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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR VICENTE DE CARLI - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
FRANCISCO BELTRÃO, NOVEMBRO DE 2011.
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO 04
2. CARACTERISTICAS DO ESTABELECIMETO 06
3. OBJETIVOS DO P.P.P. 06
4. MARCO SITUACIONAL 08
5. MARCO CONCEITUAL 22
6. MARCO OPERACIONAL 33
6.1 Formação Continuada 35
6.2 Projetos 35
6.2.1 Projeto de Leitura 35
6.2.2 Projeto Ambiental 36
6.2.3 Projeto Mais Educação 37
6.2.4 Projeto Festival de Poesia 37
6.2.5 Projeto Aprender Brincando 38
6.3. Direção 38
6.3.2 Equipe Pedagógica 40
6.3.2.1 Dificuldade de Aprendizagem 41
6.3.2.2 Avaliação Escolar 41
6.3.2.3 Aprovação 42
6.3.2.4 Reprovação 42
6.3.2.5 Recuperação 43
6.3.2.6 Evasão/ Desistência 43
6.3.2.7 Adaptação Curricular 44
6.3.2.8 Dependência 44
6.3.2.9 Indisciplina 45
6.3.2.10 Inclusão 45
6.3.3 Corpo Docente 45
6.3.4 Conselho de Classe 46
6.3.5 Agente Educacional II 46
6.3.6 Agente Educacional I 46
6.3.7 APMF e Conselho Escolar 47
6.4 ENVOLVIMENTO DE OUTRAS ENTIDADES 47
6.4.1 PROERD 48
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6.4.2 Patrulha Escolar Comunitária (PEC) 48
6.4.3 CELEM 49
6.4.4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 50
6.5 ANEXOS 52
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1. APRESENTAÇÃO
A construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual São Miguel
– Ensino Fundamental e Médio que a pedido da comunidade escolar foi alterada a
denominação pelo Decreto Nº 6787 de 20 de abril de 2010, considerando: a LDB nº
9394/96 do Conselho Estadual de Educação e o Parecer nº 1400/10 da
Coordenação de Estrutura e Funcionamento que passa a Colégio Estadual
Professor Vicente De Carli – Ensino Fundamental e Médio, em homenagem ao
nosso ilustre professor que dedicou sua vida e trabalho a esse estabelecimento de
ensino. Sua jornada de trabalho era concedida com especial alegria. No colégio
Professor Vicente, via todos os seus alunos com um olhar paterno e em casa, se
dirigia carinhosamente a cada um deles como “meus pequeninos”. Essa expressão
era recepcionada com muito orgulho pelos 5 filhos, que não se importavam em
dividir o carinho do pai com os inúmeros “irmãos afetivos”.
Reconhecia que a simplicidade e os parcos recursos financeiros dos seus
alunos dificultavam, sobremaneira, as condições de aprendizado, mas tinha a
esperança de que com muito esforço e dedicação nos estudos, cada aluno poderia
mudar o seu destino e o da sua família. Entretanto, sabia que recaía sobre os
ombros do professor a grande responsabilidade de fazer com que o aluno se
apaixonasse pela aprendizagem, estimulando-o a seguir em frente nesta longa e
penosa caminhada, rumo ao conhecimento.
Vicente De Carli nasceu em 04/03/1942, na Comunidade de Rocinha,
Município de Três de Maio – Estado do Rio Grande do Sul. Prestamos-lhe não
apenas uma homenagem, mas o merecido tributo, que tão dignamente faz jus.
Tributo esse que não raramente é feito apenas por ocasião do falecimento, mas que
não deixa de ter um imensurável valor sentimental, evidenciando o mais puro
reconhecimento da sua nobreza.
O Projeto Político Pedagógico é uma exigência estabelecida pela L.D.B.
9.394/96, em seu Art. 12, Inciso I, ao mesmo tempo em que é uma oportunidade
ímpar de uma comunidade escolar expressar sua intenção, sua opinião de como
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deve funcionar a escola, enfim, de tornar a escola o “seu mundo”, de acordo com
sua realidade social, econômica, política e cultural.
Assim sendo, a comunidade escolar do Colégio Estadual Professor Vicente
De Carli partiu para a construção coletiva de seu Projeto, que conta com a
colaboração de professores, funcionários, alunos e pais ou responsáveis. Todos
estes segmentos foram reunidos oportunamente ou consultados via questionário, e a
opinião de todos foi levada em consideração na hora de escrever o texto.
As informações que fundamentaram esta pesquisa foram obtidas a partir da
aplicação de um questionário enviados aos pais aonde foi levantada a situação
sócio-econômica-cultural das famílias, a visão dos pais sobre como é e como deve
ser a escola, em seus aspectos cognitivos, avaliativos, sociais, afetivos, etc. Este
instrumento de coleta de dados foi dividido nas seguintes partes: a) caracterização
do estudante; b) caracterização dos seus familiares; c) escolaridade do estudante e
de seus familiares; d) atividades desenvolvidas pelo estudante; e) características
culturais do estudante e de seus familiares; f) identificação de valores sócio-
familiares e do estudante; g) valores individuais do estudante; h) perspectivas
profissionais do estudante.
É importante frisar como foi pensada a estrutura da amostragem para a coleta
de dados. Resolveu-se trabalhar com uma amostra que fosse representativa do
universo dos alunos. Para tanto, trabalhou-se, primeiramente, com um percentual de
20% do total de estudantes da escola. Utilizou-se a amostragem estratificada
proporcional, pela premissa de que os estudantes apresentam características
homogêneas, podendo, ainda, ser observado que estes mesmos estudantes
apresentam características mais ou menos comuns. Sendo assim, cada um dos
estudantes será considerado um estrato.
Deste modo, ao construir seu Projeto, a escola como um todo estará
comprometido com sua efetivação, já que o documento deverá expressar a vontade
e a opinião de todos.
O Projeto Político Pedagógico é o documento que norteará o andamento das
atividades do Colégio Estadual Professor Vicente De Carli, direcionando o dia-a-dia
de professores, funcionários, direção e equipe pedagógica, de modo a atingir
objetivos comuns, expressos nesse documento.
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2. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual Professor Vicente De Carli – Ensino Fundamental e
Médio, (código 01256), fone (46) 3524-1160, está localizado à Rua Santo Antônio,
955, Bairro São Miguel, zona urbana de Francisco Beltrão – PR – código do
Município 0850, distando aproximadamente 2,5 km do Núcleo Regional de
Educação, código 12. Inaugurado no ano de 1991, seu funcionamento foi autorizado
através da Resolução nº 989/91, de 14 de abril do mesmo ano. O Reconhecimento
do Curso e do Estabelecimento está amparado pela Resolução nº 4.703/95, de 26
de dezembro de 1995, e do Ensino Médio pela Resolução nº 1.957/2000, de 07 de
junho de 2000, sendo que o reconhecimento do Colégio foi renovado pela
Resolução nº 1.652/04 de 03 de maio de 2004, e Parecer do NRE de Aprovação do
Regimento Escolar 180/04 de 24 de junho de 2004. Alterada a denominação pelo
Decreto Nº 6787 de 20 de abril de 2010, considerando: a LDB nº 9394/96 do
Conselho Estadual de Educação e o Parecer nº 1400/10 da Coordenação de
Estrutura e Funcionamento. Por ser um bairro em pleno desenvolvimento com certas
dificuldades de ordem biopsicossociocultural, fez-se necessário à implantação do
Ensino Fundamental, sendo este alterado para o Ensino Fundamental de Nove Anos
(09) a partir de janeiro de 2012, junto à comunidade com o objetivo de atender estas
necessidades. Desse modo, ela foi constituída através de objetivos comuns,
idealizados pelos respectivos segmentos: profissionais em educação, pais e alunos.
A Lei 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, altera, o Ensino Fundamental que
será ofertado a partir de 2012 de forma simultânea, mudando assim para Ensino
Fundamental de Nove Anos, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o
Ensino Fundamental.
3. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO:
Nossa Escola, comprometida com uma formação intelectual e humana,
objetiva uma educação condizente com o processo de organização social, evitando
uma realidade de exclusões, desenvolvendo em todos os que dela participam,
comportamentos e atitudes de solidariedade, respeito e valorização da diversidade
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humana e das diferenças individuais, procurando formar cidadãos autônomos,
críticos, participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem, de modo a influenciar mudanças
necessárias ao exercício da cidadania.
Em vista dessa linha de pensamento, e por determinação da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional - Lei 9.394/96, nosso Colégio organizou o presente
Projeto, que norteará o trabalho de toda a comunidade escolar. Nesse sentido, a
escola aos poucos adquiriu autonomia, diante dos debates sobre os processos de
gestão democrática, porém sempre amparada e institucionalizada pelas leis maiores.
O Projeto Político Pedagógico é visto como um objeto de estudo entre
professores, direção, pedagogos e funcionários da escola. Tem por objetivo
principal, nortear as decisões políticas e as práticas educacionais a serem adotadas
no âmbito escolar. Isso é realizado através de um planejamento que envolve toda a
comunidade escolar, sendo esta etapa primordial, onde resultam as tomadas de
decisões realizadas no coletivo, favorecendo o comprometimento das pessoas na
sua execução. Dessa forma, o projeto político e pedagógico promove o compromisso
de estimular a uma reflexão crítica da realidade em que o colégio está inserido, a
competência pessoal e profissional do grupo escolar.
Nesse sentido, Veiga cita: “O Projeto político-pedagógico, ao mesmo tempo em que exige dos educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que intentam, requer a definição de fins. Assim, todos deverão definir o tipo de sociedade e o tipo de cidadão que pretendem formar. As ações específicas para a obtenção desses fins são meias. Essa distinção clara entre fins e meios é essencial para a construção do projeto político pedagógico”. (VEIGA, 1995,p.17)
Para tanto, faz-se necessário que a escola priorize o conhecimento como
forma de garantir o acesso de seus educan dos a uma sociedade excludente e cada
vez mais classificatória. Assim é fundamental que os professores sistematizem os
conteúdos, fazendo com que os educandos reconstruam suas ações e seus
pensamentos, transformando-os em conhecimentos científicos, tendo em vista suas
finalidades e objetivos, que é o de melhorar seu contexto atual.
Ensinar é um processo dinâmico que auxilia o educando na construção do
seu conhecimento, tendo como base os conhecimentos prévios. Assim, a principal
função do professor é ser um mediador, fazendo com que o processo de interação
entre aluno e conteúdo aconteça.
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4. MARCO SITUACIONAL
O Colégio Estadual Professor Vicente De Carli – Ensino Fundamental e
Médio, mantido pelo Governo do Estado do Paraná, oferta o Ensino Fundamental de
Nove Anos, essa recente alteração no Ensino Fundamental com a aprovação da
lei 11.274, de fevereiro de 2006, que muda a duração do ensino fundamental de oito
para nove anos, no Parecer 407/11 tem Implantação Simultânea contemplando
assim do 6º ao 9º ano a partir de 2012, sendo que o Ensino Fundamental de Nove
Anos funciona no período Matutino e Vespertino e o Ensino Médio no Matutino e no
Noturno. Ao todo são aproximadamente 1.064 alunos assim distribuídos: Matutino
448 alunos, Vespertino 451 alunos e Noturno 165 alunos. No total atende-se 12
turmas pela manhã, 12 turmas à tarde e 04 à noite.
O calendário escolar é de 200 dias letivos distribuídos em trimestres,
totalizando 800 horas anuais, com 25 aulas semanais nos três períodos, com uma
carga horária de 50 h/aula.
