TEM
A
1 AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES
UNIDADE 1
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
As crises do feudalismo no século XIVA fome
Aumento populacional
Queda das colheitas e
de rendimentos dos senhores e camponeses
Produção agrícola
insuficiente
Fome da população europeia
Aumento do preço dos alimentos
Cultivo de solos pouco férteis e destruição das plantações por
fortes chuvas
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
A epidemia de peste negra
• Vinda da Ásia central, a peste negra chegou à Europa pelos portos do Mediterrâneo por volta de 1347, em embarcações infestadas de ratos.
• A bactéria da doença foi transmitida por pulgas que picavam os ratos e então os seres humanos, e também de um ser humano para outro, através da tosse e do espirro.
• Desnutrida pela escassez agrícola e vivendo em péssimas condições sanitárias, a população europeia foi gravemente afetada. Estima-se que, entre 1348 e 1351, mais de um terço dela tenha morrido.
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
A EXPANSÃO DA PESTE NEGRA NA EUROPA (1347-1351)
Fonte: Britannica Kids. The Black Death. Encyclopædia Britannica 2012. Disponível em <http://mod.lk/ofkMH>. Acesso em 18 jan. 2018.
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HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O medo da morte na Idade Média
Detalhe de Dança macabra, pintura de Bernt Notke, século XV.
Detalhe de gravura de Ars Moriendi representando a tentação da avareza na hora da morte, século XV.
A morte era representada na figura de esqueletos que dançavam, cobertos por um manto, liderando indivíduos dos mais variados segmentos sociais. Nessas representações, as diferentes camadas sociais da Europa medieval apareciam, enfim, igualadas no final da vida.
O Ars Moriendi (“a arte de morrer”) foi um gênero literário cujos textos ensinavam aos cristãos os preparativos para uma boa morte, davam conselhos para evitar as tentações no leito de morte, regras gerais de boa conduta a amigos e parentes do agonizante e preces apropriadas à situação.
Na pintura Na literatura
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HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
Local Período Revoltosos Motivação Desfecho
França Década de 1350 Camponeses
Jacqueries motivadas pela cobrança de
altos tributos pelos senhores, pela crise de fome e contra o poder da nobreza.
Repressão que ocasionou
a morte de mais de 20 mil camponeses.
Flandres Entre 1323 e 1328
Trabalhadores urbanos
Concorrência das oficinas artesanais
formadas por trabalhadores rurais
e a consequente redução de seu
salário.
Derrota dos revoltosos.
Inglaterra 1381 Trabalhadores do campo e da cidade
Cobrança de novo imposto.
Massacre sobre os rebeldes.
Revoltas populares do século XIV
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
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2 O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA
UNIDADE 1
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
A centralização monárquica e o Estado moderno
Centralização do poder monárquico
Imposição da autoridade dos reis sobre determinados
territórios; unificação da moeda, das leis e dos impostos.
Ocorreu ao longo do tempo, apesar da oposição da maior
parte dos senhores feudais, que temiam perder seu poder, e da Igreja, que receava que os reis
se tornassem politicamente mais fortes que o papa.
Surgimento do Estado moderno
Caracterizado pela existência de um mesmo povo, que compartilha uma única língua, vive
em um mesmo território defendido por um Exército e é governado por um monarca soberano.
Apoio da burguesiaInteressada no fim das
restrições impostas pelos senhores feudais para transportar e negociar
mercadorias entre as cidades.
Apoio de parte da nobrezaDesejosa de manter seus
privilégios após ter se enfraquecido com as
Cruzadas e as fugas dos servos para as cidades.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
A formação dos reinos ibéricos
Disputas entre os muçulmanos e influência das
Cruzadas
Domínio dos árabes muçulmanos sobre a Península Ibérica
Os cristãos iniciam as guerras de
Reconquista pela Península Ibérica
Formação dos reinos ibéricos e alianças entre as
famílias reais
Reino de Portugal (1139)
Afonso Henriques, filho de Henrique de Borgonha,
proclamou-se rei de Portugal e inaugurou
a primeira dinastia portuguesa.
Reino da Espanha (1492)
Formado a partir do casamento entre os
monarcas Fernando de Aragão e Isabel de Castela,
em 1469, e consolidado após a queda do Emirado
de Granada, em 1492.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
A monarquia francesa
Vitória francesa na Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
Disputada contra a Inglaterra pela sucessão do trono francês e pelo controle da região de Flandres,
importante centro produtor de tecidos.
