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palavra do governador
um novo piauí acontece
gestão e controle
educação
saúde
infraestrutura e mobilidade urbana
desenvolvimento rural e inclusão
segurança e combate às drogas
lazer, esporte, cultura e turismo
políticas de garantia de direitos
construindo um novo destino
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o piauí cada vez melhor
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Entusiasmoé ver o
Piauí crescer sempre e mais
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Ao chegar em Conceição do Canindé, no ano passa-
do, me deparei com a história do senhor João Alves
de Sousa, um sertanejo de 40 anos e pele curtida
pelo tempo e a labuta. Ele tinha o que contar de sua
vida, que passava por modificações profundas. Anos
a fio, ele viveu da roça. E, nos períodos de seca, es-
capava vendendo os poucos peixes que pescava ar-
tesanalmente na barragem Pedra Redonda. Naquele
tipo de situação, o dinheiro era curto e a dificuldade
para manter a família era enorme, já que o que ga-
nhava nunca chegava a um salário mínimo. O que o
João Alves pode contar é que sua vida mudou. Hoje,
ele é um dos integrantes do projeto de piscicultura
criado pelo Governo. O que pesca dá para comer e
também para vender. E, mesmo com a seca brutal
que assolou nosso estado nos últimos anos, a cada
final de mês ele faz um salário que permite comprar
o que antes faltava na mesa.
A história de seu João é apenas uma entre milhares
de piauienses que mudaram de vida, conquistando
um novo lugar na sociedade. São pessoas que tradu-
zem o Novo Piauí que está acontecendo: um estado
que cresce acima da média, que mais inclui pesso-
as, que tem as melhores estradas, que leva saúde
de qualidade para toda parte e melhora a educação
como nenhum outro estado brasileiro.
Esse Novo Piauí não é fruto do acaso: é resulta-
do do trabalho, o trabalho do Governo e de cada
piauiense.
Nesses últimos três anos, o Piauí vem se destacando
em praticamente todas as áreas. O crescimento eco-
nômico é um importante indicador, porque sem ele
não se pode alcançar um desenvolvimento social.
O último PIB, divulgado pelo IBGE em novembro
passado, mostra que crescemos quase duas vezes e
meia a média nacional (6,1%, contra 2,7%). E as esti-
mativas indicam que encerramos o ano de 2013 com
um PIB ao redor de R$ 30 bilhões. Isso quer dizer
que crescemos R$ 8 bilhões em apenas três anos –
uma evolução nominal de 36%.
Há um outro dado absolutamente revelador das
transformações: a pobreza extrema, que, no final de
2010, alcançava 22% dos piauienses, hoje, está abai-
xo de 5% - ou seja, incluímos quase 600 mil pessoas
UM NOVO PIAUÍ AGORAE NO FUTURO
O que importa é melhorar a vida das
pessoas
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em apenas três anos. Essa é a essência do trabalho
do Governo: fazer o Piauí crescer incluindo pessoas.
Ou, dito de outra forma, crescer e permitir que o fru-
to desse desenvolvimento chegue ao maior número
possível de piauienses, reduzindo as desigualdades
e levando qualidade de vida, dignidade e cidadania
a mais e mais pessoas. E por isso reafirmo, pleno de
convicção: um Novo Piauí está acontecendo.
Tanto avanço é resultado de muita trabalho. E, den-
tro do Governo, começa com um novo jeito de ad-
ministrar, com planejamento, definição e controle de
metas, qualificação dos serviços públicos e investi-
mento em ações estratégicas.
No planejamento, desde cedo, definimos priorida-
des, conformando ações que vão nos levar a um
Piauí economicamente mais forte e socialmente mais
justo. Neste aspecto, não nos contentamos em fazer
um plano para os quatro anos de Governo. Por isso
estamos elaborando o Plano de Desenvolvimento
Econômico – a ser concluído ainda neste primeiro
semestre de 2014 - que desenha os passos funda-
mentais para os próximos 40 anos. Esse plano nasce
da certeza de que um governante não pode enxer-
gar apenas seu mandato, porque um estado é muito
maior que um Governo.
Outro aspecto fundamental nesse jeito diferente de
governar é o aperfeiçoamento e controle da ges-
tão. Elegemos metas, definimos as condições para
que elas sejam realizadas e promovemos o moni-
toramento rigoroso na execução. Com isso, conse-
guimos agilizar a concretização da meta e também
otimizar os recursos públicos. É a ideia de fazer mais
com menos, a qual me referi no meu discurso de
posse, em janeiro de 2011.
O cuidado com a gestão é a certeza de que a ad-
ministração é uma atividade-meio absolutamente
Investimento em educação: um elemento de transformação consistente
12
Tanto avanço é fruto de muito trabalho. E, dentro do Governo,
começa com um novo jeito de administrar, com planejamento,
definição e controle de metas, qualificação dos serviços
públicos e investimento em ações estratégicas.
fundamental, condição necessária para que os fins
planejados sejam alcançados com mais rapidez e
eficiência. Daí, tivemos uma atenção muito especial
com a máquina administrativa, e mais ainda com a
figura central desse processo – o servidor. Desen-
volvemos o maior programa de valorização do fun-
cionalismo, melhorando as condições de trabalho e
garantindo remuneração digna. Foram 17 atos nor-
mativos (leis e decretos) e 6 planos de cargos e salá-
rios cobrindo mais de 90% dos servidores estaduais.
Os setores de educação, saúde e segurança são
especialmente reveladores desse avanço, único na
história do Piauí. Com os policiais militares, firma-
mos um acordo que assegura até 111% de reajuste
salarial em quatro anos. Os policiais civis
ganharam aumento, um reco-
nhecimento ao importante
trabalho que realizam.No
caso do setor de saú-
de, realizamos o so-
nho acalentado há
muito por médicos
e não-médicos, na
mais ampla cober-
tura para a área.
Já na educação, o
Piauí estabeleceu
um piso salarial para
os professores quase
16% acima do piso na-
cional: R$ 1.965,99, con-
tra R$ 1.697,37, valor esta-
belecido pelo Governo federal.
Isso faz do Piauí o Estado que paga o
4º maior salário para professor da rede pública
estadual do país.
Também investimos na qualificação do servidor, tan-
to oferecendo formação e aperfeiçoamento como
investindo na meritocracia, onde o concurso é o ins-
trumento mais seguro e democrático. Em três anos,
foram nomeados 3.140 novos servidores concursa-
dos. Somente na saúde e educação foram 1.261 - o
maior número em toda a história dessas duas secre-
tarias. Mas é especialmente relevante o caso da Uni-
versidade Estadual, com a incorporação de mais de
650 servidores, entre professores e técnicos adminis-
trativos. A contratação de mais de 200 novos docen-
tes para a Uespi produziu dois efeitos importantes.
Primeiro, a Estadual passou a contar com mais pro-
fessores efetivos que temporários, marcando uma
nova época na instituição. Além disso, as contrata-
ções resultaram em melhor titulação docente, já que
levaram à incorporação, logo na primeira convoca-
ção de concursados, de 35 doutores, 133 mestres e
31 especialistas, ampliando a qualidade do ensino e
fortalecendo a vocação para a pesquisa.
Estamos fazendo o Estado mais eficiente, o que se
reflete na vida de todos. Por isso pudemos enfrentar
quedas nos repasses constitucionais, em especial do
Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Em 2013, pela primeira vez na história, as receitas
próprias do Estado foram maiores que os
repasses do FPE: R$ 2,96 bilhões, con-
tra R$ 2,87 bilhões do FPE. Isso é
possível porque temos uma ges-
tão fiscal mais eficiente, que
permitiu que em três anos
elevássemos nossa Receita
Corrente Líquida em qua-
se R$ 1,3 bilhão, passan-
do dos R$ 4,5 bilhões, em
2010, para R$ 5,8 bilhões
no ano passado. É uma
mudança com implicações
importantes, porque nos dá
mais autonomia para plane-
jar e realizar obras fundamen-
tais para o crescimento de nos-
so estado.
Outro dado revelador: o Piauí foi desta-
que na mídia nacional como um dos poucos
estados em situação financeira equilibrada. Isso mes-
mo: estamos entre os poucos estados que se man-
têm dentro dos limites da Lei, um feito difícil para um
estado com recursos limitados. Outra vez temos uma
situação nova em nossa história, deixando no passa-
do aqueles rankings em que o Piauí sempre figurava
na parte negativa das estatísticas.
Essa mudança de desempenho administrativo do
Estado é extraordinária porque passamos a ter maio-
res possibilidades de planejar investimentos estraté-
gicos sem depender do pires na mão. Ano passado,
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aumentamos em 50% os investimentos realizados
pelo estado. É simbólico lembrar que conseguimos
superar a barreira de R$ 1 bilhão em investimentos,
em boa medida recursos do Tesouro Estadual. As
obras de mobilidade urbana em Teresina, por exem-
plo, são basicamente com recursos próprios – ex-
cluindo-se a expansão do metrô. Foi com recursos
próprios que fizemos a ponte do Mocambinho, as-
sim como estamos fazendo a Ponte do Meio na Frei
Serafim e uma nova na Ilhotas. Da mesma forma, o
Rodoanel, a duplicação das BRs 343 e 316 e o viadu-
to da Miguel Rosa-Sul. Com recursos do estado, va-
mos fazer o asfaltamento da Vila Irmã Dulce, Dirceu,
Parque Eliane, Santa Bárbara e Mocambinho.
As obras de mobilidade urbana, sempre com recur-
sos do tesouro estadual, estão chegando a 40 cida-
des do interior, modificando e modernizando o perfil
urbano de nossas cidades. Ilustram bem esse traba-
lho as diversas intervenções em Picos e os rodoanéis
de Panaíba, Canto do Buriti, José de Freitas, Barras,
Esperantina, Bom Jesus, União e Inhuma (esses dois
já inaugurados) ou a pavimentação asfáltica em mais
de 31 zonas urbanas do interior.
Com isso, estamos resgatando décadas de descui-
do nesse campo da mobilidade urbana, e fazendo
os municípios piauienses se reencontrarem com os
novos tempos e com o potencial que cada um tem
a desenvolver.
São muitas as ações que estamos realizando, fortale-
cendo as vocações do Piauí para que as potenciali-
dades que sempre estiveram aí se transformem em
realidades palpáveis e ao alcance de todos. Para isso,
investimos fortemente na ampliação da infraestrutu-
ra produtiva, onde o setor rodoviário é especialmen-
te destacado. Vamos fechar o ano de 2014 com mais
de 4.000 km de estradas asfaltadas, sempre com a
determinação de optar por revestimento duplo ou
superior (CBUQ ou AAUQ), que garante mais segu-
rança para quem trafega e mais durabilidade para
nossas rodovias.
Hoje, o Piauí inteiro conta com boas estradas, aca-
bando com imagens tristes como a da chamada “es-
trada da lama”, como ficou conhecido o trecho Se-
bastião Leal-Bertolínia, tantos e tantos anos entregue
à falta de ação governamental, pois, hoje, a “estrada
da lama” é um tapete. Mas o que está ficando defi-
nitivamente no passado é o lamento – mais que jus-
tificado, diga-se – dos moradores e produtores dos
cerrados. A razão é simples: estamos fazendo os dois
trechos mais esperados pelos moradores dos cerra-
dos piauienses – a Transcerrados e a ligação Gilbués-
Santa Filomena.
Com mais e melhores recursos, o atendimento nos hospitais tornou-se mais humanizado
14
Com essas rodovias, a região estará atendida em
todas as suas demandas de transportes necessárias
para que o desenvolvimento do extremo-sul piauien-
se se dê em ritmo mais intenso, com a atração de no-
vos empreendimentos que tragam mais resultados
para o Piauí e nossa gente.
Vale destacar, os novos empreendimentos estão che-
gando em todo o Estado. No entorno dos cerrados,
estamos viabilizando um polo produtor de proteí-
na animal, que se vale do próprio plantio de grãos
para verticalizar a produção, incluindo a criação de
frangos e a instalação de frigoríficos. Ali, estão se ins-
talando empresas como Terracal, Tomazzini e a uni-
dade industrial da Canel, que somam investimento
de R$ 2,5 bilhões. Indústrias de transformação bus-
cam especialmente a grande Teresina, assim como
os empreendimentos em energias limpas priorizam
o litoral e sudeste piauienses, na área da Chapada
do Araripe, Queimada Nova e São João. Somente
no setor energético, cinco projetos já aprovados vão
promover investimento de R$ 8,5 bilhões. O setor de
turismo atrai novos investimentos, bem como a área
de serviços especializados como saúde, educação e
eventos (casa de evento, hotel, restaurante etc).
Como instrumento de transformação, apostamos no
empreendedorismo, e não apenas para segmentos
de médio ou grande porte. Desenvolvemos a visão
empreendedora também junto aos pequenos pro-
dutores, até por entender que a inclusão produtiva
é o caminho mais consistente e duradouro para a
transformação da vida das pessoas.
Nesse sentido, tivemos especial atenção com o de-
senvolvimento rural, tanto nessa vertente da inclusão
produtiva como para dar condições aos piauienses
no enfrentamento à seca e suas consequências. Em
três anos, já entregamos 185 barragens de acumu-
lação, que se somam a outras 135 em execução.
Também construímos cerca de 2.500 km de aduto-
ras. São ações que asseguram água para consumo
humano e para atividades produtivas.
A isso associamos programas de fortalecimento dos
arranjos produtivos, em especial atividades na pisci-
cultura, apicultura e cajucultura – setor que estamos
revitalizando e fazendo com que retome o lugar de
destaque no cenário nacional. Hoje, somente na
piscicultura temos 10 projetos em andamento, be-
neficiando a centenas de famílias do semiárido. São
Intercâmbio: o governador Wilson Martins acompanhou o embarque dos primeiros alunos para o exterior
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adorações que se valem de apoio financeiro e técnico,
garantindo melhores resultados. Dentro dessa preo-
cupação, a educação orientada para a produção tem
papel importante: hoje são 29 escolas agrotécnicas,
levando conhecimento e multiplicando a capacida-
de do pequeno produtor sem tirá-lo do campo.
Não temos dúvida: o conhecimento é a mola trans-
formadora imprescindível, afirmação que
vale para todas as áreas. Por isso mes-
mo a educação recebeu atenção
indiscutivelmente prioritária,
com resultados muito con-
cretos que colocam o Piauí
como um modelo para o
Brasil. Somos destaque no
IDEB, ficando entre os dois
melhores desempenhos
do país, inclusive alcançan-
do, em 2012, metas proje-
tadas apenas para 2016. No
Enade, a Uespi se mostrou
uma grata revelação, avançando
muito mais que a média nacional e
colocando cursos como Direito, Odon-
tologia e Fisioterapia entre os melhores do país.
A avaliação do combate ao analfabetismo trouxe
o Piauí como o estado que mais reduziu esse per-
verso índice. As olimpíadas de matemática, física e
literatura outra vez colocaram nosso estado como
conquistador de medalhas de ouro. Mas se ganhar
medalhas não chega a ser novidade, há algo novo:
as medalhas já não são conquistadas apenas pelos
alunos de Cocal dos Alves, mostrando que o bom
exemplo da cidade do norte do estado se multipli-
ca a partir de uma deliberada ação do Governo do
Estado.
No final do ano, tivemos a consagração, com a divul-
gação do resultado do PISA, programa internacional
de avaliação estudantil. No ranking nacional, salta-
mos dez posições, saindo do 21º lugar, que tínha-
mos em 2010, para 11º colocado. É o atestado de
que estamos melhorando – e melhorando muito – a
nossa educação. E não tenho dúvidas que a aposta
que fizemos na escola de tempo integral e no Mais
Educação - escolas com jornada ampliada – é gran-
demente responsável por esta transformação.
Os avanços são dignos de comemoração, porque
mostram que estamos fazendo uma revolução nessa
área. Mas sabemos que podemos (e devemos) fa-
zer mais. Vamos ampliar ainda mais o Mais Educa-
ção/Escola de Tempo Integral, que somam mais de
350 unidades educacionais. Também vamos fortale-
cer o ensino profissionalizante, ampliar a educação
com mediação tecnológica e consolidar a Universi-
dade Aberta do Piauí, possibilitando que os
piauienses possam fazer curso superior
de qualidade em qualquer parte
do estado.
Ainda neste início de 2014,
estamos coroando um pro-
grama absolutamente ino-
vador e revolucionário: o
Aprender é Uma Viagem,
o programa de intercâm-
bio internacional para alu-
nos da rede pública. São
120 alunos selecionados,
que embarcam para tempora-
da de seis meses em países de
língua inglesa (Estados Unidos, Ca-
nadá e Nova Zelândia) ou espanhola (Ar-
gentina, Chile e Espanha). Esse programa gera
oportunidade e transforma imediatamente a vida
desses alunos, que, por sua vez, impactam na vida
das comunidades, ajudando a construir esse Novo
Piauí que está acontecendo em todos os setores.
Em 2013, investimos em educação cerca de 27%
das receitas do Estado, dois pontos percentuais a
mais que o estabelecido por lei. Também na saúde
incrementamos os investimentos, que ficaram mais
de R$ 100 milhões acima que em 2012. Assim como
na educação, não se pode falar em estado eficien-
te sem um decisivo investimento na saúde – e aqui
temos outra grande transformação em curso. Hoje,
fazemos o cofinanciamento da saúde com os muni-
cípios, implicando repasse de R$ 40 milhões - só em
Teresina, são R$ 6 milhões a mais - que torna mais
eficaz o atendimento ao cidadão. Melhoramos a
rede estadual no interior, dando mais resolutividade
e melhorando a atenção à saúde.
Para se ter uma ideia do resultado, no carnaval pas-
A educação recebeu atenção
indiscutivelmente prioritária, com
resultados muito concretos que colocam o Piauí
como um modelo para o Brasil.
sado, apenas 1% dos atendimentos realizados no
interior precisou ser transferido para Teresina, desa-
fogando o atendimento na capital, em especial no
HUT. Ações em Teresina também contribuem com
esse ganho.
No HGV, melhoramos a capacidade de atendimen-
to e consolidamos o hospital como unidade de alta
complexidade. No Hospital da Polícia Militar, há uma
nova capacidade de atendimento: foram mais de
129 mil procedimentos em 2013, sendo quase 7 mil
cirurgias, a maioria de pacientes do HUT. O Hospital
Infantil se modernizou e praticamente zerou a fila de
espera por cirurgias, que passava de mil pacientes.
As transformações se completam com a criação do
Samu Aéreo, que, desde junho, faz uma média de
10 atendimentos por mês, com 85% de salvamentos.
Outra inovação é a Força Estadual de Saúde, que
leva grupos de especialistas para o interior, reduzin-
do a demanda reprimida por cirurgias específicas. Já
na primeira ação, em Floriano, foram 70 cirurgias.
A rede estadual de saúde se integra ainda em uma
tarefa mais que urgente e necessária: o enfrentamen-
to às drogas. O Hospital do Mocambinho conta com
uma ala para dependentes químicos. Esse atendi-
mento se amplia agora com as Casas de Acolhimen-
to, como as dos bairros Matadouro e Cidade Jardim
(em Teresina), onde dependentes são amparados e
recebem tratamento adequado visando sua recupe-
ração e reinserção social.
O enfrentamento às drogas se faz especialmente
com um trabalho educativo, unindo Coordenadoria
de Enfrentamento às Drogas, Secretaria de Educa-
ção, Coordenadoria da Juventude e Polícia Militar.
Um bom exemplo é o Pelotão Mirim, que está pre-
sente em 30 municípios, levando para crianças de 6 a
16 anos orientação educativa, disciplina e noção de
socialização, importantes para formar cidadãos mais
convictos de seu papel na sociedade.O combate às
drogas tem contribuição fundamental da área de se-
gurança, com o imprescindível trabalho de impedir a
ação do narcotráfico, com a apreensão de drogas e
prisão de traficantes. Nesse campo, batemos recor-
de: em 2013, as prisões por envolvimento com a dro-
ga representam a maioria das 6.600 detenções re-
alizadas. As apreensões de entorpecentes somaram
5,4 toneladas, superando os anos de 2011 e 2012,
juntos.
Esses números são resultado de uma nova diretriz
na segurança pública, que começou com a criação
do Ronda Cidadão, introduzindo o policiamento co-
munitário que aproxima polícia e cidadão. Também
é importante uma polícia mais aparelhada e mais
qualificada, possibilitando uma ação pautada pela
inteligência, em que se busca antecipar a ação dos
bandidos.
A juventude vem recebendo especial atenção de
nosso Governo, em áreas tão diversas como a edu-
cação, a saúde, a segurança, o esporte, a cultura e o
lazer. Um marco nessa relação é a Nova Potycabana,
que criou novas alternativas de lazer, esporte e cultu-
ra. Desde que foi inaugurada, em maio, a Nova Poty-
cabana se converteu no novo ponto de encontro dos
teresinenses, com possibilidades diversas - da sim-
ples caminhada à prática do skate, do passeio ciclís-
tico ao vôlei, badminton ou um descontraído pique-
nique. Hoje, a Potycabana é uma referência como
espaço público de vivência que cria uma nova rela-
ção entre o cidadão e sua cidade. Na área cultural,
eventos como a Semana Santa (em Oeiras, Floriano
e Bom Jesus), Festival de Folguedos, Salão Interna-
cional de Humor, Festival da Rabeca, Festa do Bode,
Festival da Cachaça e Festival de Inverno de Pedro
II são exemplos da aposta em atividades que forta-
lecem a piauiensidade, movimentam a economia e
oferecem entretenimento para as pessoas. Por todo
o exporto de forma sucinta, não posso deixar de ex-
ternar minha enorme satisfação com este balanço de
2013. Sabemos que ainda há muito por ser feito. Mas
é inegável o tamanho do trabalho que conseguimos
empreender. O olhar para o que foi realizado é extre-
mamente positivo, com uma listagem de obras que
talvez seja única na história deste estado, ainda mais
para um período inferior a quatro anos.
É mais positivo ainda quando olhamos que as reali-
zações aconteceram sem o comprometimento das fi-
16
nanças, tampouco sem sacrificar a qualidade de vida
das pessoas. Muito pelo contrário: o Piauí é hoje um
dos cinco estados que se mantém cumpridor da Lei
de Responsabilidade Fiscal, sem romper com o limi-
te prudencial. Isso é novo em nossa história; e isso é
fruto da organização administrativa que nos fez avan-
çar e realizar muito mais.
Inegavelmente, conseguimos avançar em todas as áreas. Fizemos obras ao mesmo tempo em que pro-movemos o equilíbrio financeiro e administrativo, re-alizamos projetos sem deixar de valorizar o servidor e aperfeiçoar o funcionamento administrativo. Reali-zamos obras, e obras de todo tipo: de infraestrutura produtiva ou no campo da infraestrutura social, bus-cando levar mais para cada piauiense.
Tudo o que fizemos foi norteado por uma convicção inarredável: o que importa mesmo é melhorar a vida das pessoas. A mudança experimentada pelo Seu João, lá de Conceição do Canindé – e de centenas de milhares de outros cidadãos -, é o que importa, porque trabalho cada dia para que cada piauiense possa ter mais tranquilidade, maiores oportunida-des, horizonte largo e muito mais dignidade. Isso, sim, é fazer um Novo Piauí.
E esse novo Piauí está aí. Em todos os setores. Em toda parte.
Trabalhamos cada dia para que
cada piauiense possa ter mais tranquilidade, maiores oportunidades, horizonte largo e muito mais dignidade. Isso, sim, é fazer um Novo
Piauí.
Wilson MartinsGovernador do Piauí
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Um estado que cresce
com a grandeza de nossa gente
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ovo p
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Nos últimos três anos, o Piauí empreendeu as maio-
res transformações de sua história. Deu saltos na
educação, investiu intensamente na qualificação da
saúde, ampliou a infraestrutura produtiva, reduziu
a distância econômica e social em relação a outros
estados, redefiniu o perfil urbano das principais cida-
des piauienses e promoveu o maior ciclo de inclusão
de pessoas em um período tão curto. Daí dizer que
um Novo Piauí acontece é a mais pura constatação
de que as mudanças chegam em todo o estado, me-
lhorando pra valer a vida dos piauienses.
Os dados consolidados do Produto Interno Bruto
(PIB), divulgado pelo IBGE em novembro de 2013
referente ao ano de 2011, mostram que o Piauí
cresceu quase duas vezes e meia a média nacional:
6,1% contra 2,7%, em valores reais, já descontada a
inflação. Em termos absolutos, o Piauí saiu de um
PIB de R$ 22 bilhões em 2010 para R$ 24,6 bilhões
em 2011. Os dados preliminares – levando em con-
ta a evolução, por exemplo, das receitas correntes
– apontam para um PIB, em 2012, da ordem de R$
27,4 bilhões, com projeções para R$ 30 bilhões no
final de 2013. Seguindo o mesmo ritmo, o Piauí terá
ao final de 2014, um Produto Interno Bruto superior a
R$ 33 bilhões. Se consideramos apenas o projetado
para o final do ano passado, nos últimos três anos
teremos crescido R$ 8 bilhões, acréscimo que é su-
perior ao PIB que o estado tinha há apenas dez anos.
