UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA – DOUTORADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DENTÍSTICA RESTAURADORA GIOVANA MONGRUEL GOMES INFLUÊNCIA DA ADAPTAÇÃO DE PINOS DE FIBRA E DE TÉCNICAS RESTAURADORAS ALTERNATIVAS PARA PREENCHIMENTO DE CANAIS RADICULARES EXCESSIVAMENTE ALARGADOS PONTA GROSSA 2013
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PRÓ-REITORIA DE ... Mongruel... · 6 Agradecimentos A Universidade Estadual de Ponta Grossa, na pessoa de seu reitor Prof. Dr. João Carlos
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA – DOUTORADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DENTÍSTICA RESTAURADORA
GIOVANA MONGRUEL GOMES
INFLUÊNCIA DA ADAPTAÇÃO DE PINOS DE FIBRA E DE
TÉCNICAS RESTAURADORAS ALTERNATIVAS PARA PREENCHIMENTO DE CANAIS RADICULARES EXCESSIVAMENTE
ALARGADOS
PONTA GROSSA
2013
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GIOVANA MONGRUEL GOMES
INFLUÊNCIA DA ADAPTAÇÃO DE PINOS DE FIBRA E DE TÉCNICAS RESTAURADORAS ALTERNATIVAS PARA PREENCHIMENTO DE
CANAIS RADICULARES EXCESSIVAMENTE ALARGADOS
Tese apresentada como pré-requisito para obtenção do título de Doutor na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Curso de Doutorado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Restauradora. Linha de Pesquisa: Propriedades físico-químicas e biológicas dos materiais. Orientadora: Profª. Drª. Alessandra Reis Co-orientadores: Profo. Dro. Alessandro Dourado Loguercio e Profª. Drª Osnara Maria Mongruel Gomes
PONTA GROSSA
2013
Ficha CatalográficaElaborada pelo Setor de Tratamento da Informação BICEN/UEPG
G633Gomes, Giovana Mongruel Influência da adaptação de pinos defibra e de técnicas restauradorasalternativas para preenchimento de canaisradiculares excessivamente alargados/Giovana Mongruel Gomes. Ponta Grossa,2013. 180f.
Tese (Doutorado em Odontologia - Áreade Concentração: Dentística Restauradora),Universidade Estadual de Ponta Grossa. Orientadora: Profª Drª Alessandra Reis. Co-Orientador: Prof. Dr. AlessandroDourado Loguercio. Co-Orientadora: Profª Drª Osnara M.Mongruel Gomes.
1.Cimentos resinosos. 2.Dentinaradicular. 3.Gap. 4.Microscopia eletrônicade varredura. 5.Pinos de fibra. I.Reis,Alessandra. II. Loguercio, AlessandroDourado. III. Gomes, Osnara M. Mongruel.IV. Universidade Estadual de Ponta Grossa.Doutorado em Odontologia. V. T.
CDD: 617.6
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Dedico essa tese a minha mãe Osnara
Maria e ao meu pai João Carlos. Mais uma
vez foi por vocês que eu cheguei até aqui, e
vocês me incentivaram a seguir sempre em
frente. Saibam que todas as minhas
conquistas só foram possíveis graças a vocês!
Amo-os incondicionalmente. Vocês são a
minha melhor inspiração...
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Agradecimentos Especiais
A Deus, por ser a luz no meu caminho, por guiar meus passos, pelas
oportunidades a mim concedidas, pelas pessoas maravilhosas e especiais
que colocou em minha vida, e por permitir que meus sonhos estejam se
transformando em realidade. Não poderia ser mais grata...
Aos meus pais Osnara e João Carlos por confiarem em mim, pelas
palavras de incentivo e coragem, pela paciência, pela educação, pelos
conhecimentos e valores de vida transmitidos, por todas as vezes que
abdicaram de algo por mim, pelas inúmeras noites acordadas ao meu
lado, pelo apoio incondicional, pelos infinitos momentos de alegria e
felicidades proporcionados e pelo grande amor que sempre me dedicaram.
Sou e serei uma eterna admiradora de vocês... Obrigada pelos conselhos,
pela força nos momentos difíceis, por fazerem parte da minha vida
acadêmica e durante minha pós-graduação, pela imensa ajuda com todos
meus trabalhos, por serem tão presentes na minha vida, por serem meus
exemplos de caráter, de determinação e de amor. A minha eterna
gratidão! Vocês são o que há de melhor em mim. Essa conquista de hoje é
toda de vocês!
Aos meus irmãos Osnei e Gisele pela mais bela e leal amizade, pelo
companheirismo eterno, pelas palavras certas nas horas necessárias e por
dividirem comigo todos os momentos da minha vida. Sem vocês, a minha
vida não teria sentido algum! Obrigada por cuidarem tantas vezes de
mim... Vocês são meus anjos da guarda e meu melhor presente. Com
certeza, seremos eternamente unidos pelo nosso amor e carinho; tenho
orgulho imenso em ser irmã de duas pessoas tão especiais e maravilhosas.
A alegria de vocês é a minha alegria.... Agradeço a Deus por tê-los como
meus irmãos....
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A todos os meus familiares, em especial a minha avó Neiva, exemplo
de garra, força, vitória, superação e fé.
A minha orientadora Profa. Dra Alessandra Reis por todo o
conhecimento transmitido, pelos ensinamentos compartilhados, pelo jeito
simples de ensinar, pela paciência nas correções, pela confiança no meu
trabalho, pela amizade e pela dedicação em me orientar. Admiro a sua
garra, profissionalismo e competência... Aprendi muito contigo... Muito
obrigada por tudo!
Ao meu grande amigo e namorado Iury pelo amor sincero,
companheirismo, carinho, paciência, amizade, pela compreensão nos
momentos que estive ausente, e pelo seu jeito maravilhoso e encantador
de encarar a vida.... Muito obrigada por estar sempre me incentivando a
seguir em frente, e por acreditar no meu sucesso.
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Agradecimentos
A Universidade Estadual de Ponta Grossa, na pessoa de seu reitor
Prof. Dr. João Carlos Gomes, pela oportunidade da realização do meu
curso de Graduação, de Mestrado, bem como de Doutorado.
Ao Programa de Pós-graduação em Odontologia da Universidade
Estadual de Ponta Grossa, na pessoa de sua coordenodora Profa. Dra.
Osnara Maria Mongruel Gomes, que possibilitou mais uma vez meu
crescimento pessoal e profissional.
Ao Exército Brasileiro, nas pessoas do meu comandante Major
Nunes, e ex-comandantes Major Espinha e Major Rodrigo Alves pelo apoio
durante a realização desse curso.
Aos professores da Área de Dentística, Abraham Lincoln Calixto,
Alessandra Reis, Alessandro Dourado Loguercio, João Carlos Gomes,
Osnara Maria Mongruel Gomes, Stella Kossatz Pereira e Vânia Aparecida
Queiroz pelos ensinamentos e engrandecimento de meus conhecimentos
teóricos e práticos.
Ao Prof. Dr. Abraham Lincoln Calixto, meu orientador de iniciação
científica e mestrado, por sempre estar disposto a me ensinar, pela
colaboração com meus trabalhos, pelas orientações, pela amizade, pelo
incentivo e pelas palavras de apoio.
A Profa. Dra. Vânia Aparecida Queiroz pelo carinho, amizade, por
dividir comigo tantos momentos de alegrias, por ter sido exemplo para
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minha carreira docente, trabalhando com seriedade, com amor e acima
de tudo com muita responsabilidade.
Ao Prof. Dr. Alessandro Dourado Loguercio, pelos ensinamentos
transmitidos, pela colaboração e ajuda valiosa nos meus trabalhos.
Ao Prof. Ms. Edirceu Pinheiro pela oportunidade de trabalhar
contigo na clínica de Prótese, muito obrigada pela amizade e pela ajuda
sempre que foi necessário.
A todos os professores que tive a oportunidade de conviver durante
meu curso de Doutorado, pelos conhecimentos transmitidos e incentivos
durante o curso. Obrigada por compartilharem comigo seus
conhecimentos e sabedoria.
À Banca de Defesa de Tese composta pelos professores Abraham
Lincoln Calixto, César Augusto Galvão Arrais, Marcela Rocha de Oliveira
Carrillho e Sandra Kiss Moura pela disposição em lerem meu trabalho e
pelas valiosas sugestões.
A todos meus colegas de turma do Doutorado. Obrigada pelo
convívio e por terem compartilhado comigo mais essa etapa importante
de minha vida.
A minha amiga Bruna Fortes Bittencourt Cunha pela amizade, pela
eterna parceria e pelos trabalhos juntos realizados.
Aos meus amigos Gislaine Cristine Martins e Diego Horning, pela
amizade e por colaborarem com meus trabalhos sempre que solicitei
ajuda.
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A minha colega Eluise Cristina de Rezende e aos colegas ex-pibicanos
Felipe Auer Trentini, Elis Helena Rickli e Cláudia Viviane Guimarães
Pelissari pela valiosa colaboração em algumas fases experimentais desse
trabalho.
Ao técnico de laboratório Dr. Milton Domingos Michél, que mais
uma vez não mediu esforços para me ajudar durante a fase experimental
desse estudo.
Ao colega Raphael Vieira Monte Alto pelo apoio no caso clínico desse
trabalho.
A Morgana e a Cida, funcionárias da pós-graduação, pela amizade,
carinho, e ajuda nos momentos necessários.
As Empresas Ângelus, FGM e Ivoclar-Vivadent, pela doação dos
materiais solicitados para a realização desse trabalho.
Ao laboratório de prótese Prodent – Cascavel/PR, na pessoa do
técnico em prótese dentária Guido Paredes pela confecção dos trabalhos
indiretos desse estudo.
A todos aqueles que de forma direta ou indireta participaram de
mais essa etapa em minha vida e no meu sucesso como estudante.
Obrigada a todos!
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Não há transição que não implique um ponto de
partida, um processo e um ponto de chegada. Todo
amanhã se cria num ontem, através de um hoje. De
modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se
corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o
que somos, para sabermos o que seremos.
(Paulo Freire)
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DADOS CURRICULARES
Giovana Mongruel Gomes
NASCIMENTO 11.07.1985 Ponta Grossa, Paraná – Brasil
FILIAÇÃO Osnara Maria Mongruel Gomes João Carlos Gomes
2003 - 2007 Curso de Graduação em Odontologia. Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ponta Grossa – PR, Brasil.
2006 - 2006 Curso de Aperfeiçoamento em Odontologia Estética Adesiva. Escola de Aperfeiçoamento Profissional. Associação Brasileira de Odontologia (ABO) – Regional Ponta Grossa – PR, Brasil.
2007 - 2008 Curso de Aperfeiçoamento em Implantodontia. Escola de Aperfeiçoamento Profissional. Associação Brasileira de Odontologia (ABO) – Regional Ponta Grossa – PR, Brasil.
2008 - 2010 Curso de Pós-Graduação em Odontologia. Área de Concentração em Dentística Restauradora. Nível Mestrado. Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ponta Grossa – PR, Brasil.
2009 - 2010 Curso de Aperfeiçoamento em Endodontia de Molares. Escola de Aperfeiçoamento Profissional. Associação Brasileira de Odontologia (ABO) – Regional Ponta Grossa – PR, Brasil.
2009 - 2010 Curso de Especialização em Prótese Dentária. Escola de Aperfeiçoamento Profissional. Associação Brasileira de Odontologia (ABO) – Regional Ponta Grossa – PR, Brasil.
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2010 – 2011 Professora Efetiva das disciplinas de Clínica Integrada I e II do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE). Ponta Grossa – PR, Brasil.
2010 – em andamento Oficial Dentista do Exército Brasileiro. 1° Tenente. Esquadrão de Comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada. Ponta Grossa – PR, Brasil.
2010 –2013 Curso de Pós-Graduação em Odontologia. Área de Concentração em Dentística Restauradora. Nível Doutorado. Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ponta Grossa – PR, Brasil.
2011 - 2013 Professora Colaboradora das disciplinas de Dentística Operatória e Prótese Dentária II da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ponta Grossa – PR, Brasil.
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RESUMO
Gomes, GM. Influência da adaptação de pinos de fibra e de técnicas restauradoras alternativas para preenchimento de canais radiculares excessivamente alargados. [Tese - Doutorado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Restauradora – Universidade Estadual de Ponta Grossa; 2013].
Os objetivos deste estudo foram 1) avaliar o efeito da influência da espessura de cimento resinoso (ECR) na resistência de união (RU) e na formação de gaps (FG) entre pino de fibra de vidro (PFV) e dentina radicular e 2) avaliar a RU e resistência à fratura (RF) de técnicas restauradoras para preenchimento de canais radiculares excessivamente alargados. No experimento 1, as raízes de 24 pré-molares inferiores (n=8 por grupo) foram tratadas endodonticamente. Após uma semana, os condutos foram preparados em função da adaptação do pino no canal radicular, simulando uma adaptação ideal (AdId), média (AdMe) e inadequada (AdIn). Todos os pinos foram cimentados com Excite® DSC e Variolink® II. Uma semana após a cimentação, a ECR e a FG foram mensuradas com o software Image Tool versão 3.0 e a RU por meio do teste de push-out. No experimento 2, as raízes de 84 pré-molares inferiores foram tratadas endodonticamente e, após uma semana, realizou-se o preparo dos condutos, de maneira a simular um canal radicular excessivamente alargado, com exceção do grupo controle positivo (GCP), em que foi cimentado um pino pré-fabricado (PPF) com calibre compatível ao diâmetro do conduto. Nos outros condutos alargados, técnicas restauradoras alternativas de preenchimento dos canais radiculares foram empregadas: GCN – grupo controle negativo (PPF de diâmetro inferior ao conduto), GPA – PPF + pinos acessórios, GAD – pino anatômico direto, GAI – pino anatômico indireto e GRR – reforço radicular com resina composta + PPF. Todos os pinos foram cimentados com o mesmo sistema adesivo e cimento resinoso. Após cimentação de coroas de resina indireta, os dentes foram submetidos à fadiga mecânica (1,2 x 106 ciclos, 40 N) antes de realizar o teste de RU (n=8) e de RF (n=6). Os dados do experimento 1 e 2 foram analisados por ANOVA e teste pareado (α=0,05). O experimento 1 mostrou que quanto menor a ECR melhor a adesão dos PFV, ou seja, maior a RU e menor a FG. O experimento 2 mostrou que o uso de pinos anatômicos diretos e indiretos mostrou o melhor desempenho nos testes de RU e RF, e deve ser primeira opção para cimentação de PFV em canais radiculares alargados. Portanto, foi evidenciado que a adaptação do pino ao conduto radicular influenciou significativamente na retenção dos mesmos; quanto mais justa, melhores resultados laboratoriais. Entretanto, na ausência desta condição ideal, o
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uso de pinos anatômicos diretos e indiretos pode ser a primeira escolha do clínico para tratamento de canais excessivamente alargados.
Palavras-chave: cimentos resinosos, dentina radicular, gap, microscopia eletrônica de varredura, pinos de fibra, raízes enfraquecidas, resistência à fratura, resistência de união.
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ABSTRACT
Gomes GM. Influence of fiber posts adaptation and alternative restorative techniques for flared root canal filling. [Tese - Doutorado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Restauradora – Universidade Estadual de Ponta Grossa; 2013].
The objectives of this study were 1) to evaluate the effect of the influence of the resin cement thickness (RCT) on bond strength (BS) and gap formation (GF) between glass fiber post (FP) and root dentin and 2) to evaluate the BS and fracture resistance (FR) of restorative techniques for filling oversized root canals. In experiment 1, the roots of 24 mandibular premolars (n=8 per group) were endodontically treated. After one week, the post spaces were prepared depending on the post adaptation inside the root canal, simulating an ideal adaptation (IdAd), medium adaptation (MeAd) and inadequate adaptation (InAd). All posts were cemented with Excite® DSC and Variolink® II. After a week of cementation, the RCT and GF were measured with the Image Tool software version 3.0, and the BS by the push-out test. In experiment 2, the roots of 84 mandibular premolars were endodontically treated and, after a week, the conduits were prepared in order to simulate an oversized root canal, except for the positive control group (PC), which was cemented one prefabricated fiber post (PFP) with the diameter compatible with the conduit. In the other oversized root canals, alternative restorative techniques for filling root canals were tested: NC - negative control (PFP with a smaller diameter than of the root canal), PA - PFP + accessory posts, DAP – direct anatomical post, IAP – indirect anatomical post and RR – root reinforcement with composite resin. All posts were cemented with the same adhesive system and resin cement. After indirect composite crowns cementation, the teeth were submitted to mechanical fatigue (1.2 X 106 cycles, 40 N) before the push-out BS test (n=8) and the FR test (n=6). The data of experiments 1 and 2 were analyzed by ANOVA and paired test (α=0.05). The experiment 1 showed that the smaller RCT resulted in better fiber post adhesion, that is, higher BS and lower GF. The experiment 2 showed that the use of direct and indirect anatomical posts resulted in the best performance both in BS and FR tests, and must be the first choice for FP cementation in flared roots with oversized root canals. Therefore, we concluded that the post adaptation to root canal affected significantly its retention. The better the post adaptation, the better the laboratory results. However, in the absence of this ideal condition, the use of direct and indirect anatomic posts should be the first choice for restoring flared root canals.
Keywords: resin cements, root dentin, gap, scanning electron microscopy, fiber posts, flared roots, fracture resistance, bond strength.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - A – Dente selecionado para o estudo; B – Mensuração do comprimento da raiz após corte da coroa dentária............................
