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A RETOMADA DO PROJETO F-X NO BRASIL
JOSÉ ALVES DANIEL FILHO, Graduando de Ciências Econômicas – UPIS-DF
O Brasil sempre possuiu uma posição de destaque no cenário militar na América
Latina, isso se deve ao fato de ter uma Força atualizada e bem preparada. Foi assim com a FAB no
fim da 2ª Guerra Mundial e nos anos da década de 1960/1970 com a incorporação do Mirage III,
F-5 e Xavante. Com o Exército durante as décadas de 1970/1980, onde a indústria nacional possuía
produtos de ponta, alguns inclusive, bem à frente do seu tempo, como o carro de combate Osório. E
com a Marinha, por ser hoje a única da região a possuir um porta-aviões – o que lhe outorga
capacidade única, além da maior frota de submarinos da região.
As crises econômicas que assolaram o país nos anos seguintes a década de 1970,
levou a uma redução significativa dos valores destinados ao reequipamento das Forças Armadas,
bem como a manutenção de sua operacionalidade. A segunda crise do petróleo, o alto
endividamento público e a promulgação da Constituição de 1988 somados a esses acontecimentos,
fizeram com que o governo ficasse com uma carga de despesas para administrar maior do que
arrecadava. Apesar do aumento e criação de tributos ele optou por retirar verbas de diversas áreas
da economia, inclusive de defesa, pois eram consideradas “menos importantes” para o país.
Todos esses acontecimentos fizeram chegar ao grau de obsolescência dos
equipamentos que encontramos hoje em nossas Forças e no Estado em geral (saúde, educação,
transporte, entre outras), mas dentro dos minguados orçamentos, as Forças Armadas estão alocando
recursos da melhor maneira possível para tentar reverter ou ao menos minimizar tais deficiências.
Uma das necessidades mais urgentes dentro das Forças Armadas, em especifico na Força Aérea, é a
aquisição de um vetor de caça de última geração para defender nossos céus.
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O destaque dado para a compra de um caça como sendo uma necessidade das Forças
Armadas e não só da Força Aérea, é devido à importância que a arma aérea tem tido nos últimos
conflitos. Ela é a primeira a entrar em combate para garantir um terreno mais seguro para as forças
que seguirão por terra ou mar não encontrem muita resistência.
Após as rígidas políticas econômicas adotadas pelo governo nos últimos anos para
melhorar a situação das contas nacionais é chegada a hora de efetuarmos investimentos no país em
geral, visando promover o desenvolvimento sustentado, inclusive em nossas Forças Armadas como
preceitua a Constituição, onde o Estado tem a finalidade de manter a soberania. Mas como manter a
soberania se não possuímos os meios básicos necessários? Caso semelhante ocorreu com a
Austrália, que após um grande arrocho das contas públicas, o acerto de suas contas contribuiu para a
compra de 24 F-18F para equipar sua arma aérea1.
Os parcos recursos destinados as Forças nacionais, boa parte é canalizada para o
pagamento de pessoal, restando pouco para o custeio e uma parcela ainda menor para os
investimentos. De acordo com o estudo do Centro de Estúdios Nueva Mayoría da Argentina, o
Brasil investe somente 2,1% do seu PIB (dados de 2003) em defesa enquanto a média mundial é de
3% e para complicar o maior PIB e território da região são nossos. Confira no gráfico abaixo:
0,70%1,13%
1,20%1,78% 1,80% 1,85% 2,10% 2,10% 2,12% 2,14% 2,30%
3,64%
5,00%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
Guiana
Paraguai
Argentin
aBolivia
Venezuela
Uruguai
Brasil
Chile
Colom
bia
Média
Peru
Equador
Surin
ame
A nossa Força Aérea tem evoluído gradativamente nos últimos anos, mas não
podemos ignorar que nossos vizinhos estão dotando suas Forças com equipamentos mais modernos
que os nossos. Como exemplo, podemos citar o Chile que efetuou a compra de 28 F-16 dos
modelos A/B/C/D, a Venezuela está adquirindo 24 Sukhoi SU-30 além de UAVs, a Colômbia que
anunciou investimentos na ordem de US$ 3,6 bilhões para reequipamento de sua Força Aérea nos
próximos quatro anos, também demonstrando interesse em adquirir aeronaves F-16 das versões C/D
para compor seus grupos de aviação de caça substituindo as aeronaves hoje em uso racionalizando
suas linhas logísticas e o Peru que já opera o MIG-29 equipados com mísseis R-77 a algum tempo.
O cancelamento do Programa F-X em 22/02/2005, que pensávamos ter sido um erro,
na verdade foi de suma importância, tendo em vista ter entrado em serviço uma grande quantidade
1 www.basemilitar.com.br;
3
de aeronaves de 4ª geração2 no mercado internacional, sendo que, na época, alguns não estavam
disponíveis e os que estavam possuíam um custo muito elevado para a aquisição.
Caso tivéssemos fechado negócio com algumas aeronaves daquela concorrência,
corríamos o risco de adquirir uma versão já desatualizada, sendo um exemplo o Mirage 2000 que
era o grande favorito para vencer a concorrência está com sua linha de montagem para ser fechada,
segundo anunciou a Dassault.