É importante destacar que o Piauí, tradicionalmen-
te uma economia baseada nos serviços, vê crescer
a participação da indústria e do agropecuária, numa
diversificação que mostra o quanto nossa econo-
mia se fortalece. Entre 2010 e 2011, a agropecuária
cresceu 44,2%, evidenciando o potencial do setor e
confirmando a importância dos investimentos que o
Governo tem feito no campo, incluindo o combate à
aftosa, que gerou uma nova dinâmica para a econo-
mia rural. No caso da indústria, o crescimento tam-
bém ficou acima da média, dando ao setor uma par-
ticipação de 18,42% das riquezas do estado, o que
também revela uma nova dinâmica industrial, mercê
dos esforços do Governo, sobretudo na atração de
novas empresas para o Piauí.
O crescimento tão expressivo do PIB piauiense se-
gue um roteiro oposto ao que aconteceu com o
Brasil, que registrou desempenho tímido. No caso
Os INdIcAdOREsdE UM NOVO PIAUÍ
As maiores transformações
da história
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um n
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iauí
acon
tece
piauiense, o desenvolvimento bem acima da média
é resultado do estímulo ao setor privado e também
às muitas obras estatais, além dos investimentos que
o Estado vem realizando, sobretudo, em infraestru-
tura produtiva. O ritmo acelerado foi a marca desses
últimos três anos, mantendo-se em 2014 e devendo
continuar nos anos seguintes.
Como tradução das realizações, é ilustrativo o amplo
programa de obras em Teresina, onde o Governo do
Estado está desenvolvendo ações – como o Rodo-
anel, pontes, viadutos, duplicação das BRs, materni-
dade e expansão do metrô – que implicam investi-
mento em torno de R$ 1 bilhão.
De fato, o Piauí nunca viveu um período com tantas
realizações ao mesmo tempo. Neste início de 2014,
o Sistema de Monitoramento de metas (Simo) - vin-
culado à Secretaria de Planejamento do Estado - faz
o acompanhamento de 617 ações, que somam um
investimento da ordem de R$ 4,22 bilhões. Somente
A evolução do PIB é fruto do estímulo às empresas privadas e da realização de obras estatais
as 544 ações relacionadas às obras monitoradas so-
mam R$ 3,61 bilhões. As demais ações são 15 pro-
gramas, com investimentos de mais de R$ 372 mi-
lhões; 35 serviços, implicando R$ 140 milhões e 23
projetos, que totalizam quase R$ 103 milhões.
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Infraestrutura para o desenvolvimento
O setor de infraestrutura recebe atenção especial,
como condição imprescindível para a atração de no-
vos negócios e, assim, para a transformação da reali-
dade socioeconômica do Estado. Hoje, o Piauí conta
com boas rodovias, garantindo transporte rápido e
seguro.
Essa realidade tem como ponto de partida a decisão
do Governo de não mais realizar estradas com re-
vestimento simples, que duram pouco. Desde 2011,
todos os novos projetos rodoviários passarem a ser
executados com revestimento duplo ou mesmo com
pavimentação CBUQ ou AAUQ – métodos de pavi-
mentação asfáltica a quente que garantem durabili-
dade ainda maior. É como se diz: as estradas estão
feitas e bem feitas.
O fortalecimento do setor de transporte rodoviário
pode ser medido por um número bem expressivo:
até o final de 2014, chegaremos à marca de 4.553 km
de estradas implantadas ou recuperadas. Até o final
do ano passado, a conta já chegava a 2.604 km, sen-
do 2.189 km de estradas implantadas (inteiramente
asfaltadas) e outros 415 km de rodovias recuperadas.
Em 2014, serão investidos R$ 732,6 milhões na im-
plantação de mais 1.311 km e recuperação de ou-
tros 638 km. O resultado desse trabalho é bem claro:
muito mais conforto para quem trafega pelo Piauí e
mais oportunidades de investimentos.
As boas estradas estão em todo o estado, mas al-
gumas regiões são exemplos mais notados dessa
mudança. É o caso da área dos cerrados, que se res-
sentia de condições adequadas para o escoamento
da safra e também para a atração de novos negócios.
Trechos como Bertolínia-Sebastião Leal e Floriano-
Canto do Buriti dão ao extremo sul piauiense novas
perspectivas, justificando o aumento expressivo de
produção, sobretudo, em 2012: apesar da estiagem,
naquele ano, o Piauí bateu recorde de colheita de
grãos e somente a região dos cerrados respondeu
por mais de 2,2 milhões de toneladas, a maior par-
te de soja. As duas demandas ainda pendentes nos
cerrados estão sendo atendidas agora pelo Governo
do Estado: a Transcerrados e a ligação entre Gilbués
e Santa Filomena, na BR 235.
O primeiro trecho da Transcerrados, com 119 km,
está em ritmo acelerado de construção, com uma
parte já asfaltada. Os investimentos chegam de R$
120, recursos próprios do tesouro estadual.
No caso da BR 235, dos 130 km da obra, mais de
90 km já estão asfaltados e sinalizados, permitindo o
tráfego rápido e seguro e garantindo melhores con-
dições para o desenvolvimento daquela região, que
tem uma das maiores produtividades de grãos em
todo o Brasil.
A reestruturação da estrada que liga Itaueira a Floriano está viabilizando o escoamento da produção
25
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acon
teceEnergia atrai R$ 8,5 bilhões de investimentos
As grandes mudanças na infraestrutura dos cerrados estão
atraindo importantes investimentos, e não apenas para a planta-
ção de grãos. Com o apoio decisivo do Governo do Piauí, diversas
empresas estão se instalando no sul do Estado, numa troca de com-
promissos em que a participação do Governo se dá com a criação das
condições imprescindíveis para o funcionamento dessas empresas – so-
bretudo estrada e suporte social – e incentivos estabelecidos em lei. Nessa
relação, estão empresas como Terracal, Tomazzini e o braço industrial da
Canel.
Juntas, essas três empresas vão investir, nos próximos anos, R$ 2,5 bilhões no
beneficiamento de grãos e unidades industriais, como frigoríficos.
O potencial industrial do Piauí desperta o interesse para outras regiões do es-
tado, em especial para o entorno de Teresina. A instalação de novas empresas
também alcança o litoral piauiense, que se firma como um dos melhores desti-
nos do país.
Mas um dos setores que mais desperta o interesse dos empreendedores é a
geração de energia limpa. Nesse campo, o Piauí tem as maiores possibilidades
do Brasil tanto no setor de energia eólica, no de como fotovoltaica (solar). As
projeções de investimentos somam mais de R$ 8,5 bilhões, em cinco projetos já
aprovados e em andamento.
Esses investimentos colocam o Piauí como um dos que mais aposta nas ener-
gias limpas. Também deixa o estado superavitário, ao contrário do que acontece
hoje. Atualmente, o Piauí tem na hidrelétrica Boa Esperança sua principal fonte
de energia, com aporte de 337 mega watts (MW) de energia gerada.
Ocorre que o consumo do estado é superior a 360 MW, com picos de consumo
que chegam a 750 MW. Os cinco projetos que começam a se tornar realidade
vão ampliar o suporte energético em mais 2.106 MW. A Ômega Energia, no
litoral piauiense, vai aportar 130 MW, onde 70 MW estão em construção e outros
60 MW já foram adquiridos, conforme leilão de dezembro passado. O investimento
é de cerca de R$ 250 milhões.
Dos outros três projetos, o maior de todos é o Casa dos Ventos, na aba da Chapada
do Araripe, que vai produzir 960 MW a partir de um investimento de R$ 4 bilhões.
Também na Chapada do Araripe, está o projeto Queiroz Galvão Energia, de R$ 1,6
bilhão e potência de 416 MW. Já em Lagoa do Barro e Queimada Nova, fica o Atlan-
tic Energia, que produzirá 400 MW, num investimento de R$ 1,5 bilhão. Por fim, em
São João do Piauí, está a Vensolbras, que resultará em investimento de R$ 1,2 bilhão
e potência de 200 MW. Com tudo isso, o Piauí não apenas será superavitário, como
passará a exportar energia.
O Piauí é um dos estados que mais atraiinvestimentos na geração de energias limpas
26
Gás pode gerar R$ 8 bilhãode investimentos
O setor de gás e petróleo também começa a colocar
o Piauí no mapa da economia global. Isso se mostrou
de maneira mais explícita em maio de 2013, quando
a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) realizou
a 11ª rodada de leilões dos lotes para a exploração
de gás e petróleo. Os 14 lotes no Piauí foram todos
leiloados, com uma valorização de até 650% sobre
o lavor de referência. O valor total pago pelos lotes
no lado piauiense da Bacia do Parnaíba foi de R$ 71
milhões, muito acima da média dos demais lotes.
O melhor é que empresas com atuação internacio-
nal arremataram lotes no Piauí. Entre elas está o con-
sórcio com a participação da Petrogal, de Portugal,
e da própria Petrobras, uma das maiores petroleiras
do planeta. Também estão entre as vencedoras do
leilão a Imetano, Ouro Preto, Sabre e Petra Energia.
A programação é que a partir deste início de 2014,
comecem as primeiras ações de instalação e explo-
ração de gás por parte das empresas.
O volume inicial de investimentos deve ser da or-
dem de R$ 500 milhões, mas as projeções apontam
para recursos capazes de promover uma inflexão na
economia do estado – o antes e o depois da explo-
ração de gás. Tomando-se exemplos de outros esta-
dos com atividades semelhantes, há projeções que
apontam para um investimento para os próximos
cinco anos de, pelo menos, R$ 8 bilhões nesse se-
tor, especialmente com a instalação de geradoras de
energia a partir do gás.
Ômega Energia • 130 MW de potência(70 em construção - 60 adquiridos no dia 13/12)Investimento: R$ 250 milhõesLocal: Litoral do Piauí
Casa dos Ventos • 960 MWInvestimento: R$ 4 bilhõesLocal: Chapada do Araripe
Queiroz Galvão • 416 MWInvestimentos: R$ 1,6 bilhõesLocal: Chapa do Araripe
Atlantic Energia • 400 MWInvestimento: R$ 1,5 bilhãoLocal: Lagoa do Barro, Queimada Nova
Vensolbras • 200 MWInvestimento: R$ 1,2 bilhãoLocal: São João do Piauí
27
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teceNovas empresas geram mais empregos
O mais importante é que o suporte energético dá
segurança aos novos investimentos produtivos, uma
garantia de mais oportunidades para nosso povo.
É especialmente animadora a perspectiva de gera-
ção de emprego: somente a Terracal, que vai atuar
em seis municípios da região de Floriano, vai gerar
2.700 empregos na fase de instalação e outros 2.500
na de operação, contribuindo para produzir uma
nova realidade social e econômica para os piauien-
ses. A Vikstar, que atua no setor de call center, ins-
talou unidade em Teresina, começando com 1.600
funcionários, logo expandindo para 2.000 e, em bre-
ve, chegando a 2.500 colaboradores.
Outra empresa de call center, a Almativa – um investi-
mento de R$ 32 milhões – ,vai abrir outras 4 mil opor-
tunidades de trabalho. Ainda em Teresina, a Crown,
indústria produtora de latas de alumínio para bebi-
das, está se instalando na área da Santa Maria da Co-
dipi, num investimento de R$ 150 milhões e geração
de 400 empregos.
Tantas empresas que chegam mostram que o Piauí,
hoje, é outro, e os investidores notam. Claro, o Go-
verno faz a sua parte, oferecendo atrativos que se so-
mam ao potencial do estado e à vocação de nossa
gente para o trabalho.
A ampliação da infraestrutura é parte desse esforço,
assim como a nova Lei de Incentivos, que dá ao esta-
do maior capacidade de competir com outras unida-
des federativas, em especial do Nordeste. Os resul-
tados são fabulosos: em três anos, o Piauí concedeu
incentivos a 85 empresas. O investimento acumula-
do é de R$ 612,82 milhões.
O impacto mais importante mesmo é na geração de
emprego, que cria oportunidades para os piauien-
ses. São 31.258 empregos diretos e indiretos.
Outra ação fundamental do estado para atrair inves-
timentos é a dotação de infraestrutura, não apenas
a produtivas, mas também a social. Um exemplo é
a Tomazini: nas negociações, a empresa solicitou a
construção de 3 mil casas no entorno da empresa. Com a implantação da Vikstar, a capital ganhou 2 mil novos postos de trabalho
O Governo investe mais de 1 bilhão
Tamanha transformação na vida dos piauienses está
diretamente vinculada à ação do Governo do Estado,
que organizou a administração pública, definiu prio-
ridades e promoveu investimentos estratégicos, tan-
to na infraestrutura produtiva como na infraestrurutra
social. O resultado é, de um lado, o maior programa
de obras de toda a história do Piauí e, de outro, os
maiores avanços sociais já conseguidos. Na área so-
cial, a saúde melhorou em todo o Estado, a educa-
ção alcança desempenho nunca antes conseguido
e a inclusão de pessoas se dá em um ritmo jamais
registrado – em três anos, quase 600 mil piauienses
deixaram a extrema pobreza, alcançando melhor ní-
vel de consumo, mais cidadania e, claro, muito mais
qualidade de vida.
Nesses últimos três anos, verificou-se a ampliação do
volume de investimentos, sem o que o Piauí não es-
taria transformando o presente nem se preparando
adequadamente para o futuro. Apesar das dificul-
dades financeiras e dos duros ajustes adotados em
2011, o Governo do Estado conseguiu desenvolver
Boa educação
ajudaa atrair
empresas
Quando se diz que a educação é a mola transformadora de uma sociedade, não é só discurso. É fato. E o nível educacional do piauiense está ajudando a atrair novos investimentos para o estado. Um exemplo é a Vikstar, empresa especializada em call center que se instalou no Piauí em 2013. Já nas primeiras avaliações de desempenho, a Vikstar de Teresina ficou com
um dos melhores índices do país.
O diferencial é atribuído à qualificação dos recursos humanos, onde tem especial significado o aumento da escolaridade dos piauienses. A Vikstar hoje tem cerca de 2.000 funcionários. Num
levantamento no final do ano passado, um quarto contava com curso superior completo ou em anda-mento. A escolaridade é determinante como tradutor da eficiência profissional.
Por isso o Governo do Estado investe tanto na educação profissionalizante. São mais de 40 mil alunos recebendo formação direcionada a uma carreira. Também o setor rural ganha esse reforço, com as 29 escolas agrotécnicas, que já qualificaram 3.160 alunos para atividades agropecuárias.
Investimentos do Governo do Estado
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tece
ações importantes, num investimento que chegou a
R$ 416,77 milhões. Nesse dado, o mais significativo é
que a maior fatia dos recursos era proveniente do Te-
souro Estadual. Em 2012, outra vez os investimentos
cresceram, chegando a R$ 628,15 milhões, variação
de 50,27% em relação ao ano anterior.
E, outra vez, os recursos próprios foram responsáveis
pela maior parcela. O ano passado, quando os inves-
timentos alcançaram a marca de R$ 1,123 bilhão, o
Tesouro Estadual - bancando a grande maioria das
ações - mostrou-se um retrato vivo da organização
administrativa. Para completar, o orçamento de 2014
projeta investimentos de R$ 1,6 bilhão, dando se-
quencia às obras e projetos que encaminham o Piauí
para uma nova realidade, cada vez melhor.
O volume dos recursos destinados aos investimentos
também é resultado direto do trabalho do Governo
de organizar a gestão. Mesmo com a queda dos re-
passes constitucionais – em especial, o Fundo de Par-
ticipação dos Estados (FPE) –, o Piauí pode realizar
mais obras, implantar novos programas e melhorar
os serviços essenciais, como saúde, segurança e edu-
cação. A primeira explicação vem da otimização dos
recursos, com o corte de gastos, revisão de contratos
e maior controle na aplicação. Outra razão é a efici-
ência fiscal, onde o Estado passou a arrecadar mais
sem precisar promover arrochos.
Somando-se ao crescimento da economia que gera
maior circulação de riquezas, essa nova realidade
produziu uma situação única na história do Piauí: em
2013: as receitas próprias do Estado foram maiores
que os repasses constitucionais. As receitas próprias
somaram R$ 2,96 bilhões, contra R$ 2,87 bilhões do
repasse do FPE.
Em três anos, o Piauí aumentou sua Receita Corren-
te Líquida em R$ 1,3 bilhão, passando de R$ 4,5
bilhões, em 2010, para mais de R$ 5,8 bilhões, em
2013. Somos um dos cinco estados que se manteve
dentro das exigências da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
O equilíbrio financeiro do Piauí também se revela
quando se olha a relação entre dívida e receitas cor-
rentes líquidas. Em 2010, essa dívida correspondia a
56,1% do total das receitas.
Em 2013, essa relação diminuiu para 48,7%. Vale
ressaltar que esse percentual é inferior ao limite esta-
belecido por resolução do Senado Federal, que defi-
ne o limite de endividamento em 200% das receitas
líquidas consolidadas. Isso significa dizer que o Es-
tado tem ampla condição de pagamento – portan-
to, de contrair novas operações de crédito – e pode
apostar no futuro com muito mais confiança.
29
30
Os bons ventos que sopram no Piauí podem ser medidos pelas abertura de novas empresas. Em 2013, foram 15.174 novos registros na Junta Comercial, superando o desempenho do ano anterior, de 14.400 empresas criadas. A capacidade empreendedora dos piauienses e o apoio do Governo impulsionam esses números. As novas empresas atendem a todos os perfis e áreas. Mas uma das prioridades do Governo é transformar o trabalhador informal em microempreendedor formalizado.
Para isso, há a orientação sobre o registro, apoio técnico quanto à noção de empreendedorismo e suporte financeiro, através de linhas de créditos vantajosas oferecidas pela Agência de Fomento.Ícaro Igreja e Luíza, da Arcádia, são um bom exemplo das mudanças. O empreendimento do casal ganhou novo impulso com a abertura de uma loja, que ampliou a oferta de produtos - aos acessórios, acrescentou camisetas, livros e bonecos - e ficou mais organizada. “A loja é a concretização de uma ideia, de um sonho”, diz Ícaro.
Ícaro, da Arcádia: realizando sonho com a formalização da empresa
Um Governo comprometido com seu estado não pode olhar apenas para o período do próprio mandato. E assim acontece com o Novo Piauí, onde o planejamento contempla metas e meios para o curto, médio e longo prazos. Ao final de 2014, a atual gestão deixará uma série de pro-jetos em andamento, com os recursos definidos. Mas ainda no primeiro semestre do ano, estará apresentando um planejamento que alcança as próximas 4 décadas.
É o Plano de Desenvolvimento Econômico, que vai permitir a definição dos desafios e das linhas estratégicas para que o Piauí realize o seu grande destino, posicionando-se como um dos principais estados da Nação. O Plano inclui discussões em todo o Estado. Com isso, os próximos governantes não precisarão “reinventar a roda” a cada início de mandato, cabendo tão somente os ajustes espe-cíficos de cada momento necessários aos objetivos e estratégias delineados. As diretrizes do Plano alcançam todas as áreas fundamentais, como agronegócios, energias renováveis e gás, mineração, indústria, turismo, infraestrutura e logística e capital humano. Porque o Piauí do futuro precisa ser construído logo. Agora!
Recorde na abertura de empresas
Um desenho do Piauí de 2050
31
gest
ão e
cont
role
gestão e controle
32
Todo mundo pode ver o Novo Piauí acontecer
33
gest
ão e
cont
role
34
Ao iniciar o atual mandato, em janeiro de 2011, a ad-
ministração estadual tinha pela frente enormes desa-
fios: como ocorreria no plano nacional, era preciso
levar a cabo uma série de ajustes. Mas aqui os ajustes
eram mais transcendentes, pois sem eles ficaria difícil
governar, diante da fragilidade econômica do Piauí,
um estado tradicionalmente com limitações de re-
cursos.
As medidas foram profundas, com a redução do
custeio, diminuição de viagens e diárias ao absolu-
tamente imprescindível, revisão de contratos e corte
de gastos em itens como aluguel de carros. Junto a
isso, foi dado um papel fundamental à Controladoria
Geral do Estado, para que a transparência nos atos
do governo se convertessem em um aliado impor-
tante para a maior eficiência e, portanto, produção
de melhores resultados por parte da administração
pública.
Todas essas ações estavam vinculadas a uma ideia
anunciada como norteadora da atual gestão desde
o discurso de posse, em primeiro de janeiro daque-
le 2011: fazer mais com menos. Três anos depois, o
Piauí se destaca precisamente por estar na pequena
lista de estados com as finanças equilibradas e com
um leque de realizações de fazer inveja, inclusive, a
estados ricos da região Sudeste.
Hoje, as dificuldades estão lá. Aqui, o que se destaca
é a enorme transformação pela qual passa o Piauí,
resultado de uma gestão que soube otimizar o di-
nheiro dos piauienses.
Para que os recursos do estado pudessem render
mais, tem grande papel o monitoramento de metas,
realizado desde janeiro de 2011, que assegura um
acompanhamento mais rigoroso de todas as fases
das ações.
Assim, as obras são realizadas em mais curto tempo,
gerando economia e produzindo mais rapidamente
benefícios para a população. A atuação da Controla-
doria também foi fundamental desde o início, sobre-
tudo como ação preventiva.
O acompanhamento sistemático dos controladores
ajudou a otimizar recursos, além de garantir o acom-
panhamento maior das ações governamentais por
parte da população.
ATENÇÃO À GEsTÃOE cONTROLE dE METAs
Novo jeito de governar cria
condições para fazer mais
35
gest
ão e
cont
role
Servidores têm maiores conquistasda história
O novo jeito de governar se estabelece a partir do
entendimento de que a gestão é fundamental para
os bons resultados: com uma atividade-meio ajusta-
da, os fins buscados sempre ficam mais fáceis.
Nesse sentido, o cuidado com a gestão incluiu des-
tacada atenção aos servidores públicos, que apre-
sentam, nesse triênio, um conjunto de conquistas
como em nenhum outro momento da história da
administração pública piauiense. Desde 2011, foram
aprovadas 23 leis concedendo aumento a várias ca-
tegorias – através de Planos de Cargos ou reajustes
específicos –, alcançando mais de 90% do funciona-
lismo.
Uma das primeiras categorias beneficiadas foram
os Policiais Militares, com um acordo que garantiu
A categoria dos Policiais Militares recebeu reajuste de até 111% no salário
reajuste de até 111%, escalonados em período de
quatro anos (2012-1015), com índices privilegiando
os cabos e soldados. Também foram contemplados
os Delegados de Polícia e demais Policiais Civis. Tor-
naram-se realidade os Planos de Cargos dos Técni-
cos Administrativos da Uespi, assim como os Fiscais
Agropecuários da Adapi, os dos servidores do De-
tran e os da Fundação Cepro.
Os profissionais de saúde viram tornar-se realidade
uma antiga reivindicação do setor, com um Plano
que atendeu médicos e não-médicos, uma conquis-
ta que diferencia o Piauí de outros estados.
No caso da Educação, os reajustes garantidos pelo
governo nesses últimos anos beneficiaram mais de
32 mil docentes e resultaram em ganhos bem aci-
ma da média nacional. Um exemplo é o piso salarial
dos professores, que, no Piauí, é quase 16% acima
do piso nacional estabelecido pelo Ministério da
Educação para a categoria. Dessa forma, nossa Terra
36
Querida se posiciona como um dos quatro estados
que melhor paga os professores da rede púbica de
ensino básico.Neste início de 2014, está sendo fina-
lizado acordo para reajuste salarial dos servidores da
chamada Tabela Geral, que somam mais de 19 mil
funcionários. Todos esses servidores também tive-
ram reajuste em cada um dos últimos três anos.
Reajustes bem acima da inflação
No atual mandato dos governadores
iniciado em 2011, o Piauí foi um
dos estados que mais elevou os
Principais Planos de Cargos e Reajustes
salários do funcionalismo, em índices bem acima da
inflação. Nos últimos três anos, a variação inflacioná-
ria foi de 23%. Já a folha de pagamento do Estado
cresceu praticamente o dobro desse índice: 45,27%.
O Governo só não concedeu aumentos ainda mais
expressivos por conta do limite prudencial estabe-
lecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E, como
bem sabemos, o Piauí é hoje um dos poucos esta-
dos com as finanças em ordem e dentro dos limites
da LRF: somente cinco não rompem o limite pruden-
cial, entre eles o Piauí. O equilíbrio das contas do
Estado e a política de valorização do funcionalismo
resultaram nos aumentos concedidos, alcançando
todos os servidores.
Com isso, a folha de pagamento no
mês de dezembro de 2013 alcan-
çou os R$ 240,66 milhões. São
quase 100 mil servidores – para
ser mais exato, 99.631,
onde 47.081 são efe-
tivos da ativa e outros
37.321 são inativos ou
pensionistas. Os demais
15.229 funcionários, que
correspondem a pouco
mais de 15% do total, são
a soma de comissionados,
prestadores de serviço,
contratos temporários e
estagiários.
