UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DOUTORADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA GERSON DOS SANTOS LEITE RELAÇÃO ENTRE A PERIODIZAÇÃO EM BLOCO E VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS COM O RENDIMENTO DE NADADORES OLÍMPICOS BRASILEIROS Orientadora: Profa. Dra. Maria Regina Ferreira Brandão São Paulo Março de 2014
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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
GERSON DOS SANTOS LEITE
RELAÇÃO ENTRE A PERIODIZAÇÃO EM BLOCO E VARIÁVEIS
PSICOLÓGICAS COM O RENDIMENTO DE NADADORES
OLÍMPICOS BRASILEIROS
Orientadora: Profa. Dra. Maria Regina Ferreira Brandão
São Paulo
Março de 2014
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
GERSON DOS SANTOS LEITE
RELAÇÃO ENTRE A PERIODIZAÇÃO EM BLOCO E VARIÁVEIS
PSICOLÓGICAS COM O RENDIMENTO DE NADADORES
OLÍMPICOS BRASILEIROS
Tese de Doutorado apresentada à
Universidade São Judas Tadeu, como
requisito parcial à obtenção do grau de
Doutor em Educação Física, sob a
orientação da Profa. Dra Maria Regina
Ferreira Brandão.
São Paulo
Março de 2014
iii
Leite, Gerson dos Santos
L533r Relação entre a periodização em bloco e variáveis psicológicas com o
rendimento de nadadores olímpicos brasileiros / Gerson dos Santos Leite.
- São Paulo, 2014.
118 f. : il. ; 30 cm.
Orientadora: Maria Regina Ferreira Brandão.
Tese (doutorado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2014.
Brandão, Maria Regina Ferreira. II. Universidade São Judas Tadeu,
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física. III. Título
CDD 22 – 797.21
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Universidade São Judas Tadeu Bibliotecário: Ricardo de Lima - CRB 8/7464
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GERSON DOS SANTOS LEITE
RELAÇÃO ENTRE A PERIODIZAÇÃO EM BLOCO E VARIÁVEIS
PSICOLÓGICAS COM O RENDIMENTO DE NADADORES
OLÍMPICOS BRASILEIROS
Tese de Doutorado apresentada à Universidade São Judas
Tadeu, como requisito parcial à obtenção do grau de
Doutor em Educação Física, sob a orientação da Profa. Dra
Maria Regina Ferreira Brandão.
BANCA EXAMINADORA
Profa. Dra. Maria Regina Ferreira Brandão
Orientadora - Universidade São Judas Tadeu
Prof. Dr. Orival Andries Junior Universidade Estadual de Campinas
Prof. Dr. Paulo Henrique Silva Marques de Azevedo Universidade Federal de São Paulo
Prof. Dr. Aylton Figueira Junior Universidade São Judas Tadeu
Prof. Dr. Danilo Salles Bocalini Universidade São Judas Tadeu
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais Gerson e Eunice, que sempre me oportunizaram o que não tiveram e sempre se preocuparam com minha formação como ser humano e profissional.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por todas as oportunidades que tenho tido, há muitos anos. A minha esposa e companheira Mariana pelo incentivo afetivo e emocional, presente nos momentos difíceis durante todo o Doutorado. Aos meus irmãos Cristiano e Cristina pelo incentivo afetivo e intelectual durante toda minha vida. A minha orientadora, Profa. Dra. Maria Regina Ferreira Brandão, mundialmente conhecida como Regina Brandão, por ter aceitado o desafio de me orientar no meio do meu doutorado, por todas as oportunidades e incentivos na busca do conhecimento científico. Ao Prof Dr Rogério Brandão Wichi, que iniciou como meu orientador e passou a ser um grande amigo, mas por conta dos caminhos da vida foi iniciar nova jornada com sua família em Aracajú. A CAPES pela bolsa concedida durante o último ano do Doutorado em Educação Física na Universidade São Judas Tadeu. Aos professores da banca de minha qualificação e defesa de Doutorado, Prof. Dr. Paulo Henrique Silva Marques de Azevedo, Prof. Dr. Ayton Figueira Junior, Prof. Dr. Orival Andries Junior e Prof. Dr. Danilo Bocalini, pelas contribuições, apontamentos