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Abrace mais Fé fora do templo
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Abrace mais

Jul 25, 2016

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Abrace mais nasceu como fruto de uma devocional, seguida de uma dinâmica, aplicada pelo Pastor Glênio Paranaguá Fonseca em um dos retiros do Projeto Timóteo (Grupo de pastoreio mútuo). Na ocasião, percebi que havia ali ensinamentos que precisamos espalhar e que o abraço deveria fazer parte mais constante em nosso dia a dia. Somos ensinados a manter distância. Deus nos quer por perto. Assim, ele desconstrói nossos pressupostos para nos aproximar dele e de nosso semelhante. Afiram o Pr. Glênio: “Deus quer nos descontruir para sermos gente que toca em gente”. Ser gente que toca em gente, ser humano como humano foi o nosso mestre Jesus. Este é o nosso desafio.
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4 Igreja Presbiteriana Independente de Araraquara | ipiararaquara.org.br

O encontro do Pequeno GrupoAcolhidA

Tempo: 15 minutos. Momento informal para acolher e criar o ambiente propício para o louvor e edificação. Não se disperse, o foco são as pessoas. Importe-se com elas.

AdorAção

Tempo: 15 minutos. Momento de chamar todos para, juntos, louvarmos ao Senhor. Ore no início, assim, você já atrai a atenção de todos. Providencie um material impresso, com letras, para que todos possam cantar. Escolha previamente os cânticos do encontro, mas não deixe de aceitar sugestões.

EdificAção

Tempo: 20 minutos. Agora é hora de Deus falar ao nosso coração. Mantenha o foco nas pessoas. Lembre-se, o roteiro é um guia para conduzir as pessoas a se abrirem e falarem de suas necessidades. Incentive a participação das pessoas. Procure usar uma Bíblia de linguagem acessível (Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Nova Versão Internacional e Bíblia A Mensagem são bons exemplos)

compArtilhAr

Tempo: 10 minutos. Momento de contar as bênçãos da semana e também de orar por questões específicas. Estimule as pessoas a falarem, enfatize a importância do compromisso que cada um tem com o outro e de que, no grupo, há um ambiente seguro de compartilha e apoio mútuo.

AvAliAção

Tempo: 15 minutos. Este momento é exclusivo nos roteiros de treinamento de líderes. O objetivo não é criticar, mas sim edificar. Por isso, encontre um tom amigável para avaliar o líder do dia. Alguns pontos a serem observa-dos: postura, pontualidade, condução geral, preparo antecipado, domínio do assunto abordado, condução das participações dos demais.

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IntroduçãoAbrace mais nasceu como fruto de uma devocional, seguida de uma dinâmica, aplicada pelo Pastor Glênio Paranaguá Fonseca em um dos retiros do Projeto Timóteo (Grupo de pastoreio mútuo). Na ocasião, percebi que havia ali ensinamentos que precisamos espalhar e que o abraço deveria fazer parte mais constante em nosso dia a dia. Somos ensinados a manter distância. Deus nos quer por perto. Assim, ele des-constrói nossos pressupostos para nos aproximar dele e de nosso se-melhante. Afirma o Pr. Glênio: “Deus quer nos descontruir para sermos gente que toca em gente”. Ser gente que toca em gente, ser humano como humano foi o nosso mestre Jesus. Este é o nosso desafio.

oportunidAdE pArA convidAr

Convide os integrantes de seu pequeno grupo a caminhar com você nes-ta jornada. São quatro temas que possuem títulos interessantes e que funcionam como um chamariz por si só. Use-os! São uma rica oportu-nidade para se convidar pessoas de um jeito criativo, abordando temas que são preciosos e importantes para cristãos e não cristãos. A temática do abraço, em si, já é um diferencial num mundo tão frio e virtual.