37
gest
ão e
cont
roleConcurso, a porta larga da meritocracia
Desde o início de 2011, o Governo do Estado no-
meou 3.140 servidores concursados, o que significa
um incremento de 6,5% no número de funcionários
efetivos (47.981 servidores).
Os setores que mais incorporaram novos funcioná-
rios foram o da Segurança (sobretudo a Polícia Mi-
litar), Saúde e Educação. Neste caso, para atender
tanto à rede de ensino básico como à Universidade
Estadual do Piauí (Uespi).
Entre 2011 e 2013, foram realizados quatro grandes
concursos: para médicos e demais profissionais de
saúde, para professores da Uespi, para técnico ad-
ministrativo da Uespi; para policiais civis e servidores
administrativos da Secretaria de Segurança.
No mesmo período, foram chamados concursados
de certames anteriores que ainda aguardavam ser
convocados. Neste início de 2014, estão autorizados
ou em aberto oito novos processos seletivos, tota-
lizando 3.664 vagas. O objetivo é garantir melhores
condições de funcionamento das repartições públicas,
assegurando melhores serviços públicos para a popu-
lação, em especial nas chamadas áreas essenciais.
A atenção aos servidores se concretizou em enqua-
dramentos, progressões, promoções e acessos a no-
vos níveis funcionais. Desde janeiro de 2011, quase
20 mil servidores foram beneficiados por essas van-
tagens, que representam reconhecimento e assegu-
ram melhor remuneração. Desse total, foram 13,486
enquadramentos e 6.507 progressões, promoções e
acessos de servidores civis.
A busca da qualidade dos serviços passa, necessa-
riamente, pelo aperfeiçoamento permanente do
funcionalismo e o Governo do Estado está possi-
bilitando a realização de cursos de capacitação e
pós-graduação para servidores. Com esse fim, foram
firmados convênios. Um deles, com o SENAC, impli-
ca a realização de 35 diferentes cursos, atendendo
1.120 servidores em Teresina, Parnaíba, Picos, Piripiri
e Floriano. Através da Uespi, foram contratadas três
especializações que atenderão 150 funcionários.
Da mesma forma, está em fase de contratação de
instituição que realizará especialização em defesa sa-
nitária, para fiscais agropecuários da Adapi. Para per-
mitir a realização de capacitação de forma contínua,
a Escola de Governo mereceu um tratamento legisla-
tivo especial, definido pela Lei estadual 6.371/2013.
38
Regulamentação dos direitosdos servidores
Como forma de criar padrões de conduta e melhor
organizar o funcionamento do serviço público, o Go-
verno do estado adotou um conjunto de medidas
regulamentando os direitos dos servidores. Entre
elas, estão os decretos que disciplinam a concessão
de gratificação por condição especial de trabalho e
a gratificação pela prestação de serviço extraordiná-
rio, além do adicional noturno. Também foi adotada
medida sobre a concessão de ajuda de custo e de
transporte aos servidores civis, gratificação de plan-
tão extra (com fixação do valor) e auxílio-transpor-
te, assim como ato que dispõe sobre a concessão
de diárias. Ganhou regulamentação, entre outros, a
cessão e disposição de servidores públicos e milita-
res do estado, bem como a concessão, a militares,
da gratificação por operações planejadas, a licença
à gestante ou à adotante, no caso de aborto, assim
como a licença-paternidade.
Aldenora: uma vida bem diferente com a aprovação em concurso na Uespi
A jovem Aldenora Cavalcante, aos 18 anos, alcançou a meta de vida tanto almejada: a aprovação em um concurso público. A pouca idade não impediu que buscasse o sonho da estabilidade finan-ceira. Há um ano trabalhando como técnica administrativa da Universidade Estadual do Piauí, a vida da jovem tomou novos rumos.
Aldenora cursa Comunicação Social e afirma que ter passado no concurso foi decisivo. “Foi um grande passo para minha vida. Essa aprovação no concurso proporcionou que eu pudesse parti-cipar de congressos, aumentar meus conhecimentos e cumprir com as responsabilidades em casa. Minha vida seria totalmente diferente se eu não trabalhasse onde estou”, conta Aldenora, um dos 3.140 admitidos pelo governo através de concursos. E a Uespi pode contar com uma profissional de qualidade, selecionada em uma difícil disputa, onde a porta de entrada é o mérito.
O sonho do
concurso público
gest
ão e
cont
role
39
Economia com licitações e revisãode contratos
O rigor na execução de contratos vem gerando im-
portante economia para os cofres do Estado, criando
as condições para o Piauí realizar mais em favor de
todos os piauienses.
Ainda em dezembro de 2010, foram tomadas medi-
das com importantes resultados: foram rescindidos
todos os contratos de trato sucessivo, que passaram
a ser renegociados com a diminuição de serviços e
preços.
Nessas revisões mereceram atenção especial os con-
tratos de locação de veículos, terceirização de mão
de obra e aquisição de passagens aéreas. Outra me-
dida de grande impacto sobre os valores dos con-
tratos foi a preferência pelo pregão, em especial o
eletrônico. Já em 2011 foram realizados 15 pregões,
número que aumentou para 47 em 2013.
O Governo também realizou um amplo controle do
patrimônio do Estado, alterando uma situação em
que alguns edifícios ocupados por repartições públi-
cas careciam até mesmo de escritura.
A concretização desse cadastramento implicou a ela-
boração de um plano de visitação aos municípios,
começando pelos mais populosos, que abrigam
maior número de órgãos públicos ou propriedades
sob o domínio do Governo estadual. Até dezembro,
foram visitados 85 municípios.
No final do ano de 2013, a Secretaria de Administra-
ção contava com 2.840 imóveis catalogados, sendo
1.909 imóveis registrados no respectivo Cartório de
Registro de Imóveis, e outros 931 com o processo de
registro em andamento.
Vale destacar a colaboração dos cartórios para a con-
cretização desse trabalho tão minucioso, mas que se
faz necessário para o resguardo do patrimônio que
é do povo.
A catalogação de imóveis garante um amplo controle do patrimônio estadual
40
paços mais simplificados. Em cada Espaço pode ser
encontrado atendimento de órgãos como Agespisa,
Defensoria Pública, Detran, Secretaria de Segurança,
SASC, Sine, Junta Comercial e Cartórios. O objetivo
é um só: facilitar a vida do cidadão. Um exemplo é
a Junta Comercial: com pontos de atendimento em
várias regiões do Estado,reduz a burocracia na cria-
ção de novas empresas. Isso ajuda o Piauí a crescer
mais rápido e os piauienses a viverem melhor.
Saber mais em qualquer
tempo
Aristides, 48 anos: o sonho de aprender se torna realidade
Aos 48 anos, o auxiliar de serviços gerais Aristides Hilano recebeu seu primeiro certificado de conclusão do Ensino Fundamental pelo do Programa de Elevação da Escolaridade realizado pelo Governo do Estado, através da Escola de Governo do Piauí (Egepi). Aristides abandonou as salas de aulas ainda na adolescência, e após casar e ter duas filhas se considerava “velho demais para estudar”. Há 27 anos trabalhando como auxiliar de serviços gerais no Hospital Areolino de Abreu, foi através do Programa, que a vontade de voltar às salas de aula reapareceu.
“Fui muito incentivado no trabalho e, também, na minha casa, para concluir o Ensino Fundamen-tal. Hoje estou terminando essa etapa e esperando começarem as aulas do Ensino Médio. Aprendi muita coisa durante as aulas e espero aprender muito mais”, conta o servidor. E revela: já sonha em fazer a faculdade de Administração.
Mais Espaços para a Cidadania
Serviços de qualidade, e bem pertinho da gente.
Essa é a filosofia dos Espaços da Cidadania, um local
onde os piauienses podem ter acesso fácil e rápido
a uma série de serviços. Além de Teresina, eles estão
presentes em Picos, Bom Jesus, Campo Maior e Par-
naíba. Três novos Espaços estão em construção em
São Raimundo Nonato, Floriano e Oeiras. Há ainda
a construção de 20 Salas da Cidadania, que são Es-
41
educ
ação
educação
42
Educaçãoque desvenda
o mundoe transformaas pessoas
43
educ
ação
44
A revolução econômica e social dos tigres asiáticos
tem sempre uma explicação indiscutível: o investi-
mento em educação. A transformação dessas nações
e, agora, as importantes mudanças na China, foram
relembradas pelo economista Gustavo Ioschpe no
início de dezembro, quando saiu o resultado do
PISA, sigla do Programme for International Student
Assessment (ou Programa Internacional de Avaliação
de Estudantes). Em debate no programa “Entre As-
pas”, da Globo News, Ioschpe disse que o Piauí está
fazendo em nível nacional o que Xangai realizou em
nível internacional. Quer dizer: o nosso estado, como
aconteceu na província chinesa de Xangai, está mos-
trando que é possível desenvolver uma educação
transformadora mesmo sem folga econômica.
O Piauí foi destaque do debate precisamente pelo
excelente desempenho alcançado no PISA, um exa-
me realizado a cada três anos pela OCDE, a Organi-
zação para a Cooperação e Desenvolvimento Econô-
mico. O exame analisa a desenvoltura dos estudantes
em Leitura, Matemática e Ciências, daí criando o
ranking da educação no mundo, classificando países
e, no caso do Brasil, os estados. O resultado do PISA
2013 trouxe o Piauí como a grande estrela, já que o
estado empreendeu um grande avanço no ranking
nacional, saindo de 21° para 11° colocado, um salto
de dez posições.
O resultado desse exame internacional coroou uma
série de conquistas que o Piauí alcançou nestes últi-
mos anos, quando se notabilizou como um exemplo
de que as mudanças na educação são resultado de
investimentos adequados e compromisso daqueles
que fazem a educação, a começar pela comunidade
escolar. O caso piauiense é explicado fundamental-
mente por um fato: a educação se tornou, de verda-
de, em prioridade de governo, com forte investimen-
to na qualidade do ensino. Aí ganham destaque a
qualificação e valorização do professor, novas e me-
lhores condições de ensino e de modo muito espe-
cial a ênfase na escola de tempo integral.
Hoje a rede estadual de ensino conta com 359 es-
colas de tempo integral ou com jornada ampliada (7
horas de atividades diárias, de segunda a sexta-feira).
O Governo do Estado também vem incentivando e
colaborando com os municípios para adoção desse
modelo: hoje já são mais de 1.200 escolas munici-
As GRANdEs TRANsFORMAÇõEsNA EdUcAÇÃO
A revolução pelo
conhecimento
45
educ
ação
pais com essa sistemática, contribuindo para a me-
lhoria do ensino. Os resultados aparecem rápido.
Um exemplo é o Centro de Ensino Fundamental de
Tempo Integral Padre Joaquim Nonato Gomes, em
Teresina: com a mudança para ensino de tempo in-
tegral, a média da escola no IDEB passou de 4,9, em
2009, para 5,5 no último exame (2011).
Profissionalização da gestãoé fundamental
A revolução que hoje acontece na educação piauien-
se teve um marco fundamental em janeiro de 2011,
quando se optou por uma gestão profissional. O
critério político foi deixado de lado e os superin-
tendentes e diretores regionais foram selecionados
pelo mérito, mediante a apresentação de currículo
e de uma proposta de gestão. Decidiu-se também
estabelecer as prioridades do setor, começando por
melhorar o ambiente de ensino, com novas condi-
ções de funcionamento das escolas. Desde então,
foram construídas 29 novas escolas e reformadas
outras 119. Uma das preocupações foi transformar
o ambiente escolar em um espaço comunitário e de
vivência cidadã. Daí, estabeleceu-se a meta de dotar
toda escola estadual de uma quadra poliesportiva
coberta. Já foram entregues 53 quadras, 40 foram
reformadas e cobertas e 13 foram construídas.
O conforto do aluno foi colocado em destaque para
que os resultados sejam os melhores possíveis. O
governo criou o programa de climatização das salas
de aula, que já levou ar condicionado para 46 esco-
las (19 delas em Teresina). Outras 61 unidades esco-
lares estão ganhando o mesmo conforto e agora es-
tão em fase de licitação os serviços para climatização
de mais 115 escolas.
Outra medida que contribui para o melhor rendi-
No Centro de Tempo Integral Raldir Cavalcante, os alunos são estimulados a desenvolver o gosto pela leitura
mento do estudante é o programa Pedala Piauí, que
tem como meta distribuir 70 mil bicicletas. Em 2013,
foram distribuídas quase 37 mil bikes em 176 muni-
cípios, atendendo alunos que moram a até 4 km do
local de estudo. Agora, eles chegam à escola mais
rápido e com mais conforto.
O transporte escolar ganhou reforço e mais qua-
lidade com a aquisição de novos ônibus. Já foram
distribuídos 208 veículos em 190 municípios. A meta
é, ainda este ano, chegar aos 224
municípios.
Avaliações mostram avançosda educação do Piauí
Tanto investimento em educação certamente tinha
que, rapidamente, produzir resultados. Entre os indi-
cadores nacionais a revelar os avanços substantivos
da educação piauiense está o IDEB, exame realiza-
do pelo Ministério da Educação (MEC). Na avaliação
divulgada em 2012, referente a 2011, o Piauí ficou
como um dos dois melhores estados do país: junto
com o Ceará, alcançou os melhores resultados do
exame. Todos os indicadores educacionais do Piauí
evoluíram, superando as metas projetadas para o
Estado. O Ensino Fundamental conseguiu destaque
nos anos inicias, com um IDEB de 4,1, nos anos finais,
com 3,6, superando as metas projetadas para 2015,
e alcançando média maior que a do Nordeste. O En-
sino Médio também conseguiu ultrapassar a meta
prevista para 2014.
Dois fatores se destacaram nessa evolução educa-
cional: o ensino de tempo integral, com importantes
avanços na média das escolas que mudaram para o
novo sistema de ensino e o empenho para que os
estudantes estejam na escola na idade certa. Esse
empenho foi determinante para a redução do anal-
Valorizar o professor. Eis uma condição fundamental para dar mais qualidade à educação.
No caso do Piauí, isso se traduz entre outras coisas, em salários dignos. E o Estado tem
hoje um piso salarial 15,82% acima do piso nacional. Essa diferença já vem desde 2013:
enquanto o piso estabelecido pelo governo federal para professor 40 horas Classe A, Nível
I (inicial) era de R$ 1.567, o Piauí já pagava R$ 1.814,98. Este ano, o piso nacional passou
para R$ 1.697,37. Mesmo já pagando acima desse valor, o Governo do Estado concedeu au-
mento de 8,32% linear para todos os níveis. Agora, o piso para professor 40 horas é de R$
1.965,99. Na outra ponta da categoria, um professor classe SD, Nível IV, tem salário de R$
4.403,08. Com isso, o Piauí paga um dos quatro maiores pisos salariais pagos pelos estados
a professores da rede pública.
Piauí paga4° maior
salário para professor
Avaliação do IDEB: antecipando metas*
* Média comparativa do Piauí com a da região Nordeste, no IDEB 2011, divulgado em 2012. FONTE: MEC/INEP
46
educ
ação
47
fabetismo, como viria a ser revelado no ano seguinte.
Segundo dados do IBGE, o Piauí reduziu o analfa-
betismo em quase sete pontos percentuais em um
decênio.
A redução do número de analfabetos é resultado, so-
bretudo, de ações implantadas nesses últimos anos,
onde é destaque o Alfabetização na Idade Certa,
que permitiu substancial redução de iletrados na fai-
xa acima de cinco anos, que é de 10,7% da popula-
ção. Nesse desafio, vale destacar também o progra-
ma Palavra de Criança, iniciado em 2012 e presente
em todos os 224 municípios. O Palavra de Criança
capacita professores, faz articulação com o progra-
ma A Família Aprendendo Junto e certifica os alu-
nos participantes. Tanta dedicação só poderia render
frutos tão extraordinários, com redução drástica do
analfabetismo. Ainda no IDEB, o Piauí superou to-
das as expectativas. Conforme o resultado do exame
nacional de avaliação do ensino básico, a educação
piauiense igualou ou superou a média do Nordes-
te, além de antecipar em dois anos (caso do Ensino
Médio) ou quatro anos (caso do Ensino Fundamen-
tal) as projeções definidas pelo próprio Ministério da
Educação.
Muito representativo é o desempenho dos estudan-
tes no Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio,
que credencia para ingresso na maior parte das uni-
versidades públicas.
Como reconhecimento ao exame, cresce a partici-
pação de estudantes piauienses no Enem: em 2010,
foram 83 mil inscritos, passando a 116 mil, em 2011,
e chegando a 128 mil no ano seguinte. Além de as-
segurar ensino de mais qualidade, o Governo do Es-
tado tem apoiado os inscritos com o reforço escolar
e também com o Intensivão do Enem.
Uma nova UESPI
O Piauí se destacou ainda no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia o
nível do ensino superior no Brasil. A Universidade Es-
tadual do Piauí (Uespi) foi uma das que mais evoluiu
no país. A grande maioria (exatos 93%) dos cursos
avaliados receberam nota 3, 4 ou 5. Dois cursos de
Direito ficaram com conceito 5, que é a nota máxima
possível - um deles, no campus de Piripiri, ficou entre
os três melhores avaliados. Esse desempenho não
chega a ser novidade, já que a Estadual do Piauí foi a
única universidade do Brasil a ter três cursos de Direi-
to com o Selo de Excelência da OAB. Para comple-
tar, os cursos de Turismo, Psicologia e Comunicação
Social em Teresina também receberam nota máxima.
E, pela primeira vez, a Uespi figurou no Guia do Es-
tudante 2013, publicação da Editora Abril, onde dois
cursos receberam quatro estrelas e 11 foram classifi-
cados com três estrelas.
Os campi de Teresina e Interior ganharam melhorias
e, no caso de Picos, está em construção um novo
campus que vai assegurar melhores condições de
ensino e pesquisa. Vive-se uma nova Uespi, onde
o fortalecimento do ensino, da extensão e sobretu-
do da pesquisa garantem à universidade um lugar
importante na definição dos rumos do Piauí. A Es-
tadual ganhou novos laboratórios, como o Geratec
- que realiza pesquisas com babaçu. Também liberou
professores para cursos de Mestrado e Doutorado,
aumentou a qualificação docente, fundamental para
um ensino de mais qualidade e pesquisas mais ino-
vadoras. Com a intermediação da Fundação de Am-
paro à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), foram
concedidas 279 bolsas de pós graduação, sendo 207
Os laboratórios da UESPI são equipados com o que háde mais moderno
48
para Mestrado e 52 para Doutorado. O investimento
foi de R$ 6,04 milhões, importante para o fortaleci-
mento da pesquisa e a transformação do Estado. A
Fapepi também financiou a realização de eventos
científicos no Piauí, ou a participação de pesquisa-
dores em eventos fora do estado. No total, foram 73
financiamentos.
A realização de concurso para professores e servido-
res da Universidade Estadual foi outro instrumento
para construção de uma Uespi com mais qualidade.
A contratação de mais de 200 professores efetivos
resultou em dois ganhos fundamentais. De um lado,
fez a instituição contar, pela primeira vez em sua his-
tória, com mais docentes efetivos que temporários.
De outra parte, possibilitou um aumento subs-
tantivo da titulação, já que entre os concursados,
a grande maioria era formada por mestres e dou-
tores. Hoje, a Uespi conta com 104 docentes espe-
cialistas, 536 mestres e 192 doutores. Os professores
efetivos somam 832, numa realidade que cria as con-
dições para a formação de graduados bem mais pre-
parados para os desafios do mercado de trabalho.
Os avanços na Uespi também se deram na área sala-
rial, na intenção de garantir a servidores e docentes
o estímulo necessário ao bom desempenho em suas
atividades. Conforme acordo com os docentes, este
ano, um professor dedicação exclusiva Auxiliar, Nível
I tem salário de R$ 4.205,81, enquanto um professor
titular ganha R$ 16.648,33.
Intercâmbio cria novasoportunidades
A busca de uma formação de qualidade na Univer-
sidade Estadual levou o Governo do Estado a criar
intercâmbio com o Unfallkrankenhaus Berlim (UKB),
hospital alemão de referência na área de trauma-
tologia e ortopedia. O protocolo de coo-
peração, assinado quando da viagem
do governador Wilson Martins
à Europa, em abril de 2013,
vai assegurar a presença
de um especialista do
UKB na Faculdade
de Ciências Mé-
dicas da Uespi.
Com isso,
os alunos
da Facime
passam a
ter acesso às
mais moder-
nas técnicas
em ortopedia e
traumatologia. O
primeiro a vir para o
Piauí foi o Dr. Michael
Metzner, professor PhD
com ampla experi-
ência na área. O
intercâmbio
também
possi-
49
educ
ação
bilita a ida de alunos e professores da Facime para períodos de estância na
Alemanha.
Mas a possibilidade de intercâmbio vai muito além das oportuni-
dades criadas pelo acordo com o UKB. Um programa inova-
dor abre as portas do mundo para os estudantes do Ensino
Médio da rede púbica piauiense. É o Aprender é Uma Viagem,
que dá aos alunos a possibilidade de intercâmbio em países de
língua inglesa e espanhola. Lançado no ano passado, o Aprender
é Uma Viagem resultou na seleção preliminar de 1.500 estudantes
do Ensino Médio estadual, daí resultando na escolha dos 120 me-
lhores preparados para estância de seis meses no exterior. Duran-
te o primeiro semestre de 2014, esses alunos têm a oportunida-
de de seguir os estudos em uma escola regular e de vivenciar a
cultura do país escolhido. Os estudantes que escolheram pa-
íses de língua espanhola puderam optar por Argentina, Chile
ou Espanha. No caso dos que buscam o aperfeiçoamento no
inglês, têm como destino Estados Unidos, Nova Zelândia ou
Canadá.
Cuidando agora de quem cuidado futuro
No sistema estadual de ensino, a atenção principal é o estudante. Mas
a boa formação do aluno passa necessariamente pelo cuidado dis-
pensado ao professor. E nesses três anos o que não
falta é conquista para esta categoria tão importan-
te, que cuida hoje com tanto esmero daqueles que vão
fazer o futuro da nossa Terra Querida.
O cuidado com o professor começou com a profissionalização da ges-
tão educacional, quando passou a prevalecer o mérito. Daí, foram realizados
concursos, atividades de aperfeiçoamento e criação das adequadas condi-
ções de trabalho, incluindo novas instalações nas escolas e, claro, salários dig-
nos. Atualmente, o piso salarial do professor piauiense é quase 16% maior que
o piso nacional estabelecido pelo MEC.
O acesso à carreira de professor pelo mérito é condição fundamental para a
qualificação da educação. Daí o concurso público se torna o instrumento mais
democrático e justo. O Governo do Estado realizou uma série de investimen-
tos e promoções. Em 3 anos, quase quatro mil (3.932) professores da rede
pública de ensino foram promovidos. Em 2011, foram beneficiados 1.717 pro-
fessores; em 2012, outros 1.257 e em 2013, mais 958 educadores receberam
suas promoções. Com a medida, o Governo oferece condições para que ocorra
a motivação do professor e consequentemente a melhoria da qualidade do en-
sino. O Governo também realizou seleção pública para professores substitutos
e efetivos. Foram efetivados 600 professores na rede estadual de ensino básico,
e um novo concurso será realizado com 2.500 vagas. Na atenção aos docen-
50
tes, foram ofertados cursos de aperfeiçoamento e de
pós-graduação, assegurando maior qualidade aos
recursos humanos. A aposta nos recursos humanos
também contempla a formação de professores para
atividades novas, seja nas escolas de tempo integral,
seja para as escolas de ensino profissionalizante, que
forma nossa juventude para o mercado de trabalho.
Neste início de 2014, a rede estadual do Piauí conta
com mais de 40 mil alunos matriculados em cursos
profissionalizantes, fazendo do nosso estado um mo-
delo nacional na expansão nesse tipo de ensino.
Nessa área da formação para o mercado de trabalho,
vale destacar as escolas agrotécnicas. São 29 escolas,
que levam conhecimento e tecnologia para o cam-
po, permitindo que os filhos dos agricultores possam
agregar técnicas que melhoram o desempenho no
setor rural.
Dessa forma, as novas gerações seguem os passos
dos seus pais, mas com o conhecimento que garan-
tem produtividade superior, maiores rendimentos e
melhor qualidade de vida. Ao mesmo tempo, garan-
te ao Piauí o crescimento que transforma e refaz o
destino de nossa terra. O esforço da transformação
levou o governo a investir em tecnologia. É aí que
surge o Mais Saber, programa de educação com
mediação tecnológica. Através do Mais Saber, aulas
são geradas a partir de Teresina, alcançando 300 am-
bientes escolares em 172 municípios. Em cada local,
as aulas transmitidas via satélite são complementa-
das por professores que fazem acompanhamento
presencial. Dessa forma, o programa garante ensino
de qualidade em todo o Estado. O Mais Saber ofer-
ta Ensino Médio regular e cursos livres, bem como
preparatório para o Enem e reforço em Língua Portu-
guesa e Matemática.
