A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO
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GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA MINERAÇÃO: UM CONTEXTO HISTÓRICO
Talisson de Sousa Lopes1 Elma de Sousa Lopes²
Resumo: As empresas de mineração sobrevivem da exploração de seus recursos minerais. Estes recursos somente estão garantidos pela manutenção de seus direitos minerários junto ao DNPM. O DNPM tem por finalidade promover o planejamento e o fomento da exploração mineral e do aproveitamento dos recursos minerais e superintender as pesquisas geológicas e minerais bem como assegurar, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território nacional. Nesta busca continua de condições cada vez mais seguras e rápidas para a execução destes trabalhos, a utilização do SIG permite coletar e analisar a informação muito mais rapidamente, do que era possível com técnicas tradicionais de pesquisa. Assim, este trabalho objetiva, através de levantamento bibliográfico, apresentar um pouco da trajetória do SIG na confecção de estudos voltados a mineração.
Palavras-chave: Geoprocessamento, Mineração, DNPM, CPRM.
Abstract: Mining companies survive the exploitation of its mineral resources. These features are only guaranteed for the maintenance of their mining rights by the DNPM. The DNPM is to promote the planning and development of mineral exploration and exploitation of mineral resources and oversee geological and mineral research and to ensure, control and monitor the performance of mining activities throughout the national territory. This search continues in an increasingly safe and fast conditions for the implementation of these works, the use of GIS allows you to collect and analyze information much more quickly than was possible with traditional research techniques. Thus, this work aims, through literature, show a bit of SIG's history in the making of studies related to mining.
Key-words: Gis, Mining, DNPM, CPRM.
1- Introdução
As empresas de mineração sobrevivem da exploração de seus recursos
minerais. Estes recursos somente estão garantidos pela manutenção de seus
direitos minerários junto ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral),
órgão federal e controlador destes direitos (CALAZANS & MOREIRA, 2000).
O Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, autarquia federal
criada pela Lei no 8.876, de 2 de maio de 1994, vinculada ao Ministério de Minas e
Energia, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia
patrimonial, administrativa e financeira, tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal,
e circunscrição em todo o território nacional.
1- Pós Graduando em Geoprocessamento pelo Centro Universitário UNA. E-mail de contato:
[email protected] 2 – Pós Graduanda pela Universidade Norte do Paraná. E-mail de contato: [email protected]
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O DNPM tem por finalidade promover o planejamento e o fomento da
exploração mineral e do aproveitamento dos recursos minerais e superintender as
pesquisas geológicas, minerais e de tecnologia mineral, bem como assegurar,
controlar e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território
nacional, na forma do que dispõem o Código de Mineração, o Código de Águas
Minerais, os respectivos regulamentos e a legislação que os complementa.
Assim, para a manutenção de seus direitos minerários junto ao DNPM, e
também para assegurar o seu mercado de fornecimento de minérios, se faz
necessário, não só o acompanhamento diário dos eventos relacionados aos seus
títulos minerários e dos eventos relacionados aos títulos pertencentes aos
concorrentes, como ao mesmo tempo monitorar as mais diversas informações
relacionadas a este mercado minerador (CALAZANS & MOREIRA, 2000).
Nesta busca continua de condições cada vez mais seguras e rápidas para a
execução destes trabalhos, a utilização do SIG (Sistemas de Informações
Geográficas), que é um conjunto integrado de hardware e software para a aquisição,
armazenamento, estruturação, manipulação, análise e exibição gráfica de dados
espacialmente ligados a uma posição específica no globo terrestre, relacionados a
um sistema cartográfico conhecido, por meio de suas coordenadas, ou seja, dados
georreferenciados, se apresenta como uma solução eficaz, para monitorar os dados
referentes a processos minerários e também a informações de empresas que detém
direitos do mesmo (DEUS & NASCIMENTO, 2001).
Essa tecnologia permite coletar e analisar a informação muito mais
rapidamente, do que era possível com técnicas tradicionais de pesquisa,
proporcionando assim, a solução de análises complexas, através da compilação de
dados de diversas fontes, possibilitando ainda, a geração de documentos gráficos,
cartográficos e/ou temáticos, colaborando para uma maior compreensão ao
fenômeno estudado (DEUS & NASCIMENTO, 2001).