e críticas construtivas ao meu trabalho. A Universidade Nove de Julho na pessoa do Prof Dr José Carlos de Freitas Batista, que acreditou no meu potencial e me oportunizou crescer profissionalmente e conquistar muitas vitórias nos últimos anos. Aos amigos e companheiros da república caipira em São Paulo, Cezar, Emerson, Alessandro, Fanta e aos que sempre a frequentavam, Mateus, Erinaldo, Rui, Barboza, Gulo, Dimitri, Andrey, João Marcelo, Hergos, Camila, Larissa Galatti e Gisela e todos os outros que conheci durante esses anos em São Paulo, que ajudaram direta e indiretamente em minha formação. Aos amigos de Pós Graduação na São Judas, Simone, Verena, Rodrigo e o grande Prof Dr Raul Santo de Oliveira, amigos e consultores de plantão. A todos os atletas e comissões técnicas que participei durante o doutorado, em equipes de futebol, triathlon, natação, para-atletismo e para-natação, que me proporcionaram inúmeras vivências, discussões, aprendizados e muitas vitórias. A Comissão Técnica e aos nadadores que participaram desta pesquisa, em especial ao técnico e ao auxiliar técnico pelo apoio permanente na coleta dos dados e pela abertura nas discussões dos resultados. Aos professores e amigos da Graduação na UNESP, Mestrado na UNIMEP , das cidades de Bauru, Piracicaba e São Paulo pelo incentivo e companheirismo.
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RESUMO
O monitoramento de atletas tem tido destaque na literatura e na prática esportiva nas últimas décadas. O desempenho de nadadores e suas respostas ao treinamento podem auxiliar no entendimento do sucesso ou insucesso nas principais competições, como os Jogos Olímpicos. Desta forma, o objetivo geral deste estudo foi verificar a relação entre a periodização em bloco, variáveis psicológicas e o rendimento de nadadores olímpicos brasileiros. Para isso, foram avaliados sete nadadores, do sexo masculino durante 14 semanas. O rendimento dos atletas foi determinado pela participação em três competições oficiais (classificatória, controle e olimpíadas) e apresentado como tempo em segundos e índice técnico. Os Estados de Humor foram avaliados pelo questionário BRAMS durante todas as semanas, junto a Percepção Subjetiva do Esforço (PSE), pela escala Cavasini e a Percepção Subjetiva de Recuperação (PSR). A carga de treinamento foi determinada a cada semana, multiplicando-se o volume treinado semanalmente em quilômetros pela PSE. O desempenho dos atletas foi considerado paramétrico e a análise de variância com post hoc de Bonferroni detectou diferenças entre a competição controle e a olimpíada quando o resultado foi expressado pelo índice técnico (p<0,05). A magnitude do efeito também foi determinada, apresentando pequena a moderada alteração (0,16 a 1,12) no desempenho, apenas quando calculada pelo índice técnico. Carga, volume, PSE, PSR e estados de humor foram considerados não paramétricos. O teste Kruskal-Wallis com o post hoc de Dunn identificou alterações na carga, no volume, na PSE e na Fadiga (p<0,05 a 0,01), independente da forma temporal apresentada (semana, micro etapa ou bloco de treinamento). A correlação de Sperman identificou forte correlação da carga de treinamento com o volume e PSE (r = 0,91 e 0,88; p<0,01, respectivamente) e moderada correlação da carga com a fadiga (r = 0,43; p<0,01). Quando relacionados ao desempenho, a fadiga foi a única variável capaz de predizer a variação do desempenho através de uma equação de regressão (r = 0,79 a 0,88; p<0,01). A partir destes dados, pode-se concluir que a periodização em bloco provocou alterações no desempenho e o estado de humor fadiga é uma variável importante a ser monitorada quando a periodização em bloco for utilizada. Palavras-chaves: treinamento desportivo, monitoramento, carga de treinamento, estados de humor, natação.
