Ano XXXII - Nº 05 Junho 2009 Viagem pelo Velho Chico EFICIÊNCIA Energia do Bem favorece entidades mineiras. Pág. 9 DISTRIBUIÇÃO Projetos estruturantes para a Copa do Mundo. Pág. 12 GERAÇÃO Usina de Aimorés ganha parque botânico. Pág. 5 Viagem pelo Velho Chico Semana do Meio Ambiente evidencia a Bacia do São Francisco Semana do Meio Ambiente evidencia a Bacia do São Francisco
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Ano XXXII - Nº 05
Junho 2009
Viagem pelo Velho Chico
EFICIÊNCIAEnergia do Bem favoreceentidades mineiras. Pág. 9
DISTRIBUIÇÃOProjetos estruturantes para
a Copa do Mundo. Pág. 12
GERAÇÃOUsina de Aimorés ganha
parque botânico. Pág. 5
Viagem pelo Velho Chico
Semana do Meio Ambiente evidencia a Bacia do São Francisco
Semana do Meio Ambiente evidencia a Bacia do São Francisco
Grupos pequenos, de aproximadamente cinco pessoas, podem visitar
sem o agendamento, sendo recebidos por um orientador ambiental, recep-
cionista ou gestora. Aos sábados e domingos o parque é aberto ao público,
também sem agendamento. A entrada é gratuita.
as a fala do pescador pode-
ria simbolizar o objetivo da
edição 2009 da Semana do
Meio Ambiente da Cemig. O evento, rea-
lizado entre os dias 25 e 30 de maio,
trouxe uma mensagem que passa pela
vida do pescador: a necessidade de um
esforço conjunto para a preservação da
cultura e das bacias hidrográficas minei-
ras, de acordo com os princípios da sus-
tentabilidade.
A abertura oficial da semana aconte-
ceu no dia 26 de maio e contou com a
presença de pescadores de todas as co-
lônias do São Francisco que falaram pa-
ra o público durante o evento. A progra-
mação da semana, que teve como tema
Bacia do São Francisco. O rio e o ho-
mem. A história e a esperança, incluiu
apresentações teatrais, mostras técni-
cas, exposição de fotos e o lançamento
do Guia do Pescador.
A peça teatral “Os Olhos do Surubim
Rei”, cujo roteiro foi cuidadosamente
criado para a Semana do Meio Ambien-
te, foi apresentada para alunos de 44 es-
colas da rede pública de Belo Horizonte.
A peça narra a história de um pescador e
seu neto, que descem o São Francisco
com um objetivo: olhar nos olhos do su-
rubim rei e descobrir os mistérios do rio
nessa jornada, tendo como cenário as
barrancas do Velho Chico.
Segundo o superintendente de Sus-
tentabilidade (SE), Luiz Augusto Barcelos
de Almeida, esses espetáculos de edu-
cação ambiental facilitam a conscientiza-
ção dos jovens, que passam a dar mais
importância à preservação do meio am-
biente.
Além das apresentações culturais, um
corredor com dez painéis técnicos conti-
nha informações sobre pesquisas e pro-
gramas de conservação desenvolvidos
nos rios mineiros pelo Programa Peixe Vi-
vo. O programa foi criado para a preser-
vação dos peixes nativos e das bacias
hidrográficas onde a Cemig atua, e pro-
move diversas ações para favorecer as
comunidades que utilizam os recursos
hídricos como fator de desenvolvimento.
Os temas abordados nos painéis téc-
nicos durante a Semana do Meio Ambien-
te foram mata ciliar, qualidade da água,
diversidade de peixes, avaliação de inte-
gridade biótica, procedimentos de resga-
te de peixes, estudos de barreiras com-
portamentais, monitoramento, capacida-
de natatória de espécies nativas, história
de vida inicial do jaú e o Centro de Exce-
lência em Ictiologia de Volta Grande.
A mesma programação da Semana
do Meio Ambiente realizada no edifício-
sede da Cemig se repetiu em Três Ma-
rias, de 19 a 26 de junho, atendendo
mais de 2 mil alunos do município.