Inicialmente não efetuaremos uma compra muito grande (máximo de 24 aparelhos),
além de não poder adquirir o que se encontra no estado da arte, pois as aeronaves de 5ª geração
possuem um valor de aquisição muito acima dos nossos orçamentos disponíveis e a tecnologia
empregada na construção destas faz com que suas vendas sejam controladas.
Os programas de modernização efetuados na FAB na última década reduziram
bastante o degrau que tínhamos em relação à geração mais nova de aeronaves, mas isso não quer
dizer que temos aeronaves e tecnologia suficiente para combater de forma eficiente as novas
aquisições dos nossos vizinhos.
Pelo grande território e riquezas que possuímos para defender, temos uma pequena
quantidade de caças se comparados a outros países com o território de tamanho equivalente. Até se
levarmos em consideração nossos vizinhos a proporção é desfavorável conforme tabela abaixo:
Qtdo caças3 Território (km²) Km² por caça Antes do F-X 138 12,712 milhões 92.115 Após o F-X 187 12,712 milhões 67.978
Só para comparar a Argentina4 possui hoje um caça para defender 35.148 km² de
território, o Peru5 um para cada 14.280 km² e a Venezuela6 cada caça é responsável por 10.988 km²!
Outrossim, destacamos a necessidade de formação de novos esquadrões de caça de
primeira linha, pois os que estão em operação concentram-se nas regiões centro-sul, conforme mapa
abaixo, deixando o Norte e Nordeste sem a cobertura de uma aeronave mais capaz que os A-29 hoje
em utilização:
2 1ª Geração: São as primeiras aeronaves dotadas de motor a jato e já está praticamente fora de serviço. São aviões pioneiros, com mínima capacidade eletrônica. Ex: Mystère B2 e MiG-19;
2ª Geração: Ampliou o desempenho para velocidades acima de Mach 1,6 mas com baixa capacidade de manobra, incluiu os primeiros computadores de bordo e desenvolveu o uso do radar de interceptação. Ex: Mirage III, F-4 Phantom e MiG-21; 3ª Geração: Reverteu a ênfase pela velocidade pura em detrimento da capacidade de manobra e introduziu a eletrônica digital a bordo. Ex: F-14, F-15A Eagle e Mirage 2000; 4ª Geração: Ampliou a capacidade multi-missão, o fluxo de informações disponíveis aos pilotos e a integração entre homem e máquina. Ex: F-16C, F-18E, Gripen, Sukhoi Su-35, Rafale e Typhoon;
5ª Geração: Caracteriza-se por possuir capacidade Stealth; Ex: F-22 Raptor e F-35 Lightning II. 3 Foram consideradas as seguintes aeronaves: 53 A-1, 55 F-5M, 12 Mirage 2000 e 18 A-4 da Marinha (somente os operacionais); Após F-X e aquisições de F-5M: 24 F-X, 53 A-1, 80 F-5M, 12 Mirage 2000 e 18 A-4 da Marinha; Foi tambem considerada a área da plataforma continental brasileira;
4 Argentina: 34 A-4AR, 14 IAI Dagger/Fingger, 7 Mirage V, 13 Mirage III e 11 Dassault Super Etendart da Marinha; 5 Peru: 18 Sukhoi Su-25, 20 Sukhoi Su-20, 19 Sukhoi Su-22, 21 MIG-29, 12 Mirage 2000; 6 Venezuela: 19 Mirage 50, 19 F-5, 21 F-16 e 24 Su-30;
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Mapa 1: Situação hoje
Mapa 2: Como poderia ficar
Como sugestão desse autor, com a aquisição de mais 34 F-5 para completar a
dotação de 80 aeronaves do tipo, desejados pela FAB para 2009, poderiam ser criados mais três
novos esquadrões, juntando-se a eles a realocação dos Mirage 2000, hoje baseados em Anápolis-
GO. Nosso espaço aéreo estaria bem defendido conforme mapa 2 da pagina anterior. Mas,
destacando a necessidade de um estudo de viabilidade da permanência de três linhas de suprimento
para a manutenção dos caças, onde somente os aviônicos estariam em comunalidade, se os Mirage
passassem pelo processo de modernização para o padrão BR. Se não fosse viável, poderiam optar
por vender os 12 Mirage 2000 e adquirir a mesma quantidade de células de F-5 para a criação desse
outro esquadrão.
A dotação de aeronaves dos 6 esquadrões de F-5 poderia ficar da seguinte maneira:
um com 15 aeronaves em Natal onde haverá a transição dos pilotos de caça do AT-29 para a
primeira linha e os outros 65 F-5 restantes ficariam distribuídos em unidades dotados com 13
aeronaves cada uma nas seguintes localidades: BACO (Base Aérea de Canoas), BASC (Base Aérea
de Santa Cruz), BAPV, BABV e no Aeroporto Internacional de Tabatinga. Os 12 Mirage 2000 (ou
o F-5) ficariam baseados na BABE (Base Aérea de Belém) e por fim o F-X no 1º GDA em
Anápolis-GO.
