Bem-estar para cavalo e cavaleiro.www.mundoequestre.com.br
Nesta Edição
Marlon Zanotelli
#60
R$ 1
2,40
Fique por dentro
Entrevista
Apertem os cintos: as curiosidades do transporte equino em aviões
Equitana 2013
Especial
Monty RobertsFique por dentro da viagem que encantou brasileiros
Ano V | Número 60
ABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYONDABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYOND
ABOVE AND BEYONDABOVE AND BEYOND
caro leitor,
Esta edição marca o quinto ano de atividades da revista Mundo
Equestre aqui no Brasil. Impossível imaginar que o tempo passaria
tão rápido e que, em um piscar de olhos, já estaríamos produzindo a
edição número 60.
Acredito que a rapidez deste processo se dá pela alegria e satisfação com que produzimos
esta revista. Quando a ação é prazerosa, nos concentramos em praticá-la da melhor forma
possível, não importando horários, nem complexidades dos serviços. Só queremos fazer mais
e melhor.
A Mundo Equestre é parte de um sonho de unir todo o segmento equestre do Brasil em
prol do bem-estar tanto do cavalo quanto do cavaleiro. Os leitores que têm a felicidade de
possuir um cavalo sabem da satisfação que um galope pode trazer, da emoção de vencer uma
prova e até mesmo da alegria e plenitude que residem juntas ao simples ato de “tratar” seu
companheiro.
Nossa publicação visa tornar estes momentos mais completos, fornecendo informações,
dicas e curiosidades para que o atleta (seja profissional ou de fim de semana) consiga com-
preender melhor a linguagem de seu cavalo e, assim, fortalecer a sintonia cavalo-cavaleiro,
aproveitando cada minuto desta incrível experiência.
Ao longo dos anos, podemos constatar mudanças significativas no meio equestre. Hoje,
a atenção da maioria dos cavaleiros, instrutores e também dos espectadores está voltada
para a beleza do espetáculo, apreciando aquele atleta que consegue transmitir a seu cavalo
comandos claros, conseguindo resultados melhores a cada prova. A grande vantagem de
compreender melhor o que o cavalo pensa e sente é que a atividade se enche de detalhes e
nuances, e o que poderia ser uma simples atividade se transforma em uma verdadeira arte.
Agradeço o apoio das muitas empresas que acreditam nessa missão e que junto à Revista
contribuem para o desenvolvimento do esporte equestre no Brasil. Aproveito também para
agradecer aos colunistas, entrevistados, fotógrafos, à minha querida equipe de redação e aos
demais envolvidos na produção desta revista que, além de letras e imagens, carrega desafios,
conquistas e muitos sonhos.
Uma ótima leitura a todos.
Editor
4
10 ENTREVISTA
Marlon Zanotelli
14 SAIBA MAIS
Apertem os cintos
18 FIQUE POR DENTRO
Equitana
24 ESPECIAL
Encantando brasileiros
30 CLÍNICA VETERINÁRIA
Catarata equina
32 QUARTO DE MILHA
ABQM Awards
40
Índice
16283536
MONZON
ÁLBUM
EDUARDO MOREIRA
NOTÍCIAS
10.
14 .
24 .
EXPEDIENTE
Rua Visconde do Rio Branco 1630, sala 705, Centro. CEP 80420 210 Curitiba, [email protected] ou ligue: 41 3203.1960
EDIÇÃO
Afonso Westphal
DIREÇÃO EXECUTIVA E
MARKETING
Manuela Merico
REDAÇÃO
Afonso Westphal
CAPA
AWB Photobook
DEPARTAMENTO COMERCIAL
ASSESSORIA JURÍDICA
Merico Advogados
ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Editora BemAmostra
REVISÃO Lays Coutinho
COLABORAÇÃORaphael MacekGrace CarvalhoCarola MayRoberta Milany
EQUIPE VETERINÁRIABruna Dzyekanski
MALA DIRETA PARA:Sociedade Hípica de BrasíliaSociedade Hípica ParanaenseSociedade Hípica CatarinenseSociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica Paulista (no clube)Sociedade Hípica de Ribeirão PretoCriadores Brasileiro de Hipismo
Todos os direitos reservados.Artigos assinados não repre-sentam necessariamente a opinião da revista.
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Jappeloup
Em março, aconteceu a estreia oficial do filme Jappeloup, em Paris.
Filmada na ilha espanhola de Maiorca, bem como na França e Ale-
manha, a produção conta a história do pequeno notável cavalo Ja-
ppeloup, um sela francesa de apenas 1,58m de altura, que, ao lado
de Pierre Durand, obteve vários títulos importantes, especialmente
a histórica conquista da medalha de ouro individual no Salto nos
Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Acesse: www.jappeloup.com
PaddockSelecionamos algumas opções de produtos e serviços que podem tornar seu dia a dia ainda mais interessante.
Bridão de luxoO sapato Loafer com bridão da Gucci está fazendo
60 anos de existência. Para comemorar o aniversário
do produto, concebido em 1953, a Gucci lançou uma
nova coleção. Com cores fortes, materiais requinta-
dos e detalhes inesperados, são muitas as opções de
modelos para homens e mulheres que variam entre
U$ 495 e U$ 1650. Acesse: www.gucci.com
Pony DivisionO outono começou aqui no Brasil. Mas no Hemisfé-
rio Norte, as marcas de roupas já estão produzindo
suas coleções Primavera-Verão. A italiana Animo é
uma delas. A marca lançou recentemente seus novos
produtos para a prática da Equitação, além de uma
coleção especial infantil, a Pony Division. Confira em:
www.animoitalia.com
delícia número 01Criada há mais de 70 anos, a fabricante de choco-
lates Teuscher possui uma centena de variedades
de produtos, que, mantendo as receitas originais,
não contêm químicos, aditivos e conservantes. Re-
centemente, a marca suíça apareceu como primeira
colocada em uma pesquisa da National Geographic
Intelligent Travel, como a Top Chocolatier número 01
do mundo. Delicie-se: www.teuscher.com
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E N T R E V I S TAEntrevista:EquipeMundoEquestre|Foto:RaphaelMacek
talento ascendente
Marlon Zanotelli
Como você iniciou no esporte? Comecei meu envolvimento no esporte com apenas
4 anos de idade, por incentivo do meu pai, Mario
Zanotelli, e meu avô Darcy, também apaixonado por
cavalos.
Você se espelhava em algum cavaleiro quando começou a praticar Hipismo?
Desde pequeno admiro muito meu pai, ele sempre
me serviu de espelho. Com relação à nata do esporte,
o cavaleiro Rodrigo Pessoa sempre foi o meu grande
ídolo.
Quais fatores você atribui como responsáveis pelo seu sucesso, atualmente?
Ter acreditado que iria chegar onde estou, trabalhar
duro para isso e ter contado com o apoio de várias
pessoas ao longo do caminho. Felizmente, obtive apoio
tanto de amigos e familiares quanto de proprietários e
patrões.
Como foi a experiência de deixar o Brasil em rumo de seu sonho, na Europa?
Antes de vir para a Europa, eu estive durante 5 meses
na Guatemala, montando com o cavaleiro e course-
designer Hélio Pessoa (tio de Rodrigo Pessoa). Aprendi
muito durante este período. O Helinho, além de ótimo
treinador, é uma pessoa incrível.
Cheguei na Europa em 2008 para montar com o
experiente cavaleiro Ludo Philippaerts. Em meus planos,
achava que iria chegar e já participaria dos grandes
concursos e montaria bons cavalos, mas não foi bem
assim. Tive que conquistar o meu espaço aos poucos,
mas foi uma experiência muito válida. Quando comecei a
participar dos campeonatos, as oportunidades começaram
a aparecer. Ludo me deu bons cavalos para montar,
participei dos melhores concursos internacionais e tive o
privilégio de ter aulas com ele e com seu irmão Johan.
Passei um período na cocheira de comércio Stephex, com
Stephan Conter, lá aprendi muito e conheci muita gente.
Atualmente monto para Enda Carroll (Ashford Farm),
um comerciante irlandês que vive aqui na Bélgica. Tenho,
hoje, um ótimo grupo de cavalos que me permite participar
dos concursos internacionais.
Quais foram as maiores dificuldades encontradas no início?
O que foi mais difícil para mim foi estar longe
da família e dos amigos. Demorei um pouco para
me acostumar com a cultura europeia, pois é muito
diferente da nossa, tanto no dia-a-dia quanto com os
cavalos. Além de tudo isso, teve também o frio. Nasci no
Nordeste e a diferença do clima daqui para lá é enorme.