Guia do Pescador
Uma equipe formada por um jornalis-
ta, uma ambientalista e pescadores per-
correu de carro e de barco, durante três
semanas, o trecho mineiro do Rio São
Francisco, entre Três Marias e Januária.
O resultado é um livro com belos depoi-
mentos e imagens que retratam o univer-
so do pescador do Velho Chico, o Guia
do Pescador.
Segundo o jornalista Paulo Boa Nova,
que escreveu o guia, o trabalho apresen-
ta um pescador que afirma ser privilegia-
M
“Eu vou morrer defendendo esse rio.”A frase é do seu Norberto, morador de Três Marias, com 59 anos devida, sendo 48 deles dedicados à pesca no Rio São Francisco
CemigNotíciasl Junho l 20096
SUSTENTABILIDADE
A peça teatral
“Os Olhos do
Surubim Rei”,
apresentada
durante a Semana
do Meio Ambiente,
é inspirada no
teatro de bonecos
sobre a água,
do Vietnã
São Francisco é tema da Semana do Meio Ambiente
do por manter um contato estreito e diá-
rio com o rio, mesmo com todas as in-
tempéries da natureza e os desafios com
as agressões do homem. “É um ser inte-
grado ao ambiente e que sente orgulho
de sua condição e sempre agradece e
acredita no rio, por tudo o que ele já pas-
sou e lhe proporcionou”, relata.
À medida que a equipe descia o rio,
também testemunhava as dificuldades
da profissão. “Os pescadores que mo-
ram mais ao norte têm um perfil um pou-
co diferente, tendo que diversificar suas
atividades para garantir o sustento da fa-
mília. Nas proximidades de Januária, um
pescador me disse que naquela região o
peixe do pescador são as abóboras, fa-
lando da necessidade de plantar para
sobreviver”, relembra o jornalista.
De acordo com o superintendente de
Sustentabilidade, o objetivo do guia é
valorizar aqueles que vivem da pesca
diária e percebem, no contato com os
peixes e o rio, a necessidade de conser-
var nosso patrimônio natural. “A Cemig
considera o pescador um grande aliado
na preservação de nossas bacias. Um
dos motivos da produção do Guia do
Pescador e da exposição de fotos é
mostrar a sua percepção nesse contato
direto com o meio ambiente”, explica
Luiz Augusto.
O Guia do Pescador foi distribuído
gratuitamente na abertura oficial Semana
do Meio Ambiente de 2009 e na Semana
do Meio Ambiente em Três Marias. O tra-
balho também foi entregue aos pescado-
res e à população ribeirinha do São Fran-
cisco e seus afluentes.
Exposição
Junto com a equipe que participou do
percurso para a produção do Guia do
Pescador, o fotógrafo João Marcos Rosa
acompanhou todo o trajeto e toda a his-
tória, registrando os principais momentos
da viagem. O resultado desse registro foi
a exposição Bacia do São Francisco. O
rio e o homem. A história e a esperança,
que mostrou o protagonista da história
do Rio São Francisco: o pescador.
João Marcos Rosa se dedica, desde
1998, a documentar a natureza e a cultu-
ra brasileiras. Seus trabalhos já foram
publicados pela National Geographic
Brasil e em edições da revista na Espa-
nha, Estados Unidos e Alemanha.
A exposição do fotógrafo foi inaugu-
rada na Galeria de Arte da Cemig no
mesmo dia da abertura oficial da Sema-
na do Meio Ambiente. A exposição tinha
entrada franca, e o trabalho do fotógrafo
João Marcos Rosa ficou exposto entre os
dias 26 de maio e 5 de junho.
7CemigNotíciasl Junho l 2009
Painéis técnicos
continham informações
sobre rios mineiros
Exposição do fotógrafo
João Marcos Rosa
Fotografia de João Marcos Rosa,
que está no Guia do Pescador
SUSTENTABILIDADE
EMPRESA
CemigNotíciasl Junho l 20098
A Infovias participou, na primeira semana de
junho, da conferência internacional UTC Telecom
2009, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O
evento é promovido anualmente pelo Utilities Te-
lecom Council (UTC), entidade que representa
as utilities das áreas de energia elétrica, gás na-
tural, água e esgoto, além de outras empresas
que possuem ou operam sistemas de telecomu-
nicações críticos que funcionam como suporte
ao seu negócio principal.