Localidade/Anv Qtdo BANT/F-5 15 BASC/F-5 13 BAPV/F-5 13 BACO/F-5 13
Tabatinga/F-5 13 BABV/F-5 13
Total 80
5
Com essa distribuição teríamos uma Força Aérea mais presente em todo o território
nacional, fechando toda a fronteira brasileira, principalmente em Região mais rica em recursos, a
Amazônica. Essa preocupação é válida uma vez que uma nação vizinha (Argentina) já está se
preparando para um possível conflito futuro em busca de reservas de água doce, preparando suas
forças armadas para operar no aqüífero de Guarani. E como nossa Amazônia não é rica somente em
água doce, necessita de uma atenção maior.
Também devemos levar em consideração que as rodovias que estão sendo
construídas naquela região devem ser projetadas para possuir trechos adequados para que possamos,
em alguns casos, utilizar como base avançada para aeronaves à reação, a exemplo da Suécia. Nosso país com dimensões continentais necessita de aviões de caça para compor sua
defesa com as seguintes características básicas de um jato moderno:
� Capacidade de reabastecimento em vôo � Grande autonomia � Boa capacidade de carregar armamentos � Data link � Radar com capacidade SAR7 � Capacidade de operação no ambiente BVR � Comandos fly by wire8 � Grande razão de subida e aceleração � Operação em pistas alternativas � OBOGS9
A aeronave a ser escolhida, em um primeiro momento irá substituir somente os
Mirage 2000 em utilização pela FAB, e a longo prazo ela deverá substituir todos os F-5 e A-1.
Lembrando que este poderá ser o último caça tripulado a ser adquirido pela Força
Aérea, uma vez que não existe nenhum outro projeto de caça tripulado em desenvolvimento pelo
planeta para substituir a 5ª geração que ora está entrando em serviço.
Durante a cerimônia de entrega dos dois primeiros Mirage 2000 na BAAN, pelo
Exmo. Sr. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, este declarou que irá retomar o
Programa F-X que prevê a compra de novos caças para a Força.
Com a reabertura da concorrência os possíveis candidatos poderiam ser os seguintes:
Boeing F-18 E/F, Dassault Rafale, EADS Eurofigther, Lockheed Martin F-16 C/D, Gripen,
Sukhoi Su-35 e MIG-35. Também será considerado o Lockheed Martin F-35, por existir a
possibilidade de ser oferecido ao Brasil, mas sem levar em consideração o seu preço de venda pois
poderá chegar a custar em torno de US$ 100 milhões a unidade, inviabilizando qualquer
possibilidade de compra por nós.
BOEING F-18 E/F – Super Hornet
Última versão da aeronave utilizada pelos EUA em suas forças aeronavais, tem como
característica a grande capacidade de ataque e incremento da autonomia em relação às versões
anteriores. Essa aeronave veio substituir o F-14, F-18 A/B/C/D, A-6 Intruder, S-3 Viking e o KA-
6D Tanker Intruder em operação pela US Navy e os Marines.
7 Synthetic Aperture Radar - Radar de Abertura Sintética; 8 Comandos com impulso elétrico; 9 OBOGS: On-board oxygen generating system: Sistema de geração autônoma de oxigênio;
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Mesmo com as alterações estruturais introduzidas nele (aumento de asa, bordo de
ataque, etc.) não foram capazes de tornar a aeronave tão manobrável quanto os outros caças de 4ª
geração citados aqui nesse artigo. Na verdade o F-18 E/F é uma evolução das versões anteriores
A/B/C/D e são consideradas como uma caça da geração anterior.
Em sua fuselagem foram incorporados alguns itens relacionados a diminuir sua
assinatura radar (RCS)10, mesmo sendo maior que seu antecessor (18,31 m x 13,62 m x 4,88 m) ele
é menos detectável que aquele.
O F-18 em suas versões anteriores já foram utilizados em combates reais, alcançando
bons resultados. Mas foram observados os pontos negativos da aeronave, sendo resolvidas suas
deficiências acrescentando uma maior capacidade de sobrevivência em terrenos hostis.
O F-18 pode carregar uma grande variedade e quantidade de armamentos e se
configurado para combate ar-ar em sua capacidade plena pode levar nada menos que 12 mísseis
(dez de médio alcance e dois de curto alcance)! Equipado com radar AN/APG-79 com a avançada
tecnologia AESA que permite um alcance de 180 km e capacidade de varredura ar-ar/ar-solo
simultânea, datalink, sonda de REVO, boa relação peso/potência, entre outros equipamentos que o
capacita ser considerado uma aeronave da nova geração. Ela também pode lançar mísseis com
capacidade off boresing com o Sidewinder AIM-9X e o BVR AMRAAM AIM-120C.
Mas como toda aeronave americana moderna, o que pesa em seu desfavor é a
relutância do governo daquele país em não permitir a transferência de tecnologia para nossa
indústria, como também o fato ser uma aeronave cara de ser operada por suas características
aeronavais.