Você já teve muitas conquistas em sua carreira. Quais você considera as mais significativas?
Acredito que as mais importantes foram o primeiro
lugar no Grande Prêmio de Arezzo 2012, a medalha
de bronze no mundial de Cavalos Novos 6 anos 2012,
o terceiro lugar no Grande Prêmio The Best of Brasil
AOIHS 2012 e os títulos de vencedor nos dois primeiros
Grande Prêmios Oliva Nova.
Como é sua rotina de treinos?Normalmente, chego às cocheiras as 7:00h da
manhã e, por volta das 7:20h, estou montando o
meu primeiro cavalo. Monto aproximadamente
de 7 a 9 cavalos, diariamente. Termino de montar
por volta das 16:00h, então planejo como serão os
treinos para o próximo dia e organizo as coisas para
o próximo concurso.
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Obtendo um crescimento expressivo em meio aos melhores atletas do circuito internacional, Marlon Zanotelli é atualmente o terceiro melhor cavaleiro
brasileiro de acordo com o ranking da Federação Equestre Internacional e, com apenas 24 anos, já possui
em sua carreira títulos invejáveis para qualquer veterano do esporte.
EM BUSCA DO TOPO
talento ascendente
Marlon Zanotelli
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Como é feito o planejamento para a sua participação em eventos internacionais?
Alguns eventos são selecionados como objetivos
para o ano e, a partir dessas escolhas, minha agenda
é organizada, levando em consideração o nível
dos concursos e as premiações. Certas vezes, esse
planejamento precisa ser alterado, dependendo dos
cavalos disponíveis naquele momento e de suas condições
físicas, entre outros fatores.
O que você mais gosta e menos gosta em sua rotina de trabalho?
Sou um apaixonado por cavalos. Adoro montá-los,
passar o tempo com eles, isso para mim é muito gratificante.
Gosto muito das competições também, é um dos grandes
motivadores para todos os esforços. Com relação a parte
de que menos gosto de minha rotina, talvez seja limpar o
material no inverno. É muito frio (risos).
Quais suas principais montarias, atualmente? Hoje estou com quatro animais principais. Ode des
Roches, Madame Butterfly, Cartella e Cartagena.
Quais são seus próximos objetivos? Meu objetivo para esse ano é terminar o calendário
hípico 2013 entre os setenta melhores no ranking
mundial. Espero estar em condições para participar do
Mundial na Normandia 2014. Em longo prazo, minha
grande meta é poder participar dos Jogos Olímpicos do
Rio 2016.
Em sua opinião, quais são os aspectos que o Hipismo brasileiro ainda precisa aperfeiçoar? E quais considera os pontos fortes do Brasil?
Acredito que, no Brasil, estamos melhorando muitas
coisas, mas ainda faltam cavalos de alto nível. Isto é
um processo e, em breve, chegaremos lá. Para citar um
ponto forte do esporte, com certeza é o talento nato do
cavaleiro brasileiro.
Você está há algum tempo fora do Brasil. Você acredita que para se ter uma carreira de ponta no Hipismo, é necessário que o atleta se mude para treinar na Europa? Por quê?
Acredito que a Europa é o grande centro
do esporte. Inquestionavelmente, part ic ipar de
concursos e buscar se aperfeiçoar na Europa é um
grande passo para se aprimorar. Porém, acho que é
possível o atleta alcançar um bom nível no Hipismo
sem mudar-se para cá.
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verde-amarelo Em 2012, pelas cores do Brasil,
Marlon Zanotelli conquistou a
medalha de bronze na disputada
prova The Best of Brazil durante o
Athina Onassis Horse Show.
Entre os melhores O jovem talento maranhense está
em franca ascensão, apresentando
o terceiro melhor resultado
brasileiro no ranking da FEI.
Quais são as qualidades que um atleta precisa ter para se tornar um cavaleiro de sucesso?
Gostar muito de cavalos, ser trabalhador, talentoso e cultivar em si a
vontade de vencer.
Qual a sua opinião sobre o desempenho da equipe brasileira durante os Jogos Olímpicos de Londres?
Infelizmente não foi como esperávamos, tivemos problemas com
alguns cavalos durante a preparação até os Jogos Olímpicos, mas tenho
certeza que os quatro cavaleiros que saltaram tentaram dar o melhor de si.
Como você analisa a importância da comunicação entre cavalo e cavaleiro? Qual a melhor maneira de “afinar” esta comunicação?
O cavaleiro que consegue a melhor comunicação com seu cavalo já sai
na frente dos outros. Hoje, você precisa conhecer seu cavalo muito bem para
poder obter o melhor traçado e também evitar qualquer tipo de problema
durante o percurso. A melhor forma de aperfeiçoar essa comunicação
seriam os treinos, tanto no trabalho de plano quanto nos saltos. Com os
cavalos, a atenção aos pequenos detalhes pode fazer toda a diferença.
Qual mensagem você deixaria para os jovens atletas brasileiros?
É possível chegar exatamente aonde seus sonhos alcançam,
acreditem!
2
Texto:EquipeMundoEquestre/Colaboração:CassianoRios.
SAIBA MAIS
Acostumados à terra firme e a uma rotina bastante pautada, uma viagem aérea representa aos cavalos algo novo e bastante desafia-
dor. Buscando explorar melhor este delicado, porém fascinante assunto, convidamos o Médico Veterinário Cassiano Rios da GTC
Brasil para expor os detalhes e cuidados durante este processo.
A primeira coisa importante a ser relevada sobre a viagem aérea de
um animal, é que este processo não pode ser encarado por parte do
cliente como um simples transporte, tendo em vista que ele representa
uma exportação (ou importação) de uma carga viva. Isso abarca todos os
trâmites legais, tais quais documentos, exigências sanitárias, etc.
Esta exportação pode ter caráter definitivo (venda de animais) ou tem-
porário (caso o atleta leve o cavalo para competir fora do país e depois
retorne). Cada tipo de processo irá demandar documentos diferentes. Um
segundo passo seria coordenar todas as questões sanitárias, observando se
o cavalo cumpre todas as determinações necessárias para que sua entrada
seja permitida no país em questão e, ao mesmo tempo, acertar no Brasil os
trâmites junto à Receita Federal e ao Ministério da Agricultura.
Todos a bordoNo momento do embarque dos cavalos, os animais que já possuem
experiência com viagem em caminhão apresentam uma “vantagem”
tendo em vista que já estão um pouco mais habituados a este tipo
de processo, se apresentando mais calmos. Se o animal que irá viajar
de avião nunca esteve em um caminhão (situação mais comum para
potros), é ideal que o proprietário “induza” este tipo de experiência
semanas antes da viagem, a fim de tornar o embarque de seu cavalo no
aeroplano menos desafiador. Oferecer água em baldes, colocar o feno
Apertem os cintos
14
em rede e até mesmo embarcar o cavalo em um
caminhão são procedimentos que se adotados
antes do embarque podem facilitar este proces-
so, levando em consideração que estas situações
irão acontecer durante o transporte aéreo.
No carregamento da aeronave, é indicado
evitar a presença de muitas pessoas para que o
cavalo não se distraia. É importante que o cavalo
esteja alerta, respondendo rapidamente a qual-
quer situação, para a própria segurança dele.
AcomodaçõesA baia de transporte aéreo é uma baia fe-
chada, para até 3 animais, que não é aper-
tada, porém é justa, visando a segurança dos
animais. No momento do pouso e da decola-
gem, os cavalos necessitam deste amparo nas
laterais, para não perder o equilíbrio.
Diferente do transporte em caminhões, no
avião as baias são dispostas no sentido longi-
tudinal, de maneira que os cavalos fiquem de
frente para o “nariz” do avião. Esta orientação
também contribui para o melhor posicionamen-
to dos cavalos, considerando que, ao contrário
do transporte terrestre, onde o caminhão apre-
senta muitos deslocamentos laterais, o avião
apresenta em sua maioria variações de acelera-
ção, com movimentos no sentido longitudinal.
Serviço de bordoDurante uma viagem aérea, é obrigatório que
o cavalo seja acompanhado por um profissional,
de preferência por um Médico Veterinário, pois
é a pessoa mais qualificada para este trabalho. A
principal “função” deste acompanhante é, basi-
camente, garantir que o animal viaje da maneira
mais segura e confortável possível, fornecendo
água e comida, e estando atento ao comporta-
mento do cavalo, promovendo o seu bem-estar.