A participação da Infovias foi por meio da
palestra intitulada Commercial Telecom Business
Opportunities, ministrada no primeiro dia do
evento pelo gerente Comercial da empresa, Pau-
lo Tozo. Durante o evento, houve também apre-
sentações de diversos participantes, abrangen-
do assuntos como Smart Grid, Desafios das Re-
des sem Fio Privativas e Oportunidades Comer-
ciais de Negócios em Telecomunicações.
Também participou da conferência, repre-
sentando institucionalmente a Infovias, o supe-
rintendente geral da Infovias, Sérgio Belisário,
que afirmou: “a participação nesse evento é de
grande importância para a empresa. Seja pela
interação com outras empresas do mesmo seg-
mento seja pela oportunidade de troca de expe-
riências e informações sobre as melhores práti-
cas adotadas na área de atuação em escala
mundial.”
Autorização de STFC
Com o objetivo de melhor atender a Cemig
através do Projeto SIM (Sistema Integrado Mul-
tisserviços), a Infovias obteve, em abril de 2009
autorização da Anatel para exploração do Servi-
ço Telefônico Fixo Comutado (STFC). Essa licen-
ça permitirá a Infovias interconectar-se às opera-
doras de telefonia já atuantes no mercado para
fluir o tráfego telefônico corporativo da Cemig,
assegurando qualidade e preços competitivos.
Infovias participa do UTC Telecom 2009
COLUNAINfOvIAS
Lucro de R$ 463 milhões no 1º trimestre
Foi divulgado pela Cemig, no dia 13 de
maio, o Lajida (Lucro Antes dos Juros, Im-
postos, Depreciação e Amortização) ajusta-
do de R$ 974 milhões e a margem de Laji-
da de 38%, impulsionada pela manutenção
de altos níveis de eficiência operacional da
Empresa. O lucro líquido ajustado, no pri-
meiro trimestre de 2009, foi de R$ 463 mi-
lhões, um crescimento de 2,5% sobre o lu-
cro líquido ajustado do primeiro trimestre
do ano passado.
A Cemig registrou, na área de distribui-
ção, um aumento de 4,8% no volume de
energia vendida no primeiro trimestre, na
comparação com o mesmo período do ano
passado. Nos primeiros três meses deste
ano, destacou-se o crescimento das classes
residencial e comercial, de 10% e 7%, res-
pectivamente, em contraste com a redução
de 3,4% no consumo industrial, decorrente
da desaceleração econômica. "Os resulta-
dos apresentados evidenciam que estamos
na trajetória certa, que as decisões tomadas
nos últimos anos estão constantemente
agregando valor aos nossos negócios, tor-
nando a Cemig cada dia mais forte, sólida e
com uma gestão empresarial eficiente", afir-
mou o presidente Djalma Bastos de Morais.
Em virtude da queda de demanda dos
consumidores industriais, a Cemig priorizou,
desde o final de 2008 e início de 2009, as
vendas para o Ambiente de Contratação Re-
gulada (ACR), que inclui outras distribuido-
ras de energia. Isso pode ser evidenciado
pelo aumento de 1,3% no suprimento a ou-
tras concessionárias, que atingiu nos pri-
meiros três meses do ano o volume de
2.748 GWh. Essa estratégia de comerciali-
zação, aliada a bons preços de venda, per-
mitiu ao Grupo Cemig mitigar em parte os
efeitos adversos produzidos pela redução
de demanda das indústrias. No primeiro tri-
mestre, o volume consolidado de vendas de
energia chegou a 14.552 GWh, um cresci-
mento de 3,8% sobre o mesmo período do
ano passado.
