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Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza
Victor Gregorut Ferreira
Sistemas de informao como propulsores da evoluo do gerenciamento da cadeia
de suprimentos
So Paulo
Janeiro/2014
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Victor Gregorut Ferreira
Sistemas de informao como propulsores da evoluo do gerenciamento da cadeia
de suprimentos
Monografia apresentada como exigncia
parcial para concluso do Curso de Ps-
Graduao MBA em Logstica
Empresarial do Centro Estadual de
Educao Tecnolgica Paula Souza, sob
a orientao do Prof. MSc. Durval Cordas.
So PauloJaneiro/2014
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Eu, Victor Gregorut Ferreira, autorizo o Centro Estadual de
Educao Tecnolgica Paula Souza a publicar minha monografia emverso eletrnica, alm de e-mail, no site da Instituio e na
Biblioteca da Fatec-SP.
So Paulo, 25/11/2013.
Victor Gregorut Ferreira
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TERMO DE APROVAO
Victor Gregorut Ferreira
Sistemas de informao como propulsores da evoluo do gerenciamento da cadeia
de suprimentos
Monografia apresentada e aprovada em 11/12/2013
Prof. MSc. Durval Cordas Orientador
Prof. MSc. Sergio Eugenio Menino Convidado
Prof. MSc. Eduardo Vilela Vasconcelos Montes Convidado
So Paulo
Janeiro/2014
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A minha Me e meu Pai que sempre me
apoiaram e incentivaram a me dedicar
aos estudos.
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AGRADECIMENTOS
A Deus pela minha sade e pela minha capacidade intelectual.
A meus pais, Marilene e Almir, por sempre me apoiarem e incentivarem a estudar. E
por ensinar-me muitos valores, entre eles o valor do estudo, trabalho e
responsabilidade.
Ao meu irmo Higor por sempre me dar bons conselhos profissionais e para a vida.
A minha amiga Suse por me incentivar e apoiar com sabias palavras nos momentos
de dificuldade (ou preguia) durante o curso e o desenvolvimento da monografia.
A minha me Marilene, ao colega de classe Big, ao amigo Jhones e ao meu irmo
Higor por me darem caronas valiosssimas no trajeto curso / casa durante o tempo
em que estive com a perna contundida!
A todos os professores do curso, que foram to importantes na minha vida
acadmica, e ao Prof. MSc. Durval pelas suas orientaes para o desenvolvimento
desta monografia.
Aos colegas de curso que compartilharam seus conhecimentos e proporcionaram
momentos de muita aprendizagem, prazer e diverso!
A todos os amigos e familiares que me apoiaram e incentivaram com palavras e
tambm entenderam a minha ausncia em diversos momentos devido
necessidade de dedicar tempo ao curso e monografia.
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O descontentamento o primeiro passo naevoluo de um homem ou de uma nao.
Oscar Wilde
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RESUMO
FERREIRA, V. G. Sistemas de informao como propulsores da evoluo do
gerenciamento da cadeia de suprimentos. 48 f. Monografia (MBA em Logstica
Empresarial). Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza, So Paulo,
2014.
O presente trabalho tem por objetivo analisar e apresentar o aparecimento dos
computadores no gerenciamento da cadeia de suprimentos e como eles se tornaram
fundamentais em todos os elos da cadeia, provendo informaes estratgicas etticas, alm de tornar todo o processo mais gil. A metodologia usada foi pesquisa
bibliogrfica, realizada mediante consulta e anlise de artigos cientficos, livros e
bibliografia em geral. Os sistemas de informao impulsionaram a evoluo do
gerenciamento da cadeia de suprimentos, permitindo fornecimento de informaes,
processamento de dados e execuo de processos com muita rapidez.
Palavras-chave: Sistemas de informao. Tecnologia da Informao. Logstica.Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Supply Chain Management.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Carro Ford Modelo T na Linha de Montagem, em Highland Park Plant,
Outubro, 1923. .......................................................................................................... 12
Figura 2: Exemplos de Cdigos Linear e Bidimensional. .......................................... 20
Figura 3: Percentual de trabalhadores por tipo de local de trabalho. ........................ 24
Figura 4: Escopo cada vez mais amplo dos sistemas de informao. ...................... 25
Figura 5: Investimento total e percentual em tecnologia. .......................................... 26
Figura 7: Viso geral das entradas para um Sistema MRP Padro e os Relatrios
gerados. .................................................................................................................... 32
Figura 8: O RFID usa pequenos marcadores para identificar vrios tipos de objetos. .................................................................................................................................. 35
Figura 9: Fluxos na Cadeia de Suprimentos. ............................................................ 36
Figura 10: Cadeia de Suprimentos: Origem e principais influencias. ........................ 38
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SUMRIO
1 INTRODUO....................................................................................... 9
1.1 Questo de pesquisa......................................................................... 10
1.2 Objetivo geral da pesquisa................................................................ 10
1.3 Metodologia........................................................................................ 10
2 FUNDAMENTAO TERICA........................................................... 11
2.1 Histria................................................................................................ 11
2.2 Consolidao...................................................................................... 21
2.3
A Era da informao.......................................................................... 22
2.4 Sistemas como soluo.................................................................... 27
2.5 Os principais sistemas de informao usados na gesto da
cadeia de suprimentos...................................................................... 28
2.5.1 Warehouse Management System (WMS)............................................ 28
2.5.2 Manufacturing Execution Systems (MES)............................................ 28
2.5.3 Collaborative Planning, Forecasting, and Replenishment (CPFR)....... 29
2.5.4 Vendor Managed Inventory (VMI)........................................................ 29
2.5.5 Enterprise Resource Planning (ERP)................................................... 302.5.6 Distribution Requirements Planning (DRP).......................................... 30
2.5.7 Sales and operations planning (S&OP)................................................ 30
2.5.8 Customer Relationship Management (CRM)........................................ 31
2.5.9 Materials Requirement Planning (MRP)............................................... 31
2.5.10 Manufacturing Resource Planning (MRP II)......................................... 32
2.5.11 Just in Time (JIT).................................................................................. 33
2.5.12 Transportation Management System (TMS)........................................ 34
2.5.13 Cdigo de Barras................................................................................. 34
2.5.14 QR Code.............................................................................................. 34
2.5.15 Radio-Frequency IDentification (RFID)................................................ 35
2.5.16 Efficient Consumer Response (ECR)................................................... 36
2.5.17 Electronic Data Interchange (EDI)........................................................ 36
2.5.18 Advanced Planning and Scheduling (APS).......................................... 37
2.5.19 Global Position System (GPS)............................................................. 37
3 ANLISE E DISCUSSO.................................................................... 38
4 CONCLUSO...................................................................................... 41
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1 INTRODUO
Nos ltimos tempos tm-se vivenciado grandes transformaes na agricultura,
na indstria, no comrcio, no consumo e na forma como estas reas interagem ao
redor do mundo inteiro. Muitas dessas transformaes so decorrentes da grande
diversidade e da grande quantidade de novos produtos disponveis nos mercados,
da globalizao, de novos processos e tambm, nos ltimos anos, da evoluo da
tecnologia da informao.
Essas transformaes esto de certa forma relacionadas umas com asoutras, sendo que a tecnologia atua tanto no suporte dessas transformaes como
tambm como indutora dessa evoluo.
Os novos produtos, a globalizao e os novos processos trazem um maior
desafio no gerenciamento da cadeia de suprimentos, e, para enfrentar este desafio,
h a necessidade de processamento de grande quantidade de dados para gerar
informaes e uma grande quantidade de sistemas de computadores que
automatizem os processos, visando aumento da produtividade, eliminao de falhas,reduo de erros e, por consequncia, reduo de custos e aumento do valor
agregado dos produtos e servios comercializados.
Diante desse cenrio, o advento dos sistemas de informao trouxe maior
controle dos processos existentes no gerenciamento da cadeia de suprimentos,
assim como se refletiu em uma maior velocidade em reagir aos eventos ocorridos e
disponibilizao de maior quantidade de informaes e com melhor qualidade,
permitindo simular e analisar cenrios, como tambm traar planos estratgicos e
tticos mais bem fundamentados. Como consequncia, houve uma melhora no
atendimento aos clientes e agregao de valor aos servios e produtos em geral.
