UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE COM APRENDIZADO
CLAUDIA CRISTINA DA SILVA VASCONCELOS
RIO DE JANEIRO 2009
CLAUDIA CRISTINA DA SILVA VASCONCELOS
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE COM APRENDIZADO
Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia Empresarial da
Universidade Candido Mendes, como parte dos requisitos para obtenção do Título em Pedagogia Empresarial.
RIO DE JANEIRO
2009
CLAUDIA CRISTINA DA SILVA VASCONCELOS
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE COM APRENDIZADO
Presidente e orientador composto para defesa de Monografia para obtenção do grau de Bacharel em Pedagogia Empresarial.
Aprovada em: ______de __________________de ________. Presidente e Orientador: Flávia Cavalcante.
RIO DE JANEIRO 2009
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar a meu lado nessa nova conquista e etapa da minha vida.
Ao meu marido, companheiro e amigo Henrique por compartilhar dessa luta, dia-a-dia,
incentivando-me a seguir em frente, tendo o privilégio de conquistar mais um título.
A minha irmã Patrícia que ajudou-me na conclusão deste curso e as minhas amigas de
classe Bárbara, Celinha, Eliane, Estela e Jaimar que me apoiaram e colaboraram para
que eu concluísse o curso de Pedagogia Empresarial.
A todos os professores que nos capacitaram.
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a minha querida e amada mãe Maria Conceição Vieira
Vasconcelos (in memorian) que infelizmente não se encontra mais aqui entre nós, mas
que dedicou toda sua vida aos filhos e que com sua educação e valores nos tornou um
ser humano capaz de enfrentar a vida e de nos tornarmos um ser humano cada vez
melhor. Ao meu marido Henrique ,por todo seu amor , companheirismo, amizade,
paciência e apoio diários para que eu conquistasse mais uma etapa na minha vida.
RESUMO
Atualmente, a empresa tem aberto espaço para o profissional de Pedagogia atuar
como Pedagogo Empresarial dentro das Organizações, visando sempre melhorar a
qualidade de prestação de serviços de maneira consciente e competente, solucionando
problemas, formulando hipóteses, e elaborando projetos, demonstrando que a sua
atuação visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, como garantia da
qualidade do atendimento aos seus clientes e ao funcionário, contribuindo para a
instalação da cultura institucional da formação continuada dos colaboradores,
orientando na gestão do melhoramento dos processos. De que maneira o Pedagogo
poderá trabalhar em uma empresa, formando equipes motivadas, comprometidas,
interessadas visando sempre a sua melhoria? Esta pesquisa visa a compreender os
novos rumos que a Pedagogia Empresarial tem assumido frente aos novos cenários
organizacionais delimitados pela globalização. A implementação de treinamentos e
desenvolvimento pressupõe uma nova base para a gestão de pessoas,
desenvolvimento e capacidade de renovação da empresa e dos colaboradores, a
busca do conhecimento, de promover atitudes transformadoras e mobilizadoras,
visando a direcionar os negócios da empresa para obtenção da excelência no
atendimento às exigências do mercado e da sociedade. Para enfrentar os novos
desafios impostos pelo mundo dos negócios, as empresas precisam gerar novas
capacidades organizacionais que devem ser decorrentes da redefinição e redistribuição
das práticas e funções. Administradores e profissionais precisam juntos, criar essas
novas capacidades, estabelecendo ligações com colaboradores, fornecedores e
clientes, fortalecendo a capacidade de competir, tendo, como objetivo, analisar a
importância do Pedagogo Empresarial e que contribuições poderá acrescentar dentro
da empresa. O trabalho será desenvolvido através de pesquisas em artigos, livros e
publicações on-line.
PALAVRAS-CHAVES: Trabalho em equipe, Pedagogia Empresarial, Treinamento e Liderança.
METODOLOGIA A presente pesquisa é de natureza bibliográfica com coletas de dados em sites da
internet. A pesquisa bibliográfica objetivará a compreensão de textos através de obras
de autores de clássicos da pedagogia. A análise será feita de forma didática e bem
objetiva, porém de maneira organizacional, dando seguimento para uma lógica de
leitura, permitindo que, ao ler, todos possam assimilar o conteúdo apresentado. Ao final
do trabalho ,espera-se atingir os objetivos abaixo:
Compreender o trabalho da Pedagogia Empresarial junto às organizações.
Compreender o trabalho da Pedagogia Empresarial junto aos grupos organizacionais.
Promover maior entendimento sobre o que é Pedagogia Empresarial.
Como a Pedagogia Empresarial está ligada ao trabalho de equipes com aprendizado.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................ 8 CAPÍTULO I – O PEDAGOGO EMPRESARIAL E SUAS INTERVENÇÕES NAS ORGANIZAÇÕES ...................................................................................................... 11 CAPÍTULO II – O PEDAGOGO EMPRESARIAL E A LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES ...................................................................................................... 22 CAPÍTULO III – CAMPOS DE ATUAÇÃO DOPEDAGOGO EMPRESARIAL NAS ORGANIZAÇÕES ...................................................................................................... 31
3.1 Seleção de Pessoal ....................................................................................... 32 3.2 Treinamento .................................................................................................. 34 3.3 Responsabilidade Social ............................................................................... 35 3.4 Liderança e formação de equipe ................................................................... 36
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 41
8
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa visa refletir sobre o processo de trabalho em equipe com
aprendizado nas empresas e a importância da atuação do pedagogo empresarial no
desenvolvimento e crescimento profissional e pessoal dos colaboradores em todo
ambiente organizacional, fazendo que trabalho e aprendizagem caminhem
paralelamente.
Irá contribuir efetivamente ao corpo discente de pedagogia, psicologia e
efetivamente aos profissionais interessados em ampliar suas competências e
habilidades, que são necessárias para exercer a função de pedagogo empresarial,
aumentando assim, a produtividade da equipe de trabalho.
O tema desta pesquisa considera a atuação pedagógica de vital importância no
ambiente empresarial. Pois tanto a empresa quanto a pedagogia só tem a ganhar com
a existência de outros espaços de atuação do pedagogo, fora do espaço escolar e a
contribuição que o mesmo pode trazer as empresas preocupadas com a
responsabilidade social. Esse processo de mudanças provocada, no comportamento
das pessoas em direção a um objetivo, chama-se aprendizagem, principal objeto de
estudo desta pesquisa e aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do
Pedagogo.
Este tema foi escolhido por achar imprescindível a importância do trabalho em
equipe dentro ou fora de qualquer organização e por relacionar-se com a minha
formação na graduação em Pedagogia e pós graduação em Pedagogia Empresarial,
na qual se faz necessário um aprimoramento em algumas disciplinas ministradas neste
curso de pós-graduação latu-sensu em Pedagogia Empresarial.
De acordo com Ribeiro (2008) argumenta que os trabalhadores para manterem-se
competitivos vêm aumentando de forma considerável, seus patamares e aspirações, ao
mesmo tempo em que os trabalhadores passam a ter um papel central em suas vidas.
Segundo o mesmo autor as empresas que almejam ter um diferencial no mercado
estão investindo no trabalho que aumenta a sua capacidade de competitividade,
gerenciando o desenvolvimento de suas equipes, agregando investimento à educação,
através do desenvolvimento humano, da construção do conhecimento por parte do
trabalhador.
9
Nessa perspectiva, através da Pedagogia Empresarial é que o pedagogo, pode
transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem e cada vez mais
as empresas descobrem a figura do Pedagogo Empresarial e sua importância na
educação do trabalho. Sendo assim, a pedagogia conta com o Pedagogo Empresarial
dentro da empresa,visando melhorar a qualidade de prestação de serviços.Atualmente,
as empresas abrem espaços para que este profissional possa,de maneira consciente e
competente, atuar na empresa , buscando modificar o comportamento dos
colaboradores , de modo que estes melhorem tanto suas qualidades no desempenho
profissional , pessoal e social.
Atualmente, com base nos estudos de Cunha (1993) verifica-se que o pedagogo
passou a ser requisitado pelo meio empresarial por deter um determinado “saber’ que
contribuiria no desenvolvimento de processos educativos, para atender a demanda
educacional que o momento histórico lança sobre as organizações empresariais.
Diante de tantas habilidades do Pedagogo Empresarial, ressalto sua importância
no trabalho desenvolvido dentro da empresa, especificamente no trabalho em equipe,
pois é muito relevante e visa o aprendizado e desenvolvimento das habilidades
gerenciais na tomada de decisão em gestão de organizações.
O procedimento metodológico utilizado foi a pesquisa bibliográfica a fim de buscar
informações, embasamento teórico que tratem da atuação pedagógica no campo de
pesquisa do Trabalho em Equipe com Aprendizado nas organizações.
A presente pesquisa se divide em três capítulos. No primeiro capítulo busquei
embasamento na obra de Libâneo (2001), que é, uma nova mola mestra dentro das
organizações. Estuda-se de acordo com suas pesquisas que é quase unânime entre os
estudiosos, hoje o entendimento de que as práticas educativas estendem-se ás mais
variadas instâncias da vida social não se restringindo, portanto, á escola e muito
menos na docência, embora estas devam ser a referência da formação do pedagogo
escolar. Sendo assim o campo de atuação do profissional formando em pedagogia é
tão vasto quanto são as práticas educativas na sociedade. Em todo lugar onde houver
uma prática com caráter de intencionalidade, há aí uma pedagogia.