31
Figura 2 - Desenho esquemático do tratamento endodôntico. A – Raiz após o
corte da coroa dentária; B – Preparo do canal (instrumentação até a lima # 55); C – Irrigação com soro fisiológico e EDTA 17%; D – Secagem com ponta de papel absorvente; E – Prova do cone de guta-percha; F – Obturação do canal................................................
32
Figura 3 - Fluxograma dos grupos experimentais do experimento 1............. 33 Figura 4 - Brocas utilizadas para preparos dos condutos radiculares. A -
Broca correspondente ao pino no 0.5 (Whitepost DC no 0.5); B - Broca correspondente ao pino no 3 (Whitepost DC no 3); C - Ponta diamantada tronco-cônica no 4137.....................................................
34 Figura 5 - Desenho esquemático da cimentação dos pinos. A – Preparo
mecânico do canal radicular; B – Limpeza do canal radicular; C – Secagem com ponta de papel absorvente; D – Cimentação do pino de fibra de vidro (WhitePost DC no 0.5); E – Fotoativação e F – Aspecto final da cimentação..............................................................
38 Figura 6 - Cimentação dos pinos de fibra de vidro. A – Canal radicular
preparado para recebimento do pino; B, C – Condicionamento do canal com ácido fosfórico 37%; D – Secagem com ponta de papel absorvente; E – Aplicação do sistema adesivo no interior do canal; F – Aplicação do cimento resinoso no interior do canal; G – Pino posicionado no interior do conduto; H – Fotoativação do cimento resinoso.............................................................................................
38 Figura 7 - Preparo dos espécimes. A e B – Raiz embutida com pino
cimentado; C – Vista frontal do seccionamento da raiz, D, E e F – Vista lateral do seccionamento da raiz..............................................
39
Figura 8 - A - Fatias obtidas após o corte da raiz; B – Mensuração da
espessura das fatias por meio de paquímetro digital........................ 40
Figura 9 - Mensuração da espessura de cimento resinoso utilizando o
Figura 10 - Réplicas em resina epóxica de cada amostra foram observadas
em MEV, e a largura média e o comprimento médio dos gaps
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formados na interface pino-cimento-dentina foram mensurados utilizando o Software Image Tool 3.0. Gaps podem ser observados em diferentes magnificações (A – 30 X, B – 150 X, C – 350 X, D – 500 X, E – 600 X e F – 1200 X). D- dentina, P – pino, C – cimento, Flecha – gap......................................................................................
42 Figura 11 - A - Mensuração do diâmetro coronário do pino medido no Software
Image Tool; B - Mensuração do diâmetro coronário da área interna do canal radicular medido no Software Image Tool ..........................
44 Figura 12 - Desenho esquemático. A - Raiz dentária com pino cimentado
embutida; B – Fatias obtidas após corte da raiz; C – Corpo-de-prova sendo submetido ao teste de push-out e D – Close-up do teste de push-out...............................................................................
45 Figura 13 - Teste de push-out. A – Atuador e dispositivo metálico; B - Atuador
posicionado paralelo ao longo eixo do pino; C e D – Ponta ativa exercendo carga compressiva sobre o pino e E – Vista aproximada do teste de push-out.........................................................................
45 Figura 14 - Técnicas restauradoras alternativas de preenchimento de canais
radiculares excessivamente alargados. 1. Grupo controle positivo; 2. Grupo controle negativo; 3. Grupo com pinos acessórios; 4. Grupo pino anatômico direto; 5. Grupo pino anatômico indireto e 6. Grupo reforço radicular com resina composta...................................
50 Figura 15 - Fluxograma dos grupos experimentais do experimento
Figura 16 - A - Preparo do conduto com broca correspondente ao pino no 0.5;
B – Pino de fibra de vidro Whitepost DC no 0.5.................................
53 Figura 17 - A - Preparo do conduto com ponta diamantada tronco-cônica no
4137; B – Pino de fibra de vidro Whitepost DC no 0.5; C – Simulação de adaptação inadequada do pino (grande espessura de cimento resinoso)..........................................................................
54 Figura 18 - A – Prova dos pinos acessórios no interior do canal radicular
juntamente com o pino principal em posição; B - Pino de fibra principal posicionado durante a cimentação; C – Posicionamento dos pinos de fibra acessórios; D - Preenchimento do conduto (pino principal + pinos acessórios); E – Fotoativação do cimento resinoso.............................................................................................
55 Figura 19 - A – Condicionamento do pino com ácido fosfórico a 37%; B –
Lavagem e secagem do pino; C – Aplicação de silano no pino; D – Aplicação de sistema adesivo no pino; E – Fotoativação do sistema adesivo; F – Lubrificação do conduto radicular com gel
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hidrossolúvel...................................................................................... 57 Figura 20 - A – Pino envolvido com resina composta nanohíbrida; B - Conjunto
(pino + resina composta) inserido no conduto radicular; C – Conjunto retirado do conduto radicular; D – Conjunto introduzido novamente no conduto radicular; E – Fotoativação da resina composta; F – Conjunto removido do conduto radicular; G – Fotoativação complementar da resina composta: H – Pino anatômico obtido; I – Prova do pino anatômico no conduto radicular.............................................................................................
58 Figura 21 - Pinos padrões em resina acrílica com seus respectivos pinos
anatômicos indiretos de fibras de vidro............................................
59 Figura 22 - A – Condicionamento do conduto radicular com ácido fosfórico a
37%; B - Secagem do conduto radicular com cone de papel absorvente; C – Aplicação de sistema adesivo no conduto radicular; D,E – Conduto radicular preenchido com resina composta; F – Aplicação de gel lubrificante hidrossolúvel no pino; G – Posicionamento do pino no interior do conduto; H – Fotoativação da resina composta; I – Re-preparo do conduto com a broca correspondente ao pino Whitepost DC no 0.5; J – Vista oclusal do conduto reforçado com resina composta..........................
61 Figura 23 - Preparos concluídos para coroas totais metal-free sobre núcleos
de resina composta............................................................................
63 Figura 24 - A – Moldagem do preparo com silicone de adição; B – Molde
obtido do preparo...............................................................................
64 Figura 25 - Coroas confeccionadas laboratorialmente com o sistema
restaurador SR Adoro reforçado com fibras......................................
64 Figura 26 - Prova das coroas indiretas................................................................ 65 Figura 27 - Cimentação das coroas indiretas. A – Preparo concluído para
coroa total sobre núcleo de resina composta; B – Condicionamento do preparo com ácido fosfórico 37%; C – Secagem com jato de ar; D – Aplicação do sistema adesivo; E – Manipulação do cimento resinoso (pasta base + pasta catalisadora); F – Posicionamento da coroa; G, H – Fotoativação do cimento resinoso...............................
66 Figura 28 - A – Demarcação 3 mm abaixo da JCE; B – Cera utilidade derretida
sendo posicionada abaixo da demarcação; C,D – Dente posicionado no interior do tubo de PVC, o qual foi preenchido com resina acrílica; E – Dente removido do interior do tubo de PVC e cera removida do dente e do alvéolo recém obtido; F – Alvéolo sendo preenchido com material de moldagem à base de poliéter
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por meio de uma seringa de elastômero; G,H – Raiz novamente inserida no seu respectivo alvéolo artificial........................................
67
Figura 29 - A – Corpos-de-prova submetidos ao ensaio de fadiga; B – Close-
up do teste de fadiga.........................................................................
68 Figura 30 - Posicionamento do corpo-de-prova para o teste de resistência à
70 Figura 31 - A – Corpo-de-prova submetido ao teste de resistência à fratura; B
– Paralisação da máquina após falha do sistema restaurador (fratura coronária)..............................................................................
71 Figura 32 - Fraturas favoráveis............................................................................ 72 Figura 33 - Fraturas desfavoráveis...................................................................... 72 Quadro 1 - Materiais utilizados para cimentação dos pinos, fabricante,
composição e lote..............................................................................
36 Quadro 2 - Modo de aplicação dos materiais utilizados (sistema adesivo e
37 Quadro 3 - Materiais restauradores utilizados no estudo, fabricante,
composição e lote..............................................................................
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AdId Adaptação ideal AdIn Adaptação inadequada AdMe Adaptação média AP Accessory posts ANOVA Análise de variância BDH Banco de dentes humanos Bis-GMA Bisfenol A glicidilmetacrilato BS Bond strength CIV Cimento de ionômero de vidro cm Centímetro COEP Comissão de Ética em Pesquisa CT Comprimento de trabalho DAP Direct anatomical post ECR Espessura de cimento resinoso EDTA Ácido etilenodiaminotetracético FG Formação de gaps FP Fiber post FR Fracture resistance GAD Grupo anatômico direto GAI Grupo anatômico indireto GCN Grupo controle negativo GCP Grupo controle positivo GF Gap formation GPA Grupo pinos acessórios GPa Gigapascal GRR Grupo reforço radicular com resina composta h Hora HEMA 2- Hidroxietilmetacrilato H3PO4 Ácido fosfórico IAP Indirect anatomical post IdAd Ideal adaptation InAd Inadequate adaptation ISO Organização Internacional para Padronização (International
Organization for Standartization) Kg Quilograma kV Quilovoltagem JCE Junção cemento-esmalte mA Miliamperagem MPa Megapascal µm Micrômetro MeAd Medium adaptation MEV Microscopia Eletrônica de Varredura min Minuto mm Milímetro
20
mm2 Milímetros quadrado mm/min Milímetro por minuto mL Mililitros n Número amostral N Newton NaOCl Hipoclorito de sódio NC Negative control PC Positive control PFP Prefabricated fiber post PFV Pino de fibra de vidro PPF Pino pré-fabricado PVC Policloreto de vinila R Raio coronário r Raio apical RCT Resin cement thickness RF Resistência à fratura rpm Rotações por minuto RR Root reinforcement with composite resin RU Resistência de união s Segundo SL Área adesiva TEGDMA Trietilenoglicol dimetacrilato UEPG Universidade Estadual de Ponta Grossa vs Versus
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LISTA DE SÍMBOLOS
# Número = Igual ± Mais ou menos % Porcentagem & E < Menor ≤ Menor ou igual > Maior ≥ Maior ou igual X Aumento de lente óptico α Alfa (nível de significância) °C Grau Célsius n° Número p Significância estatística ® Registrado ™ Marca registrada π Constante 3,1416
reduzindo assim o risco de fraturas radiculares (Coelho et al.11 2009, Torabi et al.12
2009).
Esses pinos reforçados por fibras devem ser cimentados adesivamente ao
canal radicular. Dessa maneira, sua retenção é dependente de uma união efetiva
entre sistema adesivo, cimento resinoso e o substrato dentinário. Para esta
finalidade, vários agentes cimentantes estão disponíveis no mercado. Entretanto,
como este procedimento é comprometido pela dificuldade da irradiação direta da luz
em regiões profundas do canal radicular, é prudente empregar cimentos resinosos
de ativação química ou dual (Foxton et al.13 2003).
A despeito das vantagens da utilização destes pinos de fibras de vidro, estes
são pré-fabricados e, portanto, nem sempre se adaptam intimamente ao canal
radicular. Há canais radiculares que exibem amplo alargamento devido ao extenso
comprometimento por lesões cariosas, restauração prévia com pinos e núcleos de
diâmetro excessivo, super-instrumentação endodôntica, alargamento excessivo da
entrada do canal durante endodontia, rizólise incompleta devido a impactos
traumáticos, reabsorção interna, anomalias de desenvolvimento ou mesmo canais
radiculares com formato oval (Morgano et al.14 2004, Baba et al.15 2009). Nestes
casos, a estrutura radicular remanescente apresenta-se delgada, o que
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provavelmente as tornam enfraquecidas mesmo quando um pino de fibra de vidro é
cimentado (Zogheib et al.16 2008). Situações clínicas desta natureza dificultam o
procedimento restaurador e o prognóstico clínico da restauração desses dentes em
longo prazo ainda é desconhecido.
Dessa maneira, a restauração de raízes enfraquecidas representa um
desafio para os cirurgiões-dentistas. Núcleos metálicos fundidos podem ser
confeccionados de forma a se adaptarem bem à estrutura radicular remanescente;
porém, por outro lado, podem produzir efeito de cunha sob ação de forças
mastigatórias. Pinos pré-fabricados adaptam-se imprecisamente, obrigando o
operador a utilizar quantidades excessivas de cimento para substituir a estrutura
perdida (Hornbrook et al.17 1995). Neste último caso, a deformação resultante da
contração de polimerização, quando se emprega camadas espessas de cimento,
pode gerar maior tensão de polimerização nas interfaces cimento/dentina e
cimento/pino, induzindo descontinuidades estruturais, tais como bolhas, espaços ou
fendas, que, por sua vez, reduzem a retenção dos mesmos aos canais radiculares
(Grandini et al.18 2005).
Porém, poucos estudos na literatura avaliaram a influência da adaptação do
pino e conseqüentemente da espessura do cimento resinoso no desempenho de
pinos de fibra de vidro cimentados no canal radicular (Perez et al.19 2006,
D’Arcangelo et al.20 2007). Além disto, os resultados destes estudos ainda são
controversos. Embora a espessura do filme de cimento não ter produzido alterações
significativas nos valores de resistência de união ao teste de push-out (Perez et al.19
2006), um outro estudo mostrou que camadas espessas de cimento podem afetar a
resistência ao teste de pull-out (D’Arcangelo et al.20 2007). Apesar da espessura
ideal de cimento resinoso para cimentação de pinos de fibra de vidro ainda ser
desconhecida, estudos clínicos prospectivos e retrospectivos indicam que uma maior
freqüência de descolamento ocorre quando a espessura do cimento é maior
(Fredriksson et al.21 1998, Ferrari et al.22 2000).
Dessa forma, algumas alternativas para reduzir a espessura de cimento
resinoso durante a cimentação de pinos de fibra têm sido sugeridas na literatura
para tratamento de canais radiculares extremamente alargados, já que a escolha de
26
pinos pré-fabricados como opção de retentor intrarradicular pode não proporcionar
um preenchimento ideal dos condutos radiculares.
Uma proposta é reduzir a largura do canal radicular promovendo o seu
reforço com resina composta (Lui23 1994, Saupe et al.24 1996, Zogheib et al.16 2008).
Essa técnica aumenta a espessura interna de dentina nas paredes radiculares,
reduzindo a espessura de cimento resinoso, o que, conseqüentemente, aumenta a
resistência à fratura desses dentes (Zogheib et al.16 2008). Entretanto, a fotoativação
da resina composta na região apical dos canais radiculares é dificultada, o que pode
comprometer essa técnica (Lui25 1994, Roberts et al.26 2004, Faria e Silva et al.27
2007).
Adicionalmente, foi sugerida a técnica de individualização do pino às
paredes internas do conduto radicular por meio de seu reembasamento direto com
uma camada de resina composta fotoativada. Esta técnica é comumente conhecida
como pino anatômico (Grandini et al.28 2003). Da mesma forma que a técnica
anterior, uma íntima adaptação do pino ao conduto seria obtida, reduzindo a
espessura de cimento e melhorando as propriedades retentivas dos pinos
anatômicos (Grandini et al.28 2003, Clavijo et al.29 2009, Faria e Silva et al.30 2009,
Macedo et al.31 2010).
A despeito das vantagens advindas da individualização do pino, uma nova
interface (pino de fibra de vidro e resina composta) é produzida e pode estar sujeita
a falhas. Com a finalidade de evitar essa nova interface, Clavijo et al.29 (2009),
sugeriram a utilização desses pinos anatômicos, porém confeccionados de maneira
indireta. Nestes casos, moldagens dos canais radiculares são realizadas e pinos
padrões em resina acrílica são confeccionados no modelo de gesso. Sobre estes
padrões são realizadas réplicas dos canais, a partir das mesmas são
confeccionados pinos anatômicos indiretos em fibras de vidro, as quais são
impregnadas com resina composta laboratorial para reforço. Isto permite uma
perfeita adaptação do pino ao canal radicular.
Outra proposta recente é a inserção de pinos acessórios em torno do pino
de fibra de vidro principal (Martelli et al.32 2008, Clavijo et al.29 2009). Nesses casos,
27
esses pinos acessórios são utilizados para proporcionar um preenchimento uniforme
do conduto radicular, favorecendo a distribuição do estresse gerado durante a
função mastigatória (Martelli et al.32 2008).
Entretanto, pesquisas demonstrando a eficácia dessas técnicas alternativas
apresentam resultados controversos e são escassas na literatura, além de
empregarem diferentes metodologias dificultando a comparação das mesmas
(Marchi et al.33 2003, Gonçalves et al.34 2006, Zogheib et al.16 2008, Clavijo et al.29
2009, Silva et al.35 2011, Zogheib et al.36 2011). Adicionalmente, a maioria dos
estudos disponíveis não mimetiza as reais condições clínicas aos que os dentes
estão sujeitos na cavidade oral (Marchi et al.33 2003, Gonçalves et al.34 2006, Martelli
et al.32 2008, Clavijo et al.29 2009, Torabi et al.12 2009, Zogheib et al.36 2011), como,
por exemplo, as raízes não são restauradas com coroas totais e não são submetidas
à fadiga mecânica, o que pode limitar os seus resultados.
Dessa maneira, essa tese teve como objetivo avaliar o efeito da influência da
espessura de cimento resinoso na resistência de união e na formação de gaps entre
pino de fibra de vidro e dentina radicular; assim como avaliar técnicas restauradoras
alternativas de preenchimento de canais radiculares excessivamente alargados, por
meio de testes de resistência de união e resistência à fratura após terem sido
submetidos à fadiga mecânica.