A temperatura da aeronave é sempre con-
trolada, e o ideal é que ela esteja em torno
de 15 ou 16 graus, dependendo da quanti-
dade de cavalos no local. Esta temperatura,
relativamente baixa, é importante para que os
animais fiquem tranquilos, pois eles tendem a
se tornar inquietos em lugares “abafados”. A
ventilação proporciona conforto a eles.
Com relação aos protetores, não é recomen-
dado a utilização de capa, por dois principais
motivos: O primeiro é que a temperatura não
estará baixa o suficiente para justificar seu uso.
O segundo, não menos importante, é que se cor-
re o risco da mesma sair do lugar, escorregar, e
posicionar-se de maneira errada, causando inco-
modo ao animal. Como o acesso à parte pos-
terior do cavalo é limitado, devido ao reduzido
espaço físico, ficaria muito difícil da pessoa res-
ponsável aliviá-lo deste inconveniente. O mesmo
“alerta” serve para outros protetores, como o de
curvilhão, por exemplo.
Terra X ArEm termos práticos, a principal diferença en-
tre a viagem de avião e a de caminhão, é que
os transportes terrestres podem interromper seu
trajeto, fazendo, eventualmente, uma parada a
qualquer sinal de problema. Como na viagem
aérea não há esta possibilidade, é de extrema
importância a qualificação do profissional res-
ponsável durante o vôo, como também o bom
planejamento e a antecipação de possíveis pro-
blemas para que os mesmos possam ser evitados.
Curiosidades• Devido à notificação de Mormo (doença
infectocontagiosa) em alguns Estados do Brasil,
alguns países não aceitam a entrada de animais
criados aqui. Colômbia, Equador, Peru e Bolívia,
são alguns exemplos destes países. Apesar de se-
rem nossos vizinhos, não podemos mandar
cavalos para lá.
• Estados Unidos e Europa são os princi-
pais exportadores e importadores de nos-
sos cavalos. Estes importantes destinos,
mesmo com exigências sanitárias rigo-
rosas, não vedam a entrada de ca-
valos brasileiros que cumpram
os requisitos sanitários
impostos.
16
Foto:Arquivo.
Pesando todos os lados
O ano de 2013 começou como nenhum ou-
tro. Torneio de Verão em Santo Amaro com
grande número de participantes, prova da pu-
jança do Hipismo paulista, mas reclamações de
alguns pelo gigantismo e horários apertados
não cumpridos à risca. Abertura de Tempora-
da no Rio de Janeiro com o melhor índice de
participação dos últimos anos, mas com alguns
criticando e afirmando que poderia ser melhor.
Recife fez uma festa e recebeu o melhor do
Nordeste, pistas de excelente nível e competi-
ção agradável e justa, mas teve gente que não
se agradou e desdenhou. Curitiba fez um CSN
de ótimo nível, um Mini GP e um GP memo-
ráveis, mas choveu e teve gente que afirmou
que não estava bom o suficiente. Quem foi aos
Estados Unidos da América e voltou com meda-
lhas de Ouro, brava garotada brasileira, ouviu
na chegada que esta “verba” poderia ser gasta
de melhor maneira no Brasil...
O que queremos de melhor para o nosso es-
porte? O que podemos definir como uma una-
nimidade na organização e condução de nossas
competições? Onde está o competente verda-
deiro dirigente que pensa o futuro de nosso
Hipismo? Quem tem vara de condão e domina
toda a razão?
Na verdade eu não sei e nem me proponho a
tentar descobrir. Se soubesse e nada fizesse, se-
ria um eminente inútil e omisso; se, como creio,
não sei, me empenho em fazer minha parte e
ajudar quem tenta acertar, quem se arrisca e
realiza, quem tem a coragem de empreender
nossas competições, correndo riscos enormes,
financeiros e pessoais, seja por meio de sua en-
tidade, clube, empresa ou pessoa física, não im-
porta. Mas o que não se esgueira nos meandros
da política para se beneficiar e locupletar, que
não foge à crítica, seja ela justa ou parcial, seja
ela bem intencionada ou desleal, receberá meu
limitado apoio e agradecido cumprimento. Mui-
tos estão me entendendo, outros podem sofrer
melindres, muito poucos, espero, vão discordar.
Plagiando declaradamente o velho guerreiro,
Chacrinha, “eu não venho para explicar, eu ve-
nho para confundir”...
Ao pedir que nós todos tenhamos a humil-
dade de admitir que é difícil acertar em tudo,
que há muito mais dificuldade que facil idade
em atender aos anseios de um esporte que evo-
lui a cada dia em nosso território, espero que os
partícipes de um ano que começa com dificul-
dades, normais e cíclicas, tenham a maturidade
de esperar que ele acabe com gosto de vitória.
Muitas iniciativas estão em curso, muitos pro-
jetos nasceram, com ou sem o desejável apoio
incondicional dos envolvidos. Boas ideias pros-
peram sempre, só se deve esperar que mentes
apaixonadas as entendam, sem preconceitos.
Para os arautos do fracasso, os que afirmam
que “este ano não vai ser igual àquele que pas-
sou”, tenho a lembrar que é mais importante se
apresentar e contribuir do que fugir e criticar
cegamente. E como estou com um incrível gos-
to pelos jargões, deixo a mensagem dos pre-
servacionistas do meio ambiente: “Pense glo-
balmente e aja localmente”. Um forte abraço,
vamos lá Brasil!
M O N Z O N
“O ignorante afirma. O sábio duvida. O homem sensato reflete”. - Aristóteles
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F I Q U E P O R D E N T R OTexto:EquipeMundoEquestre,SusiFreitaseAPEX/Fotos:RaphaelMacek
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Realizada entre os dias 16 e 24 de março, a edição
Equitana 2013 apresentou números realmente surpreen-
dentes: cerca de 900 expositores, mais de 200 mil visitan-
tes e participação de aproximadamente mil cavalos de 40
raças distintas. Neste ano, a feira registrou um grande au-
mento do público internacional, principalmente de países
não europeus como África do Sul, Brasil, Rússia, Catar, e
Canadá, que tiveram a possibilidade de conhecer e tam-
bém de adquirir uma infinidade de produtos “de ponta”,
relacionados a transporte de cavalos, alimentação e cui-
dados, bem como equipamentos equestres e vestuário.
Além da apresentação de produtos e marcas, a Equitana
proporcionou aos visitantes atrações imperdíveis como
shows equestres, apresentações de raças, workshops e
concursos sediados em seus 90 mil metros quadrados de
área, distribuídos em 17 pavilhões.
Brazilian Saddle Horse
Além da grande presença de brasileiros durante os
nove dias de feira, nosso país esteve presente como expo-
sitor no estande da Associação Brasileira de Criadores de
Cavalo Mangalarga Marchador, em parceria com a Apex-
Brasil, promovendo o projeto Brazilian Saddle Horse.
Criado em novembro do ano passado, o projeto tem
como missão estimular as exportações de cavalos de sela
brasileiro e também de equipamentos, acessórios, medica-
mentos, roupas e serviços que envolvam o segmento de
criação de cavalos. 19
Equitana 2013Desde 1972, a cada dois anos, a maior feira equestre do
mundo é realizada na cidade de Essen, na Alemanha. Aliando negócios, estudos e lazer, o evento permite a especialistas, fornecedores, atletas, criadores e
empresas do segmento equestre uma oportunidade única de intercâmbio de experiências e informações visando à
ciência e, principalmente, o bem-estar dos cavalos.
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Outro propósito desta parceria é fortalecer
a imagem do Brasil como país de origem de um
dos melhores cavalos de sela do mundo, agre-
gando valor a estes animais por intermédio da
demonstração de suas habilidades e adapta-
bilidade às diferentes condições ambientais.
A expectativa é gerar novas oportunidades de
negócios e de ampliar a presença de animais
brasileiros no exterior.
A Equitana foi um ponto de partida para
o Brazilian Saddle Horse, que tem como foco
prioritário, além da Alemanha, a Holanda, Itá-
lia, França, Argentina e Estados Unidos, estan-
do também previstas iniciativas para a abertura
de mercados em Angola, Congo, Canadá, Chi-
le, China e Japão.
Por dentro da equitana
Como de costume, o evento apresenta a
cada dia uma temática diferente. Nesta edição,
para celebrar a abertura da feira, o primeiro
dia foi dedicado especialmente às crianças, as
quais compareceram em peso durante todo o
evento e puderam desfrutar de shows especiais
direcionados ao público infanto-juvenil.
