-
Universidade de Lisboa
Faculdade de Motricidade Humana
O perfil decisional pr-interativo de professores de
Educao Fsica nos primeiros anos de desenvolvimento
profissional: Um estudo comparativo longitudinal
VOLUME I
Dissertao elaborada com vista obteno do grau de Doutor em
Cincias da
Educao na especialidade de Teoria Curricular e Avaliao
Orientador
Doutor Carlos Alberto Serro dos Santos Janurio
Jri:
Presidente:
Reitor da Universidade de Lisboa
Vogais:
Doutor Jos Manuel Fragoso Alves Diniz, professor catedrtico da
Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa
Doutor Amndio Braga Santos Graa, professor associado com agregao
da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Doutora Ana Paula Vieira Caetano, professora associada do
Instituto de Educao da Universidade de Lisboa
Doutor Marcos Teixeira de Abreu Soares Onofre, professor
associado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de
Lisboa
Doutor Carlos Alberto Serro dos Santos Janurio, professor
associado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de
Lisboa
Doutora Paula Maria Fazendeiro Batista, professora auxiliar da
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
FRANCIS NATALLY DE ALMEIDA ANACLETO
2013
-
Universidade de Lisboa
Faculdade de Motricidade Humana
O perfil decisional pr-interativo de professores de
Educao Fsica nos primeiros anos de desenvolvimento
profissional: Um estudo comparativo longitudinal
VOLUME I
Orientador
Doutor Carlos Alberto Serro dos Santos Janurio
Jri:
Presidente:
Reitor da Universidade de Lisboa
Vogais:
Doutor Jos Manuel Fragoso Alves Diniz, professor catedrtico da
Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa
Doutor Amndio Braga Santos Graa, professor associado com agregao
da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Doutora Ana Paula Vieira Caetano, professora associada do
Instituto de Educao da Universidade de Lisboa
Doutor Marcos Teixeira de Abreu Soares Onofre, professor
associado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de
Lisboa
Doutor Carlos Alberto Serro dos Santos Janurio, professor
associado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de
Lisboa
Doutora Paula Maria Fazendeiro Batista, professora auxiliar da
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
FRANCIS NATALLY DE ALMEIDA ANACLETO
2013
-
____________________ FUNDAO PARA A CINCIA E A TECNOLOGIA
__________________
_________________________________________________________________
I
A investigao desenvolvida nesta dissertao de doutoramento foi
financiada pela Fundao para a Cincia e a Tecnologia (MCTES -
Portugal), bolsa com referncia SFRH/BD/61882/2009 concedida a
Francis Natally de
Almeida Anacleto.
-
____________________________ DEDICATRIA
____________________________
_________________________________________________________________
II
Dedico este estudo... a um grande amigo que esta sempre ao
meu
lado, lembrando-me quem eu fui quem eu sou e preparando-me para
o que
eu serei....
-
_____________________________ EPGRAFE
_____________________________
_________________________________________________________________
III
Com que Roupa? (Noel Rosa)
Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar Vou tratar voc com a
fora bruta
Pra poder me reabilitar
Pois esta vida no est sopa E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou Pro samba que voc me convidou?
Com que roupa que eu vou Pro samba que voc me convidou?
Agora eu no ando mais fagueiro
Pois o dinheiro no fcil de ganhar Mesmo eu sendo um cabra
trapaceiro
No consigo ter nem pra gastar
Eu j corri de vento em popa Mas agora com que roupa? Com que
roupa que eu vou
Pro samba que voc me convidou? Com que roupa que eu vou
Pro samba que voc me convidou?
Eu hoje estou pulando como sapo Pra ver se escapo desta praga de
urubu
J estou coberto de farrapo Eu vou acabar ficando nu
Meu terno j virou estopa
E eu nem sei mais com que roupa Com que roupa que eu vou
Pro samba que voc me convidou? Com que roupa que eu vou
Pro samba que voc me convidou?
(Samba lanado em 1930 Noel de Medeiros Rosa)
-
___________________________ AGRADECIMENTOS
__________________________
_________________________________________________________________
IV
Embora um projeto desta natureza seja, pela sua finalidade
acadmica, um processo individual, h outros contributos de natureza
diversa que no podem e nem devem deixar de serem mencionados. Por
essa razo, desejo expressar os meus sinceros agradecimentos:
Primeiro ao Professor Carlos Janurio, meu orientador e amigo,
por me propor o desafio da tese de doutoramento pela competncia
cientfica e acompanhamento do trabalho, pela disponibilidade e
generosidade reveladas ao longo destes anos de convivncia e
trabalho, assim como pelas crticas, correes e sugestes relevantes
feitas durante a elaborao deste trabalho.
Fundao para a Cincia e Tecnologia, do Ministrio de Cincia e
Tecnologia de Portugal, pela concesso da bolsa de investigao, sem o
apoio do qual este projeto no teria sido concretizado.
Aos 19 professores que participaram desta investigao, tornando
possvel a sua concretizao. Em especial, aqueles que abriram as
portas de sua casa e me hospedaram durante o perodo de recolha dos
dados.
Ao Professor Lcio Csar Gomes da Silva que em 2003 me disse as
seguintes palavras: v e faa o seu percurso. Voc consegue! Quando se
sentir pronto me procure para grandes feitos e projetos. Tambm foi
quem em 2004 me indicou a Professora Isabel Montandon para o
Mestrado em Superviso Pedaggica realizado pela Faculdade de
Motricidade Humana na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil.
Professora Isabel Montandon, minha antiga professora da
licenciatura, pela oportunidade, atravs do Mestrado em Belo
Horizonte, de conhecer os Professores Jos Alves Diniz; Marcos
Onofre, Francisco Carreiro da Costa, Antnio Rodrigues, Domingues
Fernandes, Carlos Marcelo, o orientador deste trabalho Carlos
Janurio e outros.
Ao Professor Francisco Carreiro da Costa: Natally no sei como se
diz no interior de Minas Gerais, mas aqui em Portugal temos o
seguinte ditado: o cavalo encilhado no passa duas vezes.
Aos Professores Jos Henrique dos Santos (UFRRJ), Ronaldo
Nascimento (UEL) e Raul (ex-tcnico da Seleo de Luta de Portugal),
que me incentivaram quando aqui cheguei em realizar este
projeto.
Dona Natlia Lobato, que desde o primeiro instante que cheguei
nesta casa me acolheu e aconselhou nos momentos mais importantes no
incio desta trajetria. Ainda, arbitrou o primeiro full contact na
histria da Faculdade de Motricidade Humana, ocorrncia registrada na
sala 91 do Gabinete do Departamento de Educao, Cincias Sociais e
Humanidades. Ainda, nesta reta final por alguma razo e/ou
coincidncia finalizo este percurso morando ao teu lado na Calada
Santa Catarina.
Ao Professor Jefferson Del Faro que me ajudou num incidente
muito delicado, aps um ms residindo em Portugal: cabeada do gordo
vigia de obra.
minha amiga Ana Naia, que antes mesmo de me conhecer, colaborou
com este projeto, pois gentilmente emprestou o projeto que submeteu
a FCT para que pudesse elaborar e formatar o meu projeto de
doutoramento.
Aos meus amigos Lucilene Almeida, Ana Naia, Dina Cruz e famlia,
Adilson Marques, Joo Martins e Joo Roseiro pelas oportunas
manifestaes de companheirismo e de encorajamento. Foi uma honra
reencontr-los em terras dalm mar!
Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliaes, tanto
perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre
reencontrado
(Soneto do Amigo Vincius de Moraes)
Aos amigos Filipa Soares, Maria Martins, Filomena Arajo e Joo
Costa, com quem tivemos o privilgio de conviver no cotidiano do
Departamento de Educao, Cincias Sociais e Humanidades, pela amizade
estabelecida ao longo destes anos.
Aos amigos do Gabinete de Ps-graduao Anabela, Cludia Pinho,
Elisabete Saragoa, Joo Reis; Luis Gil, Rita Jordo, Paula e outros,
que no sei o nome, mas que tive a oportunidade de conviver ao longo
destes anos.
-
___________________________ AGRADECIMENTOS
__________________________
_________________________________________________________________
V
Aos amigos de convvio Cipriano Martins, Miguel Coucello, Joo
Anastcio, Filipe (o Magro), Alexandre (o cabeo Alentejano), Marcelo
(Recursos Humanos da FMH), Z (motorista da FMH, ponta esquerda do
time FMH dos Esteiros, churrasqueiro de gambas e nas horas vagas
atirador de elite no paintball), Sr. Lobato (esposo da Dona Natlia
Lobato), Sr. Souza (ex-motorista da FMH) e outros que tive a
oportunidade de conviver nos diversos momentos de confraternizao e
alegria nas tardes de vero do Esteiros.