Os investimentos na educação dão a dimensão da
prioridade que é a formação para o Governo do Es-
tado: em 2013, o Piauí investiu em torno de 27% de
seu orçamento na educação, bem acima do índice
determinado por lei (25%).
A razão disso é simples: o Governo do Estado acredita
na educação como instrumento de transformação con-
sistente e duradouro. E isso faz das grandes transforma-
ções que o nosso estado atravessa um caminho sem
volta: o Piauí caminha para um futuro cada vez melhor.
Através da mediação tecnológica, estudantes de todo o estado têm acesso a um ensino de qualidade
51
educ
ação
O estudante Bruno Alves e o professor André Castelo Branco: pesquisas de ponta com o apoio da Fapepi
De bike, estudante
pedala parao futuro
O agricultor Valdik Pereira andava pre-ocupado com o filho, Victor José. Eles moram a quase 4 km da Unidade Es-colar Hugo Napoleão, em Santa Cruz do Piauí, onde Victor cursa a 6ª série. Para chegar na escola, o garoto tinha que caminhar quase uma hora. E mui-tas vezes, para não se atrasar, saía em jejum, o que comprometia a saúde e os estudos.
As preocupações do Valdik acabaram quando o Governo criou o Pedala Piauí, que distribui bicicletas para alunos da rede pública que moram a até 4 km do local de estudo. Agora, Victor realizou o sonho de ter sua própria bike, coisa que seu pai não tinha podido comprar. Mas o que anima seu Valdik de alegria é que, agora, o garoto pode ir para a es-cola sem desassossego, fazendo o estu-do render mais. Aí, sim, Victor poderá realizar novos sonhos. Muito maiores que a conquista da primeira bike.
Victor José e sua bike, realizando sonhos agora e no futuro
Fapepi impulsionaa pesquisa de ponta
Em três anos, a Fundação de Amparo
à Pesquisa do Piauí (Fapepi) aumentou
em mais de 50% os recursos investidos
em bolsas de pós-graduação. Em 2010,
foram R$ 3,9 milhões, valor que passou para
R$ 6,0 milhões em 2013. Um dos beneficiados por
essa política de fortalecimento da pesquisa é Bruno
Alves, que, aos 24 anos, já está cursando mestrado
em Computação (UFPI). Com a bolsa da Fafepi, ele
pode se dedicar integralmente ao estudo. Para Bru-
no, a pós-graduação é fundamental na sua carreira
acadêmica e profissional. E afirma: “Receber a bolsa
fez toda a diferença”.
O apoio à pesquisa no Piauí continua, agora, com
a criação de dois novos programas que, em 2014,
vão impulsionar ainda mais a pesquisa, com inves-
timentos adicionais de R$ 3,2 milhões provenientes
de convênio do Governo do Estado com o CNPq . O
programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisado-
res vai conceder auxílio para que novos pesquisado-
res desenvolvam seu trabalho aqui mesmo no Piauí.
Já o Programa de Apoio a Núcleos Emergentes visa
estimular o desenvolvimento de pesquisas inovado-
ras, principalmente na área de novas tecnologias.
52
Escola pública que produz campeões
Izael Araújo ainda nem completou 17 anos, mas já
tem uma coleção de vitórias. E Izael acaba de ser se-
lecionado para o concorrido curso de Medicina da
Universidade Estadual do Piauí.
Antes, já havia conquistado medalhas em olimpíadas
nacionais e no Soletrando, do programa Caldeirão
do Ruck (Rede Globo). O que faz de Izael especial,
além das muitas conquistas, é o fato de estar ainda
no 2° ano do Ensino Médio de numa escola pública:
ele é aluno da escola de Ensino Médio Augustinho
Brandão, de Cocal dos Alves.
Em comum elas tinham o sonho de conhecer o mundo. E também os limites da realidade: filhas de agricultor, policial, lavrador, carpinteiro e técnico agrícola, as cinco alunas da Unidade Escolar Paulo Ferraz, em Capitão de Campos, sabiam que dificilmente poderiam realizar tal so-nho. Tudo mudou quando o Governo do Estado lançou o programa Aprender é Uma Viagem, de intercâmbio no exterior para alunos da rede pública do Ensino Médio. Apaixonadas pelo inglês e focadas nos estudos, elas concorreram e ficaram entre as primeiras colocadas na seleção de língua inglesa.
Francisca Daniele é filha de agricultor; Larissa Rocha, de um policial; o pai de Ana Flávia é la-vrador; o de Joana Rafaela é carpinteiro e Expedita Deyse é filha de um técnico agrícola. Agora, elas passarão os primeiros seis meses de 2014 nos Estados Unidos, bancadas pelo Governo do Estado.
“Essa oportunidade é única e vou aproveitar”, diz Francisca, que pretende fazer Medicina.Joana Rafaela comemora e divide a conquista com os professores e colegas de escola. “Estou feliz”, diz, mesmo reconhecendo que os pais estão um pouco apreensivos:é a primeira vez que a estudante ficará fora de casa. E será uma primeira vez muito especial, de voo alto. Um voo feito nas asas do saber.
As meninas da U. E Paulo Ferraz. De Capitão de Campos para o mundo
A escola tem se notabilizado por revelar vencedores,
não apenas nas olimpíadas de Português e Matemá-
tica, mas nos mais diversos vestibulares. Este ano,
não foi só Izael que pode comemorar a classificação
no Enem.
Outros nove alunos - todos do 3º ano - conseguiram
vagas em cursos da UFPI. Três vão cursar Química,
dois conquistaram vaga em Matemática, e os outros
quatro estão com lugar certo em Educação Física,
Biologia, Física e Farmácia. O melhor de tudo é que
a qualidade da escola pública já não é um caso iso-
lado de Cocal dos Alves: o Piauí começa a produzir
campeões em toda parte.
Ganhandoo mundonas asasdo saber
53
saúd
e
saúde
54
55
saúd
eA gente se sente bem melhor
quando ganha mais atenção
56
Já diz o ditado popular: não há bem maior que a
saúde. Para o Governo do Piauí, o ditado não é ape-
nas uma frase de efeito: é uma diretriz que deve ser
seguida para se tornar realidade na vida de todas
as pessoas. E nestes três anos, os investimentos em
Saúde possibilitaram aos piauienses um atendimen-
to rápido e eficiente em todas as regiões do Estado.
Quer dizer, a saúde de qualidade está em toda parte.
É uma mudança e tanto, que garante tranquilidade
para quem busca uma unidade de atendimento e
sempre pode contar com a atenção que conforta e
salva.
Tanta mudança é resultado de duas ações simultâne-
as. De um lado, o fortalecimento da rede de saúde
e, de outro, uma nova filosofia de ação, onde a des-
centralização se verifica na prática e contempla todas
as regiões do estado. Paralelamente, desenvolve-se
uma política de valorização dos profissionais de saú-
de, com melhores condições de trabalho e salários
dignos, condizentes com a grande tarefa de garantir
mais saúde para os piauienses.
Os investimentos realizados pelo Governo do Esta-
do nos últimos anos garantiram uma verdadeira re-
volução no sistema de atendimento à população. A
saúde, como prioridade de governo, fica patente no
aumento de recursos para o setor: em 2013, o Go-
verno do estado injetou R$ 100 milhões a mais na
saúde pública, em relação a 2012.
E as ações alcançam todos os setores, desde o re-
forço na infraestrutura, construção, reforma e apare-
lhamento de hospitais, passando pela melhoria de
laboratórios e a implementação de iniciativas que
atendem diretamente os piauienses, como a Força
Estadual da Saúde e o Samu Aéreo.
Os números falam por si, onde um dos mais repre-
sentativos é o aumento da resolutividade no interior.
Com hospitais funcionando e profissionais de saúde
sempre presentes, o piauiense pode ser atendido
mais rápido, e pertinho de casa.
Levantamento feito no carnaval de 2013 dá a medi-
da do sucesso das mudanças no setor de saúde: de
cada 100 pacientes atendidos nos hospitais regio-
nais no período carnavalesco, pouco mais de 1% foi
MAIs ATENÇÃO À sAÚdE
Atendimento de qualidade
em toda parte
57
saúd
e
encaminhado para os hospitais de Teresina. Foram
atendidas 8.755 pessoas com apenas 100 remoções.
Cidades como Oeiras e Curimatá não transferiram
nenhum paciente durante o período. Uma mudança
que não apenas melhora o atendimento no interior,
mas também desafoga o sobrecarregado sistema de
saúde da capital, em especial no HUT.
Cofinanciamento melhora a saúdeno interior
A nova dinâmica dos hospitais do interior reflete o
volume de ações realizadas pelo Governo do Estado.
As unidades de saúde foram reformadas e equipa-
das, possibilitando que os seus moradores recebes-
sem atendimento especializado e de qualidade. O
que antes só era possível em Teresina passou a es-
tar ao alcance de praticamente todos os piauienses.
Além das intervenções na rede estadual, o Governo
atuou junto aos municípios, com o cofinanciamen-
to das ações de saúde. Em 2013, o Estado repassou
voluntariamente para os municípios R$ 40 milhões,
recursos que permitem à municipalidade custear
diversos tipos de procedimentos e contribuem de-
cisivamente para melhorar a atenção ao cidadão. So-
mente Teresina recebe, a cada mês, R$ 500 mil de
repasse extra do Estado, num aporte anual de R$ 6
milhões.
Ao abraçar o cofinanciamento, o governo tornou re-
alidade um antigo sonho: fortalecimento da saúde
em todos os municípios. Porque atender mais rápi-
do e melhor os pacientes do interior do estado é a
maneira mais direta de atender bem o cidadão - e
o modo mais eficaz de minimizar a pressão sobre o
sistema de saúde da capital, agravado pelo grande
número de pacientes que são transferidos de muni-
cípios de estados vizinhos.
Os hospitais do interior ganharam novos equipamentos e hoje contam com profissionais sempre presentes
58
Também com esse objetivo, os hospitais regionais
passam por importantes transformações e, pode-se
dizer, vivem hoje uma nova realidade.
Foram investidos mais de R$ 40 milhões em Unida-
des Básicas Avançadas de Saúde (Ubas) para garan-
tir atendimento de baixa e média complexidade.
Somando-se as obras já entregues, em execução
ou em estágio de licitação, o Piauí contará com 78
Unidades, sendo 54 construções e 24 reformas com
adaptação.
As reformas de hospitais como o de Canto do Buriti
são reveladores das transformações que acontecem
na rede estadual de saúde. Lá, foram entregues as
novas instalações do Hospital Estadual Domingos
Chaves, que recebeu investimento de R$ 1,3 milhão
em obras físicas e equipamentos, melhorando a ca-
pacidade de atendimento e aumentando as possibi-
lidades de procedimentos.
Em Curimatá, através de parceria público-privada, foi
criado o Centro de Tratamento de Fabry, um tipo de
enfermidade que acomete um grande número de
moradores na região. Também em Floriano os avan-
ços chegaram, onde um exemplo é o Hemocentro,
reformado e ampliado, após investimento total de
R$ 400 mil.
UPAs garantem atendimentode emergência
O Governo do Estado também está empenhado na
melhoria do atendimento de emergência e por isso
está construindo três Unidades de Pronto Atendi-
mento (UPA) - em Floriano, São Raimundo Nonato
e Oeiras. As UPAs vão atuar 24 horas, beneficiando
pacientes com problemas como febre alta, infartos
e fraturas.
As Unidades Básicas de Saúde garantem atendimento de baixa e média complexidade no interior do Piauí
Total de Leitos de UTIs
59
saúd
eAlém de assegurar atenção rápida e eficaz, essas
unidades vão contribuir para desafogar os prontos-
socorros, sempre agindo de forma integrada com o
Samu. Outro suporte fundamental são as Unidades
de Terapia Intensiva (UTI), que o Governo do Estado
levou para o interior, mais uma garantia de atendi-
mento de qualidade fora de Teresina.
Atualmente, o Piauí conta com UTIs nos hospitais pú-
blicos de cinco cidades: Teresina, Parnaíba, Floriano,
Piripiri e Picos. São ao todo 97 leitos para tratamen-
to intensivo, número que vai saltar para 123 com a
construção de mais 13 leitos em Picos - incluindo dez
neonatais -, dez em Oeiras e três em Piripiri.
É especialmente importante o trabalho para redução
das demandas por procedimentos cirúrgicos de algu-
mas especialidades. Esse trabalho se dá, sobretudo,
através da Força estadual de Saúde, um programa
criado no ano passado que leva especialistas para ci-
dades do interior, em uma espécie de mutirão que
garante ao cidadão a cirurgia de que ele necessita.
Somente em Floriano, a primeira cidade a receber a
Força, foram realizadas 70 cirurgias em crianças. Em
Esperantina, outro município beneficiado, o progra-
ma atendeu 20 pacientes que precisavam de cirur-
gias ortopédicas. Esse reforço médico vai ser intensi-
ficado em 2014, atendendo municípios de todas as
regiões do Piauí. É uma ação inovadora, que produz
grandes resultados e veio para ficar.
O Piauí se mostra especialmente ousado com a cria-
ção do Samu Aéreo, um serviço sem similar na maior
parte dos estados brasileiros. Com o uso de aerona-
ve bimotor turbo, o programa criado no ano passado
permite que casos graves registrados no interior e
que exigem deslocamento para Teresina sejam aten-
didos rapidamente.
Os dados mostram a eficácia do serviço: cerca de
85% dos atendimentos realizados desde junho resul-
taram no salvamento dos pacientes, por assim dizer,
um trabalho que está salvando vidas voando.
O Piauí conta atualmente com 97 leitos para tratamento intensivo
Consultas e cirurgias no HGV (2011-2013)
Transplante no HGV
O prefeito de Domingos Mourão, Júlio César, como se diz por aí, está vivo para contar o drama que passou. Em fevereiro de 2013, após forte intoxica-ção por ingestão alimentar, ele pas-sou mal. Em estado crítico, foi levado para o hospital Chagas Rodrigues, em Piripiri. Foi a sorte: além de uma equipe eficiente, o hospital conta com UTI.
“Se não tivesse a UTI do hospital de Piripi-ri eu não estaria vivo. Ao chegar lá fui bem atendido pela equipe do Dr Caubi, que me medicou em tempo rápido evitando o agrava-mento do meu caso. Apresentei uma evolução rápida e hoje estou aqui para contar a histó-ria”, disse o prefeito.
UTIssalvam vidas nointerior
60
Em Teresina, o HGV fica bem melhor
O trabalho do Governo do Estado, na área da saú-
de está beneficiando Teresina duplamente. Primeiro,
porque a qualificação do atendimento no interior
reduz o envio de pacientes para a capital. Segun-
do, porque são muitas e importantes as melhorias
na rede de saúde de Teresina, em unidades como
o Hospital Getúlio Vargas (HGV), o Hospital da Polí-
cia Militar (HPM) e o Hospital Infantil Lucídio Portela
(HILP).
O Hospital Getúlio Vargas (HGV) se consolidou
como um hospital de alta complexidade e voltou
a ser referência na formação de novos profissionais
de saúde, como hospital-escola, condição que havia
perdido em 2004, mas que retomou em 2012, após
uma série de ajustes e investimentos da administra-
ção estadual.
Ser um hospital-escola é de fundamental importân-
cia para a implementação de novos serviços e per-
mitirá, por exemplo, que o HGV seja autorizado pelo
SUS a realizar procedimentos de alta complexidade,
como cirurgias cardíacas, e implementar novas resi-
dências médicas.
Medidas como uma maior utilização da capacidade
do centro cirúrgico fizeram com que o número de
cirurgias saltasse de uma média de 600 por mês, em
2012, para 800, em 2013, inclusive com a criação de
mutirões. O número de consultas praticamente do-
brou de 2011 a 2013: passou de 47.697 para 92.261,
no período.
O hospital conta com um Serviço de Diagnóstico por
Imagem que realiza, entre outros exames, ressonân-
cia magnética e tomografia. Conta com novas clíni-
cas especializadas, Laboratório de Nutrição Enteral,
e o Serviço de Hemodinâmica, que, em um ano, rea-
lizou 137 procedimentos endovasculares, tais como
angioplastia, arteriografia, cateterismo cardíaco e
embolização de aneurisma cerebral.
O HGV está agora adotando iniciativas a fim de con-
seguir o selo de Acreditação Internacional da Joint
Comission International.
Um número que traduz bem as mudanças ocorridas
no HGV é o índice de ocupação dos leitos disponí-
veis: a ocupação média é hoje de 90%, o dobro da
que existia em 2010.
Melhor equipado, o HGV tornou-se referência na formação de novos profissionais de saúde
61
saúd
eHPM, um hospital imprescindível
As transformações verificadas no funcionamento e
competências do Hospital da Polícia Militar deixam
evidente: o HPM é hoje uma unidade de saúde im-
prescindível, sobretudo como apoio indispensável
para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Os dados relativos à unidade de saúde vinculada
à PM são impactantes: em 2013, foram realizados
129.756 atendimentos em diversas áreas, inclusive
cirurgias que ajudam a desafogar o HUT. A cada dia,
o hospital de urgência envia para o HPM uma média
de 20 pacientes com demandas cirúrgicas, a maior
parte para realização de procedimento ortopédico.
Sem esse suporte, o hospital do município seria um
caos absoluto.
Em alguns meses, o Hospital da Polícia Militar che-
gou a realizar mais de 700 cirurgias. Dos 99 leitos do
hospital, 74 são destinados exclusivamente ao Siste-
ma Único de Saúde.
O HPM foi, recentemente, incluído na Rede de Aten-
ção às Urgências e Emergências, tornando-se um
hospital de retaguarda, com o objetivo de potenciali-
zar a organização da rede e qualificar o atendimento
à população usuária do SUS, podendo então dispo-
nibilizar leitos clínicos de retaguarda para pacientes
de média complexidade.
Vale destacar ainda que o HPM é hoje um centro de
excelência em Odontologia, referência para o servi-
dor estadual. Outra especialidade com um grande
número de atendimento é a patologia clínica. O hos-
pital conta com laboratórios modernos, uma ala de
fisioterapia e ainda com o Núcleo de Equoterapia.
Hospital Infantil sem filas
O Governo do estado promoveu uma importante re-
forço de estrutura e aquisição de novos equipamen-
tos no Hospital Infantil Lucídio Portela. A mudança
produziu grandes resultados imediatos na atenção
ao seu público, pacientes de 0 a 16 anos. Talvez o
mais significativo diz respeito às filas para realização
de cirurgias, que praticamente deixaram de existir.
Hoje, o HILP faz busca ativa, para que as demandas
cirúrgicas não se acumulem.
Outra ação que é desenvolvida regularmente para
O HPM conta com laboratórios modernos que viabilizam o atendimento junto à população
evitar uma nova lista de pacientes aguardando o
procedimento é o mutirão de cirurgias. Esse traba-
lho assegura uma média elevada desses procedi-
mentos: são 200 cirurgias mensais.
Entre elas está a até então inédita Nefrolitotripsia
Percutânea, indicada para cálculo renal ou litíase,
que só foi possível após a aquisição de modernos
aparelhos para operações no aparelho urinário. No
total, o Hospital Infantil, faz a cada ano, cerca de 200
mil atendimentos, cirúrgicos ou não. Esse número é
seis vezes maior que o verificado há poucos anos.
E o que ficou bom ficará ainda melhor. O Hospital
Infantil conta hoje com 86 leitos, sendo nove de
UTI. O projeto de ampliação elevará esse número
para 126 leitos, sendo 29 para tratamento intensivo.
A abertura de novos leitos na
rede estadual em Teresina
vai ocorrer com a
Nova Maternida-
de, a ser cons-
truída na Av.
Presidente
Kennedy,
nas proxi-
midades
do Zoo-
botânico.
Serão 326
novos
leitos, além
de condi-
ções novas que
vão atender às ne-
cessidades de uma
nova unidade
de saúde
neste
setor. O aumento de leitos não se resume à Nova
Maternidade.
O Governo está com uma série de editais para a con-
tratação de obras de construção, reforma e amplia-
ção de unidades de saúde. Nestes próximos anos, o
Piauí vai contar com 900 novos leitos na rede pública.
Uma garantia a mais de bom atendimento para os
piauienses.
Laboratórios melhorame ampliam serviços
O Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (La-
cen) multiplicou o número de exames realizados e
implantou, nos últimos três anos, uma série de ser-
viços. O Laboratório de Investigação de Paternida-
de (DNA), por exemplo, realizou, em 2013, mais de
2.200 laudos a pedido do Tribunal de Justiça ou da
Defensoria Pública, ajudando a identificar pais e seus
respectivos filhos.
Os exames de pré-natal em papel filtro, implanta-
do no final do ano passado, ajudam as gestantes a
descobrir futuras doenças de seus bebês. O Lacen
também instalou, no último triênio, os laboratórios
de Diagnóstico Molecular das Hepatites B e C, de
Rotulagem e Microscopia de Alimentos, além de au-
tomatizar os laboratórios de Imunologia, Microbio-
logia, Micobactéria da Tuberculose e implantou o
diagnóstico das Hemoglobinopatias.
Com as melhorias do Laboratório Central, o Piauí
passa a ser o único estado do Nordeste habilitado
pelo Ministério da Saúde a realizar exames da fase 3
na triagem Neonatal.
Isso quer dizer que agora pode ser feito um núme-
ro maior de exames, bem mais complexos, capazes
de diagnosticar a existência de doenças mais graves.
Antes, esse atendimento era impensável na rede pú-
blica. E no Nordeste, só os piauienses podem contar
com esse serviço em um laboratório público.
Quanto à Assistência Farmacêutica da Secretaria de
Saúde, a regularidade do atendimento e o controle
de estoques assegura a devida atenção aos pacien-
tes: há mais de dois anos não falta remédios para os
62
saúd
e
63
pacientes que possuem doenças que precisam de
medicamentos de alto custo, cujo valor é pago pelo
Estado. Em 2011, cerca de 10 mil pessoas eram aten-
didas pela iniciativa, e em 2013, o número teve um
aumento de 30%. Do total de atendimentos, 12%
são pacientes renais; 10% pacientes com Asma;
10% pacientes com Alzheimer; 10% pacientes com
Parkinson e 10% pacientes com Acne. A estrutura
O Lacen é o único laboratório do Nordeste habilitado para realizar exames da fase B na triagem Neonatal
Todo esse trabalho que gera bons resultados não seria possível sem uma atenção adequa-da aos recursos humanos da área de saúde. Hoje, o Estado conta com profissionais mais qualificados, devidamente contratados nos quadros do Estado e valorizados. Os novos contratados superaram concorridos concursos, o que garante o acesso por mérito e o bom nível dos servidores. Por isso mesmo, o Governo do Piauí realizou, em 2012, um dos maio-res concursos para a Saúde.
Dessa seleção, foram chamados 545 servidores. Mas o número de contratados é bem maior: foram nomeados 898 novos servidores para a Saúde, aí relacionados todos os que foram aprovados no concurso de 2009. O estado também se preocupou em investir na carreira profissional de seus servidores. Em pouco mais de dois anos, o salário de um médico plan-tonista, por exemplo, saltou de R$ 4 mil para R$ 7 mil.
A Secretaria Estadual de Saúde vem desenvolvendo parcerias com instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), Hospital Sírio-Libanês, FioCruz e UFPI, o que já possibili-tou a pós-graduação de 180 profissionais efetivos do quadro do Estado.
da Assistência Farmacêutica compreende uma Far-
mácia central, localizada na Rua 24 de Janeiro, 124,
Centro de Teresina, além de oito unidades descen-
tralizadas, espalhadas por oito municípios: Floriano,
Campo Maior, Piripiri, Oeiras, Parnaíba, Picos, São
Raimundo Nonato e Bom Jesus. Atualmente, estão
disponíveis 136 medicamentos que atendem 110
enfermidades.
Concursospúblicosmudam a Saúde do
Piauí
64
O dia 25 de outubro de 2013 jamais será esquecido pela mãe do pequeno Heitor Gabriel, a dona de casa Iraildes Ferreira. Nessa data, foi realizada a tão esperada cirurgia do garoto, que possuía uma cisto na perna. O procedimento foi o primeiro a ser realizado pela Força Estadual da Saúde em Floriano.
“Meu filho me dizia que só tinha medo da injeção. Os médicos cuidaram tão bem dele. Tudo deu certo. Eu sou agradecida pelo trabalho dessas pessoas enviadas por Deus”, disse. Os primeiros atendimentos da Força Estadual da Saúde em Floriano resultaram em mais de 70 cirurgias, todas em crianças.
Uma ‘Força’
que acaba longas esperas
A Força Estadual da Saúde realizou mais de 70 cirurgias em crianças somente no município de Floriano
Salários dignos também mudam a saúde
Médica da rede pública de saúde do estado desde
1991, a doutora Lúcia Santos presenciou um mo-
mento histórico em sua carreira: o reajuste de 100%
do salário da categoria, concedido pelo governador
Wilson Martins no final de 2012. O aumento foi divi-
dido em três parcelas e será concluído em novembro
deste ano.
