Carta aberta
4o Trimestre – 2013 1
Feliz Natal e feliz 2014. Eu sei que é outubro, mas nossa revista vai até dezembro, por isso, nesta edição temos algumas dicas para a galera do vestibular, uma receita para o seu Natal e os estudos bíblicos que tanto fazem bem à nossa vida.
Este trimestre, na EBD, o tema será Personagens bíblicos. Alguns você já deve conhecer; outros, talvez, não. Mas indepen-dentemente disso aproveite cada encontro para ver como Deus operou na vida de pessoas que viveram há tanto tempo, mas continua trabalhando em nossa vida hoje também.
Nos encontros da DCC – Divisão de Crescimento Cristão – te-mos três temas, um para cada unidade: personalidade, doutrina do pecado e o livro divino. Como já temos dito, mesmo que sua turma de adolescentes da igreja não tenha um encontro para estudar a DCC, leia-os mesmo assim. São preparados com muito carinho e você pode aprender muito.
Que o Senhor Jesus possa continuar abençoando seu aprendi-zado escolar e também bíblico. O estudo da Bíblia é algo essencial para a vida do cristão, de todo aquele que se diz um discípulo de Jesus. Se você já tem este hábito, parabéns! Se ainda não o desenvolveu, inicie hoje mesmo. Incentivo você, também, a convidar os amigos para estudarem a Bíblia juntos na EBD. Só fará bem.
Que o Senhor que abençoou cada um dos personagens que conheceremos neste trimestre possa continuar abençoando sua vida.
2 Diálogo e Ação Aluno
Expediente
Nossa missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas
no cumprimento da sua missão como comunidade local”
Diálogo e ação
2 Diálogo e Ação Aluno
ISSN 1984-8595
Literatura Batista
Ano 81 – N° 328 – Out.Nov.Dez. 2013
Diálogo e Ação aluno é uma revista destinada
a adolescentes (12 a 17 anos), contendo lições
para a Escola Bíblica Dominical e estudos para a
União de adolescentes (Divisão de Crescimento
Cristão), passatempos bíblicos e outras matérias
que favorecem o crescimento do adolescente nas
mais diferentes áreas
Todos os direitos reservados. Copyright © 2013
da Convenção Batista Brasileira
Proibida a reprodução deste texto total ou par-
cial por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos,
dados etc.), a não ser em breves citações, com
explícita informação da fonte
Publicação trimestral do
Departamento de Educação Religiosa
da Convenção Batista Brasileira
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Sócrates Oliveira de Souza
Coordenação Editorial
Solange Cardoso de Abreu d’Almeida
(RP/16897)
Redação
Carlos Daniel de Campos
Produção Editorial
Studio Anunciar
Distribuição
EBD-1 Marketing e Consultoria Edi to ri al Ltda.
E-mail: [email protected]
4o Trimestre – 2013 3
SumárioCarta aberta 1Soltando o verbo (carta dos leitores) 4A geração que não curtiu, mas cutucou 7 Curiosidades 9Dicas de namoro 12 Abertura do trimestre – EBD 13
EBD 1 – Melquisedeque– Rei de justiça 14 EBD 2 – Eliézer – Deus é auxílio 17 EBD 3 – Débora – A coragem contagia 20 EBD 4 – Natã – Ele é doador 23 EBD 5 – Manassés – Quem faz esquecer 26 EBD 6 – A viúva de Sarepta – Ajuda da fornalha de fundição 29 EBD 7 – Obadias – O servo de Iavé 32 EBD 8 – Baruque – O segredo de ser abençoado 35 EBD 9 – Zacarias – O Senhor se lembrou 38 EBD 10 – Ana – Seu nome é graça 41 EBD 11 – 44 EBD 12 – Lídia– De coração aberto 47 EBD 13 – Onésimo – Útil no reino de Deus 50 Quiz da montanha 53 Abertura do trimestre – DCC 55 Unidade 1 – Personalidade
DCC 1 – Eu sou eu mesmo? 56DCC 2 – Como acertar? 58 DCC 3 – Eu também quero ir 60 DCC 4 – O que fazer? 62 Letra e música 64
DCC 5 – Uma triste realidade 66DCC 6 – Os efeitos do pecado 68 DCC 7 – Vencendo o pecado 70 DCC 8 – Sem medo de ser feliz 72 Entre as letras 74 Unidade 3 – O livro divino DCC 9 – A natureza do livro divino 75 DCC 10 – Um livro aberto para todos 77 DCC 11 – Recontando a história do Natal 79 DCC 12 – Um livro para a família 81 Cantinho do poeta 83
Dicas de vestibular 90O que você gostaria de fazer nas férias? 95Guloseimas 96
4 Diálogo e Ação Aluno
Soltando o verbo
Querido adolescente Neste espaço, você tem a chance de dizer para o Brasil o que pensa. Adolescentes,
Envie sua carta para Caixa Postal 13333 – CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro,
RJ ou seu e-mail para [email protected]
Valorizando a nova geração
Sou conselheiro de adolescentes e diretor de educação cristã/teológica da
PIB em Vila Ramos, São Paulo, SP. Valorizamos a nova geração utilizando a
revista Diálogo e Ação da Convenção Batista Brasileira com excelentes estudos
para a EBD e DCC. Parabenizo a redação e toda a equipe da revista pelo mara-
vilhoso ministério realizado para a glória de Deus. Fraternalmente na graça e
paz do Senhor Jesus Cristo, amém.