A estrutura do Colégio Estadual Professor Vicente De Carli – Ensino
Fundamental de Nove Anos e Médio está dividido em três alas. Na ala administrativa
funciona a Secretaria, Biblioteca, Laboratórios de Informática (Paraná Digital e
Proinfo), dois sanitários, sala de professores e sala para hora atividade, espaço este
reservado aos professores para troca de experiências, planejamento de atividades,
leitura e discussão da prática educativa. A ala A comporta Sala da Equipe
Pedagógica, Sala de Apoio, Sala de Recursos, CELEM, Cozinha, Saguão, 8 Salas
de Aula, banheiros masculino e feminino. A ala B atende 4 salas de aula, Laboratório
para atender Física, Química e Biologia. Possui ainda um espaço de área livre para
lazer dos alunos, bem como um Ginásio de Esportes cedido pela Prefeitura
Municipal para uso exclusivo da escola, além da quadra de areia construída na área
livre através do empenho dos professores envolvidos no Projeto Tom da Mata, com
apoio da Direção e de segmentos da sociedade (EMPRESA SADIA E PREFEITURA
MUNICIPAL). Tendo como preocupação qualidade de vida do corpo docente,
entendendo que este é requisito para o bom andamento das atividades, o colégio foi
contemplado com a reforma em 2010, um quadro branco para cada sala de aula,
possibilitando a diminuição do uso de giz, evitando assim muitos problemas de
saúde.
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Foi adquirida, uma mesa fixa de cimento para o pátio interno de tênis de
mesa, com recursos da APMF, também houve a doação do PR Esportes de uma
mesa oficial de tênis de mesa, bancos e mesas através da FUNDEPAR para facilitar
os trabalhos fora da sala de aula, bem como auxiliar os alunos período do lanche.
Foram também adquiridas em parceria com o Rotary Clube de Francisco Beltrão
cinco mesas de tênis (de mesa), também disponíveis para o recreio, como também
tabuleiros de xadrez, jogos de dama, dentre outros jogos educativos. Sendo assim
nosso recreio direcionado, propiciando um intervalo mais harmonioso.
O Colégio também disponibiliza um Laboratório de Biologia, Física e Química
que está sendo devidamente equipado, de acordo com as possibilidades e recursos
do mesmo. Conta com uma biblioteca, com livros didáticos, literários e de pesquisa
para os alunos. E de um acervo de livros para leitura e pesquisa do professor em
todas as áreas do conhecimento. Além de assinaturas de revistas como: Fonte do
Saber, Globo Rural, Jornal de Beltrão, Revista Época, Galileu e Nosso Amiguinho.
Para as diversas disciplinas, os alunos utilizam materiais diversos como:
revistas para recorte, tintas, pincéis, lápis de cor, giz de cera, canetas e pincéis
atômicos, papel Graf, cartão, laminado e fantasia, além de cartolinas, tesouras e
cola, réguas, compassos e transferidores. Assim, os alunos têm a oportunidade, de
construir maquetes, fazer experimentos, produções artísticas e manifestações
culturais.
O quadro de Recursos Humanos do estabelecimento conta com 77
professores, todos com formação específica e com especialização, PDE e/ou
mestrado, em sua e em outras áreas do conhecimento, desempenhando com
eficiência e eficácia o exercício de suas funções. Possuem ainda duas professoras
especializadas em Educação Especial para o atendimento da Sala de Recursos e 05
Professoras Pedagogas, todas com carga horária de 20 horas um Diretor Geral com
40 horas e um Diretor Auxiliar com 20 horas. O quadro de funcionários é composto
de 09 Agentes Educacionais ll, todos com Ensino Superior e 06 Agentes
educacionais l, sendo que a grande maioria possui Ensino Médio completo, alguns
estão cursando o Ensino Superior e alguns já completaram.
Historicamente “o Brasil foi constituído de forma contraditória para uma
educação mais aberta e crítica, pois os poderes coloniais, elites proprietárias e o
Estado justifica as desigualdades da nação.” (Paulo Freire ou Eduardo
Galeano,1999, – Veias Abertas da América Latina.).
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E neste momento se quer construir uma base social, constituída por aqueles
excluídos da história brasileira que, organizando-se na sociedade civil e nos
diferentes movimentos sociais acumularam força e conseguem expressar-se
tomando as rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao diálogo
e a participação.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar
cidadão consciente, sujeito de direitos, organizados e participativos do processo de
construção político social e cultural. A realidade social e cultural do nosso país
requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe entre a
declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles a educação) e a negação
da prática desses direitos, da ideologia que associa a pobreza material à cultural, de
recolocar-se o problema da escola pública em termos de direito de todos, de acesso
ao conhecimento elaborado, recolocar a questão do trabalho como atividade de
produção/apropriação do conhecimento não apenas como mera operação mecânica,
em repensar a relação escola/trabalho.
Num país com imensas desigualdades e contradições, a educação se
apresenta como um fator de esperança e transformação para a sociedade, não
apenas permitindo o acesso ao conhecimento, à participação, mas propiciando
condições para que o indivíduo construa a sua cidadania.
Esta construção exige transformações profundas na sociedade e mudanças
de paradigmas a partir de uma visão ético-política, mudanças estas que ocorrem
simultaneamente nas pessoas e no contexto em que estão inseridas.
Entretanto, vivemos em uma sociedade capitalista, excludente, dividida em
classes onde as diferenças sociais e culturais são marcantes, tornando-a injusta e
desigual em diversos aspectos, com pessoas cada vez mais preocupadas com o ter
em detrimento do ser e que acabam por quase extinguir certos valores (morais,
éticos, culturais, religiosos), imprescindíveis na construção de uma sociedade mais
justa.
A globalização é uma realidade que abrange, de maneira complexa, mas
flexível, a toda uma conjuntura humana. Assim como constantes e profundos
avanços científicos e tecnológicos já são realidades que influenciam diretamente no
cotidiano das pessoas, requerendo destas uma nova linha de ação individual ou
coletiva frente à sua realidade social, dissolvem-se paulatinamente linhas de
fronteira existentes entre as nações. A educação, por sua vez, tem o papel de
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inspirar o rompimento dos limites existentes na mentalidade humana, permitindo
uma prática de ação global (e principalmente local) consciente por parte do homem
em favor de suas reais necessidades.
Deste modo, a atuação da Escola tem funções cada vez mais abrangentes,
além dos conteúdos acadêmicos, científicos deve contemplar a ação humanizadora
para transformação desse conhecimento na prática profissional e cidadã.
Em nosso estabelecimento de Ensino, atendemos as famílias do Bairro São
Miguel, Novo Mundo, São Francisco, Cristo Rei, Marrecas e Linha Santa Bárbara. O
Colégio foi construído através de objetivos comuns, idealizados pelos respectivos
segmentos: profissionais da educação, pais ou responsáveis, alunos e a
comunidade em geral, preocupada com a ação educativa da escola.
Para esses jovens, a escola passa a ser uma das únicas oportunidades para
a aquisição de conhecimentos formais. Sendo estes, muito importantes para a sua
sobrevivência e participação na sociedade. Bem como, a convivência mútua entre os
mesmos, seus assuntos, as suas idéias e costumes, também oportunizam a
adquirirem hábitos, valores e posturas próprias. Visto que, a mídia (televisão,
internet, rádio...), influenciam diretamente na vida dos mesmos, ditando modismos
costumes e os valores pré-estabelecidos. Estes, na sua maioria, são incorporados
pelos educandos sem que haja uma influência por parte dos educadores e/ou dos
pais.
O alunado do Colégio Estadual Professor Vicente De Carli – Ensino
Fundamental e Médio é constituído basicamente por filhos de trabalhadores
assalariados ou autônomos, cuja renda média situa-se entre 01 e 03 salários
mínimos, sendo que a maioria das famílias é composta por 03 a 05 membros e mora
em casa própria. O grau de instrução da maioria dos pais é Ensino Fundamental
incompleto.
A rotina de trabalho com horários diferenciados não oportuniza aos pais
estarem com seus filhos para dispensar a atenção necessária à formação e auxiliar
na educação dos mesmos. Esperam que a escola atenda todas estas necessidades
de educação, comportamento, formação humana, sociocultural e religiosa e
assistência à saúde, responsabilizando em alguns casos a escola por não encontrar
caminhos que venham a solucionar estes problemas, porém a escola entende que a
sua função principal é a construção dos conteúdos historicamente elaborados,
promovendo o conhecimento científico, sem, contudo negar o devido
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acompanhamento do processo ensino/aprendizagem. É importante ressaltar que a
escola faz o acompanhamento das freqüências e desenvolve as ações previstas no
FICA bem como um trabalho de motivação nas famílias para que, os alunos
permaneçam na escola, porem, alguns não retornam devido a problemas sociais.
Quanto à educação inclusiva no Colégio Estadual Professor Vicente De Carli
– Ensino Fundamental de Nove Anos e Médio já é uma realidade, pois alunos
portadores de necessidades educativas especiais já estão incluídos no processo
educativo. Diante deste fato, cabe ao profissional da educação considerar os seus
alunos tanto nas suas igualdades quanto nas suas diferenças, isto é, contemplando-
os na sua totalidade. Diante das possibilidades explícitas no texto da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 e nos demais dispositivos legais,
faz-se necessário redimensionar o atendimento às pessoas portadoras de
necessidades educacionais especiais, assegurando-lhes o acesso, ingresso,
permanência e sucesso escolar, bem como a continuidade acadêmica.
A inclusão na escola está sendo um desafio para os educadores desta
instituição. A falta de formação faz com que se torne uma barreira entre professor e
aluno. As Faculdades nas áreas educacionais, e os cursos de pós-graduação, das
áreas que contemplam a Matriz Curricular não estão preparando devidamente os
professores para trabalhar com as diferenças e com metodologias diferenciadas, que
possam melhorar a sua prática em sala de aula, nem tão pouco a SEED oferta
cursos de formação continuada suficientes para suprir as necessidades da educação
inclusiva. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº. 9394/96 é
clara no artigo 59, que afirma: "Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
com necessidades especiais: (...) III - professores com especialização adequada em
nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores de
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes
comuns". Sabemos que cada deficiência requer estratégias e materiais específicos e
diversificados, com as adaptações curriculares, que visem atender as necessidades
de cada aluno, para por em prática, com sucesso, a inclusão de alunos deficientes.
Isso faz com que a escola assuma somente uma função assistencialista,
praticamente perdendo sua identidade, que se ter consciência de que o nosso aluno,
sendo real, possui necessidades reais. Dessa forma, a escola deve formar seres
capazes de tomar decisões, interpretar e transformar a realidade fornecendo
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subsídios necessários para uma leitura de mundo mais consciente, crítica e
democrática.
Percebe-se que há um conflito entre a realidade do aluno, ou seja, o contexto
atual, com os objetivos educacionais na qual a escola prioriza. Esta tornando ainda
mais excludente, pois não atinge às expectativas pelas quais os educandos almejam
e necessitam.
Na visão de TORRES (1994, p.141), “... a falta de atenção para com a relação entre conhecimentos escolares e fenômenos extra-escolares, uma teorização excessiva “separada da prática pedagógica e da aula, isto é, fatores que não têm permitido fazer do desenvolvimento curricular uma ajuda para entender e praticar o ensino”.
Nesse sentido, as políticas públicas educacionais precisam rever seus
métodos referentes à educação inclusiva, ampliando sua visão de mundo diante das
reais necessidades dos educandos. Proporcionando questionamento sobre uma
nova maneira de ensinar, com novos métodos de ensino e aprendizagem, bem como
de avaliação escolar. Estes, que sejam condizentes com os novos problemas e a
realidade dos mesmos.
O conhecimento é o produto do que é ensinado. E este passa a ser uma
ferramenta para que o educando possa agir como um cidadão, compreendendo e
intervindo no mundo que o cerca.
Assim, ensinar é proporcionar ao aluno conhecimentos escolares que
contribuam para compreender suas experiências, o que ele já sabia, porém
desconhecia o modo científico. Assim, ele tem a oportunidade de reconstruir e
compreender seus saberes através do conhecimento formal transmitido pelo
professor.
O professor deve estar ciente de que o aluno e a turma são seus
interlocutores no processo de ensino e aprendizagem. Pois eles estão a todo
momento questionando e dialogando, trocando idéias. Neste sentido, ensinar é uma
prática em que as pessoas envolvidas, participam em conjunto do processo de
conhecer e aprender.