Hoje, como presidente do Sindicato dos Médicos do
Piauí, Lúcia Santos ressalta a importância do feito. “A
valorização da classe médica incide diretamente na
qualidade da saúde pública e garante dignidade aos
profissionais que se motivam para continuar aten-
dendo pela rede pública”, destaca. Essa valorização
alcançou também profissionais de saúde não-mé-
dicos, beneficiados com reajustes diferenciados e o
Plano de Cargos há muito sonhado.Drª Lúcia Santos: valorização do médico melhora saúde pública
65
saúd
e
O sargento da PM, Emiliano José Reis, da Força Tática em Parnaíba, fazia seu exercício di-ário, em agosto passado, quando de repente sentiu uma forte dor no peito. Foi levado para o Hospital Dirceu Arcoverde, onde fez um eletrocardiograma, que revelou o problema: um infarto, o que exigia procedimentos mais sofisticados. Era preciso ser transferido para Tere-sina. E aí entrou o Samu Aéreo para salvar sua vida.
O próprio médico do Hospital de Parnaíba acionou o Samu, a aeronave foi imediatamente des-locada para o litoral e logo o paciente era transportado para Teresina, de forma rápida e segura. Em poucas horas, o sargento estava operado e fora de perigo. Emiliano tem certeza: sem a rapidez do Samu Aéreo e o bom atendimento dos profissionais, sua história poderia ser diferente.
Emiliano, salvo pela ação rápida e eficiente do Samu Aéreo
Samu Aéreo,
salvando vidas
voando
66
O CEIR ganhou novos equipamentos e investimentos, ampliando sua capacidade de atendimento
Com apoio do Governo,CEIR fica ainda melhor
Uma referência em saúde em Teresina, o CEIR - clí-
nica de reabilitação para pessoas com deficiência
- está cada vez melhor. Esse avanço é resultado do
compromisso do Governo do Estado.
Desde 2011, o CEIR ganhou novos equipamentos,
como um sofisticado laboratório de diagnóstico
por imagem que permite, inclusive, a prestação de
serviços para terceiros. Os segurados do Iapep, por
exemplo, agora podem dispor desses serviços de
última geração. Criado em 2012, o CEIR Móvel am-
pliou a presença desses serviços especiais, que ago-
ra podem chegar a toda parte do Estado.
Esse trabalho tão especial é reforçado com o aumen-
to de receita: o repasse mensal feito pelo Governo
do Estado, que há três anos passou de R$ 150 mil
para R$ 380 mil, em agosto de 2013, tornou a ser
aumentado, passando para R$ 430 mensais.
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infraestrutura e mobilidade urbana
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Um passoa mais para quem vai
ao encontro do futuro
70
Em apenas 15 anos, a frota de veículos no Brasil cres-
ceu quase três vezes. No caso do Piauí, entre 1998 e
2013, esse aumento foi de mais de quatro vezes. A
expansão da frota de veículos é apenas um dado nas
mudanças dos perfis demográfico, social e econô-
mico verificadas nas últimas décadas, sem que hou-
vesse uma ação de governo capaz de acompanhar
essas transformações - o que produziu um caos em
cidades de todo porte. Mas aqui no Piauí, há uma
nova realidade em construção, com intervenções na
malha viária que estão produzindo um novo perfil
para nossas cidades e melhores condição em termos
de transporte rodoviário.
Uma medida dessas transformações é a cidade de
Teresina, atualmente recebendo um conjunto de
obras de mobilidade urbana, que faz a cidade se re-
encontrar com os novos tempos e abre horizontes
largos para a capital piauiense.
No caso das rodovias, o Piauí, hoje, se posiciona
como um dos melhores estados do país quanto ao
cuidado com as estradas. As boas rodovias estão
interligando todas as regiões do estado e trechos
estratégicos estão sendo concluídos, gerando con-
dições especiais para quem trafega por nossas rodo-
vias e também criando oportunidades para a atração
de novos negócios.
Como já virou um jargão, pode-se dizer: as estradas
estão feitas. E bem feitas.
Essa mudança está diretamente associada a uma
nova diretriz de Governo, em que ficou proibida a
pavimentação de estradas com revestimento asfálti-
co simples. Agora, a maior parte das estradas recebe
revestimento duplo, que custa um pouco mais, po-
rém garante maior segurança e dura bem mais.
Em outros casos - onde a demanda de tráfego é
muito alta ou há a presença de veículos pesados -,
o cuidado é ainda maior: a determinação é que se
use revestimento tipo CBUQ ou AAUQ, métodos de
asfaltamento a quente que dura ainda mais que o
revestimento duplo. O novo Rodoanel de Teresina
é um exemplo desse tipo de cuidado: a pista tem
padrão BR, com base reforçada e pavimentação a
quente. A mesma preocupação norteia a construção
da Transcerrados, obra fundamental para o desen-
volvimento do extremo-sul piauiense.
INFRAEsTRUTURAE MObILIdAdE URbANA
Um novo perfil para
as nossas cidades
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Estradas de qualidade de norte a sul
As ações do Governo do Estado no setor de infraes-
trurura de transporte estão assegurando uma nova
configuração ao Piauí. Aí pode ser relacionada a re-
forma dos aeroportos de Parnaíba, Floriano e Picos,
bem como a conclusão do terminal do aeroporto de
São Raimundo Nonato - a ser entregue neste primei-
ro semestre.
Também deve ser listado o novo projeto do porto
de Luís Correia - totalmente redimensionado e pron-
to para licitação -, assim como o projeto da hidrovia
do Parnaíba, que tem os estudos de batimetria em
curso. Mas é a infraestrutura rodoviária que vem pro-
movendo importante mudança de expectativas para
o Piauí, pela qualidade e o volume de obras. A lista
de ações inclui grandes e pequenas estradas, muitas
já concluídas e outras próximas da conclusão, que
estão mudando o perfil econômico e social de todas
as regiões.
O asfaltamento do trecho que liga Gilbués a Santa Filomena é a concretização de um sonho de muitas gerações
Nos cerrados, a região de maior produção agrícola
do Piauí e a terceira do Nordeste, as mudanças estão
à vista. O asfaltamento da BR 235, de Gilbués a Santa
Filomena, é uma realidade: dos 130 km do trecho,
mais de 90 já estão prontos, concretizando o sonhos
de muitas gerações.
Outro grande sonho, o asfaltamento da Transcerra-
dos, também está se transformando em realidade.
O projeto completo é de 340 km. O Governo está
realizando a primeira etapa, de 117 km, dos quais 50
km ficarão prontos ainda no primeiro trimestre deste
ano. A Transcerrados, em seu trajeto inicial, terá liga-
ções com a Perimetral Sul, cujas obras estão come-
çando em Uruçuí, e com a PI 262, que liga a BR 135 à
nova rodovia, através da Serra do Quilombo.
São obras que se completam e criam um mapa to-
talmente novo nos cerrados, assegurando as condi-
ções há muito cobradas pela região para impulsionar
o desenvolvimento econômico e social.
As demais regiões do Piauí também foram integra-
das a esta nova configuração. No Médio Parnaíba,
por exemplo, além da ligação Palmeirais-Amarante,
o governo asfaltou o trecho Agricolândia-São Pedro
do Piauí.
Hoje, quem vai à cidade de Agricolândia e quer ir
mais para o Sul não precisa retornar à Estaca Zero. É
só seguir em frente.
No semiárido, municípios que viviam isolados estão
integrados por asfalto, como Campinas do Piauí, Flo-
resta, Wall Ferraz e Santa Cruz do Piauí, esta última
também ligada a Oeiras por uma nova estrada.
A cidade de Landri Sales já está ligada a BR 135,
próximo a Bertolínia, e a PI 240 – em obras – vai
completar a ligação Marcos Parente-Antônio Almei-
da-Uruçuí, criando um novo corredor para a região
dos cerrados.
A ação do governo também foi determinante para
a conclusão do asfaltamento da rodovia BR 135, no
trecho entre Bertolínia e Elizeu Martins.
Jatobá, Sigefredo Pacheco, Alto Longá, São João da
Serra, Baixa Grande, São Miguel da Baixa Grande,
Prata do Piauí, Isaías Coelho, Vera Mendes, Itainópo-
lis, Belém do Piauí, Caridade e Curral Novo são ou-
tras, entre muitas cidades, que ganharam asfalto de
qualidade nos últimos anos.
Mobilidade urbana modernizanossas cidades
Se as estradas mudam a dinâmica nos municípios
piauienses, as obras de mobilidade urbana têm efei-
to ainda mais poderoso no perfil das cidades.
Na prática, as obras realizadas pelo Governo do Es-
tado estão recuperando um enorme tempo em que
ações visando à modernização urbana foram deixa-
das em segundo plano.
Ocorre que a dinâmica econômica e social das últi-
mas décadas exigia adequação das cidades aos no-
vos tempos, sobretudo no que diz respeito à mobi-
lidade. Obras que se arrastavam foram retomadas e
aceleradas pelo Governo.
É o caso da ponte de Luzilândia, com 380 metros de
extensão. Essa é uma realização de grande importân-
cia não apenas para o município como para toda a
região norte do estado. Para a conclusão da ponte, o
Estado está investindo R$ 8,7 milhões.
A construção de rodoanéis tornou-se uma marca do
atual Governo. São nove obras que vão produzir efei-
tos importantes, especialmente no enfrentamento
ao caos do trânsito. O município de Picos, um dos
mais importantes entroncamentos rodoviários do
Nordeste, é bem um retrato dessa necessidade: para
se passar pela cidade, leva-se muitas vezes mais de
Transcerrados, obra em ritmo acelerado que amplia opor-tunidades para quem trabalha e produz
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uma hora, diante do estrangulamento urbano. Tudo
muda com as obras que o Governo do Estado realiza
na cidade. Logo na entrada de Picos, será construído
um viaduto, na interseção da BR 316 com a Av. Getú-
lio Vargas e será feito o alargamento de duas pontes,
ambas sobre o Rio Guaribas.
Haverá ainda intervenção na Ponte Mestre Raimun-
do Duarte, assim como a pavimentação de diversos
bairros, somando 31 km de ruas. Chegar e sair da
cidade ficará mais fácil pela reabilitação das ligações
para os povoados Torrões e Tabatinga (extensão de
19 km) e o asfaltamento de 12 km para o povoado
Gameleira. O investimento nas ações de mobilidade
urbana apenas em Picos chega a R$ 47,24 milhões.
Dos nove rodoanéis projetados, dois já foram inau-
gurados. Um deles é o que faz a ligação da cidade
de Inhuma com a BR 316.
Outro é o de União, que cria um ramal de ligação
dos segmentos sul (para Teresina) e norte (para Mi-
guel Alves) da PI 112, sem a necessidade de entrar
na área urbana da cidade. Estão em construção os
rodoanéis de Parnaíba, Luzilândia, José de Freitas,
Barras, Esperantina, Canto do Buriti e Bom Jesus. A
extensão somada dessas sete obras é de 46,1 km,
implicando investimento da ordem de R$ 38 mi-
lhões.O conforto das cidades também passa por pa-
vimentação adequada e o Governo está investindo
em 31 municípios. Esse programa vai resultar num
investimento de R$ 101,7 milhões e no asfaltamento
de 289 km de ruas.
Paulista e carregando cargas para todo o Brasil, o cami-nhoneiro Oscar Leopoldo muitas vezes não tem como escolher o destino, tampouco os caminhos. Mas quando seu trabalho o traz ao Piauí, ele fica feliz.
“Quando a gente chega ao Piauí, a gente comemora. É difícil encontrar um estado com tanta estrada asfaltada e pouco buraco. O problema é só quando chegamos na Trans-cerrados. Mas estou com fé: vendo todo esse maquinário aqui, dá para acreditar que vamos ganhar mais uma estrada asfaltada, das boas. Dá gosto passar por aqui”, diz.
73
Com pressa para chegar
ao Piauí
74
Com a duplicação das BRs 343 e 316, o Governo reduzirá os engarrafamentos em horários de pico
Obras ajudam a construir uma novaTeresina
O Governo do Estado está presente em todo o Piauí,
com obras que alcançam os mais diversos setores.
Mas é em Teresina onde a ação do governo é mais
visível e com grande impacto na vida da cidade. São
ações que recolocam a capital em sintonia com as
transformações das últimas décadas e ajuda a abrir
horizontes para um futuro ainda mais promissor.
Somadas às ações nas diversas áreas, o Governo
desenvolve, em Teresina, um programa de obras ao
redor de R$ 1 bilhão. Cerca de metade das ações
dizem respeito às obras de mobilidade urbana, a
maior parte executadas com recursos próprios. So-
mente a modernização e expansão do metrô implica
um investimento de R$ 130 milhões, onde há a deci-
siva participação da União.
A esse projeto se soma a revitalização do trecho fer-
roviário Teresina-Timon, investimento de R$ 35 mi-
lhões. O montante de intervenções na mobilidade
urbana com recursos próprios é superior a R$ 300
milhões, em obras como o Rodoanel, pontes, viadu-
tos e duplicação das BRs de acesso à capital.
Todas essas obras se mostram de importância vital
para Teresina, assegurando novas condições para a
mobilidade das pessoas no dia a dia. Tal importância
já tinha se revelado com a construção da ponte do
Mocambinho, inaugurada ainda em 2011. Realizada
com investimento da ordem de R$ 22 milhões (recur-
sos do Tesouro Estadual), a ponte beneficiou direta-
mente a uma população superior a 100 mil pessoas
que moram na área da Santa Maria da Codipi, Jacin-
ta Andrade e Pedra Mole, além do próprio Mocambi-
nho e Santa Sofia. Impacto maior terão, certamente,
as obras em curso.
É o caso da Ponte do Meio, entre as duas já exis-
tentes na ligação da Frei Serafim com João XXIII. O
investimento, com recursos próprios, é de R$ 18,5
milhões. Mas o que precisa ser destacada é a impor-
tância dessa obra para o trânsito da capital, já que o
corredor João XXIII/Frei Serafim é o que tem maior
fluxo de veículos na cidade. A inauguração está pro-
gramada para este primeiro semestre.
Duas outras travessias sobre o Rio Poti estão em fase
de execução: a Ponte Nova da Ilhotas e a que vai
conectar o rodoanel com a BR 316. Esta última fica
concluída já neste primeiro trimestre de 2014 e a da
Ilhotas estará concluída até o final deste ano. Três via-
dutos estão programados, um deles - o da Miguel
Rosa-Sul, nas proximidades do Pavilhão de Eventos,
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75
Principal obra de mobilidade urbana da capital, o Rodoanel de Teresina vai retirar 5 mil veículos da zona urbana da capital
- já recebeu a ordem de serviço. Os outros dois, am-
bos da Av. João XXIII (um na ligação com a Kennedy
e outro no cruzamento com N. S. de Fátima), serão
iniciados este ano. Será construída a ligação entre as
avenidas Gil Martins e Getúlio Vargas, no prolonga-
mento da Av. Barão de Castelo Branco, passando ao
lado do estádio Albertão até o balão de acesso ao
Morada Nova.
Esse trabalho está sendo feito em estreita parceria
com a Prefeitura de Teresina. O Governo também vai
asfaltar as ruas de cinco bairros da capital, implican-
do pavimentação de 50 km. Os bairros beneficiados
são o Dirceu, Mocambinho, Vila Santa Bárbara, Vila
Irmã Dulce e Parque Eliane.
Rodoanel e duplicação de BRscriam nova dinâmica
Outra intervenção de grande importância é a dupli-
cação das BRs 316 e 343, que vai assegurar a Teresi-
na um novo fluxo nas saídas da cidade, enfrentando
os engarrafamentos que, no caso da saída sul, são
diários. O investimento das duas intervenções urba-
nas é de R$ 101,2 milhões. Será construído ainda o
Ramal Oeste, uma extensão do Rodoanel que vai se
ligar à rodovia que dá acesso a Nazária.
É precisamente o Rodoanel a obra que, muito prova-
velmente, vai promover a maior dinâmica na capital.
A ligação de 28 km entre as BRs 343 e 316 vai permi-
tir que mais de 5 mil veículos deixe de passar, a cada
dia, pela área urbana da capital.
Só isso já seria um grande ganho, melhorando o
trânsito e a qualidade de vida. Mas o que o Rodo-
anel - um investimento de R$ 97,1 milhões - começa
a viabilizar é o surgimento de um novo polo de de-
senvolvimento. Os terrenos na área se valorizam e já
estão em estudos diversos projetos empresariais, em
setores tão diversos como logística, habitação, distri-
buição de combustíveis e restaurantes.
Esse potencial se mostra mais forte tendo em vista
a perspectiva do Centro de Eventos, a ser construí-
do nas proximidades do Parque de Exposição, na BR
343, e do futuro aeroporto da capital, que poderá se
localizar nas proximidades desse novo corredor de
transporte, que estará pronto ainda este semestre.
A soma de ações desenvolvidas pelo governo do Es-
tado cria um novo perfil para as nossas cidades: mais
moderno, mais dinâmico e ajustado aos novos tem-
pos. Cria também muitas oportunidades. Teresina é
a demonstração viva dessa nova realidade que está
presente no Piauí inteiro.
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David Pereira conhece bem o sul do Piauí. Aos 73 anos, esse caminhoneiro baiano passou boa parte da vida subindo e descendo a serra das Guaribas, transportando máquinas para as fazendas de Santa Filomena, no Piauí, e de Luís Eduardo, na Bahia. Ele, que quase já tinha perdido as esperanças, de repente viu o coração se encher de alegria, com a construção da estrada de Gilbués a Santa Filomena.
“Desde que se falou na exploração dos Cerrados do Piauí ando por aqui. A estrada era muito ruim: quando não se atolava na lama, era na puaca! Quando vi o asfalto, não me contive e falei:
Meu Deus, não acredito, é um sonho!” David Pereira, que pretende seguir com a carreira por mais alguns anos, reconhece que o benefício que a BR 235 traz para a região é muito grande. “Quando es-tiver concluída, teremos uma rodovia de qualidade e muito bonita, oferecendo mais segurança para o nosso trabalho. É o mesmo que mudar da água para o vinho”.
David: construção da estrada concretizou antigo sonho
Agespisa investe R$ 360 milhõesno interior
O Governo repensa as nossas cidades também no
que diz respeito ao saneamento, que é outra for-
mar de incluir pessoas e levar qualidade de vida.
E a Agespisa está investindo muito, ainda mais de-
pois do profundo ajuste administrativo de 2012, que
deu novo fôlego à empresa. Com mais capacidade
operacional, a Agespisa investe na capital e no inte-
rior. Somente no interior, são R$ 360 milhões em 30
projetos, tanto de abastecimento d’água como em
esgotamento sanitário. Em Teresina, diversas ações
pontuais estão sendo realizadas para atacar a falta de
água em pontos específicos. Mas a grande medida é
a construção da Estação de Tratamento de Água da
Santa Maria da Codipi. A obra, já iniciada, vai aten-
der uma população de mais de 100 mil pessoas, que
hoje sofre com abastecimento precário ou mesmo
inexistente. Apenas na nova ETA, o Governo está in-
vestindo R$ 39,9 milhões. A construção de novas ETAs ampliam a oferta de água
Gilbués-Santa Filomena, um sonho realizado
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desenvolvimentorural e inclusão
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As pessoassão o centro das atenções,na cidadee no campo
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O Piauí é, nestes primeiros anos da segunda década
do século XXI, um case de sucesso. Um exemplo a
ser visto, analisado e copiado. Desde 2011, o estado
se transformou em campeão de inclusão social, reti-
rando da extrema pobreza um número recorde de
pessoas, dando a elas melhores condições de vida,
dignidade e cidadania. Em apenas três anos, o Piauí
saiu do patamar de 22% da população na miséria,
baixando esse índice para menos de 5%, com a pers-
pectiva de chegar ao final de 2014 com menos de
3% da população em tal situação.
O que já se conquistou nesses três é extraordinário:
quase 600 mil piauienses deixaram a pobreza extre-
ma, número espetacular, sobretudo, para um perío-
do tão curto.
A explicação para avanço tão expressivo no combate
à pobreza contempla vários fatores, incluindo políti-
cas nacionais de proteção social. O Piauí, no entanto,
foi mais além, a começar pela criação do programa
Mais Viver, que mantém uma atuação alinhada com
o Brasil Sem Miséria e agrega outras ações específi-
cas no Estado, onde tem lugar de destaque o con-
junto de ações no fortalecimento da economia rural,
em especial no apoio aos pequenos produtores e
agricultores familiares.
O Mais Viver mantém três eixos centrais de atuação:
proteção social, acesso aos serviços púbicos essen-
ciais e inclusão produtiva.
Um campo em que o Piauí avançou de forma im-
pressionante foi na oferta de serviços públicos cada
vez mais qualificados, atendendo uma diretriz de go-
verno que valoriza o funcionalismo, incentiva o me-
lhor rendimento e cria as condições para que esses
serviços cheguem ao maior número de pessoas.
No caso da saúde, por exemplo, esse empenho fez
com que as unidades de saúde pública em todo o
Estado passassem a contar com melhores equipa-
mentos e profissionais sempre presentes e estimula-
dos – onde a melhor remuneração é certamente um
fator fundamental.
Hoje, o atendimento de saúde nos hospitais de todo
o Estado garante acesso a um serviço essencial, sem
o que não se pode falar plenamente em inclusão,
tampouco em cidadania. O mesmo ocorre com o
dEsENVOLVIMENTORURAL E INcLUsÃO
Inclusão de pessoas através da
produção
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setor de educação: hoje, o Piauí é um modelo para
o Brasil, pelo avanço em todos os níveis educacio-
nais, desde o combate ao analfabetismo até o ensi-
no superior. Indicadores divulgados nesses últimos
anos, como a avaliação do PISA – em que o Piauí foi
o estado que mais evoluiu -, mostram os avanços da
educação piauiense. Mais que tudo, mostram que a
educação de qualidade está cada vez mais ao alcan-
ce de todos, outro fator de inclusão.
Economia cresce e melhora a vidadas pessoas
Tudo isso se reflete em outras conquistas dos
piauienses, inclusive no desenvolvimento econômi-
co. Casos como a Vikstar, empresa de call center ins-
talada em Teresina, revelam que a educação é fator
de desempenho econômico: a Vikstar do Piauí vem
se destacando com um do melhores desempenhos
do Brasil em seu setor e o bom nível educacional dos
O estímulo à produção é um dos instrumentos para a inclusão de pessoas
seus 2.000 colaboradores. De uma maneira em geral,
os avanços econômicos são um primeiro passo para
a redução das desigualdades, desde que acompa-
nhados de uma política distributiva com ações que
contemplem o maior número de pessoas. Essa tem
sido a linha seguida pelo Piauí, que cresce acima da
média do Nordeste e do Brasil.
O Piauí cresceu quase duas vezes e meia a média
do Brasil, conforme o último desempenho do PIB di-
vulgado oficialmente pelo IBGE: 6,1% contra 2,7%. E
esse desempenho positivo se espalhou pelo Estado,
como mostra o crescimento de 44,2% no setor agro-
pecuário.
Daí, o objetivo fundamental do atual Governo do Es-
tado é o seguinte: crescer, e permitir que o maior
número possível de piauienses tenham acesso aos
frutos desse crescimento. É por esse entendimento
que o Governo tem especial dedicação à chama-
da inclusão produtiva, que permite ao cidadão ter
82
A profissionalização no campo ganha força com o fortalecimento das escolas agrotécnicas
a possibilidade de criar as próprias condições de
sobrevivência, a partir de atividades empreendedo-
ras e processos produtivos mais substantivos, com o
suporte de conhecimentos e técnicas que levam a
melhores resultados, com a geração de renda que
traz o bem-estar.
O Mais Viver é parte dessa política inclusiva, conec-
tando ações de diversos órgãos do Estado, levan-
do especialmente aos piauienses do campo novos
instrumentos para a conquista de uma vida melhor.
Assim, nas ações de inclusão produtiva está a quali-
ficação técnica, papel desempenhado com grande
sucesso pelas escolas profissionalizantes, as escolas
agrotécnicas e, principalmente, os cursos ofertados
a grupos específicos, como os que orientam sertane-
jos a ganhar a vida com a piscicultura. Outras ações
do governo, como a oferta de microcrédito pela
Agência de Fomento, também se integram a esse
esforço de transformação social a partir da atividade
econômica.
Planos de negócios para mudar a vidano semiárido
O Mais Viver Semiárido cuida da inclusão produti-
va, com dedicação especial à diretriz de criar as con-
dições para que o produtor familiar do semiárido
piauiense possa viver dignamente e através de sua
própria inciativa.