O dia seguinte foi destinado à criação de
cavalos, tendo como destaque a exibição “Ga-
ranhões 2013”. A bela exposição apresentou
reprodutores excepcionais, garanhões que li-
deram o ranking de criação e jovens campe-
ões a um público de aproximadamente 5 mil
espectadores.
A segunda-feira foi dedicada ao Adestra-
mento, a terça à Atrelagem e a quarta ao ca-
valo de esporte como um todo. A quinta-feira
teve como tema o Western e contou com a
ilustre participação do norte-americano es-
pecialista em cavalos Pat Parelli e sua esposa
Linda que, juntamente com dois grandes no-
mes da Dressage – Christoph Hess e Uta Gräf,
demonstraram como o método Horsemanship
(consagrado por seus resultados duradouros) e
o Adestramento Clássico podem trabalhar em
harmonia, promovendo uma comunicação cla-
ra e eficaz com o cavalo.
O penúltimo dia de feira foi focado no Hor-
Os Mangalarga Marchadores foram as grandes estrelas do espetáculo “O Carnaval” nas quatro noites do Hop Top Show e encantaram o público com suas qualidades.
21
semanship, abordando aspectos como a ma-
neira ideal de tratar os cavalos e fundamentos
básicos de treinamento. No sábado, Lusitanos,
Andaluzes, Friesians e Berberes abrilhantaram
o evento no dia dedicado ao cavalo barroco.
Encerrando com chave de ouro, no domingo
foram exibidas variadas raças de cavalos nas
arenas lotadas, além do encantador desfile de
encerramento.
Hop Top Show A cada Equitana, o público espera ansiosa-
mente pelo tradicional Hop Top Show, atrações
fascinantes que acontecem durante quatro noi-
tes ao longo da feira. Utilizando, ao todo, im-
pressionantes 100 cavalos, os shows contaram
com acrobacias e manobras feitas por cavaleiros
especialistas de altíssimo nível. Incríveis efeitos
de luzes combinados com músicas emocionantes
exaltaram ainda mais a magia do entrosamento
e sintonia quase perfeitos entre homens e ca-
valos.
Este ano, chamado de “Festivallo”, o espe-
táculo “levou” os visitantes para os principais
festivais do mundo, entre eles o Carnaval do Rio
de Janeiro.
A raça Mangalarga Marchador obteve um
grande destaque durante as quatro noites do
Hop Top Show. Com a honra de abrir cada es-
petáculo, os animais dessa raça genuinamente
brasileira encantaram o público presente.
Dentre os cavaleiros com dotes acrobáticos
que se apresentaram, dois deles são grandes
nomes da montaria artística: Frédéric Pignon e
Lorenzo.
Espetacular, como sempre, o adestramento
dos cavalos mostrados nas performances de Pig-
non foi algo realmente mágico. Com sua manei-
ra gentil de tratá-los, o francês estabelece uma
comunicação única conseguindo que os animais
realizem movimentos incríveis de maneira suave
e delicada. Lorenzo, conhecido como o “francês
voador”, colocou impressionantes 16 lusitanos
em um dos números de sua apresentação, pro-
movendo para os espectadores uma atuação de
tirar o fôlego.
“Gigante”. Foi a resposta da premiada amazona, Meredith Beerbaum, sobre sua impressão da edição feira Equitana 2013.
22
Etiqueta no esporte
Disposta a contribuir para a evolução do esporte
equestre no Brasil, além de oferecer produtos que oti-
mizam a performance e elegância dos conjuntos brasi-
leiros, a Cavalleria Toscana patrocina um seleto grupo
de atletas nacionais que, por seus esforços em pista e
postura ética e dedicada fora das provas, contam com
o investimento financeiro da marca italiana para se de-
senvolverem até o mais alto nível no esporte. Dentre os
atletas patrocinados, destaque para a premiada amazo-
na carioca Joana Valente e agora o mais novo integran-
te da equipe, o jovem talento Luis Antonio Piva Filho.
Talento e dedicaçãoDono de uma determinação ímpar e talento inques-
tionável, o jovem vem brilhando nas competições de alto
nível em pistas nacionais com resultados surpreendentes.
Atual campeão brasileiro e paulista da categoria Júnior,
Piva tem obtido grandes conquistas em provas disputa-
das junto aos melhores atletas do Brasil, como o topo do
pódio no Mini Grande Prêmio a 1,40m do CSN Curitiba
e as medalhas de bronze nos Grandes Prêmios do Haras
Polana e do Centro Hípico e Haras MD, em 2012.
Praticante de Hipismo há apenas 4 anos, Luis Piva
atribui o sucesso e reconhecimento que vem obtendo
nas pistas do Brasil a três qualidades: paixão, foco e
determinação. “Montar cavalos é minha atividade fa-
vorita. Quando optei por recuperar o tempo perdido,
tendo em vista que a maioria dos atletas tem a vanta-
gem de ter passado pelas categorias de base, tracei um
projeto junto ao meu instrutor e fomos em busca deste
objetivo. Hoje, vou à faculdade de manhã, e alguns dias
pela manhã e à noite para adiantar aulas, pois assim
nas quintas e sextas-feiras posso ir aos concursos. À
tarde, monto 4 cavalos por dia. É uma rotina puxada,
mas vale à pena todo o esforço”, conclui o cavaleiro.
Com relação a sua paixão pelo esporte e suas mon-
tarias, Piva demonstra grande carinho por seus dois
principais cavalos: Cavalleria Toscana Noble Carthago e
Cavalleria Toscana Zaterdag.
“Com certeza, Noble Carthago foi o cavalo que me
ensinou a montar. Um cavalo muito inteligente e muito
ágil, ótimo para as provas técnicas de velocidade. Zater-
dag é um garanhão imponente e bastante promissor. Já
participei de várias competições Júnior e alguns Gran-
des Prêmios com ele e, realmente, é um animal muito
potente. Estou muito feliz de formar conjunto com o
Zaterdag”, relata.
Quando questionado pela sua indicação a ser pa-
trocinado pela grife italiana, o atleta não esconde sua
satisfação. “Para mim, a Cavalleria Toscana é a melhor
marca de Hipismo atualmente e, além disso, patrocina
alguns dos premiados cavaleiros do mundo. Para mim,
é uma grande felicidade e honra ter sido escolhido
como atleta patrocinado”, afirma Piva.
Sobre a marcaA Cavalleria Toscana nasceu na Itália com o objetivo
de aliar qualidade, beleza e alta performance a artigos
relacionados ao universo equestre. Com produtos volta-
dos ao mercado de luxo, a marca vem se posicionando
através da inovação, do estilo e do padrão de excelência
“made in Italy”.
No Brasil, a Cavalleria Toscana aterrissou, oficial-
mente, em janeiro de 2010 e já transformou os con-
ceitos de sofisticação e elegância nos Clubes Equestres
e Sociedades Hípicas do país, oferecendo produtos de
alta qualidade, com cortes funcionais e modernos e
acabamento impecável, como sempre.
I N F O R M E
Destaque nas pistas brasileiras, conheça a trajetória do jovem atleta Luis Piva que, além dos ótimos resultados nas
competições, conquistou o privilégio de ser patrocinado pela grife italiana Cavalleria Toscana.
242424
Texto:EquipeMundoEquestre/Foto:AfonsoWestphal
M O N T Y R O B E R T S
2525
Os ensinamentos e as experiências transmitidos
durante a estada do grupo de brasileiros na fazenda
de Monty Roberts foi algo grandioso. Durante este
período, fomos do nível mais baixo do segmento
equestre (observando vídeos de Doma com muita
violência) até a glória da Doma através do Join-Up®,
método desenvolvido por Monty Roberts através da
observação dos Mustangues, os cavalos selvagens dos
Estados Unidos.
Acompanhe a seguir um diário de bordo dos três
primeiros dias desta incrível viagem, para transmitir
parte das lições e vivências durante esta inesquecível
experiência.
Dia 04 de fevereiro.Chegamos a Los Angeles e daquela cidade
grande, movimentada e fervorosa, partimos em
direção a pacata Solvang, conhecida por sua
produção de vinhos e grande número de fazendas.
No caminho, tivemos a felicidade de cruzar
as belas praias da região, incluindo a majestosa
Malibu. Para um lanche estratégico, paramos na
requintada cidade de Santa Barbara, local que
lembra um set de fi lmagens, dada sua estética
impecável e l impeza nas ruas e praças.