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1.1 Questo de pesquisa
Como os sistemas de informao ajudaram a evoluir o gerenciamento da
cadeia de suprimentos?
1.2 Objetivo geral da pesquisa
Analisar e apresentar o surgimento dos sistemas de informao no
gerenciamento da cadeia de suprimentos e como eles ajudaram na evoluo do
gerenciamento e se tornaram fundamentais em todos os elos da cadeia, provendo
informaes estratgicas e tticas, alm de tornar todo o processo mais gil e com
menor custo.
1.3 Metodologia
Trabalho desenvolvido mediante pesquisa bibliogrfica, com o objetivo de
obter a maior compreenso do tema previamente definido. A pesquisa foi realizada
em artigos cientficos, livros e bibliografia em geral, no qual foi apoiada a redao e
a fundamentao desta monografia.
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2 FUNDAMENTAO TERICA
2.1 Histria
H muito tempo, desde a poca das primeiras civilizaes possvel
identificar uma necessidade do ser humano em trafegar produtos de um
determinado local para outro. Na pr-histria a partir do momento em que os
diferentes grupos humanos tornaram a interao entre si mais frequente, os homens
comearam a notar que grupos alheios ao seu tinham artefatos diferentes dos seus,despertando assim o interesse nestes produtos de terceiros. Iniciou-se ento uma
troca destes artefatos e neste momento se consolidava as primeiras maneiras de
comercializar produtos (RATTO, 2008).
Mesmo havendo a troca de artefatos h muito tempo, as primeiras referncias
de logstica so feitas apenas na primeira metade do sculo XIX, pelos militares Carl
Phillipp Gottlieb von Clausewitz, da Prssia, e Antoine-Henri Jomini, Baro das
Campanhas Napolenicas, em suas obras sobre a Arte da Guerra. Clausewitz nomencionava especificamente a palavra logstica, mas fala que na guerra existe um
grande nmero de atividades que devem ser levadas em considerao para a
execuo da prpria guerra. Mas Jomini, pela primeira vez registrada na histria,
utiliza a palavra logstica, definindo-a como a ao que conduz preparao e a
sustentao para a campanha (BRASIL, 2003 apud BARBOSA, 2011).
Os conceitos de logstica se desenvolveram muito pouco na literatura militar
at o final do sculo XIX. Mas em 1888, o Tenente Rogers introduziu matria
relacionada logstica nas aulas da Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da
Amrica (BRASIL, 2003 apud BARBOSA, 2011).
At a Primeira Guerra Mundial raramente se encontrava na literatura a
palavra logstica. S foi considerada cincia, a logstica, em 1917 quanto o Tenente-
Coronel Thorpe do corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos da Amrica
publicou o livro Logstica Pura: a cincia da preparao para a guerra. Thorpe
definiu que a estratgia e a ttica proporcionam o esquema de conduo das
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operaes militares, enquanto a logstica proporciona os meios (BRASIL, 2003
apud BARBOSA, 2011).
No incio do sculo XX o conceito de logstica estava essencialmente ligado
s foras armadas. As operaes militares proporcionavam uma forte motivao
para o progresso cientfico (NOVAES, 2007 apud BARBOSA, 2011).
Enquanto nas reas militares surgia a ideia de logstica, no ramo da
manufatura ocorria um movimento revolucionrio, que ficou conhecido como
Revoluo Industrial, momento em que se iniciou a produo em massa (LUSTOSA
et al., 2011). Nos Estados Unidos, Henry Ford criou uma linha de montagem de
automveis, que revolucionou o processo de produo e se tornou referncia para
mtodos de produo em srie no mundo (A EVOLUO, 2012). A fotografia da
Figura 1 apresenta os carros na nova e revolucionria linha de montagem.
Figura 1: Carro Ford Modelo T na Linha de Montagem, em Highland Park Plant, Outubro, 1923.
Fonte: The Henry Ford (2010, [online]).
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Nesta poca, ainda no incio do sculo XX, Taylor elaborou os princpios da
administrao cientfica baseando-se na observao, medio, anlise e
aprimoramento dos mtodos de trabalho (LUSTOSA et al., 2011).
Ainda no incio do sculo XX, as ideias de Taylor incentivaram Frank Gilbreth
desenvolver estudos de movimentos e tempos e tambm incentivaram Henry Gantt
a desenvolver sistemas de programao de produo baseado em grficos em
clculos (LUSTOSA et al., 2011).
Enquanto o setor militar iniciava o desenvolvimento da logstica,
aproximadamente at os anos 1940, o setor agrcola se preocupava apenas com o
escoamento da produo e o setor industrial se preocupava em produzir o mximo
possvel, no seguiam nenhum conceito ou prtica de logstica (EDELVINO, 2006).
A evoluo da logstica deveu-se s Grandes Guerras que ocorreram ao redor
do mundo e isso se refletiu profundamente nas indstrias, entre os anos de 1940 e
1960. Nesta poca comearam a aparecer no setor industrial as ideias de logstica,
baseada nos conhecimentos aplicados no ramo militar (EDELVINO, 2006).
Os autores Pizzolato e Micucci (2009 apud BARBOSA, 2011) concordam com
Edelvino ao afirmarem que a sociedade civil se beneficiou dos conceitos militares,como por exemplo, a gesto de suprimentos de combates que foi tambm muito
bem utilizada pelas indstrias. As empresas foram gradativamente utilizando os
conceitos da logstica, que foram facilmente migradas da rea militar para o mundo
empresarial, tendo sido adaptado para as respectivas realidades.
Enquanto rea militar comeava a desenvolver as ideias de logstica e a rea
industrial comeava a aplicar estas novas ideias, o meio acadmico tambm
comeava a dar os primeiros passos s ideias de logstica, mas ainda
aparentemente distante do que era aplicado nas outras reas. Os primeiros registros
de estudos acadmicos relacionados movimentao de produtos ocorreram em
1948, na Universidade de Dextel, quando os estudantes Bernard Silver and Norman
Joseph Woodland comearam a estudar os sistemas de caixa dos varejos e como
estes atualizavam os estoques (ALFRED, 2008).
Com o objetivo de tornar mais gil a forma de identificar os produtos, os
estudantes comearam a utilizar impresses que brilhavam sob luz ultravioleta. Mas
estas eram caras e era difcil fazer impresses de longa durao. Woodland tentou o
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cdigo Morse, mas no era uma soluo prtica, devido necessidade dos leitores
precisarem de um ngulo especfico. Pouco depois ele pensou na codificao em
barras, e que estas poderiam ser lidas de praticamente qualquer ngulo. A soluo
de cdigo de barras de Woodland funcionava, mas o leitor era muito grande e
quente, e os computadores eram enormes e caros, alm dos lasers que ainda no
tinham sido inventados, assim a soluo se mostrou invivel para a poca (ALFRED,
2008).
Por volta de 1950, com o avano da tecnologia gerado pelas grandes guerras,
cresceu a complexidade dos bens produzidos, e por consequncia, aumentou
tambm a complexidade dos clculos de Taylor, Gilbreth e Gantt. Neste momento,
Joe Orlicky, Oliver Wight e G. W. Possl, no meio acadmico, desenvolveram
mtodos similares para realizar os clculos e estes foram transformados em
programa de computador, e este programa ficou conhecido como Materials
Requirements Planning (MRP em portugus, planejamento das necessidades de
materiais) (LUSTOSA et al., 2011).
Nesta dcada, ocorreu um avano na tecnologia dos radares, tinha sido
inventado h 20 anos pelos militares. Estudos acadmicos identificaram que a
energia da Rdio Frequncia poderia ser utilizada para identificar objetos. Foi criada
para ser utilizada no varejo uma etiqueta que utilizava ondas de rdio para
interpretar o sinal de um bit (um registro de 0 ou 1). Este registro na etiqueta
referente informao do pagamento efetuado ou no, e assim poderia evitar furtos
nas lojas (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).