28
2 PROPOSIÇÃO
2.1 Proposição geral
2.1.1 Avaliar a influência da espessura de cimento resinoso na resistência de
união entre pino de fibra de vidro e dentina radicular, bem como na
formação de gaps na interface adesiva cimento/dentina/pino.
2.1.2 Avaliar a resistência de união entre pino de fibra de vidro e dentina
radicular e a resistência à fratura de dentes com condutos alargados
aplicando diferentes modalidades restauradoras.
2.2 Proposição específica
2.2.1 Avaliar, por meio do teste de push-out, a influência de três espessuras
(pequena, média e grande) de cimento resinoso na resistência de união
entre pino de fibra e dentina radicular mediada por um cimento resinoso
convencional.
2.2.2 Avaliar a influência de três espessuras (pequena, média e grande) de
cimento resinoso na formação de gaps na interface adesiva
cimento/dentina/pino.
2.2.3 Avaliar, por meio do teste de push-out, a resistência de união entre pino
de fibra e dentina radicular mediada por um cimento resinoso
convencional em dentes tratados endodonticamente com condutos
alargados e restaurados com pinos acessórios, pinos anatômicos diretos,
pinos anatômicos indiretos e com condutos alargados reforçados com
resina composta, após terem sido submetidos à fadiga mecânica.
29
2.2.4 Avaliar a resistência à fratura de dentes tratados endodonticamente com
condutos alargados e restaurados com pinos acessórios, pinos
anatômicos diretos, pinos anatômicos indiretos e com condutos alargados
reforçados com resina composta quando submetidos à carga compressiva
constante, após terem sido submetidos à fadiga mecânica, bem como
avaliar seus padrões de fratura.
30
3 MATERIAL E MÉTODOS
A realização de toda a parte experimental dessa tese foi aprovada por meio
do parecer n° 25/2011 pela Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Ponta Grossa – COEP – UEPG, tendo sido protocolado sob o número
18741/10. Para realização deste estudo foram selecionados 108 pré-molares
inferiores permanentes, obtidos por meio do Banco de Dentes Humanos (BDH) da
UEPG (Anexo A).
A fase experimental desse trabalho foi dividida em dois experimentos: 1 –
Efeito da adaptação do pino de fibra aos condutos radiculares e 2 – Efeito de
diferentes modalidades restauradoras para preenchimento de canais radiculares
excessivamente alargados.
3.1 EXPERIMENTO 1 – Efeito da adaptação do pino de fibra aos condutos radiculares
3.1.1 Seleção dos dentes
Para esse experimento foram selecionados 24 pré-molares unirradiculares
inferiores permanentes, obtidos no BDH da UEPG. Previamente ao estudo, os
dentes foram limpos com curetas periodontais (Duflex, SS White, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil) e armazenados em água destilada à 4°C até 6 meses após extração (ISO/TS
11405)37. Os dentes selecionados para o presente estudo obedeceram aos
seguintes critérios de inclusão: ausência de cárie, de dilacerações radiculares, de
tratamento endodôntico prévio, de ápice incompleto, além de um comprimento
radicular medido da junção cemento-esmalte (JCE) de pelo menos 14 mm (Figura
1A).
31
3.1.2 Preparo dos dentes
Os dentes foram seccionados perpendicularmente em relação ao seu longo
eixo, imediatamente abaixo a junção cemento-esmalte, com disco de diamante
montado em uma máquina de corte ISOMET 1000 (Buehler, Lake Bluff, IL, EUA) a
uma velocidade de 300 rotações por minuto (rpm) sob refrigeração com água
constante, de modo a criar um acesso ao canal radicular. O comprimento das raízes
foi então aferido com uma régua milimetrada (Figuras 1B, 2A).
Figura 1 – A – Dente selecionado para o estudo; B - Mensuração do comprimento da raiz após corte
da coroa dentária.
3.1.2.1 Tratamento endodôntico
O esvaziamento dos condutos foi realizado com limas tipo K (Dentsply
Maillefer, Ballaigues, Suíça) # 10, associando solução de hipoclorito de sódio
(NaOCl) 1% para suspensão da matéria orgânica. A instrumentação dos canais foi
realizada com NaOCl 1%, sendo o preparo apical realizado até lima # 40; e, em
32
seguida, até lima # 55 pela técnica de escalonamento (Figura 2B), padronizando-se
assim o diâmetro dos condutos. Após esse procedimento, foi efetuada a
neutralização dos canais com soro fisiológico, irrigação e aspiração final com
solução de ácido etilenodiaminotetraacético (EDTA) 17% (Fórmula e Ação, São
Paulo, SP, Brasil) durante 3 min (Figura 2C) seguidos de irrigação final com soro
fisiológico. Terminada a instrumentação, os canais foram secos com pontas de papel
absorvente (Dentsply Maillefer, Petrópolis, RJ, Brasil) (Figura 2D) e obturados pela
técnica de condensação vertical, utilizando cones de guta-percha aquecidos (Tanari,
Manacapuru, AM, Brasil) e cimento obturador à base de resina epóxica (AH Plus,
Dentsply Indústria e Comércio Ltda, Petrópolis, RJ, Brasil), o qual foi manipulado de
acordo com as instruções do fabricante (Figuras 2 E-F). Em seguida, foi realizada a
desobturação imediata dos canais, respeitando os 4 mm apicais de material
obturador, e um vedamento da entrada dos canais radiculares com cimento de
ionômero de vidro (CIV) convencional (Vitro Fil, DFL, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).
Figura 2 – Desenho esquemático do tratamento endodôntico. A – Raiz após o corte da coroa dentária; B – Preparo do canal (instrumentação até a lima # 55); C – Irrigação com soro fisiológico e EDTA 17%; D – Secagem com ponta de papel absorvente; E – Prova do cone de guta-percha; F – Obturação do canal.
33
3.1.3 Preparos radiculares e Grupos experimentais
Após uma semana de armazenamento em umidade relativa com água
destilada a 37°C ± 1°C os condutos radiculares foram preparados, sendo que as
raízes foram aleatoriamente divididas em três grupos (n=8), em função da adaptação
do pino no conduto radicular: Adaptação ideal (pequena espessura de cimento
resinoso [ECR]), adaptação média (média ECR) e adaptação inadequada (grande
ECR). Para esse propósito, os condutos foram preparados com brocas de diferentes
diâmetros. Em seguida, um fluxograma do delineamento metodológico desse
experimento (Figura 3).
Figura 3 – Fluxograma dos grupos experimentais do experimento 1.
Nos grupos adaptação ideal e adaptação média, os condutos radiculares
foram preparados com brocas de baixa rotação fornecidas pelo fabricante do pino
(Whitepost DC, FGM, Joinvile, SC, Brasil). No grupo que simula uma adaptação
ideal, o preparo dos condutos foi realizado com a broca correspondente ao pino no
34
0.5, a qual apresenta o mesmo diâmetro coronário do pino (1,4 mm) (Figura 4A); e
no grupo que simula uma adaptação média, os condutos foram preparados com uma
broca correspondente ao pino no 3, com 2,0 mm de diâmetro coronário (Figura 4B).
No grupo adaptação inadequada, o preparo foi realizado com uma ponta diamantada
tronco-cônica no 4137 (KG Sorensen, São Paulo, SP, Brasil) de 2,6 mm de diâmetro
coronário (Figura 4C); adaptada em baixa rotação, seguido pela mesma broca
utilizada no grupo adaptação ideal, com a finalidade de padronizar a smear layer
obtida na dentina radicular.
Figura 4 – Brocas utilizadas para preparos dos condutos radiculares. A – Broca correspondente ao pino no 0.5 (Whitepost DC no 0.5); B - Broca correspondente ao pino no 3 (Whitepost DC no 3); C - Ponta diamantada tronco-cônica no 4137.
Em todos os grupos o mesmo pino de fibra de vidro (Whitepost DC no 0.5,
FGM, Joinvile, SC, Brasil), com diâmetro coronário de 1,4 mm foi cimentado. O
comprimento de trabalho foi de 10 mm para todos os dentes, respeitando o limite
35
apical do material obturador de 4 mm. A cada quatro preparos a broca de preparos
dos canais foi substituída.
Após o preparo mecânico dos canais radiculares (Figura 5A), os canais
foram irrigados com 10 mL de água destilada (Figura 5B) e secos com jato de ar por
3 s e 2 pontas de papel absorvente (Figura 5C). Foram realizadas tomadas
radiográficas periapicais dos canais radiculares (películas radiográficas Kodak Ultra,
Eastman Kodak, NY, EUA) para verificação da completa ausência de material
obturador além dos 4 mm apicais dos canais.
3.1.4 Cimentação dos pinos
Antes de iniciarem os procedimentos de cimentação todos os pinos (N=24)
foram seccionados transversalmente, por meio de um disco diamantado de dupla
face (KG Sorensen, São Paulo, SP, Brasil) sob refrigeração em água constante,
resultando em 13 mm de comprimento, de uma maneira que 10 mm do pino
atingisse o comprimento de trabalho radicular, e os outros 3 mm servisse como um
guia para a distância do aparelho fotoativador durante os procedimentos de
fotoativação dos espécimes. Desta maneira, além de ser padronizada a distância da
fotoativação, foi possível verificar o completo assentamento dos pinos nos condutos
preparados (10 mm). Ainda previamente ao procedimento de cimentação, os pinos
de fibra de vidro foram limpos com álcool 70% durante 5 s conforme especificação
do fabricante.
A composição detalhada dos materiais utilizados para o procedimento de
cimentação está especificada no Quadro 1.
36
Quadro 1 – Materiais utilizados para cimentação dos pinos, fabricante, composição e lote.
Figura
Material/ Fabricante Composição* Lote
Total-Etch / Ivoclar Vivadent
Ácido fosfórico (37% em peso, em água), agente de espessamento e pigmentos.
P56449
Adesivo Excite® DSC / Ivoclar Vivadent
Excite® DSC contém HEMA, dimetacrilatos, acrilato do ácido fosfônico, dióxido de silício altamente disperso, iniciadores e estabilizadores em uma solução alcoólica. O pincel Excite® DSC é revestido com iniciadores.
N01061
Cimento resinoso Variolink® II / Ivoclar
Vivadent
A matriz de monômero é composta de Bis-GMA, dimetacrilato de uretano e trietilenoglicoldimetacrilato. A carga inorgânica é constituída por vidro de bário e alumínio e óxidos mistos esferoidais. Além disso, contém catalisadores, estabilizadores e pigmentos.
N44255
Nota: * Composição de acordo com o fabricante
Todos os pinos de fibra de vidro foram cimentados com o sistema adesivo
convencional dual Excite® DSC (Ivoclar-Vivadent, Schann, Liechtenstein) e o
cimento resinoso dual Variolink® II (Ivoclar-Vivadent, Schann, Liechtenstein). O
processo de cimentação dos pinos (Figura 5D) foi realizado seguindo as
recomendações do fabricante (Quadro 2 e Figura 6 A-H).
37
Quadro 2 – Modo de aplicação dos materiais utilizados (sistema adesivo e cimento resinoso).
Sistema Adesivo/
Fabricante
Modo de Aplicação Cimento
Resinoso/ Fabricante
Modo de Aplicação
Excite® DSC / Ivoclar Vivadent
1- Aplicar gel de ácido fosfórico 37% (Total Etch, Ivoclar Vivadent) no interior do canal endodôntico por 15 s, lavar abundantemente durante 15 s, e remover excessos de água com 1 jato de ar e 1 ponta de papel absorvente. Não desidratar a dentina. 2- Aplicar duas camadas do sistema adesivo convencional dual (Excite® DSC) no interior do canal endodôntico durante 10 s, remover excesso com 1 fraco jato de ar e 1 ponta de papel absorvente.
Variolink® II / Ivoclar Vivadent
Sobre o bloco de mistura manipular as pastas base e catalisadora em mesma proporção durante 10 s, aplicar o cimento ao redor e no interior do canal endodôntico com auxílio de uma seringa específica, assentar o pino no interior do conduto, remover o excesso de cimento e fotoativar por 40 s através da superfície oclusal.
A fotoativação foi realizada com um aparelho fotopolimerizador com luz
emitida por diodo (L.E.Demetron I, Kerr Corporation, Orange, CA, EUA), com uma
intensidade de luz de 800 mW/cm2. Durante a fotoativação, a ponteira do aparelho
fotopolimerizador foi posicionada a 3 mm do término coronário do pino (Figura 5E). A
intensidade de luz foi monitorada periodicamente por meio de um radiômetro (Curing
radiometer Model 100, Demetron Research Corp., Danburg, CT, EUA). Após os
procedimentos de cimentação (Figura 5F), os pinos expostos foram cobertos com
CIV convencional (Vitro Fil, DFL, Rio de Janeiro, RJ, Brasil), e todas as raízes foram
armazenadas em água destilada a 37°C ± 1°C durante uma semana.
38
Figura 5 – Desenho esquemático da cimentação dos pinos. A – Preparo mecânico do canal radicular; B – Limpeza do canal radicular; C – Secagem com ponta de papel absorvente; D – Cimentação do pino de fibra de vidro (Whitepost DC n° 0.5); E – Fotoativação e F – Aspecto final da cimentação.
Figura 6 – Cimentação dos pinos de fibra de vidro. A – Canal radicular preparado para recebimento
do pino; B, C – Condicionamento do canal com ácido fosfórico 37%; D – Secagem com ponta de papel absorvente; E – Aplicação do sistema adesivo no interior do canal; F – Aplicação do cimento resinoso no interior do canal; G – Pino posicionado no interior do conduto; H – Fotoativação do cimento resinoso.
39
3.1.5 Preparo dos espécimes
Decorrida uma semana da cimentação, as raízes foram embutidas em tubos
de PVC (policloreto de vinila) com resina acrílica Duralay (Reliance, Dental Mfg. Co.,
Worth, IL, EUA) (Figuras 7 A-B, 12A). Em seguida, os espécimes foram seccionados
perpendicularmente em relação ao seu longo eixo com um disco de diamante
montado em uma máquina de corte ISOMET 1000 (Buehler, Lake Bluff, IL, EUA) sob
refrigeração com água constante (Figuras 7 C-F). Seis fatias com espessura média
de 1 ± 0,1 mm (Figuras 8A,12B) foram obtidas, as quais foram verificadas por meio
de um paquímetro digital de precisão de 0,01 mm (Mitutoyo Digimatic Caliper,
Tóquio, Japão) (Figura 8B). Dessas fatias obtidas, duas representaram o terço
coronário, duas o terço médio e duas o terço apical do canal radicular.
Figura 7 – Preparo dos espécimes. A e B – Raiz embutida com pino cimentado; C – Vista frontal do seccionamento da raiz, D, E e F – Vista lateral do seccionamento da raiz.
40
Figura 8 – A - Fatias obtidas após o corte da raiz; B – Mensuração da espessura das fatias por meio de paquímetro digital.
3.1.6 Avaliação da espessura de cimento resinoso
Todas as fatias foram fotografadas com um microscópio óptico (Olympus,
model BX 51, Olympus, Tokyo, Japão) com ampliação de 100 X, com a finalidade de
mensurar a espessura de cimento resinoso, a qual foi mensurada com o auxílio do
Software Image Tool versão 3.0 (Departmento de Diagnóstico, Universidade do
Texas, Centro de Ciência da Saúde, San Antonio, Texas, EUA). A espessura de
cimento resinoso (µm) média para cada fatia foi obtida por meio de 4 medidas
realizadas nos 4 lados opostos de cada amostra. Uma linha virtual tangente foi
traçada, e as medidas foram realizadas perpendiculares a essa linha (Figura 9).
41
Figura 9 – Mensuração da espessura de cimento resinoso utilizando o Software Image Tool.
3.1.7 Avaliação da formação de gaps na interface adesiva cimento - dentina radicular
Três fatias de cada dente foram selecionadas para avaliação da formação de
gaps, sendo uma fatia correspondente ao terço cervical, uma ao terço médio e a
última ao terço apical do canal radicular. Para cada fatia selecionada foram
realizadas impressões de silicone por adição (Virtual®, Ivoclar Vivadent, Schaan,
Liechtenstein) das superfícies, e réplicas positivas foram então obtidas usando
resina epóxica (Alpha Resiqualy, Curitiba, PR, Brasil), com a finalidade de serem
observadas em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) (SSX-550, Shimadzu,
Tóquio, Japão).
Cada réplica foi posicionada sobre um suporte metálico e foi submetida à
incorporação da liga áurica com 200 Å de ouro-paládio em um metalizador (Polaron
SC7620, Quorum Technologies Ltd., East Sussex, UK) durante 5 min numa corrente
de 10 mA. Em seguida, cada amostra foi observada em MEV em diferentes
ampliações (30 X a 1200 X), utilizando 15 kV, com a finalidade de se avaliar a
42
formação de gaps na interface adesiva cimento resinoso - dentina radicular (Figura
10).
Figura 10 - Réplicas em resina epóxica de cada amostra foram observadas em MEV, e a largura média e o comprimento médio dos gaps formados na interface pino-cimento-dentina foram mensurados utilizando o Software Image Tool 3.0. Gaps podem ser observados em diferentes magnificações (A – 30 X, B – 150 X, C – 350 X, D – 500 X, E – 600 X e F – 1200 X). D- dentina, P – pino, C – cimento, Flecha – gap.