Enfraquecimento da nobreza
francesa
Aliança entre os nobres franceses
e os reis da dinastia Valois
Consolidação do poder real
francês
Medidas de centralização da dinastia capetíngia
(A partir do século XII)
• Criação de impostos.
• Confisco de feudos.
• Formação de exército assalariado.
• Taxação sobre os bens da Igreja.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
Centralização monárquica na Inglaterra
Medidas de Guilherme, o Conquistador
(século XII)
• Confisco de terras da população.
• Criação de 5 mil feudos, administrados por vassalos que deviam fidelidade ao rei.
Embora o poder real tenha se fortalecido, os monarcas ingleses
continuaram a lutar para manter a
autoridade real sobre os senhores feudais
nos séculos seguintes.
Assinatura da Magna Carta(1215)
O rei João Sem Terra assinou uma espécie de Constituição que reconhecia a autoridade real, mas obrigava o monarca a respeitar a lei, favorecendo nobres, clérigos e burgueses.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
TEM
A
3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA
UNIDADE 1
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
A diversidade cultural na América • Antes da chegada dos europeus à América, havia no
continente uma grande diversidade cultural de povos e diferentes formas de organização política.
• Quando o Reino da Espanha se formou, por exemplo, já havia na América grandes impérios, como o asteca e o inca.
• Havia também cidades-Estado maias e pequenos Estados independentes, como o mixteca, além de comunidades tradicionais, como as que habitavam o território brasileiro.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
R. Amazonas
L. Titicaca
OCEANOATLÂNTICO
OCEANOPACÍFICO
GOLFODO MÉXICO
MAR DAS ANTILHAS
Texcoco Castillo de TeayoMayapánTulum
Xicalango
Utatlán
Ihuatzio
Tlacopan Tizatlán
ZaachilaMitlaTenochtitlán
Cholula
Quito
CHIMU
SupePARACA
Chavin de HuantarMachu Picchu
PachacamacCuzco
HUARI
NAZCA
MOCHICACajamarca
Caral
Túmbez
TiahuanacoTIAHUANACO
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
80° L
0º
Culturas mesoamericanas
Império Tolteca (1000 a 1200)
Estados zapotecas (1400 a.C. a 700 d.C.)
Maias (250 a 1000)
Astecas (1300 a 1520)
Culturas andinasCulturas pré-incas
Império Chimu (1200 a 1470)
Império de Tiahuanaco (375 a 1000)
Cultura Inca (1200 a 1500)
Povos e culturas do Brasil pré-cabralinoTronco Tupi
Família TukanoTronco Macro-Jê
Família Caraíba Grupo Charrua
Família Aruaque Outros grupos
Família Pano
Culturas da América do Norte
Anasazi (700 a 1500)
Fremont (400 a 1300)
Hohokam (300 a 1450)
Mississípi (a partir de 750)
Mogollon (250 a 1350)
Patayan (Hakataya) (a partir de 700)
Pueblos (700 a 1300)
Fontes: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico:
geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 52; SOLIS,
Felipe. Posclásico tardío (1200/1300-1521 d.C.).
Tiempo mesoamericano (2500 a.C.-1521 d.C.). Arqueología Mexicana.
Edición especial. México (DF): Raíces/Instituto
Nacional de Antropología e Historia, 2001. p. 65.
POVOS DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA (C. 900-1520)
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
O mundo dos maias
• A civilização maia se desenvolveu na Mesoamérica e atingiu o auge entre 250 e 900 d.C.
• Seu declínio ocorreu possivelmente por causa de epidemias, guerras, invasões, uma longa estiagem ou o esgotamento do solo.
Seus sacerdotes também eram matemáticos e astrônomos.
Realizavam cálculos precisos e viam a movimentação dos astros como uma
manifestação da vontade divina.
Viviam em cidades-Estado governadas por um chefe hereditário, que exercia as funções políticas e religiosas com
o apoio de líderes tribais, nobres guerreiros e sacerdotes.
Os povos maias
Criaram três calendários, que utilizavam simultaneamente
para estabelecer a época propícia para o preparo do campo, a semeadura e
a colheita.