No final dos anos 1950 o Governo Canadense comeou a desenvolver um
Sistema de Informao Geogrfica do Canad, um sistema com informaes
tabulares para identificar os recursos naturais da nao e suas possveis utilidades.
Os Suecos e Britnicos foram autores dos primeiros mapeamentos geogrficos
automticos. E os servios militares secretos de alguns pases possuam satlites
capazes de tirar fotos panormicas (MAGUIRE et al., 2012).
As pesquisas relacionadas a mapeamento avanavam e o Governo dos
Estados Unidos providenciou o mapeamento de todas as ruas do pas para realizar
o Censo Demogrfico. O relacionamento deste sistema com o canadense inspirouestudiosos de Universidade de Harvard a iniciar estudos de Sistemas de
Informaes Geogrficas. E no Reino Unido iniciaram o desenvolvimento de mapas
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utilizando computadores, reduzindo os custos e o tempo para criao de mapas. Os
militares americanos comearam tambm a desenvolver aplicaes de localizao,
com o intuito de localizar alvos balsticos (MAGUIRE et al., 2012).
Nos anos 1960, Edelvino (2006, p. 24) afirma que, com o incio da
competitividade mundial, comeou surgir a viso integrada das funes internas.
Segundo o autor, essa viso procurava explorar os aspectos como custo total e
uma viso sistmica de todo o processo produtivo.
Na dcada seguinte, nos anos 1970, segundo Edelvino (2006, p. 24) o foco
torna-se o cliente, com nfase na produtividade e nos custos de estoques, ou maior,
eficincia operacional, trazendo mais valor agregado nos produtos e se
preocupando com todo o processo produtivo, do incio ao fim.
Os anos 70 foram marcados pelo incio da utilizao de mquinas
exclusivamente de uso no transporte interno das fabricas e armazns, como por
exemplo, empilhadeiras eltricas. Tambm nessa mesma poca passaram a utilizar
melhor os espaos disponveis, com o surgimento de armazns verticalizados com
estrutura porta paletes (KOBAYASHI, 2000).
Os problemas encontrados no uso do Cdigo de Barras, que j tinha sidoinventado havia mais de 15 anos por Woodland e Silver, ainda no permitiam que a
aplicao se consolidasse. Na dcada de 1970 a IBM apresentou o leitor de Cdigo
de Barras a laser que permitia identificar os cdigos de barras de forma rpida e
com baixo custo (se comparadas com solues anteriores). A dupla Cdigo de
Barras e Leitor se consolidou em 1973 quando a indstria de supermercados
estabeleceu seu uso nas normas de 1973 (ALFRED, 2008).
Enquanto os Cdigos de Barras se popularizam e ganhavam cada vez mais
utilidades, as etiquetas de Radio Frequncia de um bit evoluram e surgiram
etiquetas mais sofisticadas chamadas Etiquetas RFID (Radio-Frequency
Identification em portugus, Identificao por Radio Frequncia) na dcada de
1970. Podendo armazenar mais dados que antes, aumentando assim a sua
aplicabilidade. Mas estas etiquetas ainda se mostravam uma soluo cara e ento
utilizada apenas em produtos de alto valor agregado (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).
Sistemas de Informao Geogrficos, criados h mais de 20 anos, foram
impulsionados pela Guerra Fria. Todas as novidades desenvolvidas nas dcadas
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anteriores convergiram para o surgimento do Global Position System (GPS em
portugus, Sistema de Posio Global) (MAGUIRE et al., 2012).
Os sistemas de computadores que foram desenvolvidos na dcada de 1950
no meio acadmico comearam a se popularizar na dcada de 1970 nos meio
industriais (LUSTOSA et al., 2011). E nesta dcada, na rea acadmica surgiram os
estudos de Sistemas de Informao Gerenciais (SIG), que tinham o foco nos
sistemas de informaes computadorizados destinados aos administradores
empresariais. Combinando as teorias da Cincia da Computao, da Cincia da
Administrao e da Pesquisa Operacional, resultando em solues sistmicas para
os problemas do dia a dia (EDELVINO, 2006).
Gates (1995) em sua obra destaca que quando apareceram as planilhas nos
microcomputadores em 1978 houve um grande avano em relao ao papel e lpis,
agilizando muito as atividades dirias.
A evoluo da dcada de 1970 foi tanta que a revista Veja, Edio Especial
Os Anos 70, trata o computador como Reiem sua manchete da pgina 130. A
revista menciona que graas a miniaturizao dos componentes dos computadores,
a nova mquina podia efetuar tarefas que ser humano nenhum poderia realizar coma mesma eficincia. A revista destaca tambm que j era possvel sentir a presena
da tecnologia em todas as reas de atividade humana (O REI, 1979).
Enquanto os computadores evoluam, algumas teorias logsticas criavam uma
relao antagnica entre o cliente e seus fornecedores, pois tudo que era comprado
provinha de vrios fornecedores, possuam ciclos de compras longos e a informao
no era compartilhada. Os fornecedores disputavam entre si para poder fornecer
matria prima e o principal critrio para compras era o preo. Desta forma, no eracriado um relacionamento entre cliente e fornecedor. Muitas vezes o cliente
barganhava o mximo com os fornecedores que em muitos casos levava-os
falncia (CHOPRA; MEINDL, 2006).
Ento, a partir dos anos 1980, as organizaes comeam a dar mais ateno
para o lado externo da organizao, para os concorrentes e para consumidores.
Nesta poca retomado com maior prioridade o foco no mercado e surge uma
preocupao com a logstica integrada, iniciando a viso e o conceito daAdministrao da Cadeia de Suprimentos (em ingls Supply Chain Management
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SCM), cujo pano de fundo a globalizao e o avano da Tecnologia da Informao
(EDELVINO, 2006).
Uma Cadeia de Suprimento engloba todos os estgios envolvidos, direta ou
indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimentos
no envolve apenas os fabricantes e os distribuidores, mas tambm transportadoras,
depsitos, varejistas e os prprios clientes (CHOPRA; MEINDL, 2006).
Antigamente a teoria da administrao sugeria que a eficincia global do
grupo tcnico ou a funo da produo podia ser significativamente melhorada, se
sua essncia pudesse ser isolada ou protegida, na maior extenso possvel de um
ambiente externo e, frequentemente, incerto. Assim tinham a viso de que os elos
da Cadeia de Suprimentos no possuam alguma certa interdependncia, e ento se
criava grandes estoques de matria prima e de produtos acabados (DAVIS; CHASE;
AQUILANO, 2000).
Porm teorias antigas comearam a cair a partir de dcada de 1980, com as
mudanas na gesto, identificao toda uma integrao entre os participantes da
cadeia de suprimentos e a maior utilizao de sistemas de informao.
Com a tendncia de integrao comearam a surgir softwares e processos degesto inovadores. A poca foi marcada pelos mtodos como Just in time (JIT
traduo livre para portugus na hora certa), Kanban, Manufacturing Execution
Systems (MES em portugus, Sistemas de Execuo da Manufatura)
(KOBAYASHI, 2000).
Em linha com as afirmaes de Edelvino e Kobayashi, Lustosa et al. (2011)
alegam que nesta mesma dcada de 1980, devido necessidade de reduo de
custos nos processos industriais, a gesto dos materiais feita pelo software MRP j
precisava evoluir e ento foi includo mais funcionalidades no MRP, criando o
Manufacturing Resources Planning (MRP II em portugus, Planejamento dos
Recursos de Manufatura), que leva em considerao mais informaes para auxiliar
a gesto da capacidade de recursos de produo (como por exemplo, pessoas,
mquinas, capital, etc.).