Evangelista Marcelo Perez Viana (Marcelinho)
São Paulo, SP
Resposta: Olá, Marcelo, obrigado por suas bonitas palavras. Ficamos, realmente, felizes em
ouvir testemunhos assim sobre a revista. Ela é preparada com muito carinho sempre pensando
em como os adolescentes de todo o Brasil poderão ser abençoados por ela. Já nos instruiu o
apóstolo Paulo em 1Coríntios 10.31: “Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa.
Fazei tudo para a glória de Deus”. Abração.
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Oi pessoal, tudo bom?
Eu me chamo Lívia e eu estava aqui lendo a lição da EBD e deparei com
mais uma ótima poesia de Josima Marinho que vocês publicaram, e pensei se
podia enviar uma também. Sou daquelas pessoas que acreditam que um papel e
grata se puderem publicar; se não, mesmo assim obrigada pela oportunidade.
A poesia está logo aqui abaixo. Que Deus abençoe vocês. Beijos.
Lívia C. Sousa, 13 anos
PIB de Parnaíba, PI
Resposta: Oi, Lívia, a Diálogo e Ação é feita para e pelos adolescentes. Obrigado por com-
publicada nesta revista. Nós também acreditamos que um papel e uma caneta podem fazer
coisas incríveis, inclusive, tornar o mundo um lugar melhor para se viver. E como diz aquela
música do Gerson Borges, “se as palavras não mostrarem como é grande a minha gratidão,
mesmo assim, Senhor, recebe o meu louvor. É de coração!” Que o Senhor da Palavra continue
lhe inspirando. Abração.
Oiii, galera,
A paz do Senhor. Sou da Igreja Batista Arauaris (Catu, BA). Eu me chamo
Marcos Vinícius e tenho 10 anos, alem de fazer parte dos adolescentes, tam-
bém toco bateria na igreja. Sou aluno da revista Diálogo e Ação e estudamos
Parábolas Vivas. Nossos professores são Lindacy Maurício e Ediluza da Paz e
nosso pastor é Nelson dos Santos (no caso, meu pai).
Marcos Vinícius dos Santos, 10 anos
Igreja Batista Arauaris – Catu, BA
Facebook: https://www.facebook.com/marcosvinicius.santos.370
Resposta: Grande Marcos Vinícius, é muito bom receber uma mensagem de alguém tão jo-
aí em sua bateria e, também, em Jesus. Abração.
6 Diálogo e Ação Aluno
Esta turma tem aproveitado a oportunidade de estudar a Bíblia juntos. São
os adolescentes da Classe Saron da EBD da Primeira Igreja Batista do Brás em
São Paulo, capital. Utilizamos a revista Diálogo e Ação regularmente, que tem
sido ferramenta importante em nossos encontros. Gostaríamos de ver nossa
foto publicada numa das próximas edições da revista. Deus os abençoe. Grato.
Pedro Lúcio dos Santos, professor
PIB do Bras – São Paulo, SP
Resposta:
em saber que todos estão empenhados em aprender mais da Bíblia e, também, porque a
Diálogo e Ação pode fazer parte disso. Sintam-se à vontade para enviar outras fotos, teste-
para e pelos adolescentes. Abração para todos aí.
Olá, sou adolescente e faço parte da Primeira Igreja Batista no Janga, PE
e gostaria de parabenizar você e todos que fazem a revista Diálogo e Ação.
Confesso que nunca tinha lido a abertura da revista, mas este trimestre resolvi
ler e achei interessante o que encontrei lá. Também gostei das lições da DCC
e as lições da EBD estão muito legais. Tá sendo muito bom aprender mais
sobre o Sermão do Monte e os ensinamentos de Jesus. Procurei sobre Stênio
vocês a continuar com esta revista que abençoa nossa igreja e tantas outras.