Praticavam o comércio entre cidades, porém sua economia era agrícola. As elites tinham a posse das terras, que eram cultivadas por camponeses. Seu
principal produto era o milho.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
Ergueram Tenochtitlán em meio a um lago salgado. Para viver no local, construíram barragens e diques para controlar o nível da água e canteiros flutuantes (chinampas), nos quais
cultivavam flores e hortaliças.
Eram governados por uma aristocracia militar e sacerdotal, no centro da qual estava o imperador. Camponeses lhe
serviam como soldados e construtores de diques, pirâmides e outras obras.
Os astecas
Seus escribas produziram os códices, conjuntos de desenhos e escritos que representavam a história dos astecas,
de suas conquistas territoriais e eventos relacionados à vida cotidiana.
Praticavam a agricultura, base de sua economia, além de domesticar animais.
Eram artesãos refinados: confeccionavam peças em ouro, prata, cerâmica e pedras preciosas, além de tecidos de algodão e
mosaicos de plumas.
O grande Império Asteca
• Por volta do século XII, os astecas chegaram à região do Lago Texcoco e conquistaram cidades e povos vizinhos, formando um império que chegou a 25 milhões de pessoas no século XVI.
• A capital Tenochtitlán foi enriquecida com os tributos pagos pelos diferentes povos do império. No século XVI, estima-se que a cidade tivesse cerca de 300 mil habitantes.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
O império dos incas
• Acredita-se que os incas chegaram à região de Cuzco no final do século XIII. Lá iniciaram a construção de um grande império, chamado Tahuantinsuyo.
• As terras do Império Inca abrigavam cerca de 7 milhões de pessoas, de mais de cem grupos étnicos distintos.
Eram liderados pelo imperador (Sapa Inca), visto como representante sagrado do Sol, que contava com
funcionários administrativos vindos de famílias nobres.
Viviam em comunidades familiares (ayllus) chefiadas pelos kurakas, que garantiam a segurança, organizavam o trabalho e cobravam tributos dos camponeses na forma de serviços
prestados (mita).
Os incas
Falavam o quéchua, um dos idiomas oficiais do Peru, falado atualmente por cerca de 12 milhões de indígenas. Na região andina, muitas comunidades camponesas ainda mantêm rituais e
crenças religiosas incas.
Construíam terraços em forma de degraus para praticar a agricultura nas
montanhas e fabricavam os quipus, cordões nos quais faziam nós para registrar números e dados sobre a
população e as finanças do império.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
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A
4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
UNIDADE 1
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
Sociedades sahelianas • A África, assim como a América pré-colombiana,
foi território de diversas civilizações e diferentes organizações políticas.
• O continente abrigou uma variedade de sociedades: nômades e sedentárias; Estados centralizados e comunidades aldeãs; povos de religiões tradicionais e monoteístas.
• O Sahel é uma região situada imediatamente ao sul do Deserto do Saara e habitada por diferentes povos pastores e comerciantes. Entre os séculos VIII e XVI, desenvolveram-se nela diversos reinos e cidades mercantis.
• Esses reinos tiveram origem na atividade do comércio de longa distância de artigos como ouro, noz-de-cola, marfim e peles, além de escravos. A atividade era praticada sobretudo com os árabes vindos do norte da África.
Fontes: SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. 2. ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. p. 297; HERNANDEZ, Leila M. G. Leite. A África na sala
de aula: visita à África contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 41.
REINOS E IMPÉRIOS DO SAHEL (SÉCULOS X-XVI)
EQUADOR0º
0º
SONGHAI
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Região do SahelDeserto do SaaraÁreas de influência islâmica
Divisão política atualImpério de GanaImpério do Mali
Impérios ou reinos
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
O Reino de Gana
• O mais antigo do Sahel, o Reino de Gana se estabeleceu por volta do ano 300.
• Foi nomeado pelos árabes como “terra do ouro” devido a suas ricas zonas auríferas.
• A cidade de Kumbi Saleh foi seu principal centro comercial e atingiu seu esplendor por volta dos séculos XIII e XIV.
Chegada do islã (c. século XI)
Crescimento do islamismo após contato com líderes religiosos e mercadores árabes vindos do norte.