Focando na reduo de estoques, reduo de custos e melhoria na entrega
dos produtos aos clientes, o JIT se apresentou como uma das primeiras inovaes
gerenciais na dcada e foi tratada como estratgica dentro das corporaes. O
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conceito do JIT, inicialmente usado na indstria automobilstica japonesa, foi
estendido para a indstria txtil americana e criou-se um novo conceito, conhecido
como Quick Response (QR) (GHISI; SILVA, 2003).
Na mesma dcada, surgiu o Database Marketing, um sistema de banco de
dados que permitia conversar diretamente com vrios clientes, porm era uma
ferramenta cara e difcil de usar (ROSENFIELD, 2002).
Seguindo a ideia de melhorar a gesto, Oliver Wight desenvolveu o processo
de Sales and Operations Planning (S&OP em portugus, Planejamento de
Operaes e Vendas), na maioria dos casos suportado por um sistema de
informao, em que a equipe gerencial atinge continuamente o foco, alinhamento e
sincronizao entre todas as funes da organizao (SHELDON, 2006).
Com a popularizao dos computadores, a partir da dcada de 1980, os
Sistemas de Informao Geogrficos e os GPS comearam a ser comercializados e
gradualmente passaram a ser uma importante fonte de dados de navegao e
mapeamento (MAGUIRE et al., 2012).
J ltimos anos da dcada de 1980, o conceito de Gerenciamento da Cadeia
de Suprimentos se consolida e se torna cada vez mais importante nas corporaes,aumentando a relao entre fornecedor e cliente e reduzindo os estoques totais
(EDELVINO, 2006).
A partir dos anos 1980, vindo at os dias atuais, vive-se a fase denominada
Logstica da Informao. Nome dado justamente devido ao aumento da
disponibilidade das telecomunicaes, o maior acesso a informtica, o acirramento
da concorrncia, o incremento da globalizao e a necessidade de se realizar um
atendimento melhor ao consumidor (ALMEIDA; SCHLTER, 2009, p. 23).
Nos anos 1990, com o surgimento de novas ferramentas de Tecnologia da
Informao, o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos se consolida de vez e se
torna uma atividade estratgica dentro das corporaes (EDELVINO, 2006).
O autor Kobayashi (2000) apresenta alguns sistemas que se consolidaram e
se mostraram como diferenciais estratgicos para as companhias na dcada de
1990, como o Enterprise Resource Planning (ERP em portugus, Sistema
Integrado de Gesto Empresarial), E-Commercee Warehouse Management System
(WMSem portugus, Sistema de Gerenciamento de Armazm).
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Lustosa et al. (2011) continuam em linha com Edelvino e Kobayashi ao
apresentar que dcada de 1990 houve o incio da popularizao do ERP, sistema
que auxilia o planejamento e o controle de toda a empresa.
A partir da evoluo do ERP, surgiu o TMS (Transportation Management
System). Um sistema integrado ao ERP ou um mdulo do ERP que tem o objetivo
de controlar e programar toda a gesto do transporte, desde a consolidao de
carga at a emisso de documentos e entrega ao cliente (FIGUEIREDO; FLEURY;
WANKE, 2010).
Antes a dcada de 1950, os processos da cadeia de suprimentos eram
executados sequencialmente e de forma independente. Por consequncia ocorria
um enorme descompasso entre as diversas reas das empresas, gerando
incompatibilidade dos planos de cada rea, estoques altos e baixa utilizao dos
recursos. Foi ento que surgiu o Advanced Planning and Scheduling (APS em
portugus, Planejamento Avanado de Produo) que possui o objetivo de auxiliar
os administradores a melhor utilizarem os recursos da cadeia de suprimentos, como
materiais, produo, mo de obra, instalaes e transporte (BOWERSOX; CLOSS;
COOPER, 2007).
Devido a grande aumento do uso do Cdigo de Barras, desde a dcada de
1970, este se mostrou limitado para uso, pois permite armazenar at 20 caracteres.
Em 1994 a Denso Wave, uma diviso da Denso Corporation, anunciou o lanamento
do QR Code (Quick Response Codeem portugus, cdigo de resposta rpida). A
imagem em cdigos possui a capacidade de armazenar muito mais dados que seu
antecessor. Este cdigo comeou a ser usado pela indstria automobilstica na
gesto do Kanban e, depois em 2002, foi popularizado quando celulares comearam
a possuir recursos para leituras desses cdigos (HISTORY, [20--]).
Na Figura 2 (CDIGO, [20--]) apresentado pela GS1 Brasil exemplos dos
dois tipos de cdigo de barras, o Cdigo Linear criado h dcadas, mas ainda muito
utilizado nos dias de hoje e o Cdigo Bidimensional (conhecido tambm como QR
Code) com uma capacidade muito maior de armazenamento de dados e que vem se
popularizando dia aps dia.
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Figura 2: Exemplos de Cdigos Linear e Bidimensional.
Fonte: Cdigo ([20 --], [online]).
No fim da dcada de 1980 e incio de 1990, os estabelecimentos americanos
que interagiam no canal de distribuio de produtos de mercearia bsica, viram-se
diante de uma perda de competitividade e eficincia. Os varejistas tradicionais, junto
com seus fornecedores, buscaram formas alternativas de gesto para reduzir o nvel
elevado dos estoques ao longo da cadeia de suprimento. Em 1992 foi fundado um
comit composto por integrantes do setor de distribuio e da indstria, que ficouconhecido como Efficient Consumer Response Working Group.
O novo grupo requisitou um estudo consultoria americana Kurt Salmon
Associates, com o intuito de examinar e identificar os benefcios em reduzir os
custos nas diversas etapas e processos na cadeia de suprimento e as possibilidades
de melhoria da eficincia, quando utilizada novas tecnologias e prticas de gesto.
O resultado do estudo apresentou que a economia global na cadeia de suprimentos
poderia alcanar cerca de US$ 30 bilhes, se eliminasse ineficincias existentes nosprocessos administrativos e operacionais, e reduzir em at 41% os estoques
existentes em toda a cadeia de suprimentos (GHISI; SILVA, 2003).
Surgiu ento conceito do Efficient Consumer Response(ECRem portugus,
Resposta Eficiente ao Consumidor) que era uma inovao gerencial, que surgiu na
dcada de 1990 a partir da evoluo do QR e do JIT, que tem o objetivo de integrar
as indstrias, atacadistas e varejistas em busca de eficincia em toda a cadeia de
suprimentos (GHISI; SILVA, 2003).
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Rosenfield (2002) destaca em seu artigo que devido s dificuldades
encontradas na soluo Database Marketing, este evolui e surgiu o conceito de
Marketing de Relacionamento e para suportar este novo relacionamento entre
fornecedores e cliente foi criado o sistema CRM (Customer Relationship
Management). Que fornecia melhor viso das estratgias de relacionamento com os
clientes e seus resultados.
No final da dcada de 1990 e incio dos anos 2000 empresas se uniram e
foram iniciadas pesquisas para padronizar as Etiquetas RFID e barate-las com
objetivo de se tornar mais populares (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).
possvel notar que a partir da dcada de 1990 houve uma exploso de
surgimento de aplicativos para a Cadeia de Suprimentos, como: Customer
Relationship Management (CRMem portugus, Gesto de Relacionamento com o
Cliente), Transportation Management System (TMS em portugus, Sistema de
Gerenciamento de Transporte), Advanced Planning & Scheduling (APS em
portugus, Sistema de Planejamento Avanado de Produo), Quick Response
Code (QR Code em portugus, Cdigo de Resposta Rpida), Electronic Data
Interchange (EDIem portugus, Troca Eletrnica de Dados).
Tambm no mesmo perodo, com o surgimento e evoluo do conceito de
Efficient Consumer Response (ECR em portugus, Resposta Eficiente ao
Consumidor) e seguindo a tendncia surgida nas dcadas anteriores, surgiram
novos sistemas colaborativos de gesto da cadeia de suprimentos, como o Vendor
Managed Inventory (VMI em portugus, Inventario Gerido pelo Fornecedor), o
Distribution Requirements Planning (DRP em portugus, Planejamento das
Necessidades de Distribuio), e o Collaborative Planning, Forecasting, and
Replenishment (CPFR em portugus, planejamento, previso e reposio
colaborativos) (BARRATT, 2004 apud VIVALDINI; PIRES, 2012).