"Nossa sólida posição de caixa de R$
2,7 bilhões possibilita a execução do Plano
Diretor, assegurando nossa política de divi-
dendos e gestão da dívida, com a execução
dos investimentos previstos, inclusive os as-
sociados às oportunidades de aquisições.
Os excelentes resultados que agora apre-
sentamos demonstram que continuamos
agregando valor, de forma contínua e sus-
tentável, a todos nossos acionistas e partes
interessadas", ressaltou Luiz Fernando Rolla,
diretor de Finanças, Relações com Investi-
dores e Controle de Participações.
Desempenho das ações
A Cemig possui mais de 118 mil acio-
nistas em 46 países e tem suas ações ne-
gociadas nas bolsas de São Paulo, Nova
York e Madri. No período de 12 meses (até
31 de março), sua ação mais líquida,
CMIG4, teve uma valorização de 18%, en-
quanto o Ibovespa, índice de referência da
Bolsa de Valores de São Paulo, apresentou
uma desvalorização de 33%.
EfICIÊNCIA
9CemigNotíciasl Junho l 2009
Conforto e economia para entidades sociaisA Cemig firmou parceria com o Gover-
no de Minas para beneficiar entidades de
assistência social em todo o Estado. Por
meio da ação Energia do Bem, lançada no
dia 27 de maio pelo governador Aécio Ne-
ves, a Empresa vai investir R$ 23,5 milhões
para que instituições sociais recebam
aquecedores solares, geladeiras, chuvei-
ros, lâmpadas econômicas e recuperado-
res de calor. Além da Cemig, fazem parte
da parceria a Secretaria de Estado de De-
senvolvimento Social (Sedese) e o Serviço
Voluntário de Assistência Social (Servas).
A princípio, serão assistidas 1,4 mil
Instituições de longa permanência de ido-
sos (ILPI), creches, Apaes, abrigos, alber-
gues, casas de passagem, centros de re-
cuperação para dependentes químicos e
casas-lares. Para ser beneficiada, a enti-
dade precisa estar na área de concessão
da Cemig, ou seja, em um dos 774 dos
853 municípios do Estado e também estar
com documentação atualizada no Servas.
Serão substituídos equipamentos tais
como lâmpadas incandescentes por fluo-
rescentes, mais econômicas e de menor
custo, geladeiras antigas e aquecedores
solares para aquecimento de água. Além
disso, serão instalados chuveiros eficien-
tes, que aproveitam o calor da água do
banho para aquecer a água da caixa, utili-
zando uma plataforma instalada no piso
do banheiro.
Nos próximos meses, técnicos da Ce-
mig visitarão as instituições para definir os
equipamentos a serem instalados de
acordo com a necessidade de cada local.
O equipamento será doado e instalado
gratuitamente, sem qualquer tipo de ônus
financeiro para a entidade beneficiada.
“Água quente, aquecimento solar, uma
geladeira em boas condições, economia
de energia, enfim, estamos fazendo algo
que, espero, possa ser universalizado pa-
ra todas as entidades sociais de Minas”,
afirmou Aécio Neves, em entrevista.
Na ocasião do lançamento, o gover-
nador assinou protocolo de intenções
com a Cemig, Servas, Sedese e entidades
de assistência social, formalizando o iní-
cio da ação conjunta.
A Usina Hidrelétrica Queimado rece-
beu, no dia 23 de maio, a visita técnica
de profissionais estrangeiros atuantes na
área de barragens. A visita fez parte da
programação do Seminário Internacional
de Barragens ICOLD 2009, que aconte-
ceu em Brasília, no período de 21 a 29 de
maio.
O objetivo do seminário foi reunir a
comunidade internacional de especialis-
tas para debater o planejamento, dese-
nho, construção, operação e desativação
de barragens, com foco no desenvolvi-
mento sustentável dos recursos hídricos,
controle de enchentes e assoreamento,
geração de energia e navegação.