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ABSTRACT
The monitoring of athletes has been featured in literature and sports practice in recent decades. The performance of swimmers and their responses to training may help in understanding the success or failure in major competitions such as the Olympics. Thus, the aim of this study was to investigate the relationship between the block periodization, psychological variables and the performance of Brazilian Olympic swimmers. For this, seven swimmers, males were evaluated for 14 weeks. The yield was determined by the athletes participate in three official competitions (classification, control and olympics) and presented as time in seconds and technical index. The moods were evaluated by BRAMS questionnaire during every week, with the subjective perception of effort (PSE) - the Cavasini scale - and the subjective perception of recovery (PSR). The training load was determined each week by multiplying the volume trained weekly in kilometers by PSE. The performance of the athletes was considered to parametric analysis. The ANOVA with post hoc Bonferroni detected differences between competition control and Olympics when the result was expressed by technical index (p <0.05). The effect size was also determined, showing small to moderate change (0.16 to 1.12) in performance, only when calculated by the technical index. Load, volume, PSE, PSR and mood states were considered non-parametric. The Kruskal-Wallis test with the post hoc Dunn identified changes in load, in volume, in PSE and in fatigue (p< 0.05 to 0.01), independent of the temporal form presented (week, micro step or training block). The Spearman correlation identified a strong relationship between training load with the volume and PSE (r = 0.91 and 0.88, p <0.01, respectively) and moderate correlation between the load and fatigue (r = 0.43; p <0.01). When related to performance, fatigue was the only variable able to predict the variation in performance through regression equation (r = 0.79 to 0.88, p <0.01). From these data, it can be concluded that the block periodization provoked changes in performance and the state of humor fatigue is an important variable to be monitored when the block periodization is used. Keywords: sports training, monitoring, training load, moods, swimming.
ix
LISTA DE FIGURAS Página
Figura 1. Modelo de Periodização de Matveev, adaptado de Gambetta
et al. (1993)............................................................................. 26
Figura 2. Representação das cargas seletivas ao longo de uma etapa
semestral de treinamento, adaptado de Gomes (2002).......... 28
Figura 3. Distribuição das etapas de treinamento em bloco, com um
(A), dois (B) ou três (C) picos de performance no ano,
adaptado de Oliveira (2008).................................................... 30
Figura 4. Efeito imediato e posterior da carga de treinamento............... 41
Figura 5. Efeito somatório e acumulativo da carga de treinamento....... 41
Figura 6. Alteração do conteúdo e quantidade de treinamento ao
longo de uma temporada de basquetebol............................... 42
Figura 7. Relação entre intensidade e duração dos sintomas para o
overreaching funcional, não funcional e overtraining.............. 44
Figura 8. Relação entre percepção subjetiva de esforço e frequência
cardíaca, adaptado de Borg (1985)......................................... 47
Figura 9. Escala Cavasini....................................................................... 61
Figura 10. Escala de Percepção Subjetiva de Recuperação................... 63
x
LISTA DE QUADROS
Página
Quadro 1. Tipo, característica e momento temporal dos diferentes efeitos
do treinamento, adaptado de Zakharov e Gomes(2003)............... 40
Quadro 2. Ciclo de Treinamento Olímpico...................................................... 57
xi
LISTA DE GRÁFICOS Página
Gráfico 1. Carga de treinamento em unidades arbitrárias (u.a.) durante
uma semana de treino. Adaptado de Wallace et al. (2008).... 51
Gráfico 2. Variação do volume de treinamento durante as etapas de
confusão (CO) – e a variação emocional associada com a prática de esportes,
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exercício e bem estar psicológico. A avaliação dos estados de humor foi
realizada na primeira e última sessão de treinamento da semana.
