Eladio Dieste
Carol VasquesMariana MincaroneRafael Berny
[ENG01129] Análise dos Sistemas Estruturais Profs. Cristiane Pauletti e Cristiane Sardin UFRGS 2013/2
Eladio DiesteArtigas, 10 de dezembro de 1917Montevidéu, 29 de julho de 2000
engenheiro e arquiteto uruguaio;
conhecido por construir silos, fábricas, mercados e igrejas;
elegância de formas excepcional;
criou a técnica de cerâmica armada;
desenvolveu a curva gaussiana.
“As virtudes de resistência das estruturas que construímos dependem da sua forma; é através da forma que elas são es-táveis e não devido a uma estranha acumulação de materiais. Não há nada mais nobre e elegante, de um ponto de vista in-telectual, que isso:
resistência através da forma.”
Desenvolvido a partir dos anos 50.
Tijolos cerâmicos + malha de aço+ juntas de argamassa armada + camada superior de argamassa
Amplamente utilizado no Uruguai e em outros países da América do Sul.
alvenaria armada
telha
armadura
tensor
tijolos
Elevada resistência mecânica
Leveza
Baixo módulo de elasticidade, o que permite maiores deformações
Boa durabilidade
Bom isolamento térmico e acústico
Sua superfície irradia mais calor no verão e perde menos calor no inverno
Preço por metro cúbico do material barato
Material local = SUSTENTABILIDADE
VANTAGENS DO USO DO TIJOLO:
Em matemática, a catenária descreve uma família de curvas planas semelhantes às que seriam geradas por uma corda suspensa pelas suas extremidades e sujeitas à ação da gravidade. Uma força aplicada em um ponto qualquer da curva divide-se igualmente por toda estru-tura.
Dado um elemento linear submetido somente a cargas verticais, a forma CATENÁRIA é precisamente a for-ma do eixo baricêntrico que minimiza as tenções. Deste modo, um arco em forma de catenária invertido é pre-cisamente a forma na qual se evita a aparição de es-forços distintos daqueles de compressão, tais quais es-forçoes cortantes ou fletor.
curva catenária
CURVASCATENÁRIAS
CURVASCATENÁRIAS
CURVA CATENARIA INVERTIDAARCOS DA CEASAPORTO ALEGRE
projeto iso-brickProjeto europeu, financiado pela UE
Tem como objetivo desenvolver um processo de pré-fabricação total de cascas de alvenaria de cerâmi-ca armada.
Casca com diretriz catenária;Juntas preenchidas com micro-concreto;Malha de aço eletrossoldada para reduzir o efeito de retração da camada de concreto;Armadura nas juntas, aço de 8mm (transversal) e 6mm (longitudinal).Molde madeira com formato catenário e molde flexível de borracha para fixação dos tijolos.
Posicionamento dos tijolos cerâmicos no molde
Posicionamento das armaduras nas juntas e do molde da casca
Concretagem da casca
iglesia cristo obrero
iglesia cristo obrero
URUGUAY
ATLÁNTIDA
poa
mvd
Atlántida, Uruguay, ao lado de uma pequena capela preexistente.
Igreja + Campanário
Início: 1957Conclusão: 1960Restauração: 2003 (Arquiteto Esteban Dieste)
Área construída: 480m²
Foi, segundo Dieste, sua primeira experiência ar-quitetônica.
As medidas da planta baixa equivalem as medidas da catedral de Ronchamp de Le Corbusier
O nome da Abóbada Gaussiana foi dado em homena-gem ao físico-matemático Carl Friedrich Gauss.
HISTÓRICO EPARTICULARIDADES
Igreja: 16m (testada) x 30m (profundidade) PLANTA BAIXA
7m
7m
8,5m
8,5m
CORTES
Cobertura de Abóbadas Gaussianas de dupla curvatura.
Diretrizes das arestas são curvas catenárias invertidas, enquanto suas seções transversais ondulam-se aumen-tando a rigidez em relação a sua superfície e peso.
Peso próprio da abóbada não provoca tensões de tração, pois não produz momentos fletores em nenhuma seção gerando unicamente tensões normais de compressão.
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:COBERTURA
Quanto maior o vão a cobrir, menor a flecha
necessária.
Flecha máxima de 147cm (na crista) e um
vale de onda pratica-mente horizontal, por onde correm os tiran-
tes.
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:COBERTURA
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:COBERTURA
Quanto maior o vão a cobrir, menor a flecha
necessária.
Flecha máxima de 147cm (na crista) e um
vale de onda pratica-mente horizontal, por onde correm os tiran-
tes.