O programa nasceu com a assinatura de protocolo
pelo Governo do Estado e o Fundo Internacional
para Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), agên-
cia ligada às Nações Unidas. O acordo implica o in-
vestimento de 40 milhões de dólares (cerca de R$
90 milhões), incluindo a participação do FIDA, da
União, de associações e Governo do Piauí. Os recur-
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sos serão investidos em Planos
de Negócios voltados priorita-
riamente para a agroindús-
tria, onde a presença do
produtor familiar se dá
através de associações
que os congregam.
As discussões para ins-
talação dos 10 primeiros
projetos estão acontecendo nas
regiões de Picos, Paulistana, São
Raimundo Nonato, Valença e Oeiras.
O primeiro Plano foi concretizado neste início de
2014, precisamente, em Oeiras, reunindo 40 famí-
lias. A meta global do Mais Viver Semiárido é bene-
ficiar 22 mil famílias – ou cerca de 100 mil pessoas
–, em um processo que reforça a inclusão produtiva
e ajuda o Piauí a buscar o objetivo principal, que é
zerar a pobreza extrema.
O programa estará presente, de início, nos Territórios
de Guaribas, Vale do Sambito, Vale do Rio Canindé
e Serra da Capivara. Com ações articuladas e bem
orientadas, o Mais Viver Semiárido terá grande capa-
cidade de melhorar a vida das pessoas, já que estará
desenvolvendo arranjos produtivos tradicionais, com
o aporte técnico e financeiro, fazendo que os resulta-
dos sejam bem melhores, aumentando a renda das
famílias e elevando a qualidade de vida.
A preocupação com qualificação dos participantes
dos projetos leva à integração de distintos órgãos
do Estado. Capitaneado pela Secretaria do Desen-
volvimento Rural (SDR), o programa terá ainda três
parceiros fundamentais: a Secretaria de Educação,
que levará ações formativas contextualizadas para a
convivência com o semiárido; o Emater, que auxiliará
as comunidades rurais com a elaboração dos planos
de negócios e assistência técnica e a Secretaria do
Trabalho, que estimulará a visão empreendedora. A
ênfase na agroindústria não afastará as famílias das
atividades tradicionais. Muito pelo contrário, refor-
ça setores como apicultura, cajucultura, piscicultura,
mandiocultura, caprinovinocultura, além do artesa-
nato e pequenas irrigações.
Piauienses enfrentam a seca emnovas condições
A transformação econômica e social no semiárido
passa necessariamente pela possibilidade de enfren-
tamento dos efeitos perversos da seca sobre a vida
das pessoas. E, nestes anos de grave estiagem, o Go-
verno do Estado atuou no sentido de fortalecer a in-
fraestrutura hídrica para o futuro e também oferecer
medidas que atenuassem os efeitos da seca atual.
Uma das iniciativas teve como objetivo a instalação
de 270 sistemas de abastecimento d’água, alcan-
çando cerca de 8 mil famílias. Essa ação se completa
com programas de distribuição de água, recupera-
ção de poços e construção de cisternas. Somente
através da SDR, é de R$ 18 milhões o investimento
para construção de 5.548 cisternas, número que se
multiplica através do trabalho do Emater.
Com importante impacto na capacidade de convi-
vência com a seca, o governo levou a cabo os pro-
jetos de 320 barragens de acumulação, 185 delas
já entregues e outras 135 em fase de construção.
Cada barragem tem capacidade para acumular 16
milhões de litros, utilizados para o consumo humano
e também para os cuidados com os animais. Essas
obras estão localizadas no semiárido, sobretudo na
área do cristalino, onde a acumulação de água de
superfície é fundamental para o enfrentamento das
consequências da pouca chuva.
84
A enxada era o ganha pão do senhor Nilo da Silva, 44 anos, da cidade de Pio IX. Mas o tra-balho na agricultura de subsistência rendia pouco. Se já estava difícil manter a família, fi-cou pior com os sucessivos anos de seca. Foi aí que Nilo soube do projeto do governo de in-centivar a piscicultura nas grandes barragens do Estado.
“Participar desse projeto é muito significativo. Agora, sentimos que tem um caminho melhor para seguir, para viver melhor”, afirma. Ele agora tem pescado para comer e vender. “Es-tou gostando muito do projeto. Então, eu espe-ro ganhar um bom lucro com a comercializa-ção do peixe que estamos criando”, comenta o pescador. Na região, são cerca de 10 famílias beneficiadas diretamente pelo projeto.
Nilo deixou a enxada e ganha a vida com a pesca
A boatroca da
enxada pela pescaria
A construção de adutoras é outra ação com impor-
tante função, levando água dos principais reserva-
tórios para áreas com dificuldades de abastecimen-
to. O acumulado desses três anos já chega a quase
2.500 km de adutoras. Uma das obras referenciais é
a adutora de Piaus, com 111 km, e que atende os
municípios de São Julião, Fronteiras, Pio IX, Vila Nova
do Piauí e Campo Grande.
Uma nova obra, a adutora de Bocaina/Piaus II, vai
completar a atenção às populações da região. A
construção, autorizada no segundo semestre de
2013, vai implantar 85 km de tubulação, levando
água das barragens de Bocaina e Piaus para cerca
de 120 mil pessoas nos municípios de Bocaina, Sus-
suapara, Alagoinha do Piauí e localidades no muni-
cípio de Picos.
Outra região que tem problemas de acumulação de
água e carece de rios perenes é o sudeste piauiense.
Ali, um projeto considerado definitivo é o de trans-
posição das águas do São Francisco, permitindo a
integração e perenização de bacias.
Esse antigo sonho teve um passo importante para se
tornar realidade também no segundo semestre do
ano passado, quando o Governo do Estado e a Co-
devasf assinaram ato para a contratação do projeto
das obras do chamado Eixo Oeste – que liga o São
Francisco às bacias no território piauiense, em espe-
cial as dos rios Piauí e Canindé.
Esse projeto vai beneficiar 10 municípios, como Gua-
ribas e Acauã, localizados na área mais crítica do es-
tado e que mais sofrem com as secas.
Trabalho fortalece arranjosprodutivos locais
A ampliação da infraestrutura hídrica permitiu que o
Governo do Estado pudesse atuar também no forta-
lecimento dos arranjos produtivos locais, reforçando
atividades tradicionais com novas técnicas e apoio
ao produtor.
Dessa forma, as famílias da região do semiárido pu-
deram contar com novas alternativas de produção e
geração de renda, mesmo em um período de seca
tão intensa. Um dos setores que ganhou muita força
foi a apicultura. A seca estava provocando uma mi-
gração das abelhas acima do normal, o que levou à
busca de uma solução junto às principais cooperati-
vas do setor – a Casa Apis, em Picos, e a Comapi, em
Simplício Mendes.
Daí surgiu a ideia de fazer uma migração controlada
dos enxames: as colmeias são transportadas para os
locais de florada, o que permite a manutenção do
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padrão genético, maior produtividade e melhor qua-
lidade do produto. Depois que o projeto foi iniciado,
a produção de mel mais que dobrou.
Outro arranjo produtivo fortemente incentivado é a
piscicultura, com a criação de um programa especí-
fico que dá ao produtor familiar a possibilidade de
uma nova alternativa de vida. Já foram instalados 10
projetos, beneficiando direta e indiretamente, a mais
de mil famílias.
Essa iniciativa se utiliza do potencial produtivo das
grandes barragens do estado, como as existentes
em Piracuruca, Madeiro, Oeiras, Patos e Francisco
Macedo. Logo na implantação, o Governo oferece
conhecimento técnico e distribui um kit básico, com-
posto de 100 tanques-rede, fábrica de gelo escama-
do, freezeres, barco motorizado, equipamentos e
indumentárias (tais como luvas, coletes e utensílios
como facas especiais). Também inclui a ração neces-
sária para o primeiro ciclo de pesca.
Como suporte aos pecuaristas, o Governo distribuiu,
no ano passado, 10 mil toneladas de silagem, com-
plemento alimentar importante para a manutenção
do rebanho. Com balanceamento, a silagem permite
combater o déficit nutricional do gado.
Também foi feita a distribuição de sementes selecio-
nadas, uma ação contínua que visa garantir a produ-
ção com melhor produtividade. Foram distribuídas
500 toneladas de sementes de milho e feijão em
todo o Piauí, atendendo exclusivamente agricultores
familiares.
O Seguro Safra foi outro apoio importante para o
produtor, beneficiando 133 mil famílias em 205 mu-
nicípios. O aporte do Governo do Estado foi de R$
10 milhões.
Produção de mel se fortalece com açao do Governo
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O ano de 2012 foi de más notícias para os apicultores piauienses, com grande presença nas regi-ões de Picos e Simplício Mendes. Com a seca, a migração que é natural nas abelhas ganhou um ritmo intenso, com perdas de enxames e queda acentuada de produção. Uma ação do Governo garantiu a migração controlada, com o transporte das colmeias para outras regiões nos cinco meses de maior estiagem. E tudo mudou.
Um exemplo dos resultados da ação de Governo pode ser visto na produção da Casa Apis, maior cooperativa do setor, sediada em Picos: de janeiro a novembro de 2013, a produção chegou a 400 toneladas de mel, bem acima do que foi produzido em 2012, que chegou a apenas 165 tone-ladas. “Foi uma medida boa que teve resultados muito bons”, diz o apicultor Antônio José, do município de Santana do Piauí, que atua no setor há oito anos.
Medidas como a migração aumentaram a produção das colmeias
Migraçãode abelhas
dobra produção
de mel
Sem aftosa, pecuária cresce e feirasfazem sucesso
Uma grande conquista do Piauí no ano passado foi
a certificação do Estado como área livre da aftosa,
com vacinação. Esse resultado coroa uma luta inicia-
da pela SDR ainda em 2005, que levou à criação e
estruturação da Adapi e à realização de sucessivas
campanhas de vacinação com grande êxito.
O Governo teve um empenho total na concretização
dessa conquista, que contou com a participação de-
cisiva dos criadores de todo o Estado.
Com o Piauí livre da aftosa, o setor agropecuário ga-
nha um novo impulso, pois passa a contar com a va-
lorização dos rebanhos e o resgate de uma atividade
tradicional no Estado, que tinha definhado por conta
das limitações na comercialização do rebanho.
Agora, o Piauí tem as portas do Brasil abertas para
os produtos agropecuários. Essa porta tende a ficar
mais ampla ainda este ano, quando o Estado deve-
rá receber a certificação internacional que reafirma a
condição de área livre da aftosa.
Esse novo estágio ampliará os mercados para o re-
banho piauiense, bem como os produtos derivados
dessa atividade.
Os reflexos dessa conquista puderam ser sentidos
nas feiras agropecuárias que acontecem com regu-
laridade, em especial as de Corrente, Floriano e Te-
resina.
No caso da Expoapi, na capital, a edição 2013 foi a
maior dos últimos 20 anos, com a presença de ani-
mais de diversos estados.
Os leilões foram muito concorridos e a participação
de criadores de fora foi constante, atraídos sobretu-
do pela qualidade do rebanho do Piauí. É a nova pe-
cuária do Estado, com animais de genética cada vez
melhor e de maior qualidade.
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o dig
ital
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Grandes barragens ampliamsuporte hídrico
A capacidade de conviver com a seca exige água
acumulada. E o Piauí está investindo em projetos que
reforçam a infraestrutura hídrica e criam as condições
para o desenvolvendo de atividades produtivas. No
leque de projetos estão seis grandes barragens e
adutoras. Duas das barragens estão em construção:
Tinguis, na região norte, e Atalaia, no extremo-sul.
Outras quatro serão contratadas ainda para este se-
mestre: Castelo, Milagres, Nova Algodões e Riacho
Fundo. A soma dos investimentos de barragens e
adutoras chega a R$ 869,7 milhões. São investimen-
tos que ajudam a transformar de vez nosso Estado,
consolidando um Novo Piauí, mais rico e mais justo.
Servidora pública desde 1993, Maria de Jesus Ferreira decidiu, em 2011, ampliar sua renda familiar. Em julho daquele ano, ela abriu uma sorveteria na zona Sul de Teresina e, a partir de então, o negócio só cresceu. Diante da nova demanda, Maria de Jesus resolveu dar mais um passo em direção ao sucesso profissional. Ela se capacitou e aprendeu a produzir seus próprios sorvetes.
“Mas, para começar a produção, eu precisa-va adquirir maquinário. Foi então que solici-tei a linha de crédito da Agência de Fomento. Eles me disponibilizaram R$ 10 mil, valor este que eu dei de entrada na compra das merca-dorias”, conta. Hoje, Maria de Jesus emprega seis pessoas que se dividem entre a sorvete-ria e o mais novo negócio da empreendedora. “Há pouco tempo, comprei um restaurante que atende para almoço e pretendo, em bre-ve, pedi novo crédito à Agência de Fomento para comprar um carro utilitário, que ajudará ainda mais no crescimento dos nossos empre-endimentos”, revela.
Maria de Jesus tem lucro ao investir no próprio talento
Empreender para gerar mais renda
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segu
ranç
a e c
omba
te à
s dro
gas
segurança e combate às drogas
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Quando a gente está tranquilo,
pode produzir muito mais
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segu
ranç
a e c
omba
te à
s dro
gas
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As fachadas são como a de um lar, com cores ale-
gres, que expressam aconchego. Nas paredes, grafi-
tagens estimulam os moradores com palavras fortes,
de confiança, e lembram os vínculos familiares que
o uso de drogas destruiu. Nesses espaços, 25 a 30
pessoas dividem pesadas lembranças, desafios difí-
ceis e, sobretudo, muitas esperanças. Esses espaços
são as Casas de Acolhimento e Valorização da Vida,
criadas pelo Governo do Estado, e revelam uma par-
te importante na luta contra as drogas e seus efeitos
devastadores.
As Casas vêm desempenhando um papel funda-
mental nessa luta, como uma política pública que
busca oferecer alternativas à ação da droga. Por isso
mesmo, o trabalho do Governo é bem mais amplo,
atuando nas três frentes imprescindíveis: além da
atenção aos que se deixaram levar pelo uso dos en-
torpecentes - os dependentes químicos -, as políticas
públicas alcançam, ainda, a prevenção, num trabalho
educativo de amplo alcance, e o combate à distri-
buição, agindo no sentido de combater os narcotra-
ficantes com prisões e desmontagem de pontos de
venda.
A decisão do Governo de enfrentar as drogas come-
çou já no primeiro mês do atual mandato, com a cria-
ção, em janeiro de 2011, da Câmara de Enfrentamen-
to ao Crack e Outras Drogas. Logo seria criada, ainda,
a Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas, dando
mais condições de desenvolvimento das ações para
essa área, principalmente na articulações das diversas
políticas públicas que confluem para o mesmo ob-
jetivo. A criação dessas unidades administrativas se
converteriam num instrumento de trabalho, que logo
se materializou na maior campanha pública de mo-
bilização popular e conscientização sobre os riscos e
perigo das drogas: Vida Sim, Crack Não! A campa-
nha deixava clara a preocupação sobre os efeitos do
uso do crack, com consequencias devastadoras sobre
a saúde e os vínculos sociais e afetivo das pessoas.
Nesse trabalho, a atenção aos dependentes sempre
mereceu um cuidado diferenciado. Tanto que, ainda
em 2011, foi criada no Hospital do Mocambinho uma
ala específica para esse público, que exige procedi-
mentos especiais. Tudo isso sem descuidar do traba-
lho preventivo e das ações policiais que produziram,
em 2013, o maior volume de apreensões de drogas e
o maior número de prisões de traficantes.
sEGURANÇA E cOMbATEÀs dROGAs
Combatendo as causas e
cuidando dos efeitos
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segu
ranç
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omba
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s dro
gas
Casas de Acolhimento oferecem cuidados diferenciados
Há mais de dois anos, o Hospital do Mocambinho
acolhe e cuida de dependentes químicos. O traba-
lho é feito com a internação, mas também em coo-
peração com diversas instituições. Um exemplo é a
Agespisa, que mantém um convênio com o Hospital
para tratamento e acompanhamento de funcionários
ou familiares de funcionários que tenham sucumbi-
do às drogas, em especial o álcool.
Mas, o importante trabalho do Hospital do Mocam-
binho é apenas uma parte da atenção que o Gover-
no do Estado dá aos dependentes químicos. Hoje, a
parte mais visível e humana dessa ação pública está
nas Casas de Acolhimento e Valorização da Vida.
O primeiro espaço de acolhimento foi inaugurado
em julho, no bairro Matadouro, zona norte de Tere-
sina. O espaço é resultado da completa reforma do
O Hospital do Mocambinho possui uma ala específica para o tratamento de dependentes químicos
antigo Centro Social Urbano (CSU) do bairro, ade-
quado para as novas funções. Com capacidade para
abrigar 30 pessoas, a Casa oferece, além do acolhi-
mento, alimentação, atendimento com equipe mul-
tidisciplinar voltada ao tratamento, reinserção social
e capacitação profissional dos usuários. O objetivo
é dar uma atenção digna e clinicamente eficiente,
permitindo que o dependente possa superar essa
adversidade e voltar a ter uma vida social e de saúde
normal.
Menos de um mês depois, em meados de agosto,
foi inaugurada a segunda Casa de Acolhimento, esta
destinada exclusivamente para mulheres. Localizado
no bairro Cidade Jardim, zona leste da capital, o es-
paço oferece abrigo, alimentação, atendimento por
equipe multidisciplinar e capacitação profissional
para 25 mulheres maiores de 18 anos, por um perío-
do de até seis meses. O funcionamento é 24 horas,
com profissionais de diversas áreas, que garantem
uma atenção múltipla, conforme as exigências de
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cada pessoa acolhida. As ações coordenadas contra
os entorpecentes vem chamando a atenção. Quan-
do veio a Teresina, em setembro do ano passado, o
Secretário Nacional de Políticas Públicas sobre Dro-
gas, Victore Maximiano, teve uma grata surpresa. Ele
gostou do trabalho realizado no Piauí, identificando
as Casas como inovadoras, tanto pelas condições
de funcionamento, como pelos cuidados dispensa-
dos especialmente às dependentes que são mães e
precisam dar atenção aos filhos. Para Maximiano, a
experiência piauiense pode ser levada para outros
estados.
E o Governo investe firme para ampliar esse espaço
de atenção aos dependentes, tanto que vai construir
novas Casas de Acolhimento. Três já estão aprova-
das, duas delas já em construção - uma no centro de
Teresina e outra na zona sul da capital. O objetivo é
estar perto do público-alvo, facilitando o trabalho de
acolhimento e tratamento dessas pessoas. Por isso
mesmo, também estão sendo desenvolvidos proje-
tos para que esse tipo de atenção chegue a diversas
cidades do interior.
Mais leitos nas comunidade terapêuticas
A ampliação dos espaços de acolhimento não se
restringe às unidades mantidas diretamente pelo
Estado. Nesse objetivo de cuidar dos dependentes
químicos, a relação com as comunidades terapêuti-
cas é considerada fundamental. Por isso mesmo, os
investimentos contemplam a contratação de mais 60
leitos nessas comunidades. A isso se somam a insta-
lação de mais dois CAPS AD 24 horas - que atendem
a dependentes de álcool e drogas - e 50 novos leitos
especializados.
O Governo do Estado conseguiu, ainda, do Ministé-
rio da Saúde recursos para construção de mais seis
unidades de acolhimento, sendo três para o público
infantil e três para adultos. O investimento a ser feito
é da ordem de R$ 48 milhões, provenientes do pro-
grama Crack: é possível vencer, a que no Piauí é arti-
culado através da Coordenadoria de Enfrentamento
ao Crack e Outras Drogas. A ação conjunta permi-
te, ainda, a integração entre órgãos do Governo do
Estado e o Ministério da Saúde, garantindo que o
A Casa de Acolhimento e Valorização da Vida abriga 30 homens e oferece tratamento com equipe multidisciplinar
trabalho contemple os três eixos fundamentais de
combate aos entorpecentes, qual seja, a prevenção
(educação e conscientização), o cuidado (atenção e
tratamento) e a autoridade (combate ao tráfico de
entorpecentes).
Prevenção para ficar longe das drogas
A vertente preventiva vem ganhando atenção mui-
to especial do Governo desde 2011. Através da Co-
ordenadoria de Enfrentamento às Drogas e com a
campanha Vida Sim, Crack Não!, esse trabalho se
intensificou com a ação direta nas escolas e junto a
segmentos de públicos mais vulneráveis. Vídeos são
exibidos, material de orientação são distribuídos en-
tre os estudantes e também são apresentadas pales-
tras e conferências. O objetivo é alertar para os riscos
das drogas, que apresentam enorme efeito destru-
tivo. No caso do crack, apenas uma única utilização
pode provocar a dependência física, empurrando
os usuários para um precipício em que o retorno se
converte em uma dura experiência para dependen-
tes e familiares.
É especialmente destacado o trabalho da Polícia Mi-
litar, através de duas ações distintas. De um lado, o
PROERD. E de outro, o Cidadão Mirim. E há ainda
o Ronda Cidadão, que se integra diariamente nesta
luta. O PROERD é um projeto que leva orientação
especializada sobre os riscos das drogas, apre-
sentado de forma acessível nas escolas.
O programa trabalha com crianças
do 5° ano do Ensino Fundamen-
tal, na faixa etária entre 9 e
11 anos. Presente em 37
municípios piauienses, o
PROERD alcançou, em 2013, cerca de 8 mil jovens,
em um importante trabalho multiplicador. Outra
iniciativa de grande alcance, desenvolvida pela Po-
lícia Militar, é o projeto Cidadão Mirim, voltado para
crianças e adolescentes na faixa etária dos 6 aos 16
anos, que se encontrem em situação de vulnerabili-
dade, ou seja, expostas ao mundo das drogas, vio-
lência física e sexual e trabalho infantil.
O programa oferece espaço de vivência comunitária,
ao mesmo tempo que leva noções de disciplina e
cidadania, tornando essas crianças mais preparadas
e capazes de reagir à possibilidade de uso de dro-
gas. Somente em Teresina estão em atividades 60
pelotões mirins. Há atividades semelhantes em ou-
tros 30 municípios, mas a meta é ampliar para cerca
100 cidades piauienses, atendendo 15 mil crianças
e adolescentes. O Ronda Cidadão também atua
na prevenção, seja no reforço de iniciativas como
o PROERD e Cidadão Mirim, seja, ainda, no conta-
to direto com as comunidades, levando orientação
ou mesmo prendendo traficantes ou desmontando
pontos de vendas de drogas.
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O projeto Cidadão Mirim leva noções de socialização e cidadania para milhares de crianças
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Em 2013, recorde na apreensãode entorpecentes
Combater o crime, em suas diversas feições. Esse é o
trabalho da Polícia Civil, que teve, em 2013, um ano
de resultados extraordinários, reafirmando o Piauí
como um dos estados com menores índices de vio-
lência do país. O número total de prisões é impres-
sionante: 6.600 infratores detidos. A grande maioria
desses casos está relacionado ao grande drama dos
tempos atuais: as drogas.
A apreensão de entorpecentes no ano passado ba-
teu todos os recordes. Foram apreendidas 5,4 tone-
ladas de drogas, quantidade 12 vezes maior que o
registro de 2012. Esse desempenho é fruto de um
trabalho contínuo, em que se destaca o policiamen-
to inteligente, permitindo que a Polícia Civil se an-
tecipe aos bandidos, impedindo que a distribuição
da droga ocorra. Dessa forma, a polícia evita que os
entorpecentes cheguem ao cidadão,o que reduz a
possibilidade de danos terríveis à sociedade. De for-
ma preventiva, a Polícia consegue desmontar células
do crime organizado.
Os investimentos em qualificação e equipamentos
é fundamental. No ano passado, foram adquiridas
492 novas armas e 53 mil munições, além de mo-
dernos detectores de drogas, disponibilizados para
a Delegacia Especializada na Prevenção e Repressão
a Entorpecentes. Também houve a nomeação de 98
agentes e escrivães, bem como 30 delegados. Atu-
almente, 220 policiais civis estão recebendo treina-
mento na Academia de Polícia, uma garantia de atu-
ação mais efetiva e maior êxito na luta contra o crime.
Ainda como suporte ao trabalho de campo, 180 es-
tações de trabalho foram instaladas nas diversas uni-
dades da instituição. Foram adquiridas 50 viaturas e
18 carros celas, que dão mobilidade à ação policial
no atendimento às ocorrências em todo o interior do
Estado. Um Carro-Estação, dotado de câmeras, con-
Mais preparada, a Polícia fez, em 2013, apreensão recorde de drogas
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tribui para a polícia combater, sobretudo, o tráfico de
drogas.
No Departamento de Polícia Científica, os ganhos
são bem expressivos. Construções como o novo IML
e o Instituto de Criminalística fortalecem o trabalho
da instituição. Foram adquiridos equipamentos de
última geração, como vídeo comparadores espec-
trais, dando à Polícia Civil maior capacidade para in-
vestigar e elucidar crimes mais complexos. Também
foi feita a nomeação de peritos criminais, peritos mé-
dico legais e peritos papiloscopistas.