Assim, o professor permite que o aluno participe dessa prática, tomando
consciência de seus hábitos, costumes, direitos e deveres, maneiras de perceber o
mundo, através das experiências vividas e dos problemas que enfrenta. Sendo que
esses alunos possuem uma característica própria do bairro onde residem, enfrentam
muitos problemas urbanos próprios do seu meio.
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Em sala de aula, o processo de ensino se realiza por meio de situações
didáticas que são devidamente planejadas, preparadas e orientadas, para que o
aluno atinja os objetivos do ensino, promovendo a interação entre o professor e
aluno, professor e a turma, os alunos entre si e o conhecimento.
Frente à realidade da escola, do seu bairro, dos problemas sociais, os
professores procuram planejar situações que permitam desenvolver as
potencialidades dos alunos. Assim, diferentes situações didáticas são privilegiadas
para desenvolver as capacidades de conhecer, conceituar, compreender, interpretar,
criticar, comparar, analisar, relacionar e classificar.
Exigem-se situações de trabalho diferenciadas, incluindo recursos que
permitam ao aluno uma maior compreensão do conteúdo, contribuindo para a
efetivação da aprendizagem.
Os alunos são sujeitos diferentes, que aprendem de maneira diferenciada e
em tempos diferentes, portanto, faz-se necessário que o professor organize
situações didáticas que atinjam todos os alunos. Valorizando seu conhecimento para
que possa se posicionar frente às situações concretas de suas reais necessidades
educacionais.
“... É preciso, igualmente, acreditar integridade, na beleza e no poder de
transformação dentro do ser humano, principalmente daqueles de quem a vida fecha
as portas...” (Paulo Freire, Educação Libertadora). Atualmente, a educação procura
transmitir conhecimentos que permitam conhecer, argumentar e transformar a sua
realidade. Logo, os conteúdos são ensinados de forma contextualizada permitindo a
formação de sujeitos capazes de estarem participando de uma sociedade letrada,
com capacidade de julgar seus próprios atos dentro de um modelo social vigente.
A Proposta Pedagógica da escola está fundamentada na Lei de Diretrizes e
Base da Educação Nacional – LDB e nas Diretrizes Curriculares Estaduais.
O estabelecimento de Ensino adota o regime de Ensino Fundamental de
Nove Anos e o Ensino Médio, com matrículas anuais e o sistema de Dependência,
em até 03 (três) disciplinas, para o Ensino Médio, no qual permite o aluno cursar o
período subseqüente, concomitantemente às disciplinas ou áreas nas quais
reprovou.
A Matriz Curricular é de 800 (oitocentas) horas anuais, a carga horária é de 5
(cinco) aulas de 50 (cinqüenta) minutos cada uma. A Base Nacional Comum tem a
carga horária de 75% e a Parte Diversificada de até 25%. O colégio também oferta o
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CELEM – Espanhol sendo composto por alunos do Ensino Fundamental, Ensino
Médio e o projeto Mais Educação que atende 100 (cem) alunos carentes,
funcionando no período matutino para atendimento dos alunos do Ensino
Fundamental do vespertino, tendo como finalidade fazer com que essas crianças
evitem situações de risco quando ficam nas ruas.
O colégio conta também com 4 (quatro) Sala de Apoio 2 (duas) de 6º e 2
(duas) de 9º Ano do Ensino Fundamental, que apresentam dificuldades em
Matemática e Português. As aulas são realizadas no período contrário, dois dias
semanais com duração de 1h30min. (uma hora e trinta minutos). A escola possui 3
(três) Sala de Recurso, matutino e vespertino pois entende-se que o trabalho
realizado na Sala de Recurso deve ser o de suplementar, aprofundar, enriquecer o
currículo complementar ao atendimento educacional realizados em classes comuns
da educação básica, usando recursos pedagógicos diversificados, adequados ás
necessidades educacionais especiais para alunos dos demais anos do Ensino
Fundamental com dificuldades de aprendizagem com algumas deficiências
diagnosticas por uma equipe de Psicólogo e Psicopedagogo, com ambientes
adaptados para alunos com deficiências em uma ou mais áreas cognitivas, com
atividades no período contraturno.
São realizadas atividades diferenciadas e o trabalho é individualmente. Assim,
o aluno tem a oportunidade de sanar suas dificuldades apresentadas em sala de
aula.
São atendidos alunos de 6° (sexto) a 9° (nono) ano do Ensino Fundamental,
devidamente avaliados pelas professoras e quando necessário os pais são
chamados para encaminharem seus filhos para uma avaliação com psicólogos ou
neurologista, do posto de saúde mais próximo. Sua proposta é realizar atividades
concretas, recreação, jogos e brincadeiras que possam desenvolver as capacidades
cognitivas e motoras dos educandos.
Temos ainda o Pró Jovem (Projeto desenvolvido pelo Governo Federal para
qualificar o jovem para o mercado de trabalho), administrados pelo Departamento de
Ação Social do Município; Projetos de esportes, destinados aos jovens que visa à
preparação para o mercado de trabalho e o incentivo a formação cidadã. Acontece
uma vez por semana, no período vespertino.
A Hora Treinamento ou Projeto Mais Educação está sendo desenvolvido com
100 alunos do período vespertino, que faz atividades de xadrez, ping-pong,
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letramento e apoio em Língua Portuguesa e Matemática. Esses chegam as
09h00min da manhã e permanecem até o seu período vespertino.
Durante o ano letivo, são desenvolvidos vários projetos que visam à
integração dos alunos e professores, como: Formação Continuada para professores
em parceria com a FAMPER com vários encontros durante o ano letivo ressaltando
temas relevantes e pedagógicos que permeiam o ambiente escolar; Concurso de
Poesia, Festival de Talentos, Jogos Interséries que ocorrem duas vezes por
ano,uma etapa a cada semestre; Jogos de Xadrez, Feiras Interdisciplinares,
Atividades desenvolvidas pela equipe multidisciplinar que realiza ações periódicas
no decorrer do ano letivo; Projeto Meio Ambiente que visa orientar sobre os
problemas ambientais e promover atividades de melhorias ambientais não somente
no ambiente escolar como da comunidade local; Festa Junina e outros eventos de
caráter pedagógico.
A prática pedagógica compreende a inclusão de alunos com deficiência no
Ensino Fundamental de Nove Anos e Médio, de acordo com o Artigo 59 da LDB,
bem como visa à integração de todos os alunos (evasão escolar, trabalhos infantis e
exclusos da sociedade, por motivo de raça, cor, etnia, religião, cultura e poder
aquisitivo).
Portanto, as composições das turmas são heterogêneas e limita-se à
capacidade de lotação do espaço físico das salas de aula, e atendimento a alunos
incluídos em conformidade com as conveniências didático-pedagógicas. (ver
portaria).
A escola na sua prática pedagógica desenvolve a avaliação de forma
diagnóstica, contínua, e cumulativa. Obedecendo à ordenação e à seqüência do
ensino e da aprendizagem, seguindo as orientações curriculares. Na avaliação são
considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo,
sendo que, o resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do
aproveitamento escolar.
Os resultados obtidos nas avaliações durante o período letivo, num processo
contínuo, sendo que, o resultado final venha a incorporá-los, expressando a
totalidade do aproveitamento escolar visando o atendimento do aluno como um todo.
O nosso adolescente é visto como um olhar diferenciado devido à abordagem sócio-
histórica que entende a adolescência como uma categoria historicamente
construída, tendo em vista a concepção de criança e adolescente, no ambiente
17
escolar é imprescindível entender o processo adolescente levando em conta a sua
multideterminação, apesar de alguns aspectos serem comuns a todos os
adolescentes, algumas adversidades são inerentes em razão das diferenças de
classe social e gênero.
Portanto, a recuperação dos conteúdos é simultânea e realizada com
métodos e instrumentos diversificados para todos os alunos sendo a mesma paralela
e, em consonância com os conteúdos por ano e ao longo do período letivo, a média
é 6,0 (seis vírgula zero). O professor considera a aprendizagem do aluno no decorrer
do processo observando as avaliações e a recuperação para aferição da nota
trimestral, de acordo com o artigo 107 do Regimento Escolar.
Os trimestres são traduzidos em notas, que variam numa escala de 0,0 (zero
vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
A média trimestral é resultante da somatória dos valores atribuídos em cada
instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, em
seqüência e ordenação de conteúdos.
É realizado um projeto de recuperação de estudos, elaborado pelo professor,
sob a orientação da Equipe Pedagógica. O professor sempre considera a
aprendizagem do aluno no decorrer do processo e, para aferição do trimestre, entre
a nota da avaliação e a recuperação, prevalece á maior.
Além das atividades regulares desenvolvidas pelo professor durante o
trimestre, a recuperação paralela assume outras formas para corrigir as deficiências,
como:
trabalhos de pesquisa individual e em grupos;
revisão de conteúdos;
atividades extraclasse;
reavaliação.
Esta instituição educacional oferece o regime de Adaptação Curricular para os
alunos que estão cursando as três séries do ensino médio, oriundos de outros
estabelecimentos escolares, que não foram ofertadas algumas disciplinas da nossa
grade. Como também para os alunos que estão cursando o primeiro e segundo ano
do Ensino Médio. Dessa forma, o aluno que é reprovado em até três disciplinas ou
áreas de conhecimento da série, fase ou ciclo ou período, é permitido cursar o
período subseqüente, concomitantemente às disciplinas ou áreas nas quais
18
reprovou. Bem como, o regime de Adaptação Curricular exige, para a aprovação a
freqüência prevista em lei e o aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.
A avaliação escolar deve ser ordenada, seqüenciada ao ensino/
aprendizagem e seguir as orientações do currículo. Nela consta o resultado obtido
durante o ano letivo, num processo contínuo, aonde o resultado final venha a
incorporá-los, demonstrando a totalidade do aproveitamento escolar, em sua melhor
forma.
Os resultados obtidos durante os trimestres serão traduzidos em notas, numa
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), conforme a Resolução nº
3794/04. Sendo, que o mínimo de rendimento exigido pela Síntese do Sistema de
Avaliação, traduzido em nota é de 6,0 (seis vírgula zero).
Portanto, a média trimestral é resultante da somatória dos valores atribuídos
em cada instrumento de avaliação, sendo estes cumulativos em várias aferições, em
seqüência e ordenação de conteúdos.
Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência, são
definidas as situações referentes à promoção.
O aluno é aprovado quando o mesmo apresenta freqüência igual ou superior
a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do ano letivo e média
anual superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos
trimestres, nas respectivas disciplinas MA= 1ºT +2ºT+3ºT = 6,0.
3
É considerado reprovado o aluno que apresentar qualquer frequência sobre o
total da carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula
zero). Bem como, a freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento), sobre o
total da carga horária do período letivo, com qualquer média anual.
Também, o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta
e cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os estudos
de recuperação paralela, será submetido à análise do Conselho de Classe que
definirá sua promoção.
O Conselho de Classe é um espaço reservado à troca de experiências de
vários professores de todas as disciplinas e de várias séries.
A principal preocupação é o aprendizado do educando e com a sua
permanência na escola. Para tanto, professores regentes, pedagogos e direção
param para pensar, refletir ações que visem sanar problemas de aprendizagem e de
19
relacionamento dos alunos e da inclusão dos alunos excluídos pela sociedade por
diversos fatores e estes acabam abandonando seus estudos.
Várias sugestões de metodologias são anotadas pelo professor regente,
experiências que em uma sala obtém sucesso, em outras não dão resultados
satisfatórios, tudo isso para que as dificuldades sejam superadas.
Como o professor regente é escolhido pelos alunos, acredita-se que o mesmo
consiga resolver com mais facilidade algumas dificuldades com sua turma. Também
ele faz anotações dos conceitos dos alunos para posteriormente serem repassados
para os pais.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, formado por representantes dos
alunos, dos pais, dos professores e funcionários e de representantes da sociedade.