Este trabalho teve como principal objetivo, através de levantamento
bibliográfico, apresentar um pouco da trajetória do SIG na confecção de estudos
voltados a mineração, descrevendo seu contexto histórico como amostras dessa
poderosa ferramenta disponível para uma melhor análise e interpretação dos efeitos
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da extração e uso da mineração e seus impactos na atividade humana, trazendo em
forma de mapas, a fácil compreensão das informações apresentadas.
2 - Materiais e métodos
Através de levantamento bibliográfico, é apresentado neste estudo, um breve
histórico das técnicas de geoprocessamento utilizadas na mineração, tendo também
como base de informações, o Serviço Geológico do Brasil, CPRM, um dos pioneiros
no uso dessa tecnologia. São abordados em três eixos, sendo o primeiro no início da
década de 1970 onde se tem o inicio do uso do geoprocessamento, em seguida, sua
consolidação, expansão e expectativas futuras da aplicação do SIG a mineração.
3 - A história do geoprocessamento na mineração
O geoprocessamento remonta ao início da década de 1970, quando a
diretoria executiva da época, desejando capacitar a Companhia de Pesquisa de
Recursos Minerais (CPRM) para enfrentar os desafios crescentes, decidiu investir
maciçamente no desenvolvimento de sistemas de processamento de dados e na
aquisição de equipamentos de informática.
A empresa, pública e vinculada à Secretaria de Minas e Metalurgia do
Ministério de Minas e Energia, é responsável pela geração e difusão do
conhecimento geológico e hidrogeológico básico para o desenvolvimento
sustentável do Brasil.
Entre 1973 e 1975, concomitantemente ao desenvolvimento do Sistema de
Processamento de Dados Aerogeofísicos, do Sistema Estatístico de Amostragem
Geoquímica e do Sistema de Hidrologia, foram adquiridos equipamentos, periféricos
e softwares (CPRM, 2012).
A operação desses sistemas, a aquisição dos equipamentos e dos softwares,
e o estabelecimento de procedimentos e padrões no seu uso contribuíram para o
desenvolvimento das atividades de geoprocessamento na CPRM nos 30 anos
subseqüentes (CPRM, 2012).
Dessas atividades, de acordo com a CPRM (2012) cabe ressaltar:
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Primeiro mapa de contorno de geofísica totalmente automatizado no Brasil
(1975);
Primeira digitalização da drenagem simplificada de uma carta topográfica
1:100.000 no Brasil (1977);
Desenvolvimento do GeoQUANT, primeiro sistema brasileiro de análise de
dados geológicos de uso em microcomputador (1986);
Organização e armazenamento digital das primeiras Bases de Dados
Geocientíficos no Brasil (1987);
Primeira apresentação remota de uma aplicação de SIG (Sistema de
Informações Geográficas) no Brasil, efetuada para a SUCAM
(Superintendência de Campanhas de Saúde Pública), em Roraima, com
conexão remota com o Rio de Janeiro (1989);
Primeira modelagem em ambiente de SIG, no Brasil, aplicada à exploração
mineral no Vale da Ribeira (1993);
Segunda organização brasileira a gravar bases de dados científicos em CD-
ROM (1993);
Primeira visualização, em micro, das áreas de pesquisa mineral no Brasil,
mediante o sistema Títulos Minerários (1993);
Quarto Serviço Geológico do mundo a disponibilizar base de dados para
consulta através de seu Portal – a de poços para água subterrânea (1997);
Primeira proposta de um modelo de cadastro de deslizamentos de terra, no
Brasil, através do sistema MovMassa (1998).
3.1 - Como tudo começou (1973-1979)
O Sistema de Aerogeofísica tinha por função tratar e georreferenciar os dados
obtidos em aerolevantamentos e apresentar os resultados sob a forma de mapas. Já
o Sistema de Geoquímica estabelecia a padronização da coleta de amostras de
campo, o armazenamento das determinações analíticas e a aplicação de análise
estatística, inclusive multivariada, nos resultados.
Foi necessário que a CPRM adaptasse softwares, desenvolvesse outros
aplicativos e estabelecesse os procedimentos e padrões necessários para a geração
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e a apresentação dos mapas finais dos dados processados pelos sistemas. Ao final
de 1975, já detinha toda a tecnologia de tratar e georreferenciar os dados,
confeccionar os mapas e apresentá-los conforme os padrões cartográficos
brasileiros (VASCONCELLOS & BRANCO, 2004).