Os participantes reportaram como se sentiram no dia da avaliação
através de uma escala likert de cinco pontos (0 = nada, 1 = um pouco, 2 =
moderadamente, 3 = bastante, 4 = extremamente). Após isso, as respostas
foram computadas em planilha específica e determinados os seis estados de
humor e um valor de BRAMS total (BMT), calculado pela somatória dos
estados de humor negativos, tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão e
diminuição do valor do estado de humor positivo, vigor. A escala BRAMS é
apresentada no Anexo B.
4.5.4 Quantificação da carga de treinamento
A carga de treinamento foi determinada pelo método de Foster (1998),
onde: CARGA = VOLUME DE TREINAMENTO X INTENSIDADE.
O volume foi gerado pela distância percorrida durante a semana de
treinamento (quilômetros nadados) e a intensidade foi definida pela percepção
subjetiva do esforço avaliada através da Escala Cavasini (CAVASINI,
MATSUDO, 1986). A carga de treinamento foi calculada individualmente para
cada atleta, a cada semana. Além disso, através da organização do
treinamento proposto pelo técnico da equipe, foi quantificada a carga a cada
micro etapa e bloco de treinamento (Bloco A; B e C).
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4.5.5 Análise dos dados
A normalidade foi verificada no Software SPSS, versão 15, pelo
teste de Shapiro-Wilk, adequado para amostras menores que 30. O
desempenho competitivo e o índice técnico analisado no presente estudo
foram considerados paramétricos (p > 0,05). Já os dados de carga de
treinamento, percepção subjetiva de esforço e recuperação e os estados
de humor foram considerados não paramétricos (p < 0,05). A
homogeneidade de variância foi determinada pelo teste de Levene.
A descrição do desempenho e índice técnico nas competições foi
demonstrada pela média do desempenho do grupo de atletas a cada
competição. Para a variabilidade dos dados foi utilizado o erro padrão (EP)
e o intervalo de confiança de 95% (IC) mínimo e máximo em todas as
variáveis, como sugere Paes (2008). Para analisar o desempenho dos
atletas tanto em segundos como em forma de índice técnico nas diferentes
competições,os dados foram comparados entre si de três formas: i) coma
técnica de análise de variância (ANOVA one way) paramétrica, conforme
aderência dos dados à distribuição gaussiana de probabilidades, seguida
do post hoc de Bonferroni quando necessário (VIEIRA, 2004; COSTA et al.,
2010);ii) pelo cálculo do delta percentual entre as competições, tanto no
tempo quanto no índice técnico (COSTA et al., 2010; BUHL et al., 2013) e,
iii) determinando a Magnitude do efeito (effect size) entre as competições,
tanto pelos dados de tempo como dos dados de índice técnico. A fórmula
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utilizada foi ME = (Média pós – Média pré / DP),como sugere Conboy
(2003).
Para analisar a carga de treinamento, percepção subjetiva de
esforço e recuperação e os estados de humor, foi utilizada a mediana e
também para demonstrar a variabilidade dos dados o erro padrão (EP)
(PAES, 2008). A comparação da carga, o volume, a PSE, a PSR e os
estados de humor nas diferentes semanas, micro etapas e blocos de
treinamento foi realizada com o teste não paramétrico Kruskal-Wallis. Na
comparação dos blocos de treinamento foi utilizado o post hoc de Dunn
(VIEIRA, 2004). As relações existentes entre as variáveis foram
determinadas pelo coeficiente (r) de correlação de Spearman conforme
sugere Padovani (1991). Todas as discussões na presente teseforam
realizadas considerando-se o nível de 5% de significância.
Na tentativa de montar um modelo de regressão que explicasse a
variação do desempenho tanto pelo tempo quanto pelo índice técnico entre
o Troféu Maria Lenk e as Olimpíadas, utilizou-se a regressão múltipla
stepwise, relacionando a variação da primeira para a última semana de
treinamento da carga, volume, PSE, PSR, tensão, depressão, raiva, vigor,
fadiga e confusão. A variação percentual das variáveis foi calculada
conforme sugere Buhl et al. (2013).