Ao Professor Joo Jacinto pelo apoio e compreensso nas questes
legais deste projeto.
Ao Sr. Amaral, Dona Maria do Cu, Miguel e famlia que sempre me
trataram com muito respeito e carinho, como uma pessoa da famlia em
seu estabelecimento comercial.
Aos amigos Coutinho Morais e famlia, Andr, Carla Barbosa,
Daniel, Julia Ribeiro e seus filhos, amigos da minha cidade natal
que reencontrei em Portugal, que sempre estiveram dispostos a me
ajudar e proporcionar a oportunidade de convvio em ocasies
especiais e familiares com muita harmonia, prosperidade e luz.
Sr. Dina Fasca pela forma carinhosa e maternal como sempre fui
tratado durante minha estadia em sua casa, pelo apoio nos mais
variados problemas que surgiram durante a transcrio e anlise das
entrevistas.
Ao amigo Ricardo Catunda pelo apoio, pelo incentivo e troca de
experincia nestes ltimos anos de empreitada.
Aos amigos que realizei nos lugares onde trabalhei,
designadamente, na Danceteria Havana - Expo, na sapataria
Aerosoles, em especial ao Sr. Joo Lobo e Famlia, Sr. Pardal e
outros com quem convivi no Centro de Estgio IDP, isso, antes da
concesso da bolsa de doutoramento da FCT.
No posso deixar de agradecer, claro, malta tuga e zuca, pelo
apoio, pelo incentivo, pela crtica, pela companhia e momentos de
alegria que tivemos nas janelas, ruelas e vielas desta inesquecvel
Lisboa Tripletica. Vocs sabem quem so
Aos meus amigos Vincius, Bela e sua formiguinha Antnio que, aps
reencontr-los em Portugal, se tornaram a pedra angular, no incio de
um novo ciclo na minha caminhada rumo ao meu objetivo em
Braslia...
minha famlia Catarinense, principalmente Sr. Mari, Sr. Valdir,
Ana, Nara, Joo, Patrik, Helan, Tia Elide, Cristian, Yara, Henrique,
Willian, Adnilce e Emmanuel pelo apoio e carinho.
minha querida e amada Simone Triquez, que sempre me estimula a
crescer espiritualmente, pessoal e profissionalmente, pelas inmeras
trocas de impresses, correes e comentrios ao trabalho. Pelo
inestimvel apoio e companhia, mesmo distncia se fez presente
constantemente em meus pensamentos, ainda, por preencher as
diversas falhas que fui tendo por fora das circunstncias, e pela
pacincia e compreenso reveladas ao longo destes anos. Acima de
tudo, pela coragem e determinao de acreditar nos meus objetivos e
ideais nesta insignificante existncia.
Aos meus pais que indiretamente me proporcionaram a oportunidade
de um dia formar na melhor faculdade j existente, a Vida.
Especialmente, a minha Mame Vanda Itelvina, meu porto seguro em
todas as minhas aventuras, at nas mais ousadas, onde muitas das
vezes disse no, mas sempre dizendo sim s minhas vontades e mimos.
Obrigado por me adular e bajular tanto!
Desejo exprimir minha eterna gratido ao meu Anjo da Guarda, as
foras dos Nossos Ancestrais, ao Deus do Universo, a Me Natureza e
Voz Suprema de Outros Mundos que diretamente contriburam para a
realizao deste projeto e dos muitos que certamente concretizaremos
em nossa passagem por este planeta...
A vocs todos a minha sincera gratido!
-
______________________________ RESUMO
_____________________________
_________________________________________________________________
VI
RESUMO
A presente investigao parte de duas questes: a) Como o perfil
decisional pr-
interativo dos professores de Educao Fsica evolui nos primeiros
anos de
desenvolvimento profissional? e b) Como os elementos de contexto
do
desenvolvimento do professor influenciam o processo de
automatizao das
decises pr-interativas e interativas de ensino, aps quatro anos
de exerccio
profissional? Para responder a estas questes o escopo da
investigao pauta-se
no seguinte quadro terico: a) paradigma Pensamento e Ao do
Professor (Clark
& Peterson, 1986); b) Psicologia Histrico Cultural
(Vygotsky, 1989); c) Teoria da
Atividade (Leontiev, 1978) e; d) Teorias do Desenvolvimento
Profissional (Day,
2001). uma investigao longitudinal, comparando dois momentos do
percurso
profissional de 18 professores de Educao Fsica: como estagirios
em 2006 e
como professores em 2010, e pode ser classificada como: a)
Interpretativa
(qualitativa e quantitativa); b) De Casos Mltiplos; c)
Etnogrfica (observacional,
descritiva e analtica) e d) Longitudinal Simples Retrospectivo
(comparativa).
Utilizou-se abordagens qualitativas e quantitativas e a
triangulao de dados e de
tcnicas. Com base na anlise dos resultados conclui-se que houve
uma
evoluo no perfil decisional destes professores quanto ao
controle e gesto da
aula, tambm demonstraram uma maturidade no processo de
automatizao do
repertrio de proposies didticas para lidar com a
imprevisibilidade do cotidiano
de ensino. Tambm constatou que suas rotinas de planejamento
apresentam uma
estrutura bsica de aula, oriunda de sua aprendizagem e
experincia na formao
inicial. Estas caractersticas no perfil decisional destes
professores justificam-se
pela experincia profissional adquirida, pelas rotinas de
planejamento e de ensino
automatizadas e pelo senso de responsabilidade com a formao dos
alunos.
Palavras-chave: Pensamento e Ao do Professor; Educao Fsica;
Professor de
Educao Fsica; Decises Pr-Interativas; Desenvolvimento
Profissional; Rotinas
de Planejamento; Rotinas de Ensino; Estudo Longitudinal.
-
_____________________________ ABSTRACT
_____________________________
_________________________________________________________________
VII
ABSTRACT
This research is based on two questions: a) How the preactive
decisional profile of
Physical Education teachers evolve at the early years of
professional
development?, and b) How the elements of the context of teacher
development
influence the process of automation of preactive and interactive
decisions, after
four years? To answer these questions the scope of the research
is guided by the
following framework: a) Teacher Thought and Action Paradigm
(Clark & Peterson,
1986) b) Cultural Historical Psychology (Vygotsky, 1989), c)
Activity Theory
(Leontiev, 1978), and d) Theories of Career Development (Day,
2001). It is a
longitudinal study, comparing two moments of 18 physical
education teachers
career: as trainees in 2006 and as teachers in 2010, and can be
classified as: a)
Interpretive (qualitative and quantitative); b) Multiple Case c)
Ethnographic
(observational, descriptive and analytical), and d) Longitudinal
Simple
Retrospective (comparative). We used quantitative and
qualitative approaches and
the triangulation data and techniques. Based on the analysis of
the results we
concluded that there was an evolution at the decisional profile
of these teachers
about the control and management of the class, also showed by a
mature process
of automating the repertoire of didactic proposals to deal with
the unpredictability
of everyday teaching. Some their planning routines have a basic
structure of the
classes, which are derived from their learning and experience as
interns. These
features of the decisional profile of these teachers are
justified by the experience
acquired, by the routines of automated planning and teaching and
the sense of
responsibility for the pupils education.
Key words: Teacher Thought and Action Paradigm, Physical
Education; Physical
Education Teacher, Preactive Decisions; Professional
Development, Planning
Routines; Teaching Routines; Longitudinal Study.
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
VIII
NDICE
INTRODUO
........................................................................................................
1 PARTE I - DO ESTADO DA ARTE AOS MTODOS E PROCEDIMENTOS ........
12
Captulo I - Estado da Arte e Objeto de Estudo
............................................... 13 1 INTRODUO
........................................................................................
14 2 ENUNCIADO DO PROBLEMA
............................................................... 14
3 OBJETIVOS
............................................................................................
25 4 JUSTIFICATIVA
......................................................................................
27 5 MODELO DE
ESTUDO...........................................................................
32
5.1 - Paradigma Interpretativo
.................................................................
32 5.1.1 - ABORDAGEM QUANTITATIVA E ABORDAGEM QUALITATIVA
...................................................................................