Ananda Eduarda – PIB no Jangá, PE
Resposta: Olá, Ananda, obrigado por seu e-mail. Ele é um bálsamo para nossas almas. Mais adolescentes conhecendo, seguindo e amando a Jesus. É disso que queremos fazer parte. Que Deus abençoe a sua vida e sua igreja. Abração.
4o Trimestre – 2013 74o Trimestre – 2013 7
Estudo especial
Sou da geração dos “caras-pintadas”, reconhecida como aquela que tirou o presidente do poder. Naquela época, milhares de jovens e adolescentes (em sua maioria), de todo o país, pintaram seus rostos e saíram às ruas em protesto aos acontecimentos dramáticos que vinham abalando o Brasil. Parece que a nostalgia voltou e foi emocionante ver, novamente, milhares de jovens e ado-lescentes indo às ruas para demonstrar indignação com nossos governantes.
A geração que não curtiu, mas cutucou
Quem vivenciou as manifestações da década de 90 sabia, desde o começo, que não era só pelos 0,20 centavos. Recentemente, li esta declaração de um estudante de engenharia: “Eu li sobre os caras-pintadas, mas não imaginava que a multidão nas ruas causasse tanta emoção. Às vezes, me dá vontade de chorar”. Confesso que em alguns mo-mentos, durante as reportagens, não contive a emoção e foi impossível se-gurar as lagrimas.
Infelizmente, vivemos hoje uma cul-tura que estimula o conforto, e não os desa% os. É tudo uma questão de encon-trar atalhos para não ter de enfrentar as di% culdades, para evitar o sofrimento e esquivar-se do dever, o pensamento é sempre deixar para o outro.
Hoje, nossa sociedade nutre poucas expectativas em relação aos adolescen-tes. Geralmente, o que se espera deles é que vão à escola, busquem uma boa preparação pro% ssional e, em alguns casos, que realizem algumas tarefas simples do dia a dia.
"Infelizmente, vivemos hoje uma
cultura que estimula o conforto, e não os desa� os. É tudo uma questão de encontrar
atalhos para não ter de enfrentar as di� culdades, para
evitar o sofrimento e esquivar-se do
dever, o pensamento é sempre deixar para
o outro"
8 Diálogo e Ação Aluno8 Diálogo e Ação Aluno
Penso que a principal lição para os pais de adolescentes, diante deste cenário, seja re� etir sobre qual o nosso papel. A tensão e o medo, o medo são sentimentos que se misturam com a alegria de perceber que nossos � lhos fazem parte da geração que acordou para a realidade. Não estão preocupa-dos apenas com a mesada no � m do mês ou com os passeios ao shopping.
Paulo escrevendo aos coríntios disse: “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e racionava como menino. Quando me tornei maduro, deixei para trás as coisas de menino” (I Coríntios 13.11). Logo adiante, em I Coríntios 14.20, Paulo diz: “Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças; mas, quanto ao modo de pensar, sejam adultos.” Parece que
nossos adolescentes entenderam muito bem as palavras do apostolo.
Recentemente li um livro “Radi-calize”, os autores � zeram um agrade-cimento que me chamou a atenção: “Obrigado a toda família que com-põe nossa igreja, o lar da fé. Vocês nos viram crescer, por isso também testemunharam as várias faltas que cometemos, principalmente em nos-sa adolescência, muito obrigado pela � delidade de suas orações, pelo apoio e por seus conselhos”.
Parabéns a geração que não cur-tiu, mas cutucou. Parabéns aos nossos adolescentes.
_____________Cleudair Godoi
Pastor de adolescentes no Rio de Janeiro
4o Trimestre – 2013 94o Trimestre – 2013 9
Nomes da Bíblia
Curiosidades
Salém
Abreviação natural do nome Jerusalém, é conhecida bem antes dos egípicios, como
estudados, Melquisedeque, era o rei justo de Salém (ou Jerusalém), a cidade próspera (Salmo 76.2; Gênesis 14.18).
Débora
Nome de uma profetisa, mulher de Lapidote, que se assentava debaixo de uma pal-meira, que tinha o seu nome entre Ramá e Betel, no monte de Efraim e ali julgava o povo.
Natã
Nome de um distinto profeta que viveu nos reinados de Davi e Salomão. Natã escre-veu um livro descrevendo o reinado de Davi e parte do de Salomão (1Crônicas 29.29; 2Crônicas 9.29).