Na seqüência o segundo capítulo foram apresentados os pensamentos de Costa
(2009), Ribeiro(2008) e Chiavenato (1999) em relação aos seguintes pontos a serem
estudados. As especificidades do Pedagogo nas empresas da contemporaneidade, que
visa refletirmos qual a principal meta da pedagogia, o que é aprendizagem
organizacional, o papel do especialista nas empresas, que adveio de uma necessidade
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e que deve ocupar-se primeiramente no processo de desenvolvimento humano tendo
como objetivo um único resultado: crescimento profissional e pessoal da equipe.
Por fim, o terceiro capítulo foram utilizados os estudos de Franco (1995) e Holtz
(2005/2006) entre outros que comprovam a “Pedagogia e Empresa fazem um
casamento perfeito”, e em pesquisa ela comprova a necessidade dos trabalhos
pedagógicos dentro das empresas e a admiração dos empresários por esses trabalhos
e seus resultados.
Além disso as práticas educativas não se dão de forma isoladas das relações
sociais que caracterizam a estrutura econômica e política de uma sociedade, mas
estão subordinadas a interesses de grupo e de classes sociais. O pedagogo é um
profissional capacitado para lidar com fatos e situações diferentes da prática educativa
em vários segmentos sociais e profissionais. O profissional pedagogo com a
democratização do acesso a escola e a outros espaços e instituições públicas vem, aos
poucos, rompendo conceito de que só poderia atuar em uma instituição de ensino, ao
contrário, hoje reconhece-se as possíveis intervenções que o pedagogo empresarial
pode realizar para o crescimento organizacional.
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CAPÍTULO I - PEDAGOGO EMPRESARIAL E SUAS INTERVENÇÕES
PEDAGÓGICAS NAS ORGANIZAÇÕES
Este tema aborda a importância do papel do profissional de pedagogia nas
organizações empresarias, pois as atividades do Pedagogo Empresarial
relacionam-se ao campo das atividades pedagógicas, burocráticas e administrativas
que permitem sua atuação em empresas e em funções técnico-pedagógicas e
administrativas através da proposição de objetivos e metas a serem alcançadas.
Este profissional atua dentro das organizações avaliando o desempenho do
funcionário e elabora um processo educativo segundo as necessidades. O
pedagogo acompanhará todo o desenvolvimento do funcionário, ou seja, o seu
desempenho, direcionando-o para o caminho que este deverá seguir dentro da
empresa, facilitando, enquanto agente provocador de mudança de mentalidade e de
cultura. Sua capacidade em lidar com a comunicação e com a aprendizagem faz
com que ele conduza as pessoas e direcione suas verdadeiras funções, não
implicando a mudança de seu comportamento, mas ajudando o funcionário a
descobrir seu verdadeiro potencial, para que possa desempenhar sua função de
acordo com as necessidades de cada organização, cada vez mais as empresas
descobrem a importância da educação no trabalho e começam a desvendar a
influência da ação educativa do pedagogo dentro da empresa, visando sempre
melhorar a qualidade de prestação de serviços.
O pedagogo (escolar ou não), (...) seria considerado um profissional especializado em estudos e ações relacionados com a ciência pedagógica e problemática educativa abordando o fenômeno educativo em sua multidimensionalidade. Nesse sentido, o curso de Pedagogia ofereceria formação teórica, científica e técnica para sua atuação em diferentes setores de atividades: nos níveis centrais e intermediários do sistema de ensino, (...) na escola, (...) nas atividades extra-escola, (...) nas atividades ligadas à formação e capacitação de pessoal nas empresas (LIBÂNEO, 1996 p. 109).
Faz-se notório, que o campo educativo é bastante vasto, porque a educação
ocorre no trabalho, na família, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na
política. Sendo a educação uma relação de influencias entre pessoas, há sempre uma
intervenção voltada para fins desejáveis do processo de formação, conforme opções do
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educador quanto a concepção de homem e sociedade,ou seja, existe sempre uma
intencionalidade educativa, implicando escolhas, valores, compromissos éticos.
Além dos conhecimentos gerais que são proporcionados pelos cursos de
Pedagogia, outros conhecimentos do pedagogo fazem com que ele seja importante
para as empresas e podem ser assim identificados: conhece recursos auxiliares de
ensino, entende o processo ensino-aprendizagem, sabe avaliar seus programas,
estudou didática (arte de ensinar) no seu curso superior, sabe elaborar projetos. Além
desses pré-requisitos que são indispensáveis à função, outros se fazem necessários
para uma boa atuação profissional.
A atenção do Pedagogo Empresarial ao processo de influenciar e sugestionar
positivamente os funcionários em todos os aspectos da sua personalidade vai
proporcionar o desenvolvimento da produtividade pessoal nas mais diversas atividades.
O Pedagogo Empresarial deve saber que o homem é um ser complexo e que para
desenvolver a sua faculdade inata de produzir necessita do desenvolvimento integral
da sua personalidade. Portanto, deve demonstrar com seu trabalho prático, na
empresa, os efeitos da adoção das várias atividades educativas. De acordo com os
estudos de Holzkamp (1993), é necessário compreender a aprendizagem como uma
possibilidade de acesso ao mundo dos contextos sociais dentro do mundo da
sociedade concreta...
Sendo assim, é importante ressaltar esta nova visão do pedagogo , visão esta ,
que começa a se solidificar na busca do exercício da aprendizagem acelerada, da
motivação crescente, da comunicação eficaz, da delegação permanente. Um perfil
mais digno, mais elegante, melhorando a vida das pessoas e o destino das
organizações.
Portanto, é importante que o Pedagogo Empresarial, avalie o profissional
aproveite cada chance de evoluir no ambiente de trabalho não deixando se desmotivar
por situações difíceis, superando-as com otimismo. Toda mudança é importante, tanto
para o homem quanto para a sociedade, mas podem ser vistas de forma necessária e
positiva através do “agir ” , desde que opte pela criatividade, pelo talento, ética,
competência , pois são qualidades que uma empresa necessita para crescer sem
obstáculos e com boas melhorias. Para Libâneo (2001, p.116).
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Pedagogo é profissional que atua em instâncias da prática educativa, diretas ou e indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa dos saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana definidos em sua contextualização histórica. Em outras palavras pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações diferentes a prática educativa em suas várias modalidades e manifestações.
Sendo assim, o pedagogo pode atuar em vários campos, inclusive nas empresas
do setor privado ou não (na área de recursos humanos, treinamento e
desenvolvimento), com a finalidade de planejar, administrar, avaliar e orientar,
capacitando o profissional com qualidade e competência , para assim,atender ao
mercado de trabalho, que hoje se torna mais exigente e mais restrito, pois cada vez
mais se procura profissionais que possam atender não somente uma especificidade e
sim várias dentro de uma organização.
No mundo empresarial há demanda de um conhecimento de caráter mais criativo
e ativo, então a interação entre os profissionais responsáveis pela produção demonstra
ser essencial. Essa interação conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado,
os técnicos, com o saber adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma
formação institucional, de outro, os engenheiros e outros profissionais com formação
de nível mais elevado, mas que muitas vezes se encontram desprovido de condições
para socializar esse conhecimento com os demais. Assim, esses últimos acabam por
centralizar em si a escolha dos procedimentos a serem utilizados na produção,
perdendo a contribuição prática dos trabalhadores e emperrando a organização da
empresa de acordo com as novas formas de organização do trabalho.
Observa-se em empresas a necessidade de estratégia para a qualificação de seus
quadros profissionais, o programa de multiplicadores de treinamento, o que requer do
profissional maior responsabilidade e conhecimento, já que terá de dominar além de
seu trabalho específico todo o processo de produção.
Percebe-se que a necessidade do mercado não se encontra mais fundamentada
na divisão entre planejar e executar, por isso os treinamentos realizados simplesmente
com suporte técnico não são mais suficientes. Para trabalhar nas novas formas de
organização do trabalho, parece ser necessário o desenvolvimento intelectual e
comportamental visando o trabalho conjunto.
De acordo com Therrien (1996, p.67), as interações sociais como processo de
socialização e de linguagem, proporcionam a elaboração conjunta dos significados em
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situações, desvelando a natureza parcial e completa do saber construído. Sendo
assim, como parte de uma equipe interdisciplinar, o pedagogo pode contribuir na
aprendizagem do profissional aguçando o desenvolvimento das potencialidades
individuais através da interação entre os profissionais na seleção de metodologias
adequadas proporcionando, assim, condições para que ocorra a aprendizagem por
meio do trabalho.
Outro aspecto do Pedagogo Empresarial refere-se à reflexão sobre a prática,
aliando teoria e prática. No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como
elemento essencial na prática cotidiana da sala de aula. Ao falar sobre a valorização do
saber produzido nas relações sociais, Com bases nos estudos de Therrien
(1996,p.67) menciona-se que o pedagogo como profissional faz das situações
concretas em que vive, o seu instrumento de reflexão e elabora saber, esse mesmo
saber, faz com que o docente se relacione mais profundamente com o conhecimento.
Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os
setores produtivos estreitarem as relações existentes entre teoria e prática, canalizando
essa união em benefício da qualificação profissional, ainda que, contraditoriamente, o
interesse das empresas capitalista com a formação profissional seja o resultado
financeiro.
Estudos como o de Market (1999, p.157) demonstram a necessidade de
desenvolver um conceito de qualificação profissional com base na nova forma e
organizar a produção, e também, os novos modelos organizacionais parecem requerer
que as experiências adquiridas na prática do trabalho estejam subsidiada de suporte
educacional a fim de traduzir o momento no qual o trabalhador despende sua força de
trabalho em ganhos individuais e que as equipes de trabalho inovem, troquem
experiências e interajam entre si, não apenas em uma perspectiva de execução, mas
de concepção do trabalho.
O Pedagogo Empresarial, pode realizar na empresa a elaboração de programas
instrucionais ou diretrizes didáticas. Nas empresas podemos constatar que todas elas
fazem um planejamento prévio das etapas de treinamento contendo conteúdos,
objetivos, técnicas (lê-se metodologia) e avaliação, porém esse planejamento é
realizado sem suporte educacional, ainda que o objetivo seja a qualificação dos
trabalhadores, que por mais restrito que se entenda esse conceito, em geral, refere-se
a aquisição de conhecimentos do processo produtivo e desenvolvimento de
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capacidades intelectuais e comportamentais no sujeito que aprende determinado
conteúdo.
A organização das atividades a serem aplicadas no treinamento demanda um tipo
de conhecimento específico da prática educativa, como a elaboração e seleção de
materiais didáticos, instrumentalização didática dos profissionais e, ainda, a seleção de
metodologia apropriada para conduzir a execução do treinamento. A prática educativa
pressupõe a superação dos elementos formais do programa de aprendizagem, não os
excluindo, mas ultrapassando a simples organização formal para uma organização
educativa, na qual o objetivo, o conteúdo, a metodologia e a avaliação são vistos
interligados, sofrendo modificação, seleção e adaptação de modo a interferir na
organização intelectual do sujeito.
Torna-se evidente que a palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento.
Escolas e empresas que não repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos
paradigmas do aprendizado e das relações humanas, estarão, certamente, fadadas ao
fracasso ou ao desaparecimento. A inexorabilidade da reestruturação sócio-econômica
obriga que as escolas desenvolvam competências nos alunos para atender às
exigências do mercado de trabalho e que as organizações reestruturem-se e
transforme o ambiente de trabalho num ambiente de aprendizagem, contribuindo para
a construção de pessoas que se antecipem aos acontecimentos, sejam atualizadas e
saibam aprender a aprender.
O Pedagogo Empresarial deve estar em constante movimento, visto que é
influenciado por diversos fatores, como o desenvolvimento tecnológico, a
competitividade e as exigências de mercado. Hoje, as palavras chaves dentro das
organizações são: mudança e gestão do conhecimento. Nesse contexto, o papel do
Pedagogo Empresarial é fundamental, pois todo processo de mudança exige uma ação
educacional e gerir o conhecimento é uma tarefa, antes de tudo, de modificação de
valores organizacionais.
O Pedagogo Empresarial é responsável pela criação de projetos educacionais que
visam facilitar o aprendizado dos funcionários. Para tanto, realiza pesquisas para
verificar quais as necessidades de aprimoramento de cada um e qual método
pedagógico é mais adequado. A partir daí, trabalha em conjunto com outros
profissionais de RH na aplicação e coordenação desses projetos.
Com base nos estudos de Holtz (2006.p.1) uma empresa sempre é a associação
de pessoas,para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo
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empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir
os objetivos também definidos. Embora o ato educativo tenha uma natureza não-
material e os objetivos da empresa e escola não sejam os mesmos, pode-se dizer que
uma escola também agrega pessoas para o desempenho de atividades com objetivos
definidos.
O perfil do Pedagogo Empresarial desejado pelas empresas baseia-se nas
seguintes habilidades: criatividade, espírito de inovação, compromisso com os
resultados, pensamento estratégico, trabalho em equipe, capacidade de realização,
direção de grupos de trabalho, condução de reuniões, enfrentamento e análise em
conjunto das dificuldades cotidianas das empresas, bem como problemas profissionais.
Ribeiro (2003.p.10), diz que:
A Pedagogia Empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos,as competências,as habilidades e as atitudes consideradas como indispensáveis necessários à melhoria da produtividade.Para tal, implanta programa de qualificação/requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento,estrutura o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidades de treinamento, desenvolve e adequa metodologias de informação e da comunicação às práticas de treinamento.
Greco (2005.p.4) comenta que esse novo profissional precisa atuar em sintonia
com os outros profissionais de gestão, pois assim será possível elaborar e consolidar
planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da atuação dos
funcionários, bem como para melhorar o desempenho da empresa. (...) O que o
Pedagogo Empresarial busca é efetivar os saberes corporativos e como seu domínio
colaborará para a melhoria do clima organizacional, da qualidade laboral, da qualidade
de vida e aumento da satisfação pessoal de todos. A atuação do Pedagogo
Empresarial está aberta. É ampla e extrapola a aplicação de técnicas visando
estabelecer políticas educacionais no contexto escolar. Sua atuação avança sobre as
pessoas que fazem as instituições e empresas de todos os tipos, portes e áreas.
Faz-se necessário que o Pedagogo Empresarial tenha uma formação filosófica,
humanística e técnica sólida afim de desenvolver a capacidade de atuação junto aos
recursos humanos da empresa. Pois sua formação inclui disciplinas como: Didática
Aplicada ao Treinamento, Jogos e Simulações Empresariais, Administração do
Conhecimento, Ética nas Organizações, Comportamento Humano nas organizações,
Cultura e Mudança Nas Organizações, Educação e Dinâmica de Grupos, Relações
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Interpessoais nas Organizações, Desenvolvimento organizacional e Avaliação do
Desempenho. (RIBEIRO, 2003, p. 10).
Faz-se necessário, para atender às demandas da empresa, por trabalhadores
mais preparados, o trabalho do Pedagogo Empresarial, pois é ele quem irá colaborar
com a empresa na necessidade de investir na formação e atualização dos funcionários,
propondo cursos de educação continuada, preparando-os para os papéis a serem
desempenhados como cidadão e como trabalhador da empresa.
Segundo Andrade Filho (2006), a inserção dos ‘pedagogos empresariais’ no
mercado de trabalho tende a preparar este profissional para atuar na área empresarial
e desenvolver habilidades humanas e técnicas com vistas à compreensão das
transformações provocadas pelos avanços das ciências e das novas tecnologias.
Os conhecimentos de Psicologia, recebidos e construídos no curso de Pedagogia,
fazem com que o Pedagogo Empresarial saiba manter as relações interpessoais dentro
da empresa bastante harmoniosas. Muito importante na organização da empresa é a
valorização de empregados e colaboradores. Isso pode ser feito através de cuidados
constantes para que o ambiente de trabalho seja tranqüilo, que permita o diálogo, a
autonomia e favoreça a criatividade. Uma forma de valorização é dar aos funcionários o
conhecimento de seus direitos trabalhistas, assim como dos direitos humanos. O
respeito à diversidade, o respeito à vida pessoal e familiar dos funcionários, a
solidariedade em situações complexas, o atendimento às necessidades dos
funcionários são ações significativas que tornam o ambiente empresarial acolhedor.
Diversas atividades de cunho social, de caráter interno e externo, ou ambos,
podem ser desenvolvidas pelo Pedagogo Empresarial. As atividades de caráter interno
são as relacionadas aos integrantes da comunidade empresarial, e atividades de
caráter externo, são as ligadas à comunidade externa e à sociedade como um todo. As
atividades de caráter interno dedicam-se ao bem estar dos funcionários e suas famílias.
Cabe ao Pedagogo Empresarial, por exemplo, a ajuda à colocação dos filhos dos
funcionários na escola, bem como procurar parcerias locais para oferecer serviços
diversos de interesse dos funcionários, tais como creches, atendimento pediátrico,
atendimento psicológico, atendimento ao idoso, assessoria jurídica, assessoria de
planejamento financeiro, academias de ginástica, etc. Assim como agendar cursos e
palestras sobre temas essenciais à vida saudável: atividade física e qualidade de vida,
efeitos do fumo sobre o organismo, a prevenção da dependência química, do
alcoolismo, hábitos posturais saudáveis, a boa qualidade do ar e outros.
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Dentre as atividades de caráter externo, a que se reveste de maior importância, é
a questão do meio ambiente. Ressalte-se que essa não é uma questão apenas de
caráter externo. Em sua faceta interna, o Pedagogo Empresarial pode elaborar projetos
visando a motivar os funcionários a preservar a natureza. Um código de defesa
ambiental pode ser criado e nele podem ser definidos os principais princípios
ambientalistas que devem ser respeitados. O exemplo de conduta ecologicamente
correta deve vir da própria empresa. Assim, cabe à empresa estabelecer uma política
ecológica de compras, a partir do uso de matéria-prima ambientalmente correta;
reciclar, reduzir o consumo de papel, comprar e usar produtos de papel reciclado, abolir
o uso de produtos não degradáveis e tóxicos, atentar para o descarte adequado de
substâncias tóxicas e outras ações similares como os cuidados que devem ser
tomados com o uso da água e da energia elétrica.