2.2 Consolidao
Laudon e Laudon (p. 21, 2004) apresentam uma redefinio das fronteiras
organizacionais, uma vez que Sistemas de Informao permitem que as empresas
interajam umas com as outras a longa distncia. Transaes de compras e vendas
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podem ser trocadas eletronicamente entre diferentes empresas, reduzindo custos,
criando novas eficincias e novos relacionamentos entre a organizao e seus
clientes e seus fornecedores.
Ao analisar os acontecimentos da dcada de 1970 no mundo da informtica e
dos anos 1980 no mundo corporativo, possvel ver claramente que as invenes
tecnolgicas migraram rapidamente para as empresas e com certa facilidade. Nos
anos 1990 as Tecnologias da Informao se consolidaram e proporcionaram
mudanas radicais nas administraes empresariais.
Bill Gates (1995), uma das principais figuras do mundo da tecnologia, j
vislumbrava um mundo cada vez mais digital, com menos papel e com melhor
gerenciamento de informaes, servios e colaborao interna e externa. Os
programas de computadores se tornando mais amigveis e as empresas estariam
interligadas em rede acessvel aos funcionrios, fornecedores, consultores e
clientes.
2.3 A era da informao
Atualmente vivida uma era em que muitos j chamam de Revoluo da
Informao, assim como o guru da Administrao, Peter Drucker (2001, p. 175). O
guru chega a fazer uma comparao dos anos atuais com os primeiros anos da
revoluo industrial iniciada h mais de um sculo. Drucker faz ainda uma
comparao do computador de hoje com a mquina a vapor criada no sculo
retrasado.
Laudon e Laudon (2004) concordam com Drucker ao fazer comparaes
entre pocas, alegam que assim como escritrios, telefones, fichrios e prdios
eficientes foram as fundaes dos negcios sculo XX, a Tecnologia da Informao
a fundao dos negcios no sculo XI.
Gates (1995) por sua vez compara a popularizao dos computadores e da
informao prensa de Johannes Gutenberg nos anos 1400, afirmando que antes
da inveno existiam cerca de 30 mil livros em toda Europa e anos depois, por volta
de 1500, j havia mais de nove milhes.
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Os autores Laudon e Laudon (2004) afirmam que o gerenciamento da cadeia
de suprimentos se tornou muito mais complexo nas ltimas dcadas, devido
principalmente:
a) grande quantidade de mercados em que as empresas comearam a
atuar;
b) maior quantidade de produtos existentes;
c) s maiores restries na entrega;
d) busca por menores custos, processos geis e eficientes;
e) aos diferentes tipos de transportes e rotas.
A nova tendncia de globalizao que surge uma ameaa s empresas
limitadas aos mercados nacionais, pois hoje em dia possvel de forma muito
simples, os clientes fazerem compras a partir de fornecedores provenientes de
outros pases. Os clientes ainda conseguem obter informaes confiveis, produtos
de qualidade e bons preos durante 24 horas por dia, inclusive domingos e feriados
(LAUDON; LAUDON, 2004).
Afirmao semelhante Gates faz em 1995, mas este por sua vez no serefere s empresas de atuao nacional. Porm se refere s empresas que no
adotam novas tecnologias de comunicao, dizendo que estas esto ameaadas de
perder espao para os outros competidores.
J no possvel desenvolver propostas de melhoramento ou fazer
aplicaes concretas na cadeia de suprimentos sem utilizar sistemas de informao,
no importando o tamanho e capacidade do computador onde o sistema
executado, isto , podem ser potentes equipamentos, como por exemplo mainframeou servidores em cluster, micro computadores pessoais ou, ainda, de menores
dimenses. Kobayashi tambm diz que a alergia a computadores deve ser
abandonada, pois se cada indivduo se colocar na frente de um computador, ter em
suas mos um instrumento potentssimo (KOBAYASHI, 2000).
No grfico da Figura 3 utilizado por Laudon e Laudon (2004, p. 5) em que
apresenta a mudana das caractersticas da fora de trabalho dos Estados Unidos
nota-se que j existe uma tendncia desde o incio do sculo de aumento da
quantidade de trabalhadores em escritrio e a diminuio de trabalhadores rurais.
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Mas na dcada de 1970 o grfico apresenta claramente uma grande inverso, com o
aumento do percentual de pessoas trabalhando nos escritrios e a diminuio na
manufatura, que exatamente nos anos onde o computador comea a se
popularizar e ser utilizado nas empresas americanas. Permitindo que as essas
companhias se tornem globais e possam administrar seus negcios remotamente.
Figura 3: Percentual de trabalhadores por tipo de local de trabalho.
Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 5).
Sistemas de informaes proporcionam a comunicao e o poder de anlise
de que as empresas necessitam para conduzir o comrcio e administrar negcios
em escala global(LAUDON; LAUDON, 2004, p. 5).
Para Furlan (1992 apud GOMES; RIBEIRO, 2004) a desburocratizao da
Informao um objetivo da tecnologia da informao, e os autores Cautela e
Polloni (1991 apud GOMES; RIBEIRO, 2004) prosseguem informando que os
Sistemas de Informaes, com a interao de seus subsistemas, tm o objetivo
gerar informao para a tomada de deciso.
O custo decrescente e a facilidade do uso das ferramentas permitiu o acesso
s informaes por parte da equipe gerencial das organizaes. A tecnologia
colabora permitindo a coleta, o armazenamento, a transferncia e o processamento
de dados com maior eficcia, eficincia e rapidez (NAZRIO, 1999).
Tecnologias e Sistemas de Informao so os elos entre todas as atividades
de uma organizao e permitem, com tcnicas gerenciais e tticas, uma interao
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 1999
Servios
Escritrio
Produo
Rural
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entre todas as atividades logsticas de forma muito eficiente e rpida (CAUTELA;
POLLONI, 1991 apud GOMES; RIBEIRO, 2004).
A informao facilita a coordenao do planejamento do dia a dia. Sem
informaes precisas, o esforo dedicado ao sistema logstico pode ser
desperdiado (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).
As organizaes podem acessar muitas informaes no mundo inteiro e
podem coordenar atividades de qualquer lugar a qualquer hora. A popularizao das
tecnologias de informao nas empresas e nas vidas das pessoas deve ser atribuda
ao custo cada vez menor e ao grande poder de processamento de dados (a
capacidade operacional dobra a cada ano e meio, e o desempenho dos
microprocessadores melhorou 25 mil vezes desde os anos 70) (LAUDON; LAUDON,
2004).
Na Figura 4 apresentada graficamente a participao dos Sistemas de
Informao nas organizaes no decorrer do tempo, e mostra a expanso dos
Sistemas de Informao para alm das fronteiras organizacionais. apresentado
tambm em quais locais da organizao ocorreram as principais influncias dos
sistemas (LAUDON; LAUDON, 2004).
Figura 4: Escopo cada vez mais amplo dos sistemas de informao.
Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 14).
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De forma progressiva e cada vez com menos custos e mais eficincia os
Sistemas de Informao vm substituindo atividades manuais por atividades
automatizadas de trabalho. E com isso, alm de reduzir custos operacionais,
prestam melhor servio de atendimento ao cliente (LAUDON; LAUDON, 2004).
Apesar de menores custos, a Tecnologia da Informao vm aumentando sua
participao nos investimentos das companhias. Laudon e Laudon (2004) evidencia
o fato com o grfico da Figura 5, onde mostra que, nos Estados Unidos, de acordo
com o U.S. Department of Commerce, Bureau of Economic Analysis, National
Income and Product Accounts, alm do investimento em tecnologia ter crescido
consideravelmente em 20 anos, a participao da Tecnologia da Informao nos
investimentos em negcios quase que dobrou.
Figura 5: Investimento total e percentual em tecnologia.
Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 17).