Manassés
a.C., tendo apenas 12 anos de idade. Não continuou a obra reformadora de seu pai; estabeleceu os altos, levantou altares a Baal, plantou bosques, adorou todos os astros
profetas o avisaram, porém, ele não lhes deu ouvidos. Antes, fez derramar muito sangue inocente em toda Jerusalém. As vítimas, em geral, pertenciam à classe daqueles que
21.1-10).Em recompensa às crueldades deste rei, Deus fez vir, sobre ele e sobre o seu povo,
os príncipes do exército do rei dos assírios, que aprisionasaram Manassés e o leva-ram para a Babilônia, preso com cadeia e em grilhões (2Crônicas 33.11). Manassés arrependeu-se de seus pecados e, algum tempo depois, foi reposto no trono. Lançou fora os ídolos que o haviam arruinado, restaurou o culto de Jeová e ampliou a defesa de Jerusalém (2Crônicas 33.12-19). Tendo reinado 55 anos, o mais longo dos reinados dos monarcas de Judá, faleceu no ano 642 a.C. Em seu lugar, reinou Amom (2Reis 21.17,18; 2Crônicas 33.20).
10 Diálogo e Ação Aluno10 Diálogo e Ação Aluno
Sarepta
Canaã. Ficava situada no litoral do Mediterrâneo, a 30km ao norte de Tiro. Os fenícios também eram chamados de sidônios. Este nome ainda perdura, sob a forma Surafend, aldeia situada sobre um monte perto do mar, a 14 milhas ao norte de Tiro, e a 8 de Sidônia. A antiga cidade estava bem à costa onde se encontram importantes ruínas, em uma extensão de cerca de uma milha.
Obadias
Nome do governador do palácio de Acabe que, durante a perseguição aos profetas de Jeová, pela rainha Jezabel, escondeu 100 deles em duas cavernas, 50 em cada uma (1Reis 18.3,4). Encontrando-se com o profeta Elias, este lhe ordenou que fosse anunciar a Acabe: “Eis aqui está Elias” (5.16). Da entrevista do profeta com o rei de Israel, resultou o confronto entre Jeová e Baal sobre o Carmelo, em que foram mortos os profetas do falso deus.
Baruque
Nome de um escriba da família de Nerias e amigo de Jeremias (Jeremias 36.26,32). No quarto ano de Joaquim, escreveu as profecias de Jeremias que este lhe ditou (36.1-8). No ano seguinte, ele as leu publicamente no dia de jejum (v. 10) e, depois, diante dos príncipes que se apoderaram do livro (v. 14-20). O rei, ao ouvir as primeiras palavras, queimou o livro e ordenou a prisão do profeta e do seu escriba, mas eles escaparam (v. 21-26). Baruque escreveu um segundo livro, cópia do primeiro com algumas adições (Jeremias 36.27-32).
Baruque foi discípulo e companheiro inseparável de Jeremias. Era descendente de uma família nobre de judeus e era escriba. No livro do profeta Jeremias há muitas referências feitas a ele. Há dois livros, contidos na Bíblia católica, que parecem ter como autor Baruque.
Nome do pai de João Batista e sacerdote da turma de Abias (Lucas 1.5). Ele e sua mulher Isabel eram pessoas piedosas. Isabel era parenta de Maria de Nazaré, mãe de Jesus (6.36). Morava na região serrana da Judeia (6.39,40).
Rode
Nome de certa moça, serva de Maria, mãe de Marcos. Ela deu o anúncio da chegada de Pedro aos discípulos, depois de ele ter sido miraculosamente libertado da prisão, quando bateu à porta da casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos (Atos 12.13-16).
4o Trimestre – 2013 114o Trimestre – 2013 11
Lídia
Nome de uma mulher de Tiatira, cidade da Lídia, nome que parece ter-se originado no local de seu nascimento. Tiatira notabilizou-se pelos seus processos de tinturaria. Lídia empregava-se no comércio de tecidos de púrpura, ou na venda de tinta para tecidos, quando se mudou para Filipos. Era mulher temente a Deus quando Paulo chegou a esta cidade. Ouviu o evangelho e creu em Jesus. Tendo nascido na Ásia, foi o primeiro fruto do trabalho de Paulo na Macedônia e na Europa. Insistentemente, convidou o apóstolo e seus companheiso para se hospedarem em sua casa. Quando Paulo e Silas saíram da prisão, onde haviam sido recolhidos depois do grande tumulto havido na cidade, voltaram novamente à casa de Lídia (Atos 16.14,15,40).