Os sistemas foram utilizados rotineiramente até 1979, quando a súbita
escassez de recursos orçamentários paralisou boa parte dos serviços na empresa,
com um inevitável impacto na continuidade das atividades de geoprocessamento.
3.2 - Consolidação (Segunda metade da década de 80)
A retomada dos serviços e atividades de geoprocessamento ocorreu apenas
a partir de 1985. No ano seguinte, deu-se início à geração de mapas geofísicos –
dos levantamentos efetuados na década de 70 – para apoiar a cartografia geológica
no Programa de Levantamentos Geológicos Básicos (PLGB). A visualização dos
grids, sob a forma de raster, tornou-se um procedimento padrão (VASCONCELLOS
& BRANCO, 2004).
Em 1986, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) solicitou a
implantação das Bases de Dados Geocientíficos: BIBL (Acervo Bibliográfico da
CPRM), AFLO (Descrição de Afloramentos de Rochas), PETR (Descrição
Petrográfica de Rochas), META (Ocorrências Minerais) e PALE (Paleontologia).
Foram desenvolvidos a modelagem dos dados, os procedimentos de alimentação,
crítica e armazenamento, e os aplicativos correspondentes. Em poucos anos,
praticamente todo o acervo de dados geocientíficos da CPRM estava armazenado
em Bases de Dados (DNPM, 2012).
Ainda em 1986 foi lançado o GeoQUANT, sistema de análise estatística de
dados geológicos em microcomputador. Tinha como base o Sistema de Geoquímica,
com a adição de algoritmos de tratamento e análise de dados de petroquímica, além
de geoestatística (VASCONCELLOS & BRANCO, 2004).
Em 1988 deu-se início aos estudos de cartografia digital, estabelecendo-se os
procedimentos de geração da topologia de mapas temáticos vetoriais. Esses
estudos permitiram a realização de um trabalho sistemático para o PRONI
(Programa Nacional de Irrigação), envolvendo a captura para a forma digital de
mapas de solo e vegetação e a digitalização da drenagem, como componentes
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cartográficos para a formação do Cadastro Nacional de Irrigantes
(VASCONCELLOS & BRANCO, 2004).
Nessa mesma época, foi desenvolvido, ainda no mainframe, o Sistema de
Informações em Recursos Naturais (SIR), um protótipo de SIG, que foi utilizado em
1989 para elaborar uma aplicação para a SUCAM, da Fundação Nacional de Saúde,
abordando estudos de distribuição da ocorrência de malária na Amazônia.
Essa aplicação foi apresentada ao então Presidente José Sarney, em Rio
Branco – Roraima, através de um terminal conectado remotamente ao computador
da CPRM no Rio de Janeiro, mediante uma linha telefônica dedicada.
A CPRM iniciou um projeto, também em 1989, para a Secretaria de Vias
Públicas da Prefeitura de São Paulo, denominado SIGA/SVP, em ambiente SIG
AM/FM (Automatic Mapping/ Facilities Management). Utilizando uma conexão
remota via linha dedicada, a rede de infra-estrutura urbana era digitalizada no Rio de
Janeiro e os resultados eram visualizados em São Paulo (PIMENTEL & JACQUES,
2004).
3.3 - Expansão (década de 90)
No início dos anos 90, a evolução da tecnologia dos equipamentos de
microinformática impeliu as atividades de geoprocessamento, permitindo a aplicação
rotineira de Sistemas de Informações Geográficas e de Sistemas de Análise de
Imagens (SAI), na construção de modelos da realidade para subsidiar a gestão do
Meio Físico.
Em 1992, ampliou o seu parque de microcomputadores, adquiriu o software
SPANS-GIS (SIG), e investiu na capacitação de pessoal. A escolha do SPANS
deveu-se ao fato desse sistema ser, à época, a ferramenta padrão de SIG da
instituição (CPRM, 2012).
Em função do conhecimento no assunto, a assimilação dos conceitos e
procedimentos foi rápida e, logo depois, a CPRM já desenvolvia trabalhos de
aplicação de SIG em diversas áreas geocientíficas.
Em 1993, foi construído um modelo prospectivo regional exploratório para
ouro, utilizando tecnologia de SIG e de SAI, visando a seleção de áreas potenciais
no Vale da Ribeira (SP). (Ver Figura 1).