Sendo este, de natureza consultiva, deliberativa e fiscal. Sua função é verificar a
Proposta Pedagógica da escola, promover a articulação entre vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da mesma, a fim de garantir a eficiência e a
qualidade do seu funcionamento.
A Hora-Atividade dos professores é realizada na escola. E tem como principal
objetivo garantir um ensino de qualidade para os alunos. É momento pelo qual o
professor tem a oportunidade de estar organizando seu trabalho num todo. Também
é realizado o planejamento de suas aulas e avaliações, bem como, suas correções.
Porém, percebe-se que o tempo destinado ao estudo bibliográfico de sua matéria
fica muito restrito. Sendo que, o trabalho acima citado ocupa a maior parte do tempo.
A formação continuada dos professores será oportunizada através de grupos
de estudos, seminários, cursos e palestras nas diversas áreas do conhecimento,
bem como as atividades estabelecidas pela SEED durante todo o ano letivo. Estes
encontros permitem que os professores fiquem sempre atualizados, melhorando
com isso a sua prática do dia-a-dia em sala de aula.
As mudanças na organização do Ensino Fundamental estão previstas na Lei
11.274 de 06/02/2006, que regulamenta o Ensino Fundamental de Nove Anos,
aumentando assim em 1 (um) ano a escolaridade neste nível de ensino, mudando
também a nomeclatura, passando a denominar-se Ensino Fundamental de Nove
Anos, organizadoda seguinte maneira: 6° ano; 7° ano; 8° ano e 9° ano. Desta forma,
alunos que completarem 6 (seis) anos até 31 de dezembro do ano vigente, serão
matriculados no1° Ano do Ensino Fundamental nos Anos iniciais e Anos Finais –
Faixa etária de 11 a 14 anos de idade, com duração mínima de 4 anos, foi
20
estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Desse modo, ela
foi constituída através de objetivos comuns, idealizados pelos respectivos
segmentos: profissionais da educação, pais, alunos e funcionários.
Esta alteração fará com que o aluno chegue mais novo ao Ensino
Fundamental e, conseqüentemente, mais novo nos anos finais desta etapa, isso
requer um redimensionamento do Projeto Político-Pedagógico, incidindo sobre a
prática pedagógica do professor, as metodologias e o sistema de avaliações, não só
do Ensino Fundamental, mas também do Ensino Médio.
A reestruturação pretende garantir às crianças a aquisição da alfabetização e
do letramento dentro de uma perspectiva lúdica e contextualizada, com experiências
prazerosas de aprendizagem, deste modo a ressignificar as atividades escolares
com vistas ao desenvolvimento global do aluno. Objetiva também a democratizar o
conhecimento e o acesso a cultura letrada nos vários níveis da escolarização.
No entanto, devemos estar atentos para o fato de que a inclusão de crianças
de seis anos de idade não deverá significar a antecipação dos conteúdos e
atividades que tradicionalmente foram compreendidos como adequados à primeira
série. Destacamos portanto, a necessidade de se construir uma nova estrutura e
organização dos conteúdos em um ensino fundamental agora de nove anos.
São atendidos alunos de 6º (sexto) ano até de a 9º (nono) ano do Ensino
Fundamental de Nove Anos que estão chegando à escola cada vez mais novos,
através de aulas práticas, com apresentação de historias contextualizadas com a
vida do educando e projetos educacionais fundamentados em princípios que visa
desenvolver valores morais, éticos, sociais que favoreçam o crescimento humano.
Com esses projetos a escola visa proporcionar momentos entre funcionários,
familiares e professores.
Atualmente, a escola vem sofrendo muitas pressões externas e estar em
busca de como satisfazer os anseios da sociedade, de propor maneiras diferentes
de fazer a educação.
A escola propõe ações próprias e coletivas que alcancem os objetivos que a
comunidade escolar pretende tornar realidade. Todas as ações são desenvolvidas a
partir do consenso da mesma.
Portanto, a gestão escolar é entendida como um processo que rege o
funcionamento da escola, compreendendo tomada de decisões em conjunto,
21
execução, acompanhamento e avaliação de questões administrativas e
pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.
Sendo assim, a mesma, como decorrência do princípio constitucional da
democracia e colegiado possui como órgão máximo de direção que é o Conselho
Escolar.
A Associação de Pais e Mestres e Funcionários têm por finalidade colaborar
na assistência e formação do educando, promovendo a integração da família com a
escola. O bem-estar social e cultural da comunidade, através de atividades sócio-
culturais. Também, contribui para a solução de problemas inerentes à vida escolar,
preservando uma convivência harmônica entre pais ou responsável legal,
professores, alunos e funcionários da escola. Coopera na conservação do
patrimônio e administra, de acordo com as normas legais, os recursos provenientes
de subvenções, convênios, doações e arrecadações da escola.
22
5. MARCO CONCEITUAL
A educação é uma chave. A chave que abre a possibilidade de transformar o
homem anônimo, sem rosto, naquele que sabe que pode escolher que é sujeito
participante de sua reflexão, da reflexão do mundo e da sua história, assumindo a
responsabilidade de seus próprios atos e das mudanças que fizer acontecer. Esta
chave nos permite modificar a realidade, alterando seu rumo, provocando as
rupturas necessárias e aglutinando as forças que garantem a sustentação de
espaços onde o novo seja buscado, construído e refletido.
Sendo assim, a educação deve propiciar a formação nos aspectos bio-
psíquico, econômico, social, religioso, político e cultural, num processo formativo e
contínuo do desenvolvimento humano. Ela deve esforçar-se por valorizar a
originalidade, percebendo, reanimando e fortalecendo o potencial criativo de cada
pessoa. Isto porque a escola não é um mero processo de ensino. “A escola é o
espaço privilegiado de totalidade do desenvolvimento humano, ela é espaço de
socialização, de cultura de saídas pedagógicas, de rituais e celebração”. (GADOTTI,
1994 p. 43).
A implementação da Educação Integral no Sistema formal de Ensino
Brasileiro por meio da promulgação de Legislação especifica, no contexto Legal
apresentado aponta como um desafio para a educação, a necessidade de promover
articulações e convivências entre programas e serviços públicos, a fim de expandir
sua ação educativa, o que demanda um compromisso ético com a inclusão social,
por meio da gestão democrática e integrada.
Falar sobre Educação Integral implica, então, considerar a questão das
variáveis tempo, com referência a ampliação da jornada escolar, e espaço, com
referencia aos territórios em que cada escola está situada.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n° 9.394/96 –
reintera os princípios constitucionais anteriormente expostos (Art. 2°) e ainda prevê a
ampliação progressiva da jornada escolar do Ensino Fundamental para o regime de
tempo integral (Arts.34 e 87), a critério dos estabelecimentos de ensino. Além disso,
prevê que “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais” (Art.1°), ampliando os espaços e práticas educativas
23
vigentes. No entanto, é importante ressaltar que, quando a LDB aborda a questão do
tempo integral, ela o faz no Art. 34, que trata da jornada escolar, considerada como
o período em que a criança e o adolescente estão sob a responsabilidade da escola.
Uma escola assim só vai dar certo se contar com uma gestão democrática,
que leve em consideração a opinião de todos, que busque parcerias, que valorize a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar, que trabalhe em acordo
com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e Grêmio
Estudantil, de modo a descentralizar e democratizar as decisões concernentes à
gestão escolar.
Frente às mudanças ocorridas nos últimos anos em termos, econômicas,
sociais e culturais e tecnológicas, a educação sente o reflexo de tais fatores,
fazendo com que ocorra mudança nesse setor.
A gestão democrática está diretamente relacionada ao estabelecimento de
mecanismos legais e da organização de ações sociais, tanto na formulação de
políticas educacionais, no planejamento, nas tomadas de decisões, utilização dos
recursos e na avaliação escolar. Bem como, no acesso e estratégias que permitam a
permanência do aluno na escola, visando um ensino de qualidade para todos.
O aluno é um sujeito histórico, produto do seu contexto e de uma determinada
época. Nesse espaço ele intervém diretamente na construção da sua realidade.
Espera se que essa intervenção ocorra de forma efetiva e consciente, como um
cidadão participativo e atuante.
Enquanto sujeito, o indivíduo deve interagir no seu contexto, intervindo na
construção de sua realidade. E é para que essa intervenção aconteça que ele deve
aprender, com auxilio da escola, a compreender, interpretar e interagir nessa
realidade. Tornando-se cidadão, através da educação e da escola.
Assim, percebe-se que a escola deve considerar o aluno um sujeito capaz de
intervir no seu meio de forma efetiva, auxiliando para que se torne um cidadão
consciente. Para tanto se faz necessário que o mesmo aprenda, adquira os
conhecimentos acadêmicos.
Dessa forma, cita GASPARIM (2002 p1-2): “A escola em cada momento
histórico, constitui uma expressão e uma resposta à sociedade na qual está inserida.
Nesse sentido, ela nunca é neutra, mas ideológica e politicamente comprometida”.
A escola necessita de mudanças para enfrentar os novos desafios.
Professores e alunos devem ser considerados co-autores do ensino aprendizagem,
24
num novo posicionamento, onde toda a comunidade escolar, diante do
conhecimento e da sociedade, tem o intuito da transformação social.
Portanto, a escola precisa dar suporte para que o aluno possa agir como
cidadão, através da aprendizagem dos conhecimentos transmitidos. Sendo que os
conhecimentos formais não são os únicos conhecimentos que fazem parte da prática
de ensino. Pois os alunos trazem consigo uma bagagem muito vasta de informações
e experiências do seu cotidiano. É preciso instigá-lo a pesquisar, descobrir novas
coisas por meio da problematização de situações, de modo que o aluno seja capaz
de transformar sua prática social, com uma visão mais crítica.
Neste sentido, a escola pública constitui-se um espaço de direito social, de
direito a cultura e a integração, o que é transmitido e o que é aprendido na escola
deve estruturar a lógica democrática, a formação de sujeitos sociais e culturais, o ser
humano vai construindo suas identidades, seus saberes, sua ética, sua postura em
relação à sociedade. O conteúdo escolar é a ferramenta que permite o aluno agir
como cidadão. Tendo a escola, papel fundamental para garantir que o aluno
aprenda conteúdos que dêem suporte para que o aluno se torne cidadão.
Porém, o conhecimento escolar não é único, pois o aluno é um sujeito
concreto, um interlocutor do professor no processo de ensino. O aluno chega na
escola com muitos conhecimentos informais, são experiências que ele adquiriu com
a família, com amigos ou na mídia. Cabe ao professor, estabelecer situações
didáticas onde estes conhecimentos e informações sejam relacionados com os
conhecimentos escolares.
O professor deve fazer com que os conhecimentos informais sejam
reconstruídos, construir o novo a partir das vivências dos alunos, de algo que já
existia. Isso se dá através dos conhecimentos escolares, estes com a tarefa de fazer
com que o aluno identifique, interprete e compreenda e visualize e reconstrua a sua
prática social.
O conhecimento deve ser algo dinâmico que está diretamente relacionado
entre o professor e aluno, para que a escola alcance o seu objetivo maior, que
propicie ao educando a aquisição dos conhecimentos científicos, respeitando as
especificidades da criança e do adolescente em todos os seus aspectos, sejam
físicos, psicológicos, intelectuais, sociais e cognitivos.
Nossos adolescentes amam, estudam, brigam, trabalham. Batalham com
seus corpos, que se esticam e se transformam. Lidam com as dificuldades de
25
crescer no quadro complicado da família moderna. Como se diz hoje, eles se
procuram e eventualmente se acham. Mas, alem disso, eles precisam lutar com a
adolescência, que é uma criatura um pouco monstruosa, sustentada pela
imaginação de todos, adolescentes e pais. Um mito, inventado no começo do século
20, que vingou, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial. Desse modo,
percebemos que, tanto a infância quanto a adolescência, são hoje compreendidas
como categorias construídas historicamente, tendo, portanto, múltiplas emergências.