As mensurações dos gaps (largura e comprimento) existentes nas interfaces
adesivas foram realizadas com o auxílio do Software Image Tool versão 3.0
(Department of Dental Science Diagnostic, Universidade do Texas, Centro de
Ciência da Saúde, San Antonio, Texas, EUA). Em cada fatia, o gap mais largo na
interface cimento - dentina foi mensurado (µm). Em seguida, foi calculado o
perímetro total da interface adesiva (cimento - dentina) em µm em pequena
ampliação (40 X) no MEV, e foi calculada a porcentagem dessa interface que
apresentava gaps, sendo os valores (%) expressos como uma porcentagem da
descontinuidade da interface adesiva.
43
Ambas as medições (comprimento e largura dos gaps) foram realizadas por
dois avaliadores previamente calibrados; e se qualquer divergência ocorresse
durante a avaliação, um consenso deveria ser obtido. Para fins estatísticos, foi
realizada uma média dos valores obtidos a partir das três fatias de cada dente para
ambas as medidas.
Cada fatia também foi classificada como apresentando bolhas/espaços
vazios (vácuos) dentro da camada de cimento resinoso. Este procedimento também
foi realizado por dois avaliadores, os quais precisavam chegar a um consenso em
caso de divergências.
3.1.8 Avaliação da resistência de união pelo teste de push-out
Previamente ao ensaio de push-out todas as fatias foram fotografadas nos
dois lados, com aumento de 40 X, em microscópio óptico (Olympus, modelo BX 51,
Olympus, Tóquio, Japão) para aferição dos diâmetros coronário e apical dos pinos
(Figura 11A), bem como dos diâmetros da área interna do canal radicular (Figura
11B), com o objetivo de calcular a área adesiva para cada fatia obtida. Esta
mensuração foi realizada com o auxílio do Software Image Tool versão 3.0
(Department of Dental Science Diagnostic, Universidade do Texas, Centro de
Ciência da Saúde, San Antonio, Texas, EUA).
44
Figura 11 – A - Mensuração do diâmetro coronário do pino medido no Software Image Tool; B -
Mensuração do diâmetro coronário da área interna do canal radicular medido no Software Image Tool.
Cada corpo-de-prova foi então submetido ao teste de push-out (Figuras 12
C-D, 13 A-E), sendo posicionado sobre um dispositivo metálico com uma pequena
abertura central (Figura 13A), com sua porção mais coronária posicionada para
baixo, de tal forma que a carga exercesse uma força compressiva constante (Figura
13 B-E) no sentido ápico-coronal até promover o deslocamento do pino
intrarradicular. Foram elaboradas pontas metálicas cilíndricas (atuadores)
correspondentes ao diâmetro do pino que estava sendo ensaiado. O atuador foi
posicionado no centro de cada fragmento de pino, de modo que a ponta aplicadora
da carga tocasse somente a área dos pinos, sem estressar as paredes laterais dos
canais radiculares (Figura 13E). O conjunto foi ensaiado em uma máquina de ensaio
universal (AG-I, Shimadzu Autograph) com uma célula de carga de 50 Kgf a uma
velocidade de 0,5 mm/min até o deslocamento do pino.
45
Figura 12 – Desenho esquemático. A - Raiz dentária com pino cimentado embutida; B – Fatias obtidas após corte da raiz; C – Corpo-de-prova sendo submetido ao teste de push-out e D – Close-up do teste de push-out.
Figura 13 – Teste de push-out. A – Atuador e dispositivo metálico; B - Atuador posicionado paralelo
ao longo eixo do pino; C e D – Ponta ativa exercendo carga compressiva sobre o pino e E – Vista aproximada do teste de push-out.
46
Em seguida, o valor da carga foi registrado em Newtons (N) e foi calculado o
valor da resistência de união em MPa dividindo o valor da carga (N) pelo valor da
área adesiva (mm2). Duas áreas adesivas foram utilizadas para o cálculo da
resistência de união, a superfície lateral da área dos pinos de fibra e a superfície
lateral da área do canal radicular (pino + cimento resinoso). Para ambos os cálculos,
a área adesiva (SL) foi estimada por meio da fórmula utilizada para calcular a área
de superfície lateral de um cone truncado:
SL=π(R + r)[(h2 + (R – r)2]0.5
Onde:
π é a constante 3,1416;
R representa o raio coronário do pino ou do canal radicular (mm);
r representa o raio apical do pino ou do canal radicular (mm);
h representa a espessura dos corpos-de-prova (mm).
3.1.9 Avaliação dos padrões de fratura
Após o ensaio de push-out o padrão de fratura de todos os espécimes foi
avaliado em um microscópio óptico (Olympus, model BX 51, Olympus, Tóquio,
Japão) com ampliação de 40 X, onde foram classificados em: 1- fraturas adesivas
entre cimento resinoso e dentina radicular, 2- fraturas adesivas entre cimento
resinoso e pino de fibra, 3- fraturas coesivas de cimento resinoso, 4- fraturas
coesivas de pino de fibra, 5- fraturas coesivas de dentina radicular e 6- fraturas
mistas.
47
3.1.10 Análise estatística
A unidade experimental para todas as propriedades avaliadas (espessura de
cimento resinoso, resistência de união e formação de gaps) foi a raiz, portanto, foi
realizada uma média dos valores obtidos nas fatias de cada conduto radicular, de
forma a obter um valor médio por dente para fins estatísticos.
Os dados obtidos de cada teste foram analisados estatisticamente por meio
da análise de variância (ANOVA) de um critério e teste de Tukey para contraste das
médias a um nível de significância de 5%. As duas abordagens utilizadas para o
cálculo da resistência de união foram comparadas pelo teste-t pareado a um nível de
significância de 5%.
A porcentagem de fatias com bolhas/vácuos foi avaliada através do teste
chi-square (α = 0,05). Correlações entre espessura de cimento resinoso vs
resistência de união, espessura de cimento resinoso vs comprimento médio dos
gaps, espessura de cimento resinoso vs largura média dos gaps, resistência de
união vs comprimento médio dos gaps, e resistência de união vs largura média dos
gaps foram avaliadas usando o teste de correlação de Pearson (α = 0,05).
Comparações aos pares dos padrões de fratura foram analisadas utilizando o teste
exato de Fisher (α = 0,05).
Todos os cálculos foram realizados por meio do software estatístico Sigma
Plot 11 (Systat Software, San Jose, CA, EUA).
3.2 EXPERIMENTO 2 – Efeito de diferentes modalidades restauradoras para preenchimento de canais radiculares excessivamente alargados
3.2.1 Seleção dos dentes
Para esse experimento foram selecionados outros 84 pré-molares inferiores
unirradiculares permanentes obtidos no BDH da UEPG. Todos os procedimentos de
limpeza e critérios de inclusão dos dentes ocorreram da mesma maneira descrita no
48
experimento 1 desse projeto (Efeito da adaptação do pino de fibra aos condutos
radiculares).
3.2.2 Preparo dos dentes
As etapas de preparo dos dentes e tratamento endodôntico dos mesmos
também ocorreram da mesma maneira realizada no experimento 1 do projeto,
diferindo apenas que os dentes foram seccionados perpendicularmente em relação
ao seu longo eixo 2 mm acima da junção cemento esmalte.
3.2.3 Preparo do canal radicular
Após uma semana de armazenamento em umidade relativa com água
destilada a 37º ± 1º C foram realizados os preparos dos condutos para posterior
fixação de um pino intrarradicular cônico (Whitepost DC no 0.5, FGM, Joinvile, SC,
Brasil) com diâmetro coronário de 1,4 mm. Um total de 14 dentes foi aleatoriamente
selecionado para o grupo controle positivo. Nesse grupo, uma adaptação ideal do
pino no conduto radicular foi simulada, assim, a broca correspondente ao pino no 0.5
foi utilizada para o preparo dos condutos (Figura 4A).
Os canais radiculares dos 70 dentes remanescentes foram preparados
utilizando uma ponta diamantada tronco-cônica no 4137 (KG Sorensen, São Paulo,
SP, Brasil), com 2,6 mm de diâmetro coronário, (Figura 4C) adaptada em baixa
rotação, de maneira a simular um canal radicular excessivamente alargado nesses
dentes. Após o alargamento dos canais, suas paredes foram ligeiramente
preparadas com a broca correspondente ao pino no 0.5 (Whitepost DC, FGM) com a
finalidade de padronizar a smear layer obtida.
Para todas as raízes, após o preparo mecânico dos canais para recebimento
dos pinos, os mesmos foram irrigados com 10 mL de água destilada e secos com
jato de ar por 3 s e 2 pontas de papel absorvente.
49
O comprimento de trabalho foi de 12 mm para todos os dentes, respeitando
o limite apical do material obturador de 4 mm. A cada seis preparos a broca de
preparo dos canais também foi substituída.
3.2.4 Grupos experimentais
Nessa etapa as raízes foram aleatoriamente divididas em seis grupos (n=14)
de acordo com as técnicas restauradoras alternativas de preenchimento de canais
radiculares excessivamente alargados (Figura 14), sendo: 1. Grupo controle positivo:
pino pré-fabricado de diâmetro compatível ao conduto radicular; 2. Grupo controle
negativo: pino pré-fabricado de diâmetro inferior ao conduto; 3. Grupo com pinos
Grupo pino anatômico indireto; 6. Grupo reforço radicular com resina composta +
pino.
50
51
Em seguida, um fluxograma do delineamento metodológico desse
experimento (Figura 15). A composição detalhada dos materiais restauradores
utilizados está especificada no Quadro 1 e no Quadro 3.
Figura 15 – Fluxograma dos grupos experimentais do experimento 2.
52
Quadro 3 – Materiais restauradores utilizados no estudo, fabricante, composição e lote.
Figura
Material/ Fabricante Composição* Lote
Tetric® N-Bond / Ivoclar Vivadent
Contém acrilato do ácido fosfórico, HEMA, Bis-GMA, dimetacrilato de uretano, etanol, agente formador de película, catalisadores e estabilizadores.
N64295
Tetric® N-Flow / Ivoclar Vivadent
Contém 36% em peso de dimetacrilatos (incluindo TEGDMA), 63% em peso de partículas (óxido de bário, trifluoreto de itérbio, sílica altamente dispersa e óxidos mistos) e 1% em peso de pigmentos, catalisadores e estabilizadores. O total de partículas inorgânicas é de 39% em volume. O tamanho das partículas inorgânicas varia entre 40 nm e 3000 nm.
N74353
Tetric® N-Ceram / Ivoclar Vivadent
Consiste de dimetacrilatos (19-20% em peso). As partículas são constituídas de vidro de bário, trifluoreto de itérbio, óxidos mistos e copolímeros (80-81% em peso). Aditivos, catalisadores, estabilizadores são componentes adicionais (< 1% em peso). O total de partículas inorgânicas é de 55-57% em volume. O tamanho das partículas inorgânicas varia entre 40 nm e 3000 nm.
L54096
Nota: * Composição de acordo com o fabricante
53
Grupo controle positivo (n=14):
Nesse grupo foi cimentado o pino de fibra de vidro pré-fabricado no 0.5
(Whitepost DC, FGM), com diâmetro compatível ao conduto radicular (Figura 16),
simulando uma adaptação ideal do pino.
Figura 16 – A - Preparo do conduto com broca correspondente ao pino no 0.5; B – Pino de fibra de vidro Whitepost DC no 0.5.
Grupo controle negativo (n=14):
O mesmo pino pré-fabricado (Whitepost DC no 0.5, FGM) foi cimentado nas
raízes enfraquecidas com canais radiculares excessivamente alargados, simulando
uma adaptação inadequada do pino (Figura 17).
54
Figura 17 – A - Preparo do conduto com ponta diamantada tronco-cônica no 4137; B – Pino de fibra de vidro Whitepost DC no 0.5; C – Simulação de adaptação inadequada do pino (grande espessura de cimento resinoso).
Pino pré-fabricado + pinos acessórios (n=14)
Nesse grupo foi cimentado o pino pré-fabricado combinado com pinos de
fibra de vidro acessórios (Reforpin no 1, Ângelus, Londrina, PR, Brasil), de formato
cônico e liso com diâmetro coronário de 1,1 mm.
Esses pinos acessórios foram provados no interior do canal radicular
juntamente com o pino principal em posição (Figura 18A), tendo seu comprimento
ajustado da maneira que a altura do seu término coronário coincidisse com altura do
término coronário do pino principal, sendo então seccionados horizontalmente, por
meio de um disco diamantado de dupla face (KG Sorensen, São Paulo, SP, Brasil)
sob refrigeração em água constante. Em seguida, os pinos acessórios e o principal
foram limpos com álcool 70% durante 5 s.
Após o condicionamento ácido, aplicação do sistema adesivo e do cimento
resinoso no interior do canal (Quadro 2), o pino de fibra principal foi posicionado
55
(Figura 18B) seguido dos pinos de fibra acessórios (Figura 18C), os quais foram
inseridos em torno do pino principal, até o preenchimento completo do conduto
(Figura 18D). A seguir, o conjunto foi fotoativado por 40 s através da superfície
oclusal (Figura 18E).
Figura 18 – A – Prova dos pinos acessórios no interior do canal radicular juntamente com o pino principal em posição; B - Pino de fibra principal posicionado durante a cimentação; C – Posicionamento dos pinos de fibra acessórios; D - Preenchimento do conduto (pino principal + pinos acessórios); E – Fotoativação do cimento resinoso.
Pino anatômico direto (n=14)
A superfície do pino pré-fabricado (Whitepost DC no 0.5, FGM) foi
condicionada com ácido fosfórico a 37% (Total Etch, Ivoclar-Vivadent, Schaan,
Liechtenstein) durante 15 s (Figura 19A), seguido de lavagem com água e secagem
(Figura 19B). O agente de união silano (Prosil, FGM, Joinvile, SC, Brasil) foi aplicado
no pino por 1 min (Figura 19C), e a superfície foi seca com jato de ar por 5 s. Duas
camadas do sistema adesivo convencional (Tetric® N-Bond, Ivoclar-Vivadent,
56
Scchann, Liechtenstein) foram então aplicadas no pino por 20 s (Figura 19D),
seguido de jato de ar (5 s) e fotoativação (10 s) (Figura 19E).
A seguir, os condutos radiculares foram lubrificados com gel hidrossolúvel
(KY gel lubrificante, Johnson & Johnson, São José dos Campos, SP, Brasil) (Figura
19F). O pino pré-fabricado foi envolvido com a resina composta nanohíbrida (Tetric®
N-Ceram, Ivoclar-Vivadent, Scchann, Liechtenstein) (Figura 20A), e este conjunto
(pino + resina) foi inserido no conduto radicular, marcando a região vestibular do
pino e do remanescente coronário (Figura 20B). Este conjunto foi retirado (Figura
20C) e recolocado (Figura 20D) por duas vezes, removendo o excesso de resina
composta, fotoativando-a por 20 s com o pino em posição no interior do conduto
(Figura 20E). O conjunto foi então removido do interior do conduto (Figura 20F) e a
resina composta foi novamente fotoativada por 20 s adicionais em todas as
superfícies do pino reembasado (Figura 20G). O pino anatômico obtido (Figura 20H)
foi então provado no interior de seu respectivo canal radicular (Figura 20I), para
verificar sua completa adaptação.
Na seqüência os condutos e os pinos anatômicos foram lavados
abundantemente com água e secos antes da realização do procedimento de
cimentação.
57
Figura 19 – A – Condicionamento do pino com ácido fosfórico a 37%; B – Lavagem e secagem do pino; C – Aplicação de silano no pino; D – Aplicação de sistema adesivo no pino; E – Fotoativação do sistema adesivo; F – Lubrificação do conduto radicular com gel hidrossolúvel.
58
Figura 20 – A – Pino envolvido com resina composta nanohíbrida; B - Conjunto (pino + resina composta) inserido no conduto radicular; C – Conjunto retirado do conduto radicular; D – Conjunto introduzido novamente no conduto radicular; E – Fotoativação da resina composta; F – Conjunto removido do conduto radicular; G – Fotoativação complementar da resina composta: H – Pino anatômico obtido; I – Prova do pino anatômico no conduto radicular.
Pino anatômico indireto (n=14)
Para a confecção desses pinos, foi utilizado o sistema Fibrex-Lab (Ângelus,
Londrina, PR, Brasil), o qual consiste num sistema formado por fibras de vidro
impregnadas por resina composta laboratorial fotopolimerizável, utilizado para
reforço estrutural de componentes protéticos.
Inicialmente foi confeccionado um pino intrarradicular padrão de resina
acrílica (Duralay, Reliance, Dental Mfg. Co., Worth, IL, EUA) para cada canal
radicular (Figura 21). Esse pino padrão foi enviado para um laboratório de prótese
foi copiado com cola quente (Ângelus, Londrina, PR, Brasil), de maneira a obter uma
réplica (molde) do mesmo. Com a cópia fiel do padrão, a fibra de vidro medial
(Ângelus, Londrina, PR, Brasil) com sua respectiva resina laboratorial tipo flow e
59
sistema adesivo foram inseridos no molde e levados ao aparelho de vácuo, e o
conjunto foi fotopolimerizado por 5 min de acordo com as recomendações do
fabricante. Os pinos foram então removidos dos moldes, obtendo-se assim os pinos
anatômicos indiretos de fibras de vidro (Figura 21).
Figura 21 – Pinos padrões em resina acrílica com seus respectivos pinos anatômicos indiretos de fibras de vidro.
Reforço radicular com resina composta + pino pré-fabricado (n=14)
Nesse grupo foi realizado um reforço radicular com resina composta
previamente à cimentação do pino de fibra pré-fabricado. O reforço radicular
consiste na criação de uma dentina radicular artificial, diminuindo a luz do conduto,
reforçando assim as paredes radiculares enfraquecidas.