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Figura 1: Modelo prospectivo regional exploratório para ouro, utilizando tecnologia de SIG e SAI.
No mesmo ano, a CPRM lançou o MicroSIR, que efetuava a pesquisa e
recuperação de informações contidas nas bases de dados – gravadas em CD-ROM
– e a visualização das informações georreferenciadas recuperadas, tendo como
mapa de fundo cartas digitais temáticas (CPRM, 2012).
Ainda em 1993, dentro do Projeto de Informatização do DNPM, a CPRM
apresentou o sistema Títulos Minerários, que permitia a visualização dos polígonos
dos títulos minerários existentes em uma área selecionada. Um ano depois, concluiu
a primeira versão dos sistemas destinados à automação das rotinas de outorga de
titulação mineraria de áreas (PIMENTEL & JACQUES, 2004).
Para apoio à gestão das águas subterrâneas dos Municípios de Picos e
Oeiras (PI), foi efetuada a confecção do Atlas Digital Hidrogeológico de ambos, em
1994, mediante a modelagem espacial de recursos hídricos subterrâneos, em
ambiente SIG.
Com o intuito de subsidiar a elaboração do Plano de Manejo do Parque
Nacional da Chapada Diamantina, foi executada, em 1995, a modelagem espacial e
construção do Atlas Digital do Parque, em ambiente de SIG, com informações multi-
temáticas. (Ver Figura 2).
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Figura 2: Atlas Digital do Parque Nacional da Chapada Diamantina, em ambiente de SIG.
Nesse mesmo ano, ao estabelecer uma política de disseminação da cultura
de geoprocessamento, adquirindo e distribuindo os softwares ENVI e PCI (SAI), e
SPANS (SIG), para as suas Unidades Organizacionais distribuídas pelo país, foi
definindo também um programa de treinamento.
Em 1996, visando diminuir os problemas de informações conflitantes nas
delimitações das terras da União no estado do Pará, para subsidiar a política de
reforma agrária, a CPRM, em conjunto com um Grupo de Trabalho instituído pela
Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), definiu a padronização dos dados
cartográficos, efetuou a sua digitalização, e desenvolveu a modelagem dos dados
em ambiente SIG (Ver Figura 3).
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Figura 3: Digitalização de dados cartográficos das terras da União no Estado do Pará.
Ainda em 1996, concluiu a primeira versão do Sistema de Informação de
Águas Subterrâneas (SIAGAS), contendo a base de dados de poços para água. No
ano seguinte, disponibilizou essa base de poços para consulta via Internet,
tornando-se um dos primeiros Serviços Geológicos do mundo a realizar essa
façanha (PIMENTEL & JACQUES, 2004).
Em 1998, foi modelado e desenvolvido o MovMassa, um sistema de
cadastramento de movimentos de massa (deslizamentos), para utilização no Estado
do Rio de Janeiro dentro do Projeto de mesmo nome, primeira proposta de um
padrão de banco de dados. (Ver Figura 4).
Figura 4: Sistema de cadastramento de movimentos de massa (deslizamentos), para utilização no
estado do Rio de Janeiro.
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3.4 - Atualidade e Perspectivas Futuras (Século 21)
Em 2001, a Waterloo, do Canadá, solicitou permissão para a adoção do
modelo de dados do SIAGAS. Mediante um convênio, o sistema foi atualizado pela
empresa, em conjunto com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM, 2012).
Nos anos de 2001 e 2002, expressiva parte do corpo técnico foi mobilizado
para a elaboração do mapa geológico do Brasil na escala 1:2.500.000,
desatualizado desde o início da década de 80. Os mapas resultantes desse
expressivo trabalho – de geologia, de tectônica e de recursos minerais – foram
desenvolvidos em ambiente SIG, permitindo a sua visualização via Internet. (ver
figura 5).
Figura 5: Mapa geológico do Brasil na escala 1:2.500.000.
Nos anos seguintes, esse trabalho foi expandido para uma escala maior,
segundo o corte padrão de folhas ao milionésimo. Representa o maior e mais
importante conjunto de informações geológicas, organizado em meio digital,
integrando bases de dados temáticas de atributos georreferenciados a partir de
bibliotecas padronizadas, contemplando um conjunto de 46 cartas geológicas na
escala 1:1.000.000, materializadas por 41 CD-ROMs multimídias de processamento
amigável (programa ArcExibe, desenvolvido internamente) (CPRM, 2012).