Pensando a longo prazo, seria uma boa opção de compra, visto que os A-4 da
Marinha poderão ser substituídos por uma aeronave de maior capacidade (para isso necessitando
trocar o porta aviões por um de maior capacidade) e as linhas de suprimento e armamentos
poderiam ser os mesmos da FAB, racionalizando os custos por sua comunalidade de equipamentos,
facilitando a operação de um futuro “F-X da Marinha”, evitando os problemas que estão
enfrentando hoje com o A-4.
Com a capacidade de transportar até de 8 toneladas de carga em um raio de 750 km,
ela teria um bom alcance partindo de Anápolis, mas impedindo que ela possa deslocar para regiões
mais distantes, como a região norte, sem a necessidade de emprego de aeronaves de
reabastecimento em vôo como ocorre com o Sukhoi e o Eurofigther.
É desconhecida qualquer operação dessa aeronave em rodovias ou pistas pouco
preparadas, mas se levarmos em consideração as características das aeronaves americanas ela
provavelmente não tem essa capacidade.
10 Radar Cross Section - Assinatura Radar;
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F-18F – Foto: US Navy
Rafale – Foto: Dassault
DASSAULT RAFALE
Outra aeronave que veio substituir toda uma gama de aeronaves (Super Étendard,
SEPECAT Jaguar, diversas versões do Mirage e o Vought Crusader F8E) é a última geração de
aeronaves de combate de origem francesa projetado pela Dassault. Nos próximos anos será o único
caça em operação pela Marinha e Força Aérea daquele país, onde 294 aeronaves substituirão um
total de 400 que estavam em operação.
Considerado o grande favorito na concorrência antes mesmo dela ter iniciado, o
Rafale tem a seu favor o fato do governo brasileiro e francês terem assinado um acordo de
cooperação tecnológico e militar. O fabricante conta a proximidade da EMBRAER uma vez que
foram parceiras na concorrência anterior ganhando alguns pontos com isso, além de ter possuído
parte das ações dessa empresa.
Outrossim, existe a possibilidade de repasse de tecnologia de algumas áreas para
indústrias nacionais, pois é de suma importância hoje em dia aproveitarmos contratos dessa
natureza para recebermos off set11 de novas tecnologias, já que não estão disponíveis no mercado.
Desfavoravelmente, pesa o fato da suspensão do fornecimento de peças pela Dassault
para a Argentina no conflito das Malvinas/Falklands, onde o país sede desta empresa foi
pressionado pela Comunidade Européia a suspender o fornecimento de armas para a Argentina.
Apesar dos franceses terem efetuado seus contratos de manutenção com boa qualidade e
pontualidade com o Brasil não podemos deixar de considerar que tal fato possa ocorrer. Claro que
qualquer vencedor da concorrência está sujeito a fazer algo do tipo, por isso a necessidade de
nacionalizar a maior quantidade de peças e adquirir know how no aparelho escolhido.
O Rafale é uma aeronave de 4ª geração que possui um moderno radar com varredura
eletrônica de grande alcance, capacidade de operação com data link, transporta até 8 toneladas de
armamento, bimotora, tamanho médio (15,27 m x 10,8 m x 5,34 m)12 contribuindo para a redução
de seu RCS, que segundo técnicos da Dassault é 20 vezes menor que o Mirage 2000, além de poder
11 Compensação Comercial; 12 Comprimento/envergadura/altura;
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utilizar os abrigos em utilização hoje na FAB, dispensando maiores investimentos em estrutura nas
suas bases.
Igualmente como o F-18, existe a versão naval que poderia ser adotada pela Marinha
do Brasil a longo prazo, racionalizando a manutenção e baixando os custos de aquisição e operação.
A aeronave tem a capacidade de transportar até seis modernos mísseis MICA em suas versões infra-
vermelho ou de guiamento ativo.
Como potencial de crescimento do projeto, já existe em teste a incorporação de
CFT13 em sua fuselagem, aumentando consideravelmente sua autonomia.
O Rafale possui desempenho adequado para operar em pistas alternativas apesar de
não ser um requerimento importante para os franceses no projeto da aeronave.
EADS EUROFIGTHER - Typhoon
O Eurofigther surgiu do requerimento das forças européias possuírem um caça
próprio para operação, substituindo aqueles que estavam em operação naquele continente, além de
reduzir sua dependência de fornecedores externos.
Desenvolvido a partir da década de 1980 ele incorpora todos os requisitos que uma
aeronave de 4ª geração necessita para operar de forma precisa. Apesar de não parecer, sua
fuselagem foi projetada de forma a reduzir seu RCS e possuir alguma capacidade stealth, como a
modelagem das entradas de ar, de modo a não emitir tanto retorno ao radar emissor.
A aeronave também possui comandos fly by wire, além de capacidade supercruise14 e
grande autonomia. Configurado para uma missão ar-ar pode ser equipado com seis mísseis com
capacidade BVR e quatro de curto alcance. O único ponto negativo nos sistemas dessa aeronave é a
utilização de radar com pulso Doppler, menos eficiente que aqueles de varredura eletrônica ou
abertura sintética.