Autor: Reverendo Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo

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6 Igreja Presbiteriana Independente de Araraquara | ipiararaquara.org.br

01 | Abraço que acolheLucas 15.11-32

pArA comEço dE convErsA

» Quantos anos você tinha quando saiu da casa de seus pais?

introdução

A história do filho perdido é bastante conhecida. O filho mais novo que sai de casa e gasta toda sua herança e retorna pobre para os braços do pai. Há muitas lições para se tirar desta parábola contada por Jesus. Hoje vamos compreender e aprender algumas delas, como o abraço do pai nos ensina a acolher e viver com nossos semelhantes.

dEsEnvolvimEnto

O passado no passado. Depois de gastar toda a sua parte da herança, o filho mais moço está entre porcos quando lhe ocorre de voltar para casa de seu pai. Ele ensaia um roteiro na cabeça e vai. O pai olha para a estrada, esperando um vulto conhecido. Um certo dia, surge um moço. Humilhado, envergonhado e maltrapilho ele caminha em direção à pro-priedade. O pai reconhece o filho e corre em sua direção. O abraça e o acolhe. Ele não quer saber de discursos ensaiados. Ele não quer saber de justificativas. Ele quer saber de seu filho em seus braços. Ele não quer saber do passado. Ele quer restaurar seu filho. Quantas vezes nos deparamos com pessoas que se achegam a nós humilhados e envergo-nhados e nós simplesmente lhes negamos o abraço da fé? O passado no passado. Você não precisa saber dos detalhes do passado de alguém para acolher e falar do amor de Deus.

O presente é o presente. Aquele pai acolhe o filho com festa. Restaura a condição dele de filho e o coloca no seu lugar. Enche a casa de alegria e passa a comemorar. O filho mais velho não compreende a alegria do pai. Não se conforma. Quer punição! Mas o pai não quer punir. O pai não está preocupado com o passado, ele quer viver o presente. E o pre-sente é o presente de Deus para ele: “Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado” (Lucas 15.32). O presente é a vida hoje, já.

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O pai amoroso acolhe o filho humilhado e envergonhado. Deus não nos quer longe dele. Mesmo que tenhamos errado, abandonado, ele nos quer com ele. Ele sabe do nosso passado e não quer o passado no pre-sente. O presente é acolher e restaurar. O presente é acolher e perdoar. O presente é acolher e transformar.

AplicAção

Diante do erro do outro não somos juízes, somos acolhedores. Acolher é correr em direção aos humilhados pelo pecado, os envergonhados pe-los erros e acolher sem demora. O abraço do pai no filho é a imagem do amor sem medida, que recebe de volta sem mágoas e certos de que o futuro será diferente. Cremos que Deus nos acolhe, restaura, perdoa e transforma. Abracemos mais. Acolhamos mais.

GrAvAndo no corAção

» Acolher é ignorar o pecado? » Você já se sentiu acolhido quando errou? Qual a importância desse momento em sua vida?

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02 | Abraço que restauraGênesis 45.13-16

pArA comEço dE convErsA

» Quem na sua casa é a “manteiga derretida”, o chorão ou chorona?

introdução

A história de José do Egito é repleta de exemplos de como Deus restau-ra a vida e a justiça. Já no fim dos relatos bíblicos sobre a vida de José, temos o reencontro dele com os irmãos que o venderam para mercado-res. Venderam porque tinha ciúmes de José com o pai. No reencontro de José com seus irmãos vamos tirar os ensinamentos para nós hoje.

dEsEnvolvimEnto

Perdão e restauração. José já estava estabelecido no Egito quando seus irmãos aparecem por lá. Reconhecendo-os, José arma um plano para se aproximar e deter os seus irmãos com ele. Num dado momento, José não consegue mais encenar seu papel de governador duro e rompe em lágrimas, se revelando aos seus irmãos. Ele abraça a Benjamim e depois a todos os irmãos, um a um, incluindo aqueles que o jogaram no poço e depois o vendeu a mercadores. José perdoa e, ao perdoar, restaura o relacionamento com seus irmãos. O abraço choroso de José nos revela como devemos perdoar e restaurar nossos relacionamentos. Nos revela que o mal feito no passado está no passado e não deve mais ditar as regras dos dias de hoje. Quem é alvo da graça de Deus experimenta a restauração de suas vidas. Quem é alvo da restauração de Deus não per-mite que seus relacionamentos se deteriorem, mas busca a restauração.