TIRANTES INTERNOS
MOLDES DA ABÓBADA GAUSSIANA
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:COBERTURA
EXECUÇÃO DA ABÓBADA
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:COBERTURA
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:VIGA DE BORDO
É uma viga plana horizontal, com formato ondulado, que coroa as paredes da igreja e
sustenta a cobertura. É feita de concreto armado.
Os tirantes internos das abóbadas são presos na viga de bordo, que absorve os empuxos da abóbada.
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:VIGA DE BORDO
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:VIGA DE BORDO
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:VIGA DE BORDO
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:VIGA DE BORDO
Superfície de diretriz reta ao nível do solo e ondulada no encontro com a cobertura.
Rigidez da lâmina variava ao longo do comprimento da
parede.
Seções retas de pouca rigi-dez e seções curvas de mui-
ta rigidez.
Grande inércia no topo da parede resultando em vín-culo rígido e pequena inér-
cia em sua base resultando em vínculo articulado.
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:PAREDES CONÓIDESAUTOPORTANTES
Superfície de diretriz reta ao nível do solo e ondulada no encontro com a cobertura.
Rigidez da lâmina variava ao longo do comprimento da
parede.
Seções retas de pouca rigi-dez e seções curvas de mui-
ta rigidez.
Grande inércia no topo da parede resultando em vín-culo rígido e pequena inér-
cia em sua base resultando em vínculo articulado.
FUNCIONAMENTOESTRUTURAL:PAREDES CONÓIDESAUTOPORTANTES
DIRETRIZ CURVA
GERATRIZ RETA
DIRETRIZ RETA
BASE DA PAREDE CONÓIDE
DISTRIBUIÇÃO DASCARGAS
DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR
ENCONTRO DA PAREDE CONÓIDE COM A CASCA ONDULADA
ceasa
ceasa
PORTO ALEGRE
Porto Alegre, Brasil
Central de Abastecimento: 12 pavilhões, prédio admi-nistrativo e estacionamento para 10mil vagas.
Início: 1970Conclusão: 1973Reformas: 2013 (R$ 6,1 milhões em obras de recupera-ção e impermeabilização das coberturas dos pavilhões)
Área do conjunto: 420.000 m²Área construída: 73.000 m²
CEASA-RScentro poa
freeway
PAVILHÃO DO PRODUTOR
PAVILHÃO DO PRODUTOR
PLANTA BAIXA DO COMPLEXO
HISTÓRICO EPARTICULARIDADES
Apesar de ser um patrimônio arquitetônico da cidade, poucos porto alegrenses conhecem o conjunto. No site da Ceasa não há referência alguma a Dieste.
Integraram a equipe de projeto: Fayet, Araújo, Gaudenzi e Comas.
Para sua construção, foi empregado um sistema de transporte de fôrmas.
CORTES
curvas gaussianas comtirantes transversais
PAVILHÃO DOPRODUTORATUALMENTE
Eladio Dieste
Carol VasquesMariana MincaroneRafael Berny
[ENG01129] Análise dos Sistemas Estruturais Profs. Cristiane Pauletti e Cristiane Sardin UFRGS 2013/2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Eladio Dieste : 1943-1996 : metodos de calculo” - DIESTE, E. (1997)
“A fé move tijolos: igreja em Atlântida, Uruguai, 1952-1959, de Eladio Dieste” - Comas, C. E. D. (2001)
“Arquiteturas cisplatinas : Roman Fresnedo Siri e Eladio Dieste em Porto Alegre” - Canez, A. P. M. (2004)
“Os casos das igrejas de Eladio Dieste em Atlántida e Durazno” - FITZ, LEONARDO (2011)
“Eladio Dieste e a cerâmica armada” - Román, C. E. (2013)
“Cascas em Alvenaria Cerâmica Armada, uma Forma Pré-Fabricada de se Construir”, por J. T. Oliveira, E. Bonaldo, J. A. O. Barros, P. B. Lourenço, em: http://www.engenhariacivil.com/cascas-em-alvenaria-ceramica-armada-uma-forma-pre-fabricada-de-se-construir
“Clásicos de Arquitectura: Iglesia del Cristo Obrero / Eladio Dieste”, por Karina Duque, em: http://www.plataformaarquitectura.cl/2011/07/19/clasicos-de-arquitectura-iglesia-del-cristo-obrero-eladio-dieste/
“Igreja de Cristo Operário por Eladio Dieste”, por Thiago Augustus, em: http://www.projetoblog.com.br/2013/igreja-de-cristo-operario-por-eladio-dieste/