Segundo algumas publicações, o principal problema da aeronave é a sua menor
capacidade de combate ar-solo em relação às outras aeronaves aqui apresentadas, uma vez que foi
concebida para operar com desempenho superior na arena ar-ar.
Seu outro problema diz respeito ao preço de aquisição, ele possui um dos maiores
valores no mercado internacional. Baseado na concorrência efetuada na Áustria, que adquiriu 24
Eurofigther Typhoon ao custo de € 1.791 bilhão (US$ 1.76 bilhão)15, sendo o custo unitário de €
74,62 milhões, cerca de US$ 73 milhões por unidade.
O Eurofigther possui algumas tecnologias ainda não disponíveis nos concorrentes,
como por exemplo, o acionamento de alguns comandos da aeronave pela voz, entre outras funções.
13 Conformal Fuel Tanks - Tanques de Combustível Conformais 14 Capacidade de voar acima da velocidade do som sem a utilização da pós-combustão. Esse recurso aumenta o alcance da aeronave, sem contudo ter que voar em velocidades mais baixas; 15 Cotação US$ 1,00 = 1,0176 (mercado europeu na época do negócio);
9
Essa função denominada de VTAS16 deverá ser a substituta do HOTAS17 em breve por ser muito
mais avançada que este.
Eurofigther Typhoon – Foto: EADS
F-16C lançando flare – Foto: Lockheed Martin
LOCKHEED MARTIN F-16 C/D Block 60 - Fighting Falcon
O F-16 é o caça mais vendido dos últimos tempos, estando assegurado sua
manutenção, pois não será por falta de peças de reposição que a aeronave deixará de voar.
Outrossim, destacamos que esse aparelho é recordista de vitórias ar-ar em combate sem nenhuma
perda.
O F-16 na verdade ele não é uma aeronave da 4ª geração e sim uma evolução da 3ª
geração lançada na década de 1970, entretanto a flexibilidade de sua plataforma auxiliou essa
evolução, deixando ela no estado da arte atualmente.
Por ser relativamente pequena, a aeronave tem a seu favor uma menor emissão de
radiação, dificultando sua detecção em relação aos seus concorrentes mesmo carregando sua carga
bélica exposta ao contrário de seu sucessor o F-35. Equipada com um radar de última geração e
com excelentes armamentos é uma aeronave de baixo custo de operação e fácil manutenção,
tornando uma boa opção para várias Forças Aéreas do planeta.
Como é uma aeronave amadurecida no mercado, apresenta diversos equipamentos
que podem ser empregados de várias procedências, suprindo em parte a recusa do governo
americano de liberar certos tipos de armas para exportação.
O exposto acima é uma das barreiras que impedem um bom resultado da aeronave na
concorrência, pois com o bloqueio dos códigos fontes, a não transferência de tecnologia para nossas
empresas e o bloqueio de armas levou o governo brasileiro a demonstrar falta de interesse em
adquiri-la, mesmo levando em consideração o pacote proposto pelo Departamento de Defesa
Americano na primeira concorrência do F-X caso o vencedor fosse o F-16: “130 tanques M-1
Abrams e veículos de socorro especializados; um número ainda indefinido de blindados M-2
Bradley; 32 obuseiros autopropulsados M-109 para equipar mais um grupo de artilharia; material de
comunicações; quatro fragatas FFG-7 armadas com os mísseis Harpoon e Standard SM-2; Dois
16 VTAS: Voice Throttle and Stick: Voz, manete e manche; 17 HOTAS: Hands on Throttle and Stick: Mãos na manete e no manche.
10
NDD; 16 caças F-16 ADF com entrega em menos de um ano e armados com o AIM-9L
Sidewinder; 6 C-130H e 2 KC-135”, viriam como “brinde” pela compra.18
A mais nova versão da aeronave (Block 60) apresenta uma característica marcante na
fuselagem que identifica o modelo, onde foi incorporado o CFT que aumentou em cerca de 30% a
autonomia, um novo radar de maior capacidade, além de carregar e utilizar quase todo arsenal
disponível nos EUA.
No que diz respeito a operação fora de aeródromos, é uma aeronave projetada para
ser operada em locais com boa infra-estrutura. Por ter a entrada de ar de seu motor muito baixa, ela
apresenta muita ingestão de objetos que podem danificar o motor, além de possuir um trem de
pouso fraco para e operação em pistas com pouco preparo.
GRIPEN
O Gripen foi a primeira aeronave de quarta geração a entrar em serviço no mundo.
Desenvolvida para operar basicamente na Suécia caracteriza-se por ser uma aeronave de pequeno
porte e baixa autonomia com o combustível interno.
Concebida desde o início do projeto para operar em um ambiente de NCW19 esta
aeronave consegue efetuar uma missão desde a decolagem até o pouso sem trocar uma palavra via
rádio, tudo sendo efetuado via data link, mudando até a característica da missão durante o vôo.
Com os sistemas integrados em uso na Força Aérea Sueca é possível à aeronave
receber e transmitir em tempo real toda situação do campo de batalha para outras aeronaves e
estações em terra. A aeronave tem total capacidade de operar com o R-99 A/B da FAB uma vez que
utiliza sistemas semelhantes com o que são utilizados naquela Força, bastando para isso alterar os
códigos fontes e compatibilizá-los com os nossos.