Sustento e restauração. José envia seus irmãos de volta para buscar o pai e o restante da família. A preocupação é com o sustento. A fome e escassez havia começado há dois anos e ainda haveria cinco anos de fome pela frente. O reencontro de José com os irmãos foi notícia no palácio de Faraó, que ficou feliz e cedeu uma área para que a família e os servos de José pudessem viver em paz. A restauração do relaciona-mento de José com os irmãos garantiu sustento para a família de Jacó durante os duros anos de fome. Restauração nunca ocorre por si mes-ma. Há bênçãos incontáveis quando restauramos os relacionamentos e

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nos dispomos a perdoar e reconstruir nossas relações. Se há perdão a ser liberado, perdoe. Seja o primeiro a dar o passo na restauração dos relacionamentos de sua casa, trabalho, escola, em cada área da sua vida. Haverá resistências, os que preferem carregar o peso das mágoas du-rante a vida inteira ao invés de viver a leveza do perdão. Perdoe assim mesmo e não desista de restaurar a amizade e o vínculo da paz.

AplicAção

Com José aprendemos que não há mal que nos faça que justifique o fato de não buscarmos a restauração de nossos relacionamentos. Nos abraços de José em seus irmãos aprendemos que nem o tempo e nem a maldade são capazes de aplacar o genuíno amor. José tinha todos os motivos para matar seus irmãos. Para torturá-los. Fazer com eles o que eles lhe fizeram. Mas José preferiu dar aos seus irmãos o que Deus lhe dera: misericórdia e perdão. Perdoados, os irmãos agora experimen-tariam a restauração e seus benefícios. Abracemos mais. Busquemos restauração.

GrAvAndo no corAção

» A restauração é um momento ou uma jornada? » Você precisa restaurar algum relacionamento? Quer que oremos com você a respeito?

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03 | Abraço que perdoaGênesis 33.1-4

pArA comEço dE convErsA

» Existe algo que você não perdoaria?

introdução

Esaú e Jacó possuíam um relacionamento conturbado. Não se viam há muito tempo foram um de encontro ao outro. Jacó, temendo que Esaú quisesse brigar com ele, por conta de rusgas do passado. O que surpre-endeu Jacó foi a reação de Esaú, da qual tiramos os ensinamentos de nossos encontros de hoje.

dEsEnvolvimEnto

Quebrando o a dureza. Jacó foi ao encontro de seu irmão com um plano bem montado, tudo pensado. Primeiro, mandou um servo avisar que ele estava chegando. Segundo, colocou mulheres e crianças na frente da caravana. Terceiro, colocou presentes e mais presentes também à frente da caravana. Tudo para aplacar uma possível ira de Esaú. O irmão que fora traído vê aquele povo chegando e Jacó, à frente se ajoelhando con-forme caminha. Então Esaú se esquece tudo o que está ao redor e corre ao encontro do irmão e o abraça. Esaú quebrou a dureza protocolar de Jacó com um sincero e caloroso abraço. Não devemos nós ter o coração duro nem procurar um perdão de maneira protocolar. Perdão é graça e devemos perdoar independente das circunstâncias. Lembremos sempre que somos perdoados por Deus, por isso perdoamos. Lembremos tam-bém da oração que o Senhor nos ensinou: “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam”. (Mateus 6.12)

Sendo generoso. Na caravana de encontro com Esaú, Jacó montou um pa-cotão de presentes. Jacó esperava agradar o irmão com intuito de aplacar sua ira. Mas Esaú não estava irado. Generosamente ele abre mão dos presentes, pois o que lhe interessava era seu irmão, Jacó. Aprendemos que não há presente capaz de comprar perdão. Perdão é graça e Esaú foi gracioso com o irmão. Ele teria todos os motivos para não querer nem ver Jacó, no entanto, ele o perdoa e generosamente abre mão dos

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bens materiais. O que ele queria era abraçar seu irmão e seguir com ele adiante, acaba aceitando os presentes, mas agora não mais como um aplacador de iras, mas como oferta de seu irmão. Perdoar não exigir sacrifícios dos outros. “Eu só te perdoo se você fizer tal coisa”. Isso não é perdão, é barganha, é mau-caratismo. Perdão é graça e um dever do cristão, por mais difícil que seja perdoar.

AplicAção

O abraço é a expressão da confiança e da amizade. Abraçar quem você perdoa é dizer sem palavras que a confiança que foi quebrada será res-taurada pelo perdão. Perdoar não é fácil. Esaú teve a bênção reservada aos primogênitos roubada por Jacó, que iludira o pai já no leito de mor-te e tomou para ele a bênção. Esaú passou a odiar Jacó por causa disso. Anos depois, eles se reencontram e o perdão de Esaú é apresentado no abraço que dá em seu irmão. Abracemos mais. Perdoemos mais.

