O segundo Reinado 1840 - 1889
O segundo Reinado – consolidação da oligarquia
A vida política Golpe da maioridade → Liberais;
Ministério dos Irmãos
D. Pedro II dissolveu a câmara e convocou novas eleições(1840)
Eleições do Cacete
Dificuldade de governar do liberais: Instabilidade no Sul; Oposição dos conservadores. Método violento nas eleições de 1840;
O segundo Reinado – o troca troca político
1841 - A volta do “regresso” Centralização:
Modificação do Código de Processo Criminal.
Oficiais da guarda nacional passaram a ser nomeado pelo imperador (ou pelo presidente de província);
Revoluções Liberais – 1842;
O segundo Reinado – o troca troca político
1844 – Ministério Liberal:› 1844 – Tarifa Alves Branco.› 1847 – Criação do cargo de Presidente do
Conselho de Ministros.
O Parlamentarismo às avessas - 1847.
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baixo
Rei/presidente
Primeiro ministro ministério
Partidos (o que tiver maioria escolhe:)
Povo
Imperador
Presidente do conselho de ministro Conselho de ministros
Câmara Dissolver “Povo”
O segundo Reinado – Preparação;
Acordo entre as elites; Em cinqüenta anos – trinta e seis
gabinetes; 1853: Honório Hermeto Carneiro de
Leão.
“ A Era da Conciliação”
(O Mequetrefe, 1878)
Analise a caricatura que mostra o imperador e os partidos Liberal e Conservador: A situação representada na caricatura pode ser explicadaa) pela aprovação do Ato Adicional à Constituição imperial, que implantou medidas
autonomistas favoráveis ao Partido Liberal e ao Conservador, dominantes nas províncias.
b) pela crise durante o Período Regencial, devido às várias rebeliões que questionaram a autoridade do monarca e fizeram dele um mero joguete dos liberais e conservadores.
c) pelas divergências ideológicas entre os liberais e os conservadores, que permitiram a D. Pedro II explorar as rivalidades entre esses partidos e colocar-se acima de todos.
d) pela implantação de um parlamentarismo singular que, ao invés de limitar o poder do imperador, reforçava-o e garantia a alternância de liberais e conservadores no ministério.
e) pelo controle das eleições pelo imperador, que exercia o Poder Moderador e, portanto, impedia o acesso de liberais e conservadores aos cargos, nomeando apenas pessoas de sua confiança.
“Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano Holanda Cavalcanti:
–– Nada se assemelha mais a um saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder.
‘Saquarema’, nos primeiros anos do Segundo Reinado, era o apelido dos conservadores […] ‘Luzia’ era o apelido dos liberais […] A idéia de indiferenciação dos partidos parecia também confirmar-se pelo fato de ser freqüente a passagem de políticos de um campo para o outro.”
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995, p. 180.
O texto dá conta de algumas características das correntes políticas
que predominavam no Segundo Reinado (1840–1889).a) Identifique um aspecto comum e outro divergente entre as
correntes políticas mencionadas no texto.b) Explique uma diferença entre a experiência parlamentarista
brasileira do Segundo Reinado e o modelo liberal inglês da mesma época.
Para próxima semana
Ler e caracterizar a Revolução Praieira - 1848.
Ler páginas 56 a 60.
“Explique como o avanço da cultura cafeeira através do lado paulista do Vale do Paraíba, a partir da segunda metade do século XIX, veio criar condições para o início da industrialização no Brasil, pioneiramente no Estado de São Paulo.”
(Página 76 exercício 48)
A economia no Segundo Reinado
O Brasil é o café
O Brasil é o café
Entrou no Brasil pelo Pará por volta de 1727;
Chegou no Rio de Janeiro em 1760; Cultivado primeiramente entre outras
culturas para o consumo interno. Desenvolveu-se primeiramente no Vale
do Paraíba para depois expandir-se para o Oeste Paulista.
Expansão do café
O Brasil é o café
Vale do Paraíba:Clima favorável;Terra virgem;Proximidade do porto do Rio de Janeiro;
Plantations; Cultura extensiva; Técnicas rudimentares – no Vale.
O Brasil é o café
Mercado interno – insuficiente para absorver uma produção de larga escala.
OBS.: “O avanço da produção caminhou lado a lado com a ampliação do hábito de consumir café entre a classe média cada vez mais numerosa nos Estados Unidos e nos países da Europa.”
Boris Fausto
O império é o café e o café é o Vale
Barões do Café; Mão de obra escrava; Produção extensiva – desgaste do solo; Auge do Café – 1850; Técnicas rudimentares;
Enxada e Foice – o arado só foi utilizado por volta de 1870 nas novas zonas de São Paulo;
Monjolos; Transporte feito por tropas de burros.
Lei Eusébio de Queiroz e a Lei de terras – atrapalharam o desenvolvimento da Região.