36
5.2 - Sobre o Estudo de Casos Mltiplos
................................................. 42 5.3 - Design
Etnogrfico
..........................................................................
52 5.4 - Design Evolutivo e
Longitudinal.......................................................
58 5.5 Psicologia Histrico-Cultural e a Teoria da Atividade: do
recurso ao mtodo histrico-dialtico
........................................................................
71
6 DEFINIO E DESCRIO DAS VARIVEIS
....................................... 82 6.1 Processos de
Pensamento e Decises Pr-Interativas .................. 82
6.1.1 - PENSAMENTOS DIDTICOS
............................................... 85 6.1.1.1 Sistema
de Anlise de Pensamentos Didticos ........... 86
6.1.2 DIAGNSTICO DE ALUNOS
................................................ 87 6.1.2.1 Sistema
de Anlise de Diagnstico de Alunos ............. 88
6.1.3 DIFERENCIAO DE ENSINO PR-INTERATIVO ............. 88
6.1.3.1 Sistema de Anlise de Diferenciao de Ensino ..........
89
6.1.4 PREOCUPAES PRTICAS
............................................. 90 6.1.4.1 Sistema de
Anlise das Preocupaes Prticas .......... 91
6.1.5 DECISES LEGITIMADAS DE ENSINO
.............................. 91 6.1.5.1 Sistema de Anlise das
Decises Legitimadas ............ 92
6.1.6 DECISES ALTERNATIVAS DE ENSINO ...........................
92 6.1.6.1 Sistema de Anlise das Decises Alternativas ............
93
6.2 Rotinas de Planejamento e de Ensino
............................................ 94 6.2.1 ROTINAS DE
PLANEJAMENTO ........................................... 97
6.2.1.1 Sistema de Codificao das Rotinas de Planejamento 98
6.2.2 ROTINAS DE ENSINO
.......................................................... 99
6.2.2.1 Sistema de Codificao das Rotinas de Ensino ......... 100
6.3 Percurso Profissional dos Professores
......................................... 101
6.3.1 PERCURSO PROFISSIONAL DO PROFESSOR ............... 103
6.3.3.1 Sistema de Codificao do Tema I: Percurso Profissional do
Professor
..............................................................................
104
6.3.2 FORMAO CONTINUADA
............................................... 105 6.3.3.2 Sistema
de Codificao do Tema II: Formao Continuada
................................................................................
106
6.3.3 CONTEXTO PROFISSIONAL E CULTURA DOCENTE ..... 107 6.3.3.1
Sistema de Codificao do Tema III: Contexto Profissional Atual
......................................................................
107
6.4 Representao das Variveis de Investigao
............................. 108 7 REPRESENTAO DO PROBLEMA
................................................... 109
Captulo II - Metodologia e Procedimentos de Recolha e Anlise dos
Dados 110
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
IX
1 INTRODUO
......................................................................................
111 2 O CAMINHO PERCORRIDO E O CONTEXTO DA INVESTIGAO .. 111 3
CARACTERIZAO DOS PROFESSORES
........................................ 134 4 INSTRUMENTOS E
PROCEDIMENTOS DE RECOLHA DOS DADOS138
4.1 Caractersticas dos Instrumentos
................................................. 138 4.1.1
CURRICULUM VITAE DOS PROFESSORES .................... 139 4.1.2
QUESTIONRIO DE CARACTERIZAO DO PERCURSO PROFISSIONAL
..............................................................................
140 4.1.3 ENTREVISTAS DE APROFUNDAMENTO DE 1 E 2 RONDA
........................................................................................................
142 4.1.4 ENTREVISTA PR-AULA
................................................... 148 4.1.5 NOTAS
DE CAMPO
............................................................
150
4.2 Procedimentos Utilizados na Aplicao dos Instrumentos
........... 153 4.3 Procedimentos de Validao dos Instrumentos
............................ 155 4.4 Tcnicas de Anlise dos Dados
.................................................... 160
4.4.1 DADOS QUANTITATIVOS
.................................................. 161 4.4.1.1 Do
Questionrio Percurso Profissional ...................... 161
4.4.1.2 Da Entrevista Retrospectiva Pr-Aula
........................ 161 4.4.1.3 Da Entrevista de
Aprofundamento de 1 Ronda ........ 162
4.4.2 DADOS QUALITATIVOS
..................................................... 163 4.4.2.1
Das Entrevistas de Aprofundamento .......................... 163
4.4.2.2 Das Observaes e Notas de Campo ........................
170
4.5 Cuidados ticos
............................................................................
171 PARTE II - APRESENTAO E DISCUSSO DOS RESULTADOS
................. 175
Captulo I - Anlise da Evoluo do Perfil Decisional Pr-Interativo
.............. 176 1 INTRODUO
......................................................................................
177 2 DESCRIO DO PERFIL DECISIONAL PR-INTERATIVO ...............
177
2.1 - Sistema de Pensamentos Didticos
.............................................. 178 2.2 - Sistema de
Diagnstico de Alunos
................................................ 185 2.3 - Sistema
de Diferenciao do Ensino
............................................. 187 2.4 - Sistema de
Preocupaes Prticas ...............................................
189 2.5 - Sistema de Legitimao das Decises
.......................................... 191 2.6 Decises
Alternativas
...................................................................
194
Captulo II - Anlise do Desenvolvimento Profissional
................................... 197 1 INTRODUO
......................................................................................
198 2 ANLISE QUANTITATIVA DO PERCURSO PROFISSIONAL .............
200
2.1 Caracterizao da Formao Continuada
.................................... 200 2.1.1 REA E MODALIDADE DAS
AES DE FORMAO ..... 200 2.1.2 AES DE FORMAO CONTINUADA RELEVANTES
... 203 2.1.3 LIMITAES VERSUS ESTRATGIAS DE ATUALIZAO
........................................................................................................
210 2.1.4 AUTO AVALIAO DOS PROFESSORES SOBRE SUAS COMPETNCIAS DE
ENSINO NAS REAS DA FUNO DOCENTE
........................................................................................................
214 2.1.5 REAS DA FUNO DOCENTE MAIS RELEVANTES PARA MELHORIA DA
INTERVENO PEDAGGICA ............................ 217
3 ANLISE QUALITATIVA DO PERCURSO PROFISSIONAL................
225 3.1 Tema I: Percurso Profissional
....................................................... 225
3.1.1 ESCOLHA DA PROFISSO
............................................... 226 3.1.1.1 Motivao
Intrnseca ..................................................
226
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
X
3.1.1.2 Motivao Extrnseca
................................................. 228 3.1.2
APRENDIZAGEM DA ATIVIDADE DOCENTE ................... 232
3.1.2.1 Formao Inicial
......................................................... 232
3.1.2.2 Experincia Profissional Aps a Formao Inicial ...... 242
3.1.2.3 Atividade Docente
...................................................... 246
3.1.3 PERCEPO DOS ELEMENTOS QUE INFLUNCIARAM NO DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL ......................................... 251
3.1.3.1 Contexto Profissional
................................................. 251 3.1.3.2
Formao Inicial
......................................................... 253
3.1.3.3 Formao Realizada
.................................................. 254
3.1.4 EPISDIOS MARCANTES
................................................. 260 3.1.4.1
Dificuldades Vivenciadas
........................................... 260
3.2 Tema II: Formao Continuada
.................................................... 269 3.2.1
FORMAO CONTINUADA REALIZADA .......................... 269
3.2.1.1 Especificidade da Formao
...................................... 269 3.2.1.2 Motivos da
Realizao Formao .............................. 272 3.2.1.3
Contributos da Formao Realizada .......................... 274
3.2.2 EXPECTATIVAS E NECESSIDADES DE FORMAO ..... 278 3.2.2.1
rea da Educao Fsica Escolar .............................. 280
3.2.2.2 rea Tcnica da Educao Fsica ..............................
281 3.2.2.3 Outras reas
..............................................................
282
3.2.3 ESTRATGIAS DE
ATUALIZAO.................................... 284 3.2.3.1 No
Realizao de Aes de Formao Continuada . 285 3.2.3.2 Oferta de Aes de
Formao Continuada na Regio 286 3.2.3.3 Aes de Formao Continuada
Informal .................. 288
3.3 Tema III: Contexto Profissional Atual
............................................ 290 3.3.1 CULTURA
INSTITUCIONAL E IMAGEM PROFISSIONAL . 290
3.3.1.1 Imagem Profissional
................................................... 290 3.3.2
PROBLEMAS E DILEMAS DA PROFISSIONALIDADE ...... 299
3.3.2.1 Relativos aos Alunos
.................................................. 299 3.3.2.2
Relativos aos Professores..........................................