Todas as atividades que se desenvolvem na empresa passam pela administração
geral. Assim, todas as atividades citadas anteriormente, já foram concebidas e
planejadas pelos órgãos centrais, que pode delegá-las ao Pedagogo Empresarial para
que sejam executadas.
Uma atividade importante que pode ser desenvolvida pelo Pedagogo Empresarial,
em sintonia com a administração, é a que trata de envolver parceiros e funcionários
nos projetos da empresa. Através do trabalho do Pedagogo Empresarial, a empresa
pode incentivar seus fornecedores para que também assumam compromissos de
responsabilidade social, evitando fornecedores que tenham condições de trabalho
inadequadas e degradantes. Todas essas habilidades, aliadas a outras adquiridas em
seu curso de graduação em Pedagogia, fazem do Pedagogo Empresarial o profissional
adequado para desenvolver também as ações ligadas à responsabilidade social das
empresas.
O aperfeiçoamento do corpo funcional sempre se fez necessário, mas hoje ele é
crucial para a manutenção e desenvolvimento das competências necessárias para a
sustentação da organização. Portanto, as empresas precisam complementar os
conhecimentos acadêmicos de seus funcionários. As dependências internas de
educação e treinamento surgiram nas empresas por causa, de um lado, da frustração
com qualidade e o conteúdo da educação pós-secundária e, do outro, da necessidade
de um aprendizado permanente. Do ponto de vista do empregado, o mercado de
trabalho altamente seletivo levou a uma política institucional que transfere a
responsabilidade sobre a própria qualificação para o mesmo, por sua educação
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continuada e gerenciamento da própria carreira, vinculando auto desenvolvimento,
ascensão profissional e resultados empresariais. A demanda dos profissionais por
programas educacionais em conseqüência de tal política combina-se com a
consciência das organizações quanto ao valor do conhecimento como vantagem
competitiva e leva à criação de estruturas e programas de educação corporativa nas
organizações de maior parte.
O Pedagogo Empresarial deve desenvolver habilidades de comunicação, leitura e
audição, assim como aprimorar as atitudes e os conhecimentos,pois diferencialmente
do que se utiliza e observa na comunicação nos meios educacionais, na empresa, há
de se ter o cuidado de oferecer ao receptor o mecanismo de funcionamento do código
da mensagem, sob pena de interpretação da mensagem, assim como provocar perda
de tempo e esforço. Daí a necessidade da escolha adequada das palavras na e da
organização adequada dessas palavras em frases (CARVALHO e SERAFIM, 1995). Os
autores aqui mencionados alertam para adequação do canal de veiculação da
mensagem às condições/necessidades da empresa. Alguns fatores podem interferir
nessas opções, como por exemplo: disponibilidade financeira, preferência dos
receptores, recursos técnicos disponíveis, adaptação do conteúdo da mensagem,
poder de impacto, amplitude e profundidade desejadas, facilidade de manipulação. Um
problema a ser enfrentado em termos de efetividade da comunicação é o ruído. Nesse
sentido é necessário uma atenção especial para identificar a compreensão da
mensagem em seu fluxo.
Do ponto de vista da comunicação escrita, os cuidados principais referem-se à
clareza e a objetividade nos textos; à precisão na informação a ser transmitida; à
redução dos rituais burocráticos; ao controle sobre à redução dos rituais
burocráticos;ao controle sobre as comunicações feitas; ao uso adequado das
palavras,evitando as de duplo sentido;às mensagens curtas e com conteúdo explícito.
Ao planejá-las, o Pedagogo Empresarial deve observar o que deseja comunicar, quem
se pretende atingir, que veículos são os mais adequados e quais os mecanismos de
controle serão acionados.
Ao intervir pedagogicamente em reunião, o Pedagogo Empresarial , deve ter em
mente os cuidados necessários à sua efetividade, pois antes de decidir pela realização
de uma reunião, o cuidado a ser a ser tomado é o de avaliar se, de fato, é necessário
realizá-la. A realização de reuniões improdutivas provoca o desgaste do grupo que,
desmotivado, passa a descredenciar quem as promove. Assim, antes de qualquer
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coisa, deve-se avaliar alguns pontos, como a real necessidade de realizá-la, agenda
clara (objetivos e assuntos), seleção dos participantes, verificação da disponibilidade
de tempo e espaço físico, adequação aos recursos audiovisuais, conclusões e
encaminhamentos.
Cabe ao Pedagogo Empresarial, o desenvolvimento da criatividade, pois no meio
organizacional, sobretudo em termos das atividades de treinamento, torna-se essencial
o desenvolvimento da criatividade para que a rotina não acabe por prejudicar a
efetividade dos programas. O Pedagogo Empresarial deve estar atento á necessidade
de inovação e ao desejo de diversificação de metodologia e estratégias de treinamento.
O risco a ser evitado é o de que a inovação/ou o excesso de “criatividade” transformem
as atividades de treinamento em espetáculos facilitadores do afastamento do
funcionário do seu trabalho. Não se pode perder de vista que a criatividade/inovação
serve para maximizar a efetividade dos programas/das atividades que não tem valor
em si mesmos. Isto posto, vale dizer que a criatividade pode ser incentivada por meio
da valorização de alguns comportamentos, como comportamento divergente,
flexibilidade e originalidade, adaptação às situações novas, mobilização de correr
riscos, aproveitamento de experiências anteriores (bem-sucedidas ou não), capacidade
para discernir e observar (CARVALHO e SERAFIM, 1995).
Cabe ao Pedagogo Empresarial, estar familiarizado com a política de recursos
humanos /de pessoal da empresa com vistas a uma programação de treinamento mais
coerente, pois o pouco conhecimento das normas e das diretrizes de trabalho da
empresa pode provocar propostas e/ou treinamentos demasiado teóricos; portanto,
pouco eficientes. Aqui destaca-se o cuidado com que os instrutores devem ser
escolhidos/convidados. Em relação aos convidados, estes nem sempre atendem às
reais demandas da empresa. Do mesmo medo, quando o instrutor faz parte da
empresa, o cuidado está em que nem sempre aquele que sabe fazer sabe ensinar a
fazer. Nesse sentido, Chiavenato (1989:47) pontua que, após o diagnóstico do
treinamento, procede-se à “ programa do treinamento – sistematizada e fundamentada
sobre os seguintes aspectos (...) analisados durante o levantamento:
Qual a necessidade?
Onde foi assinalada em primeiro lugar?
Ocorre em outra área ou setor?
Qual a sua causa?
21
É parte de uma necessidade maior?
Como resolvê-la: em separado ou combinada com outras?
É necessária alguma providência inicial, antes de resolvê-la?
A necessidade imediata?
A necessidade é permanente ou temporária?
Quantas pessoas e quantos serviços serão atingidos?
Qual é o tempo disponível para treinamento?
Quem irá executar o treinamento?
Esse mesmo autor lembra que o Pedagogo Empresarial, ao planejar, deve
envolver itens, como atendimento de uma necessidade de cada vez; definição clara do
treinamento; divisão/ou distribuição do trabalho; definição do conteúdo de treinamento
em termos de quantidade e qualidade; escolha da metodologia a ser utilizada;
delimitação dos recursos a serem utilizados na implementação do treinamento;
definição da clientela a ser treinada (número de pessoas, tempo disponível, grau de
habilidade, conhecimentos e atitudes, características pessoais); local mais adequado
para o treinamento; época ou periodicidade; cálculo de custo versus benefício do
programa e formas de controle e avaliação dos resultados.
Quanto à execução do treinamento devem-se considerar os seguintes fatores:
adequação do programa de treinamento às necessidades da organização, a qualidade
do material de treinamento apresentado, a cooperação de chefias e das coordenações
da empresa, a qualidade e o preparo dos instrutores e o perfil dos aprendizes. Desse
modo, ”o treinamento parece ser uma resposta lógica a um quadro de condições
ambientais extremamente mutáveis e a novos requisitos para a sobrevivência e o
crescimento organizacional” (CHIAVENATO, 1989:68).
22
CAPÍTULO II - O PEDAGOGO EMPRESARIAL E A LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
A atuação do Pedagogo Empresarial como líder dentro de uma organização é a
de criar instituições que sobrevivam ao tempo, pois cada indivíduo entende a realidade
conforme suas crenças e valores aprendidas através de seu meio social. São as
referências de comportamento aprendidas desde a infância. Cabe então ao Pedagogo
Empresarial, criar um ambiente em que as pessoas sintam segurança no
compartimento do seu conhecimento, pois a importância primordial das Lideranças é o
de administrar a gestão do conhecimento.
As pessoas devem acreditar que compartilhar seu conhecimento agrega valor a
organização e a sociedade se beneficia com a sua contribuição, trazendo o
reconhecimento para o individuo. O conhecimento trata das informações de um modo
elaborado, conforme o sistema de crenças e valores que o indivíduo traz consigo.