Como ponto negativo, destacamos a baixa autonomia da aeronave (a menor dentre as
analisadas), mesmo com a capacidade de REVO ela tem o problema de necessitar de uma aeronave
com essas características para ir perto do front de batalha colocando-a em risco, além de necessitar
de outros caças para escoltá-lo, mas possui a possibilidade de ser utilizado em rodovias alternativas
que diminuiria essa dependência.
Outrossim, tem o fato de parte das peças utilizadas serem de fabricação americana,
restringindo a utilização ou importação das mesmas, pois necessita de aprovação do Congresso
daquele país.
Destaca-se a possibilidade de utilizarem muitos dos armamentos hoje em uso no país
que já foram incorporadas à aeronave, como o míssil BVR Derby, A-Darter (a ser incorporado),
além das novas armas que entrarão em serviço no decorrer dos próximos anos no continente
europeu.
18 Informações obtidas junto ao site www.sistemasdearmas.cjb.net; 19 Network Centric Warfare: Guerra centralizada em rede;
11
Como possíveis modernizações futuras, estão estudando a incorporação de CFT (em
teste) que poderá aumentar a autonomia em até 30%, comandos por voz (já utilizados no
Eurofigther), empuxo vetorado (TVC), entre outros aperfeiçoamentos já considerados por seu
fabricante, como também a troca do radar tipo Doppler para um com maior capacidade e um
IRST20.
A SAAB está estudando novas versões do Gripen como a instalação de um motor
mais potente, aumento do tamanho e peso máximo de decolagem. A opção de motor pode ser o
General Electric F-414 que equipa o F/A-18 E/F sendo 25% mais potente que o RM-12 atual. Isto
pode resultar em uma nova estrutura, maior entrada de ar, fuselagem dianteira redesenhada e maior
capacidade de combustível. Outra inovação será um radar de varredura eletrônica, que estaria
disponível por volta de 2015. Uma versão embarcada também está em estudo e poderá concorrer
para equipar a marinha indiana e talvez a do Reino Unido, onde parece pouco provável sua
aquisição tendo em vista a compra de células do F-35C.
Caso haja interesse por parte do governo brasileiro por essa aeronave, existe a
possibilidade de adquirir um lote maior por preços menores, pois o governo sueco está estudando
retirar cerca de 70 células de serviço, uma vez que, não há necessidade de permanecer com os
aviões operacionais. Caso se concretize, a FAB poderá aumentar sua dotação de caças sem, contudo
dispor de mais verbas para isso. Também é destaque na aeronave o baixo custo de operação.
Gripen – Foto: Consórcio Gripen
Sukhoi SU-35 – Foto: Sukhoi
SUKHOI Su-35 – Super Flanker
Um outro forte concorrente da compra é o Sukhoi Su-35. Evolução do Su-27, que se
destaca por sua persistente capacidade de sobrevivência em combate, possui excelente raio de ação,
grande manobrabilidade, capacidade supercruise21 com a utilização dos motores AL-31 FP, além de
ter empuxo vetorado, aumentando ainda mais sua manobrabilidade e grande capacidade de carga de
armamentos. Essa aeronave é muito superior ao Sukhoi Su-30 adquirido pela Venezuela.
20 21 A aeronave é capaz de voar acima da velocidade do som (Mach 1) sem o utilizar o pós-combustor de seus motores;
12
Observando o potencial que a aeronave tem no mercado internacional, o fabricante e
o governo daquele país, fecharam um acordo para vendê-la sem restrições para aquisições de armas
outros equipamentos para seus clientes. Dotado de um radar com alcance de até 180 km no modo
ar-ar, ela pode ser equipada com até 10 mísseis ar-ar de curto ou grande alcance, sendo dos modelos
R-77, R-73, R-27, entre vários outros que existem no inventário russo, além de armas para ataque
ao solo, ao contrário do que ocorre com os produtos norte-americanos.
Segundo a impressa publicou, a FAB destaca como ponto negativo a falta de tradição
de manutenção da aeronave, que pode dificultar a logística, pois certos países tiveram problemas
como falta de peças e demora em reposição de equipamentos fazendo com que as aeronaves
ficassem estacionadas no pátio, sem poder voar. Uma das formas de minimizar isso este risco seria
a especialização, nacionalização e a capacitação de nossa indústria aeronáutica para ter domínio nas
tecnologias empregadas. Somando-se a isso o fato de não ser um avião com produção em série, mas
apenas um estudo. Entretanto, em agosto desse ano, irá voar a primeira unidade do modelo, o que
aumenta suas chances na concorrência conforme foi anunciado na LAAD 2007 (Latin America
Aero & Defence) realizado no Rio de Janeiro-RJ.