As operações especiais foram intensificadas. Durante
todo o ano de 2013, aconteceram 55 operações de
grande dimensão, uma média superior a uma ação
por semana. Esse trabalho foi fundamental para o
combate ao narcotráfico e ao crime de pistolagem.
Somente nessas operações, foram mais de 500 pri-
sões, um resultado que mostra o empenho e a efici-
ência do setor de segurança do estado. O IML conta com equipamentos de última geração
Carro-Estação monitora ruas: é a tecnologia contra o crime
Parece coisa de cinema, mas é real e está presente nas ruas de Teresina a cada dia: É o Carro-Estação, uma viatura especial utilizada pela Polícia piauiense para atuar con-tra o crime, especialmente contra a venda de drogas em diversos pontos da cidade. O equipamento conta com câmeras especiais que podem ser distribuídas em uma deter-minada área. À distância, a movimentação no local é acompanhada, já que dentro do veículo funciona uma estação que recebe o sinal de cada câmera. Desde meados do ano passado o Carro-Estação vem sendo usado, ajudando a fazer com que 2013 se transfor-masse no ano com o maior número de prisões de traficantes e apreensão de drogas.
Nesse sentido, o aparelhamento das Polícias Civil e Militar vem sendo fundamental para que os resultados sejam tão expressivos.
Umaestação
contra as drogas
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Casa de Acolhimento, um espaço que resgata a esperança
Uma casa para quem perdeu quase tudo
O nome, Isis, é fictício, mas o caso é real. Ela come-
çou a usar crack aos 16 anos, através de “amigos”.
Aos 25, chegou a fundo do poço. Perdeu tudo: sem
emprego, sem família e sem casa, foi internada à for-
ça, em São Paulo.
Voltou para as ruas, engravidou, seguiu com o crack
e tudo ficou pior. Resultado: a filha nasceu com pro-
blemas, sequela da droga. Após sete meses, reuniu
Recuperandoo gostinho
de viver
forças e agiu. “Eu precisava me libertar. Até pra fora
de casa já tinham me colocado. Foi então que procu-
rei a igreja e pedi ajuda. Eu não aguentava mais esse
mundo”. Foi aí que Isis chegou à Casa de Acolhimen-
to mantida pelo Governo do Estado, onde está com
a filha.
É um recomeço. “Se não fosse a possibilidade de tra-
zer minha filhinha para morar aqui comigo, eu estaria
nas ruas ainda, escrava do crack”. Agora ela sonha com
uma vida nova. Porque ela perdeu quase tudo. Só não
perdeu a esperança. E agora, ela tem cada vez mais.
Marcílio tem 46 anos e há 32 vivia nas drogas. Há três meses, no entanto, está “meio limpo”. Marcílio - o nome é fictício, mas a história é real - é o morador mais velho do Espaço de Aco-
lhimento Masculino. E já sabe que a vida pós-tratamento será muito diferente.
“Eu queria preencher o vazio dentro de mim. Senti que era o momento e pedi ajuda. Minha irmã me trouxe até aqui e, então, meu maior desafio foi encontrar prazer na vida sóbrio, porque a droga traz um prazer momentâneo. Quando você termina de usar, o vazio vem
ainda maior. Esse tipo de prazer eu não quero mais. Quero minha família, quero amar e ser amado. Eu não estava vivendo. Viverei em paz, somente para minha família, longe do
álcool e de tudo que possa me lembrar o passado de drogas. Agora, eu já estou conseguindo ter prazeres assim”, diz.
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lazer, esporte,cultura e turismo
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Em cada ponto, você vai descobrir um novo motivo
para se encantar
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Demorou. Mas aconteceu: o Piauí entra de vez nos
destinos turísticos nacionais e tem potencial para ser
uma importante alternativa para os turistas interna-
cionais. O litoral é um dos atrativos mais importantes
para quem deseja viver a vida.
São tantas belezas em apenas 66 km, a ponto de
encantar os responsáveis por grandes produções
audiovisuais, transformando o Estado em cenário de
novela e minissérie de TV.
Mas o prazer de viver o Piauí não é só de quem vem
de fora: é, sobretudo, de quem vive aqui e conhece
cada pedaço desta terra e sabe que os encantos que
ela nos oferece são únicos e inigualáveis.
A natureza foi pródiga com o Piauí. A esse imenso
potencial natural são acrescidos novos atrativos que
ampliam as possibilidades de lazer e prazer. Uma
dessas contribuições se tornou um deslumbramento
para os teresinenses: a Nova Potycabana.
A antiga Potycabana estava fechada há anos, care-
cendo de profunda reforma. Criada no final da dé-
cada de 80 e inaugurada em 1990, o parque surgiu
com o conceito de clube popular.
Era preciso não apenas uma ampla reforma, mas
que fosse repensado todo o conceito do parque,
adequando-o aos novos tempos. E aí surgiu a Nova
Potyabana.
O novo projeto se utiliza do conceito de parque de
vivência, que vem a ser um espaço usado pelo ci-
dadão cotidianamente, com diversas atividades que
agregam distintos públicos.
Após mais de um ano de obras e investimento de
mais de R$ 6 milhões, em maio de 2013, a Potycaba-
na era outra vez aberta ao público.
Imediatamente se transformou no ponto de encon-
tro dos teresinenses, criando um novo jeito de viver e
se relacionar com a própria cidade.
Os números mostram o tamanho da aceitação do
novo espaço de lazer: a cada final de semana, cerca
de 15 mil pessoas visitam a Nova Potycabana, desfru-
tando dos distintos equipamentos e possibilidades
existentes.
LAZER, EsPORTE, cULTURAE TURIsMO NO NOVO PIAUÍ
O prazer de viver nossa
Terra Querida
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Apoio do Governo fortalece eventosculturais
Na área do lazer e da cultura, o Governo do Esta-
do reforçou a política de apoio aos grandes even-
tos, importantes para o fortalecimento da identidade
piauiense e para a ampliação do consumo de bens
culturais.
Uma das linhas de atuação foi no apoio incondicio-
nal a eventos já tradicionais, como o Salão de Humor
– que no ano passado aconteceu em Parnaíba – e o
Salão do Livro, que tem sua principal atividade em
Teresina, mas que se desdobra em edições menores
no interior, multiplicando a relação dos piauienses
com a literatura.
O Encontro de Folguedos mantém a tradição de
reunir talentos de diversos estados brasileiros, numa
grande confraternização da arte, que também se
notabiliza como espaço de festa e diversão para os
Todos os anos, o Encontro de Folguedo, reúne talentos de vários estados brasileiros
piauienses. Mais uma vez, o Governo do Estado se
fez presente na realização do Festival de Inverno de
Pedro II, consolidando a cidade como um local que
une atividade cultural com desenvolvimento econô-
mico, linha encontrada também no Festival da Ca-
chaça (em Castelo do Piauí) e na Festa do Bode (em
Batalha).
Esses eventos somam as vocações culturais e eco-
nômicas de cada cidade, agregando uma dinâmica
nova que amplia essas possibilidades e fortalece o
lado turístico.
Também um forte apelo turístico podemos encontrar
em outras manifestações que se ligam às tradições.
Um exemplo são os eventos carnavalescos, espe-
cialmente em cidades como Luís Correia, Floriano e
Água Branca. Ou ainda nas festas da Semana Santa,
onde ganham importâncias as encenações da Paixão
de Cristo em Teresina, Bom Jesus e Floriano. Mas
têm especial relevo as procissões dos Passos e do
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Senhor Morto, em Oeiras. Além do caráter histórico
da primeira capital, os eventos da Semana Santa de
Oeiras podem ser colocados entre os mais bonitos
do país. Devemos relacionar, ainda, acontecimentos
como o Festival da Rabeca, que acontece em Bom
Jesus, e que vai se firmando como um acontecimen-
to importante no calendário cultural do Piauí.
A preocupação do Governo do Estado é fortalecer
todos esses eventos, tanto pelo lado cultural como
pela possibilidade do lazer através de produções de
alto nível que engradecem o Estado e enriquecem a
cultura popular.
Para dar ainda mais impulso às produções culturais
no Piauí, foi sancionada a nova Lei de Incentivos,
com uma redação mais moderna e abrangente.
De acordo com o novo texto, os projetos de até 14
mil Unidades Fiscais de Referência (correspondente
a cerca de R$ 30 mil), financiados por empresas pri-
vadas, podem gerar abatimento fiscal de 100% do
valor investido. O abatimento é 30% acima do limi-
te anterior. Com as regras agora em vigor, cresceu o
número de projetos apresentados à Fundação Cul-
tural do Estado (FUNDAC), o que aumenta a nossa
produção cultural, assegurando mais alternativas de
lazer para a população.
Com a nova Lei de Incentivo, o Piauí se ajusta à rea-
lidade nacional e ganha mais competitividade, tanto
estimulando as produções locais como permitindo a
presença de atrações nacional e internacionais. Um
exemplo é o Grupo Harém, que figurou entre os pro-
jetos aprovados no ano passado.
O Harém tem 28 anos de atuação no cenário cul-
tural piauiense e responde por diversas produções
de peças e por eventos como o Festival de Teatro
Lusófono.
Realizado todo mês de agosto, o Festival é um en-
contro de nações lusófonas, em que acontecem ati-
vidades como peças teatrais, lançamentos de livros e
oficinas.Com a lei de incentivo, o grupo pode captar
R$ 250 mil, cobrindo a maior parte do orçamento de
R$ 350 mil, referente ao festival.
O Festival de Inverno de Pedro II entrou definitivamente para o calendário de eventos nacionais
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A Gruta da Betânia ganhou novos acessos e amplo estacionamento
A construção original é de 1948, mas a história de fé vem de antes. A história da Gruta da Betânia começa quando Frei Vittorino faz uma promessa: se sobrevivesse à guerra, construiria um templo para agradecer a Deus. Frei Vittorino escapou com vida e, logo após a 2ª Guerra Mundial, foi en-viado, como padre, ao Brasil, para o município de Monsenhor Gil.
A Gruta da Betânia foi erguida pelas mãos dos moradores, com material doado. Os santos que lá se encontram foram construídos pelo próprio Frei que também era arquiteto. Uma imagem é da Virgem de Lourdes, a Imaculada Conceição. A outra é de Santa Bernadete, que teve as visões da Virgem na cidade francesa de Lourdes. Desde então, a família Noronha cuida da Gruta, que se transformou em ponto de peregrinação. Alguns atos religiosos no local chegam a reunir 15 mil fiéis devotos de Nossa Senhora de Lourdes. Desde setembro, o centro de peregrinação está totalmente urbanizado, realização do Governo do Estado que fortalece as manifestações de fé que alimentam o turismo na região.
Uma ‘pequena Potycabana’ na zona sul
Uma fórmula de sucesso que pode ser multiplicada.
Assim é a Nova Potycabana. E o modelo que deu cer-
to, com a reforma do parque criado no final dos anos
80, vai ser reaplicado. Pelo menos é o mesmo con-
ceito de parque de vivência que orienta a elaboração
da urbanização em torno da Lagoa da Nova Parnaí-
ba, nas proximidades do Centro Administrativo, zona
Sul de Teresina.
O parque a ser construído no local será uma espécie
de “pequena Potycabana”.
O projeto está sendo desenvolvido pela Secretaria
das Cidades, em discussão com a comunidade e a
prefeitura. As obras incluem drenagem, terraplana-
gem e urbanização da lagoa.
O novo parque terá um grande espaço com área de
lazer, com pistas de caminhada e locais para diversas
práticas esportivas, como vôlei, futsal, basquete, ska-
te, ciclismo e academia ao ar livre.
O investimento a ser feito é R$ 7 milhões, recursos
do tesouro estadual.
Grutada Betânia, um local de
peregrinação
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A Nova Potycabana virou ponto de encontro para os adeptos da prática esportiva e para atividades educativas e entretenimento
Nova Potycabana cria tendências
A inauguração da Nova Potycabana marcou um novo
tempo no lazer teresinense ao criar espaços para no-
vas práticas.
O parque conta com campo de futebol, quadras po-
liesportivas (vôlei, futsal, basquete), pista de skate,
quadra de vôlei de praia, badminton, academia, pis-
ta de ciclismo e de caminhada, além de praça de ali-
mentação e área para shows com dois palcos. Logo
após a abertura, o parque gerou novos comporta-
mentos. A pista de skate, uma das melhores do Nor-
deste, revelou um grande contingente de pratican-
tes, provocando enorme procura por equipamentos
desse tipo de esporte. O mesmo aconteceu com os
patins, esgotando a oferta do produto no mercado.
O mais importante é que a Nova Potycabana se tor-
nou o ponto de encontro dos teresinenses, que fa-
zem amplo uso do espaço desde a abertura, às 5h da
manhã, até o fechamento, às 10h da noite. Grupos
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A Nova Potycabana virou ponto de encontro para os adeptos da prática esportiva e para atividades educativas e entretenimento
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de esportistas realizam uso sistemático mediante re-
serva antecipada, como acontece nos mais moder-
nos parques do mundo.
Até mesmo as áreas de gramado são utilizadas em
encontros de grupos, seja em piqueniques, seja em
pequenas atividades descontraídas que pode ser
a leitura de poemas ou a execução de músicas ao
violão. A área de shows acomoda apresentações de
grupos culturais do Estado, além de ser utilizada para
feiras ou exposições, como a de Carros Antigos, que
aconteceu no mês de junho passado. Além disso, o
parque conta com um painel com a marca The Amo,
uma declaração de amor a Teresina.
O painel, com 14 metros de largura e pouco mais
de 2 metros de altura, é um dos pontos de mais in-
teresse, onde os visitantes costumam fazer fotos. O
que se pode dizer é que a Nova Potycabana caiu no
gosto dos teresinenses, promovendo esse novo jeito
de se relacionar com a própria cidade.
Mais investimento no turismo
O investimento no turismo se dá em várias frentes.
Uma delas é o fortalecimento da infraestrutura de
transporte, onde as estradas de qualidade são a par-
te mais visível.
Mas o Governo olha também para a infraestrutu-
ra aeroportuária, com a reforma dos aeroportos de
Parnaíba, Floriano e Picos, bem como a construção
do terminal de passageiros do aeroporto de São Rai-
mundo Nonato, que fica concluído este ano, abrindo
novas e amplas possibilidades para o turismo no en-
torno do Parque da Serra da Capivara, um diferencial
extraordinário nos atrativos turísticos piauienses.
O litoral do Piauí recebe uma série de investimentos
que o credencia ainda mais como destino turístico
de referência. Entre eles, está a melhoria de acessos
a pontos de interesse como Barra Grande, Lagoa do
Sobradinho e Lagoa do Portinho, assim como a pa-
vimentação da área urbana de Luís Correia – que se
materializa neste primeiro semestre e valoriza esse
destino, requalificado com a urbanização da orla de
Atalaia. Mais uma obra que vem chamando atenção
é o Rodoanel de Parnaíba, que cria um novo cami-
nho para o litoral e torna mais fácil transitar pela re-
gião de maior movimento turístico do estado.
Com 3,7 km, o Rodoanel de Parnaíba vai implicar
investimento de R$ 7 milhões e fica pronto neste
primeiro trimestre.
Para receber bem o turista, é fundamental investir
em serviços de qualidade. E o Governo está fazen-
do isso, por exemplo, na garantia do abastecimento
d’água.
No período de alta estação, a Agespisa cria sistemas
especiais que reforçam a distribuição de água, ga-
rantindo abastecimento regular – como aconteceu
no último réveillon. A solução definitiva, no entanto,
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está a caminho: o Governo investe na construção da
adutora do litoral e o no sistema de abastecimen-
to e esgotamento de cidades da orla. A cidade de
Parnaíba se beneficia com a ampliação do sistema
de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
num investimento de R$ 40 milhões que atende 77%
da população urbana do município.
Em Ilha Grande, o investimento é de R$ 24 milhões,
fazendo com que o serviço de esgoto sanitário che-
gue a 90% das residências.
Certamente, a obra mais fundamental para regula-
ridade do abastecimento de água nas cidades da
margem oceânica é a Adutora do Litoral, que vai
interligar as cidades de Parnaíba, Ilha Grande, Luís
Correia e Cajueiro da Praia.
A obra, ao custo de R$ 55 milhões, vai acabar com o
tormento de todas as altas temporadas, o que é im-
portante para alavancar o turismo na região, gerando
renda e melhor qualidade de vida para a população.
O Piauí ganhou destaque na mí-dia nacional pelas conquistas em áreas como educação e redu-ção da miséria. Mas também vem ocupando espaços privilegiados nas redes de TV, ao ser escolhido como cenário de novelas e minissérie. Na Rede Globo, a novela Cheias de Charme, um estrondoso sucesso do horário das 19h, teve cenas em Teresina, Parnaíba e Lagoa do Sobradinho, povoado de Luís Correia com a imagem marcante da “árvore pentea-da”. Já a Rede Record locou, no Piauí, cenas importantes de alguns dos episódios de sua mais nova minissérie, que enfoca nada me-nos que os Milagres de Jesus.
A minissérie começou neste mês de janeiro com o episódio A Pesca Maravilhosa, que tem cenas fundamentais filmadas no litoral piauiense – lá, a Lagoa do Portinho se trans-forma no Lago Genesaré, também conheci-do como Mar da Galiléia. Em 18 episódios, a minissérie Milagres de Jesus conta pas-sagens da história de Cristo a partir da vi-são das pessoas alcançadas pelos milagres. Três dos episódios têm filmagens no Piauí, no litoral e nas grutas da cidade de Castelo.
Piauí, um cenário de
novela
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Barra Grande se torna referência nacional
No turismo, a praia de Barra Grande vai se tornando
uma referência para o Piauí. Dois complexos imobili-
ários estão em discussão, incluindo área residencial,
hotéis e restaurantes, bem como espaços de vivência,
com quadras de esportes e shopping. Nos últimos
dois anos, foram mais de 50 empresas criadas, o que
está associado à descoberta dos encantos da praia
piauiense. O diferencial de Barra Grande é simples
de explicar: o moderno está ali, com bons restauran-
tes e pousadas, mas sem o burburinho inquietante
dos grandes centros ou das praias superlotadas. En-
contra-se a conciliação da beleza com a tranquilida-
de. Não é à toa que a mídia nacional coloca esse
pedaço do litoral piauiense como um destino a ser
desfrutados pelos viajantes.
O litoral do Piauí, como destino turístico, ganha novo
impulso neste início de ano, quando começam os
voos regulares da Azul para Parnaíba. A companhia
aérea fará a ligação da nossa cidade litorânea com
Teresina e Fortaleza, criando uma nova dinâmica tu-
rística. As condições são as melhores possíveis: o ae-
roporto de Parnaíba está prontinho para receber os
visitantes, com uma capacidade para até 200 mil pas-
sageiros por ano. Além disso, Parnaíba, Luís Correia
e Barra Grande ganharam novos hotéis, ampliando
o número de leitos e diversificando o perfil de aten-
dimento, incluindo empreendimentos cada vez mais
sofisticados.
Os bons ventos do turismo se consolidam em inves-
timentos que o Governo do Estado faz, fortalecendo
outros pontos de referência como Oeiras, Serra da
Capivara, Amarante, Santa Cruz dos Milagres e, claro,
Teresina. O turismo vinculado à fe do piauiense é um
dos potenciais mais fortes. Algumas festas de padro-
eiros – como as de Santo Antônio, em Campo Maior,
ou de São Raimundo Nonato, em União – atraem mi-
lhares de pessoas a cada ano. O mesmo acontece
com o santuário de Santa Cruz dos Milagres, um dos
centros de peregrinação mais fortes do Estado. As
festividades da Semana Santa, sobretudo em Oeiras,
fazem parte desse potencial, da mesma forma que a
a Gruta da Betânia, um ponto de peregrinação em
Lagoa do Piauí, às margens da BR 316, que forma
com Santa Cruz um polo desse turismo da fé. Em
setembro do ano passado, o Governo do Estado
inaugurou a organização da Gruta que é devotada
a Nossa Senhora de Lourdes. O investimento foi de
R$ 900 mil, com a construção de área adequada para
receber os milhares de visitantes que todos os anos
frequentam o local.
Em Santa Cruz dos Milagres, a cidade ganhou área
de urbanização junto à orla do rio São Nicolau, além
de ter sido refeito o asfalto de acesso ao município.
O litoral do Piauí entra de vez nos roteiros nacionais de turismo. Não é para menos. Temos o menor litoral do país, mas o mais surpreendente, com cenários muito diversos em dis-tância tão curta: a força natural do Delta, a vivacidade de Atalaia e o paraíso tranquilo de Barra Grande, que mantém cara de aldeia de pescador com as delícias dos novos tempos. Por isso mesmo, Barra Grande foi relacionada pelo jornal O Estado de S. Paulo como um
dos 10 destinos do planeta que dão o tom neste 2014 para os que desejam desfrutar o que há de melhor no mundo.
Na lista, além da praia piauiense, só há um outro destino brasileiro, a Chapada dos Veadeiros. Bar-ra Grande aparece na terceira posição, em uma lista que inclui ainda Berlim (Alemanha), Mendonza (Argentina), a república báltica da Letônia, Uruguai, Marrocos, Orlando, Inhotim e Califórnia. Tanto destaque se justifica pela infraestrurutra que surge em torno da praia, pelos novos empreendimentos – pousadas, restaurantes – e por fatores únicos, como a beleza, a tranquilidade e condições especiais para esportes como o kite surf. Sem dúvida, é uma delícia viver Piauí.
Barra Grande,
um dos 10 destinos do
mundo
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Esportistas do Piauí recebem apoio
Como espaço de lazer e cidadania, o esporte tam-
bém ganha apoio do governo. Primeiro, com a re-
cuperação de equipamentos dedicados aos esporte,
como ginásios, estádios e a própria Potycabana, que
ampliou as possibilidades para diversas modalida-
des. Aí pode ser destacada também a decisão de
criar o Centro de Lutas Sarah Menezes, dedicado às
artes marciais e que dará prioridade aos estudantes
da rede estadual de ensino.
O Centro, vinculado à Secretaria de Educação, será
construído na Praça das Palmeiras, no conjunto Saci,
com um investimento de R$ 800 mil. A área total é
de 1.344 metros quadrados, com espaço para recep-
O litoral piauiense é o menor entre todos os estados litorâneos do Brasil. Mas a margem oceânica do Piauí vai se tornando um dos mais festejados destinos turísticos do país. Há o vigor natural do Delta, o fervor de Atalaia e os encantos inigualáveis de Barra Grande, localizada no município de Cajueiro da Praia. Esse pequeno povoado guarda encantos sem fim, atraindo os olhos do Brasil e do mundo. E gerando oportunidades. Nos últimos dois anos, foram abertos mais de 50 novos negócios no município, a maior parte bares e restaurantes. Mas há quem ganhe dinheiro com aluguel, passeios de bugre ou aulas de kite surf.
O perfil do empreendedor é sobretudo jovem, que deseja conciliar a oportunidade de fazer bons negócios com o prazer de viver. Os ventos de Barra Grande também sopram a favor do desenvol-vimento do Estado, criando uma vida melhor para os piauienses.
A beleza do litoral piauiense atrai jovens empreendedores
Turismocria novas
oportunidades
Caic Balduíno: grandes conquistas no handball
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oção, sala de fisioterapia, refeitório, depósito, banhei-
ros e ambientes para prática de judô, taekwondo e
luta greco-romana. Outra forma de fortalecimento
do esporte é com o apoio a desportistas que se so-
bressaem e precisam de suporte material para parti-
cipação em competições de maior envergadura.
A própria Sarah Menezes tem o apoio sistemático
do Governo do Estado, para que siga com os treina-
mentos em alto nível e bem representando não só o
Piauí, mas o Brasil inteiro, nas principais competições
mundiais do judô. Também foi dado apoio para que
a equipe de judô do Piauí pudesse participar da se-
letiva no Espírito Santo, oportunidade em que nos-
sos jovens atletas se deparam com novos desafios e
acumulam experiências.
O Caic Balduíno Barbosa de Deus é uma verdadeira
fábrica de campeões, provando que a dedicação ao
esporte pode ser exercida com êxito paralelo às ativi-
dades escolares. A equipe do colégio estadual é uma
das melhores do handeball do Brasil e se destacou
em várias competições nos últimos anos. Em 2013, a
equipe piauiense conseguiu o tetra campeonato na
Copa Nordeste de Handball, bem como a oitava colo-
cação no Campeonato Mundial, realizado na Croácia,
em 2012, quando a equipe representou o Brasil.
Outro exemplo é o atleta de badminton Lucas Alves.
Apontado como uma das boas promessas do Brasil
no esporte, Lucas recebeu o apoio do Governo do
Estado para participar de competições internacionais
que o credenciam a melhor classificação no ranking,
visando as Olimpíadas Rio 2016. Mas, o esporte se
fortalece na prática disseminada no dia a dia. E, den-
tro dessa visão, o Governo tem se utilizado da FUN-
DESPI e da Secretaria de Educação para ampliar a
prática esportiva, entendendo que isso é importante
tanto para a formação de atletas de alto nível como,
principalmente, para formar cidadãos mais conscien-
tes de suas possibilidades e de seu compromisso
com a sociedade.