Dessa forma conforme NONAKA; TAKEUCHU (1997, p.64) aponta, “a informação é o
fluxo de mensagens, enquanto o conhecimento é criado por esse próprio fluxo,
ancorando nas crenças e compromissos de seu detentor”.
Sendo assim podemos pensar que para uma determinada informação podem
haver diferentes modos de conhecer a realidade, conforme as crença e significados de
cada indivíduo. Podemos pensar também que para existir o conhecimento é necessário
ter a informação.
Proponho uma reflexão tomando por base o ambiente de gestão do conhecimento
proposto por ANGELONI (2001), que leva em conta três variáveis fundamentais que
são as pessoas , a infra-estrutura organizacional e a tecnologia.
Trata-se de um sistema integrado, holístico no qual, em cada uma dessas
variáveis, deve haver consonância entre si, de tal forma que , a infra-estrutura possa
contemplar modelos de gestão flexíveis,com uma administração essencialmente
participativa, diferente do que se estava sendo praticado até então.
Em relação a tecnologia devemos pensar que com o advento da tecnologia da
informação, não é mais possível pensar num mundo sem esta ferramenta, porém a
tecnologia por si só não constitui no êxito da gestão do conhecimento. A tecnologia é
um caminho para que possamos conseguir velocidade e adequado armazenamento de
informações, possibilitando eficiência na troca de conhecimento.
23
No que diz respeito as pessoas, um dos aspectos a ser considerado é o fato de
haver uma necessidade de um aprimoramento na maneira de agir das pessoas. Num
mundo globalizado onde o futuro é incerto faz-se necessário que possamos contar com
estratégias mais ágeis e esforços concentrados para superar os obstáculos do dia-a-
dia.
Faz-se notório as mudanças tecnológicas da informação, pois estão mudando o
cenário das organizações num ritmo frenético. Estas buscam cada vez mais
profissionais especializados e capacitados em liderar equipes, em trabalhar com
pessoas, que se organizam não em torno do que fazem, mas com base no que elas
são ou acreditam que são.
Conforme Chiavenatto (1999), a globalização tomou tamanha proporção em
função da humanidade ter ingressado na era da informação, conectando e
desconectando em redes, as organizações se tornam mais abrangentes, envolvendo
todo o tipo serviços prestados e as pessoas que nela operam.
Contudo, o crescimento de cada organização será conseqüência do fruto de suas
habilidades em criar situações adequadas para o futuro, transformando esta visão em
realidade, desenvolvendo e gerenciando os recursos estratégicos e necessários.
O Pedagogo Empresarial surge como uma nova ferramenta para este
desenvolvimento nas organizações que caminham para serem empresas aprendentes.
Com o propósito de ajustar as falhas, pensar estrategicamente, ter habilidade para as
relações humanas: saber aprender, treinar e delegar tarefas. Estas características são
algumas das solicitadas aos profissionais no mercado globalizado e que o Pedagogo
direcionará o profissional na tarefa da qual ele melhor se ajusta para o melhor
aproveitamento de suas qualidades.
Diante deste contexto, o Pedagogo Empresarial está inserido auxiliando no
desenvolvimento das competências e habilidades de cada indivíduo, para que cada
profissional saiba lidar com várias demandas, com incertezas, com várias culturas ao
mesmo tempo, direcionando o resultado positivo num mercado onde a competição gera
mais competição.
24
A atuação do Pedagogo Empresarial será de estruturação e reestruturação do
trabalho em uma determinada área problemática, pois Morgan (1996) já avaliava que
quando a organização é vista por alguém de fora, essa pessoa tem a percepção de
uma realidade diferente da atual, e quando trabalhado de forma combinada e em
conjunto o resultado será uma produção totalmente diferente, com novas descobertas e
interpretações entre pessoas e máquinas.
Uma questão importante para a formação e a atuação do Pedagogo Empresarial
diz respeito ao entendimento dos comportamentos humanos (inclusive o seu) no
contexto organizacional, tendo em vista que toda sua atuação está pautada na
dimensão humana. As políticas de Recursos Humanos por si só não garantem
mudanças no comprometimentos mais ou menos efetivos;têm no elemento humano o
seu ponto-chave. Nesse sentido, quanto mais conhecimento se puder dispor acerca do
comportamento humano no ambiente organizacional, mais efetiva será a atuação
profissional, em todos os sentidos.
Além disso, sendo o Pedagogo empresarial o articulador de interesses, torna-se,
ele mesmo, um líder na dinâmica organizacional. Assim, ocupar seu espaço de poder
implica reconhecer que as relações interpessoais implicam o trato com diferentes tipos
humanos e, conseqüentemente, de lideranças, se considerados os papéis que
desempenham dentro de um determinado grupo.
No que diz respeito ao impacto das diferenças individuais em ambientes
organizacionais, em especial para os processos de administração de pessoas, Du Brin
(apud Ricco, 2004:26) identifica oito conseqüências, a saber:
As pessoas diferem em produtividade. (...) diferem em habilidade e talento (...) as pessoas variam em sua propensão para alcançar resultados de alta qualidade. As pessoas diferem na maneira pela qual querem ser emponderadas e envolvidas (...). As pessoas diferem no estilo de liderança que preferem e de que necessitam (...) as pessoas diferem em suas necessidades de contato com outras pessoas (...) as pessoas diferem na quantidade de comprometimento e lealdade à empresa. Os trabalhadores diferem em seu nível de auto-estima, a qual, por seu turno, influencia sua produtividade e capacidade de aceitar responsabilidades adicionais).
Sendo assim, um dos aspectos que fala a respeito das pessoas é o fato de haver
uma necessidade de um posicionamento na maneira de agir. Num mundo globalizado
25
onde o futuro é incerto, faz-se necessário que possamos contar com estratégias mais
ágeis e esforços concentrados para superar os obstáculos do dia-a-dia. A criatividade e
o trabalho em equipe são nos dias de hoje o grande diferencial entre as organizações
tradicionais e as organizações do conhecimento.
O conceito se “organização que aprende“ foi popularizado por diversos estudiosos
entre eles Peter Senge que defende a idéia de que as organizações devem propiciar
um ambiente no qual as pessoas possam expandir seu potencial criativo preparando-se
para saber conviver com o inusitado (SENGE, 1990).
De acordo com Nieradka (2007), a liderança é tanto uma ciência como uma arte, e
tem características pessoais de cada líder em particular: não é possível liderar de
maneira competente baseando-se unicamente no carisma ou na personalidade do
líder, tampouco é possível liderar um grupo sem levar em conta as pessoas como
seres individuais. Dentro de uma equipe, um líder deve ser capaz de combinar suas
características pessoais e também suas ambições com as da equipe, possuir mente
aberta, capaz de comunicar claramente suas idéias, ser capaz de entender os outros,
saber ouvi-los e manter-se aberto a novas idéias. Através de atitudes, comportamentos
e ações, no dia-a-dia é que o líder passa os valores da empresa à equipe, fazendo com
que todos canalizem suas competências e habilidades para a consecução dos
objetivos da empresa.
Como uma equipe dentro de uma empresa é composta por pessoas, cada uma com
sua individualidade, seus valores, seus conhecimentos, seus anseios, suas aspirações,
sentimentos, esperanças e necessidades com competências e habilidades
diferenciadas, o líder deve desenvolver a capacidade de reconhecer as diferenças
individuais dos membros que compõem a equipe, bem como estabelecer os fatores
comuns a esses membros para que possa potencializar os valores e capacidades
comuns, de interesse para o melhor desempenho da equipe, e manifestar
considerações pelos seus colaboradores, demonstrando respeito às suas diferenças;
valorizando-os quando leva cada um dos componentes da equipe a colocar grande
parte das especiais competências e habilidades como complemento às competências e
habilidades de outros componentes. O verdadeiro líder de uma equipe deve
compartilhar a liderança com outros membros da equipe, inclusive estimulando este
compartilhamento, pois, assim, estará elevando a auto-estima e a satisfação pessoal
daqueles que assumem compromissos com a equipe em situações específicas, bem
26
como fará aumentar a busca de aperfeiçoamento e de novos conhecimentos e
competências.
O líder deve estar atento às necessidades de seus liderados, quer seja no campo
pessoal, quer seja no desempenho profissional. Deve estar constantemente
empenhado na melhoria das relações interpessoais do grupo, no crescimento individual
de cada componente desse grupo, na aquisição de novos conhecimentos, no
desenvolvimento de novas competências, no auto-conhecimento e na aceitação do
outro como um indivíduo especial. O feedback é a ferramenta ideal para alcançar esses
objetivos.
Segundo Ribeiro (2006, p. 4), liderança é 90% conhecimento de pessoas e 10%
conhecimento do produto. Você pode ter grandes habilidades com as pessoas e não
ser um bom líder, mas você não será um bom líder sem essas habilidades. Um líder
que não entende as pessoas que lidera, nem elas nem ele alcançarão seu melhor
potencial. Líderes de sucesso são capazes de descobrir as necessidades de seu grupo
e tomar uma atitude para supri-las.