Devido ao seu grande tamanho (21,94 m x 14,70 m x 6,36 m) o Sukhoi tem a
vantagem de carregar grande quantidade de combustível internamente, liberando assim os pontos
duros para o carregamento de armamentos (10). Em contrapartida tem a desvantagem de possuir
uma maior assinatura radar (RCS), o que facilita sua detecção por inimigos e deixa a aeronave mais
vulnerável em missões, além de não poderem utilizar os abrigos hoje em uso na FAB, exigindo
investimentos em adaptação de seus hangaretes da linha de voo.
No que diz respeito a utilização em pistas alternativas, a aeronave foi preparada
desde seu projeto para ser operada nesses locais. O único ponto que merece um estudo para sua
operação nesses locais é devido ao seu peso, que as rodovias não podem suportar levando ao
afundamento do mesmo.
MIG-35 – Fulcrum-F
Empresa que na primeira concorrência estava sem muitas chances de vencer com seu
MIG-29SM, poderá retornar com um melhor produto para competir na próxima competição com o
novíssimo MIG-35.
Uma evolução do MIG-29, o MIG-35 diferencia-se daquele por possuir empuxo
vetorado, aviônica totalmente digital e um potente radar AESA com capacidade de rastrear até 30
alvos a 130 km de distância no modo ar-ar priorizando os seis maiores ameaças para engajamento e
alcance de 200 km contra alvos de superfície, como um navio de médio porte. Esse novo caça
possui itens que seriam utilizados pelo novo caça de 5ª geração da MIG, o projeto 1.42 MFI
(Mnogo Funktsional Istrebitel)22.
22 Multirole Front-Line Fighter: caça multi-próposito.
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Com a capacidade de operar quase todo arsenal de armas aerotransportadas russas,
juntamente com o Su-35 obtém a vantagem de não oferecer restrições para venda de armas
modernas. Assim como o MIG-29 o MIG-35 está equipado com um IRST que aumenta sua
sobrevivência em território hostil. Dotado de capacidade de reabastecimento em vôo, operação em
pistas não preparadas, aumento do peso de decolagem e carga útil, faz com que ele se torne um
candidato de peso.
As únicas ressalvas fica por conta do custo da hora de vôo (ainda não informada) e a
efetiva entrada na linha de produção, para se tornar um modelo de série. Um dos fatores que devem
pesar para a FAB adquirir seu novo vetor será o custo de manutenção e por causa desse mesmo
motivo a Alemanha retirou de serviço seus MIG-29 herdados da antiga Alemanha Oriental, que
chegavam a custar aos cofres públicos exorbitantes € 8.500,00 a hora de vôo.
MIG-35 – Foto: MAPO/MIG
F-35A – Foto: Lockheed Martin
LOCKHEED MARTIN F-35A – Lightning II
Caça que começa a ser incorporado pela USAF tem como grande destaque à
capacidade stealth, que o torna invisível aos radares atuais, além de ser um dos caças mais
avançados do planeta, juntamente com o F-22 Raptor.
Projetado para substituir os principais caças em operação hoje pelos EUA (F-16 e A-
10), possui desempenho e manobrabilidade semelhante ao F-16. Como já foi destacado, a sua
principal característica será “entregar a encomenda” com menores possibilidades de ser detectado,
por transportar sua carga bélica internamente. Em relação ao F-16 destaca-se a maior autonomia e
maior capacidade de carga.
Mas como ocorre com o F-16, seu principal problema é a não transferência de
tecnologia por parte dos EUA. Esse fato deve ser ainda mais critico nessa aeronave, pois ela utiliza
diversos componentes avançados em seu processo de fabricação. Além de demorar um pouco mais
para ser entregue as outras forças aéreas (por volta de 2015) e seu preço e provavelmente seu custo
de operação maior que os outros.
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MIRAGE 2000 B/C, F-5M E/F e A-1 A/B – nossos atuais vetores
Mirage 2000B chegando a BAAN – Foto: FAB
F-5EM na CRUZEX III –
Foto: FAB
A-1A na CRUZEX III – Foto: Roberto Bertazzo
Como é de conhecimento de todos, apesar de todo processo de modernização que
estamos efetuamos em nossas aeronaves, essas estão muito aquém do desejado para o ambiente de
guerra aérea moderna.
O Mirage 2000 não tem a tão esperada capacidade BVR ativa como desejamos, não
possui casulos para direção de tiro e guerra eletrônica, como também poucos equipamentos
eletrônicos que contribuiriam para o aumento de sua sobrevivência em ambientes hostis. Soma-se a
isso a necessidade de manutenção de uma linha de suprimentos para uma pequena quantidade de
caças. No que diz respeito a operação da aeronave em aeródromos alternativos, temos registros de
utilização de Mirage 2000 em rodovias na Tailândia e Polônia, o que não seria má idéia adotar tais
treinamentos no Brasil.
O A-1, apesar de estar começando um processo de modernização, inicialmente não
está prevista a capacidade de lançamento de mísseis off-boresing, necessária para uma aeronave
com baixa capacidade de manobra (sua missão principal é ataque); ainda não dispor de mísseis anti-
navio, anti-radar ou ar-terra da classe do Maverick americano e radar com capacidade SAR. E por
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fim, possui um motor com pouca potência para manobras mais fortes, como escapar de um
ambiente hostil em caso de engajamento.