Às 17:00h, f izemos o check- in no confortável
hotel Marr iot , para recompor as energias
durante a noite e in ic iar o curso com as bater ias
renovadas.
Dia 05 de fevereiro.No primeiro dia de atividades na Flag’s Up Farms,
participamos de uma conversa no Centro de Join-
Up® para o primeiro contato com o “Encantador de
cavalos”. Monty explicou como seria a semana e quais
eram seus principais objetivos. Depois da palestra,
fomos ao redondel desenvolvido pelo próprio Monty
Roberts, com metragem e materiais específicos para
promover a melhor aplicação de suas técnicas para
os cavalos. Lá, Monty apresentou dois cavalos e
demonstrou na prática os princípios fundamentais
do Join-Up®, de forma verdadeiramente incrível. A
sintonia e comunicação conquistadas através de suas
técnicas é algo difícil de explicar.
Depois de um lanche na fazenda, vimos alguns
vídeos de como pegar cavalos no campo (pergunta
levantada por um aluno durante a palestra). Após
este vídeo, Monty nos mostrou a filmagem de cavalos
sendo domados pelo método “tradicional” aqui no
Brasil.
Com imagens chocantes e muita violência,
Encantando brasileirosSete dias que valeram por sete anos. no dia 03 de
fevereiro, a revista Mundo Equestre levou um grupo de 32 brasileiros para a Califórnia. Objetivo: aprender a se comunicar com os cavalos junto a ninguém menos que o
“Encantador de cavalos” Monty Roberts.
Monty Roberts e Bruno Sá Grise, instrutor brasileiro que, além de técnicas apuradas, demonstrou muita atenção e carinho com o grupo Mundo Equestre e Monty Roberts 2013.
Monty insistia que os peões que estavam domando
os animais através de pontapés e chicotes não
deveriam ser odiados, pois apenas estavam
reaplicando o que viram e aprenderam por
gerações. Segundo ele, o método de Doma com
violência funciona de certa forma, tanto que é
a técnica mais praticada no mundo inteiro. As
pessoas que domam com violência não podem ser
culpadas pelo que fazem (desde que este seja o
único método que elas conhecem).
A cada dia, na fazenda, foi ficando evidente
para os participantes que a Doma sem violência
apresenta resultados muito mais eficazes e
duradouros, além de sua prática gerar prazer e
muita satisfação, tanto para o cavalo quanto para
o cavaleiro.
Ainda no mesmo dia, voltamos ao redondel,
onde o “Encantador de cavalos” colocou pela
primeira vez a sela e um cavaleiro em cima de um
cavalo. Util izando os princípios do Join-Up®, em
apenas 5 minutos o cavalo que nunca havia visto
uma sela já estava encilhado. Em impressionantes
10 minutos, Bruno Sá – instrutor brasileiro que há
4 meses reside na fazenda – já estava em cima do
cavalo, demonstrando a eficácia impressionante do
método de Monty.
Dia 06 de fevereiro.Começamos o dia realizando um tour pela bela
propriedade Flag’s Up Farms. Projetada especificamente
para proporcionar conforto para os cavalos e
funcionalidade em prol da técnica Join-Up®, a fazenda
conta com dois redondéis, pista de corrida, vários
piquetes, picadeiro coberto, além de muitas outras
instalações que auxiliam no manejo e treinamento dos
cavalos.
Um lugar bastante peculiar presente na fazenda é uma
espécie de brete, chamado de curral gentil. Utilizado na
maioria das vezes para dessensibilizar cavalos selvagens,
o local tem forma de quadrado, sendo que próximo a
um dos cantos existe uma “parede especial” que permite
apenas a entrada do animal e, através do método de
Monty, o cavalo entra por vontade própria.
Utilizando uma técnica realmente impressionante,
vimos dois cavalos selvagens entrando voluntariamente
no brete, através do método de pressão e alívio. Enquanto
o cavalo estava fora, os instrutores “pressionavam” os
cavalos, levantando as mãos e fazendo barulhos. Tudo
isso de maneira suave e gradiente. Quando o cavalo
adentrava o brete, a pressão era aliviada, mostrando
para o animal que aquele era o local mais adequado e
confortável para ele estar. Desta forma, o cavalo pode
aprender por ele mesmo que permanecer no brete seria
a melhor opção. Este resultado foi conseguido sem ter
utilizado no processo qualquer tipo de violência.
De volta ao redondel, vimos uma série de cavalos, desta
vez mais selvagens e “assustadores”. Usando as técnicas
do Join-Up®, em poucos minutos os cavalos já estavam
cooperando com Monty, por vontade própria, deixando para
os espectadores verdadeiras lições de Doma e otimização da
relação cavalo-cavaleiro, de uma forma bastante diferente
do que estamos acostumados a ver em terras brasileiras.
2626
M O N T Y R O B E R T S
Participação mais que especial do autor do livro “Encantador de Vidas“ Eduardo Moreira, que ministrou uma palestra no início do Curso.
Acessível e dedicado às dúvidas dos participantes, Monty respondeu perguntas e através de suas apresentações pôde transmitir parte da técnica exclusiva, chamada Join-Up®.
Ao final da tarde, nosso grupo foi convidado a
conhecer a casa de Monty Roberts, para participar de um
festival de queijos e vinhos. Realizado em seu “saloon”
particular que Monty construiu anexo a sua casa, o grupo
pôde apreciar os belos vinhos da região, acompanhados
de queijos finos em um ambiente elegante e agradável,
extremamente bem acompanhados.
Os dias seguintes foram se tornando cada vez
mais interessantes. À medida que assistíamos às aulas,
compreendíamos as diversas nuances presentes na
técnica de Monty e como aplicá-las, seja para iniciar
cavalos, como colocá-los em trailers, como lidar com
medos e fobias, etc.
O grupoEsta foi a primeira vez que um grupo totalmente
composto por pessoas de uma única nacionalidade
participa de um curso de Join-Up® na Flag’s Up
Farms. Nosso grupo era extremamente diversificado,
repartindo em comum a grande paixão pelos cavalos
e uma intensa vontade de compreender melhor estes
animais, podendo oferecer respostas que respeitem
sua integridade.
Pessoas de 13 a 60 anos e das mais diversas
regiões do Brasil, participaram da viagem Mundo
Equestre & Monty Roberts 2013, entre elas atletas
de hipismo, de tambor e baliza, de final de semana,
criadores de cavalos e instrutores misturados com
pedagogos, empresários e publicitários. É verdade que
os integrantes eram bastante heterogêneos, porém,
ao final das aulas parecíamos amigos de infância,
repartindo vivências e compartilhando lições.
Para encerrar com chave de ouro nossa estada
na Flag’s Up Farms, após a entrega de diplomas,
presenteamos Monty com uma bandeira do Brasil
assinada por todos os participantes da viagem
durante um churrasco “texano” promovido pelo staff
da fazenda.
No último dia, foi entregue a Monty Roberts um
vídeo com depoimentos de cada participante presente
no curso, sobre suas conclusões, experiências e
emoções vividas durante o período. Emocionado,
Monty afirmou que ele tem o Brasil como centro
do trabalho dele na América do Sul e que vê nos
brasileiros uma grande esperança para um “Mundo
Equestre” mais consciente, responsável e harmônico.
OportunidadeDevido a boa parceria firmada entre a Mundo Equestre
e Monty Roberts, a revista já organiza a próxima visita
à fazenda do “Encantador de cavalos”. Se você deseja
conhecer Monty Roberts e passar sete dias aprendendo
suas técnicas em sua fazenda, na
Califórnia, entre em contato conosco
para mais informações e detalhes.
Com vagas limitadas, as pessoas
que desejarem garantir sua participação
devem enviar um email para
com seus dados pessoais ou ligar para
(41) 3203-1960. Nos vemos em breve,
na Flag’s Up Farms.
27
Técnicas simples, porém utilizadas com critério e discernimento podem resultar em grandes resultados.
Foto do recebimento dos diplomas, realizada no jardim da casa da família Roberts. Fevereiro/2013.