De acordo com Ribeiro (2006, p. 4), apresentamos uma lista das necessidades mais
comuns das pessoas e como satisfazê-las:
1 – As pessoas gostam de se sentir especiais... dê-lhes elogio. O melhor elogio que
alguém pode receber é aquele dado pelo seu líder. Dedique um tempo observando o
trabalho dos outros e não hesite em dizer quando eles fizerem um bom trabalho. Seja
generoso e sincero nos seus elogios.
2 – As pessoas buscam um futuro melhor... dê-lhes esperança. Quando sua equipe
tiver dificuldades em ver a luz no fim do túnel, lembre-os do propósito do trabalho e
ajude-os a enxergar o trabalho realizado. Quando as pessoas têm esperança,
trabalham melhor para ver a tarefa completa.
3 – As pessoas precisam ser entendidas... dê-lhes ouvido. Não julgue o que as
pessoas querem dizer antes que elas digam. Dedique tempo para entender o ponto de
vista delas e ouvir suas sugestões. É a melhor forma de saber se você está se ouvindo
e abrir a porta para idéias de inovação e melhoria.
27
4 – As pessoas têm falta de sentido na vida... dê-lhes direção. Parte do seu trabalho
como líder é ajudar as pessoas a perceber o que elas mais amam e ajudá-las a ir atrás.
Mesmo que algumas vezes isso implique numa troca de função dentro da empresa ou
mesmo permitir que aproveite uma outra oportunidade. Você vai perceber que eficácia
é o resultado de cercar-se de pessoas que amam o que fazem, e deixar ir aquelas que
não gostam do seu trabalho. Utilize seu melhor tempo desenvolvendo e dirigindo as
pessoas que são apaixonadas pelo trabalho que a empresa realiza.
O líder assume, na equipe de trabalho, um papel fundamental, especialmente
quando manifesta a priorização do elemento humano, contribuindo de forma efetiva e
permanente, para o crescimento dos componentes da equipe e a busca, de forma
coerente e coletiva, do alcance dos objetivos da organização. A liderança se manifesta
e se consolida nas relações interpessoais no ambiente de trabalho.
Faz-se necessário que o Pedagogo Empresarial, venha atuar como líder nas
organizações de forma a agregar pessoas, criando uma visão e fornecendo a
motivação necessária para atingir os objetivos da empresa. Deverá permitir à equipe
vislumbrar oportunidades de crescimento e desenvolvimento, incentivando e mostrando
que ele é capaz, adotando uma postura de otimismo e entusiasmo. O Pedagogo
Empresarial que liderar deve passar e conquistar a confiança de seus colaboradores,
ser o espelho para seu liderado.
Ao mencionar suas expectativas, deve buscar o comprometimento da equipe por
meio da real possibilidade de participação de seus membros, no benefício gerado pelo
seu desempenho e comprometimento. Nenhuma organização consegue manter um
bom nível de produtividade sem uma equipe de profissionais bem preparados. O
Treinamento e Desenvolvimento devem ser pensados como recurso estratégico que
pode impulsionar a organização. Hoje em dia o bem mais precioso que as
organizações têm são as pessoas porque estamos na era da informação, e máquinas
são apenas “máquinas” a tecnologia não age como foco principal, a ênfase está nas
pessoas, pois perceberam que elas que dão resultados para as organizações. E
quando as organizações decidem implantar o sistema de Gestão de Pessoas, vai
necessitar de pessoas com lideranças. Por que elas vão oferecer instrumentos ou
28
ferramentas necessárias à mudança para que elas possam cumprir as metas
estabelecidas já inseridas neste novo paradigma.
Faz-se necessário, muito cuidado para não confundirmos a liderança com a arte
de agradar e de demonstrar simpatia para as pessoas. Geralmente, em toda liderança
sempre existirá tomadas de decisões que podem agradar ou não as pessoas. O
verdadeiro líder é aquele que sabe o que precisa ser feito e faz. Sua missão é
organizar e entusiasmar um grupo de pessoas para juntos servirem a uma causa
maior, ou seja, o ambiente ou contexto onde estiver inserido.
O entendimento do comportamento humano nas organizações permite uma
compreensão mais apurada acerca da liderança e de como esta se constitui nesses
espaços. Independentemente de qual seja a teoria sobre liderança, o conceito envolve
duas ou mais pessoas e se apresenta, o conceito de influência exercida de forma
intencional, que lida principalmente com motivação, inspiração, sensibilização e
comunicação (Ricco, 2004).
Os líderes de sucesso têm certos atributos pessoais em comum: são disciplinados
no atendimento, pontuais, cuidadosos com a aparência, sabem lidar com as pessoas e
liderar seu pessoal sem nenhuma pressão. São leais a equipe e demonstram confiança
nas pessoas, deixando que elas cumpram suas tarefas sem interferência. Conduzem a
organização num clima saudável, gerando os melhores resultados.
O estilo de liderança tem muita influência no alcance da excelência da qualidade,
deve haver um trato pessoal com os colaboradores e clientes, coordenar o
envolvimento de toda a equipe nas sugestões, na definição de objetivos e metas. É
preciso dar oportunidades as pessoas para que elas digam o que pensam. As pessoas
devem participar do processo e o progresso deve ser reconhecido e dessa forma os
elogios não devem ser economizados, mas devem ser sinceros, fazendo com, que as
pessoas sintam que deram uma contribuição de valor.
Os fatores motivacionais têm uma contribuição direta com a qualidade de vida das
pessoas e com a qualidade dos produtos, é a força motriz que impulsiona a
participação do colaborador e desenvolve um compromisso duradouro com
29
responsabilidade e um relacionamento frutífero e produtivo, satisfazendo os interesses
de ambas as partes, organização e indivíduo.
Há uma correlação imediata entre os índices de clima interno e a saúde dos
resultados empresariais. Sem dúvida, os fatores motivacionais contribuem para que
haja qualidade de produtos, serviços e qualidade de vida dentro das organizações e
uma pessoa motivada, além de gerar qualidade produz em clima de trabalho agradável
e há uma interação na equipe.
Motivação é uma das questões que é discutida quando se trata de aprendizagem
e desempenho. Ouve-se freqüentemente afirmações de que ”as pessoas não querem
nada“ ou “ninguém está comprometido”. Em nível organizacional, uma preocupação
permanente do Pedagogo Empresarial é a de conseguir compreender os processos
motivacionais que caracterizam determinados sistemas e, a partir daí, estrutura ações
que elevem o nível de envolvimento das pessoas com sua própria aprendizagem e, em
conseqüência, com seu próprio desempenho.
A partir das considerações de Tapia (2004), pode-se reafirmar que o interesse
depende de um conjunto de fatores, em especial, e está diretamente relacionado à
interação entre as características pessoais e os contextos nos quais determinadas
atividades/tarefas são desenvolvidas. Em termos pessoais, há de se destacar a
importância da identificação das metas que cada um tem no momento da execução de
uma determinada tarefa e as repercussões desta dinâmica organizacional
(especialmente em termos de progressão).
Fita (2004) chama atenção para o fato de que nenhum processo de
aprendizagem (treinamento) se dá no vazio; todo e qualquer processo de formação é,
necessariamente, mediado pela percepção social, tanto do instrutor quanto do treinado.
Desse modo, motivar pessoas implica lembrar que cada um tem motivos diversos para
realizar uma tarefa e, a partir desses motivos, mobiliza mais ou menos energia ao
realizá-la.
Um outro dado importante para o entendimento dos processos motivacionais diz
respeito às vinculações e aos padrões vividos pelo sujeito em outros contextos, como a
família, meio cultural. Portanto, pensar sobre motivação permite retomar a idéia de que
”as pessoas, mais que as máquinas e qualquer tipo de recursos, motivam as pessoas
(...). Saber algo sobre motivação, compartilhar experiências e animar-se mutuamente é
um bom começo para saber motivar” (Torre, 2004:10).
30
Pedagogo Empresarial deve ter consciência de que Liderança e motivação são
ferramentas imprescindíveis no mercado atual. As empresas e/ou organizações
necessitam desenvolver mecanismos para alcançar seus objetivos, precisam locar
pessoas para desenvolver a liderança e gerar motivação.
Ser líder é servir aos outros. É aceitar que o reconhecimento pode vir tardio,
talvez até após sua despedida do poder. É saber que será combatido. É saber que só
terá colaboradores se convencê-los de que é a pessoa certa para levar as idéias e
ideais adiante.
Para que se possa implantar, desenvolver, conduzir e gerir uma liderança eficaz
se faz necessário o entendimento da mesma, uma vez que se tem como diretriz, um
líder, o qual conduzirá os demais componentes da organização, a sucumbir às
expectativas anteriormente expostas a eles em forma de objetivo, aprendizagem ou
meta. Portanto, pode-se dizer que neste caso, a liderança é vista como uma forma
explícita de entendimento
Portanto, como se pode observar ser líder exige que os grupamentos comprem
suas idéias e ideais, para isso é necessário ter como característica a capacidade de
mobilizar e motivar. Da mesma forma que se mobiliza e motiva nações inteiras, na
busca por um objetivo.