Além de sua localização estratégica,
a cerca de 100 km da capital federal, a
Usina Queimado foi escolhida por sua
características técnicas da instalação,
como a casa de força subterrânea e a
forma construtiva da barragem. Os visi-
tantes, provenientes da África do Sul,
Áustria, República Checa, Suíça, França,
Japão e Rússia, foram recebidos pelo di-
retor de Operação do Consórcio Cemig-
CEB, Ronnie Diniz, da Gerência de So-
ciedades de Geração e Transmissão
(ES/SC), e pelo engenheiro Alexandre
Duarte Barhouch Aires, da Gerência de
Integração de Novas Instalações de Ge-
ração e Transmissão (ES/IN).
Alexandre Barhouch apresentou da-
dos históricos da construção, operação e
controles da usina. Em seguida, os visi-
tantes conheceram as instalações da ca-
sa de força e barragem, acompanhados
pelo técnico responsável pela usina, Car-
los Murilo Soares Rocha, da Gerência de
Usinas do Norte (AG/NT).
Segundo Miguel Sória, engenheiro
membro do Comitê Organizador do se-
minário, a visita técnica a Queimado foi
muito importante para os participantes
do evento. “A Usina Queimado foi esco-
lhida justamente pela singularidade de
seu projeto, que possui a casa de força
subterrânea, túnel de fuga longo e outras
peculiariedades técnicas que não po-
diam deixar de ser vistas pelos profissio-
nais estrangeiros”, afirmou.
Queimado recebe comitiva internacional
Presidente da
Cemig, Djalma
Bastos de Morais,
e o governador
formalizam a
parceria
EfICIÊNCIA
Em maio, a Cemig doou três autoclaves
para o Hospital Universitário São José. A
doação foi realizada por meio do Programa
de Eficiência Energética (PEE) e teve um
custo de R$ 350 mil.
O São José é uma instituição médica e
acadêmica, filantrópica e sem fins lucrati-
vos, que oferece um total de 141 leitos de
internação com 70% de ocupação por pa-
cientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com 70 mil consultas médicas e 6 mil
internações por ano em diferentes especia-
lidades, o hospital também funciona como
instituto de educação continuada da Facul-
dade de Ciências Médicas, possibilitando
que residentes e estudantes dos cursos de
especialização desenvolvam atividades su-
pervisionadas, conforme as normas e orien-
tações do Ministério da Educação.
Com a doação, a Cemig cumpre com
seu papel de responsabilidade social,
dentro dos pilares da política de sustenta-
bilidade da Empresa, além de ajudar a me-
lhorar o desempenho do sistema elétrico
da Região Metropolitana de Belo Horizon-
te, reduzindo a demanda no horário de
ponta.
Esterilização
Foram doados dois equipamentos de
360 litros e um de 520 litros, todos dotados
de tecnologia de última geração. As auto-
claves, além de aumentarem a capacidade
de esterilização, reduzem o tempo médio
do ciclo de esterilização para 30 minutos e
proporcionam uma economia de energia
elétrica para o hospital da ordem de R$ 46
mil por ano.
Em junho, a Cemig assinou três contratos
com a Companhia Energética Vale do São Simão,
do setor sucro-energético. Dois deles são contra-
tos de conexão e de uso do sistema de distribui-
ção da Cemig. O terceiro contrato celebrado com
a Efficientia, subsidiária integral da Cemig, tem
como objeto a execução de obras para conexão
da usina termelétrica daquela empresa com o
sistema elétrico da Cemig.
A Companhia Energética Vale do São Simão
é um empreendimento do Grupo Andrade para a
produção de açúcar e álcool, em implantação no
município de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro.
Associada a esse empreendimento está sen-
do construída a unidade de geração termelétrica,
que possuirá capacidade de esmagamento final
de até cinco milhões de toneladas de cana por
ano. Na primeira etapa, a capacidade de gera-
ção será de 55 MW, dos quais 25 serão exporta-
dos para o sistema elétrico da Cemig. Já na se-
gunda etapa, com a ampliação da capacidade
de geração, haverá a exportação de 50 MW, o su-
ficiente para atender 300 mil residências.