Para a realização desse reforço, foi utilizada uma resina composta
nanohíbrida tipo flow (Tetric® N-Flow, Ivoclar-Vivadent, Scchann, Liechtenstein) em
combinação com um sistema adesivo convencional fotoativado (Tetric® N-Bond,
60
Ivoclar-Vivadent, Scchann, Liechtenstein). O interior dos condutos radiculares foi
condicionado com ácido fosfórico a 37% (Total Etch, Ivoclar-Vivadent, Schaan,
Liechtenstein) durante 15 s (Figura 22A), seguido de lavagem com água e secagem
(Figura 22B). Em seguida, duas camadas do sistema adesivo (Tetric® N-Bond,
Ivoclar-Vivadent) foram aplicadas em toda a superfície do canal radicular (Figura
22C), seguido de jato de ar (5 s) e fotoativação (10 s). O interior do conduto radicular
foi então preenchido pela resina composta tipo flow (Tetric® N-Flow, Ivoclar-
Vivadent, Scchann, Liechtenstein) em direção apical à cervical, com a finalidade de
evitar a formação de bolhas de ar (Figura 22 D-E). Posteriormente, um gel
lubrificante hidrossolúvel (KY gel lubrificante, Johnson & Johnson) foi aplicado no
pino pré-fabricado (Figura 22F), sendo o mesmo, em seguida, posicionado no
interior do conduto (Figura 22G). O pino foi removido e novamente posicionado no
interior do canal, e o excesso de resina composta foi removido. Sobre o pino
posicionado, foi realizada a fotoativação da resina composta por 20 s (Figura 22H), e
o pino foi removido do canal; realizando uma fotoativação complementar do canal
por 20 s.
Na seqüência os condutos e os pinos foram lavados abundantemente com
água para remoção do gel lubrificante e os condutos foram re-preparados com a
broca correspondente ao pino no 0.5 (Whitepost DC, FGM) (Figura 22 I-J).
61
Figura 22 – A – Condicionamento do conduto radicular com ácido fosfórico a 37%; B - Secagem do conduto radicular com cone de papel absorvente; C – Aplicação de sistema adesivo no conduto radicular; D,E – Conduto radicular preenchido com resina composta; F – Aplicação de gel lubrificante hidrossolúvel no pino; G – Posicionamento do pino no interior do conduto; H – Fotoativação da resina composta; I – Re-preparo do conduto com a broca correspondente ao pino Whitepost DC no 0.5; J – Vista oclusal do conduto reforçado com resina composta.
3.2.5 Cimentação dos pinos
As etapas de corte e limpeza dos pinos, bem como limpeza dos canais
radiculares ocorreram da mesma maneira realizadas na primeira fase do projeto,
diferindo apenas que os pinos foram seccionados horizontalmente, resultando em
um comprimento de 15 mm, de uma maneira que 12 mm do pino atingisse o CT
radicular, e os outros 3 mm servisse como um guia para a distância do aparelho
fotoativador durante os procedimentos de fotoativação dos espécimes.
Todos os pinos foram cimentados com o sistema adesivo convencional dual
Excite® DSC (Ivoclar-Vivadent, Schann, Liechtenstein) e o cimento resinoso dual
Variolink® II (Ivoclar-Vivadent, Schann, Liechtenstein), seguindo as recomendações
do fabricante (Quadro 2 e Figura 6).
62
Após os procedimentos de cimentação dos pinos, foi realizado um núcleo
direto em resina composta nanohíbrida (Tetric® N-Ceram, Ivoclar-Vivadent, Scchann,
Liechtenstein) na parte coronária de todos os retentores dessas raízes. Uma técnica
incremental foi utilizada para inserir a resina composta, e cada incremento (2 mm) foi
fotoativado por 20 s.
Todos os procedimentos de fotoativação, desse experimento 2, foram
realizados com um aparelho fotopolimerizador com luz emitida por diodo (Radii Plus,
SDI Limited, Victoria, Austrália), com uma intensidade de luz de 1500 mW/cm2.
3.2.6 Confecção de coroas indiretas
Após uma semana de armazenamento em água destilada a 37°C ± 1°C
foram confeccionados preparos para coroas totais metal-free sobre todos os núcleos
de resina composta (N=84). Os preparos foram realizados com as pontas
diamantadas no 2135 e no 3098MF (KG Sorensen, Barueri, SP, Brasil) adaptadas em
alta rotação, sob refrigeração em água constante. Todos os preparos apresentaram
férula no término cervical de 2,0 mm de extensão (altura), 1,2 mm de ombro
(espessura) e redução oclusal de 1,5 mm. Os ângulos axiais e ocluso-axiais foram
arredondados, e a linha de término cervical foi contínua, definida e nítida.
Todos os preparos foram submetidos aos procedimentos de acabamento e
polimento com o sistema de discos Sof-LexTM (3M-ESPE, St Paul, MN, USA)
aplicados em granulação decrescente (grossa, média, fina e extrafina) por 20 s
cada, adaptados em baixa rotação, com movimentos circulares (Figura 23).
63
Figura 23 – Preparos concluídos para coroas totais metal-free sobre núcleos de resina composta.
Os preparos foram então moldados com silicone de adição (Virtual®, Ivoclar
Vivadent, Schaan, Liechtenstein) (Figura 24 A-B) e as coroas foram
confeccionadas laboratorialmente com o sistema restaurador SR Adoro (Ivoclar
Vivadent, Schaan, Liechtenstein) reforçado com fibras (Fibrex-Lab Coronal,
Ângelus, Londrina, PR, Brasil) (Figura 25).
64
Figura 24 – A – Moldagem do preparo com silicone de adição; B – Molde obtido do preparo.
Figura 25 – Coroas confeccionadas laboratorialmente com o sistema restaurador SR Adoro reforçado com fibras.
65
Após a prova (Figura 26) e ajuste das coroas, as mesmas foram cimentadas
com o sistema adesivo Excite® DSC e o cimento resinoso Variolink II®, seguindo o
mesmo protocolo descrito para a cimentação dos pinos (Quadro 2 e Figura 27).
Figura 26 – Prova das coroas indiretas.
66
Figura 27 – Cimentação das coroas indiretas. A – Preparo concluído para coroa total sobre núcleo de resina composta; B – Condicionamento do preparo com ácido fosfórico 37%; C – Secagem com jato de ar; D – Aplicação do sistema adesivo; E – Manipulação do cimento resinoso (pasta base + pasta catalisadora); F – Posicionamento da coroa; G, H - Fotoativação do cimento resinoso.
3.2.7 Envelhecimento dos espécimes
3.2.7.1 Simulação do ligamento periodontal
Com a finalidade de reproduzir uma situação clínica foi realizada a
simulação do ligamento periodontal em todas as raízes para representar a
movimentação no osso alveolar, de acordo com a metodologia descrita por Soares
et al. 38 2005.
Inicialmente, as superfícies radiculares foram cobertas com cera utilidade
derretida (Horus, Herpo Produtos Dentários, Petrópolis, RJ, Brasil) até 3 mm abaixo
da JCE (Figura 28 A-B), de modo progressivo, com o uso de espátula nº 7,
lamparina à gás, esculpidor Lecron e esculpidor Hollemback nº 3S, resultando em
uma camada de cera de aproximadamente 0,3 mm de espessura.
67
Um tubo de PVC de ½ polegada com 25 mm de diâmetro e 40 mm de altura
foi utilizado como suporte para o dente. Resina acrílica (Duralay, Reliance, Worth, IL,
EUA) foi manipulada de acordo com as recomendações do fabricante e foi vertida
imediatamente no interior do tubo de PVC, sendo, em seguida, o dente posicionado
no centro do mesmo, até o limite de cera (Figura 28 C-D).
Após 24 h da polimerização da resina, os dentes foram removidos dos tubos
de PVC, e a cera foi removida das superfícies radiculares e do alvéolo artificial
recém obtido com água morna (Figura 28E). Esse espaço foi preenchido com
material de moldagem à base de poliéter (ImpregumTM Soft, 3M ESPE, St. Paul, MN,
EUA) por meio de uma seringa de elastômero (Figura 28F) e as raízes foram
novamente inseridas nos seus respectivos alvéolos artificiais (Figura 28 G-H). O
excesso de material de moldagem foi removido. Dessa maneira, o poliéter
preencheu o espaço anteriormente ocupado pela cera, resultando na simulação de
um ligamento periodontal, com espessura padronizada de 0,3 mm (Soares et al.38
2005).
Figura 28 – A – Demarcação 3 mm abaixo da JCE; B – Cera utilidade derretida sendo posicionada abaixo da demarcação; C,D – Dente posicionado no interior do tubo de PVC, o qual foi preenchido com resina acrílica; E – Dente removido do interior do tubo de PVC e cera removida do dente e do alvéolo recém obtido; F – Alvéolo sendo preenchido com
68
material de moldagem à base de poliéter por meio de uma seringa de elastômero; G,H – Raiz novamente inserida no seu respectivo alvéolo artificial.
3.2.7.2 Ciclagem mecânica
Para este teste, foi utilizada uma máquina de ensaios de fadiga de material
(Elquip, São Carlos, SP, Brasil). Os espécimes foram posicionados a 90o em relação
ao plano do solo e submetidos a impactos repetitivos direcionados na face oclusal
das coroas de todos os dentes. A carga aplicada foi de 40 N (4,0 Kgf) com
frequência de 2 Hz em um total de 1.2 X 106 ciclos, simulando aproximadamente 5
anos de uso clínico (Pontius, Hutter39 2002, Naumann et al.40 2010). Durante os
ciclos, os corpos-de-prova foram mantidos imersos em água na temperatura de 37°C
± 1°C (Figura 29 A-B).
Figura 29 – A – Corpos-de-prova submetidos ao ensaio de fadiga; B - Close-up do teste de fadiga.
69
Terminado os ciclos, o teste foi interrompido e com o auxílio de uma lupa
foram verificadas possíveis falhas como: falha da cimentação completa ou parcial
(coroa ou pino), fratura e/ou trinca radicular utilizando sonda exploradora no 5.
3.2.8 Avaliação da resistência de união por push-out
Oito dentes de cada grupo (n=8) foram selecionados aleatoriamente para o
teste de resistência de união. As coroas cimentadas nesses dentes foram
seccionadas na altura da junção cemento esmalte, sendo desprezadas nesse
momento. Em seguida, as raízes foram preparadas e submetidas ao teste de push-
out da mesma maneira realizada no experimento 1 (Figura 13 A-E).
3.2.9 Avaliação da resistência à fratura sob compressão
Os seis dentes restantes de cada grupo (n=6) foram empregados para o
teste de resistência à fratura. Os corpos-de-prova foram fixados na máquina de
ensaios universal (Shimadzu AG-I, Columbia, EUA) por meio de um suporte em aço
inoxidável (100 mm de altura por 70 mm de base) possuindo um plano inclinado de
30o em relação ao plano do solo, com uma cavidade cilíndrica na porção central para
adaptação do tubo de PVC. O dispositivo metálico formou um ângulo de 150o entre o
cone de aço do mordente superior da máquina de ensaio universal e o longo eixo
das raízes, simulando o componente de forças que atuam sobre os dentes
posteriores (Figura 30). O conjunto foi adaptado em uma máquina de ensaios
universal que foi carregada com uma célula de carga de 3000 N e velocidade de 0,5
mm/min. A carga foi aplicada com uma ponta em forma de lâmina de faca com
largura de 10 mm por 5 mm de espessura, a qual foi apoiada na cúspide vestibular
(cúspide de trabalho) das coroas (Figura 31A).
A máquina de ensaios foi programada de forma que a carga fosse
automaticamente descontinuada (paralisação da máquina) quando o sistema de
70
alguma forma falhasse (deslocamento ou fratura da coroa, ou da porção coronária
ou ainda fratura da raiz) (Figura 31B). Os valores foram registrados em Newton.
Figura 30 – Posicionamento do corpo-de-prova para o teste de resistência à fratura.
71
Figura 31 – A – Corpo-de-prova submetido ao teste de resistência à fratura; B – Paralisação da máquina após falha do sistema restaurador (fratura coronária).
3.2.10 Avaliação do padrão de fratura
Após o teste de resistência à fratura, as raízes foram removidas dos tubos
de PVC, o ligamento periodontal artificial foi removido com auxílio de curetas
periodontais e foram observados os padrões de fraturas, classificando-os de acordo
com o grau de destruição dentária: favorável – deslocamento e/ou fratura da coroa,
do pino ou fratura radicular acima do nível cervical, as quais permitiriam a realização
de uma nova restauração (Figura 32), e desfavorável – fratura abaixo do terço
cervical radicular, fratura radicular vertical ou oblíqua e fratura radicular horizontal
nos terços médio e apical, as quais condenariam o dente à extração (Figura 33)
(Maccari et al.41 2007, Zogheib et al.36 2011).
72
Figura 32 – Fraturas favoráveis.
Figura 33 – Fraturas desfavoráveis.
73
3.2.11 Análise estatística
A unidade experimental para as propriedades avaliadas foi a raiz, portanto,
foi realizada uma média de todos os valores obtidos para cada raiz para fins
estatísticos.
Os dados obtidos de resistência de união e resistência a fratura foram
analisados estatisticamente por meio da análise de variância (ANOVA) de um critério
e pós teste de Sheffe para contraste das médias a um nível de significância de 5%.
Os diferentes padrões de fratura foram analisados utilizando o teste exato de Fisher
(α = 0,05).
Todos os cálculos foram realizados por meio do software estatístico Sigma
Plot 11 (Systat Software, San Jose, CA, EUA).
74
4 CAPÍTULOS
4.1 Artigo Influence of the resin cement thickness on bond strength and gap formation of fiber posts bonded to root dentin aceito para publicação na revista Journal of Adhesive Dentistry.
4.2 Artigo Evaluation of different restorative techniques for filling flared roots: fracture resistance and bond strength after mechanical fatigue submetido para avaliação na revista Journal of Adhesive Dentistry.
4.3 Artigo Use of a direct anatomic post in a flared root canal: a case report submetido para avaliação na revista Journal of Esthetic and Restorative Dentistry.
75
4.1 Artigo Influence of the resin cement thickness on bond strength and gap formation of fiber posts bonded to root dentin aceito para publicação na revista Journal of Adhesive Dentistry.
76
77
TITLE PAGE
Influence of the resin cement thickness on bond strength and gap formation of fiber posts bonded to root dentin
Giovana Mongruel Gomes1 [DDS, MS], Eluise Cristina de Rezende2 [DDS, MS], Osnara Maria Mongruel Gomes3 [DDS, MS, PhD], João Carlos Gomes3 [DDS, MS, PhD], Alessandro Dourado Loguercio3 [DDS, MS, PhD], Alessandra Reis3 [DDS, PhD].
1 Professor and PhD student. Department of Restorative Dentistry, School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
2 Professor and PhD student. Department of Microbiology, School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
3 Professors. Department of Restorative Dentistry. School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
Authors address:
Universidade Estadual de Ponta Grossa Avenida Carlos Cavalcanti 4748 – Uvaranas, Ponta Grosa, Paraná, Brazil 84030-900 Corresponding author: Giovana Mongruel Gomes Rua Engenheiro Schamber 452, ap 21 Ponta Grossa, Paraná, Brazil 84010-340 Telephone: 00554232226560 Fax: 00554232247351 Email: [email protected]
Keywords: Bond strength; fiber posts; gap; resin cements; root dentin; scanning electron microscopy.
78
Influence of the resin cement thickness on bond strength and gap formation of fiber posts bonded to root dentin
Abstract
Purpose: The purpose of this research is to evaluate the effect of the resin cement
thickness (RCT) on bond strength (BS) and gap formation (GF) of fiber posts bonded
to root dentin. Materials and Methods: The roots of 24 extracted human mandibular
premolars were treated endodontically, and the post spaces were prepared using
drills with different diameters, according to the following groups (n=8): well-adapted
(WeAd), moderately well-adapted (MoAd) and poorly adapted (PoAd). The fiber glass
posts were cemented (Excite DSC and Variolink II) in accordance with the
manufacturer’s instructions. After 1 week, the roots were transversely sectioned into
six 1-mm thick discs and photographed using an optical microscope, to determine
the RCT. After this, epoxy resin replicas of each sample were observed by SEM, and
the mean length and width of the gaps formed in the cement-dentin-post interface
were measured. Finally, each sample was subjected to the push-out test (0.5
mm/min), and the data were statistically analyzed by one-way ANOVA and Tukey's
tests (5%). Results: The lowest RCT (µm) were observed for WeAd, and the highest
were observed for PoAd. The group MoAd showed an intermediate value.
Significantly higher push-out BS were observed for WeAd compared to the other
groups. The MoAd and PoAd groups were statistically similar. The highest mean gap
length (%) and width (µm) were observed for PoAd. The groups MoAd and WeAd
were statistically similar. Conclusion: The smaller RCT resulted in better fiber post
for 5 min at a current of 10 mA. After this, each specimen was examined by scanning
electron microscopy (SEM) (JSM 6360LV, Jeol, Ltd., Tokyo, Japan) at different
magnifications (30 X to 2000 X) using 15 kV accelerating voltage.
Measurements were made of the entire length and width of the gaps, using
UTHSCSA ImageTool 3.0 software (Department of Dental Diagnostic Science at The
University of Texas Health Science Center, San Antonio, Texas, USA). In each slice, the
widest gap at the cement/dentin interface was measured (µm) by 2 different,
calibrated operators. The length of the gap was expressed as a percentage of the
total length of the bonded area. In both measurements, the values taken from the 3
slices from the same tooth were averaged for statistical purposes. If any
disagreement occurred during evaluation, a consensus had to be obtained.