Essas idéias corroboram com os paradigmas da pós-modernidade, marcos da nossa
contemporaneidade.
Dessa forma pressupõe-se discussões, compreensão, análise e síntese
acerca da criança e do adolescente no âmbito escolar.
Assim cabe a escola criar situações didáticas, para que tais conhecimentos e
informações possam estar relacionados com os conteúdos escolares.
Reconstruir esses saberes é uma tarefa difícil para o professor. Pois, o aluno
deverá defrontar os conhecimentos informais com os conhecimentos escolares
transmitidos para que possa compreender, analisar e principalmente reconstruir a
sua prática social, ou seja, sua realidade.
Segundo GASPARIM (2002, p. 5): “A nova metodologia ensino-aprendizagem
expressa à totalidade do processo pedagógico, dando-lhe centro e direção na
construção e reconstrução do conhecimento”.
Assim, a ação docente deve privilegiar a contradição, a dúvida e o
questionamento dos alunos, buscando valorizar a diversidade e a divergência,
questionando as certezas e incertezas.
Dessa forma a teoria dialética do conhecimento se resume em prática – teoria
– prática. Como afirma GASPARIM (2002, p. 4): “O conhecimento segundo essa
teoria epistemológica resulta do trabalho humano no processo histórico de
transformação do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esse processo”.
O conhecimento é um processo dinâmico, pelo qual os alunos e professores
fazem parte. E é através de experiências e de sua realidade que vão adquirir novas
concepções da realidade.
Portanto, ensinar é auxiliar o indivíduo a produzir seus próprios
conhecimentos, ou seja, reconstruí-los. Tendo como ponto de partida os
conhecimentos já adquiridos. Assim o professor torna-se um mediador entre o
conhecimento e o aluno.
26
Assim sendo, o ensino é um processo de mediação que se dá através de
situações didáticas e intervenções pedagógicas. O aluno traz consigo o
conhecimento sincrético, e o papel do professor é de sistematizá-lo, transformando
em sintético.
Discute-se sobre qual é a real função da escola e seus problemas, sabendo
que o saber científico resume-se na “admissão da peculiaridade do saber que se
produz, que se constrói, que se descobre, que se distribui (que se transmite, que se
recebe), enfim, que se veicula na escola. (SAVIANI, 2003 p.146)”.
Nesse sentido, torna-se possível à transformação do saber do senso comum
em saber escolar. Para tanto se sugere que ocorra uma ligação entre o currículo
com o contexto cultural. Analisam-se questões complexas sobre currículo formal,
pois ele controla todo o processo pedagógico, prioriza as finalidades da educação
conforme os indivíduos, seus interesses, ordena e seqüência os conteúdos de
ensino.
A elaboração do currículo e de suas disciplinas não se dá de forma linear,
mas sim, por meio de conflito e contradições, diversas interpretações, aceitação e
rejeição. Incluindo as tradições culturais e as concepções formadas e estabelecidas.
Desse modo, surge o currículo oculto.
Currículo é um conjunto de matérias devidamente distribuídas pelos níveis
escolares, com uma carga horária relativa e recursos básicos. Ele também passa a
ser um produto cultural. “... já se pode falar agora em uma tradição crítica do
currículo, epistemológico”... ”o currículo é considerado um artefato social e cultural”
(MOREIRA e SILVA, 2005, p.7).
Nesse sentido, currículo passa a reproduzir as relações de poder, questões
sociais, ele está inserido num contexto histórico, numa referida época e está
vinculado nas organizações sociais e educacionais.
Segundo LUCKESI (1996, p.52), “a avaliação deve ser; um instrumento que auxilia a aprendizagem e não um instrumento de aprovação ou reprovação dos alunos’’. A avaliação ajudará tanto o professor como o aluno a se auto-avaliarem, e em conjunto encontrarem uma forma de prosseguir no processo, redirecionando quando necessário, a caminhada”.
A avaliação se dará de forma participativa, para despertar a consciência
crítica. Fundamentada nos seguintes pressupostos:
É dinâmica: não é terminal;
E integrada: não é isolada;
27
É progressiva: não é estanque;
É voltada para o aluno: não é para os conteúdos.
É abrangente: não restrita a alguns aspectos da personalidade do aluno;
É cooperativa: não realizada somente pelos professores.
É versátil: não se efetiva sempre da mesma forma.
A avaliação é emancipatória quando o aluno perde o medo de perguntar e de
errar. Uma prática, onde as avaliações sejam aplicadas de modo a incentivar o
educando a vencer etapas. Onde o professor possa selecionar critérios de avaliação
capazes de resultados satisfatórios, condizentes com seu comprometimento
profissional.
O progresso alcançado pelos alunos reflete a eficácia do ensino. Ao avaliar, o
professor também está avaliando seu próprio trabalho. Portanto, a avaliação está
sempre presente na sala de aula, fazendo parte da rotina escolar. E é
responsabilidade do professor aperfeiçoar suas técnicas avaliativas.
Avaliar significa julgar ou fazer apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo
como base uma escala de valores. A avaliação consiste na coleta de dados
quantitativos e qualitativos e na interpretação desses resultados com base em
critérios precisamente definidos. Abrangendo tanto a aquisição de conhecimentos e
informações decorrentes dos conteúdos curriculares, quanto às habilidades,
interesses, atitudes, hábitos de estudo e ajustamento pessoal e social.
Portanto, avaliar consiste em fazer um julgamento sobre resultados obtidos,
comparando o que foi obtido com o que se pretende alcançar. Dessa forma a
avaliação pode ser útil, melhorar sua atuação e fornece elementos ao professor para
aperfeiçoar seus procedimentos.
A avaliação não deve ser considerada como único instrumento para decidir a
reprovação e aprovação. Isso deve ser feito no coletivo, analisando todas as
potencialidades que essa instituição oferece para garantir o sucesso do aluno.
O mau emprego da avaliação pode acabar expulsando o aluno da escola,
impedindo que tenha acesso ao conhecimento formal, limitando suas oportunidades
de participar efetivamente da sociedade.
A reprovação e o abandono escolar é um dos principais problemas que a
escola enfrenta isso provoca uma defasagem escolar, pois os alunos acabam
estudando nas séries que não correspondem à sua idade. Ocasionando
28
divergências entre os colegas da turma, pois suas idéias, seu comportamento e
atitudes não são compatíveis aos demais.
A reprovação deve ser algo discutido na escola, pois aprovar os alunos não
significa deixar que vá para série seguinte sem dominar os conteúdos, ou apenas
para diminuir o índice de reprovação. A aprovação deve ser a garantia que o aluno
adquiriu os conhecimentos básicos, atingindo os objetivos do ensino e
aprendizagem.
Precisa-se repensar sobre os reais valores que fundamentam a prática
educativa que é responsável pelo sucesso dos alunos.
A recuperação dos estudos precisa ser de forma paralela, onde o professor
ao verificar o rendimento dos seus alunos, elabore estratégias diversificadas,
oportunizando os alunos a atingir os objetivos do conteúdo no momento. Também
deve promover o desenvolvimento individual e coletivo diante os métodos utilizados
na sua prática em sala de aula.
O Conselho de Classe é um órgão da instituição escolar que cumpre a função
de avaliar o aluno individualmente, com o intuito de obter uma visão global do
mesmo.
Segundo DALBEN, (1996, p.111): “O Conselho surge no pressuposto de que, num processo coletivo em que existem diferentes óticas dos diversos profissionais, conseguir-se-á, através dessas óticas, o maior conhecimento do objeto que se avalia, para obter, conseqüentemente, tomadas de decisões mais acertadas. No caso aqui enfocado, por meio das análises dos diversos professores, ter-se-ia o maior conhecimento do aluno, para o seu melhor atendimento pedagógico, papel fundamental do Conselho de Classe”.
Assim, o Conselho de Classe oportuniza aos professores obter uma visão
global de seus alunos e da turma. Bem como, fazer uma análise crítica da sua
atuação em sala de aula, sugestões de metodologias e práticas educativas, para
atingir os objetivos previstos em cada disciplina.
Porém, em geral a discussão fica centrada na indisciplina, falta de interesse
ou baixo rendimento escolar do aluno. Poucas análises são feitas sobre o trabalho
docente, suas metodologias e intervenções pedagógicas que possam contribuir para
obter bons resultados e sobre as causas que levaram a esse fim.
A escola oportuniza a participação de pais e alunos em sua gestão através
dos órgãos colegiados, quais sejam:
Associação de Pais Mestres e Funcionários, órgão representativo da
comunidade escolar como um todo, que tem a incumbência de colaborar com a
29
Direção do Colégio em suas decisões quanto à aplicação de recursos oriundos dos
cofres públicos ou captados pela própria entidade, quando ao cumprimento do
Calendário Escolar e do Projeto Político Pedagógico, enfim, quanto ao bom
desempenho do trabalho educativo a que o Colégio se propõe.
O Conselho Escolar, formado por representantes dos alunos, dos pais, dos
professores, funcionários, equipe pedagógica e de representantes da sociedade
organizada, com a finalidade de co-gerir as atividades administrativas do Colégio.
Grêmio Estudantil, órgão associativo representativo dos alunos, cuja
competência é estimular e difundir as iniciativas estudantis de caráter cívico, cultural,
social e científico.
Os princípios filosóficos do Colégio Estadual Professor Vicente De Carli –
Ensino Fundamental e Médio estão alicerçados na igualdade de condições para o
acesso e permanência do aluno na escola, vedada qualquer forma de discriminação
ou sonegação; na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento,
a arte e o saber; na gratuidade do ensino, na valorização dos profissionais, na
gestão democrática e colegiada na escola; na garantia de uma educação básica e
unitária.
Neste sentido a educação visa preparar os indivíduos a participarem completa
e livremente nas decisões que influem na sua maneira de viver numa sociedade que
deve ser justa, socialmente equitativa e solidária, politicamente democrática,
culturalmente pluralista e dialógica, a laicidade, ao condizer com a liberdade de
expressão, de consciência e de culto, não pode conviver com um Estado portador de
uma confissão. Por outro lado, o Estado laico não adota a religião da irreligião ou da
anti-religiosidade. Ao respeitar todos os cultos e não adotar nenhum, pautada pelos
princípios éticos, estéticos e políticos, onde todos sejam verdadeiramente
reconhecidos e respeitados em sua dignidade humana e em suas diferenças, que
tenham a possibilidade de desenvolver as suas potencialidades; que contribuam
para que a autoridade, o saber, os bens naturais e os produzidos pelo esforço
comum estejam a serviço do crescimento e sejam partilhados coletivamente; tenham
a liberdade e o direito de se associar; onde todos tenham a liberdade de
pensamento, de expressão e consciência; tenham acesso ao conhecimento
científico e recursos tecnológicos.
O contexto social é passível de constantes mudanças de comportamento na
estrutura organizacional, influenciando direta e indiretamente na vida das pessoas.
30
Portanto, torna-se necessário pensar em propostas educacionais que assegurem o
acesso igualitário de toda criança, adolescente, jovem ou adulto às instituições
públicas de ensino, para nelas se apropriarem dos saberes historicamente
acumulados, permitindo o desenvolvimento da ação reflexiva e do pensamento
crítico-filosófico. Este acesso deve ser garantido também aos alunos portadores de
necessidades educativas especiais, que possam ser incluídos no ensino regular.
Esta é a educação inclusiva, que não se refere apenas a alunos da Educação
Especial. A inclusão educacional implica no reconhecimento e entendimento das
diferenças de qualquer aluno que, seja por causas endógenas (interiores) ou
exógenas (exteriores), temporárias ou permanentes, apresente dificuldades de
aprendizagem.
Assim, a inclusão nas escolas está sendo um desafio para os educadores.
Onde estes estão em busca de aperfeiçoamento nesta área, para melhorar a sua
prática em sala de aula, aprimorando suas técnicas para atender melhor às
diferenças.