Fortalecimento do poder do rei (gana)
• Conversão de intelectuais e membros da corte real ao islã.
• Aglutinação de diferentes povos, como tuaregues, malinquês, fulas, tuculores e soninquês.
Formação do Império de Gana
• O islã se tornou religião do Estado, mesmo sem a conversão do gana.
• Apesar da nova religião, crenças e rituais tradicionais foram mantidos.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
O Império do Mali
• Entre os séculos XIII e XVI, floresceu no Sahel o Império do Mali.
• A princípio, o Mali foi uma região do Império de Gana. Era habitado pelos malinquês (mandingas), que falavam a mesma língua de Gana e também adotaram a cultura e a religião islâmicas.
• Seus governantes recebiam o título de mansa, e seu poder era mantido por meio do controle do comércio de caravanas e da cobrança de taxas sobre produtos como ouro, sal, escravos, marfim e noz-de-cola.
• Os súditos viviam em casebres de barro nos vilarejos, onde plantavam, criavam animais, pescavam, teciam e produziam objetos artesanais, como cestas e potes.
Mercado a céu aberto diante da Grande Mesquita de Djenné, no Mali atual. Foto de 2012.
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
A expansão do império: Timbuctu e Djenné
• Mansa Musa foi o rei responsável por organizar o Império do Mali em províncias, estreitar os laços com o Egito e aumentar a extensão do reino.
• As cidades de Timbuctu e Djenné foram incorporadas ao império no século XIII. Sob o governo de Musa, transformaram--se em grandes centros cosmopolitas, onde foram construídos prédios públicos e mesquitas.
• Em Timbuctu, encontravam-se intelectuais e estudiosos do mundo árabe. Nas universidades da cidade ensinava-se lógica, astronomia, caligrafia árabe, matemática e história, além dos fundamentos do islã por meio do estudo do Alcorão.
Detalhe de Atlas catalão de Abraham Cresques, de 1375. Na imagem, Mansa Musa erguendo uma pepita de ouro sobre a cidade de Timbuctu.
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
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A
1 O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
UNIDADE 2
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Renascimento: um novo modo de pensar
Predomínio do pensamento religioso
durante a Idade Média
• Na Idade Média, o conhecimento era dirigido pelo clero católico, que entendia o mundo a partir da fé e da religião.
• Escolástica: conciliação entre fé e razão; entretanto, ainda se priorizavam as Escrituras.
Transformações na Europa
Desde o século XI, mudanças como a urbanização, a
expansão do comércio e o enriquecimento da burguesia
propiciaram o surgimento de novas ideias, que não
correspondiam mais à visão de mundo divulgada pelos
clérigos medievais.
Renascimento
A história, a filosofia, a literatura, a retórica e a
matemática passaram a ser valorizadas na educação.
Para se diferenciar do período medieval, artistas e
intelectuais se inspiraram na Antiguidade clássica.
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Por que Renascimento?
“Renascimento”
O termo sugeria a ideia equivocada de que a Idade Média teria sido um período de atraso cultural e intelectual, durante o qual o
conhecimento da Antiguidade clássica teria desaparecido.
O termo fazia crer que a expressão cultural da Antiguidade clássica
pudesse ser retomada fora de seu tempo e em outro contexto histórico.
Na realidade, estudos mostram que, nesse período, a cultura
greco-romana continuou presente na literatura, nas teorias políticas,
na educação, na filosofia etc.
Na realidade, apesar de terem criado um estilo artístico inspirado na Antiguidade, os renascentistas
expressaram valores típicos de sua época, como a permanência
das ideias religiosas e as transformações sociais e culturais
do final da Idade Média.
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O humanismo
• O humanismo foi um movimento intelectual do Renascimento que surgiu nos centros urbanos mais desenvolvidos da Península Itálica.
O pensamento humanista
Buscava obter conhecimento sobre o ser humano e a natureza
através da investigação, da observação e da crítica,
valorizando a razão e o raciocínio lógico.
Defendia o antropocentrismo, ou seja, a ideia de que o ser
humano deveria ser visto como o centro do Universo, no lugar de Deus (teocentrismo), como
feito até então.
Estava associado aos novos valores próprios da burguesia, como a liberdade do indivíduo
na sociedade e a capacidade de agir do ser humano.