301 3.3.2.3 Relativos ao Prprio
................................................... 303
4 O PERFIL PROFISSIONAL DOS PROFESSORES
.............................. 307 4.1 Professor 1
...................................................................................
307 4.2 Professor 2
...................................................................................
309 4.3 Professor 3
...................................................................................
312 4.4 Professor 4
...................................................................................
315 4.5 Professor 5
...................................................................................
317 4.6 Professor 6
...................................................................................
319 4.7 Professor 7
...................................................................................
321 4.8 Professor 8
...................................................................................
324 4.9 Professor 9
...................................................................................
326 4.10 Professor 10
...............................................................................
328 4.11 Professor 11
...............................................................................
330 4.12 Professor 12
...............................................................................
332 4.13 Professor 13
...............................................................................
335 4.14 Professor 14
...............................................................................
339 4.15 Professor 15
...............................................................................
342 4.16 Professor 16
...............................................................................
344 4.17 Professor 17
...............................................................................
348
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
XI
4.18 Professor 18
...............................................................................
351 Captulo III - Anlise dos Indicadores de Rotina de Planejamento
e de Ensino
.......................................................................................................................
354
1 INTRODUO
......................................................................................
355 2 ANLISE QUANTITATIVA DOS INDICADORES DE ROTINA .............
356 3 ANLISE QUALITATIVA DOS INDICADORES DE ROTINA ................
372
3.1 Professor 1
...................................................................................
372 3.1.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 372 3.1.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 373 3.1.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 376 3.1.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
376
3.1.4.1 Relao Humanas
...................................................... 376 3.1.4.2
Ensino
........................................................................
377 3.1.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 378
3.1.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 380 3.2 Professor 2
...................................................................................
382
3.2.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 382 3.2.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 383 3.2.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 385 3.2.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
385
3.2.4.1 Relao Humanas
...................................................... 385 3.2.4.2
Ensino
........................................................................
387 3.2.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 388
3.2.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 390 3.3 Professor 3
...................................................................................
392
3.3.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 392 3.3.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 393 3.3.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 395 3.3.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
396
3.3.4.1 Relao Humanas
...................................................... 396 3.3.4.2
Ensino
........................................................................
397 3.3.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 399
3.3.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 400 3.4 Professor 4
...................................................................................
402
3.4.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 402 3.4.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 402 3.4.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 404 3.4.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
404
3.4.4.1 Relao Humanas
...................................................... 404 3.4.4.2
Ensino
........................................................................
406 3.4.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 408
3.4.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 409 3.5 Professor 5
...................................................................................
411
3.5.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 411 3.5.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 412
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
XII
3.5.3 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO
DE ROTINAS ................................................... 414
3.5.4 OBSERVAES DAS AULAS
............................................ 415
3.5.4.1 Relao Humanas
...................................................... 415 3.5.4.2
Ensino
........................................................................
416 3.5.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 417
3.5.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 419 3.6 Professor 6
...................................................................................
421
3.6.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 421 3.6.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 422 3.6.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 425 3.6.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
426
3.6.4.1 Relao Humanas
...................................................... 426 3.6.4.2
Ensino
........................................................................
427 3.6.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 429
3.6.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 431 3.7 Professor 7
...................................................................................
433
3.7.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 433 3.7.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 433 3.7.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 436 3.7.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
437
3.7.4.1 Relao Humanas
...................................................... 437 3.7.4.2
Ensino
........................................................................
438 3.7.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 440
3.7.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 442 3.8 Professor 8
...................................................................................
444
3.8.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 444 3.8.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 445 3.8.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 449 3.8.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
450
3.8.4.1 Relao Humanas
...................................................... 450 3.8.4.2
Ensino
........................................................................
451 3.8.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 453
3.8.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 455 3.9 Professor 9
...................................................................................
458
3.9.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO
........................... 458 3.9.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
......................................... 458 3.9.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 461 3.9.4
OBSERVAES DAS AULAS ............................................
461
3.9.4.1 Relao Humanas
...................................................... 461 3.9.4.2
Ensino
........................................................................
463 3.9.4.3 Gesto da Aula
.......................................................... 465
3.9.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................... 467 3.10 Professor 10
...............................................................................
469
3.10.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
469 3.10.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 470
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
XIII
3.10.3 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO
DE ROTINAS ................................................... 473
3.10.4 OBSERVAES DAS AULAS
.......................................... 474
3.10.4.1 Relao Humanas
.................................................... 474 3.10.4.2
Ensino
......................................................................
475 3.10.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 477
3.10.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 479 3.11 Professor 11
...............................................................................
482
3.11.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
482 3.11.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 483 3.11.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 486 3.11.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
486
3.11.4.1 Relao Humanas
.................................................... 486 3.11.4.2
Ensino
......................................................................
488 3.11.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 490
3.11.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 492 3.12 Professor 12
...............................................................................
495
3.12.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
495 3.12.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 496 3.12.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 499 3.12.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
499
3.12.4.1 Relao Humanas
.................................................... 499 3.12.4.2
Ensino
......................................................................
501 3.12.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 503
3.12.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 505 3.13 Professor 13
...............................................................................
509
3.13.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
509 3.13.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 509 3.13.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 513 3.13.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
513
3.13.4.1 Relao Humanas
.................................................... 513 3.13.4.2
Ensino
......................................................................
515 3.13.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 517
3.13.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 519 3.14 Professor 14
...............................................................................
523
3.14.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
523 3.14.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 524 3.14.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 528 3.14.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
528
3.14.4.1 Relao Humanas
.................................................... 528 3.14.4.2
Ensino
......................................................................
530 3.14.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 533
3.14.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 535 3.15 Professor 15
...............................................................................
539
3.15.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
539 3.15.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 540
-
______________________________ NDICE
______________________________
_________________________________________________________________
XIV
3.15.3 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO
DE ROTINAS ................................................... 542
3.15.4 OBSERVAES DAS AULAS
.......................................... 543
3.15.4.1 Relao Humanas
.................................................... 543 3.15.4.2
Ensino
......................................................................
544 3.15.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 546
3.15.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 548 3.16 Professor 16
...............................................................................
551
3.16.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
551 3.16.2 TEMA I: ROTINAS DE ENSINO
........................................ 552 3.16.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 556 3.16.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
557
3.16.4.1 Relao Humanas
.................................................... 557 3.16.4.2
Ensino
......................................................................
559 3.16.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 561
3.16.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 564 3.17 Professor 17
...............................................................................
568
3.17.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
568 3.17.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 569 3.17.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 573 3.17.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
574
3.17.4.1 Relao Humanas
.................................................... 574 3.17.4.2
Ensino
......................................................................
576 3.17.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 578
3.17.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 580 3.18 Professor 18
...............................................................................
584
3.18.1 TEMA I: ROTINAS DE PLANEJAMENTO .........................
584 3.18.2 TEMA II: ROTINAS DE ENSINO
....................................... 584 3.18.3 DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E O PROCESSO DE AUTOMATIZAO DE ROTINAS
................................................... 587 3.18.4
OBSERVAES DAS AULAS ..........................................
588
3.18.4.1 Relao Humanas
.................................................... 588 3.18.4.2
Ensino
......................................................................
589 3.18.4.3 Gesto da Aula
........................................................ 590
3.18.5 SNTESE DO PERFIL
DECISIONAL................................. 592 PARTE III -
CONCLUSES E RECOMENDAES ..........................................
595
1 - INTRODUO
.......................................................................................
596 2 - CONCLUSES
......................................................................................
596 3 - RECOMENDAES
.............................................................................
617
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
....................................................................
619
-
_________________________ NDICE DE FIGURAS
___________________________
_________________________________________________________________
XV
NDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Representao das variveis em anlise na investigao
................. 108
Figura 2 - Modelo de investigao referente os elementos de
contexto do desenvolvimento profissional que influenciam na evoluo
do perfil decisional pr-interativo e nos processos de automatizao
da atividade de ensino de professores de Educao Fsica nos primeiros
4 anos de exerccio profissional docente
................................................................