“Os empresários do café”
O “Oeste” paulista.Contou com o esgotamento do Vale;Terra “roxa”;Foi beneficiado pela modernização;• Arado;• Despolpador;• Ferrovias;
Mão de obra imigrante;
A modernização econômica do segundo reinado
As perspectivas de uma industrialização no Brasil, até então, sempre foram obstacularizadas.• Alvará de 1785;• Tratados de 1810;
Segundo reinado – primeiro surto industrial brasileiro.
A modernização econômica do segundo reinado
Fatores que contribuíram para o surto industrial do Segundo Reinado.Capitais oriundos do café;Tarifa Alves Branco (1844);Lei Eusébio de Queiroz (1850);Elevação da receita do governo →
investimento em infra-estrutura; Barão de Mauá.
Existência de entraves à industrialização.
Falta de uma mão de obra urbana numerosa;
Exigüidade do mercado interno; Pressões internacionais; Mentalidade;
A política externa no Segundo Reinado;
Assegurar a hegemonia brasileira na América do Sul;
Subserviência menor perante a Inglaterra;
A política externa no Segundo Reinado;
A relação com a Inglaterra:› Antes do Segundo Reinado:
Dependência da (antiga) metrópole; Período Joanino – aumentou a dependência. Tratado de 1810; Renovação dos tratados (1810) para
reconhecimento da independência e empréstimos;
Brasil nasce atrelado aos interesses ingleses.
1831 – “Lei para inglês ver”.
A política externa no Segundo Reinado;
A relação com a Inglaterra:› Segundo Reinado:
Lucros do café e maior disponibilidade de $ nas mãos da monarquia → Diminui a dependência econômica perante aos ingleses.
1844 - Tarifa Alves Branco; 1845 – Bill Aberdeen.
A política externa no Segundo Reinado;
A relação com a Inglaterra:› A Questão Christie – 1863;
1861 – Prince of Walles naufraga no RS; 1862 – prisão de três marinheiros (bêbados e
em trajes civis); 1863 – parecer do rei da Bélgica: ganho de
causa para o Brasil. 1865 – Governo inglês pede desculpas
formais ao governo brasileiro;
As questões Platinas
Brasil
Argentina
Região do Prata (Rio do Prata)
Inte
rven
ção
Inte
rven
ção
Uruguai
Conflito Data Países envolvidos
Resultado
Guerra da Cisplatina
1825 - 1828 Brasil, Uruguai e Argentina
Independência da província cisplatina com o nome de República Oriental do Uruguai.
Guerra contra Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina)
1850 -1852 Brasil (a favor de Rivera no Uruguai), Argentina(a favor de Oribe)
O Brasil obteve o apoio de Urquiza derrotou a aliança Oribe-Rosas.
Luta contra Aguirre (Uruguai)
1864 - 1865 Brasil contra o Uruguai, governado por Aguirre, que obteve apoio de Solano Lopéz (Paraguai)
Derrotou Aguirre e afirmação do poderio brasileiro no Prata.
As questões platinas – Intervenção no Uruguai.
Partidos Políticos
Blanco:• Produtores rurais
que tinham o apoio da Argentina (Oribe e Aguirre)
Colorado:• Comerciantes de
Montevidéu que tinham o apoio do Brasil (Rivera e Flores)
As questões platinas – Intervenção no Uruguai.
Intervenção de 1850: Oribe e Rosas – recriação do Vice Reino da Prata. Oribe chegou ao poder com apoio da Argentina
(1850). Brasil rompeu relações com a Argentina e aliou-se a
Urquiza (1850); Batalha de Monte Caseros (1852) – Vitória brasileira
sobre a Argentina: Livre navegação dos rios da Bacia do Prata.• Entrou no poder com apoio do Brasil o Urquiza.
5 mil homens ocuparam Montevidéu (1852)• O Brasil coloca no poder o colorado Frutuoso Rivera;
As questões platinas – Intervenção no Uruguai.
Intervenção em 1864: Atanásio Cruz Aguirre (Blanco) chegou ao
poder em 1863; Aguirre buscou apoio no Paraguai de
Solano Lopéz (pretensões expansionista); Brasil invade o Uruguai depondo Aguirre e
colocando em seu lugar Venâncio Flores; Aumentou a tensão entre Brasil e Paraguai.
Manuel OribeManuel Rosas Frutuoso Rivera
Tríplice Aliança: Guerra contra o Paraguai (1864 – 1970)
O Paraguai: José Gaspar Francia –”EL Supremo”(1814 -1840):
• Isolamento;• Expropriou terras da igreja e de uma parte da elite →
Estâncias da Pátria.• Trocas em espécie.• “ninguém entra e ninguém sai”.