As empresas so as primeiras usurias das novas tecnologias de informao,
devido os benefcios financeiros proporcionados (GATES, 1995). As organizaes
passaram a investir mais em tecnologia da informao e so as principais
consumidoras destas tecnologias (ANANDARAJAN; WEN, 1999 apud PEREIRA;
TURRIONI; PAMPLONA, 2005).
Os critrios sobre os investimentos em TI esto sempre sujeitos a mudanas
muito rpidas e o retorno sobre investimento muito difcil de ser mensurado, devido
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os benefcios estratgicos serem difceis de serem quantificados (ANANDARAJAN;
WEN, 1999 apud PEREIRA; TURRIONI; PAMPLONA, 2005).
2.4 Sistemas como soluo
Recentemente muitas empresas ao redor do mundo tm se empenhado em
implantar sistemas que integram a toda a cadeia de suprimentos, desde a compra
de matria prima para a produo at a distribuio e venda de produtos acabados.
Kobayashi (2000) destaca os principais benefcios adquiridos pelas organizaes
so:
a) reduo e adequao do estoque de produtos;
b) contrao de lead time;
c) criao de um sistema de produo em pequenos lotes;
d) reduo do custo de distribuio fsica.
Anandarajan e Wen (1999 apud PEREIRA; TURRIONI; PAMPLONA, 2005)
destacam outros benefcios proporcionados pela tecnologia da informao:
a) melhora da informao;
b) tempo de resposta mais rpido;
c) melhora no processo de deciso;
d) satisfao do cliente;
e) aumento da produtividade dos funcionrios.
Laudon e Laudon (2004) concordam com Kobayashi (2000) ao afirmar que
muitos processos de negcios so transfuncionais, isto , percorrem a estrutura
organizacional, agrupando diferentes especialidades funcionais para completar
determinada tarefa.
Ao projetar processos de negcios requer cuidadosa anlise e planejamento,
pois caso os sistemas forem utilizados para fortalecer o modelo de negcios ou
processos de negcios errados, a empresa pode acabar fazendo com muitaeficincia algo que no deveria estar sendo feito (LAUDON; LAUDON 2004).
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Para Len (1997, apud LAUDON; LAUDON 2004) uma das questes mais
importantes que a empresa pode tomar no decidir como usar computadores para
aprimorar o processo, mas entender quais processos precisam de aperfeioamento.
E Gates (1995) complementa que os computadores so apenas ferramentas para
auxiliar a resolver problemas j identificados.
2.5 Os principais sistemas de informao usados na gesto da cadeia de
suprimentos
2.5.1 Warehouse Management System (WMS)
Este sistema fornece a rotao dirigida de estoques, diretivas inteligentes de
picking, consolidao automtica e cross-docking assim podendo maximizar o uso
do espao dos armazns. O sistema tambm dirige e aperfeioa a disposio de
"put-away" ou colocao no armazm, baseado em informaes de tempo real sobre
o status do uso de prateleiras (IOMA, 2002).
2.5.2 Manufacturing Execution Systems (MES)
O aplicativo integraos sistemas de automao do cho de fbrica aos
sistemas de gesto por meio de um conjunto de funcionalidades.
Atravs da implementao do MES possvel gerenciar e monitorar a
produo em tempo. Pode tambm gerenciar ordens de produo, gerenciarprojetos de produo, agendar e gerenciar atividades, acompanhar performance da
produo, gerenciar a localizao de materiais, gerencia segmentao de lotes e
combinaes, gerenciar a qualidade, etc. (DUYSTERS et al., 2012).
Os benefcios apresentados pela implementao do MES localizar problemas
escondidos na produo, reduzir acidentes, estabilizar a produo melhorar a
eficincia e o nvel de produo programada e reduzir custos (DUYSTERS et al.,
2012).
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2.5.3 Collaborative Planning, Forecasting, and Replenishment (CPFR)
um programa colaborativo que envolve os diferentes participantes da
cadeia de suprimentos, estabelecendo uma coordenao entre a produo,
planejamento, previso de vendas e reposio(FLIEDNER, 2003, p. 14).
As parcerias deste tipo baseiam-se na necessidade de partilha de dados
comparveis entre as diferentes organizaes. Estes dados so relacionados a
previses elaboradas pelas diversas organizaes e departamentos que participam
do processo, o que torna necessrio uma maior organizao, um melhor
planejamento e uma clara definio de regras entre as partes (CARVALHO; DIAS,
2000).
Alguns dos benefcios de implantar um sistema de CPFR so o aumento da
acuracidade da previso de demanda, a reduo dos nveis de estoques e o plano
de produo melhor estruturado (CARVALHO; DIAS, 2000).
2.5.4 Vendor Managed Inventory (VMI)
O Sistema permite que o fornecedor efetue a gesto dos nveis de estoques
nos clientes e distribuidores. O fornecedor recebe dados de venda e estoques dos
clientes e ento assume a responsabilidade de tomar as decises para repor e no
faltar produtos, respeitando os limites previamente estabelecidos e as polticas de
estoques apropriadas para manter nveis ideais (MISHRA; RAGHUNATHAN, 2004
apud SALZARULO, 2006).
O VMI se integra na cadeia de abastecimento com o objetivo de estabelecer
uma real colaborao e compartilhamento de informao entre o fornecedor e o
cliente, e isso traz diversos benefcios para os participantes do processo, como por
exemplo, permite reduzir os nveis de estoque ao longo da cadeia de suprimentos,
reduo ruptura de estoque, reduo de custo de processamento de compras,
melhor nvel de servio, maior acuracidade na previso de demanda, melhor
relacionamento entre fornecedor e cliente e maior eficincia na comunicao
(MISHRA; RAGHUNATHAN, 2004 apud SALZARULO, 2006).
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2.5.5 Enterprise Resource Planning (ERP)
Considerado como a espinha dorsal, o ERP um software multimodular que
auxilia o gestor empresarial em diversas fases importantes do negcio. O aplicativo
faz integrao entre diversos sistemas e permite o acompanhamento desde os
nveis de fabricao at a parte comercial. Na essncia o ERP centraliza todos os
dados e oferece a informao correta, para a pessoa correta no momento correto
(FEDELI; POLLONI, 2003).
Os benefcios encontrados com a implantao de um ERP so o aumento da
automatizao de processo, melhora o fluxo e qualidade da informao dentro da
organizao, elimina a redundncia de atividades, aumenta a eficincia de resposta
ao mercado e reduz o tempo de execuo de processos gerenciais (KOBAYASHI,
2000).
2.5.6 Distribution Requirements Planning (DRP)
O sistema permite que seja efetuado um planejamento que consegue
considerar diversos nveis de distribuio e as suas caractersticas, e projetar a
quantidade e momento de encomenda de artigos mantidos em estoque que ser
necessrio repor num perodo de tempo futuro (BOWERSOX; CLOSS; COOPER,
1996).
Os principais benefcios encontrados so: coordenar a reposio de produtos
que provm do mesmo fornecedor, selecionar os meios de transporte, as rotas e os
tamanhos das embalagens, agendar a recepo de encomendas e utilizao de mo
de obra extra e desenvolver um plano de produo para cada item (BOWERSOX;
CLOSS; COOPER, 1996).
2.5.7 Sales and operations planning (S&OP)
O S&OP um processo que, normalmente suportado por um sistema de
informao, permite que os gestores das empresas registrem uma previso
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atualizada dos resultados das suas reas. Aps registrado todos as previses, so
feitas reunies para discutir as previses e chegar em um consenso sobre plano de
vendas, plano de produo, plano de estoque, tempo de espera do cliente (backlog)
planejar, novo plano de desenvolvimento de produtos, plano de iniciativa estratgica
e resultando plano financeiro (SHELDON, 2006).
2.5.8 Customer Relationship Management (CRM)
O CRM (Gesto de Relacionamento com o Cliente) um sistema para
gerenciar o contato das empresas com os clientes e possveis cliente. O softwarearmazena dados dos clientes e das interaes entre empresa e cliente e geram
informaes com o objetivo de ajudar as empresas a criar e manter um
relacionamento bom com seus clientes (FEDELI; POLLONI, 2003).