GrAvAndo no corAção

» Como expressar o perdão que eu dou a alguém? » Na medida que perdoarmos, seremos perdoados. Temos perdoado o suficiente?

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04 | Abraço que transformaAtos 20.7-12

pArA comEço dE convErsA

» Você já dormiu no culto? Em que momento?

introdução

Paulo está em Trôade, pregando, quando num determinado momento de seus ensinos, um jovem que estava sentado no beiral da janela cai. A altura? Terceiro andar. O jovem é dado como morto. Paulo desce e o abraça. Ao fazê-lo, constata que ele está vivo. O abraço que transforma não é um abraço milagreiro, mas é o abraço que traz vida. Vamos en-tender melhor?

dEsEnvolvimEnto

O abraço da vida. Paulo abraça Êutico e, ao fazê-lo, ele volta a viver. O abraço de Paulo transforma a morte em vida. Não pelo poder de Paulo, mas pelo poder do Espírito Santo. Conosco acontece assim. Estamos mortos, espiritualmente mortos. Deus, em sua infinda graça, nos resga-ta de nossa queda mandando seu filho para nos abraçar e transformar nossa morte em vida. Tal qual Paulo abraçou Êutico e ele volta a viver, Cristo nos abraça e voltamos a viver. Uma vez vivos, somos chamados a abraçar nosso próximo e transmitir a mensagem da vida. O Evangelho é o abraço da vida, que nos tira da morte e nos leva diante de Deus por meio de Cristo Jesus. Abraçar o nosso semelhante requer de nós inti-midade e amizade. Até abraçamos desconhecidos, mas não abraçamos como abraçamos um amigo. No abraço da vida a força do Evangelho se torna presente, transformando a realidade da morte em vida.

O abraço do consolo. O abraço de Paulo devolve a vida a Êutico. O texto encerra dizendo que “Levaram vivo o jovem, o que muito os consolou”. O consolo reside no ânimo que a comunidade ganhou com o fato de Êutico ter permanecido vivo. Quando o abraço da vida nos envolve, somos envolvidos pelo consolo e ânimo que só Deus pode dar. A co-munidade se sente consolada pois vê que Deus está com eles, não im-portando as circunstâncias. Quantas vezes você teve a oportunidade de

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ser abraçado num momento de crise? Quantas vezes tudo o que mais queremos é um silencioso e aconchegante abraço? Deus está nos cha-mando para abraçar aqueles que caminham distantes de sua vontade. Não é uma expressão figurada, mas sim real. Abrace mesmo! Abra os braços e acolha aqueles que estão perdidos em suas prisões de morte, transformando a realidade de suas vidas.

AplicAção

Abraçar aumenta nossa ligação com as pessoas. É nos braços da mãe que o neném se sente aconchegado. É nos braços do pai que o filho encontra segurança. Rompa com a frieza de relacionamentos plásticos, virtuais, distantes. Deus quer nos descontruir para sermos gente que toca em gente. Abrace mais, abrace sem medo e sem preconceito. Abrace mais. Transforme-se mais.

GrAvAndo no corAção

» Qual a maior transformação que você já experimentou? » Qual a maior transformação que você já presenciou?

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Abrace mais nasceu como fruto de uma devocional, seguida de uma dinâmica, aplicada pelo Pastor Glênio Paranaguá Fonseca em um dos retiros do Projeto Timóteo (Grupo de pastoreio mútuo). Na ocasião, percebi que havia ali ensinamentos que precisamos espalhar e que o abraço deveria fazer parte mais constante em nosso dia a dia. Somos ensinados a manter distância. Deus nos quer por perto. Assim, ele desconstrói nossos pressupostos para nos aproximar dele e de nosso semelhante. Afirma o Pr. Glênio: “Deus quer nos descontruir para ser-mos gente que toca em gente”. Ser gente que toca em gente, ser humano como humano foi o nosso mestre Jesus. Este é o nosso desafio.

fé forA do tEmplo

São os Pequenos Grupos que acontecem na casa de nossos líderes de grupos. É o momento de se aproximar de Deus e das pessoas, apresen-tando Jesus Cristo para nossos amigos.

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