Carlos Antônio López (1840 – 1862):• Procurou romper o isolamento do país.• Instalou uma ferrovia;• Recrutou técnicos europeus para modernizar o país;
Francisco Solano López (1862 – 1870).• “O Paraguai Maior”
Tríplice Aliança: Guerra contra o Paraguai (1864 – 1970)
As várias versões da guerras CONTRA o Paraguai;
OBS.: A História é um trabalho de criação que pode servir a vários fins.
As várias versões da guerra
América espanhola: A Guerra da Tríplice Aliança;
Versão tradicional da historiografia brasileira:› Conflito é resultado da megalomania e dos planos
expansionistas de Solano López.› Membros das forças armadas encaram episódios
da guerra como exemplos da capacidade militar brasileira – exaltando os feitos de Tamandaré, Osório e principalmente Caxias.
› Olhar com desdém para a figura sisuda do barbudo Solano López.
As várias versões da guerra
Historiografia paraguaia:› O conflito é visto como uma agressão de
vizinhos poderosos a um pequeno país independente.
› As nações vizinhas seriam responsáveis pela “estagnação” do país;
Historiografia de esquerda a partir de 1960 (León Pomer):› O conflito teria sido fomentado pelo
imperialismo inglês.
As várias versões da guerra
Últimos anos – versão menos ideológica, mais coerente e bem apoiada em documentos (Francisco Doratioto e Ricardo Salles)› Concentra a atenção nas relações entre os países
envolvidos;› Entender cada país a partir de sua fisionomia
própria, sem negar a grande influência do capitalismo inglês;
› Chama a atenção para o processo de formação dos Estados Nacionais da América Latina e da luta entre eles para assumir uma posição dominante.
Apesar de todas as versões o resultado foi um só para o Paraguai - destruição.
“ ‘A Guerra do Paraguai’ (em verdade, a Guerra contra o Paraguai) foi uma chacina em larga escala, uma hecatombe demográfica, um genocídio, sobretudo no final, com a dizimação do que restou do exército paraguaio, formado por crianças.”
(Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez; História do Brasil, uma interpretação)
A população do Paraguai foi reduzida de 600 mil para 200 mil pessoas.
Praticas criminosas brasileiras – envenenamento das águas potáveis para matar a população civil.
Apesar de todas as versões o resultado foi um só para o Paraguai - destruição.
Morte de 99% da população economicamente ativa
Atraso econômico paraguaio
Conseqüências da Guerra para o Brasil
Crise econômica; Aceleração do declínio do escravismo; Descontentamento militar (politização
do exército);
A Queda do Império
Monarquia
Fim da escravidão questão religiosa questão militar
A Queda do Império
O Fim da escravidão. Pressão de parte da sociedade; Fuga, rebeldia e aquilombamento por parte dos
escravos; Os barões do café de São Paulo, os paulistas
caifazes, são abolicionistas;
Processual - através de leis: 1871 – lei do ventre livre; 1885 – lei do sexagenário; 1888 – Lei Áurea.
A Queda do Império
Com a Lei Áurea e a abolição da escravidão o Império perde o apoio dos barões do café escravistas cariocas, perdendo assim o alicerce social que o apoiava, isto é, perde o último sustentáculo de apoio da Monarquia e conseqüentemente esta cai. São os chamados republicanos de última hora;
OBS.: Não se politizou a discussão do abolicionismo com o povo, não se apresentou o plano de inserção social;
Setores urbanos, comerciais, industriais vindos da Era Mauá apoiavam a República, então, cresceu o movimento e se expandiu as idéias republicanas e abolicionistas, a Monarquia passou a ser mau vista, indesejada
Questão Religiosa:
Conflito entre o Estado e a SICAR; Em 1824 superioridade do Estado em relação a SICAR –
segundo a constituição de 1824: Padroado: é o direito que o imperador tinha de escolher os bispos
do Brasil;
Durante o segundo Reinado foi criado o beneplácito: toda decisão papal só será cumprida com o aval do rei, D. Pedro II.
Em 1864 o papa Pio IX, na Bula Syllabus proíbe a maçonaria no Brasil, ou seja, o papado proibiu as relações de católicos e irmandades com os maçons, proibiu os maçons de freqüentarem a Igreja;
Questão Religiosa:
D. Pedro II não dá o Beneplácito para essa Bula e prevê penas para os padres e bispos que adotarem e cumprirem essa medida;
Os bispos de Olinda (Dom Vital de Oliveira) e de Recife (Antônio de Macedo) descumprem a ordem do Estado e são presos e condenados. Posteriormente acabam perdoados;
A Igreja passa a colocar o povo contra o Estado, contra D. Pedro II;
OBS.: O povo assiste, mas dá apoio à SICAR. A sociedade com medo de estar contra Deus, contra a igreja, com medo de ser excomungada se coloca ao lado da SICAR. O povo não chega a destruir a base do Estado pois o apoio do povo é “surdo”, ou seja, o povo está com a Igreja mas não está contra o Estado.