O CRM pode ser aplicado em todos os pontos de relacionamento com o
cliente, como por exemplo: Call Center, central de atendimento, help desk,
gerenciamento de campanhas, canais de ofertas, aplicaes de marketing,
automao da fora de vendas, data warehouse, data mining, database marketing,servios, etc. (FEDELI; POLLONI, 2003).
2.5.9 Materials Requirement Planning (MRP)
O sistema frequentemente utilizado para estreitar o relacionamento entre
compradores e fornecedores. Com o objetivo de controlar os nveis de estoques e aomesmo tempo alta capacidade de produo, coordenando as entregas com as
atividades de compras e de produo (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).
O MRP recebe uma listagem de materiais que compes o produto (Bill of
Materials BOM), dados de posio de estoque itens que compes o produto e o
Programa Mestre de produo PMP (Masters Production Schedule - MPS) O
PMP o plano de produo perodo que especfica a quantidade e o momento que a
empresa planeja produzir os itens (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).
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Os benefcios encontrados com a implantao da soluo MRP so o melhor
aproveitamento da capacidade operacional, reduo de estoques e de ruptura de
matrias prima e melhor relacionamento com o fornecedor (BOWERSOX; CLOSS;
COOPER, 2007). Na Figura 6 so apresentadas por Davis, Chase e Aquilano (2000)
as principais entradas e sadas de um sistema MRP.
Figura 6: Viso geral das entradas para um Sistema MRP Padro e os Relatrios gerados.
Fonte: Davis, Chase e Aquilano (2000, p. 507).
2.5.10 Manufacturing Resource Planning (MRP II)
O MRP II (ou Planejamento de Recursos de Manufatura) possui o principal
objetivo de estimular o sistema produtivo, alm de monitorar todos os recursos da
corporao, como marketing, engenharia e finanas. O sistema geralmente
integrado com toda a companhia o que permite todos (compradores, marketing,
produo, contadores, etc.) trabalharem com o mesmo plano e os mesmos dados,
podendo simular planos e estratgia alternativas (DAVIS; CHASE; AQUILANO,
2000).
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Os benefcios encontrados com a implantao do MRP II, destacados por
McLeod Jr. (2000), so:
a) uso mais eficiente de recursos possvel diminuir os estoques de matria
prima e produtos acabados;
b) melhor planejamento das prioridades reduz o tempo necessrio para
iniciar a produo e facilita a alterao do programa de produo;
c) melhor nvel de servio ao cliente aumenta a capacidade da empresa
cumprir com as data de entregas programadas;
d) mais motivao dos funcionrios os funcionrios adquirem confiana no
sistema, melhora a coordenao e a comunicao entre departamentos;
e) melhor informao gerencial a gerencia usa as sadas do sistema para
analisar o ambiente de produo e medir o desempenho deste sistema.
Alm de permitir o planejamento de longo prazo utilizando os dados
fornecidos pelo MRP II (alm de outros sistemas estratgicos tambm).
A principal diferena entre MRP e MRP II que o MRP trata principalmente
dos materiais do processo de fabricao, e o MRP II cuida da coordenao de todo
o processo de fabricao (MCLEOD JR., 2000).
2.5.11 Just in Time (JIT)
O JIT um processo que dentro da cadeia de suprimentos puxado pela
demanda. Em todos os pontos da linha de operao deve-se existir uma quantidade
especfica de unidades acabadas relacionada ao ponto. Conforme o ltimo ponto
finaliza sua atividade, puxa toda a cadeia, sendo necessrio iniciar uma nova
unidade do item. Normalmente o processo aplicado em linhas em que h uma
necessidade contnua de produtos, mesmo que seja produzido em lotes
intermitentes (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).
O JIT cria uma relao de parceria entre fornecedor e cliente, reduz o tempo
de setup das mquinas e tambm o tamanho dos lotes e reduz estoques e perdas
(DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).
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2.5.12 Transportation Management System (TMS)
O TMS identifica e avalia proativamente as estratgias e tticas de transporte
e determina os melhores mtodos para o trfego dos produtos levando em
considerao todas as restries existentes (BOWERSOX; CLOSS; COOPER,
2007).
Com o sistema possvel selecionar os modais, planejar carregamentos,
consolidar carregamentos com outros expedidores, efetuar balanceamento do
trfego gerao de documentao de transporte, traar rotas, auditar tarifas,
controlar custos e aperfeioar o uso dos equipamentos de transporte (BOWERSOX;
CLOSS; COOPER, 2007).
2.5.13 Cdigo de Barras
O Cdigo de Barras uma imagem com barras verticais (escuras e claras)
que representam dados numricos ou alfanumricos. O cdigo pode ser capturado e
interpretado atravs de raios vermelhos, apenas apontando os raios imagem, de
forma muito eficiente (ALFRED, 2008).
2.5.14 QR Code
O QR Code semelhante ao Cdigo de barras, porm este bidimensional e,
por consequncia, pode armazenar uma quantidade muito maior de dados, possvel armazenar dados do tipo numrico, alfanumrico, Kanji, Katakana,
Hiragana smbolos, binrios e cdigos de controles. Mais de 7089 caracteres podem
ser codificados em um nico smbolo (HISTORY, [20--]).
O QR Code pode ser lido a partir de leitores prprio ou celulares,
computadores e tablets, o que ajudou na popularizao. Alm de ter sido
patenteado, mas a patente no foi exercida devido ter o objetivo de poder ser
utilizado pelo maior nmero de pessoas (HISTORY, [20--]).
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2.5.15 Radio-Frequency IDentification (RFID)
O RFID representa o prximo passo dos Cdigos de Barras. O RFID um
mtodo de identificao automtica atravs de sinais de rdio, recuperando e
armazenando dados remotamente fornecidos por etiquetas RFID. As Etiquetas RFID
so dispositivos que possuem um chip e uma antena e que respondem aos sinais de
rdio enviados por uma base transmissora. Sem a necessidade de ter que ler
diretamente os cdigos como os Cdigos de Barras, a Etiqueta RFID apenas precisa
estar ao alcance de uma antena (podendo ser at 182 m) para poder ser identificada
e interpretada(BALTZAN; PHILLIPS, 2012). Na Figura 7 apresentado por Maguire
et al. (2012) um exemplo de uma etiqueta RFID, onde na face existem dados e
cdigo de barra impresso e no verso existe um circuito eletrnico.
As empresas tm usado o RFID para controlar ativos fsicos, planejar e
controlar a cadeia de suprimentos, prevenir furtos no varejo, combater o trfico de
medicamentos falsificados, e outras aplicaes, com o objetivo de reduzir custos,
aumentar segurana e a confiabilidade no gerenciamento dos processos de
negcios (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).
Figura 7: O RFID usa pequenos marcadores para identificar vrios tipos de objetos.
Fonte: Maguire et al. (2012, p. 278).
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2.5.16 Efficient Consumer Response (ECR)
Trata-se de uma estratgia utilizada pelas indstrias, principalmente por
varejistas e supermercados, na qual distribuidores e fornecedores trabalham em
conjunto para oferecer melhores servios e produtos ao cliente final. O objetivo
fornecer informaes e produtos, atravs de um fluxo bidirecional consistente e
contnuo atravs da cadeia de suprimentos (LAVRATTI; COLOSSI; DELUCA, 2002).
Teixeira, Mendona e Souza (2001) apresentam graficamente na Figura 8 como o
fluxo de demanda, produtos e informaes na cadeia de suprimentos.
Figura 8: Fluxos na Cadeia de Suprimentos.
.Fonte: Teixeira, Mendona e Souza (2001, [online]).
2.5.17 Electronic Data Interchange (EDI)
O EDI consiste em troca de arquivos em diversos formatos em um leiaute
predeterminado contendo dados. Dados que contm, por exemplo, pedidos de
compras, emisso de notas ficais, confirmao de recebimento, informaes sobre
estoques. possvel configur-lo para trafegar qualquer tipo de dado (LAVRATTI;
COLOSSI; DELUCA, 2002).