Onésimo = do grego, “útil, proveitoso”
Nome de um escravo de Filemom, convertido em Roma por ministração de Pau-lo, que o enviou a seu senhor, que era cristão, pedindo-lhe que o recebesse, já não como servo, mas como irmão muito amado (Filemom 10,19). Era natural de Colossos e, juntamente com Tíquico, foi o portador das epístolas aos Colossenses e a Filemom (Colossenses 4.7-9).
"Salém" ou Jerusalém nos tempos modernos
Imagem: www.sxc.hu/630974_46393400.jpg
12 Diálogo e Ação Aluno12 Diálogo e Ação Aluno
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Fonte:
LEOTO, Sergio e Magali. Transar ou não transar. Ed. Abba Press.
São Paulo:1998. p. 43.
Quais as características importantes a serem verificadas
na pessoa que você pretende namorar?
Dicas de namoro
4o Trimestre – 2013 13
Vidas que ensinam
(Personagens bíblicos)
Objetivos: Neste trimestre, nós faremos novas amizades com alguns personagens bíblicos. Melquisedeque, Ana, Rode, Obadias e outros. Cada encontro, um personagem. Sei que aprenderemos muito com a vida desses homens e mulheres de Deus. Um dia, alguém também contará a nossa história. Que também digam que andamos com Deus.
Estudos da EBD
EBD 1 – Melquisedeque– Rei de justiça
EBD 2 – Eliézer – Deus é auxílio
EBD 3 – Débora – A coragem contagia
EBD 4 – Natã – Ele é doador
EBD 5 – Manassés – Quem faz esquecer
EBD 6 – A viúva de Sarepta – Ajuda da fornalha de fundição
EBD 7 – Obadias – O servo de Iavé
EBD 8 – Baruque – O segredo de ser abençoado
EBD 9 – Zacarias – O Senhor se lembrou
EBD 10 – Ana – Seu nome é Graça
EBD 12 – Lídia– De coração aberto
EBD 13 – Onésimo – Útil no reino de Deus
Autores das lições
Lições 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10 – Adriana dos Santos Mello Gomes, professora e tec-nóloga em processamento de dados e bacharel em Teologia pelo STBSB no Rio de Janeiro, RJ.
Lições 3, 6 e 11 – Agnes Alencar, mestranda em História na PUC, RJ.
Liçoes 12 e 13 – Anielle de Souza, acadêmica de Medicina e líder de pequenos grupos.
Lição 8 – Lucas Ribeiro, professor de EBD e acadêmico de Administração.
Abertura do trimestre – EBD
14 Diálogo e Ação Aluno
Uma das piores coisas que o ser hu-mano pode presenciar na vida é a injus-tiça. Atualmente, vivemos cercados com
esta realidade, sofremos amargamente e vemos as pessoas clamando por justiça. Mas a justiça do ser humano, movido por sentimentos, é bem difernte da justiça nos escritos bíblicos.
A justiça é um atributo moral de Deus, estreitamente relacionado com a sua san-tidade. Justiça e santidade estão presen-tes na vida do homem em seu aspecto moral. O homem é dotado de senso moral
ele segue um conjunto de normas que,
tamento social (sentimentos, intenções, decisões, ações referentes ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade).
EBD 1
6 de outubro
MelquisedequeRei de justiça
(Gênesis 14.18-20; Hebreus 7.1-17)
Leituras diárias
Segunda –
Terça –
Quarta –
Quinta –
Sexta –
Domingo –
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4o Trimestre – 2013 15
Desta forma, normas e regras justas auxiliam o homem a conviver em so-ciedade. Cristãos que vivem em todas as partes do mundo têm clamado por justiça. Mas será a justiça que deseja-mos e buscamos aquela que a Bíblia apresenta? Para conhecer e praticar a justiça divina, precisamos estudar a Bí-blia e nos relacionar com Deus
O personagem bíblico que estuda-remos nesta lição é Melquisedeque, que representa a justiça divina e, também, guarda uma relação estreita com o sa-cerdócio de Jesus no Novo Testamento.
Cara a cara com o rei e sacerdote Melquisedeque
Melquisedeque é especialmente im-portante para a história dos patriarcas de Israel e, também, para o cristianis-mo. A Bíblia relata que ele era rei de Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14.18). Em Hebreus 7.2, podemos ver que o seu nome signi! ca rei de justiça e, também, dá o signi! cado do nome do seu reino, rei de paz. Sendo rei, sua principal tarefa era a manutenção da justiça na vida do povo. Na função sacerdotal, atuava como ministro reli-gioso em sua época.