109
Figura 3 Mapa referente as cidades percorridas para a recolha
dos dados com os professores neste 2 momento - 2010
............................................... 112
Figura 4 Representao esquemtica do reencontro com os professores
..... 117
Figura 5 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A) e Conselheiro Lafaiete (B), 21,3 km / 25 mins
........................................... 118
Figura 6 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A) e Santa Rita de Ouro Preto (B), 24,2 km / 40 mins
................................... 119
Figura 7 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A), Santa Rita de Ouro Preto (B) e Congonhas do Campo (C),
71,9 km / 1 h 46 mins
...............................................................................................................
120
Figura 8 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A) e Congonhas do Campo (B), 24,1 km / 27 mins
........................................ 121
Figura 9 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A) e Piranga (B), 79,1 km / 1 h 12 mins
......................................................... 122
Figura 10 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A), Piranga (B) e Pinheiros Altos (C), 99,7 km / 1 h 43
mins ....................... 123
Figura 11 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A), Mariana (B) e Cachoeira do Brumado (C), 62,7 km / 1 h 6
mins ............ 124
Figura 12 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A), Caranda (B), Barbacena (C), Ibertioga (D), Santana
Garambu (E) e Barroso (F), 277 km / 5 h 18 mins)
......................................................... 126
Figura 13 Mapa referente a distncia entre as cidades de Ouro
Branco (A), Caranda (B), Barbacena (C), Ibertioga (D), Santana
Garambu (E) e Barroso (F), 277 km / 5 h 18 mins
.......................................................... 127
Figura 14 Mapa referente a distncia entre as cidades de
Barbacena (A), Ibertioga (B), Santana Garambu (C) e Barroso (D),
178 km / 3 h 50 mins
...............................................................................................................
130
file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286478file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286479file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286479file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286479file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286479file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286479file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286480file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286480file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286481file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286482file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286482file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286483file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286483file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286484file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286484file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286484file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286485file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286485file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286486file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286486file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286487file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286487file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286488file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286488file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286489file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286489file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286489file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286490file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286490file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286490file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286491file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286491file:///C:/Users/Francis%20Anacleto/Desktop/Tese_Provisorio_Dr_Francis_15_08_13/1_Volume_I_Tese_XXX_pg.docx%23_Toc364286491
-
_________________________ NDICE DE QUADROS
___________________________
_________________________________________________________________
XVI
NDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Sistema de Anlise de Pensamentos Didticos
................................. 85
Quadro 2 Categoria, Abreviatura e Exemplos codificados de
Pensamentos Didticos
...................................................................................................
86
Quadro 3 - Sistema de Anlise de Diagnstico de Alunos
................................... 87
Quadro 4 Categoria, Abreviatura e Exemplos codificados de
Diagnstico de Alunos
......................................................................................................
88
Quadro 5 - Sistema de Anlise de Diferenciao do Ensino
................................ 89
Quadro 6 Categoria, Abreviatura e Exemplos codificados de
Diferenciao de Ensino
......................................................................................................
89
Quadro 7 - Sistema de Anlise das Preocupaes Prticas
................................ 90
Quadro 8 Categoria, Abreviatura e Exemplos codificados das
Preocupaes Prticas
....................................................................................................
91
Quadro 9 - Sistema de Anlise das Decises Legitimadas
.................................. 92
Quadro 10 Categoria, Abreviatura e Exemplos codificados das
Decises Legitimadas
..............................................................................................
92
Quadro 11 - Decises Alternativas
.......................................................................
93
Quadro 12 Categoria, Abreviatura e Exemplos codificados das
Decises Alternativas
...............................................................................................
93
Quadro 13 - Sistema de Codificao do Tema I: Rotinas de
Planejamento ......... 97
Quadro 14 Categoria, Subcategorias e Exemplos codificados de
Rotinas de Planejamento
...........................................................................................
98
Quadro 15 - Sistema de Codificao do Tema II: Rotinas de Ensino
................... 99
Quadro 16 Categoria, Subcategorias e Exemplos codificados de
Rotinas de Ensino
....................................................................................................
100
Quadro 17 Dimenses do desenvolvimento profissional
................................. 101
Quadro 18 - Sistema de Codificao do Tema I: Percurso
Profissional do Professor
................................................................................................
103
Quadro 19 Dimenses, Categoria e Exemplos codificados do Tema I:
Percurso Profissional
.............................................................................................
104
Quadro 20 - Sistema de Codificao do Tema II: Formao Continuada
.......... 105
Quadro 21 Dimenses, Categoria e Exemplos codificados do Tema II:
Formao Continuada
............................................................................
106
Quadro 22 - Sistema de Codificao do Tema III: Contexto
Profissional Atual .. 107
Quadro 23 Dimenses, Categoria e Exemplos codificados do Tema
III: Contexto Profissional
.............................................................................................
107
Quadro 24 Dirio de Bordo referente ao Teste Piloto - 2010
.......................... 114
Quadro 25 Sntese referente ao perodo de recolha de dados no 2
momento - 2010
.......................................................................................................
131
Quadro 26 Dirio de Bordo referente ao perodo de recolha de dados
no 2 momento - 2010
.....................................................................................
133
Quadro 27 - Caracterizao dos Professores
.................................................... 135
-
_________________________ NDICE DE QUADROS
___________________________
_________________________________________________________________
XVII
Quadro 28 - Caracterizao dos Professores em relao as instituies
de ensino que leciona
.............................................................................................
136
Quadro 29 Sntese da quantidades dos instrumentos utilizados na
recolha de dados
......................................................................................................
155
Quadro 30 - Pensamentos e Decises Pr-interativas dos Professores
(diferena de mdias)
..............................................................................................
177
Quadro 31 Nmero de aes de formao continuada realizada nos ltimos
4 anos
........................................................................................................
200
Quadro 32 Aes de formao continuada realizada mais relevante para
os Professores
............................................................................................
203
Quadro 33 - Limitaes versus Estratgias de atualizao continuada
............. 210
Quadro 34 - Auto avaliao dos Professores sobre suas competncias
de ensino
...............................................................................................................
214
Quadro 35 - reas da funo docente mais relevantes para melhoria
da interveno pedaggica
.........................................................................
217
Quadro 36 Elementos que caracterizaram o Tema I referente o
Percurso Profissional
.............................................................................................
225
Quadro 37 Elementos que caracterizaram o Tema II referente a
Formao Continuada
.............................................................................................
269
Quadro 38 Elementos que caracterizaram o Tema III referente ao
Contexto Profissional Atual
....................................................................................
290
Quadro 39 Frequncia dos indicadores de Rotinas de Planejamento e
de Ensino
...............................................................................................................
356
Quadro 40 Professor 1: do estgio atividade docente como
professor ........ 376
Quadro 41 Professor 2: do estgio atividade docente como
professor ........ 385
Quadro 42 Professor 3: do estgio atividade docente como
professor ........ 395
Quadro 43 Professor 4: do estgio atividade docente como
professor ........ 404
Quadro 44 Professor 5: do estgio atividade docente como
professor ........ 414
Quadro 45 Professor 6: do estgio atividade docente como
professor ........ 425
Quadro 46 Professor 7: do estgio atividade docente como
professor ........ 436
Quadro 47 Professor 8: do estgio atividade docente como
professor ........ 449
Quadro 48 Professor 9: do estgio atividade docente como
professor ........ 461
Quadro 49 Professor 10: do estgio atividade docente como
professor ...... 473
Quadro 50 Professor 11: do estgio atividade docente como
professor ...... 486
Quadro 51 Professor 12: do estgio atividade docente como
professor ...... 499
Quadro 52 Professor 13: do estgio atividade docente como
professor ...... 513
Quadro 53 Professor 14: do estgio atividade docente como
professor ...... 528
Quadro 54 Professor 15: do estgio atividade docente como
professor ...... 542
Quadro 55 Professor 16: do estgio atividade docente como
professor ...... 556
Quadro 56 Professor 17: do estgio atividade docente como
professor ...... 573
Quadro 57 Professor 18: do estgio atividade docente como
professor ...... 587
-
_________________________________________________________________
1
INTRODUO
-
____________________________ INTRODUO
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_________________________________________________________________
2
consensual que uma investigao possibilita responder,
provisoriamente, a algumas questes e, simultaneamente, lana
outras, abrindo
portas a novos questionamentos. Assim, enquanto pensava sobre a
complexidade
e imprevisibilidade do cotidiano dos professores e na tendncia
que existe no
sentido de simplific-lo sempre que nos propomos delimitar o
objeto de estudo e
elaborar um design metodolgico de investigao no contexto do
ensino, me veio
cabea a ideia de um caleidoscpio. O dicionrio Aurlio define a
palavra
caleidoscpio como um pequeno instrumento cilndrico, em cujo
fundo h
fragmentos mveis de vidro colorido, os quais, ao refletirem-se
sobre um jogo de
espelhos angulares dispostos longitudinalmente, produzem um
nmero infinito de
combinaes de imagens. A realidade do cenrio docente, ao ser
tomada como
objeto de investigao em um trabalho dessa natureza,
representada, quando
muito, por uma das infinitas combinaes dessas imagens
profissional, scio
histrica e cognitiva que possvel nesse caleidoscpio, i.e., o
cotidiano da
prtica profissional dos professores.