“...os benefícios que buscamos para essas pessoas, incluindo-as nas escolas regulares, constituem um forte apelo para que se preparem para concretizar o ideal democrático de oportunizar a educação básica a todos os alunos, quebrando barreiras, segregacionismo e discriminação”. (MONTOAN, 1997, p.77)
Em primeiro lugar, a escola deve conhecer seus alunos, quantos são, quem
são e viabilizar recursos técnicos, humanos e suporte pedagógico que atendam suas
necessidades. A inclusão não se dá de maneira individualizada, mas sim, o coletivo
da escola deve estar preparado para acolher esses alunos com deficiência e garantir
seu direito à permanência e à aprendizagem, dentro de suas limitações. Pois, “na
verdade é o aluno que se adapta ao novo conhecimento e só ele é capaz de regular
o seu processo de construção intelectual” (PROCURADORIA FEDERAL DOS
DIREITOS DO CIDADÃO, 2004, P 34).
A inclusão deve prever os recursos que podem auxiliar no processo de ensino
e de aprendizagem. Sendo este, um ensino de qualidade, onde o professor
considere as possibilidades de desenvolvimento intelectual e motora de cada
indivíduo e explore sua capacidade de aprender. Em suma, proporcione
oportunidade de desenvolver seus interesses e necessidades, através de ações que
desenvolva a cooperação, o trabalho em grupo, descobrindo e valorizando os
talentos e suas conquistas individuais.
31
Com o intuito de promover uma gestão que priorize o respeito à diversidade
cultural, a Secretaria de Estado da Educação incorporou as Diretrizes Curriculares
para a Educação Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira
e Africana. As mesmas possuem o amparo legal e tem o objetivo de assegurar :
“o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas que compõe a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros”. (SEED-PR, 2005 p 17).
A comunidade escolar e sociedade em geral devem buscar orientações de
como valorizar essa cultura, sem promover a discriminação, contribuindo para uma
educação de qualidade, garantindo o direito a formação para a cidadania e pela
construção de uma sociedade mais humana.
Além disso, a escola também deve trabalhar no sentido de resgatar valores
éticos, morais, que venham a possibilitar a reestruturação da ótica sócio-familiar
frente ao contexto da conjuntura organizacional da sociedade, partindo da premissa
de que a família é a célula da sociedade e que está em constante evolução. Nessa
tarefa, o Colégio Estadual Professor Vicente De Carli – Ensino Fundamental e Médio
tem como função desenvolver uma educação básica voltada à preparação de seus
educandos para a flexibilidade interacional tanto numa perspectiva natural como na
social, pois os alunos que freqüentam o Colégio são filhos de pais trabalhadores que
desenvolvem as mais diferentes atividades profissionais fixas ou temporárias, sendo
que voltaram a estudar freqüentando a EJA – Educação de Jovens e Adultos, pois
as empresas exigem o aprimoramento científico-sócio-cultural e Certificação de
estudos.
É também por isso que cabe à escola o papel de formar cidadãos
responsáveis para atuação numa sociedade democrática, proporcionando uma
vivência e reflexão de cooperação, respeito mútuo, interesse por objetivos comuns,
avaliação crítica, auto-avaliação, respeito às regras. Os alunos são incentivados a
assumir posturas éticas importantes nas relações sociais, tais como: respeitar os
pontos de vista dos outros, aceitar que o próprio ponto de vista tem o mesmo valor e
peso dos demais, respeitar a vez dos colegas, resolver os conflitos por meio do
diálogo, etc.
Para tanto, os próprios professores precisam de formação permanente, pois
o conhecimento, em pleno século XXI, muda muito rapidamente, e aquilo que foi
aprendido durante o curso superior já foi superado por novas descobertas.
32
Na visão de FAZENDA, (1995, p 25) “... o professor não pode ser visto como
uma categoria abstrata, por intermédio da qual se reproduzem os interesses do
capital, ou como um agente poderoso na manutenção ou mudança da realidade
escolar”.
Muito importante compreender que a formação do professor inicia antes da
sua formação acadêmica, prosseguindo por toda a sua vida profissional. Cabe
analisar os cursos de formação, sua estrutura curricular, nas quais permitem obter
diferentes concepções sobre a educação. Bem como, é importante ressaltar que a
pedagogia crítica está difundindo-se cada vez mais, tornando um profissional
reflexivo, crítico, pesquisador e que busca avaliar seus resultados.
Dessa forma, o papel do professor está comprometido com uma educação
crítica, com novas perspectivas para o discurso e a prática educacional.
Sendo assim, professores e funcionários do Colégio Estadual Professor Vicente
De Carli são incentivados a participarem de cursos de Pós-Graduação, eventos em
Faxinal do Céu, cursos de capacitação por área do conhecimento, Seminários
Pedagógicos, Encontros Pedagógicos, Grupos de Estudo e outros eventos que
porventura venham a acontecer e que sejam do interesse dos mesmos. Tudo isso
visa buscar a excelência na educação quanto ao aperfeiçoamento dos educadores,
pois são de suma importância a busca de um maior aperfeiçoamento e
conseqüentemente um ensino de qualidade.
A hora-atividade dos professores também é um momento em que ele tem a
oportunidade de planejar suas aulas, pesquisar, rever sua prática, organizar o
material pedagógico e verificar as avaliações dos alunos.
Contando-se com professores devidamente preparados, que trabalham os
conteúdos de maneira diversificada para que a assimilação do conhecimento ocorra.
Na medida em que o aluno é tido como sujeito de sua aprendizagem e aprende
através da ação e interação com o meio. A educação desenvolve-se por sua
atividade espontaneamente, mas também pelos desafios que o ambiente oferece a
essa atividade. Na medida em que o sujeito constrói seu pensamento, constrói o
mundo. A instrumentalização do estudante, suas possibilidades e formas de buscar
conhecimento são prioridade diante dos conteúdos.
33
6. MARCO OPERACIONAL
O trabalho da escola será: garantir aos alunos o acesso a todo o conteúdo
das matérias convencionais, diversificando técnicas e métodos de aprendizagem;
priorizar um estudo voltado para uma visão abrangente do conhecimento, com o
objetivo de que o aluno esteja constantemente sendo solicitado a integrar as
diversas fontes de informação; estimular o aluno para que se posicione de maneira
crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o
diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; compreender
a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e
deveres políticos, civis e sociais, adotando atitudes de solidariedade, cooperação,
justiça, respeito a si e ao outro.
A implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos de acordo com o Plano
Nacional de Educação tem dois principais objetivos, um é oferecer maiores
oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória, e outro, o
de assegurar que o ingresso mais cedo no sistema de ensino possibilite alcançar um
nível maior de escolaridade dos alunos com a continuidade dos estudos.
Assim, espera-se que haja uma melhoria na qualidade da educação básica,
com a implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos, com a inclusão de todas
as crianças de seis anos, levando a uma diminuição da vulnerabilidade a situações
de risco, a um tempo maior de convívio escolar, a maior permanência e sucesso do
aluno na escola, a maiores oportunidades de aprender e conseqüentemente, a um
aumento na escolaridade.
Tendo em vista estes alunos advindos do Ensino de Nove Anos, a escola
adotará metodologias diferenciadas, trabalhando com atividades lúdicas e mais
concretas, considerando a faixa etária dos alunos.
A mudança no decorrer do processo pode parecer-lhes que será pulada uma
série, pois com tal mudança no final do Ensino Fundamental entende-se que os
alunos terão que cursar um ano a mais. Será feito também um trabalho de
orientação tanto aos alunos quanto aos pais, exemplificando-lhes a mudança na
organização do Ensino Fundamental. Este esclarecimento se faz necessário, uma
vez que o aumento na duração desta etapa de escolarização se dará com a entrada
mais cedo do aluno na escola.
34
Sabemos que se sentiu a necessidade da comunicação e ao registro das
idéias, desde os primórdios da humanidade. Os símbolos usados na antiguidade
foram sendo aperfeiçoados até chegar ao sistema de escrita que temos atualmente.
A importância desta escrita para a historia é que a mesma permite o armazenamento
e a propagação das informações e do conhecimento historicamente acumulado,
passando de geração a geração.
Contudo, não basta codificar e decodificar sinais ou apenas ler e escrever, ou
seja, é preciso desenvolver competências para o uso adequado da escrita, de modo
a responder adequadamente as demandas sociais do ato de ler e escrever. É
preciso também apropriar-se das habilidades que permitem fazer este processo de
forma eficiente.
Assim, o letramento atenta para os aspectos sócio-históricos da aquisição de
um sistema escrito construído historicamente pela humanidade, de modo a inserir o
indivíduo na cultura letrada. A alfabetização trata da aquisição da escrita de um
grupo social, para formar sujeitos críticos e atuantes, faz-se necessário conhecer a
importância das informações muito além da alfabetização, pois além da leitura e
escrita o sujeito precisa saber interpretar, interagir, informar e ampliar seus
conhecimentos.
A Gestão Democrática possibilita a participação e atuação de todos os
segmentos envolvidos com a educação, com o objetivo de discutir e analisar:
As diferentes concepções educacionais que visam garantir a
acessibilidade e a permanência do aluno na escola;
A gestão dos recursos financeiros na escola, gestão de projetos
inovadores de caráter cultural, artístico, esportivo, ambiental ou de suporte
pedagógico, que estão de acordo com a realidade da escola;
A avaliação institucional como um processo que visa destacar os
pontos positivos e negativos e lançar idéias inovadoras, que garantam o bom
andamento e crescimento da escola em todos os aspectos.
Quanto ao aspecto físico, a direção deste estabelecimento de ensino está
com um projeto de ampliação do mesmo. Neste está prevista a construção de 04
(quatro salas de aula), e 01 (uma) sala de vídeo. Porém não há previsão de
efetivação do mesmo.
No final de cada ano letivo, os professores das diversas disciplinas sugerem à
direção da escola materiais de apoio pedagógico que são necessários para que
35
melhore a sua prática em sala de aula. Os materiais serão adquiridos conforme o
poder aquisitivo da instituição.
Durante o ano letivo serão realizadas e organizadas pelos professores de
Educação Física, com o auxílio dos demais professores as interséries de basquete,
voleibol, futsal, handebol e ainda um campeonato de xadrez e tênis de mesa, estas
atividades visam a integração entre alunos, oportunidade aos alunos de demonstrar
suas habilidades esportivas, o espírito de competitividade sadio.
Os professores e funcionários participarão do Plano de Formação Continuada
oferecido pela Secretaria de Estado da Educação, bem como atividades
desenvolvidas pela escola como palestras, encontros pedagógicos, debates, etc, a
fim de estarem em condições e sempre atualizados para que possam fazer seu
trabalho com o máximo de eficiência e eficácia.
6.1 Formação
Continuada SEED e além SEED para professores e funcionários
A escola incentiva e dá suporte para que os professores, funcionários
participem ativamente dos programas de formação continuada ofertado pela SEED,
e outros cursos ofertados por outras entidades alem SEED, pois é visível
crescimento coletivo do Colégio.
6.2 PROJETOS
Nosso trabalho com os Desafios Educacionais Contemporâneos será
efetivado, em grande parte, através de projetos. Durante o ano letivo de 2010, serão
levados a efeito os seguintes projetos:
6.2.1 Projeto de Leitura
Cada aluno deverá ler livros clássicos de acordo com a literatura condizente
em cada série, bem como a escolha de textos diferenciados para cada período,
36
fazendo um paralelo entre a literatura (seus conceitos) e o mundo atual. Por
exemplo: leitura de “Vidas Secas”. Após a leitura, analisar onde há seca atualmente
no Brasil, localizar no mapa e fazer comparações. Utilizar-se de recurso visual,
assistir e ler as obras literárias e posteriormente analisá-las. Na prática, todos os
alunos deverão ler 15 livros durante o ano, relatá-los em fichas de leitura, conforme
cronograma do professor e expô-los, fazendo um paralelo com textos atuais sobre o
mesmo assunto, podendo ser charges e/ou periódicos, que contribuam com a visão
de mundo, com a argumentação, reflexão e ponto de vista do aluno. A partir das
leituras, serão organizadas mini-palestras, ocasião em que os alunos poderão
desenvolver a oralidade e argumentação. Os alunos das 6° Ano farão visitas a
Biblioteca pública municipal acompanhados pelas professoras de Português com o
intuito de praticar a leitura em ambiente adequado respeitando o espaço coletivo,
acesso a diferentes bibliografias, bem como incentivar o gosto pela leitura.