Ações mais que palavras
A Bíblia nos permite comparar o reinado de Melquisedeque com o de outros reis. Em Gênesis 14, lemos
que Abraão está diante de dois reis: Melsquisedeque e Bera, que era rei de Sodoma. Nas poucas linhas que contém a narrativa sobre Melqui-sedeque, percebemos a sua atitude íntegra como sacerdote. Ele era ! el a Deus e lhe servia com muito temor.
O sacerdócio de Melquisedeque é comparado com o sacerdócio de Cristo (Hebreus 6.20). Não se fala da origem dele, para mostrar sua estreita relação com o Salvador, que existia "an-tes da fundação do mundo" (João 1.1). Por meio de suas ações, Melquisede-que demonstra que o sacerdócio ante-cipava o padrão a ser cumprido na vida e obra do Messias, Jesus Cristo. Leia Jeremias 23.5, que relata a profecia do reinado e sacerdócio de Cristo.
"O sacerdócio de Melquisedeque é comparado com o sacerdócio de Cristo
(Hebreus 6.20). Não se fala da origem dele, para
mostrar sua estreita relação com o Salvador, que existia "antes da fundação
do mundo" (João 1.1). Por meio de suas ações,
Melquisedeque demonstra que o sacerdócio antecipava o padrão a ser cumprido na vida e obra do Messias,
Jesus Cristo"
16 Diálogo e Ação Aluno
Conclusão
Querido adolescente, nós tam-bém podemos comparar a nossa vida cristã com os ensinamentos transmi-tidos por meio das atitudes de Mel-quisedeque:
1 Aspecto atemporal: a Bí-blia não cita o início e o " m dos dias de Melquisedeque, mas dá ênfase à sua " delidade aos ensinamentos de Deus e como os colocava em prática.
2 Aspecto hierárquico: Abraão respeita a posição de Mel-quisedeque, sacerdote do Deus Al-tíssimo, assim como nos rendemos em adoração a Jesus Cristo, Rei dos reis e sumo sacerdote do Pai.
3 Justiça de Deus: a justiça de Deus envolve todo o ser humano, principalmente os cristãos. Para nós, cristãos, ser justo é uma condição alcançada mediante a ação de Deus em nos perdoar os pecados. A partir de então, implica a capacidade que temos de não nos conformar com o mundo injusto em que vivemos.
"Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e dos fariseus, de modo nenhum entrareis
no reino dos céus" (Mateus 5.20)
4 Temor a Deus: signi" ca re-verência diante de Deus, entendendo que estamos diante do Santo. Signi" ca ouvir, entender e praticar as suas leis.
5 Respeito ao próximo: inde-pendentemente da posição que um homem ocupe, ele precisa ser capaz de respeitar o próximo, que é uma exigência da justiça de Deus.
6 Vida íntegra: esta lição nos ensina que não é a quantidade de his-tória que se escreve sobre uma pessoa que a transforma em exemplo, mas a sua qualidade de vida. Por isso, esfor-ce-se para melhorar sua qualidade de vida, de sua família e de sua igreja. Seja um cristão verdadeiro!
"Não é a quantidade de
história que se escreve
sobre uma pessoa
que a transforma em
exemplo, mas a sua
qualidade de vida"
4o Trimestre – 2013 17
Leituras diárias
EBD 2
13 de outubro
Eliézer Deus é auxílio
(Gênesis 15.1-3; 24.1-26)
Segunda –
Terça –
Quarta –
Quinta –
Sexta –
Domingo –
Como você se sente quando seus pais lhe prometem alguma coisa e, depois, voltam
quando chega a data, transferem a passagem para o seu irmão mais novo. Que senti-
mentos estariam presentes em seu coração? Com certeza, seria uma enorme frustração
e, por mais que ame o seu irmão, você estará sentindo-se injustiçado.
18 Diálogo e Ação Aluno
Neste estudo, você conhecerá um homem que passou por algo seme-lhante e, mesmo assim, não se sentiu frustrado. Ele continuou servindo a seu senhor com a mesma dedicação e e� ciência de antes. Seu nome é Eli-ézer.
Cara a cara com o servo de Abraão
A primeira informação que te-mos de Eliézer é que ele nasceu na cidade de Damasco e fora escolhi-do por Abraão para ser seu herdei-ro adotivo, antes do nascimento de Ismael e Isaque. Seu nome signi� ca "Deus do socorro".
Na época de Abraão, um servo ou escravo era a pessoa que, por algum motivo, estava a serviço de um senhor e com ele matinha um relacionamento de submissão e de-pendência. No caso de Eliézer, sua situação de escravidão resultava do seu nascimento na casa de Abraão, ou seja, ele deveria ser � lho de algu-ma escrava.