31
CAPÍTULO III - CAMPOS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EMPRESARIAL NAS
ORGANIZAÇÕES
No contexto atual, é indispensável no interior das empresas a inserção do
Pedagogo Empresarial, o mesmo conhecimento especializado em educação,
organização, planejamento, avaliação, seleção, recrutamento desenvolvimento e
treinamento de funcionários.
Então, a educação tem grande importância na reestruturação do mundo do
trabalho, no espaço produtivo, faz-se necessário que o profissional da educação,
dotado de bases teóricas e metodológicas sólidas, assuma um espaço e forma efetiva
no interior das empresas
(ALMEIDA, 2006) A atuação do Pedagogo Empresarial precisa acontecer de
forma relacionada e cooperativa a outros profissionais de gestão, ele não pode
trabalhar sozinho, isolado como se não entendesse nada da empresa.
Trabalhando em parcerias, é possível desenvolver e efetivar planos, projetos e
ações que visem à melhoria de atuação dos colaboradores, bem como o aumento da
produtividade e da lucratividade.
Conforme afirma Almeida (2006, p.7), “O Pedagogo Empresarial tem o domínio de
conhecimentos, técnicas e práticas que, somadas à experiência dos profissionais de
outras áreas, constituem instrumentos importantes para a atuação na gestão de
pessoas”. Portanto, a educação representa condições básicas para o desenvolvimento
da humanidade e assume grande relevância na reestruturação do mundo do trabalho.
Então, o trabalho do Pedagogo Empresarial contribui significativamente com os
processos de produção, desenvolvimento pessoal e intelectual, visando à qualidade de
vida e o maior objetivo das organizações; o aumento da lucratividade.
No entanto, a gestão de pessoas é hoje um dos principais focos de atenção dos
líderes das organizações. O processo de modernização das organizações eliminou
significativamente, as barreiras entre os mercados e o acesso às tecnologias de
administração, produção e comercialização, tornando o capital humano um dos
grandes diferenciais competitivos. Assim, é necessário garantir que os funcionários
estejam em número suficiente, bem treinados, preparados, motivados e comprometidos
com os propósitos da organização.
Não existe para o Pedagogo uma função ou um cargo específico. O Pedagogo
Empresarial é mediador da multiplicidade de possibilidades que visam ao crescimento
32
pessoal e empresarial. O Pedagogo Empresarial precisa ter discernimento necessário
para atuar e desenvolver suas habilidades, competências de acordo com a realidade
de cada contexto que vai atuar, tendo sempre, sensibilidade para atender aos anseios
dos indivíduos e das organizações, sendo assim, esse caminho desenvolve o
crescimento pessoal e profissional de forma contínua e permanente.
3.1 Seleção de Pessoal
De acordo com Chiavenato (2004), a tarefa básica da seleção é a de escolher,
entre os candidatos recrutados, aqueles que tenham maiores probabilidades de ajustar-
se ao cargo vago e desempenhá-lo bem. O objetivo básico da seleção é o de escolher
e classificar os candidatos adequados às necessidades da organização.
Em geral, a seleção visa dois problemas básicos:
a) Adequação do homem ao cargo.
b) Eficiência e eficácia do homem no cargo.
Se todas as pessoas fossem iguais e reunissem as mesmas condições individuais
para aprender e trabalhar, certamente a seleção de pessoal poderia ser dispensada.
Contudo, a variabilidade humana é enorme, as diferenças individuais tanto no plano
físico como no plano psicológico, levam as pessoas a se comportarem diferentemente,
a perceberem situações de maneira diferente e a terem desempenhos diferentes nas
organizações.
Os instrumentos mais utilizados para a seleção são:
Entrevistas: o candidato que se sai mal na entrevista em geral é cortado da
seleção, independentemente de sua experiência, dos resultados nos testes ou de suas
cartas de recomendação. Por outro lado, muito freqüentemente, a pessoa mais
tarimbada nas técnicas de busca de emprego, em especial nas entrevistas, acaba
sendo contratada, ainda que ela possa não ser a mais adequada para a posição entre
os candidatos.
As evidências revelam que as entrevistas são mais indicadas para avaliar a
inteligência, o nível de motivação e habilidades interpessoais dos candidatos. Quando
33
essas qualidades estão relacionadas ao desempenho no trabalho, a validade da
entrevista como instrumento de seleção é maior.
Provas ou testes de conhecimento ou de capacidade: conforme Chiavenato (2004,
p. 198), são para avaliar objetivamente os conhecimentos e habilidades adquiridos
através do estudo, da prática ou do exercício. Procuram medir o grau de
conhecimentos profissionais ou técnicos exigidos pelo cargo, ou o grau de capacidade
ou habilidades para certas tarefas. Há uma variedade de provas de conhecimento ou
de capacidade, razão pela qual costumamos classificá-las quanto à maneira, quanto à
área abordada e quanto à forma.
Testes psicológicos: o teste é geralmente utilizado para servir de base para
melhor conhecer as pessoas nas decisões de empregos, de orientação profissional, de
diagnóstico de personalidade etc.
O resultado do teste psicológico de uma pessoa é comparado com os padrões
de resultados alcançados por uma amostra representativa de pessoas. Os testes
psicológicos focalizam principalmente as aptidões, procurando a determinação de
quanto elas existem em cada pessoa, com o intuito de generalizar e prever aquele
comportamento em determinadas formas de trabalho.
Testes de personalidade: os testes de personalidade servem para analisar os
diversos traços de personalidade, sejam eles determinados pelo caráter ou pelo
temperamento. Um traço de personalidade é uma característica marcante da pessoa e
que é capaz de distingui-las das demais.
Os testes de avaliação psicológicos são aplicados sob a responsabilidade e
diagnose do profissional credenciado pela psicologia, de acordo com a legislação
brasileira.
Técnicas de simulação: procuram passar do tratamento individual e isolado para o
tratamento em grupos e do método exclusivamente verbal ou de execução para ação
social.
As técnicas de simulação são essencialmente técnicas de dinâmica de grupo. A
principal técnica de simulação é o psicodrama, que se fundamenta na teoria geral de
papéis: cada pessoa põe em ação os papéis que lhe são mais característicos sob
forma de comportamento, seja isoladamente seja em interação com outra ou outras
pessoas. Age no aqui e agora como em seu cotidiano, o que permite analisar e
diagnosticar seu próprio esquema de comportamento.
34
3.2 Treinamento
Treinar é oferecer oportunidades para que as pessoas possam freqüentemente
refletir sobre seus significados e exercitar seu lado crítico, profissionalizando-se, assim,
diante das circunstâncias empresariais e de seu projeto de vida. Isso só será possível
com a utilização cada vez mais freqüente das chamadas técnicas ou práticas
interativas de treinamento. É por meio delas que o “treinamento” pode desenvolver
suas racionalidades para legitimar e reelaborar sua prática (MALVEZZI, apud Nogueira,
2005).
De acordo com Chiavenato (2004, p. 402), treinamento é o processo educacional
de curto prazo aplicado de maneira sistemática e organizada através do qual as
pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e competências em função de
objetivos definidos.
Segundo Chiavenato (2004, p. 405), o treinamento envolve um processo de
quatro etapas:
1 – Levantamento das Necessidades de Treinamento (diagnóstico).
Conforme Guarany (apud SOUZA, 2006) obtém-se o diagnóstico através do LNT:
• Quem deve ser treinado?
• O que deve ser aprendido?
Comparam-se as exigências do cargo (tarefa e atribuições) com o desempenho
do funcionário. Existem alguns indicadores de necessidades de treinamento, esses
indicadores servem para apontar eventos que provocarão futuras necessidades de
treinamento (indicadores a priori) ou problemas decorrentes de necessidades de
treinamento já existentes.
2 – Programação de treinamento para atender às necessidades:
O levantamento de necessidades de treinamento deve fornecer as seguintes
informações para que se possa traçar a programação de treinamento:
• O que deve ser ensinado?
• Quem deve aprender?
• Quando deve ser ensinado?
35
• Onde deve ser ensinado?
• Como se deve ensinar?
• Quem deve ensinar?
3 – Execução do treinamento:
Segundo Guarany (apud SOUZA, 2006), a execução é a aplicação prática daquilo
que foi planejado e programado para suprir as necessidades de aprendizagem
detectadas na organização.
4 – Avaliação dos resultados:
A avaliação deve considerar dois aspectos:
• Verificar se o treinamento produziu as modificações desejadas no
comportamento dos empregados.
• Verificar se os resultados do treinamento apresentam relação com o
alcance das metas da empresa.
Assim o treinamento tem por finalidade ajudar a alcançar os objetivos da empresa,
proporcionando oportunidades aos empregados de todos os níveis de obterem o
conhecimento, a prática e a conduta requeridos pela organização.
3.3 Responsabilidade Social
De acordo com Chiavenato (2004, p.483), responsabilidade social significa a
atração responsável socialmente de seus membros, as atividades de beneficência e os
compromissos da organização com a sociedade em geral e de forma mais intensa com
aqueles grupos ou parte da sociedade com a qual está mais em contato. A
responsabilidade social está voltada para a atitude e comportamento da organização
em face das exigências sociais da sociedade em conseqüência das suas atividades.
A responsabilidade social da organização se dá quando cumpridas as prescrições
de leis e de contratos, constituindo uma resposta da organização às necessidades da
36
sociedade, isto é, internalizando o que é bom para a sociedade e respondendo ao que
a sociedade espera da organização.