6.2.2 - Projeto Ambiental
Desenvolvido também em anos anteriores, que consiste em despertar no
aluno a consciência para a preservação ambiental. O projeto vem sendo
desenvolvido em várias etapas, iniciou no dia mundial da água em 23 de março, com
palestras ministradas por profissionais convidados pela entidade escolar, numa
próxima etapa contamos com o patrocínio da Empresa Sadia, que financiou muda de
árvores para o pátio do Colégio, que foram plantadas pelos alunos, financiou
também a limpeza de um córrego próximo ao Colégio. Durante este ano letivo foi
concluída a quadra de areia, ao lado do Ginásio de Esportes, está em andamento
ainda o ajardinamento iniciado no ano anterior. Neste ano, contamos ainda com a
parceria da Prefeitura Municipal e Rotary Club. Os alunos farão o plantio das mudas
auxiliadas pelos professores regentes de cada turma, em datas definidas com início
em 23 de março (dia mundial da água), posteriormente no dia 05 de junho (dia
mundial do meio ambiente) e finalizando no dia 21 de setembro (dia da árvore), esse
projeto envolve toda a comunidade escolar, trazendo melhorias para a escola. As
atividades são trabalhadas interdisciplinarmente, por professores de várias
37
disciplinas, envolvendo temas como: Preservação do Meio Ambiente, Aquecimento
Global, Efeito Estufa, Reciclagem de lixo etc.
6.2.3 – Festival de Poesia
Também vem sendo realizado há vários anos, com o objetivo de desenvolver
e/ou resgatar nos alunos de todos os anos o gosto pela poesia. Os alunos são
incentivados a escrever suas próprias poesias e, depois de uma seleção em sala de
aula, feita pelos professores de Língua Portuguesa, as poesias escolhidas (duas ou
três por turma) são declamadas em evento organizado para esse fim. Para o ano em
curso, a apresentação será realizada no semestre.
Nas aulas de Educação Física, cujo conteúdo contempla também dança,
formam grupos, escolhem a música e, sob orientação do professor, criam a
coreografia, ensaiam e apresentam em dia designado para esse fim, normalmente
no próprio saguão do colégio. Neste ano de 2012, o concurso de danças fará a
abertura da feira de ciências, nos três turnos, cada um no seu período de aula,
durante o mês de maio de cada ano.
6.2.4 – Projeto “Aprender Brincando”
Desenvolvido com alunos do 6° Ano que apresentam dificuldades de
aprendizagem e/ou defasagem nos conhecimentos básicos. Serão montados 04
(quatro) turmas, 02 (dois) de Português e 02 (dois) de Matemática, os trabalhos
realizar-se-ão em salas ambientes com o maior número possível de material
concreto. Aos alunos que não apresentam dificuldades de aprendizagem serão
oferecidas as oficinas diversas (pintura, trabalhos manuais...).
6.3.1 – Direção
Como responsável pela gestão da escola, cabe à Direção garantir o alcance
dos objetivos educacionais do Estabelecimento, definido neste Projeto Político
Pedagógico. Para isso é a Direção que deverá orientar todo o trabalho
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administrativo, aplicar normas, procedimentos e medidas baixadas pela SEED e
repassadas pelo Núcleo Regional de Educação, bem como cumprir e fazer cumprir o
contido no Regimento Escolar, o que será feito através de reuniões, conversas
particulares, orientações escritas, individuais ou coletivas.
O Plano de Ação da Direção Escolar foi elaborado para o cumprimento da Lei
nº 14231 de 26/11/2003, busca sua fundamentação nos princípios filosóficos e
pedagógicos inseridos no Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar do
Colégio Estadual São Miguel, a fim de que a prática educacional possa concretizar-
se com êxito na comunidade escolar, bem como na sociedade onde está inserida,
voltada para a compreensão da realidade de todos os envolvidos com a educação
deste Estabelecimento.
Permanentemente, pretende-se realizar um trabalho conjunto com
Professores, Funcionários, APMF, Conselho Escolar, Pais e Alunos, buscando
através de ações coletivas uma escola de qualidade que assegure um aprendizado
essencial para a formação de cidadãos autônomos, críticos, participativos, capazes
de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vive.
Sempre que necessário, realizar rodas de conversa para que os Professores,
Funcionários e Educandos da escola possam discutir os valores humanos e que
sejam reconhecidos e os alunos respeitados em suas peculiaridades. Para tal, faz-se
necessário ter humildade e um olhar positivo para as diferenças individuais,
confiando no talento de todos. Estar aberto ao diálogo, inovações, sugestões, bem
como críticas construtivas que possam melhorar o andamento da escola o
relacionamento mútuo o e bem estar de todos, durante o ano letivo.
Ações desenvolvidas pela direção do colégio no decorrer do ano letivo
Dar oportunidade às ações já existentes na escola, aprimorando-os conforme
for necessário, juntamente com os professores, atender as reivindicações com ética
e democracia a fim de que possamos agraciá-los na prática pedagógica:
Trabalhar em parceria com a AP.M.F. Conselho Escolar de forma clara e
transparente no que diz respeito à aplicação dos recursos financeiros, procurando
sempre usá-los de maneira que todos os setores (físicos, pedagógico e humano),
sejam contemplados de acordo com suas necessidades, dando prioridade aos mais
urgentes;
39
Intervir junto à Secretaria de Educação, para construir a sala de vídeo e as
diversas salas que já estão protocoladas na FUNDEPAR;
Cobertura de uma parte do pátio na frente do Colégio;
Continuar ampliando o Laboratório de Biologia, Física e Química;
Foi adquirida uma mesa fixa de cimento para pátio interno de tênis de
mesa, no ano de 2005, através de recursos da APMF, também houve a doação do
PR Esportes neste mesmo ano de uma mesa oficial de tênis de mesa;
No ano de 2006 foi adquirido através da FUNDEPAR mesas com bancos
para facilitar alguns trabalhos fora de sala de aula, bem como para serem utilizadas
para os alunos lanchar.
Discutir amplamente com toda a Escola, as ações pedagógicas
necessárias para melhorar o estudo e a aprendizagem;
Estudar uma maneira prática para os pais participarem das atividades do
Colégio, não só na entrega de boletins. Que eles possam acompanhar mais o
esforço dos professores e da administração para os filhos alcançarem melhores
resultados nos estudos;
Estudar e elaborar com todos os Professores, Direção, Funcionários,
Responsável pela Biblioteca, maneiras de desenvolver um Projeto de Leitura,
Interpretação e de raciocínio matemático, objetivando uma maior qualidade no
resultado escolar dos alunos;
Trabalhar, através dos regentes, um plano de formação completa (moral,
ética...) para os alunos,
Incentivar e apoiar os professores a participarem da formação continuada,
através de seminários de Educação Avançada e outros propostos pelo NRE e pela
SEED.
6.3.2 - Equipe Pedagógica
Aos pedagogos cabe coordenar as atividades pedagógicas do Colégio,
acompanhando o processo educativo junto a alunos, pais e professores, analisando
e buscando soluções para os casos de alunos com dificuldades de aprendizagem. O
trabalho da equipe de pedagogos será efetuado em duas frentes: com os
professores, acompanhando o desenrolar do planejamento, auxiliando na
40
construção e aplicação de projetos, auxiliando na busca de alternativas, de novas
metodologias, de diferentes maneiras de lidar com alunos que apresentem
problemas de disciplina e/ou de aprendizagem, bem como participando dos
Conselhos de Classe; com os alunos, acompanhando seu desenvolvimento,
chamando para conversas aqueles que apresentarem problemas de comportamento
ou de aprendizagem como forma de descobrir as causas dos problemas, a fim de
melhor encaminhar possíveis soluções.
O Pedagogo tem como papel principal:
-Durante o ano letivo coordenar e elaborar a ação coletiva do Projeto Político
Pedagógico;
-Criar condições através de grupos de discussão para a participação dos
profissionais da escola e comunidade na elaboração do Projeto Político Pedagógico;
-Permanentemente implementação do trabalho pedagógico no coletivo da
escola;
-No início de cada ano letivo e quando necessário organizar o espaço e o
tempo escolar;
-Sempre que necessário organizar turmas, calendário letivo, horários
semanais de aulas, disciplinas e recreio.
-Durante o ano letivo e preferencialmente na hora atividade dos professores
procurar organizar a prática pedagógica, contribuindo com materiais de suporte,
repasse de cursos, palestras e comunicados referentes às questões pedagógicas.
6.3.2.1 - Dificuldades de aprendizagem:
Os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem são
encaminhados para a Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática, no
período contrário.
Nos casos mais acentuados de dificuldade de aprendizagem, serão
realizadas avaliações psicopedagógicas pelas professoras especialistas em
Educação Especial, e devidamente encaminhado para a Sala de Recursos.
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Para os demais alunos devem ser realizadas recuperações paralelas, ou
seja, novas oportunidades para recuperar os conteúdos não assimilados, com
atendimento individualizado em sala de aula, trabalhos em grupo, pesquisas, aulas
expositivas, usando estratégias diferenciadas e em conjunto com todos os
professores, para que as suas dificuldades sejam sanadas ou amenizadas. Sendo
que, o trabalho com a auto-estima é primordial para que os objetivos sejam
alcançados.
6.3.2.2 - Avaliação Escolar:
A avaliação deve seguir as normas pré-estabelecidas com as definições
da SEED. Contemplando todas as formas de avaliar, bem como, a dedicação e a
participação dos alunos nas atividades extraclasse.
Deverão ser realizadas no mínimo três avaliações por trimestre, sendo
uma descritiva sem consulta e as demais poderão utilizar instrumentos
diversificados.
Para os alunos com dificuldades de aprendizagem ou com deficiência,
dever-se-á verificar seus avanços, sua conquista e não apenas seus erros e
insucessos. Também, seja realizado um programa especial, atendendo cada caso,
dependendo de sua especificidade do problema. Deverá ser realizado pelo professor
da disciplina, sempre quando necessário, após ter detectado o problema, deverá
encaminhar as intervenções necessárias, para que o aluno recupere o conteúdo no
qual está em defasagem.
Para que ocorra uma avaliação de caráter diagnóstico, o professor deve
conhecer melhores seus alunos, suas habilidades, forma de aprender e seus
interesses. Adequar o processo de ensino ao aluno com dificuldades de
aprendizagem, visando os objetivos de ensino em questão.
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Deve analisar o processo de ensino e aprendizagem, fazendo uma
reflexão, diante dos objetivos previstos, de acordo com os resultados obtidos através
da avaliação.
6.3.2.3 – Aprovação:
O aluno será aprovado quando ele apresentar freqüência igual ou superior
a 75% (setenta e cindo por cento) do total da carga horária do período letivo e média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos
trimestres.
6.3.2.4 - Reprovação:
O aluno será considerado reprovado quando ele apresentar freqüência
sobre o total da carga horária do período letivo e média inferior a 6,0 (seis vírgula
zero), ou freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento), sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual.
6.3.2.5 - Recuperação:
A recuperação dos estudos terá o objetivo de atender às insuficiências
verificadas quanto ao aproveitamento do aluno, proporcionando-lhe a recuperação
contínua, permanente e cumulativa.
Será ofertada a todos os alunos, que tiverem necessidade e os que
quiserem recuperar sua nota será proporcional a recuperação de estudos, de forma
paralela, ao longo dos trimestres durante o ano letivo.
O professor deve considerar a aprendizagem do aluno no decorrer do
processo e, para aferição de trimestre, entre a nota das avaliações e da
recuperação.