Carlos Gamarra e Dyego Neves Gabriela Pruner, Germano e BrunoEquipe Momento Equestre - José Sanches,
Samys Montanaro, André Calió e Silvia MilaniAdriana Diniz e Monty Roberts
Cinthia Silva e Monty Roberts
Evandro Rodolpho e Monty Roberts
Moria Reis e Monty Roberts
Carla Amado e Monty Roberts
Fernanda Aguiar e Monty Roberts
Luiz Dirceu Fabiano e Monty Roberts
Aline Zanetti e Monty Roberts
Larissa Quevedo e Monty RobertsMauro e Monty Roberts
Vinicius de Oliveira e Monty Roberts
Gabrielle Berger e Monty Roberts
Paulo Gomes e Monty Roberts
Mariness Maldonado e Monty Roberts
Ana Maria Guimarães e Monty Roberts
Á L B U M - F L A G ’ S U P FA R M S
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Debora Silva de Freitas e Monty Roberts
Eduardo Figura Neto e Monty Roberts
Daniela Caldas Domingos e Monty Roberts
Miguel Lupiano e Monty Roberts
Flavia R. Mello de Azevedo e Monty RobertsCarlos Augusto Paolone e Monty Roberts
Thais Helena Rocha e Monty Roberts Heloisa Helena Rocha e Monty Roberts
Adriana Castanho e Monty Roberts
Danila Ribeiro e Monty Roberts
Ciro de Castro e Monty Roberts
Ana Carolina Fabiano e Monty Roberts
Ana Paula da Costa e Monty Roberts
Manuela Merico e Monty Roberts
Walter Areias Filho e Monty Roberts
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30
C L Í N I C A V E T E R I N Á R I A
catarata equina
Fique de olho
A catarata, uma doença que acomete os olhos,
trata-se da opacificação ou perda de transparên-
cia do cristalino, estrutura esta que se encontra
entre a íris e o humor vítreo e funciona como
uma lente natural, sendo capaz de focalizar as
imagens. Essa opacificação deixa a visão turva e
é considerada a maior causa de cegueira do mun-
do, tanto em humanos como nos animais.
A doença pode ocorrer de diversas formas,
como traumática, congênita, em jovens e ainda
em idosos. A catarata traumática é uma das mais
comuns e pode acontecer após inflamações na re-
gião do globo ocular ou lesões diretamente sobre
o olho. Em outros casos, pode ocorrer a catarata
congênita, a qual aparece logo após o nascimen-
to e pode ser uni ou bilateral, focal ou difusa.
Potros de até um ano de idade podem apresentar
também tal opacificação, chamada catarata ju-
venil, devido a fatores hereditários ou ainda por
lesões causadas por toxinas metabólicas e pro-
cessos inflamatórios. Já em cavalos idosos, a cha-
mada catarata senil pode aparecer após os vinte
anos de idade em decorrência da degeneração
do metabolismo do cristalino, sendo neste caso,
autora: Bruna Dzyekanski, médica veterinária, mestranda em Ciência Animal pela PUC-PR.
Quanto antes diagnosticada, maiores são as chances de cura da catarata. Sua atenção à alteração do compor-
tamento do seu cavalo, principalmente em problemas que estejam relacionados a visão, pode contribuir para o bom
resultado do tratamento.
geralmente, irreversível.
Dependendo da causa e do estágio do processo, os
sinais clínicos da doença podem variar. Geralmente, a primei-
ra alteração notada pelo proprietário é justamente a colora-
ção esbranquiçada do olho, caracterizada pela opacificação
do cristalino. O nível de coloração esbranquiçada do cristali-
no pode iniciar com uma degeneração parcial e chegar até o
ressecamento e atrofia da lente. Os animais que apresentam
opacificação bilateral possuem grande dificuldade em enxer-
gar, sendo, neste caso, visível, pois o cavalo passa a se chocar
contra objetos.
O diagnóstico, além dos sinais clínicos, é feito atra-
vés da oftalmoscopia, a qual determina a causa da doença,
se é primária ou secundária, traumática, juvenil ou senil. Tal
exame é muito importante para a escolha do tratamento a ser
instituído.
O tratamento da catarata se dá com o uso de corti-
costeroides subconjuntivais e colírios clarificantes, mas estes
só oferecem bons resultados em animais que se apresentam
no início da doença e quando a causa não é congênita. Existe
ainda o tratamento cirúrgico, utilizado em animais idosos ou
em processos degenerativos avançados, nos quais o cristali-
no é extraído por uma técnica chamada facoemulsificação.
Nestes casos, o animal retoma a visão, porém mantém uma
dificuldade de adaptação visual.
Contudo, é importante atentar a qualquer sinal de
mudança de comportamento do cavalo, já que este pode
apresentar alguma alteração nos olhos sem ser notado. Sen-
do assim, uma vez que o animal tome qualquer mudança de
postura, principalmente ao esbarrar em objetos ou até mes-
mo refugar em situações em que nunca o fez, este deve ser
examinado por um médico veterinário para que a doença seja
diagnosticada no início e as chances de cura sejam maiores.
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Um dos momentos mais aguardados pelos quartis-
tas é a entrega anual do “ABQM AWARDS – O Oscar
da Raça Quarto de Milha” aos mais pontuados do ano.
A sexta edição desta festa, promovida pela Associação
Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha –
ABQM aconteceu na noite de 18 de março, no Buffet
Torres, em São Paulo, reunindo a família quartista para
homenagear oito personagens que contribuíram para a
história do Quarto de Milha brasileiro.
Antes dos ícones da noite serem chamados ao pal-
co, o mestre de cerimônias Agnaldo Agostinho convi-
dou o presidente da ABQM, Paulo Farha, para fazer a
abertura oficial. Em breve discurso, representando toda
sua diretoria e o quadro de colaboradores da entidade,
mostrou sua satisfação de estar realizando pela terceira
vez a entrega dos troféus aos homenageados do Hall
da Fama e aos premiados do 6º ABQM Awards. Para
abrilhantar ainda mais essa marcante data, foi apresen-
tado um vídeo mostrando uma viagem no tempo, com
o histórico desde a origem da raça até os dias atuais,
culminando com a imagem do novo design da logo-
marca da ABQM, com as cores da bandeira brasileira.
E ainda, para a alegria dos quartistas presentes, Farha
anunciou com exclusividade a criação da TV Quarto de
Milha, um projeto em parceria com dois importantes
veículos de comunicação: o Programa Horse Brasil e o
Canal Rural, representados respectivamente pelos dire-
tores Alci Costa Leite e Donato Lopes de Almeida, que
terão a incumbência de organizar e realizar toda essa
importante ação de marketing da raça.
Com a casa recebendo quartistas de várias regiões
do país e inúmeros órgãos de imprensa do agrobusi-
ness, a solenidade do Hall da Fama teve início com pre-
sença no palco dos próprios homenageados ou repre-
3232
Em mais um evento festivo da raça, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha premiou àqueles que
obtiveram a maior soma de pontos no Registro de Mérito e ho-menageou, eternizando no 3º Hall da Fama, o nome de pessoas
e animais que construíram e constroem a história da raça.
Q U A R TO D E M I L H A
6º ABQM AWARDS
Fonte:ABQM/AbdallaJorgeAbib/Foto:FábioCabrera
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sentados por suas respectivas famílias, na seguinte
ordem: José Nelson Fakri, Francisco Carlos Furquim
Correa (in memorian), Sérgio Paes de Almeida (in
memorian) e o treinador Gilson Vieira Diniz.
Já em relação aos animais, a ABQM selecionou
para este evento quatro exemplares que fizeram e
ainda fazem parte da história e que se tornaram
destaques na reprodução, sendo líderes nas esta-
tísticas em suas respectivas linhagens. Foram eles
os consagrados: Eternaly Fred e Sanjay; e também
Holland Ease e Keys To The Moon, que ainda estão
em plena campanha reprodutiva.
Na sequência, acompanhada por um saboro-
so jantar, ocorreu a entrega do ABQM Awards, o
“Oscar da Raça Quarto de Milha”. Esse almejado
troféu foi entregue a todos aqueles que obtiveram
a maior soma de pontos no Registro de Mérito, em
todas as provas, classes e categorias dos eventos
oficiais e oficializados pela ABQM, respectivamen-
te: animais, cavaleiros, amazonas, criadores, pro-
prietários, reprodutores e reprodutoras que mais
pontuaram no ano de 2012. Confira no site da
ABQM, a lista dos premiados: www.abqm.com.br
A festa contou com o patrocínio dos criadores
Belinatto & Romanelli, das empresas Supra e Vet-
nil, das leiloeiras MBA e WV e do site Garanhões
Quarto de Milha.
O leiloeiro Agnaldo Agostinho foi o mestre de cerimônias da grande noite.
O treinador Gilson Diniz sendo homenageado no Hall da Fama.
Quartistas reunidos no encontro festivo da raça promovido pela ABQM.
Sandra Navarro, proprietária do garanhão Keys To The Moon - um dos quatro cavalos que foram destaques no Hall da Fama.