87
Each slice was also categorized as either having or not having bubbles/voids
within the resin cement layer. This procedure was also performed by two evaluators
who needed to reach a consensus in case of disagreements.
Push-out Test Evaluation
The coronal side of each slice was identified, and its thickness was measured
with a Mitutoyo digital caliper (accuracy of 0.01 mm). The slices were also
photographed on both sides with an optical microscope (Olympus, model BX 51,
Olympus, Tokyo, Japan) at a 40 X magnification in order to calculate the coronal and
apical diameters of the posts with the purpose of calculating their individual bonding
areas. This measurement was also taken with the UTHSCSA ImageTool 3.0 software
(Department of Dental Diagnostic Science at The University of Texas Health Science
Center, San Antonio, Texas, USA).
Each specimen (slice) was subjected to a push-out BS test using a universal
loading device (AG-I, Shimadzu Autograph, Tokyo, Japan) at a crosshead speed of 0.5
mm/min. The load was applied in the apical-coronal direction until the post was
dislodged. Care was taken to center the push-out pin on the center of the post
surface without stressing the surrounding post space walls. With regard to the
tapered design of the post, different sizes of punch pins were used, which matched
the diameter of the post at the different root thirds being tested.
The maximum failure load was recorded in Newton (N) and converted into
MPa by dividing the applied load by the bonded area (SL). Two bonded areas were
used for the calculation of the BS, the lateral surface of the fiber post area, and the
88
lateral surface of the root canal. For both calculations, the bonded area was the
lateral surface of a truncated cone, and it was calculated by using the formula:
SL= π(R + r)[(h2 + (R – r)2]0.5
Where π = 3.14, R = coronal post radius or root canal radius (coronal post +
resin cement radius), r = apical post radius or apical root canal radius (post + resin
cement radius), and h = root slice thickness.
Failure mode analysis
After push-out evaluation, the failure modes of all specimens were evaluated
under a stereomicroscope (40 X magnification). Each debonded specimen was
analyzed by two independent and calibrated operators. The failure modes were
classified according to the following criteria: (1) adhesive failure between dentin and
luting cement; (2) adhesive failure between luting cement and post; (3) cohesive
failure within luting cement; (4) cohesive failure within the post; (5) cohesive failure
within dentin; and (6) mixed failure. If any disagreement occurred between the
evaluators, a consensus had to be obtained.
Statistical Analysis
The experimental unit for all properties evaluated was the root; therefore, all
values obtained for a single root were averaged for statistical purposes. The data
obtained of RCT, BS, length, and width of the gaps were statistically analyzed by one-
way ANOVA and Tukey’s test for pairwise comparisons at a level of significance of
5%. The two approaches used for the BS calculation were compared by paired t-tests
at a level of significance of 5%.
89
The percentage of slices with bubbles/voids were evaluated by the chi-square
test (α = 0.05). Correlations between the RCT vs. BS, RCT vs. mean gap length, RCT vs.
mean gap width, BS vs. mean gap length, and BS vs. mean gap width were evaluated
using the Pearson product moment correlation test (α = 0.05). Pair-wise comparisons
of the failure modes were analyzed by utilizing Fisher’s exact test (α = 0.05). The
Sigma Plot 11 software (Systat Software, San Jose, CA, USA) was used to statically
purpose.
90
Results
None of the specimens presented artifacts caused by the sectioning
procedure; therefore, none were discarded.
One-way ANOVA detected significant differences in the RCT (p < 0.001). The
lowest RCT (µm) values were observed for WeAd, while the highest were observed for
PoAd. MoAd showed an intermediate RCT value (Table 1).
As regards gap evaluation, statistical analysis revealed significant differences in
the mean gap length and width (p < 0.0001). The highest mean gap length (%) and
width (µm) were observed for the PoAd. The groups MoAd and WeAd were
statistically similar (Table 1). A representative image of the RCT and gap widths for
each group can be seen in Figure 1.
From the total of 24 slices evaluated in each group, 10 (42%), 14 (58%), and 24
(100%), respectively, for groups WeAd, MoAd, and PoAd showed gaps (chi-square
test, p = 0.0001). Similarly, 14 (58%), 19 (79%), and 24 (100%), respectively, for groups
WeAd, ModAd, and PoAd showed the presence of bubbles/voids within the resin
cement (chi-square test, p = 0.002).
The use of post radius for the calculation of BS resulted in higher values than
the use of root canal radius (Table 2). Significant differences in BS values were
detected by one-way ANOVA, considering the post radius, (p = 0.006) as well as the
root canal radius (p < 0.0001). Higher push-out BS values were observed for WeAd
irrespectively of the way that the BS was calculated (Table 2). MoAd and PoAd were
91
statistically similar (p > 0.05) when the post radius was used for BS calculation;
however, they differed when root canal radius was used (Table 2).
The analysis of the failure mode is shown in Table 3. No cohesive fracture in
cement, post, and dentin or adhesive failure between the cement and post were
observed in this investigation. Significantly more mixed failures occurred for all of the
groups (p < 0.02), and no significant difference in the fracture pattern was observed
among them (p > 0.05).
The Pearson product moment correlation test showed a moderate, negative,
and significant correlation between RCT and BS (r = -0.665; p = 0.0003). A strong,
positive, and significant correlation between the RCT and mean gap length (r =
0.8274; p < 0.0001) and RCT and mean gap width (r = 0.8396; p < 0.0001) was also
detected (Figure 2). For all correlation tests, we employed the BS values calculated
using the post radius.
A moderate, negative, and significant correlation between BS and mean gap
length (r = -0.4676; p = 0.0184) was observed, whereas a negative, but non-
significant, correlation between BS and mean gap width (r = -0.3718; p = 0.0671) was
detected (Figure 2).
92
Discussion
Most of the studies that evaluate the bonding of fiber posts to root canal
calculate the BS based on the lateral area of the fiber post.11,17,18,19,25,31,35,45,46 However,
this study demonstrated that this procedure overestimated the BS values because
debonding does not occur in the interface between the resin cement and the fiber
post but, rather, between the cement and the root canal walls. Thus, it seems that the
use of the lateral area of the root canal is the best method for the calculation of BS,
as has been similarly done in a few previous studies.26,43
The present study detected that all of the specimens from the PoAd group
showed gap formation at the interface and bubbles/voids within the resin cement.
Even in the well-adapted, a gap-free interface was not observed. This means that
obtaining a perfect adhesion and the creation of a perfect monoblock system
between the post, the resin cement, and dentin is an unreal expectation,41 one that
cannot be accomplished in a clinical scenario. The high C-factor of the closed cavity
in root canals (close to 200) led to higher polymerization stress, resulting in gaps at
the adhesive interface,7,41 even under ideal conditions of adaptation.
It is known that an adverse chemical interaction between unpolymerized acidic
monomers, (oxygen inhibition layer of the simplified adhesive) and the tertiary amine
from the auto/dual-cured composite may occur.36,40 This might also have favored gap
formation at the adhesive interface, as the two-step etch-and-rinse (ER) adhesive
system (Excite DSC) was used with the dual-cure resin cement (Variolink II). Moreover,
two-step ER systems have been shown to function as permeable membranes,39,40
allowing water movement across their structure even after polymerization,6,9 which
93
may adversely affect the bond of auto/dual-cured resin cements to the dentin
surface.9,39
However, the present investigation showed that the magnitude of gap
formation and the resultant BS within the adhesive interface was dependent on the
fiber post adaptation to the root canal, which led us to the rejection of both the first
and second null hypotheses. According to Feilzer et al.,12 the composite sample
thickness affects stress distribution. This is accentuated in thin layers due to increased
boundary restraints (C-factor), contributing to an inverse relationship between film
thickness and shrinkage stress.2,3 However, although this means that a higher stress
contraction is expected to occur under WeAd, some authors have shown that if the
BS values to the tooth structure were sufficiently high, thin adhesive joints might
enhance the BS of luted restorations.1
Additionally, as demonstrated in the current study, thicker RCT contains more
structural discontinuities, such as bubbles, cracks, or gaps; these are expected to
produce stress concentration zones.20 These zones are responsible for starting the
fracture line and, therefore, reducing the BS of the fiber post to the root canals, as
observed in the present investigation. We could not neglect mentioning that the
appearance of bubbles and voids is also dependent on the cement application
method.28,47,48 For instance, it was demonstrated that the use of the flexible root
canal-shaped application aid as an elongation tip,47,48 as well as the Lentulo drill and
Centrix syringe,28 to insert the resin cement into the root canal was shown to improve
the homogeneity of the resin cement layer. In the present study, the resin cement
94
was introduced into the root canal space with a Centrix syringe, as the elongation tip
is designed to be used with the resin cement from the 3MESPE.
Another important aspect to be considered in the PoAd is that the increased
amount of resin cement could have adversely affected the absorption of light and,
hence, the polymerization reaction of the resin cement within its entire thickness. It is
possible that sufficient light transmission did not occur through the post to
sufficiently light polymerize the entire RCT in the MoAd and PoAd groups. Thus, the
polymerization of resin cement in thicker layers may have relied only on the chemical
activation produced by the self-cure component of the dual polymerization system.
This resulted in the formation of resin cement with reduced mechanical properties, as
well as BS to the root canal. Indeed, it has been demonstrated that dual-cure resin
cements that polymerize only by chemical activation do not reach high levels of
hardness, as do those polymerized under the dual conditions (light + chemical
activation).14
Based on the aforementioned findings, one may assume that the RCT could be
a determining factor in the clinical performance of FRC posts. This finding seems to
predispose the restoration to debonding, as observed earlier in prospective and
retrospective clinical studies.13,15
The positive and significant correlation between gap length/width and RCT
suggests that the increase in RCT significantly decreases the bonding integrity and BS
of fiber posts to the root canals. However, to the extent of the authors’ knowledge,
the relationship between RCT and gap formation has not been investigated prior to
this study.
95
On the other hand, the relationship between RCT and BS was already
performed by earlier studies, which produced conflicting results.10,30,31,37 While the
results of the present study are in agreement with the study of Schmage et al.,37 other
authors10,30,31 did not find any correlation between RCT and post retention or BS.
This lack of consensus suggests that other factors besides the degree of
mismatch between the fiber post and the root canals may play a role in BS. This may
lead one to speculate that either the resin cement itself or the adhesive system might
have been the weak link at the adhesive interfaces; therefore, the effect of RCT was
minor and not detected in the previous studies.10,30,31 The fact that laboratory
studies16,35,43 reported low BS values when testing the resin cement used in the Perez
et al.31 study strengthens this hypothesis. Additionally, the adhesive system employed
by Perdigão et al.30 has shown poor performance in clinical studies.34,44
Finally, we should not overlook the study’s limitations. The test specimen
crowns were not totally restored, and no thermal cycling or mechanical stressing was
applied. These factors may limit the direct application of the study results to clinical
conditions. Another limitation is that only one resin cement and adhesive system was
employed to investigate the research question. As resin cements and adhesive
systems differ in their chemical and mechanical properties, the generalizability of the
results of the present study when compared to other materials available in the
market should be completed with caution.
This study showed that the fitting of the fiber post to the root canal may be a
clinical problem, and alternative methods should be studied to avoid such issues,
which would thereby reduce the RCT under clinical conditions in order to minimize
gap formation and maximize fiber post retention in root canals.
96
Conclusions
Within the limitations of this in vitro study, it was demonstrated that the push-
out bond strength of fiber posts in oversized dowel spaces cemented with the tested
resin cement decreased significantly when compared with that of precise fitting
posts, most likely due to increased gap formation. It is advisable to prepare post
spaces that allow for the chosen fiber post to fit into the space as accurately as
possible.
Acknowledgements
The authors are very grateful to Dr. Eng. Milton Domingos Michel for his
support with performing the SEM analysis, to the undergraduate student Felipe Auer
Trentini for his support with the resin cement thickness measurements and Ivoclar-
Vivadent and FGM for the donation of the cementation system and fiber posts used
in this study. This study was partially supported by the National Council for Scientific
and Technological Development (CNPq) grants 301937/2009-5 and 301891/2010-9.
Part of the funding for this study was obtained from a productivity scholarship
provided by the “Fundação Araucária”.
97
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Figure 1 - Scanning electron micrographs of representative resin cement thickness
(double arrow in A, C and E) and gaps width (line in D and F) formed in the cement-
dentin interface for each group (A,B –WeAd; C,D – MoAd; E,F – PoAd). No gaps were
found in B (WeAd). De - dentin; Po – post; Ce – cement.
103
Figure 2 – Significant linear correlations between the properties evaluated in this study.
104
Table 1 – Means and standard deviations of resin cement thickness (µm), gap length (%), and gap width (µm) for the experimental groups (*).
Experimental Groups
Resin Cement Thickness (µm)
Gap Length (%) Gap Width (µm)
Well adapted 75.2 ± 17.9 a 7.4 ±6.7 a 1.4 ± 1.8 a
Moderately well adapted
341.9 ± 8.5 b 17.0 ± 13.4 a 4.1 ± 3.9 a
Poorly adapted 628.9 ± 24.4 c 45.5 ± 9.3 b 35.5 ± 9.9 b
* Comparisons are valid only for columns. Similar lowercase letters indicate statistically similar means (p > 0.05).
105
Table 2 – Means and standard deviations of push-out bond strength (MPa) for the experimental groups (*) using the different methods for calculation of the bonded area.
Experimental Groups Bond strength (MPa)
Post radius Root canal radius
Well adapted 23.3 ± 2.8 aA 20.2 ± 2.2 aA
Moderately well adapted
17.1 ± 3.9 bA 10.0 ± 2.0 bB
Poorly adapted 15.8 ± 3.2 bA 7.3 ± 1.4 cB
* Lowercase letters indicate the comparisons within each column. Uppercase letters indicate the comparison within each row. Identical letters indicate statistically similar means (p > 0.05).
106
Table 3 - Distribution of the failure mode among the different experimental groups (*)
Experimental Groups Adhesive Dentin-Cement
Adhesive Cement-Post
Cohesive in Cement
Cohesive in Post
Cohesive in Dentin
Mixed
Well adapted 16 0 0 0 0 32
Moderately well adapte 19 0 0 0 0 29
Poorly adapted 14 0 0 0 0 34
(*) No cohesive failure in cement, post and dentin or adhesive failure between cement and the post were observed. Significantly more mixed failures occurred for all the groups
107
4.2 Artigo Evaluation of different restorative techniques for filling flared roots: fracture resistance and bond strength after mechanical fatigue submetido para avaliação na revista Journal of Ahesive Dentistry.
108
COVER LETTER
Dear Editor,
We, Giovana Mongruel Gomes, Osnara Maria Mongruel Gomes, João Carlos
Gomes, Alessandro Dourado Loguercio, Abraham Lincoln Calixto and Alessandra Reis,
are pleased to submit the enclosed manuscript: Evaluation of different restorative
techniques for filling flared roots: fracture resistance and bond strength after
mechanical fatigue as an original article for publication in the Journal of Adhesive
Dentistry. This manuscript is entirely original, and it is not under review elsewhere.
There is no overlap with other manuscripts that are in review.
We, authors, take the responsibility for the contents of the manuscript,
including review and approval of this version, and satisfy the requirements for
authorship. There are no relevant financial conflicts of interest.
As you will see in the introduction section, some previous studies have also
investigated the same issue. However, no earlier study has cemented a metal-free
crown on flared root canals and submitted it to mechanical fatigue before
comparison of restorative techniques for cementation of fiber posts. This seems to be
of paramount importance since fatigue is one of most important factors that lead to
restorative treatment failure. Apart from that, all reported techniques were evaluated
in a single experiment. No other study has done this before. The advantage of this is
that it increases the power of comparison between different protocols. Altogether we
109
believe the results of this study can provide clinicians with the best level of in vitro
evidence related to the issue under investigation.
We would highly appreciate to have our study published in such a high quality
journal as Journal of Adhesive Dentistry.
Yours sincerely,
Giovana Mongruel Gomes
110
111
TITLE PAGE
Evaluation of different restorative techniques for filling flared roots: fracture resistance and bond strength after mechanical fatigue
Giovana Mongruel Gomes1 [DDS, MS], Osnara Maria Mongruel Gomes2 [DDS, MS, PhD], João Carlos Gomes2 [DDS, MS, PhD], Alessandro Dourado Loguercio2 [DDS, MS, PhD], Abraham Lincoln Calixto2 [DDS, MS, PhD], Alessandra Reis2 [DDS, PhD].
1 Professor and PhD student. Department of Restorative Dentistry, School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
2 Professors. Department of Restorative Dentistry. School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
Authors address:
Universidade Estadual de Ponta Grossa Avenida Carlos Cavalcanti 4748 – Uvaranas, Ponta Grosa, Paraná, Brazil 84030-900 Corresponding author: Giovana Mongruel Gomes Rua Engenheiro Schamber 452, ap 21 Ponta Grossa, Paraná, Brazil 84010-340 Telephone: 00554232226560 Fax: 00554232247351 Email: [email protected]
Clinical relevance: When clinicians cannot lute a well-adapted fiber post to the root canal, the direct and indirect anatomic posts seem to be an interesting alternative technique for restoring these teeth.