O ensino caracteriza-se, para alm de outras caractersticas,
pela
imprevisibilidade, j apontado num texto clssico de Doyle (1985)
e reafirmado
em revises mais recentes da literatura (Peterson, 2005).
Na teoria das organizaes h um princpio fundamental: quanto
mais
imprevisvel o sistema, maior a necessidade de planejamento. Ou
seja, se um
sistema se apresenta como muito previsvel, perguntamos: Para que
serve
planejar, se as coisas acabam por acontecer assim mesmo? A
concluso que
no se torna necessrio planejar nos sistemas previsveis.
Mas, podemos argumentar, se o sistema for imprevisvel, qual o
interesse
em controlar algumas dessas variveis? aqui que entra o
planejamento, dado
que o controle de algumas dessas variveis permite reduzir as
combinaes e,
consequentemente, estabilizar cenrios e decises, economizar
processos de
anlise e de deciso e, atravs das variveis controladas, reduzir
a
imprevisibilidade do sistema (Janurio et al., 2009b).
A princpio entende-se que estas qualidades devem estar includas
em
qualquer processo de planejamento. O quadro panormico que
traamos acima
mostra que a atividade docente constantemente desafiada pela
natureza
complexa, imprevisvel, ambgua, contraditria e rotineira das
interaes
cotidianas dentro e fora da sala de aula. Assim, torna-se
necessrio olhar para o
-
____________________________ INTRODUO
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3
que est por detrs desta complexidade e imprevisibilidade do
ensino, bem como
o que condiciona, automatiza, determina e desencadeia esses
comportamentos
rotineiros no cotidiano de convivncia na instituio escolar, um
ambiente
destinado aos processos didticos. Lembramos que existe, ainda,
relaes de
conflito e de tenso, visto que professores e alunos ali esto em
distintos lugares
e posies de poder, quando no distanciados por suas faixas de
idade, por
diferenas de origem e localizao social, pertencimentos ticos,
diversidade de
linguagem, de hbitos e outros elementos scio histricos.
No processo de ensino, o planejamento do professor pode ser
definido
como o processo que liga o currculo e as particularidades do
cenrio de ensino,
sendo este um processo intrnseco de tomada de deciso.
Conceptualmente, o
planejamento considerado uma atividade humana fundamental,
pela
possibilidade que nos oferece de orientar os nossos passos e de
enfrentar
sistemas complexos e imprevisveis. Ora, sendo estas
particularidades tpicas do
ensino, a investigao concede algumas vantagens ao planejamento,
seja quanto
reduo da incerteza e da ansiedade, apenas para os
professores
inexperientes, visualizao prvia do cenrio de ensino, simulao e
reduo de
erros, previso de fatores contingentes, intencionalidade do
professor,
comunicao e trabalho de equipe entre professores, gesto
participada dos
alunos e promoo da eficcia pedaggica (Janurio, 1996a; 2008).
A prtica da atividade docente manifesta-se de formas distintas
conforme
o perfil decisional do professor, seja este mais ou menos
receptivo ou resistente
s inovaes e mudanas vivenciadas ao longo do percurso
profissional. Os
pensamentos e decises pr-interativas do planejamento norteiam a
conduta do
professor no ensino, as suas aes rotineiras na aula, alm de
atribuir significado
ao contedo e a conjuntura de ensino (Henrique, 2004; Sanches
& Jacinto, 2004).
Todavia, sob a perspectiva da psicologia cognitiva, o professor
concebido como
um processador da informao, que interage com seu ambiente de
modo nico e
idiossincrtico, constituindo-se como objeto de anlise.
Assim, a literatura assinala marcantes diferenas em relao ao
percurso
de socializao dos professores de Educao Fsica, i.e., em relao a
diferentes
momentos de desenvolvimento profissional Estagirios,
Experientes, Eficazes e
Experts (Janurio et al., 2009b). Verificamos que a estrutura
cognitiva pr-
interativa tende a embasar-se no conhecimento e nos dispositivos
prticos
-
____________________________ INTRODUO
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4
possudos, assimilados e automatizados durante os estdios de
desenvolvimento
profissional. Entende-se que a experincia profissional e pessoal
dos professores
parece emergir, no que respeita ao perfil decisional
pr-interativo, assentando-se
nos hbitos e nas representaes das suas concepes tericas e
prticas.
Assim, o planejamento do ensino consiste em reproduzir cenrios
mais prximos
da realidade tornando-se rotinas, consolidadas ao longo dos anos
de experincia
docente (Housner & Griffey, 1985; Twardy & Yerg, 1987;
Griffey & Housner, 1991;
Janurio, 1992, 1994; 1996a; 1996b; 2008; Gouveia, 2002;
Berliner, 2004;
Henrique, 2004; Sanches & Jacinto, 2004; Piron e Cloes,
2007; Anacleto, 2008;
Janurio et al, 2009a; 2009b). No entanto, no nos precipitemos,
pois as decises
pr-interativas so apenas uma parte do processo de
planejamento.
A literatura ressalva, tambm, as limitaes do design metodolgico
para
aceder aos pensamentos e processos intrnseco dos professores em
associao
com as suas prticas de ensino. Deste modo, nem sempre os designs
se
adequam ao carcter intrnseco e subjetivo do pensamento
profissional,
adquirindo sentido enquanto quadros de inteligibilidade e formas
de significar o
mundo e a profisso, j de si perpassados por outras
intersubjetividades. Vrias
so as limitaes, entre as quais destacamos trs:
a) a predisposio dos professores em expressar as suas concepes e
crenas
mais profundas, como justificativas das decises e comportamentos
perante o
investigador;
b) a descontextualizao, significando a amputao da situao prtica;
os
processos de pensamento no podem ser analisados no vazio, mas
sempre
referidos a um contexto prtico particular e prximo da realidade;
estas duas
limitaes justificam a necessidade de utilizarmos e adaptarmos
modelos e
tcnicas de investigao apropriadas, j validadas e testadas,
oriundas da
psicologia cognitiva, que possibilite adentrar no iceberg
cognitivo dos
professores;
c) a ideia de que os pensamentos, concepes e crenas dos
professores
sobrevivem imutveis ao longo do tempo, ou seja, questiona-se a
validade
temporal dos estudos, assumindo certo presentismo das concepes e
das
perspectivas dos professores que, segundo a literatura, sofrem
alteraes com
o evoluir da pessoa e/ou dos contextos.
-
____________________________ INTRODUO
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5
Nesta perspectiva, esta rea de investigao apresenta uma
necessidade
de estudos longitudinais que investiguem a evoluo dos processos
de
pensamento dos professores. Por isso, importante podermos
analisar e
compreender como se desencadeia o processo de automatizao das
decises
de planejamento e de ensino ao longo dos estdios do
desenvolvimento
profissional, especificamente nesta investigao focamos a fase
inicial da
profisso que, segundo Huberman (2000), so os primeiros 4 anos,
com a
finalidade de conhecer como e quando estes processos cognitivos
tornam-se
rotinas da sua atividade docente.
Em muitos sentidos, as descries, explicaes e proposies da
psicologia cognitiva-evolutiva possibilita nos princpios do
processamento da
informao observar que o desenvolvimento profissional dos
professores no
uma sucesso de nveis quantitativa ou qualitativamente
diferentes, mas um
processo idiossincrtico de capacitao continuadamente mutvel,
onde o
professor cada vez mais capaz de manejar e controlar os
instrumentos, tcnicas
e mtodos de ensino rotinizados adquiridos com experincia do
cotidiano escolar.