O F-5M mesmo com a capacidade REVO possui baixa autonomia, outro problema é
de não ser tão manobrável quanto desejável para um caça moderno e por não possuir sistema fly by
wire como o Mirage 2000. Por ser o principal caça em utilização hoje no pais, seria fundamental
qualquer alteração que o habilitasse a operar em pistas alternativas. Temos registros que dois F-5 já
utilizaram uma rodovia para um pouso de emergência o que poderia auxiliar em testes para operar
nessas áreas.
Abaixo um comparativo com as possíveis aeronaves que poderão equipar o 1º GDA,
com os nossos vetores de combate hoje em utilização pela Força:
F-18E/F Rafale Eurofigther F-16 C/D Gripen SU-35 Vel. Máx. Mach 1,8+ Mach 1,8+ Mach 2,0 Mach 2,0 Mach 1,8 Mach 2,35 Carga máx. de armamento 8.000 kg 8.000 kg 6.500 kg 5.400 kg 5.300 kg 8.000 kg
Gs /+7,6 g -3,2/+9 g -3/+9 g -3/+9 g -3/+9 g -3,5/+10 g Raio de ação23 750 km 1.000 km 1.400 km 800 km 450 km 1.500 km Motores (empuxo) 2 x 9.980 kg 2 x 9.000 Kg 2 x 9.200 kg 1 x 13.200 kg 1 x 8.265 kg 2 x 12.800 kg PMD24 29.937 km 24.500 kg 23.500 kg 21.772 kg 14.000 kg 38.800 kg Alc. radar look-up 180 km 140 km 80 km 120 km 100 km 180 km Alc. radar look-down 59 km 70 km 45 km 90 km 80 km Alvos rastreados 20 40 10 10 - 15 Teto de serviço 16.000 m - 18.290 m 18.000 m 20.000 m 18.000 m Razão de subida - 330 m/s 300 m/s 315 m/s 300 m/s > 330 m/s
Configurações para missão ar-ar capacidade máximas de mísseis25 Médio alcance 10 x AIM 120C 6 x MICA 4 x BVR 4 x AIM 120C 6 x AIM 120C 6 x R-77 Curto alcance 2 x AIM 9L - 4 x WVR 4 x AIM 9L - 4 x R-73 Valor aprox.26 80 70 73 66 63 56
MIG-35 F-35A F-5M Mirage 2000C A-1A ALX
Vel. Máx. Mach 2,0 Mach 1,6 Mach 1,63 Mach 2,2 Mach 0,86 593 km/h Carga máxima de armamento - - 3.415 kg 3.415 kg 3.800 kg 1.500 kg
Gs - - -3/+6,3 g -3,2/+9 g -3/+7,33 g - Raio de ação - 1.100 km 333 km 900 km 520 km 550 km Motores - 1 x 18.143 kg 2 x 2.265 kg 1 x 8.998 kg 1 x 4.994 kg 1 x 1.600 shp PMD 34.500 kg 30.000 kg 11.192 kg 17.000 kg 13.000 kg 5.200 kg Alc. radar look-up 130 km - 74 km 90 km n/d Não possui Alc. radar look-down 85 km - 51 km 65 km n/d Não possui Alvos rastreados 30 - 6 6 n/d - Teto de serviço 18.900 m - 15.590 m 18.300 m 13.000 m 10.670 m Razão de subida - - - 300 m/s 57 m/s -
Configurações para missão ar-ar capacidade máximas de mísseis Médio alcance - 4 x AIM 120C 2 x Derby 2 x Super 530D - - Curto alcance 8 x BVR 2 x AIM 9X 4 x Python 3 2 x Magic R550 2 x MAA-1 2 x MAA-1 Valor aprox. - 100 7 (usado) 9 (usado) 18 (novo) 6 (novo)
23 Em perfil Hi-Lo-Hi: Deslocamento em grande altitude desce na área do alvo e depois retorna da missão em grande altitude. A
missão considerada na projeção é de superioridade aérea; 24 Peso Máximo de Decolagem; 25 No caso do Rafale os mísseis MICA são do tipo WVR e BVR, bastando para isso somente a troca da cabeça de guerra do artefato. 26 Baseado em valores das últimas vendas efetuadas pelo mundo, em milhões de dólares a unidade;
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Conclusão
É aguardada no decorrer de 2007 a retomada do programa para a aquisição dessa
aeronave de caça. Pelo o que já foi publicado e apresentado pela impressa especializada, essa
compra se dará de forma direta e não por concorrência como a anterior, facilitando a negociação e
tentando diminuir o lobby existente nessas operações.
Alguns poderiam esperar que no fim da leitura do artigo encontrariam a resposta de
qual caça a FAB deveria adquirir, mas vamos aguardar o lançamento do edital com seus
requerimentos e análise das aeronaves pelos técnicos da Força para emitirmos qualquer opinião a
respeito.
O que podemos afirmar é que se qualquer um desses caças citados acima forem
adquiridos estaremos com uma melhor defesa das ameaças que temos por perto. Só esperamos que
não demorem tomar a decisão de compra, além de não ir além do primeiro contrato de aquisição.
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