114
Introduction
Teeth submitted to endodontic treatment usually have extensive loss of dental
structure and require the use of intra-radicular retainers and filling cores to hold the
final restoration.45 The main advantage of glass fiber posts is the similar modulus of
elasticity in comparison to that of dentin, which favors better stress distribution in the
root structure15,34,38 and reduces the risk of root fractures.6,43
As pointed out by Perdigão et al.,31 one of the clinically relevant problems
dentists face when restoring endodontically treated teeth is the mismatch between
root canal and post diameters. There are root canals that exhibit extensive tissue
destruction resulting from carious lesions, previous restoration with excessive post
and core diameters, endodontic over-instrumentation, incomplete physiological root
formation due to traumatic impacts, internal resorption, developmental anomalies, or
even oval shape.2,27
Bonding prefabricated glass fiber post to flared roots results in thick resin
cement layers. Compared with thin layers, thicker layers have an increased likelihood
of presenting structural discontinuities, which leads to stress concentration zones14
that start the fracture line, which reduces the bond strength of the fiber post to the
root canals.10,37
In an aim to minimize the mismatch between flared root canals and glass fiber
posts, several techniques are proposed. Some authors suggest the restoration of the
root canal with composite resin22,36,46 to reduce its canal width. Others indicate the
direct anatomical fiber post through anatomical shaping of the prefabricated fiber
posts with a composite resin into the root canal.5,8,13,24 The preparation of indirect
anatomical posts on impressions of the root canals has also been proposed to avoid
115
the production of a new interface in the direct approach (fiber post-composite resin)
that may be subjected to failures.5 The use of accessory posts is another suggested
technique to fill in the mismatch around the main glass fiber post and the root
canal.5,26
Studies evaluating the effectiveness of these techniques for restoration of
flared roots are controversial,5,11,25,39,46,47 and methodologically different, making their
comparison difficult. Additionally, to the extent of our knowledge, the few available
studies do not mimic clinical conditions;5,11,25,26,43,47 i.e., roots are neither restored with
a indirect composite restoration nor subjected to a fatigue cycling test.
Therefore, the aim of this study was to evaluate the fracture resistance and
bond strength of posts to flared roots restored with different restorative techniques
for fiber posts cementation after mechanical fatigue. Two null hypotheses were
tested: 1) there are no differences in the fracture resistance and failure mode
between flared roots reconstructed with the different restorative techniques, and (2)
there are no differences in the push-out bond strength of posts to dentin for the
different restorative techniques for filling flared roots.
116
Materials and Methods
Eighty-four extracted human mandibular premolars were stored in distilled
water at 4 oC and used within 6 months after extraction.18 To be included in the study
sample, teeth should be sound, without root cracks and severe root curvatures and
not submitted to previous endodontic. Additionally teeth should have a root length
of 14 ± 1 mm, measured from the cement-enamel junction (CEJ).
Specimen preparation
Endodontic treatment
Teeth were transversally sectioned 2 mm above the CEJ using a low-speed
diamond saw (Isomet 1000, Buehler, Lake Bluff, IL, USA). Endodontic access was made
using a tapered fissure bur with a high-speed handpiece and water spray. Working
length was established by inserting a #10 Flexofile into each canal until it was visible
at the apical foramen. One millimeter was subtracted from this length to establish the
working length. A crown-down technique was used for instrumentation with Gates
Glidden drills #2 to #4. Apical enlargement was performed to size 40 and .06 taper.
Irrigation was performed after every change of instrument by alternating 1 mL of 1%
NaOCl solution and 17% EDTA solution. Roots were dried with paper points (Dentsply
degrees and angles of load. If the dentin canal walls are thin, they may flex more
during loading and this may reduce the stability of the metal-free crown over the
cemented fiber post. Consequently, the restorative complex may fracture at reduced
loads, which may explain the resistance of the negative control group. Thus, the
maintenance of healthy radicular dentin is more important than the root
reconstruction protocol in terms of fracture resistance.
In summary, clinicians should attempt to keep as much dentin structure as
possible, since the positive control group was the one that exhibited the highest
bond strength and fracture resistance results. The close contact between the fiber
131
post and the root canals allows better transference of the load, minimizes stress
concentration, and enhances the sliding friction between the bonding substrates.12
However, if this is not possible, direct and indirect anatomic posts seem to be the
best technique for restoring flared root canals.
Clinical extrapolation of the results must be done judiciously and prudently
since not all conditions of the oral environment can be simulated. Clinically, the
forces generated by masticatory activities occur in several directions instead of a
single direction, as performed in the in vitro compressive fracture strength tests.
Further controlled clinical trials should be conducted to evaluate the long-term
performance of these techniques in a clinical scenario.
132
Conclusions
Within the limitations of this in vitro study, it was demonstrated that the direct
and indirect anatomic posts seem to be the best technique for restoring flared root
canals, as the resulting bond strength and fracture resistance were comparable with a
well-adapted situation.
Acknowledgements
This study was performed by Giovana Mongruel Gomes as partial fulfillment of
her PhD´s degree at the State University of Ponta Grossa, Paraná, Brazil. The authors
are very grateful to the technician Guido Paredes for manufacturing the indirect
crowns. We also thank the undergraduate students Elis Helena Rickli and Claúdia
Viviane Guimarães for their support with some laboratorial steps and the endodontist
Eluise Rezende for performing all endodontic treatments of the study. We are also
thankful to Ivoclar-Vivadent, Ângelus and FGM Dental Products for the donation of
the materials employed in this study. Funding for this study was partially obtained
through a productivity scholarship provided by the Araucária Foundation under grant
20776/2011-12, as well as by the National Council for Scientific and Technological
Development (CNPq) under grants 301937/2009-5 and 301891/2010-9.
133
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Table 1 – Composition, classification and batch number of the materials.
Material /
Manufacture Classification Composition Batch
number
Total-Etch / Ivoclar Vivadent
Etching conditioning Contains phosphoric acid (37 wt.% in water), thickening agent and colour pigments.
P56449
Excite® DSC / Ivoclar Vivadent
Adhesive system (dual-curing)
Excite® DSC contains HEMA, dimethacrylates, phosphonic acid acrylate, highly dispersed silicon dioxide, initiators and stabilizers in an alcohol solution. The Excite® DSC Brush is coated with initiators.
Ivoclar Vivadent (light-curing) TEGDMA), 63 wt.% fillers (barium glass, ytterbium trifluoride, highly dispersed silica and mixed oxide) and 1 wt.% catalysts, stabilizers and pigments. The total content of inorganic fillers is 39 vol.%. The particle size of inorganic fillers is between 40 and 3000 nm.
Tetric® N-Ceram / Ivoclar Vivadent
Composite resin (light-curing)
Consists of dimethacrylates (19-20 wt.%). The fille contain barium glass, ytterbium trifluoride, mixed oxi and copolymers (80-81 wt.%). Additives, catalys stabilizers and pigments are additional contents (< wt.%). The total content of inorganic fillers is 55- vol.%. The particle size of inorganic fillers is between 40 and 3000 nm.
L54096
Variolink® II / Ivoclar Vivadent
Resin cement (dual-curing)
The monomer matrix is composed of Bis-GMA, urethane dimethacrylate, and triethylene glycol dimethacrylate. The inorganic fillers are barium glass, ytterbium trifluoride, Ba-Al-fluorosilicate glass, and spheroid mixed oxide. Additional contents: catalysts, stabilizers, and pigments. The particle size is 0.04 – 3.0 µm. The mean particle size is 0.7 µm.
N44255
139
Table 2 – Means and standard deviations of the fracture strength (N) and push-out bond strength (MPa) for the different experimental groups as well as the statistical significance *.
Experimental Groups Fracture strength (n=6 for each group) Bond strength (n=8 for each group)
Positive Control 1194.9 ± 269.0 a 12.0 ± 1.5 a
Negative control 815.3 ± 114.3 b 3.7 ± 1.2 c
Accessory posts 1076.5 ± 209.0 a,b 8.0 ± 1.5 b
Root reinforcement 1013.4 ± 195 a,b 6.3 ± 1.2 b,c
Direct anatomical post 882.9 ± 112.4 a,b 8.8 ± 2.5 a,b
* Comparisons are valid only within the same column. Similar lowercase letters indicate statistically similar means (p > 0.05).
140
Table 3- Number of specimens distributed according to the different fracture modes and the overall percentage of repairable and irreparable failures.
GROUPS
REPAIRABLE FAILURES (%) IRREPARABLE FAILURES (%)
Crown displacement
Post fracture
Above the root cervical
third
Bellow the root cervical
third
Vertical or oblique root
fracture
Horizontal root fracture (middle and apical
thirds)
Positive control 5 1
Negative control 3 2 1
Accessory posts 5 1
Root reinforcement with composite resin
4 2
Direct anatomical post 5 1
Indirect anatomical post
4 1 1
Total (%) 72.2% 5.6% 13.9% 0% 8.3% 0%
Overall (%) 91.7% 8.3%
141
Figure 1 – Experimental flow-chart.
142
Figure 2 – Schematic illustration of the experimental groups. A - Positive control group, B - Negative control group, C - Accessory posts group, D - Root reinforcement with composite resin, E - Direct anatomical post group, F - Indirect anatomical post group.
143
Figure 3 - Adaptation of the fiber post to the root canal in the different groups. A - Positive control group, B - Negative control group, C - Accessory posts group, D - Root reinforcement with composite resin, E - Direct anatomical post group, F - Indirect anatomical post group. P - post; Ce – resin cement; AP – accessory posts; R – composite resin; Fl – fibrex-lab system.
144
Figure 4 - Representative images of repairable and irreparable fractures.
145
4.3 Artigo Use of a direct anatomic post in a flared root canal: a case report submetido para avaliação na revista Journal of Esthetic and Restorative Dentistry.
146
COVER LETTER
Dear Editor,
We, Giovana Mongruel Gomes, Raphael Vieira Monte Alto, Gustavo Oliveira dos
Santos, Cheung Ka Fai, Osnara Maria Mongruel Gomes, João Carlos Gomes,
Alessandro Dourado Loguercio and Alessandra Reis, are pleased to submit the
enclosed manuscript: Use of a direct anatomic post in a flared root canal: a case
report as an original article for publication in the Journal of Esthetic and Restorative
Dentistry. This manuscript is entirely original, and it is not under review elsewhere.
There is no overlap with other manuscripts that are in review.
We, authors, take the responsibility for the contents of the manuscript,
including review and approval of this version, and satisfy the requirements for
authorship. There are no relevant financial conflicts of interest.
We would highly appreciate to have our study published in such a high quality
journal as Journal of Esthetic and Restorative Dentistry.
Yours sincerely,
Giovana Mongruel Gomes
147
148
TITLE PAGE
Use of a direct anatomic post in a flared root canal: a case report
Giovana Mongruel Gomes1 [DDS, MS], Raphael Vieira Monte Alto2 [DDS, MS, PhD], Gustavo Oliveira dos Santos2 [DDS, MS, PhD], Cheung Ka Fai3 [DDS, MS], Osnara Maria Mongruel Gomes4 [DDS, MS, PhD], João Carlos Gomes4 [DDS, MS, PhD], Alessandro Dourado Loguercio4 [DDS, MS, PhD], Alessandra Reis4 [DDS, PhD].
1 PhD student. Department of Restorative Dentistry, School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
2 Professors. Department of General Clinical. School of Dentistry, Federal University Fluminense. Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
3 Master student. Department of General Clinical. School of Dentistry, Federal University Fluminense. Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
4 Professors. Department of Restorative Dentistry. School of Dentistry, State University of Ponta Grossa. Ponta Grossa, Paraná, Brazil.
Authors address:
Universidade Estadual de Ponta Grossa Avenida Carlos Cavalcanti 4748 – Uvaranas, Ponta Grosa, Paraná, Brazil 84030-900 Corresponding author: Giovana Mongruel Gomes Rua Engenheiro Schamber 452, ap 21 Ponta Grossa, Paraná, Brazil 84010-340 Telephone: 00554232226560 Fax: 00554232247351 Email: [email protected]
formation, internal resorption, developmental anomalies, or even oval-shaped root
canals.8,9
Clinical situations of this nature make the restorative procedure difficult.
Although cast metal cores can be made in order to adapt well to the remaining root
structure, they can produce a wedging action under masticatory forces, resulting in
root fractures and condemning the tooth to extraction.10 Prefabricated fiber posts do
not resemble the individual root canal anatomy and adapt inaccurately, thereby
obliging the operator to employ excessive amounts of resin cement to replace lost
structure.11 Thicker resin cement layers have structural discontinuities, which lead to
stress concentration zones12 and reduce the bond strength of the fiber post to the
root canals.13,14
In this way, several techniques have been suggested to restore weakened root
canals, and among them, there is the technique of anatomical shaping of
151
prefabricated fiber posts with a composite resin into the root canal.15 This technique
provides a close adaptation of the post to the conduit, reduces the resin cement
thickness, and, therefore, improves the mechanical and retentive properties of these
anatomic posts.14-18
As laboratory results have reported good results with this technique,16-19 the
aim of this clinical case is to describe the anatomical shaping of a prefabricated post
(direct anatomical post) and highlight the important clinical steps involved in the
success of this clinical protocol in the case of flared root canals, as well as to promote
a discussion comparing the advantages of this technique with those of other
techniques suggested to restore weakened root canals.
152
CASE REPORT
A 30-year-old, female patient sought specialized dentistry treatment, her chief
complaint being the esthetic appearance of the upper central incisor (tooth #21).
Under clinical examination, we diagnosed the presence of a wide and faulty
composite resin restoration (Figures 1-2). After radiographic analysis, endodontic re-
treatment was recommended due to the presence of a periapical lesion. The
proposed treatment plan was to manufacture an all-ceramic crown after cementation
of a direct anatomic post. An initial impression with addition silicone (Express XT, 3M
ESPE, St. Paul, MN, USA) was done to prepare stone models, diagnostic wax-up, and
mock-up to make the procedure more predictable.20
Initially, largo drills were used for gutta-percha removal of the root canal. After
gutta-percha removal, the corresponding drill of the Exacto #3 post (Ângelus,
Londrina, PR, Brazil) was used for canal preparation (Figure 3). In this same visit, the
post was anatomically characterized with composite resin for better adaptation into
the root canal and retention of the indirect crown.
For this procedure, the conduit was initially lubricated with a hydrosoluble gel
(KY, Johnson & Johnson, São José dos Campos, SP, Brazil) (Figure 4). A glass fiber
post # 3 was conditioned with 37% phosphoric acid gel (Total Etch, Ivoclar-Vivadent,
Schaan, Liechtenstein) for 15 s, followed by rinsing and drying. The fiber post was
coated with a layer of the silane coupling agent (Silane, Ângelus) for 1 min, and the
surface was dried by gently air drying (5 s). The two-step etch-and-rinse adhesive
system (Tetric N-Bond, Ivoclar-Vivadent) was applied in two coats, followed by
solvent evaporation and finally light curing for 10 s. The fiber post was covered with a
153
nanohybrid composite resin (Tetric N-Ceram, Ivoclar-Vivadent) (Figure 5), and the set
(fiber post + composite resin) was inserted into the canal (Figure 6), previously
lubricated with a hydrosoluble gel.
This set was removed and replaced twice, and the cervical excess resin
composite was removed. The composite resin was light-cured for 20 s with the post
inside the conduit (Figure 7). The relined fiber post was then removed (Figure 8), and
the composite resin was additionally light-cured for 20 s in each of the buccal,
lingual, mesio, and distal surfaces to completely polymerize the relining resin. All
light-curing procedures were performed with an LED light-curing device (Radii Plus,
SDI Limited, Victoria, Australia) using a power density of 1500 mW/cm2.
After removal of the retentive areas (Figure 9), the direct anatomic post was
inserted again, to ensure adequate adaptation. The set was inserted into the canal,
and a fiber core (Reforcore, Ângelus) was selected (Figure 10) to aid in the core build-
up with a nanohybrid composite resin (Tetric N-Ceram, Ivoclar-Vivadent) (Figure 11).
An incremental technique was used to place the composite resin, and each 2-mm
increment was light-cured for 20 s.
After that, a coronal preparation of the composite core was prepared to
receive an all-ceramic crown. This preparation followed the retention and stability
principles, and it was performed by means of #1014, #2135, #3098 MF, and #3168
diamond burs (KG Sorensen, Barueri, SP, Brazil) in a high-speed handpiece under
water cooling. The preparation resulted in a ferrule at the coronal end measuring 2.0
mm in height and 1.2 mm in depth, having a 1.5 to 2.0-mm occlusal reduction and
1.0 to 1.5-mm buccal and palatal reductions. All angles were rounded, and the
154
cervical finish line was continuous, defined, and clear. After preparation, the
composite core was finished and polished with Sof-Lex aluminum oxide discs (3M-
ESPE, St Paul, MN, USA) (Figure 12). The post was removed (Figure 13), and the root
canal and the relined fiber post was rinsed abundantly with water/air to remove the
lubricant gel.
The post was conditioned with 37% phosphoric acid gel (Total Etch, Ivoclar-
Vivadent) for 15 s. A self-adhesive resin cement (RelyX U200, 3M ESPE) was
introduced into the root canal space with an intra-canal mix tip and was also added
on the post surface. After the fiber post seating (Figure 14), the excess resin cement
was removed (Figure 15), and the remaining cement was light-cured through the
post for 40 s. Finally, a temporary restoration was cemented (Figure 16).
In the next session, an impression of the prepared crown was taken with
addition silicone (Express XT, 3M ESPE) and sent to a prosthesis laboratory. The all-
ceramic crown was fabricated with the IPS e-max System (Ivoclar-Vivadent). After
testing and adjustments, the internal area of the crown was conditioned with
hydrofluoric acid (IPS Etching Gel, Ivoclar-Vivadent) for 20 s, washed with an air-water
spray for 1 min, and cleaned with 37% phosphoric acid gel (Total Etch, Ivoclar-
Vivadent) for 30 s.