3.4 Liderança e formação de equipe
• Categorização de Liderança
De acordo com Nieradka (2007), a liderança é tanto uma ciência como uma arte, e
tem características pessoais de cada líder em particular: não é possível liderar de
maneira competente baseando-se unicamente no carisma ou na personalidade do
líder, tampouco é possível liderar um grupo sem levar em conta as pessoas como
seres individuais. Dentro de uma equipe, um líder deve ser capaz de combinar suas
características pessoais e também suas ambições com as da equipe, possuir mente
aberta, capaz de comunicar claramente suas idéias, ser capaz de entender os outros,
saber ouvi-los e manter-se aberto a novas idéias.
Através de atitudes, comportamentos e ações, no dia-a-dia é que o líder passa os
valores da empresa à equipe, fazendo com que todos canalizem suas competências e
habilidades para a consecução dos objetivos da empresa.
Como uma equipe dentro de uma empresa é composta por pessoas, cada uma
com sua individualidade, seus valores, seus conhecimentos, seus anseios, suas
aspirações, sentimentos, esperanças e necessidades com competências e habilidades
diferenciadas, o líder deve desenvolver a capacidade de reconhecer as diferenças
individuais dos membros que compõem a equipe, bem como estabelecer os fatores
comuns a esses membros para que possa potencializar os valores e capacidades
comuns, de interesse para o melhor desempenho da equipe, e manifestar
considerações pelos seus colaboradores, demonstrando respeito às suas diferenças;
valorizando-os quando leva cada um dos componentes da equipe a colocar grande
parte das especiais competências e habilidades como complemento às competências e
habilidades de outros componentes.
O verdadeiro líder de uma equipe deve compartilhar a liderança com outros
membros da equipe, inclusive estimulando este compartilhamento, pois, assim, estará
elevando a auto-estima e a satisfação pessoal daqueles que assumem compromissos
com a equipe em situações específicas, bem como fará aumentar a busca de
aperfeiçoamento e de novos conhecimentos e competências.
37
O líder deve esta atento às necessidades de seus liderados, quer seja no campo
pessoal, quer seja no desempenho profissional. Deve estar constantemente
empenhado na melhoria das relações interpessoais do grupo, no crescimento individual
de cada componente desse grupo, na aquisição de novos conhecimentos, no
desenvolvimento de novas competências, no autoconhecimento e na aceitação do
outro como um indivíduo especial. O feedback é a ferramenta ideal para alcançar esses
objetivos. Segundo Ribeiro (2006, p. 4), liderança é 90% conhecimento de pessoas e
10% conhecimento do produto.
Você pode ter grandes habilidades com as pessoas e não ser um bom líder, mas
você não será um bom líder sem essas habilidades. Um líder que não entende as
pessoas que lidera, nem elas nem ele alcançarão seu melhor potencial. Líderes de
sucesso são capazes de descobrir as necessidades de seu grupo e tomar uma atitude
para supri-las.
• Categorização de Equipes
A obtenção de bons resultados está diretamente relacionada ao desempenho das
equipes. Afinal, as empresas são formadas por pessoas que convivem diariamente e
precisam ter objetivos compartilhados, caso contrário o sucesso do negócio está
comprometido. Segundo Robbins (apud SOUZA, 2006), podemos encontrar as formas
mais comuns de equipes.
Equipes de Solução de Problemas onde os membros trocam idéias ou oferecem
sugestões sobre os processos e os métodos de trabalho que podem ser melhorados.
Equipes de Trabalho Autogerenciadas que são colaboradores que realizam
trabalhos interdependentes e muitas vezes assumem responsabilidades de antigos
superiores: planejar cronograma, delegar tarefas, controlar o andamento das
atividades, tomar decisões e implementar ações e ainda escolher e avaliar o
desempenho dos seus membros.
Equipes Multifuncionais que são colaboradores do mesmo nível hierárquico, mas
de diferentes setores da empresa, que se juntam para cumprir uma tarefa.
Denominadas também de Força-Tarefa, sendo uma equipe multifuncional temporária,
ou Comitês – membros de diversas linhas departamentais.
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Por fim as Equipes Virtuais que usam a tecnologia da informática para juntar
fisicamente seus membros para que possam atingir seus objetivos comuns. Estas
equipes podem fazer tudo os que as outras fazem. Compartilhar informações, tomar
decisões, realizar tarefas sendo que via on-line.
O líder assume, na equipe de trabalho, um papel fundamental, especialmente
quando manifesta a priorização do elemento humano, contribuindo de forma efetiva e
permanente, para o crescimento dos componentes da equipe e a busca, de forma
coerente e coletiva, do alcance dos objetivos da organização. A liderança se manifesta
e se consolida nas relações interpessoais no ambiente de trabalho.
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CONCLUSÃO Diante da pesquisa podemos conhecer mais o universo da Pedagogia Empresarial e o
que este campo da educação pode fazer. Percebe-se que a Pedagogia Empresarial
torna-se uma ferramenta de auxílio as empresas, pois busca por um serviço de
qualidade, de uma prática democrática, preocupada com a necessidade de se construir
uma sociedade mais humana e mais solidária através da educação.Entendemos como
se formam os grupos, as suas necessidades e como resolver algumas situações em
equipe, e como a Pedagogia Empresarial pode atuar em todas as áreas de uma
organização em que se requer uma atividade pedagógica. Na tentativa de se
humanizar as relações de trabalho em cada setor, a Pedagogia Empresarial, passa a
ter maior relevância, já que esta última introduz suas metodologias e estratégias
pedagogicamente para assegurar uma melhor aprendizagem da informação e do
conhecimento. Nesse sentido se faz urgente que o Pedagogo Empresarial esteja bem
informado, pois assim tem mais chances e mais capacidade em procurar melhores
condições para um desempenho sempre eficaz dentro de suas funções, principalmente
com a preocupação com o processo empresarial, beneficiando, portanto, a qualidade
da empresa e da sociedade que nela atua de um modo geral. Um fator que ficou
intrínseco na pesquisa, mas que podemos reconhecer, é que a Pedagogia Empresarial
valoriza o desenvolvimento do indivíduo, o capital humano, aquele tão importante para
a imagem e produtividade da empresa, e que não encontramos em nenhuma folha de
pagamento. Nesse contexto, a Pedagogia Empresarial deve promover o despertar das
potencialidades, a criatividade, a autoconfiança, a iniciativa e a autonomia num grupo,
além da integração dos indivíduos consigo mesmo e com o grupo em que estão
inseridos, proporcionando uma aprendizagem contínua. Essa é a ação mais forte da
Pedagogia Empresarial, contribuir na aprendizagem dos grupos organizacionais
aperfeiçoando o trabalho cooperativo, que precisam ser eficazes e bem elaboradas
para a sobrevivência da equipe e para o trabalho integrado. Todo esse processo leva a
uma reeducação do grupo no sentido de levá-lo a perceber como ele mesmo deve
proceder para estar aberto a mudanças, esse é um grande passo para que o grupo
cresça, evolua e amadureça entre eles e para com a organização. Esse grupo estará
se sobressaindo no seu desempenho e passando a despertar um interesse pelas
chefias da empresa, aumentando também a sua auto-estima e a motivação que faltava,
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pois é claro que, uma equipe que não tem motivação nem é reconhecida pelo seu
trabalho, não vai querer aprender. O verdadeiro significado da aprendizagem é
possibilitar a todos que aprendam e aperfeiçoem os conhecimentos adquiridos através
das vivências do trabalho em equipe, e mostrando a possibilidade, com isso, de um
feedback entre o Pedagogo Empresarial com o indivíduo e este com a organização.
Quando uma pessoa sente que é útil em sua organização e constrói algo de novo para
o grupo, e isso a Pedagogia Empresarial proporciona, ela pode se desenvolver mais no
trabalho como profissional e como parte integrante da equipe. Concluímos que quando
se tem uma aprendizagem por parte dos grupos para o aperfeiçoamento pessoal e
profissional, essa aprendizagem vira um processo contínuo, tendo a motivação e o
treinamento como fontes fundamentais para o sucesso, alterando a cultura
organizacional visto como um elemento substancial à sobrevivência da empresa. Surge
uma nova forma de pensar e agir, reestruturando todo um planejamento, toda uma
execução de atividades. Na realidade não existe uma fórmula certa para definirmos o
que faz a Pedagogia Empresarial dentro de um grupo, mas talvez tenha se conseguido
pontuar as possibilidades das questões que envolvem os conceitos da Pedagogia
Empresarial e de grupo, e a partir das práticas vivenciais, realizar um trabalho de
aprendizagem. E para que esse trabalho seja eficaz, é necessário que as pessoas que
compõem uma equipe e o Pedagogo Empresarial, responsável por esse campo da
educação dentro da empresa, trabalhem com dedicação, persistência e com vontade.
Tem-se que ter consciência de que o caminho é longo para uma construção pessoal e
profissional, mas que é necessário tempo para consolidar os conhecimentos e o
ambiente empresarial como um todo deve oferecer-lhe esta experiência e
oportunidade.
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