Sendo assim, torna-se inevitvel compreendermos como evoluem
os
processos de pensamento pr-interativos de ensino de professores
de Educao
Fsica iniciantes nos primeiros 4 anos do exerccio profissional,
considerando este
perodo com uma etapa inicial de formao profissional com mltiplas
facetas. No
entanto, nesta investigao no consideramos apenas as decises
de
planejamento, mas tambm os elementos de contexto do
desenvolvimento
pessoal e profissional dos professores mobilizados em torno de
uma necessidade
contnua de aperfeioamento dos seus meios e instrumentos de
produo do seu
objeto de trabalho e evoluo profissional o ensino, que
influenciaram no
processo de automatizao das decises de planejamento e de
ensino.
fundamental, no caso dos estudos sobre os processos de
ensino-
aprendizagem e formao profissional dos professores, observaes,
relatos e
interpretaes que busquem compreender os processos que ocorrem no
contexto
da instituio escolar como um conjunto de relaes e dinmicas
sociais que so
construdas em contexto histrico-cultural definido e permeado por
relaes
hierrquicas entre os atores sociais do processo de ensino.
Esse movimento de buscar no cotidiano a articulao de fatos e
decifrar o
que est obscuro, deve resultar numa descrio densa da realidade
na qual o
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____________________________ INTRODUO
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6
pesquisador interprete e reinterprete os acontecimentos, a fim
de torn-los
inteligveis e parte de uma totalidade mais ampla (Geertz,
1987).
O processo de ir a campo com questes norteadoras, que vo de
encontro a uma nova realidade que possibilite observar,
arquitetar ideias,
vivenciar e a familiarizar-se com as situaes do cotidiano dos
sujeitos a serem
investigados para, a partir da, relatar, descrever e refletir
sobre os significados
que a se encontram caracterstico do trabalho etnogrfico que
implica um
processo de permanente refinamento do olhar e busca por aquilo
que no est
evidente nas relaes rotineiras gerando, assim, novas
interpretaes e
descobertas.
Sendo assim, novamente utilizaremos o chamado Olhar
Antropolgico,
assim definido por Jocimar Daolio, a fim de compreender a evoluo
da atividade
docente de 18 professores de Educao Fsica do estado de Minas
Gerais, Brasil,
nos primeiros quatro anos do exerccio profissional, mas no em
termos
exclusivamente pedaggicos, sociolgicos ou psicolgicos, mas no
aspecto
relacional que engloba todos eles, j que no seus respectivos
cotidianos os
professores constroem significados sobre esses elementos
comportamentais
rotineiros da prtica docente.
Todavia, Daolio (1995) salienta que os professores de Educao
Fsica,
como seres sociais que so e imersos numa dinmica cultural,
possuem um
universo de representaes sobre o mundo, o corpo, a atividade
fsica, a
profisso que exercem, a trajetria profissional percorrida, a
escola, etc., que
define e orienta sua atividade docente na rea.
Deste modo, compreende-se que devemos considerar a sua ao
como
ligada a esse conjunto de representaes e no como um dado
isolado. O que os
professores fazem importante e significativo, mas tambm as
formas como eles
justificam, explicam e automatizam sua atividade docente, a fim
de procurar
sentido naquilo que fazem. Dentro deste contexto, a presente
investigao
longitudinal e de natureza descritiva e interpretativa,
comparando dois momentos
de vida dos professores: como estagirios em 2006 e como
professores em 2010.
O primeiro momento constou apenas da aplicao da Entrevista
Retrospectiva Estruturada - Guio de Entrevista Pr-aula (Janurio,
1996a), para
identificar os processos de pensamento pr-interativo no perodo
imediatamente
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____________________________ INTRODUO
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7
antes das aulas e que ocorreram na mente dos estagirios, onde
empreendemos
uma reflexo quanto a analisar, descrever e caracterizar o perfil
decisional.
O segundo momento de recolha de dados tipicamente etnogrfico:
a)
analise das relaes entre os dados reais e os quadros tericos,
permitindo
analisar, interpretar e compreender de forma contextualizada a
realidade que est
sendo investigada, procurando encontrar os princpios subjacentes
ao objeto
estudado; b) utiliza a triangulao de dados e de tcnicas, para a
compreenso
da realidade; c) toma como centro de anlise o professor e a
relao com a
multidimensionalidade que caracteriza o contexto e percurso
profissional.
Entendemos que o design etnogrfico para estudar a evoluo dos
mecanismos de tomada de deciso em relao s decises
pr-interativas
permitir compreender quando estes se automatizam nas aes
docentes,
tornando-se rotinas de planejamento e de ensino. Assim,
analisar-se- no
apenas dois momentos do processo didtico dos professores, mas a
investigao
constitui-se como uma anlise multidimensional do desenvolvimento
profissional
destes professores.
Esta investigao encontra-se organizada em trs partes:
A Parte I Do Estado da Arte aos Mtodos e Procedimentos
composta
por uma reviso bibliogrfica conceitual edificada no Captulo I
Estado da Arte e
Objeto de Estudo e pela descrio dos procedimentos metodolgicos
no Captulo
II Metodologia e Procedimentos de Recolha e Anlise dos Dados.
Nesta parte
explicitamos a sntese dos quadros tericos de aporte que
fundamentam a
investigao, bem como as produes tericas a partir de outras
investigaes e
das obras de diferentes autores que me propuseram uma maior
compreenso do
objeto de estudo, o sentido pessoal que no decorrer da elaborao
da tese atribu
atividade de pesquisa e, tambm, a conceber as outras partes do
trabalho, a
investigao emprica Parte II e III cujo cariz etnogrfico me
permitiu percorrer
14 cidades do interior de Minas Gerais, nas respectivas escolas
onde lecionavam
os 18 professores de Educao Fsica que colaboraram com esta
investigao.
No Captulo I Estado da Arte e Objeto de Estudo, onde se
estabelece o
enquadramento terico do objeto de estudo; procurmos situ-lo,
definindo a
problemtica de investigao que lhe est subjacente, a natureza das
questes
que o nortearam, os objetivos propostos, a justificativa e
importncia desta
investigao e o modelo de estudo estruturado para compreender e
interpretar a
-
____________________________ INTRODUO
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_________________________________________________________________
8
realidade concreta do percurso profissional e o processo de
automatizao das
rotinas de planejamento e de ensino dos professores de Educao
Fsica que nos
propomos investigar.
Sendo assim, no mbito da Psicologia Cognitiva, explicitando uma
sntese
do quadro conceitual dos princpios terico-metodolgicos e os
contributos da
investigao sobre o Paradigma do Pensamento e Ao do Professor e,
em
especial, no que concerne ao planejamento como uma estrutura
cognitiva
estabilizadora dos pensamentos, comportamentos e rotinas de
ensino, seja pela
possibilidade que oferece aos professores de conduzir a
aprendizagem ou de
enfrentar a complexidade e imprevisibilidade do cotidiano dos
sistemas de ensino.
Tambm procuramos enquadr-lo abordando as Teorias do
Desenvolvimento Profissional do Professor, nesse sentido,
debruam na
perspectivas tericas segundo alguns autores, sobre concepes e
fundamentos,
paradigmas e modelos de formao continuada, ciclos de vida e
estdios da
carreira docente, bem como sobre algumas concepes de
necessidades e
prticas de formao continuada que lhes deram suporte ao longo do
percurso
profissional. Todavia, buscou-se estabelecer ilaes referentes
aos elementos do
percurso profissional que influenciaram na aprendizagem da
atividade docente.
Dentre as vrias abordagens tericas da Psicologia que
fundamentamos
no intuito de compreender os fenmenos do processo de automatizao
das
rotinas de planejamento e de ensino do professor de Educao Fsica
na
realidade do seu contexto profissional, a referncia adotada
nesta tese configura-
se nos pressupostos da Psicologia Histrico-cultural de Vygotsky
e, em especial,
a Teoria da Atividade sistematizada por Leontiev, entre outros
autores
representantes da Psicologia Histrico-Cultural. O conceito de
atividade, proposto
nas bases tericas de Leontiev, esto atreladas concepo de
mediao
apresentada por Vygotsky, segundo a qual as relaes entre sujeito
e objeto so
relaes mediadas e circunstanciadas por um motivo, orientado para
a soluo de
determinadas necessidades.
Aproximando essas teorias ao objeto de estudo, aos fatores e
circunstncias do desenvolvimento profissional e, em especial,
aprendizagem
da atividade docente desencadeada nas decises de planejamento e
de ensino
adquiridas com a experincia na prtica cotidiana de ensino,
entende-se que
essas s tm sentido enquanto configurarem-se como uma atividade.