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5. RESULTADOS
Os resultados das competições mostram uma variação do
desempenho dos atletas, destacando-se os melhores rendimentos em
Londres e no Maria Lenk. Existiu diferença estatística no tempo médio
entre a competição realizada na Itália (Sette Colli) com as distintas
competições ao longo do período analisado. O desempenho médio em
segundos dos atletas está apresentado na tabela 2.
Tabela 2. Tempo e índice técnico dos atletas nos diferentes campeonatos.
Maria Lenk Sette Colli Londres
Tempo
Média 103,85 105,15 103,23
Erro Padrão 21,17 21,42 20,77
IC 95% Inf 55,95 56,69 56,23
IC 95% Sup 151,75 153,62 150,22
Índice
Técnico
Média 956,00 932,70* 960,00
Erro Padrão 6,84 6,09 7,74
IC 95% Inf 940,50 919,61 942,50
IC 95% Sup 971,50 946,79 977,50
*p < 0,05quando comparado com Londres. IC 95% Inferior - Limite inferior do intervalo de confiança; IC 95% Superior - Limite superior do intervalo de confiança.
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A variação percentual do rendimento dos atletas de uma
competição a outra, baseada no tempo, está apresentado na Tabela 3.
Nota-se uma queda de rendimento, já evidenciado na Tabela anterior, da
primeira para a segunda competição e uma melhora da segunda para a
terceira.
Tabela 3. Alteração percentual do rendimento dos atletas entre as
competições, por tempo e índice técnico.
Maria Lenk-
Sette Colli
Sette Colli-
Londres
Maria Lenk-
Londres
Tempo
(seg)
Média 1,38% -1,67% -0,26%
EP 0,4% 0,3% 0,4%
IC 95% Inf 0,5% -2,0% -1,0%
IC 95% Sup 2,0% -0,9% 0,7%
Índice
Técnico
Média -2,50% 2,82% 0,39%
EP 0,5% 0,5% 0,6%
IC 95% Inf -3,0% 1,7% -0,9%
IC 95% Sup -1,0% 4,0% 1,8%
CV - coeficiente de variação
O gráfico 2 mostra a variação no desempenho individual dos atletas
analisados, tanto pelo tempo quanto pelo índice técnico. Nota-se que pelo
tempo, os valores negativos expressam a diminuição do tempo e quando
apresentados pelo IT, os valores positivos mostram melhora no IT. Dos
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dados analisados, os atletas obtiveram melhora em 6 provas comparando o
Troféu Maria Lenk com os Jogos Olímpicos.
Gráfico 2. Variação do desempenho individual entre o Troféu Maria Lenk e
os Jogos Olímpicos.
Para determinar se essa melhora percentual no desempenho dos
atletas tem um "grande significado esportivo", a magnitude do efeito (effect
size) foi determinada para o tempo médio e o índice técnico entre as
diferentes competições e está apresentado na tabela 4. Nota-se que
quando calculado pelo tempo médio, a magnitude é muito pequena, quase
nula, independentemente da relação entre as provas analisadas. Já o
índice técnico, mostra alterações no desempenho não evidenciadas pela
análise apenas do tempo.
-3,5%
-2,5%
-1,5%
-0,5%
0,5%
1,5%
2,5%
3,5%
vari
ação
do
de
sem
pe
nh
o
Tempo
Índice Técnico
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Tabela 4. Magnitude do efeito entre as competições, pelo tempo e índice
técnico.
Londres (95% IC) Maria Lenk (95% IC)
Tempo Maria Lenk -0,01 (-0,03; 0,01)
Sette Colli -0,03 (-0,05; 0,00) 0,02 (0,01; 0,03)
Índice Técnico Maria Lenk 0,16 (-0,37; 0,70)
Sette Colli 1,12 (0,68; 1,56) 0,96 (-1,34; -0,57)
Para descrever a dinâmica de alteração das variáveis atreladas
diretamente a prescrição do treinamento semanal foi construída a tabela 5.