Sendo Eliézer, servo de um ho-mem que fora escolhido pelo Deus altíssimo para ser pai de uma nu-merosa nação, desfrutava do privi-légio de compartilhar da religião de Abraão e, como pode ser visto em Gênesis 24.2, foi lhe dado a respon-sabilidade de ser o mordomo da casa de Abraão.
Um servo muito especial
Depois do nascimento dos herdei-ros o� ciais de Abraão, Eliézer conti-nou servindo a seu senhor com a mes-ma � delidade de antes. Em Gênesis 24, lemos que ele fora incumbido de uma tarefa especial: encontrar uma esposa para Isaque. Não uma esposa qualquer, mas aquela que o Senhor lhe indicaria e que fosse da família de Abraão.
Em sintonia com Deus
Por ser servo de um homem que servia ao Deus altíssimo, Eliézer sabia que deveria con� ar em Deus e lhe ser obediente. Eliézer tinha consciência de sua responsabilidade. Ele era um bom administrador dos bens do seu senhor, por isso, levou apenas o ne-cessário para ter êxito em sua missão.
Com certeza, durante a viagem, Eliézer pensou numa forma de ser orientado por Deus. Ele orou a Deus, pedindo que lhe desse uma estratégia e con� rmasse suas boas intenções.
Eliézer estava seguro que Deus lhe responderia. Talvez, não pensasse que a resposta de Deus viria tão rápida e tão especí� ca. Leia Gênesis 24.15-28 e verá que Deus ouviu a oração de Eli-ézer e a respondeu imediatamente.
Mediante a oração feita por Eli-ézer e as atitudes de Rebeca, pode-mos destacar alguns ensinamentos importantes:
4o Trimestre – 2013 19
"E disse: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje, peço-te, bom êxito, e usa de benevolência para com o meu
senhor Abraão" (Gênesis 24.12)
1 Eliézer não teve pressa em re-conhecer a resposta de Deus. Às vezes, quando oramos, nos agarramos com toda força à primeira resposta que apa-rece. Precisamos estar atentos àquilo que temos recebido como resposta, porque podemos ser iludidos pelo nosso querer.
2 Eliézer era atencioso às ins-truções que recebera. Muitos têm se enganado com relação às verdades bíblicas, porque não atentam para os seus ensinamentos. Precisamos aca-tar as instruções da Bíblia e não ape-nas nos contentar em ouvir sobre ela.
3 O silêncio de Eliézer. Precisa-mos ! car atentos à resposta de Deus. Precisamos aprender o valor do si-lêncio e da re" exão em nossa vida para ouvir sua mansa voz.
4 Rebeca, ao ser questionada sobre sua parentela, deu a boa notícia: "eu sou ! lha de Betuel, ! lho de Milca, o qual ela deu a Naor" (Gênesis 24.24). Em outras palavras, ela estava dizendo: "sou parente de Abraão". Quando Deus está à frente de nossa vida, não há como errar.
A herança deixada por Eliézer
Eliézer foi um servo ! el a Abraão e o serviu com inteireza de coração. Sua vida nos ensina que:
1 A ! delidade de um servo sem-pre é recompensada. Quando uma pessoa se torna digna de representar ou-trem, é porque essa pessoa tem um valor incalculável. Nós, cristãos, somos os re-presentantes de Deus neste mundo.
2 Há grande responsabilidade em administrar os bens de nosso Se-nhor. Devemos ser assim, pois Deus nos fez mordomos de algumas coisas. Precisamos cuidar delas, principal-mente do mundo onde habitamos.
3 A oração deve ser a mola-mes-tra de nossa vida cristã. Deus pode e deve participar de tudo em nossa vida. Pratique a oração e aprenda a ouvir, em silêncio, a resposta de Deus.
Conclusão
Temos recebido ordens de nosso Senhor Jesus Cristo para pregar o evangelho e devemos obedecer-lhe. A! nal, somos testemunhas vivas da maravilhosa mensagem de salvação.
Eliézer é um exemplo de servo ! el. É exatamente esse o tipo de ser-vo que Deus procura: um mordomo atento à sua voz, cuidadoso em seus afazeres e atento às suas bênçãos.
Nosso Pai celeste procura mor-domos assim. Você tem sido um mordomo ! el?