Paulo Farha transmitiu sua satisfação de realizar pela 3ª vez a entrega dos troféus.
Projeto TV Quarto de Milha, uma parceria da ABQM com o Horse Brasil e o Canal Rural.
Sr. José Nelson Fakri, uma das quatro pessoas que receberam a homenagem
no Hall da Fama.
Foto:MiguelOliveira
Devoção e diversão
Assisti recentemente o documen-
tário intitulado “Violeiros do Brasil”,
de Myriam Taubkin. Para quem gos-
ta de “coisa” de interior, música de
qualidade e viola o documentário é
imperdível. Gostos, aliás, usualmente
encontrados em amantes de cavalos,
como é o meu caso. Em um dado mo-
mento do filme, um dos entrevista-
dos fala uma frase que possivelmente
passe de forma despercebida por boa
parte dos espectadores, mas que a
mim marcou demais. Nela, afirma que
para fazermos algo com excelência na
vida, precisamos fazer com devoção
e diversão. Foi isto que vi em Monty
Roberts. É assim que me sinto lidando
com cavalos.
Monty Roberts teve uma infân-
cia muito dura. Setenta e dois ossos
quebrados até os doze anos de idade,
frutos da violência de seu pai. Viveu
da forma mais cruel possível a incre-
dulidade de todos em relação a sua
descoberta sobre uma nova maneira
de relacionar-se com cavalos. Sofreu
golpes financeiros gravíssimos. Nem
todos os seus negócios prosperaram.
Mas Monty tinha algo que era capaz
de sempre fazer com que seguisse em
frente, mesmo nos momentos mais di-
fíceis. Monty adorava o que fazia. E o
fazia com devoção.
A equação só se mantém de pé se
encontra força nos dois alicerces. Pou-
co adianta muita devoção sem diver-
são alguma. O esforço não durará mui-
to tempo. Ninguém, seja ele homem
ou cavalo, suporta fazer algo que lhe
seja incômodo ou desagradável por
muito tempo, por mais disciplinado ou
esforçado que seja. Da mesma forma,
algo que é divertido, mas feito sem
devoção, como um hobby, por exem-
plo, dificilmente atingirá a excelência.
Quando trabalho meus cavalos procu-
ro o ponto ótimo, onde consigo exigir
de seus corpos e suas mentes o máxi-
mo que tem para me dar, dentro da
faixa onde ainda estão se divertindo.
Os resultados são incríveis, duradouros
e muito rápidos.
Levo isso como lição também para
minha vida. Não descarto situações
que inicialmente parecem-me pouco
divertidas, busco encontrar uma forma
de divertir-me com elas. Também não
concluo de antemão que não possa de-
dicar-me com afinco a qualquer ativida-
de, antes de explorar todas as possibili-
dades. Não se pode mudar a direção do
vento, mas pode-se sempre ajustar as
velas. Seja criativo, estude alternativas,
conheça-se e também a seu cavalo, e
com diversão e devoção, atinja resulta-
dos com os quais nunca sonhou.
E D U A R D O M O R E I R AFoto:Arquivo.
35
1. O cavaleiro Felipe Juares e seu Forest Phinox foram os campeões do 1º Grande Prêmio de Curitiba na temporada 2013.
2. Luis Piva, representante da nata jovem do hipismo brasileiro, com Cavalleria Toscana Noble Carthago bri-lhou no Mini Grande Prêmio conquistando a medalha de ouro.
CSN Cidade de
Curitiba
36
N OT Í C I A S - S A LTO
Com uma premiação em espécie de 76 mil reais, o evento
contou com provas para todas as categorias com armação de
percurso do paranaense Vailton Jaci Cordeiro e Luís Fernando
Monzon presidindo o júri.
Os maiores destaques foram o Mini Grande Prêmio a
1,40m, no sábado (16/03), e o Grande Prêmio em duas voltas
a 1,45m fechando o concurso no domingo (17/03). Nomes de
peso do hipismo nacional estiveram presentes como Cesar Al-
meida, Francisco José Mesquita Musa, José Roberto Reynoso
Fernandez Filho e Vitor Alves Teixeira, entre outros.
MINI GRANDE PRÊMIO
O show no Mini GP, a 1,40m, aconteceu por conta do jo-
vem talento paulista Luis Antonio Piva Filho, de 18 anos, fa-
zendo jus a sua condição de campeão do ranking paulista e
brasileiro da categoria Junior 2012. Dos 56 concorrentes, 16
foram ao desempate. Montando Cavalleria Toscana Noble Car-
thago, Luis não deu chances aos adversários garantindo a vi-
tória sem faltas, em 35s89, com mais de 3 segundos de vanta-
gem. Essa foi a segunda vitória de Luis e Carthago em Curitiba
que também garantiram a 1ª colocação a 1,35m na largada da
competição. Na segunda colocação aparece ninguém menos
que o medalhista pan-americano Vitor Alves Teixeira montando
Andorra Z Império Egípcio, pista limpa, no tempo de 39s35,
também por São Paulo. Em terceiro lugar chegou o paulista
Leandro Serrano Giunchetti com First Love, sem faltas, em
39s95. A quarta colocação foi para Santa Catarina com Maria-
na Cassettari apresentando CEHIP Zen Botupharma que zerou
em 46s59. Em quinto lugar, novamente por São Paulo, chegou
Bartholomeu Bueno de Miranda com sua Pampa des Dames
que registrou um derrube, em 39s52. E, finalmente, na sexta
colocação aparece o gaúcho Denis Gouveia com Amazing Blue,
um derrube, em 40s41.
GRANDE PRÊMIO
Na tarde de domingo, 17/03, o GP a 1,45m encerrou o
Concurso de Salto Nacional na tradicional Sociedade Hípica
Paranaense, em Curitiba. Foram 36 os concorrentes no gride
de largada, dentre os quais os melhores 25% - oito sem falta
e dois com apenas um derrube - habilitaram-se à 2ª volta no
percurso idealizado por Vailton Jaci Cordeiro, o Baíca. A vitó-
ria ficou “quase em casa” com o cavaleiro paranaense radicado
em São Paulo Felipe Juares de Lima com Forest Phinox em mais
um percurso sem faltas, em 45s52. Sagrou-se vice-campeão o
sempre competitivo medalhista pan-americano César Almeida
com sua Vanity Império Egípcio, conjunto credenciado para a
Final da Copa do Mundo 2012/2013, que zerou em 47s41. O
terceiro posto coube ao mais premiado cavaleiro em atividade
no país, Vitor Alves Teixeira, tricampeão pan-americano e nove
vezes campeão brasileiro, com sua nova montaria Woody Impé-
rio Egípcio, pista limpa, em 49s05. Na quarta colocação apare-
ce o jovem talento André Oliveira Campos Freire apresentando
Trinity que zerou em 55s46. Quebrando a hegemonia de São
Paulo com cinco concorrentes entre os seis primeiros colocados,
o quinto posto foi para o gaúcho Francisco Obino Cirne Lima
apresentando Sparky, sem faltas, 55s46. E, finalmente, em sexto
lugar chegou Francisco Musa, tricampeão do ranking brasileiro
Sênior e campeão brasileiro Sênior 2012, apresentando Bolero,
pista limpa, em 61s12.
Fonte: CBH - Carola May / Foto Juliana Ribas
O Concurso Nacional de Salto 2* Cidade de Curitiba aconteceu entre os dias 14 e 17 de março, na Sociedade Hípica Paranaense e con-tou com provas de 1 a 1,45 metros de altura.
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Confederação Brasileira de Hipismo homenageia atletas e per-sonalidades em noite de festa, no Jockey Clube de São Paulo.
A Confederação Brasileira de Hipismo realizou na noite de 19 de março,
a sétima edição do Prêmio Hipismo Brasil. A cerimônia, no Jockey Club de
São Paulo, premiou os vencedores do ranking 2012 nas oito modalidades
reconhecidas pela instituição e também homenageou atletas, personalida-
des e empresas que se destacaram e contribuíram para o Hipismo em 2012.
“Mais uma vez eu ressalto a importância das nossas parcerias com o
Ministério do Esporte, o BNDES e o COB. Eu não posso deixar de agradecê-
los por acreditar em nosso trabalho. Nossos esforços para melhorar cada vez
mais o Hipismo no Brasil estão começando a dar resultados e tenho certeza
de que com a união e o apoio de todos alcançaremos nossos objetivos”, disse
Luiz Roberto Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo.