Nessa filosofia, se inclui o programa de construção
de quadras poliesportivas nas escolas. A meta é do-
tar toda escola da rede estadual de uma quadra co-
berta, transformando o local não só em espaço para
a prática esportiva mas, sobretudo, para a vivência
comunitária que forma cidadãos mais íntegros.
Lucas Alves é uma das es-peranças do Brasil para as Olimpíadas do Rio de 2016. Ele ainda não está no pata-mar de uma Sarah Menezes, que já tem vaga assegurada na competição de judô. Na verdade, Lucas faz parte de um esporte que há pouco se tornou olímpico e que é novo por aqui: o badminton. Ele faz parte de um time de atletas que se revelou nos úl-timos anos no Piauí.
Na busca pelo credenciamento para as olimpíadas, Lucas participa de competi-ções nacionais e internacionais. Recen-temente esteve na Tailândia, depois no México e Estados Unidos. Participar des-sas competições é uma maneira de subir no ranking e ter chances de fazer parte da equipe olímpica brasileira. O Gover-no do Estado está apoiando Lucas nessa luta. Quem sabe, ele estará na Rio 2016. Oxalá, ele repita o feito de Sarah e con-siga trazer uma medalha para o esporte piauiense.
Lucas, talento piauiense nas quadras de Badminton do mundo
Lucas,o Piauí de
olho na Rio 2016
114
Roosevelt, paixão pelo skate que se multiplica na Nova Potycabana
Faltava um lugar. Mas ele apareceu. E desde maio do ano passado, a galera que pratica skate tem um ponto de encontro em Teresina: a pista da Nova Potycabana. Roosevelt Mar-tins Almeida, 16 anos, sabe bem a diferença, o antes e o depois da Potucabama. O skate começou a fazer parte da vida do Roosevelt Martins, ou “Ruzi”, como os amigos costu-mam chamá-lo, ainda na infância. Mas, foi na Nova Potycabana que o jovem encontrou
o local ideal para a prática do seu esporte preferido. “Aqui a gente sente inspiração para tentar novas manobras”, comenta. Junto com os amigos, Roosevelt destaca que a Potycaba-
na, sem dúvida, é o point preferido da turma.
“Eu moro na zona Sudeste, mas quando a gente marca de se encontrar para fazer manobras, para conhecer gente nova, todo mundo escolhe a Potycabana. O espaço daqui é ótimo”, festeja Ruzi.
A turmado skate
se encontra na Nova
Potycabana
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polít
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s
políticas de garantia de direitos
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Toda pessoa merece respeito,
independente de cor, sexo e religião
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O grau de cidadania em uma sociedade está associa-
do às garantias dos direitos de cada segmento social
e a harmoniosa convivência entre as diferenças. No
Piauí, à cidadania está em alta, através de políticas
públicas inclusivas e documentos legais que assegu-
ram essas conquistas na forma da lei. São ações que
estão além do discurso, de práticas que promovem
a tolerância.
Um bom exemplo dessa ação de governo foi a ins-
tituição do documento de identificação do social.
O documento é uma importante conquista de afir-
mação de travestis e transexuais, que passam a ter
a possibilidade de usar o nome de reconhecimen-
to público. Essa decisão reforça a posição do Piauí
como um estado de vanguarda, que fortalece a con-
vivência das diferenças.
O documento que garante o nome social é fruto do
Plano Estadual de Cidadania e Direitos Humanos
LGBT – Plano Piauí sem Homofobia. O Plano foi for-
malizado pelo Governo do Estado, estabelecendo
diretrizes para o biênio 2013-2015. O objetivo é ga-
rantir a execução de ações focadas na promoção da
cidadania LGBTs – segmento de Lésbicas, Gays, Tran-
sexuais e Transgêneros – e enfrentar a discriminação
por identidade sexual e de gênero no âmbito dos
órgãos públicos. As diretrizes do Plano foram cons-
truídas atendendo propostas aprovadas nas duas
Conferências Estaduais LGBT. Entre as ações previs-
tas estão medidas nas áreas de educação, esporte,
cultura, comunicação, trabalho e emprego, turismo,
cidades, saúde, previdência, mulheres, pessoa idosa,
pessoa com deficiência, segurança pública e justiça,
cidadania, igualdade racial e direitos humanos.
Entre as preocupações está a adoção de procedi-
mentos que permitam o tratamento diferenciado
de dados estatísticos, possibilitando mapeamento
da violência contra LGBT no Piauí. A isso se soma a
orientação jurídica individual ou coletiva no âmbito
da Defensoria Pública do Estado, bem como a im-
plantação do programa de assistência ao uso de hor-
monioterapia para travestis e transexuais. Há ainda
a diretriz de fomentar ações afirmativas para o pú-
blico LGBT no campo da intermediação de mão de
obra. Um dos compromissos estabelecidos é buscar
o cumprimento da meta de 30% de inserção no mer-
cado de trabalho de LGBTs egressos de cursos pro-
fissionalizantes.
As POLÍTIcAs dE GARANTIAdE dIREITOs
Ampliandoo horizonte
da cidadania
119
polít
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ireito
s
Segmento LGBT ganha Semana Cultural
A afirmação do segmento GLBT passa pela afirma-
ção identitária. Por isso, o Governo do Estado rea-
lizou, em novembro, a primeira Semana Cultural
LGBT, como espaço de manifestação dos valores
imateriais. O evento também está em sintonia com o
Plano Piauí sem Homofobia e fortalece o propósito
de manifestação coletiva e combate a discriminação
por orientação sexual.
Conduzida por esse mesmo objetivo, aconteceu,
em junho, a segunda Conferência LGBT do Piauí. Foi
precisamente neste encontro que aconteceu a en-
trega dos 10 primeiros documentos de identificação
social, um marco nas políticas de promoção da cida-
dania no estado.
Outro segmento que recebe atenção do Governo é
o dos quilombolas. Como forma de interação dessas
Com o documento de identificação social, a pessoa pode ser chamada pelo nome que escolheu
comunidades, aconteceram algumas edições da Ca-
ravana Quilombola, com a intenção fundamental de
fortalecer a cultura do coletivo e levar orientação téc-
nica, através da realização de palestras e oficinas de
percussão, de música, de dança e penteados afros.
Os eventos foram realizados em cidades como Es-
perantina, Santa Cruz do Piauí e Oeiras. Desenvolve-
ram-se ações voltadas para o estímulo às atividades
que fomentam a visão empreendedora e a consti-
tuição de projetos de desenvolvimento econômico.
Nessa mesma linha, estimulou-se a economia solidá-
ria, com a promoção de cursos e projetos que garan-
tam atividades produtivas individuais que gerem ga-
nhos extras para famílias de menor poder aquisitivo.
Também foram realizadas as feiras de economia soli-
dária, como espaço para a venda dos produtos resul-
tantes dessas atividades produtivas.
120
Fortalecimento das políticas públicaspara a Mulher
As políticas públicas voltadas para mulher a incluem
diversas ações, assegurando direitos e ampliando
oportunidades. Na produção de oportunidades, o
Governo facilita o crédito para mulheres empreen-
dedoras. Através da Agência de Fomento, as mulhe-
res podem fazer empréstimos em condições vanta-
josas, seja para sair da informalidade e montar um
pequeno negócio, seja, ainda, para ampliar as opor-
tunidades em um negócio já existente. Ainda na área
empreendedora, há cursos específicos que ajudam
a qualificar a mulher para o mercado de trabalho e
também para as atividades empresariais.
O desenvolvimento de políticas de igualdade de gê-
nero se dá através de um trabalho sistemático que
cria uma nova consciência na relação entre homens e
mulheres. Além disso, é preciso o fortalecimento das
políticas afirmativas e criar a consciência de respeito
à legislação que dá proteção à mulher. É especial-
mente relevante o enfrentamento das situações de
agressão às mulheres, no combate explícito à violên-
cia de gênero.
Como nova etapa na luta pela igualdade de gênero,
será criada a Coordenadoria da Mulher, conforme
projeto em trâmite na Assembleia Legislativa. Com
um suporte institucional de primeiro escalão e vol-
tado especificamente para a mulher, espera-se dar
maior intensidade às políticas públicas do setor. Es-
pera-se ainda que possa haver maior captação de
recursos, especialmente através de transferências da
União.
Piauí é o 5º em habitação rural do país
O acesso a bens essenciais é um dos fatores de cida-
dania. E o Governo do Estado vem se dedicando à
construção de moradias em todo o território piauien-
se. Desde 2011, computadas as construções de ação
direta do Estado e contratos formalizados com insti-
tuições como a Caixa Econômica, foram mais de 40
mil moradias, o que significa a concretização de uma
meta projetada apenas para o final deste ano. Nes-
se trabalho, verifica-se atenção especial com o setor
rural, que antes não chegava a ser prioridade e era
colocado num segundo plano.
Dentro do programa de habitação rural, o Piauí vem
se destacando. Segundo os dados da ADH, o Es-
tado é o quinto com o maior número de moradias
Durante a Caravana Quilombola, são realizadas atividades que reafirmam a cultura afro
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sna zona rural. Construir casas na área rural tem duas
grandes conquistas. Primeiro, reduz o déficit habita-
cional, melhorando a qualidade de vida das pessoas.
Segundo, crias melhores condições para fixação do
homem no campo, garantindo, ao mesmo tempo, a
elevação da renda das famílias.
O programa de habitação rural é financiado com re-
cursos do Orçamento Geral da União e do FGTS. O
público a ser atendido é formado por agricultores fa-
miliares e trabalhadores do campo com renda de até
15 mil. A construção tem caráter coletivo: os projetos
devem ser apresentados através de associações de
moradores, em grupos de, no máximo, 50 pessoas.
A Juventude ganha mais espaços
Desde 2011, a Juventude do Piauí passou a ter uma
instância específica para discussão e promoção de
políticas públicas para os jovens. É a Coordenadoria
da Juventude, que articula as diversas ações volta-
das para esse público com demandas tão especiais.
Somente no ano de 2013, foram inauguradas cinco
Casas da Juventude, que são espaços voltados para
o fortalecimento das políticas públicas do segmen-
to, proporcionando aos jovens um ambiente para a
formação cultural e profissional em cada município.
As novas Casas foram inauguradas nos municípios
de Picos, Landri Sales, Monsenhor Gil, Pio IX e Cas-
telo do Piauí. Cada Casa da Juventude conta com
diversos equipamentos, incluindo laboratórios de
informática, auditório, sala para reunião e recepção,
além de um espaço voltado para o esporte e a reali-
zação de atividades culturais.
Entre as atividades desenvolvidas pela Coordena-
doria, está o projeto Falando Sobre Mim, que tem
como objetivo principal sensibilizar e alertar os jo-
vens sobre as causas e consequências do consumo
de drogas, violência juvenil e educação no trânsito.
O projeto já percorreu vários municípios piauienses,
tais como Colônia do Gurgueia, Capitão Gervásio
Oliveira, entre outros. O Falando Sobre Mim vem
possibilitando uma maior interação com a juventu-
de desses municípios, contribuindo bastante para o
conhecimento dos jovens sobre os temas relevantes
Orgulho de ser chamada
pelo nome que escolheu
Carla Sousa: tratamento mais digno com o documento social
Na identidade tradicional, há um nome masculino. Mas havia um enorme des-compasso entre o nome e a imagem do portador desse documento. Ou melhor, da portadora: uma figura de mulher, fe-minina nos gestos, no corpo e na alma.E foi com essa imagem que ela subiu ao palco da II Conferência estadual GLBT, dia 25 de junho de 2013, no Atlantic City, em Teresina.
Carla Sousa, uma militante do segmen-to, foi a primeira a receber o documen-to de identidade social, que assegura às travestis e transexuais a identificação pelo nome de reconhecimento público, em consonância com sua relação de gê-nero particular.
“O nome social nos garante um tra-tamento mais digno, mais respeitoso. Com o documento, os certificados de cursos que fazemos, assim como matrí-cula nas escolas já poderão ser feitas com o nome que já usamos normalmen-te e não mais com a identificação de re-gistro de nascimento”, comemora Car-la, orgulhosa da identidade que pode exibir sem constrangimentos.
O Projeto Falando Sobre Mim proporciona maior intereção com a juventude
nessa fase da vida. Desde o início, o projeto já aten-
deu mais de 15 mil jovens do Estado do Piauí e a
meta para 2014 é alcançar um público de, pelo me-
nos, 30 mil pessoas. Cabe, ainda, à Coordenadoria
da Juventude monitorar todas as ações desenvolvi-
das na Nova Potycabana, aberta ao público em maio
passado, após uma completa reforma que transfor-
mou o parque no novo ponto de encontro dos tere-
sinenses.
Nesse trabalho, há uma atenção especial aos seg-
mentos jovens, abrigando eventos especiais de vá-
rios perfis. São exemplos dessas ações dirigidas, as
atividades de férias e as relacionadas com o aniver-
sário de Teresina, tendo à frente a Coordenadoria de
Comunicação, CCom.
Nas férias de julho, as atividades focaram especial-
mente nas crianças, com oficinas, shows infantis e,
com o Clube da Leitura, com até mesmo espaço
para a literatura infantil. No aniversário de Teresina
um dos momentos de destaque foi o Circuito The
Amo, uma corrida que contou a participação de mais
de mil atletas. Esses eventos reafirmaram a Nova Po-
tycabana como o espaço que reflete o novo modo
do teresinense se relacionar com sua cidade.
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s
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O direito de preservar o presente paragarantir o futuro
Direito ao futuro. Está aí um direito que os piauienses
começam a ter em grande medida. Primeiro, pelos
investimentos feitos agora, que criam as condições
para um futuro muito melhor. Segundo, pela opção
por um modelo de desenvolvimento pautado pela
sustentabilidade. Quer dizer, um modelo que aposta
no desenvolvimento, mas sem comprometer o cená-
rio que ainda está em construção.
Na atenção ao meio ambiente, nosso estado dá lição
para o Brasil inteiro. O Piauí é, excluídos os estados
amazônicos, quem conta com o maior percentual de
áreas naturais preservadas. Isso quer dizer que estão
preservadas áreas imprescindíveis para a manuten-
ção das características fundamentais do ecossistema.
Além disso, o Piauí investe em ações ambientais im-
portantíssimas para o estado.
Nesses últimos anos, o Governo do Estado tem se
empenhado na instalação do Parque das Nascentes,
Clube da Leitura: um espaço para a literatura infantil que faz sonhar
Construir cidadania é garantir direitos e – por que não? – assegurar a possibilidade de sonhar. E o sonho povoou as mentes de centenas de crianças que participaram do Clube da Leitura, nas duas edições em que esteve na Nova Potycabana – na temporada de férias de julho e nas comemorações do mês do Piauí, em outubro.
A oficina, com aval da Secretaria de Educação, disponibilizava livros e também tinha contado-res de histórias. A cada história contada, a criançada ficava encantada e hipnotizada, cada uma viajando no sonho que toda narrativa trazia. O melhor de tudo é que o Clube da Leitura foi um sucesso, mostrando que as crianças estão mais abertas à literatura, às artes e ao sonho do que imaginam os adultos de mentes não tão abertas. A plateia da oficina são crianças que se deixam levar pela imaginação e, com certeza, começam a se firmar como cidadãos que pavimentam um futuro melhor com o alicerce das letras.
123
Oficinade leitura
faz criança sonhar
mais alto
que preserva as áreas naturais na confluência dos es-
tados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, onde
se encontram as nascentes do Rio Parnaíba. Esse
empenho leva em conta a importância do Parnaíba,
cuja bacia hidrográfica cobre a quase totalidade do
território piauiense. Mais que isso, o rio tem força
identitária, como elemento importante na cultura e
no imaginário de nossa gente.
Também é especialmente importante o trabalho que
está sendo feito no litoral, para a contenção das du-
nas. Esse trabalho é feito em pontos como a Lagoa
do Potinho e, principalmente, no município de Ilha
Grande. Além disso, o estado quer a criação do Par-
que das Dunas, consagrando na lei o trabalho de
preservação desses marcos ambientais tão importan-
tes para o estado.
As características ambientais são parte da identidade
de nosso Piauí e a preservação é a garantia de ma-
nutenção das condições necessárias para um desen-
volvimento consistente e continuado. É, ao mesmo
tempo, a garantia de um direito essencial e, dessa
forma, um elemento de construção da cidadania em
nossa sociedade.
Lagoa do Portinho: contenção das dunas garante preservação do ecossistema
124
125
cons
trui
ndo u
m n
ovo d
estin
o
construindo um novo destino
126
127
cons
trui
ndo u
m n
ovo d
estin
oPara ir mais longe, estamos construindo
nossos próprios caminhos
127127
128
Os dados dizem com todas as letras: o Piauí está bem
melhor. Em todos os setores que se possa avaliar. Na
infraestrutura, que cria as condições para crescer mais;
nos investimentos sociais, que transformam e geram
uma vida melhor; no planejamento, que aponta os ca-
minhos a seguir com segurança e na gestão, que faz
cada centavo do povo render bem mais. Mas o Piauí
está muito melhor que antes na sua relação consigo
mesmo.
Somos um estado que sabe que pode muito mais, e
que acredita nas possibilidades que nos levam a um
novo destino. E, sobretudo, somos um estado que
confia no futuro, e que cuida desse futuro agora, de-
senhando hoje o cenário no qual desejamos atuar no
amanhã. Os dados de hoje apontam um PIB que cres-
ce bem acima da média nacional, uma educação que
serve de exemplo para o país e uma juventude que se
notabiliza por sonhar, e sonhar alto, voando nas asas
do saber e da inovação. Mas, acima de tudo, os dados
de hoje apontam para uma realidade nova e promis-
sora. Na parte do Governo, os projetos em execução
no presente e programados para os próximos anos
são muito mais que perspectivas: são certezas que se
afirmam pelos encaminhamentos definidos, inclusive
com a garantia de recursos para investir. As obras em
andamento e por realizar são a base de ações muito
mais poderosas, que vão fazer parte desse Piauí que
está chegando.
As transformações na educação são uma indicação
das extraordinárias mudanças que acontecem e estão
por acontecer. Reduzimos o analfabetismo como ne-
nhum outro estado, assim como fomos o estado que
mais cresceu nas avaliações nacionais e internacionais.
Isso quer dizer que estamos agindo no fundamental:
o conhecimento. Dizer que o Piauí investiu 27% das
receitas em educação - 2 pontos acima do estabe-
lecido por lei - é um indicador do compromisso com
essas mudanças. Somos um Piauí mais cidadão, no
sOMOs UM EsTAdO qUE POdE MUITO MAIs
O Piauí do futuro já começou
resguardo dos direitos elementares, inclusive o direi-
to de viver em paz e com mais conforto. Na inclusão,
hoje temos menos de 5% de piauienses na extrema
pobreza. Em mais um ano, estaremos com números
bem próximos de zero. Hoje, temos um PIB de R$ 30
bilhões. Em mais um ano, teremos ultrapassado os
R$ 33 bilhões. No agronegócio, estamos a um passo
de alcançar uma safra de 3 milhões de toneladas de
grãos, meta que se torna mais próxima com as obras
de infraestrurutra que atendem a região dos cerrados.
No setor de energia, o Piauí atrai os interesses dos
grandes investidores: apenas cinco projetos garan-
tem investimentos de R$ 8,5 bilhões, assegurando o
suporte energético para o estado crescer mais rápido.
O setor de gás e petróleo projeta investimentos ainda
maiores, criando um marco no desenvolvimento eco-
nômico.
O que se pode dizer é que o nosso Estado cria, neste
momento, um divisor: o antes e o depois. Se antes es-
perávamos pelo que nos delegariam, hoje tomamos
as rédeas do destino e desenhamos nossos próprios
caminhos. Não é por acaso que o Piauí é hoje um dos
cinco estados do país que não quebrou os limites pru-
denciais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal. Quer dizer: somos um dos cinco estados do
país com as contas equilibradas.
Isso quer dizer que vivemos um paraíso? Nem pensar.
Muito longe disso. Ainda temos carências absurdas,
a começar por uma desigualdade que agride, inco-
moda e desafia. Mas há um Piauí em transformação.
Há um estado que se reinventa e se reinsere no ce-
nário nacional, com muito mais força e perspectivas.
Rompemos, em 2013, a barreira de R$ 1 bilhão em
investimentos. Em 2014, e nos próximos anos, rompe-
remos outras marcas.E construiremos uma marca mais
poderosa que todas: um Piauí mais rico, mais justo,
mais dono de seu destino.
Pode acreditar.
129
Wilson Nunes MartinsGOVERNADOR DO ESTADO
Antonio José Moraes Souza Filho
VICE-GOVERNADOR
Paulo Ivan da Silva Santossecretaria de Estado da Administração
Perpétua Meire dos Santos Neivasecretaria de Estado da Assistência social
Ubiraci de Carvalhosecretaria de Estado da defesa civil
Átila de Freitas Lirasecretaria de Estado da Educação
Antonio Silvano Alencar de Almeidasecretaria de Estado da Fazenda
José Dias de Castro Netosecretaria de Estado da Infraestrutura
João Henrique Ferreira Alencar Pires Rebelosecretaria de Estado da Justiça
Ernani de Paiva Maiasecretaria de Estado da saúde
Robert Rios Magalhãessecretaria de Estado da segurança Pública
João Alberto Monteirosecretaria de Estado das cidades
Warton Francisco Neiva de Moura Santossecretaria de Estado do desenvolvimento
Econômico e Tecnológico
Rubem Nunes Martinssecretaria de Estado do desenvolvimento Rural
Wilson Nunes Brandãosecretaria de Estado do Governo
Dalton Melo Macambirasecretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Antônio Cézar Cruz Fortessecretaria de Estado do Planejamento
Larissa Mendes Martins Maiasecretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo
Marcos Aurélio Bona secretaria de Estado do Turismo
Antonio Avelino Rocha de Neivasecretaria de Estado dos Transportes
Romildo Macedo MafraSecretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência
Cel. PM Gerardo Rebelo Filhocomando Geral da Polícia Militar do Piauí
Darcy Siqueira Albuquerque Júniorcontroladoria Geral do Estado
Plínio Augusto da Silva Dumont Vieiracoordenadoria da Juventude
Fenelon Rochacoordenadoria de comunicação social
Zita Villarcoordenadoria de Enfrentamento ao cracke outras drogas
Cel. Antônio Cruz de Oliveiracomando do corpo de bombeiros Militares do Piauí
Norma Brandão de Lavanere Dantasdefensoria Pública do Estado do Piauí
Cel. PM Paulo de Tarso Soares De AraújoGabinete Militar do Governo do Estado do Piauí
João Madison NogueiraOuvidoria Geral do Estado
Kildere Ronne de Carvalho SousaProcuradoria Geral do Estado
Flávio Rodrigues NogueiraInstituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí
Darlan Noleto PortellaInstituto de Assistência Técnica e Extensão Rural
Elizeu AguiarInstituto de desenvolvimento do Estado do Piauí
José Messias de Andrade JúniorInstituto de Metrologia do Estado do Piauí
Judas Tadeu de Andrade MaiaInstituto de Terras do Piauí
Jerônimo da Rocha Santana Fundação cultural do Piauí
Francisco Soares FilhoFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí
Marco Aurélio SampaioFundação Estadual de Esportes
Nouga Cardoso BatistaUniversidade Estadual do Piauí
Magno Pires Alves FilhoFundação centro de Pesquisas Econômicas
José Antonio FilhoAgência de defesa Agropecuária
Gilberto Gomes MedeirosAgência de desenvolvimento Habitacional do Piauí
Antônio Luiz Medeiros de Almeida FilhoAgência de Fomento
Tiago Siqueira GomesAgência de Tecnologia da Informação do Piauí
Severo Maria Eulálio Filhodepartamento de Estradas de Rodagem do Piauí
José Antonio Vasconcelosdepartamento Estadual de Trânsito
José Eduardo PereiraJunta comercial do Estado do Piauí
Alberto Monteiro Netocentral de Abastecimento do Piauí
Gustavo Henrique Mendonça Xavier De Oliveiracompanhia de Gás do Piauí
Marcos Tavares Silvacompanhia Metropolitana de Transportes Públicos
José Augusto NunesEmpresa de Águas e Esgotos do Piauí
Gilberto Antonio Neves Pereira Da SilvaEmpresa de Gestão de Recursos do Estado
EqUIPE DE ELABORAçãO
• COORDENADORIA DE COMUNICAçãO SOCIAL
Fenelon Rochacoordenador
Paula Danielle Pereira Chavesdiretora de Jornalismo
Débora Dos Santos Oliveira diretora de Marketing
João Carlos Andrade Cavalcantediretor Administrativo
Fenelon Rochacoordenação Editorial e Textos
Thamirys Vianacopidesque e Apoio Editorial
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O nascer do sol, para nós, é convite à grande
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