O contrato com a Efficientia compreende a
prestação de serviços para a construção de uma
linha de transmissão, com tensão de 138 kilovolts
(kV) e 14 quilômetros de extensão, ligando a su-
bestação da termelétrica à Subestação São Si-
mão, da Cemig. A previsão para concluir a pri-
meira fase da usina é julho deste ano, sendo que
a obra de conexão com o sistema elétrico da Ce-
mig deverá estar finalizada até janeiro de 2010.
Segundo o diretor Comercial, Bernardo Afon-
so Salomão de Alvarenga, além de soluções pa-
ra execução de obras de conexão do cliente com
o sistema elétrico, realizadas através da Efficien-
tia, a Cemig também atua em outras questões
críticas para o setor sucro-energético, propondo
parceria na cogeração e viabilizando a comer-
cialização de energia por meio de contratos de
compra.
Efficientia assina novo contrato
INfORMEEffICIENTIA
10 CemigNotíciasl Junho l 2009
Cemig doa equipamentos eficientes ao Hospital São José
Conjunto habitacional recebe sistema de aquecimento solar
A Cemig inaugurou, em maio, 60 siste-
mas de aquecimento solar, doados a mora-
dores de baixa renda do conjunto habita-
cional Cidade Ozanan, na região Nordeste
de Belo Horizonte.
Os sistemas doados às residências
têm capacidade para aquecer 200 litros de
água, suficientes para cerca de cinco ba-
nhos diários. Um deles, com capacidade
para 800 litros, foi instalado na creche da
Cidade Ozanan e atenderá, aproximada-
mente, cem crianças. "Nos dias mais frios,
os sistemas poderão funcionar fora do ho-
rário de ponta, entre 18 e 22 horas, com
auxílio de chuveiros elétricos de baixo cus-
to", explica o coordenador do projeto, Da-
vidson Andreoni, do Programa de Eficienti-
zação Energética (PEE) da Cemig.
A iniciativa faz parte do projeto Aqueci-
mento de Água com Energia Solar em Con-
juntos Habitacionais, que prevê a instala-
ção de 15 mil sistemas de aquecimento em
todo o Estado até 2011, com investimento
total de R$ 30 milhões.
Os equipamentos custam cerca de R$
1,4 mil e são instalados sem custo para a
Cohab e as famílias. De acordo com Da-
vidson, com o aquecimento solar, as famí-
lias poderão reduzir o consumo mensal
em 52 kWh por mês, o que representa cer-
ca de 40% do consumo total de energia
elétrica.
CULTURA
CemigNotíciasl Junho l 2009 11
Roteiro do Filme em Minas é premiadoO roteirista e diretor do filme Fronteira –
um dos vencedores da quarta edição do Fil-
me em Minas, Rafael Conde, receberá o
Prêmio ABL de Cinema, no dia 23 de julho,
em solenidade no Palácio Petit Trianon, no
Rio de Janeiro.
Criado a partir de proposta do acadê-
mico Nelson Pereira dos Santos, em 2006,
o Prêmio ABL para Roteiros de Cinema pre-
mia roteiro adaptado de obra literária. O fil-
me Fronteira é adaptado da obra homônima
de Cornélio Penna.
De acordo com parecer da comissão
julgadora do prêmio, “considerou-se que,
ao fazer esse trabalho, o roteirista conse-
guiu reproduzir a atmosfera densa, quintes-
sência da mineiridade, do romance homô-
nimo de Cornélio Penna, voltando as costas
a clichês cinematográficos”.
Fronteira narra uma história de amor, fé
e mistério em um velho sobrado onde vive
a jovem Maria, cuja fama de santidade ul-
trapassa as montanhas do interior de Mi-
nas. A chegada de dois novos personagens
tem efeitos perturbadores sobre Maria: um
viajante, com quem “Maria Santa” viverá
uma intensa paixão, e Tia Emiliana, velha
senhora empenhada em preparar um gran-
de milagre.