Com o uso do EDI as companhias conseguem trazer muito mais agilidade nas
operaes de comunicao com outras companhias, O EDI seguro, reduz os
custos de comercializao e refora as parcerias entre clientes e fornecedores
(FORTUNA, 1999 apud LAVRATTI; COLOSSI; DELUCA, 2002).
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2.5.18 Advanced Planning and Scheduling (APS)
O APS (em portugus, Sistema de Planejamento e Programao Avanado)
um sistema complementar ao ERP com o objetivo de efetuar o planejamento da
produo. O sistema tem permite controlar os recursos produtivos, levando em
consideraes regras operacionais relativas ao sequenciamento da produo
(TUBINO, 1994).
Com o APS possvel traar planejamentos operacionais curtos e responder
a situaes inesperadas de forma mais eficiente. O sistema apresenta boa
visibilidade da localizao e da situao dos estoques e dos recursos da cadeia de
suprimentos, como materiais, produo, mo de obra, instalaes e transporte
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).
2.5.19 Global Position System (GPS)
O GPS um sistema composto por 24 satlites, a 20.200 Km de altura, que
completam uma rbita no Planeta Terra a cada 12 horas. As posies so
determinadas a partir das interpretaes de sinais recebidas por um receptor. O
posicionamento de Altura, Latitude e Longitude depende da Recepo de sinais de
ao menos quatro satlites que esteja acima do horizonte do ponto receptor
(MAGUIRE et al., 2012).
A acurcia da posio informada depende da verso do aparelho que recebe
os sinais. Em ambiente urbano, prdios, tneis, pontes e arvores podem influenciar
na qualidade da preciso da posio, para mitigar este problema existe o GPS
Diferencial (DGPS) que combina os sinais dos satlites com sinais de correo
recebidos via rdio ou telefone a partir de estaes base (MAGUIRE et al., 2012).
O GPS muito til principalmente para registrar dados para os Sistemas de
Informao Geogrficas, localizar objetos que se movem (como mquinas agrcolas,
veculos automotores, cargas, etc.) e para localizar pontos fixos (como endereos,
jazidas geolgicas, etc.) (MAGUIRE et al., 2012).
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3 ANLISE E DISCUSSO
A logstica evoluiu pouco no incio do sculo XX. A partir da dcada de 1950
iniciou maior intercmbio de diversos conceitos e processos logsticos existentes nos
setores militar, industrial e acadmico. Nessa dcada surgiu o MRP, o primeiro
sistema de informao voltado para auxiliar o gerenciamento da logstica. E esse foi
o nico software a ser criado por anos.
Aps a popularizao dos computadores na dcada de 1970, houve uma
exploso de novos sistemas voltados para o gerenciamento da cadeia desuprimentos. Foi armado uma espcie de ciclo virtuoso, onde, quanto mais os
sistemas evoluam, mais necessidades surgiam, e por consequncia novos sistemas
surgiam para suprir essas necessidades.
Figura 9: Cadeia de suprimentos: origem e principais influncias.
Fonte: O Autor
Diversos sistemas de informao ou conceitos foram criados, e serviram de
inspirao para novos outros. Por exemplo:
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Com o surgimento do software MRP, que faz a gesto dos nveis de estoques
e melhora os processos de compra, produo e distribuio, houve um grande
avano no gerenciamento da logstica. Com o novo aplicativo, houve melhora no
processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois este supria os gestores
com novas informaes. Com o novo cenrio, novas necessidades surgiram e surgiu
um novo software, o MRP II, que permitia a outras reas da empresa fornecerem e
consumirem informaes, gerando uma maior integrao entre diversos elos, alm
de maior integridade nos dados em razo da centralizao do armazenamento e da
consulta. O aplicativo permitiu integrao entre diversas reas e melhorou a
qualidade e a abrangncia de informaes fornecidas.
Aps consolidado o MRP II, viram-se novas possibilidades e surgiu um novo
aplicativo, o ERP, que passou a integrar todos os departamentos da corporao,
melhorando o fluxo e a qualidade da informao, automatizando processos e
eliminando retrabalho. O aplicativo tambm apresenta relatrios gerenciais,
melhorando o processo de tomada de deciso.
O ERP ainda serviu de inspirao para a criao do TMS e do APS. O TMS
identifica e avalia as estratgias e tticas de transporte, auxiliando a tomada de
deciso e maior eficincia no uso do transporte. O APS permite traar planos
operacionais e responder de forma eficiente a situaes inesperadas. Ambos
trouxeram maior eficincia para o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Outro exemplo foi o nascimento, a partir do JIT e do QR, do ECR, que por sua
vez inspirou a criao do VMI, do DRP e do CPFR, ainda utilizando EDI para trfego
de dados.
Tecnologias antigas foram adaptadas e utilizadas para novas aplicaes,como, por exemplo, o radar usado na I Guerra, que inspirou a criao da etiqueta de
rdio-frequncia, na qual a princpio s era possvel executar controle binrio e foi
inicialmente aplicada para confirmar se o produto havia sido pago ou no nas lojas
varejistas. Porm, nos ltimos anos a etiqueta evoluiu e pode armazenar e transmitir
uma quantidade muito maior de dados.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos sofreu grandes alteraes
decorrentes do surgimento e da popularizao dos sistemas de informao. Ossistemas permitem aos gestores tomarem decises de forma rpida e eficiente,
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permitem anlises e simulaes de cenrios, melhor programao e controle de
atividades, acesso a maior quantidade de informaes e com melhor qualidade, e
proporcionam maior agilidade e assertividade nos processos.
Diversos benefcios so proporcionados pelo uso de sistemas de informao
no gerenciamento da cadeia de suprimentos, como, por exemplo: interaes a
longas distncias, desburocratizao da informao, reduo de custos
operacionais, melhor nvel de servio, melhor atendimento ao cliente, reduo de
estoques, reduo de lead time, melhor programao da produo, menor custo de
distribuio, tempo de resposta menor e melhoria no processo de deciso.
Em razo do barateamento, da facilidade de uso e, principalmente, dos
benefcios proporcionados, os sistemas de informao invadiram o dia a dia das
pessoas e das empresas. J no possvel imaginar o gerenciamento da cadeia de
suprimentos sem eles. Os sistemas atuam tanto no suporte do gerenciamento da
cadeia de suprimentos como induzem a sua evoluo, pois proporcionam maior
agilidade nos processos e maior velocidade na tomada de deciso, dessa forma
acelerando cada vez mais o ciclo de inovao.
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4 CONCLUSO
O objetivo desta pesquisa era analisar a histria recente da cadeia de
suprimentos e como seu gerenciamento foi influenciado pelo advento da tecnologia
dos computadores e dos sistemas de informao.
Para tanto, a metodologia usada foi a pesquisa bibliogrfica, realizada
mediante a leitura e anlise de artigos cientficos, livros e bibliografia em geral.
Considera-se que a questo de pesquisa foi respondida, pois foi apresentado
que os sistemas de informao, com o fornecimento gil de informaes precisas e
com a melhoria na execuo de processo, alm de diversos outros benefcios
proporcionados, criaram um ambiente propcio para a evoluo, cada vez mais
rpida, do gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Os sistemas tanto atuam no suporte do gerenciamento da cadeia de
suprimentos como induzem a sua evoluo, pois proporcionam maior agilidade nos
processos e maior velocidade na tomada de deciso, desta forma acelerando cada
vez mais o ciclo de inovao.
Conclui-se que os sistemas de informao impulsionaram a evoluo da
cadeia de suprimentos, permitindo fornecimento de informaes, processamento de
dados e execuo de processos com muita rapidez.
Os sistemas de informao esto presentes no dia a dia e continuam a ser
propulsores da evoluo da cadeia de suprimentos. J no possvel imaginar a
cadeia de suprimentos sem a utilizao de sistemas de informao, que se tornaramindispensveis.
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