As equipes Children e Junior, campeões da Copa das Nações de Welling-
ton 2013, foram homenageadas pelas conquistas e receberam as medalhas
da CBH pelas mãos dos cavaleiros olímpicos Rodrigo Pessoa e Doda Miran-
da, técnicos dos times durante a competição.
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter e o secretário Nacional de
Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, receberam o troféu Hipismo
Brasil pelo apoio ao desenvolvimento do esporte. “Mais uma vez eu dou
parabéns à Confederação Brasileira de Hipismo pela profissionalização da
gestão. É muito bom ver que atletas tão importantes para o país como
Rodrigo Pessoa e Doda Miranda acompanham de perto os jovens das cate-
gorias de base. Essa união é fundamental para o crescimento do esporte e
a CBH está no caminho certo”, disse o secretário Ricardo Leyser.
Doda Miranda, Rodrigo Pessoa, Marlon Zanotelli, Pedro Veniss e Ber-
nardo Alves, os cinco cavaleiros que passam a integrar agora o Plano Brasil
Medalhas, com apoio do BNDES, também foram homenageados pelas con-
quistas ao redor do mundo representando o país. Acompanhe a seguir os
vencedores da modalidade Salto:
Mini-Mirim: Thales Gabriel de Lima Marino; Pré-Mirim: Paulo Miran-
da; Mirim: Vittorio Burger; Pré-Junior: Giulia Dal Canton Scampini; Ju-
nior: Luis Antonio Piva Filho; Young Riders: Guilherme Dutra Foroni; Sê-
nior: Francisco José Mesquita Musa; Amador B: Luciana Sandini Santana;
Amador A: João Gilberto Freire; Amador: Pedro Barbosa Lima; Amador
Top: Richard Lyon Thorp Bilton; Master B: Miriam Maffei; Master A: Ricar-
do Leoni Maffei ; Master: Vanessa Blaauw; Master Top: Marcos da Silva
Fernandes; Jovem Cavaleiro B: Maria Victoria Miranda; Jovem Cavaleiro
A: Claudio Luis de Melo Pereira; Jovem Cavaleiro: Lucas Dantas Medeiros;
Jovem Cavaleiro Top: Marco Polo Uchoa.
Doda vence GP Final> O sábado, 30 de março, marcou uma final
perfeita para o medalhista olímpico brasilei-
ro Álvaro Miranda, o Doda, na última sema-
na do Winter Equestrian Festival 2013 em
Wellington, EUA. Dez dos 40 concorrentes
habilitaram-se ao desempate do GP Final
5* com U$ 500 mil em premiação perante
cerca de 8,6 mil espectadores. Doda garan-
tiu uma apresentação perfeita, em 43s967,
marca que permaneceu imbatível até o final
da prova.
É do Brasil> A bandeira verde e amare-
la brilhou no início de março,
no Festival Equestre de Inver-
no em Wellington, nos EUA.
Com performances espetaculares, o Brasil foi o
campeão da Copa das Nações das categorias
Children e Junior. Vittorio Burger, Laura Ramos
Rait, Siew Chiang e Rodrigo Rosa formaram a
equipe campeã Children. Pela Junior, Fernando
Penteado, Carolina Drummond, Sofia Scheer e
Giulia Scampini formaram o time vencedor.
Sucesso na Espanha> A final do Circuito do Sol em Vejer de Fron-
tera na Espanha, em 23 e 24/03, teve Brasil no
placar. No sábado, o medalhista pan-americano
e cavaleiro olímpico Pedro Veniss montando Q
Royal Palm emplacou na 2ª colocação no GP 2,
pista limpa, 56s89. No domingo, o jovem talento
paulista Fernando Penteado apresentando Roger
Moore conquistou o 2º posto no GP Invitational
Classic Tour sem faltas no desempate, em 44s54.
Doha 5 estrelas> Vice-campeão olímpico 2012, o holandês
Gerco Schöder com seu excepcional
London foi o grande vencedor do Grande
Prêmio do CSI 5 estrelas em Doha, no Catar,
em 30/03. Pela vitória em que superou os
demais seis concorrentes habilitados para o
desempate, Gerco ganhou além do troféu
de campeão, a bela soma de 215 mil euros
em premiação.
PrêmioHipismo
Brasil
Fonte: MktMix Assessoria de Comunicação
37
N OT Í C I A S
Fonte: Brasil Hipismo / Carola May com a fonte FEI Foto: Dirk CaremansFoto: K
arl-Heinz Frieler / FEI
12ª Seletiva liga Oeste
Europeu
N OT Í C I A S - S A LTO
No dia 17 de março, o Grande Prêmio World Cup Quali-
fier no Internacional Brabant 5* em s´Hertogenbosh, na Ho-
landa, definiu a lista dos 18 classificados da corrida da liga do
Oeste Europeu rumo à Final da Copa do Mundo 2012/2013,
entre 24 e 28 de abril, em Gotemburgo, na Suécia.
A grande e boa surpresa do GP foi o desempenho do jo-
vem talento alemão David Will, que garantiu a maior vitória
de sua carreira. Montando Colorit, David levou a melhor su-
perando demais oito concorrentes no desempate entre um
total de 38 inscritos, sem faltas, em 35s73.
Sagrou-se vice-campeã a australiana Edwina Tops-Ale-
xander, atual melhor amazona do ranking mundial, com seu
pequenino craque Cevo Itot du Chateau, pista limpa, no tem-
po de 35s84. O top alemão Marcus Ehning montando Copin
van de Broy emplacou na terceira colocação, sem faltas, em
36s68.
Entre as maiores conquistas de David, que monta e treina
nas cocheiras do seu conterrâneo Dietmar Gugler em Frank-
furt, também está a vitória no Grande Prêmio do Munich In-
doors, no final de 2012.
luciana diniz na finalNa classificação geral da liga da Europa Ocidental
para a Final da Copa do Mundo, o espanhol Sergio Al-
varez Moya aparece em 1º lugar, seguido pelo atual nº 1
do mundo Christian Ahlmann. Luciana Diniz, amazona
paulista que defende Portugal é a 5ª colocada e tam-
bém está confirmada em Gotemburgo. O vice-campeão
da Copa do Mundo 2012 e atual campeão olímpico Ste-
ve Guerdat computou importantes pontos, garantiu a
18ª vaga e certamente está entre os favoritos ao título
em Gotemburgo.
Pela liga Sul-americana, classificaram-se os cava-
leiros brasileiros Daniel Anicet que, porém vendeu sua
montaria Calypso Guet; e César Almeida, o Cesinha,
com Vanity Império Egípcio, que também não partici-
pará do evento tendo em vista que teria pouco tempo
de preparação para a importante prova: “Recebi a con-
vocação da CBH no dia 5 de março de 2013, portanto
49 dias antes da Copa do Mundo na Suécia. Como diz
o nome a “Copa dos melhores do mundo”, no Brasil
infelizmente não temos provas que nos preparam para
essa grande dificuldade, deste modo é necessário fazer
uma preparação na Europa, seria imprescindível saber
com antecedência da nossa garantia de vaga”, afirma
Cesinha.
David Will vence GP na Holanda que definiu os 18 finalistas da liga do Oeste Europeu para a Copa do Mundo.
1
1. O talentoso cavaleiro David Will montando Colorit salta para a vitória na arena Brabant em ´s Hertogenbosh.
2. A atual melhor amazona no ranking mundial Edwina Alexan-der com seu Cevo Itot de Chateau foram os vice-campeões do GP Internacional Brabant 5 estrelas.
3. Luciana Diniz, amazona paulista que representa Portugal, é a quinta colocada na classificação da Liga Oeste Europeu e está confirmada para a final de Gotemburgo.
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Sobre: Profissional de Hipismo há mais de 20 anos, hoje, o cavaleiro dedica sua rotina a seus alunos, à preparação de
animais para competição e comércio de cavalos, assessorando, junto com seus sócios, Fábio Sarti e André Camargo na
compra e venda desses animais. Para Tiago, além de o esporte lhe proporcionar muitas realizações (seja ganhando uma
competição, vendo os resultados positivos de um cavalo ou de um aluno), o Hipismo ainda oportuniza viagens, contato
com novos lugares, pessoas, culturas e costumes.
Uma conquista: Campeão Brasileiro de Sênior individual e por equipes / Um concurso: Sítio Chuin
Um ídolo: Minha mãe / Um Cavalo: Mickey Vila Fal, Landmax do Feroleto, Pia Lena Jmen, Sam Van Generheese
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