Mantinha a religião cristã, mas defendia a investigação e a reflexão racional por acreditar que a razão não deveria estar a serviço da fé, mas ser uma
categoria livre.
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
TEM
A
2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES
UNIDADE 2
HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
O espírito científico renascentista • Os fenômenos da natureza passaram a ser estudados
por meio da observação e da experimentação, em vez de serem vistos como manifestações da vontade divina. Por isso, muitos pensadores sofreram pressões da Igreja para abandonar seus estudos.
• Galileu Galilei, por exemplo, foi condenado por defender a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico, que afirmava que a Terra orbitava em torno do Sol, no lugar da antiga crença geocêntrica. Para sobreviver, o astrônomo italiano teve que renunciar a suas ideias.
• Os humanistas valorizavam a precisão, o método e o rigor. Com isso, criaram inovações técnicas e realizaram diversos tipos de descobertas científicas, desde a movimentação elíptica dos planetas até o funcionamento da circulação sanguínea em nosso corpo.
Sistema cosmológico concebido por Copérnico, retirado da obra Atlas celestial ou a harmonia do Universo, 1660.
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
A difusão de novas ideias
Escrita manual
• Até meados do século XV, os livros eram escritos à mão por monges copistas, um processo limitado e custoso.
• Os livros eram guardados nas bibliotecas dos mosteiros, limitando o conhecimento a religiosos, alguns poucos intelectuais e aristocratas.
Em 1450, Johannes Gutenberg desenvolveu a prensa de caracteres, agilizando a reprodução de livros, barateando os custos e aumentando a
produtividade.
Durante o Renascimento, foram criados academias
e liceus laicos, fora do controle da Igreja, onde
se estudava grego e latim e desenvolvia-se um
conhecimento investigativo, reflexivo e crítico.
Difusão das ideias humanistas
pela Europa
HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
Península Itálica: berço da nova arte
Enriquecimento da burguesia italiana com
as atividades comerciais e bancárias no fim do
século XIV.
Italianos influentes investiram no trabalho
de pintores, escultores e arquitetos e tornaram-se
mecenas: protetores e patrocinadores de artistas.
Burgueses prósperos e orgulhosos buscavam expressar
seu poder, exibir sua riqueza e imortalizar sua figura nas
sociedades italianas.
Além de famílias burguesas, como os Médici de Florença,
papas como Júlio II investiram nas artes para reforçar o
poder da Igreja e conquistar a admiração dos fiéis.
Sem esse patrocínio, artistas como Botticelli e Michelangelo talvez não tivessem marcado a história da arte com suas
pinturas e esculturas.
HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
A arte renascentista e suas inovações • Os renascentistas representaram
expressões, sentimentos e figuras humanas; a natureza; temas da mitologia greco- -romana; personagens e episódios bíblicos; além de fazer retratos encomendados.
• “Cientistas das artes”: os artistas procuraram recriar a realidade com perfeição e beleza, utilizando inovações como a perspectiva (impressão de profundidade) e a técnica de luz e sombra.
• Universalismo: busca pelo conhecimento em todas as áreas do saber.
• Principais nomes: Giotto di Bondone (precursor), Brunelleschi, Donatello, Botticelli, Michelangelo, Rafael, Leonardo da Vinci e Ticiano. Detalhe de O Nascimento de Vênus,
pintura de Sandro Botticelli, c. 1485.
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LER
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
O Renascimento no norte da Europa • No século XV, enquanto o Renascimento estava no
auge na Península Itálica, começaram a ocorrer também transformações na arte do norte da Europa.
• Nessa região, houve um menor interesse em retratar temas da cultura greco-romana; os artistas se preocuparam mais em representar plantas, animais e a anatomia humana.
• Jan van Eyck (1390-1441): produziu obras que impressionam pelo realismo e pela riqueza de detalhes.
• Albrecht Dürer (1471-1528): dedicou-se ao estudo de novas técnicas (perspectiva, anatomia e arquitetura clássica), aproximando-se da arte italiana.
Detalhe de Autorretrato, pintura de Albrecht Dürer, 1493.
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
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P . 3 5 , N ° 1 E 2 . P . 3 8 , N ° 5 .
P . 4 6 , N ° 1 .
Prof(a): DANIELE RANGEL
Disciplina: HISTÓRIA TURMA: 701