Em 2003, foi planejado o Centro de Informações em Geociências (CIG), a ser
consubstanciado através da implantação do Portal do Serviço Geológico do Brasil,
que tem por objetivo congregar em um ambiente integrado os dados e informações
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geocientíficas gerados pelo Serviço Geológico do Brasil e por instituições
congêneres, possibilitando o amplo acesso pela sociedade (CPRM, 2012).
O projeto de implantação do Portal, em execução, contempla a
implementação dos seguintes subprojetos: Infra-estrutura, Banco de Dados,
Metadados, Biblioteca Virtual, Publicação de Mapas via Web e Portal propriamente
dito (Sítio).
Ainda em 2003, foram desenvolvidos programas de consultas, via Internet,
para a Base de Dados de Paleontologia (PALE), e para a publicação da Base de
Dados do Léxico Estratigráfico Brasileiro (LEXI) (CPRM, 2012).
Em 2004, o SIGEOQ foi implantado viabilizando o acesso e a pesquisa às
informações e dados analíticos de geoquímica, via Internet, a visualização espacial
dos resultados da pesquisa, bem como a aplicação de uma estatística elementar
sobre o conjunto.
A CPRM (2012) continua acompanhando a evolução tecnológica nas
geociências e estudando a aplicação de novas tecnologias, dentre as quais se pode
destacar:
Estudos de imagens hiperespectrais de sistemas ópticos;
Integração de imagens de radar, de sistemas ópticos e de geofísica;
Conversão das imagens de radar, geradas pelo Projeto RADAMBRASIL, do
meio analógico para o meio digital;
Desenvolvimento de procedimentos de SIG nos trabalhos de campo,
mediante a utilização de "Palm-Top" e de telecomunicação.
Nas Geociências, as atividades de geoprocessamento devem inevitavelmente
assumir um papel cada vez mais preponderante, tanto no âmbito das organizações
governamentais como na das privadas, mediante a utilização rotineira de aplicativos
SIG e SAI, nas atividades de geologia e recursos minerais, de recursos hídricos, de
gestão territorial e de meio ambiente, voltadas para subsidiar o planejamento e a
gestão do Meio Físico, dentro do objetivo maior de ordenamento do território.
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4 - Considerações finais
Geoprocessamento é o tratamento das informações geográficas, ou de dados
georreferenciados, por meio de softwares específicos e cálculos. Ou, ainda, o
conjunto de técnicas relacionadas ao tratamento da informação espacial.
Durante toda a história as civilizações se ocuparam em estudar e registrar
através de mapas ou cartas dados sobre o espaço geográfico. Mas, com o avanço
da informática surgiu à possibilidade de se integrar vários dados e mapas e analisá-
los em conjunto, possibilitando, através de análises complexas e a criação de
bancos de dados georreferenciados, o desenvolvimento de diversas áreas como a
cartografia, principalmente, o planejamento urbano, comunicações, transportes e a
mineração, sendo à base de estudos deste trabalho.
5 - Referencias bibliográficas CALAZANS, Procópio, MOREIRA, Patrícia. Geoprocessamento aplicado a pesquisa mineral. Belo Horizonte, UFMG, 2000. CPRM, Serviço Geológico do Brasil. Disponível em: http://www.cprm.gov.br/ Acessado em 10 de dezembro de 2012. DEUS, Leandro Andrei Beser, NASCIMENTO, José Antonio Sena Do. Desafio Da Sustentabilidade Da Mineração Na Amazônia - O Geoprocessamento Como Instrumento De Análise. CETEM, Centro de Tecnologia Mineral, Rio de Janeiro, 2001. DNPM, Departamento Nacional de Produção Mineral. Disponível em: http://www.dnpm.gov.br Acessado em 10 de dezembro de 2012. PIMENTEL, Jorge, JACQUES, Patricia Duringer. GPS na Mineração. Revista Mundo Geo, 2004. VASCONCELLOS, Ricardo Moacyr, BRANCO, Paulo Cesar de Azevedo. Geoprocessamento na Mineração Brasileira. Revista Mundo Geo, 2004