Isso implica
-
____________________________ INTRODUO
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9
afirmar que, na prtica cotidiana de ensino, o planejamento da
aula deve
possibilitar que o professor seja colocado em atividade, ou
seja, a rotina de
planejar o ensino caracteriza-se pelas proposies de situaes
desencadeadas
por necessidades e motivos e, portanto, geradoras de aes e
operaes
vinculadas ao objeto, ao motivo da atividade que, portanto,
justifica tais
necessidades do professor. Para tal, as concepes tericas e os
fenmenos
psicolgicos do processo ensino-aprendizagem devem ser entendidos
em sua
constituio histrico-cultural ao longo do tempo.
Finalmente, no Captulo I buscamos justificar o design
metodolgico que
estrutura a tese. Assim, explicitamos os contributos e
pressupostos do paradigma
interpretativo de investigao, o qual possibilitou a utilizao das
particularidades
das abordagens quantitativa e qualitativa e suas distintas
caractersticas por
entendermos que as duas questes de investigao propostas so de
natureza
evolutiva e longitudinal que, apesar de suas especificidades e
distintas reflexes
epistemolgicas, no so excludentes.
O Captulo II Metodologia e Procedimentos de Recolha e Anlise
dos
Dados refere-se aos mtodos e procedimentos de investigao,
operacionalizao do plano geral seguido, caracterizao dos
sujeitos que
colaboraram na investigao e triangulao de diferentes tcnicas
atravs dos
instrumentos que tommos como referncia para recolher os dados,
no sentido de
possibilitar uma variedade maior de meios e, consequentemente,
uma confiana
maior quanto aos resultados obtidos. Utilizamos anlise
documental, entrevistas
estruturadas e semiestruturadas, questionrio, observaes e notas
de campo
referente s atividades das aulas realizadas pelos professores.
Para gerar as
informaes e proceder s anlises dos resultados, optamos por
utilizar tanto a
abordagem quantitativa como a qualitativa. A vertente
quantitativa revela-se no
processo de contabilizao e comparao dos pensamentos e decises
pr-
interativas nos dois momentos da investigao, j a vertente
qualitativa na
utilizao das tcnicas de anlise de contedo para os dados oriundos
da
entrevista estruturada (retrospectiva pr-aula) e semiestruturada
(aprofundamento
de 1 e 2 ronda). Todas essas atividades e procedimentos de
investigao nos
constituram a fonte de dados, dados os quais serviram de subsdio
para os
resultados e as anlises que constituem a Parte II desta
tese.
-
____________________________ INTRODUO
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10
Portanto, a Parte II Apresentao e Discusso dos Resultados
constituda por quatro captulos, destinados apresentao e discusso
dos
resultados e das anlises provenientes das informaes que
constituram nossa
fonte de dados. Esta parte da tese refere-se aplicabilidade
metodolgica que
utilizmos no tratamento dos documentos, dos questionrios, das
entrevistas e
notas de campo, dos quais fizemos snteses descritivas e
interpretativas que, por
sua vez, deram origem caracterizao do perfil profissional e
decisional pr-
interativo de ensino dos professores que participaram na
investigao.
No Captulo I Anlise da Evoluo do Perfil Decisional Pr
Interativo
procedemos apresentao e anlise quantitativa dos resultados
obtidos atravs
da Entrevista Retrospectiva Pr-aula referente aos processos de
pensamentos e
decises pr-interativas que ocorreram na mente dos 18 professores
nos dois
momentos de recolha de dados.
No Captulo II Anlise do Desenvolvimento Profissional procedemos
a
uma anlise quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos
atravs do
Questionrio e da Entrevista de Aprofundamento de 1 ronda,
ambos
instrumentos referentes ao percurso profissional dos professores
procurando,
simultaneamente, realizar uma descrio e interpretao dos
dados.
No Captulo III Anlise dos Indicadores de Rotinas de Planejamento
e
de Ensino procedemos a uma anlise quantitativa e qualitativa dos
resultados
obtidos atravs da Entrevista de Aprofundamento de 2 ronda e uma
anlise
qualitativa das Observaes e Notas de Campo, ambos instrumentos
referentes
aos indicadores do processo de automatizao das rotinas de
planejamento e de
ensino dos professores procurando, simultaneamente, realizar uma
descrio e
interpretao dos dados.
Sendo assim, apoiados nas falas dos professores, centramos
nossas
anlises e discusses com a finalidade de compreender como os
elementos de
contexto do desenvolvimento pessoal e profissional influenciaram
na evoluo do
perfil decisional pr-interativo e no processo de automatizao da
aprendizagem
da atividade docente nos primeiros anos do exerccio profissional
e, em especial,
nas decises de planejamento e de ensino.
Na Parte III Concluses e Recomendaes procurmos refletir os
dados
que analisamos e interpretamos, onde se averigua as concluses
que nos
pareceram mais pertinentes. Estas incidiram na metodologia que
utilizamos para
-
____________________________ INTRODUO
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_________________________________________________________________
11
analisar e caracterizar os distintos perfis profissionais e de
aquisio das
primeiras rotinas de planejamento e de ensino. Estes perfis so
sustentados pelo
percurso pessoal e profissional pela formao inicial, formao
continuada,
expectativas pessoais, possibilidades oferecidas pelo contexto e
tipos de
interao entre estes elementos, bem como a problemtica que est
subjacente
nesta investigao.
Todavia, trazemos algumas recomendaes que se consideram
pertinentes para trabalhos complementares ou que se encontram no
mesmo
mbito temtico, ou seja, a pertinncia de estudos longitudinais no
mbito da
Educao e particularmente no que diz respeito compreenso dos
processos
cognitivos e de automatizao da atividade docente, por permitir
conhecer a
quantidade e qualidade da formao possuda, bem como as
diferentes
oportunidades e subjetividades vivenciadas no desenvolvimento
profissional,
assentando nos hbitos e nas representaes das suas concepes
tericas e
prticas, tornando-se rotinas de planejamento e de ensino.
Por fim, acompanha esta tese no suporte digitalizado um segundo
e
terceiro volume, nos quais inserimos os anexos, instrumentos e
dados que
considermos fundamentais para uma melhor compreenso e reflexo
sobre o
nosso prprio percurso de formao, ao longo do desenvolvimento
da
investigao.
-
_________________________________________________________________
12
PARTE I
DO ESTADO DA ARTE AOS
MTODOS E PROCEDIMENTOS
-
_____________________ ESTADO DA ARTE E OBJETO DE ESTUDO
___________________
_________________________________________________________________
13
Captulo I
Estado da Arte e Objeto de Estudo
-
_____________________ ESTADO DA ARTE E OBJETO DE ESTUDO
___________________
_________________________________________________________________
14
1 INTRODUO
A Captulo I refere-se ao enquadramento terico e metodolgico
da
investigao sobre o Pensamento e Ao do Professor, os fatores
do
Desenvolvimento Profissional caracterizadores do perfil
decisional pr-interativo e
o processo de automatizao das rotinas de planejamento e de
ensino,
comparando dois momentos do percurso profissional de 18
professores de
Educao Fsica: como estagirios em 2006 e como professores em
2010.
importante conhecer as caractersticas do tipo de estudo e
compreender os conceitos utilizados. Em sntese, este estudo pode
ser
classificado como: a) Interpretativo (qualitativo e
quantitativo); b) De Casos
Mltiplos; c) Etnogrfico (observacional, descritivo e analtico) e
d) Longitudinal
Simples Retrospectivo (comparativo).
Nesse sentido, apresenta-se as decises conceptuais da
investigao: o
enunciado do problema, os objetivos, bem como a pertinncia da
pesquisa e
contributos para a investigao educacional, o modelo de
investigao, as
variveis em anlise, e os instrumentos e procedimentos realizados
na recolha
das informaes e respetivos procedimentos de validao.
2 ENUNCIADO DO PROBLEMA
A literatura tem focado a necessidade de estudos de
acompanhamento da
formao nos primeiros anos de profisso (Good et al., 2006; Liston
et al., 2006;
Hiebert et al., 2007; DAniello, 2008; Grossman & McDonald,
2008; Marcelo,
2009), tendo em comum alguns aspectos fundamentais como: a
definio de
competncias, os mecanismos de certificao da formao, a superviso
e o
apoio, e a qualidade das prticas de ensino, concluindo que a
formao inicial faz
diferena