Before the crown cementation procedure, the surfaces of the prepared tooth
were etched with 37% phosphoric acid gel (Total Etch, Ivoclar-Vivadent) and rinsed
after 15 s with an air-water spray. Excess water was removed by gently blowing air,
leaving the dentin slightly moist. After this, a dual adhesive system (Excite DSC,
Ivoclar-Vivadent) was applied in two coats to the prepared tooth surfaces. Gently
155
blowing air was used to absorb the excess adhesive solution, and it was light-cured
for 10 s. The base and catalyst components of Variolink II (Ivoclar-Vivadent) were
then mixed, and the resin cement was introduced into the indirect crown. After the
crown was seated, the excess resin cement was removed, and the remaining cement
was light-cured through the indirect crown for 40 s in each of the buccal, lingual,
mesio, distal and occlusal surfaces. After it, the cervical endings of the crown and the
gingival health was checked; the excess cement was also removed with a #12 scalpel
blade for better hygiene and prevention of biofilm retention in the cervical region.
The outcome of the restorative procedure after 7 days can be seen in Figure
17.
156
DISCUSSION
The present case was suitable for the preparation of a direct anatomic post.
Due to the endodontic re-treatment, the tooth had a flared root canal with thin
radicular dentin. Introducing a conventional fiber post into the canal required either
force to round off the canal walls or a thick layer of luting cement to fill up the spaces
between the loosely fitting post and the canal walls. This would have subjected the
restoration and tooth to adhesive failure and/or post debonding.21 Thus, using a post
well-fitted to the canal shape allows the use of a thin uniform layer of cement that
increases retention.14,15
Some authors suggest the restoration of flared root canals with composite
resin to reduce canal width.22-25 However, the difficulties in providing an adequate
curing at the deepest regions of the canal wall may affect the material properties26
and its bonding to the adhesive layer. This does not occur with the direct anatomic
post, as the composite resin attached to the fiber post is firstly cured inside the root
canal, but it can also be cured further before the luting procedures.
Another suggested protocol is the use of accessory posts to fill in the
mismatch around the main glass fiber post and the root canal.16,27 Contrary to
expectations, the thickness of the cement layer is not reduced significantly, as empty
spaces still remain between the accessory posts and the root walls. Thus, the
likelihood of the resin cement layer presenting large lacunae or bubbles is high,12
reducing the adhesive performance of this technique.
In the direct anatomical post technique, as performed in this case report, the
fiber post is relined into the root canal, replacing the resin cement by composite
157
resin,15 which has better mechanical and physical properties.14-18 This technique is
relatively easy: only a few additional steps are required to lute a conventional fiber
post. Indirect anatomic posts were claimed to have superior mechanical properties,16
but they have the disadvantage of being more time-consuming and expensive to
fabricate due to the need for a laboratory step.
By performing a direct anatomic post technique, a direct restoration can be
performed on the individualized post in only one clinical visit, without laboratory
involvement. Additionally, when a prosthetic restoration was planned, as in this case
report, it was possible to immediately build up and prepare a resin composite core
on the direct anatomic post.
The good performance of the anatomical post techniques in laboratory
studies16-19 can be attributed to the high hydraulic pressure they put on the cement
against the dentin walls, resulting in better contact between the cement/post set and
the dentin.17,28 This pressure reduces blister formation in the cement,28 eliminating
sources of flaw-initiating sites; increases the number of tubules filled with the resin
cement29 due to better penetration of resin into demineralized dentin; and results in
a more uniform hybrid layer, with greater resin tags and adhesive lateral branches.
Some clinical steps in the protocol deserve discussion. Several studies suggest
the application of silane coupling agents on fiber posts to enhance adhesion to
composite resins.30,31 Silane solutions can be described as hybrid organic−inorganic
compounds that are able to promote adhesion between organic and inorganic
matrices due to an intrinsic dual reactivity.32 This is the reason for the fiber post in
158
the present case report being coated with a layer of the silane coupling agent before
modeling with composite resin.
However, this is not consensual in the literature. Opinions differ on the
efficiency of post silanization. There are other authors who claim that the use of
silane may be useless33 to improve the bonding of the post with polymeric materials.
This means that further laboratory studies still need to be conducted in order to
elucidate whether or not better resin bonding of the post with the composite resin is
in fact reached; otherwise, this clinical step could be suppressed, making the
procedure simpler.
In this case report, the anatomical shaping of the prefabricated fiber posts was
performed with a nanohybrid composite resin (Tetric N-Ceram, Ivoclar-Vivadent). This
composite is a light-cured, radiopaque nanohybrid composite based on nano-
optimized technology, being universally used in restorative procedures. In
accordance with de Moraes et al. 2009,34 nanohybrid resins generally present similar
or slightly better properties than those of microhybrid materials, thus accounting for
the choice for the present treatment.
Another source of variability of this technique is the kind of resin cement
employed to lute the set into the root canal. In the present clinical case, we employed
the self-adhesive cement RelyX U200. This material does not require rinsing, solving
the problem of substrate moisture control, especially in the root canal, and thus
simplifies the clinical procedure. The high bond strength values observed for self-
adhesive cements in several studies35-39 can be attributed to the chemical interaction
between monomer acidic phosphate groups and dentin/enamel hydroxyapatite40 and
159
to the material’s low shrinkage,41,42 leading to better intimate contact of the resin
cement with the root canal walls and higher frictional resistance.43 Additionally, this
type of cement (self-adhesive) seems to be less sensitive to the operator’s skills39 and
root region,37 which is an additional advantage over other conventional adhesive
systems.39 However, the role of the resin cement material on the performance of this
technique should be the focus of future investigations.
To finalize the clinical case, a composite resin build-up was performed for
further cementation of an indirect ceramic restoration. The restorative protocol
herein employed preserved the tooth structure, returned the tooth function, and
improved esthetics. Given the great tendency to prepare esthetic metal-free
restorations, the use of anatomical posts tends to offer a solution when facing flared
root canals in daily practice.
CONCLUSION
The use of direct anatomical posts in flared root canals is a practical, low-cost,
and fast technique that can be applied in direct and indirect esthetic restorations.
160
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Figure 2 - One can notice the presence of a fractured provisional restoration of direct
composite resin on tooth 21.
Figure 3 – After removal the crown, root canal preparation with the corresponding
drill of the fiber post were selected.
165
Figure 4 - The conduit being lubricated with a hydrosoluble gel.
Figure 5 – After appropriate superficial treatment, the fiber post was covered with a
nanohybrid composite resin.
Figure 6 - The set (fiber post + composite resin) being inserted into the canal.
166
Figure 7 - The composite resin being light-cured through the post.
Figure 8 - The relined fiber post being removed from the conduit.
Figure 9 – Removal of the retentive areas of the direct anatomic post.
167
Figure 10 - Core build-up with a direct fiber core and a nanohybrid composite resin.
Figure 11 - Direct core builded-up.
Figure 12 - Coronal preparation of the direct core after finishing and polishing.
168
Figure 13 – The direct anatomic post ready to be cemented.
Figure 14 - The cementation of the anatomic post.
Figure 15 - The excess resin cement being removed.
169
Figure 16 - A temporary restoration cemented on the direct core.
Figure 17 - The outcome of the restorative procedures.
170
5 DISCUSSÃO
No primeiro experimento desse trabalho foi avaliada a influência da
adaptação de pinos e conseqüentemente da espessura de cimento resinoso no
desempenho de pinos de fibra de vidro cimentados no canal radicular. Observou-se
que a adaptação do pino foi capaz de influenciar na adesão intrarradicular; uma vez
que quanto maior a espessura do cimento resinoso, menor foi a resistência de união
e maior a formação de gaps na interface cimento resinoso/dentina radicular.
Nossos resultados vão de acordo com os de Grandini et al.18 2005. Segundo
os autores quando camadas espessas de cimento são empregadas, a deformação
resultante da contração de polimerização pode gerar maior tensão de polimerização
nas interfaces cimento/dentina e cimento/pino, induzindo descontinuidades
estruturais, tais como bolhas, espaços ou fendas, resultando em zonas de
concentração de estresse. Essas zonas são responsáveis por iniciar uma linha de
fratura e, consequentemente, reduzem a performance adesiva desses pinos ao
canal radicular; o que foi observado no presente estudo. Isto foi observado mesmo
na situação que simulou uma adaptação ideal do pino, o que denota que uma
interface livre de gaps não foi observada. Assim a obtenção de uma adesão perfeita
e a criação de um sistema monobloco entre o pino, o cimento resinoso e a dentina
radicular (Tay et al.7 2007) é uma expectativa irreal, a qual não é atingida num
cenário clínico.
Maiores gaps, no entanto, foram observados nos grupos que simularam uma
adaptação inadequada dos pinos, além da presença de bolhas na camada de
cimento resinoso. Além disto, a maior quantidade de cimento resinoso na situação
da adaptação inadequada dos pinos pode ter afetado a absorção de luz e, por
conseguinte, a reação de polimerização do cimento na sua espessura total no
interior do canal radicular. Isto pode ter sido o fator responsável pela menor
resistência de união dos pinos aos canais radiculares sobre-alargados em
comparação com a situação de pinos justapostos aos canais radiculares.
Com base nos achados acima mencionados, supõe-se que a espessura de
cimento resinoso pode ser sim um fator determinante no desempenho clínico de
pinos de fibra de vidro, sendo que quanto maior a espessura, maior a chance de seu
171
descolamento. Apesar da espessura ideal de cimento ainda ser desconhecida,
estudos clínicos prospectivos e retrospectivos já indicam que uma maior freqüência
de descolamento ocorre quando a espessura do cimento é maior (Fredriksson et
al.21 1998, Ferrari et al.22 2000).
Portanto, sugere-se preparar canais radiculares que permitam a escolha do
pino que se ajuste ao espaço preparado com a maior precisão possível.
Infelizmente, essa situação de adaptação ideal dos pinos muitas vezes não é
atingida clinicamente, uma vez que há canais radiculares que exibem amplo
alargamento (Morgano et al.14 2004, Baba et al.15 2009) e como esses pinos de
fibras são pré-fabricados, nem sempre se adaptam intimamente ao canal radicular.
Assim, a restauração dessas raízes enfraquecidas representa ainda um desafio para
os cirurgiões-dentistas. Dessa forma, algumas alternativas para reduzir a espessura
de cimento resinoso durante a cimentação de pinos de fibra têm sido sugeridas.
No segundo experimento desse trabalho diferentes técnicas foram testadas
por meio de testes de resistência de união e resistência à fratura, após os dentes
terem sido submetidos à fadiga mecânica, como a técnica do pino anatômico direto
(Grandini et al.28 2003, Clavijo et al.29 2009, Faria e Silva et al.30 2009, Macedo et
al.31 2010) e indireto (Clavijo et al.29 2009), dos pinos de fibra acessórios (Martelli et
al.32 2008, Clavijo et al.29 2009) e do reforço radicular com resina composta (Lui23
1994, Saupe et al.24 1996, Zogheib et al.16 2008); todavia, pesquisas demonstrando
a eficácia dessas técnicas alternativas apresentam resultados controversos e são
escassas na literatura, além de empregarem diferentes metodologias dificultando a
comparação das mesmas (Marchi et al.33 2003, Gonçalves et al.34 2006, Zogheib et
al.16 2008, Clavijo et al.29 2009, Silva et al.35 2011, Zogheib et al.36 2011). Para
comparação de tais técnicas, no presente estudo foram simuladas três importantes
características que mimetizam as reais condições clínicas aos que os dentes estão
sujeitos na cavidade oral, como restauração final da raiz, simulação do ligamento
periodontal e envelhecimento mecânico dos espécimes. Infelizmente, a grande
maioria dos estudos disponíveis na literatura não mimetiza tais condições (Marchi et
al.33 2003, Gonçalves et al.34 2006, Martelli et al.32 2008, Clavijo et al.29 2009, Torabi
et al.12 2009, Zogheib et al.36 2011), limitando, portanto, seus resultados.
172
Foi demonstrado nesse estudo que a resistência à fratura de dentes tratados
endodonticamente foi diretamente proporcional à quantidade de dentina
remanescente (Tjan et al.42 1985, Marchi et al.33 2003, Zogheib et al.16 2008). Assim,
a manutenção de uma dentina radicular saudável demonstrou ser mais importante
do que o protocolo de reconstrução da raiz fragilizada, em termos de resistência à
fratura.
Ao analisar ambos os testes de resistência de união e resistência à fratura,
observou-se que, entre as técnicas restauradoras alternativas testadas, os melhores
resultados foram para os pinos anatômicos diretos e indiretos. Uma explicação para
o bom desempenho desses pinos seria de que além de diminuírem a espessura de
cimento resinoso nos canais radiculares, esse tipo de tratamento exerce uma maior
pressão de assentamento sobre o cimento contra as paredes dentinárias, resultando
em melhor contato entre o conjunto cimento-pino e dentina radicular (Chieffi et al.43
2007, Faria-e-Silva et al.30 2009). Esta pressão reduz ainda a formação de bolhas no
cimento (Chieffi et al.43 2007), eliminando fontes locais de início de falhas de adesão,
além de aumentar o número de túbulos dentinários preenchidos pelo cimento
resinoso (Vichi et al.44 2002). Assim, com essa melhor penetração de cimento pela
dentina desmineralizada, uma camada híbrida mais uniforme é formada, com
maiores prolongamentos de resina e ramificações laterais de adesivo, fatores estes
que, segundo Patierno et al.45 1996, poderiam determinar maiores valores de
retenção.
Apesar de estudos anteriores (Silva et al.35 2011, Li et al.46 2011)
demonstrarem valores superiores de resistência à fratura para pinos acessórios, no
presente estudo, essa situação não foi capaz de atingir valores de resistência de
união semelhates ao grupo controle positivo, o qual simulou a adaptação ideal dos
pinos ao canal radicular. A probabilidade da camada de cimento resinoso nesse
grupo apresentar bolhas é elevada (Grandini et al.18 2005), uma vez que um grande
número de espaços vazios ainda existem entre os pinos acessórios e as paredes do
canal radicular; reduzindo, assim, a resistência de coesão do cimento e a
resistência de união à dentina.
173
O pior comportamento observado para o grupo de reforço radicular com
resina composta pode estar relacionado às dificuldades de uma polimerização
adequada nas regiões mais profundas do canal radicular, o que pode ter afetado as
propriedades dos materiais (Yoldas et al.47 2005), predjudicando sua adesão. Na
tentativa de evitar essa situação de polimerização deficiente, foi utilizado no
presente estudo um pino de fibra de vidro translúcido, o qual supostamente auxiliaría
na polimerização das camadas mais profundas de resina; mas somente a
transmissão de luz pelo pino, por si só, não foi suficiente para permitir uma
polimerização adequada da resina composta dentro do canal radicular (Roberts et
al.26 2004). Portanto, a polimerização deficiente da resina pode ter sido a
responsável pelos baixos valores de resistência de união relatado neste estudo e de
resistência à fratura em outros (Marchi et al.33 2003, Zogheib et al.16 2008, Zogheib
et al.36 2011).
Outra questão que merece destaque nesse segundo experimento é a
predominância do padrão de fratura favorável observado em todos os grupos após o
teste de resistência à fratura, devido ao biomimetismo observado entre os materiais
restauradores aqui testados e a dentina radicular (Tay, Pashley7 2007), o que
favorece uma distribuição de tensões mais uniforme à estrutura radicular
(Qualtrough, Manocci8 2003, Hayashi, Ebisu9 2008, Schmitter et al.10 2010),
reduzindo assim o risco de fraturas radiculares (Coelho et al.11 2009, Torabi et al.12
2009); tornando segura a utilização de todas as técnicas alternativas aqui avaliadas.
Em síntese, os cirurgiões-dentistas devem tentar manter o máximo de
estrutura dentinária possível previamente à cimentação de um pino, uma vez que o
grupo controle positivo foi o que apresentou os maiores resultados de resistência de
união e resistência à fratura. No entanto, quando essa situação não for possível,
pinos anatômicos diretos e indiretos foram as melhores técnicas para restauração de
canais radiculares excessivamente alargados no presente estudo.
174
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados deste estudo evidenciaram que a adaptação do pino ao
conduto radicular influencia significativamente a retenção dos mesmos nos condutos
radiculares. Quanto mais justa a adaptação dos pinos de fibra de vidro ao canal
radicular, menor é a formação de gaps entre o cimento e as paredes do conduto
radicular o que aumenta o prognóstico da retenção dos mesmos.
Infelizmente na ausência desta condição ideal, o uso de pinos anatômicos
diretos e indiretos pode ser a primeira escolha do clínico para tratamento de canais
excessivamente alargados. Estas técnicas apresentaram resultados semelhantes,
em termos de resistência de união e resistência à fratura, ao do grupo que simulou
adaptação ideal do pino ao conduto radicular.
No entanto, cabe salientar as limitações do presente estudo. Todos os
procedimentos foram realizados por um único operador calibrado e com ampla
experiência clínica e acadêmica. Assim, estudos que avaliem o efeito da experiência
do operador e da variabilidade da técnica podem contribuir para o melhor
entendimento do tema. Apesar de bem delineado, o estudo é laboratorial e somente
ensaios clínicos randomizados podem fornecer evidências definitivas sobre a melhor
técnica para uso clínico.
175
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