Notam-se alterações importantes nas variáveis analisadas, como na Carga
(mediana total de 245,0 ± 7,5 u.a; p<0,001), no Volume (mediana total de
34,0 ± 0,6 km; p<0,001), na Intensidade (mediana total de 7,0 ± 0,2 u.a.;
p<0,001) e na Recuperação (mediana total de 16,3 ± 0,3 u.a.; p = 0,0002)
de Treinamento.
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Tabela 5. Variação semanal da carga, volume, PSE e PSR.
et al., 2010). Porém, até o momento não se conhecia na literatura internacional as
respostas dos estados emocionais a um sistema de treinamento em bloco. Fato
importante a destacar no presente trabalho é a ausência significativa da variação do
Vigor ao longo do período analisado, pois é bem relatado na literatura sua variação
de acordo com a carga de treinamento (BRANDÃO et al., 2014). O vigor envolve o
estado de energia. Já o vigor físico dos atletas e a ausência de variação em seu
valor podem ter ocorrido por uma possível falta de períodos regenerativos durante
as 12 semanas analisadas. Este fato pode ser confirmado pela correlação moderada
(r = 0,52; p<0,01) do vigor com a percepção subjetiva de recuperação, que pouco
variou também durante o período analisado e nunca esteve em seus valores
máximos, podendo sugerir períodos regenerativos maiores durante o período de
treinamento adotado. Na programação apresentada pela comissão técnica, existia a
possibilidade de duas competições controle no bloco B de treinamento, uma na
sexta semana e outra na sétima semana. Como apresentado no Quadro 2, a
competição escolhida foi a da sétima semana, o que pode ter limitado o período de
treinamento posterior a esta competição. Uma competição controle na sexta semana
poderia abrir espaço no planejamento para uma semana regenerativa ou mesmo
alguns dias regenerativos, o que diminuiria o estresse provocado pelo acúmulo de
treino (FOSTER, 1998; FOSTER et al., 2001) e poderia alterar positivamente o vigor
e a percepção subjetiva de recuperação dos atletas.
Muitos estudos tem tentado identificar variáveis capazes de predizer a
performance de atletas em diferentes modalidades. As variáveis fisiológicas são as
mais estudadas, pois dependendo da característica da modalidade estudada a
variável fisiológica expressa boa parte do rendimento do atleta (COSTA et al., 2009;
DEMINICE et al., 2007; DEMINICE et al., 2009). Na presente tese, encontrou-se
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grande influência da Fadiga dos atletas na variação da performance, dado
representado por dois modelos matemáticos de regressão criados a partir da
variação da performance e da fadiga, mas, ainda pouco aplicável a situações do dia
a dia no treinamento, pois o modelo criado não considera a variação entre todas as
semanas, mas sim entre duas, a inicial e a final e entre o desempenho em dois
momentos, desconsiderando a variação natural do rendimento do atleta durante
diferentes semanas de treinamento.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos dados coletados e do resultado da análise estatística, conclui-se
que:
Ao longo do período analisado existiu alteração significativa do rendimento dos
atletas quando analisado pelo índice técnico, corroborando o percentual de
mudança relatado na literatura para atletas de nível internacional, sugerindo a
análise de grupos heterogêneos de atletas pelo IT;
A carga de treinamento, o volume, a PSE e a Fadiga variaram durante o sistema
de treinamento em bloco, com o volume e PSE influenciando diretamente a
carga analisada. Além disso, os atletas mantiveram perfil psicológico adequado
durante o período analisado, porém com valores de vigor abaixo do esperado
para atletas olímpicos
A variação da performance dos atletas pôde ser predita por equação de
regressão, porém, somente a fadiga conseguiu explicar esta variação.
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APÊNDICE A
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APÊNDICE B. Termo de Consentimento para Participação em Pesquisa Clínica:
Nome do Voluntário:____________________________________________