
INTRODUÇÃO:
O objetivo desta competência é entender a importância do uso da tecnologia 3D em relação à redução de custos, acessibilidade e otimização.
O uso da tecnologia 3D está sucessivamente ampliando suas
aplicações na medicina (JAVAID; HALEEM, 2018 apud SCHMITZ, 2019).
Parte desse crescimento se deve pela redução dos custos de novos
equipamentos e pelo acréscimo da facilidade de utilização, e acessibilidade.
São elementos da tecnologia 3D, a digitalização 3D, modelagem 3D e
impressão 3D. A digitalização 3D é a parte responsável para conseguir
medidas reais, obtendo modelos 3D digitais (SCHMITZ, 2019).
A tecnologia tridimensional pode ser realizada por meio de
scanners comerciais, ou equipamentos médicos como ressonância
magnética ou tomografia computadorizada. A modelagem usa programas
computacionais para manipulação das imagens e dos modelos digitais.
Utilizada exclusivamente para visualização/inspeção ou para invenção de
novos produtos customizados. Esses produtos podem ser confeccionados
utilizando as técnicas de impressão 3D. Nos dias atuais, existem múltiplas
técnicas de impressão 3D que empregam diversos materiais para
fabricação de uma infinidade de produtos, abrangendo desde objetos
simples de decoração até órgãos do corpo humano (SCHMITZ, 2019).
A tecnologia assistiva, direcionada à promoção do envelhecimento
ativo representa um campo em ascensão, impulsionado, principalmente,
pelo paradigma da inclusão social, que defende a participação de
pessoas idosas, com deficiência ou funcionalidade reduzida, nos diversos
ambientes da sociedade, abrangendo todas as ordens do desempenho
humano, das tarefas básicas de autocuidado ao desempenho de
atividades profissionais (RODRIGUES,2013).
Adaptações Funcionais no Idoso
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Os serviços de tecnologia assistiva, se organizam e têm por objetivo
desenvolver ações práticas que garantam ao máximo os resultados
funcionais pretendidos no uso da tecnologia adequada (BRASIL,2009).
A tecnologia assistiva com as transformações no mundo digital, estão
cada vez mais inovando para o auxílio nas deficiências e na promoção do
envelhecimento saudável.
Segundo Garcia (2010), as órteses em impressão 3D podem ser
personalizadas e apropriadas a anatomia do paciente, promovendo a
higiene, ao contrário das órteses convencionais de talas gessadas, que
são pesadas, densas, e comumente ocasionando odor fétido e prurido,
tornando o paciente insatisfeito.
A órtese personalizada bem projetada coopera para a melhora
da pessoa que faz uso do produto de maneira mais eficaz, de modo
que o mesmo se sinta mais confortável, e não desista o tratamento por
insatisfação com o produto. A impressão 3D vem operando em conjunto
com o design na área da medicina, gerando tecnologias com várias
vantagens, como: a diminuição de tempo de fabricação, custo reduzido,
com menores falhas no processo e para o paciente viabiliza melhor
prognóstico, proporcionando melhor qualidade de vida, fazendo com
que esse paciente possa interagir no convívio social (RAULINO, 2011).
De acordo com o autor, a inovação da tecnologia assistiva criada pelo
elemento 3D vem trazer a pessoa com deficiência diversos benefícios, por
exemplo, melhor ajustamento e custo diminuído.
Para atender os pacientes da melhor maneira possível, e de forma
personalizada, a impressão 3D está sendo uma tecnologia bastante
utilizada em novas pesquisas, pois proporciona ao usuário mais conforto e
qualidade, é um material mais leve, ajustado para o paciente, e proporciona
melhor higienização, evitando o mau cheiro e coceira (TECH4HEALTH,
2016, online).
Adaptações Funcionais no Idoso
47
Impressão 3DConforme Raulino (2011) a impressão 3D está relacionada a um leque
de vantagens, aplicada em vários setores, atualmente aprofundada na área
acadêmica, está sendo empreendida no setor da medicina, sobretudo no
desenvolvimento de próteses e órteses personalizadas. Os obstáculos vêm
sendo superados, e a cada dia a impressão vem ganhando um novo espaço.
O desenvolvimento de protótipos por impressão 3D é análogo às impressoras
comuns, onde o cabeçote coloca a tinta sobre o papel, linha por linha. No
sistema de impressão tridimensional o produto é feito graficamente em 3D
no software computacional e em imediatamente o modelo é convertido em
coordenadas, repartindo-se em camadas planas (VOLPATO et al., 2000).
Figura 8: Impressora 3D
Fonte: ©Wikimedia Commons
Sabemos que a tecnologia tridimensional vem se posicionando no
mercado da medicina em relação às órteses e próteses. A impressão 3D,
na atualidade, está sendo usada em vários setores, apresentando grandes
feitos na área científica, sendo explorada na medicina em particular no
incremento de órteses e próteses personalizadas, superando barreiras e
agilizando processos e garantindo prognósticos melhores para o paciente
que necessita deste tipo de tecnologia.
RESUMINDO:
Neste capítulo, estudamos a importância do uso da tecnologia 3D em relação à redução de custos, acessibilidade e otimização, no atendimento do idoso e do portador de deficiência física.
Adaptações Funcionais no Idoso
48
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