20 Diálogo e Ação Aluno
Antes de haver em Israel um rei propriamente dito, as questões do povo eram governadas por juízes que julgavam de acordo com a palavra do Senhor. O ciclo vicioso do povo de Deus muitas vezes parece com o nosso. A Bíblia não é um livro machista como muitos pensam. Um exemplo disso é a personagem Débora que conheceremos hoje. Abra sua Bíblia em Juízes 4 e vamos conhecer Débora. Quero falar de três caraterísticas de Débora que podem ser exemplares para nós.
EBD 3
20 de outubro
Segunda –
Terça –
Quarta –
Quinta –
Sexta –
Leituras diárias
DéboraA coragem contagia
(Juízes 4.4-40)
4o Trimestre – 2013 21
1 Serenidade
Talvez, esta seja uma característi-ca das mais cruciais para um paci! ca-dor. Débora, como juíza, era também uma paci! cadora e uma conciliadora nas questões do povo. Por vezes, fa-lhamos em nossos relacionamentos em promulgar a paz simplesmente por não buscarmos ser serenos. To-davia, serenidade não é o tipo de ca-racterística que podemos obter facil-mente ausentes da presença de Deus. Ao contrário, por meio do relaciona-mento com o Pai podemos aprender a ser serenos e, com isso, ! ca mais fá-cil exercer papéis conciliadores e pa-ci! cadores em vez de ser instrumen-tos de ódio e de perpetuação da ira.
2
Quando Débora expôs a Baraque qual era a sua missão, ele hesitou. Ela, não. Se de acordo com a tradição os homens são mais corajosos que as mu-lheres, vemos que no caso da história de Débora os papéis se invertem. Ge-
Povo se esquece de Deus
Povo cai em pecado Povo é
castigado
Povo clama ao Senhor
Povo é libertado
ralmente, nós temos nossos conceitos prontos mas Deus age de maneira, por vezes, às avessas ao que nós estamos acostumados. Baraque a! rma que só irá se Débora for com ele.
Uma mulher e não um homem é a representante da palavra de Deus e da presença no Senhor no campo de batalha. Débora não pensa duas ve-zes; não impõe condições; com toda serenidade diz que vai com ele; a se-renidade de Débora não está pautada em um sentimento humano – lembra do que falamos acima? – ela é fruto de um relacionamento pessoal que ela tem com Deus. Esse relaciona-mento lhe permite saber que ela não será abandonada ou deixada de lado por Deus. Ela con! a que o Senhor é ! el e justo. Por isso, a serenidade está pautada na con! ança que ela apren-deu a ter em Deus por causa de seu relacionamento com ele.
3 Coragem
Talvez, esta seja a mais abstrata das características. A! nal, o que é coragem? Todos nós sentimos medo. Você sabia
22 Diálogo e Ação Aluno
que é o medo que faz com que você olhe para os dois lados antes de atraves-sar uma avenida? O medo nos protege e, em certa medida, é profundamente necessário para a manutenção da nos-sa vida. Então, para termos coragem precisamos deixar de ter medo? Não! Todavia, coragem signi" ca que precisa-mos escolher as nossas batalhas e lutar por elas até o " m. Coragem signi" ca con" ar que Deus lutará conosco as ba-talhas. Coragem signi" ca apenas que temos mais fé e con" ança na justiça de Deus do que no nosso medo.
Serenidade, coragem e
Você deve estar se perguntando: e daí? Como posso ser tudo isso hoje? Como ser Débora nos meus dias, na minha escola, no meu trabalho?
Todas essas características estão em falta nos nossos dias. Falta-nos serenidade para decidir pelo melhor caminho, pelas melhores escolhas. Falta-nos serenidade para escolher as batalhas nas quais devemos nos en-gajar. Empenhamos força e energia em lutas nas quais Deus não está pre-sente simplesmente porque não te-
mos tido serenidade de perceber que aquela luta não valia a pena. Por ve-zes, tomamos decisões erradas e nos falta também coragem de aceitar as consequências de nossos erros como, por exemplo, quando não estudamos o bastante e " camos com vontade de colar para não tirar uma nota ruim. Mas se somos corajosos para fazer o que é certo, aceitaremos com sereni-dade aquilo que nos é cabido, tendo certeza de que estamos fazendo o que Deus deseja de nós. E então? Onde estão os jovens de coragem, serenida-de e con" ança, disponíveis, a quem Deus possa usar? Onde estão as "Dé-boras" e os "Baraques" de nossos dias? Espero que você seja um deles.
“(...) Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o
Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" ( Josué 1.9)
precisamos escolher as nossas batalhas e
que Deus lutará conosco as batalhas. Coragem
na justiça de Deus do que no nosso medo"