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A recuperação paralela poderá assumir várias formas para adaptar o
aluno a aprendizagem a qual ainda não foi assimilada por este, as quais persistem
após as atividades desenvolvidas no decorrer do período letivo, tais como: trabalhos
em grupos, revisão de conteúdos, atividades extraclasse, reavaliação.
A recuperação de estudos será realizada durante o ano letivo, e seus
resultados serão registrados no livro de registro do professor da disciplina.
6.3.2.6 – Evasão/ desistência:
A Equipe Pedagógica e Professores devem fazer um estudo no início de cada
ano letivo dos índices de evasão/desistência dos anos anteriores da escola.
Procurar envolver toda a comunidade escolar para a discussão e na definição
de ações de enfrentamento dos possíveis motivos.
Criar um ambiente de respeito para que os alunos sejam bem
recebidos na escola, promovendo a cooperação e a solidariedade entre eles.
Realizar reuniões no início do ano letivo com os pais e o Conselho
Tutelar ou Patrulha Escolar comunitária.
O caso de evasão/desistência deve ser urgentemente comunicado a
Equipe Pedagógica. Esta, deve primeiramente entrar em contato com os pais ou
responsáveis. Chamá-los até a escola para discutir e solucionar o problema e fazer
um registro em Livro Ata próprio.
Caso não tenha êxito, a pedagoga deverá encaminhar o caso para o
programa FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente) e seguir as instruções do
mesmo.
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6.3.2.7 – Adaptação Curricular:
Ao longo do processo do ensino/aprendizagem, procurou-se definir e
compreender mais detalhadamente, os conceitos de educação inclusiva e
adaptações curriculares essas entendidas como modificações feitas pelo professor,
cuja finalidade é viabilizar a participação de todos os alunos, incluindo os que
apresentam dificuldades ou necessidades educacionais especiais nas atividades
desenvolvidas no contexto escolar. Nessas adaptações, o currículo deve ser
readaptados com modificações necessárias nos objetivos, conteúdos, metodologias
de ensino, temporalidade e avaliação, proporcionando a todos a possibilidade de
aprenderem juntos, valorizando assim o respeito às diferenças, as diferentes formas
de comunicação e aos ritmos de aprendizagem de cada um. Sendo assim, as
adaptações curriculares são consideradas como um conjunto de estratégias que
possibilitam ao professor readaptar o currículo seguindo as necessidades de cada
aluno de modo a promover a todos os alunos, a oportunidade de aprenderem juntos.
6.3.2.8 – Dependência:
A Dependência é um mecanismo que visa oportunizar ao aluno prosseguir
seus estudos. Visam atender, os que não obtiveram êxito durante o ano letivo,
apesar das contínuas recuperações paralelas realizadas pelos professores. Sendo
que o objetivo principal da progressão parcial é estimular o aluno a construir sua
própria aprendizagem.
O regime de Dependência é para os alunos que estão cursando o Ensino
Médio. Assim o aluno reprovado em até três disciplinas ou áreas de conhecimento
da série, fase, ciclo ou período, é permitido cursar o período subseqüente,
concomitantemente às disciplinas ou nas áreas nas quais reprovou. Dessa forma, o
regime de Dependência exige, para a aprovação a freqüência prevista em lei e o
aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.
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6.3.2.9 - Indisciplina:
Os casos de indisciplina serão tratados individualizados, seguindo as
orientações das normas da escola, da PEC e do ECA.
Para os alunos com problemas graves de indisciplina será realizada
uma proposta de trabalho, que consiste em resgatar os valores, elevar a auto-
estima, prevenir sobre as drogas e a prostituição.
Verificar se a metodologia e estratégias aplicadas pelo professor em
sala de aula estão de acordo com a realidade da turma.
6.3.2.10 - Inclusão:
Proporcionar aos educadores e demais funcionários e alunos da escola
a participarem de cursos, palestras e eventos sobre a educação inclusiva.
Disponibilizar bibliografias e materiais de apoio pedagógico para
direcionar e melhorar os atendimentos dos alunos com deficiência.
Auxiliar os professores em sua prática do dia-a-dia, metodologias,
estratégias, materiais de suporte pedagógico e formas de avaliar o aluno com
deficiência.
Procurar fazer um trabalho que resgate os alunos de
evasão/desistência, onde possa ser analisado cada caso e que juntamente com a
família sejam sanados estes problemas.
Juntamente com os professores e equipe pedagógica, fazer um
trabalho em parceria para que os alunos excluídos por questões financeiras,
condições físicas, dificuldades de expressão, comunicação e aprendizagem, sejam
respeitados e compreendidos por todos.
6.3.3 Corpo Docente:
Os professores são os responsáveis diretos pelo trabalho pedagógico
propriamente dito, pois são eles que estarão sempre em contato direto com o aluno.
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A aprendizagem destes depende muitas vezes de como o professor desempenha
sua função. Assim, os professores deverão colaborar na elaboração do Projeto
Político- Pedagógico, bem como da Proposta Pedagógica que o acompanha,
executar a Proposta, avaliando continuamente a mesma, retomando o assunto
sempre que perceber a necessidade e preparar com os pedagogos o plano de
recuperação paralela para alunos com dificuldades de aprendizagem.
6.3.4 Conselho de Classe:
No final de cada trimestre, o Conselho de Classe se reúne para discutir,
analisar e avaliar o desempenho escolar dos alunos.
Como órgão de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-
pedagógicos, desempenhará o papel de avaliar o processo de aprendizagem,
acompanhar e aperfeiçoar a aprendizagem do educando, avaliar avanços e
dificuldades para poder emitir parecer sobre cada caso, propondo medidas para
solucioná-los e decidindo, finalmente, sobre a promoção do aluno que, na apuração
do resultado final, apresentar média inferior ao mínimo exigido pelo Sistema de
Avaliação.
6.3.5 – Agente Educacional II:
A equipe administrativa é responsável pela Secretaria, devendo manter em
dia toda a documentação referente aos alunos (matrículas, transferências, relatórios
finais, fichas individuais, adaptações, conclusão de cursos, dependência,
classificação e reclassificação). Cabe-lhes ainda cuidar da correspondência e de
manter organizada a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes e outros
documentos.
6.3.6 – Agente Educacional I
É o pessoal encarregado da manutenção, preservação e segurança do
Colégio, bem como da preparação e distribuição da merenda escolar aos alunos.
Desse modo, cabe-lhes o trabalho de efetuar a limpeza das instalações escolares,
47
impedirem a entrada ou saída de alunos fora do horário e zelar pela segurança dos
alunos dentro das dependências do Colégio.
6.3.7 - APMF e Conselho Escolar
A APMF e Conselho Escolar são órgãos colegiados representativos dos pais
de alunos, professores e funcionários, que trabalha em parceria com o Colégio, de
forma clara e transparente, no que diz respeito à aplicação dos recursos financeiros,
procurando usá-los de maneira que todos os setores (físico, pedagógico e
administrativo), sejam contemplados de acordo com suas necessidades, dando
prioridade aos mais urgentes. Caberá a APMF colaborar na formação do educando
através da promoção do bem-estar dos mesmos e promovendo as convivências
harmônicas entre pais ou responsáveis, professores, alunos e funcionários da
escola. Esta promoção será feita através de palestras e eventos festivos e culturais,
como: Festa Junina que é um evento que acontece com o envolvimento de toda
comunidade escolar articulada com todos os órgãos de que representam à escola,
como APMF, pais, conselho escolar, direção e professores, no ano de 2013
acontecerá no dia 06 de julho, Recital de Poesias, o Mostra de Talentos (no mês de
agosto), onde cada membro terá seu papel a ser desempenhado. Já o Conselho
Escolar, que tem a incumbência de acompanhar o trabalho pedagógico do Colégio,
procurará empenhar-se para que o Projeto Pedagógico seja colocado em prática.
Será também incumbência do Conselho aprovar a aplicação de recursos financeiros
recebidos pelo Colégio, quer sejam oriundo de órgãos Federais ou Estaduais, ou de
outras fontes, bem como a respectiva Prestação de Contas.
6.4 ENVOLVIMENTO DE OUTRAS ENTIDADES
Além da comunidade escolar, procuraremos envolver outras entidades que
têm mantido uma boa parceria com nosso Colégio, para poder tornar realidade
nosso Projeto. Dentre estas entidades, podemos citar:
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6.4.1- PROERD:
Estará colaborando com a comunidade escolar através do Projeto PROERD,
que será efetivado em nosso Colégio no presente ano letivo, após solicitação
especial encaminhada ao Chefe do Núcleo Regional de Educação, e do Projeto
Patrulha Escolar Comunitária, que será implantado nos Estabelecimentos de Ensino
Estaduais para cuidar da segurança dos alunos, através de palestras com pais e
alunos, rondas periódicas nos arredores do Colégio, visitas aos alunos em sala de
aula e outras ações.
6.4.2 – Patrulha Escolar Comunitária (PEC)
O PEC deve tratar casos extremos de indisciplina, podendo o policial militar
aconselhar o aluno.
Os policiais do PEC fazem um patrulhamento diferenciado, visita à escola
sem necessidade de ser chamado. Neste momento os mesmos circulam pela
escola, mantendo contato com os alunos, professores, pais e demais funcionários.
Todo e qualquer contato do policial militar junto aos alunos, professores, pais
e funcionários devem ocorrer sempre na presença da direção.
Em caso de ocorrência, o policial militar PEC deve ser acionado
imediatamente. No entanto, quando se trata de casos em que alunos serão
encaminhados a delegacia de polícia, os termos da INSTRUÇÃO DA SEED E SESP
Nº 001/2005 devem ser seguidos.
Nos casos em que o aluno cumpre algum tipo de penalidade imposta pela
justiça, retornará à escola de origem. Para tanto, esta penalidade ou condução à
delegacia sejam visto como um aprendizado na vida desse aluno.
Todas as ocorrências devem ser devidamente registradas em livro ATA
próprio para esse destino.
Todas estas ações serão colocadas em prática, apesar de sabermos que não
estarão contemplando todas as necessidades do Colégio, pois com o passar do
tempo outras necessidades vão surgindo e, neste caso, o Projeto Político-
Pedagógico precisará ser atualizado. Para tanto, toda a comunidade escolar será
chamada a colaborar, pois as decisões deverão sempre ser coletivas. No início do
49
ano letivo de 2013, durante a semana pedagógica, o Projeto foi reavaliado,
ocorrendo às mudanças que o coletivo de professores e funcionários achou
necessário.
Assim, o Projeto Político-Pedagógico será constantemente avaliado, através
de estudos, análises e críticas, pois sempre que for necessário será devidamente
alterado. Uma vez que o seu objetivo é atender as reais necessidades da
comunidade escolar do Colégio Estadual Professor Vicente De Carli.
6.4.3 – Celem (Espanhol)
A Língua Estrangeira Moderna – LEM – é um espaço e que se pode ampliar o
contato com outras formas de perceber, conhecer entender a realidade, tendo em
vista que a percepção do mundo está, também, intimamente ligada às línguas que
se conhece. Ela se apresenta também como um espaço de construções discursivas
contextualizadas que refletem as ideologias das comunidades que a produzem.
Desta maneira, o trabalho com LEM parte do entendimento do papel das línguas nas
sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso a informação: as LEM
são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de
entender o mundo e construir significados.
50
6.4.4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Leonardo. Cidadania, com-cidadania nacional e cidadania terrenal.
In: Depois de 500 anos: que Brasil queremos? / Leonardo Boff.
Petrópolis:Vozes,2000.
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Campinas: Papirus, 1996.
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Cortez, 1994.
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com Deficiências às Escolas e Classes da Rede Regular/ Ministério Público
Federal: Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. (org)/rev.e atualiz. –
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conteúdo/método no processo pedagógico. – 4. Ed. Ver. E ampl. – Campinas, SP; Autores Associados, 2003 (Coleção Educação Contemporânea)
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, curriculo e didática. Autores Associados,
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brasileira e africana nos currículos escolares/ Paraná, 2005.
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