Filme em Minas
O programa Filme em Minas é uma par-
ceria da Cemig e da Secretaria de Estado
da Cultura. Em sua sexta edição, biênio
2009–2010, foram selecionados 33 proje-
tos. Os recursos são da ordem de R$ 4,26
milhões, com base na Lei do Audiovisual e
na Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Dando continuidade à estratégia de enri-
quecer a publicação de seu Relatório Anual
de Atividades com temas ligados à cultura
mineira, o balanço de 2008 da Gasmig tem
como pano de fundo as mais diversas mani-
festações folclóricas do Estado. A publica-
ção, lançada no final de maio, traz os resul-
tados financeiros da companhia apurados no
ano passado, em meio a imagens e textos
que remetem à riqueza cultural de Minas Ge-
rais.
Entre os dados apresentados pelo Rela-
tório Anual, destacam-se a expansão de 37%
do volume total de vendas da empresa e o
crescimento de 50% do patrimônio líquido.
Os investimentos na expansão da rede de
distribuição de gás natural representaram um
recorde para a companhia, somando R$ 126
milhões, em 2008. Em 2007, o valor tinha si-
do R$ 18 milhões. Grande parte desses re-
cursos foi destinada à implantação de rede
de distribuição no Sul de Minas, onde as
obras estão em fase final, e à construção de
um ramal para atender à nova planta de pe-
lotização de minério da Vale. O lucro líquido
da Gasmig se manteve estável, em torno dos
R$ 86 milhões.
Além dos dados econômicos, a publica-
ção revela um patrimônio imaterial preserva-
do nas manifestações populares como a Fo-
lia de Reis, o congado, as serestas. Tropei-
ros, violeiros e berranteiros, as irmãs das al-
mas e do Rosário, os mouros e os cristãos
são alguns dos personagens que ali se mis-
turam e dão vida ao registro histórico da em-
presa.
O Relatório Anual de Atividades da Gas-
mig é encaminhado às empresas acionistas,
autoridades governamentais, imprensa, e
empresas distribuidoras de gás de todo o
País, além de instituições da área econômica
e cultural.
Ganhos financeiros eriqueza do folclore
COLUNAGASMIG
Os Rios Jequitinhonha e Pardo, na re-
gião Nordeste de Minas, receberam um vo-
lume recorde de peixes nos últimos meses,
totalizando mais de 2,5 toneladas de bio-
massa. Só no Jequitinhonha, foi solta 1,5
tonelada de peixes, número que supera em
mais de quatro vezes o peixamento do ano
anterior.
Os peixamentos da safra 2008/2009 ti-
veram início em novembro do ano passado
e terminaram em abril, em Itamarandiba, no
Vale do Jequitinhonha. Piau, piabanha e cu-
rimba são algumas das espécies nativas
destinadas ao repovoamento. "A própria
comunidade cobra o peixamento nas locali-
dades; não só as autoridades, mas até as
crianças já estão se conscientizando sobre
a preservação do meio ambiente", explica
Luciano Xavier dos Santos, zootecnista da
Escola Agrotécnica de Salinas e um dos
coordenadores do projeto.
Os peixes são produzidos no Norte de
Minas, em tanques da Estação de Piscicul-
tura de Machado Mineiro, em Águas Verme-
lhas e na Escola Agrotécnica Federal de Sa-
linas, parceira da Cemig na produção de
alevinos desde 2004. Quando alcançam o
tamanho e peso ideais, entre 10 e 12 centí-
metros, com aproximadamente 30 gramas,
os peixes são soltos nos rios.
Luciano explica que esses peixes têm
mais chances de sobreviver no meio, pois
estão mais aptos a se adaptarem às adver-
sidades naturais. “Os peixes pequenos são
muito vulneráveis a ações de predadores,
além de terem dificuldade pela busca de
alimentos; os grandes já estariam adapta-
dos a um sistema de criação doméstico e
demorariam um pouco mais a se inserir.”
O repovoamento de espécies nativas é
uma iniciativa do Programa Peixe Vivo, cria-
do para garantir a qualidade e preservação
da vida aquática e das bacias hidrográficas
onde a Cemig atua.
Peixamento bate recorde
DISTRIBUIÇÃO
Energia para a bola rolarCom a aproximação da Copa do