UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE PEDAGOGIA Complementação de Estudos Pedagógicos em Informática EVERALDO FRANÇA WOLINGER RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CAÇADOR/SC 2011
UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE PEDAGOGIA
Complementação de Estudos Pedagógicos em Informática
EVERALDO FRANÇA WOLINGER
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
CAÇADOR/SC
2011
EVERALDO FRANÇA WOLINGER
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de Estágio Supervisionado em Pedagogia – Estudos Pedagógicos para Complementação em Informática, apresentado por Everaldo França Wolinger à Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação da Disciplina de Estágio, sob a orientação do professor Paulo Roberto Gonçalves
CAÇADOR/SC 2011
DEDICATÓRIA
Para os/as colegas do curso de Licenciatura em Informática pelas trocas
de experiências, pelo tempo que aprendemos juntos. Também a minha esposa e
filho que me deram muita força para que este estágio fosse concluído. Para meu
pai e minha mãe, meu sogro e sogra, que sempre me apoiaram para mais esta
realização e para todos os meus familiares e amigos.
FOLHA DE APROVAÇÃO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISONADO EM PEDAGOGIA
EVERALDO FRANÇA WOLINGER
Este Relatório de Estágio Supervisionado em Pedagogia – Estudos Pedagógicos para Complementação em Informática foi submetida (o) ao processo de avaliação para a obtenção do Título de :
Licenciado em Informática E aprovada na sua versão final em ____/____/______, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe e Coordenação do Curso de Pedagogia
_____________________________________________ Orientador
Paulo Roberto Gonçalves
_________________________________________________________
Coordenador de Pedagogia Paulo Roberto Gonçalves
5
RESUMO
O trabalho de estágio foi desenvolvido a partir do seguinte assunto: A
utilização da internet e as redes sociais, em prol do estudo da Filosofia. Procurei
conhecer a realidade dos alunos em relação à utilização da sala de informática,
interessei-me pela área de informática e de Filosofia, devido à escola e os alunos
fazerem pouca utilização destes recursos e a necessidade dos alunos estarem
atualizando-se. Também foi possível observar e analisar como se encontra o nível
de conhecimento de alguns professores e de alunos com relação à informática, bem
como relatar os acontecimentos do estágio, observando a pouca utilização por parte
dos professores do laboratório. Com relação a utilização da sala informatizada
durante o estágio, a maioria dos alunos até tem um bom conhecimento para
utilização de informática em geral, mas muitos ainda não descobriram no que o
computador pode auxiliá-lo. Alguns dos principais fatores observados são a falta de
conhecimento específico na utilização na internet e de alguns softwares, sendo
muitas vezes os alunos tem pressa em pesquisar e fazer, faltando atenção no que
fazem. Muitos dos problemas que ocorreram poderia facilmente ser resolvido, se
tivessem mais atenção ou se lhes fosse alertado anteriormente, ou algum curso
básico de como utilizar corretamente o computador. Com este também se percebeu
o que poderia ser feito com relação a uma melhor utilização da informática na
educação, mostrando a forma correta e atenção quando da utilização, pois assim
beneficiaria imensamente todos, onde perceberiam o quanto estariam ganhando e
melhorando a qualidade de ensino. Muitos professores não usam o laboratório
durante o ano todo. Percebeu também que poderia ser orçado maiores incentivos
financeiros nos planos de Governo, facilitando, financiando a longos prazos, a
compra de equipamentos e de tecnologia a educando e educadores. As sugestões
aqui propostas deveriam ser efetivadas, para que a educação, o ensino e a
informática possam ter um desenvolvimento promissor, sendo então que para um
melhor entendimento é necessário uma leitura detalhada do referido trabalho.
Palavras chaves: Escola, tecnologia e aprendizagem.
6
ABSTRACT
The stage work was developed from the following subject: The use of the
Internet and social networks in favor of studying Philosophy. Get to know the reality
of the students regarding the use of the computer room, I became interested in the
area of computer science and philosophy, due to school and the students make little
use of these resources and the need for students to be updating. It was also possible
to observe and analyze how is the level of knowledge of some teachers and students
regarding the computer, and report the events of the stage, watching the little use by
teachers in the lab. Regarding the use of computer room during the internship, most
students up to have a good knowledge of computer use in general, but many still
have not figured out what the computer can help you. Some of the key factors
observed are the lack of expertise in using the Internet and some software, students
are often in a hurry to do research and, lacking attention to what they do. Many of the
problems that occurred could easily be solved if they had more attention or if they
were alerted earlier, or a basic course in how to properly use the computer. With this
also realized what could be done about a better use of computers in education,
showing the correct way and care when using, for so greatly benefit all, where would
realize how much winning and improving the quality of education. Many teachers do
not use the lab throughout the year. He also realized that more could be budgeted
financial incentives in government plans, facilitating long-term financing, the
purchase of equipment and technology educators. The suggestions proposed here
should be implemented, for education, teaching and information technology may
have a promising development, and then to a better understanding is required a
close reading of that work.
Keywords: School, technology and learning.
7
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ....................................................................................................... 3
FOLHA DE APROVAÇÃO ...................................................................................... 4
RESUMO................................................................................................................. 5
ABSTRACT ............................................................................................................. 6
SUMÁRIO ............................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 10
1.1 Definição e Origem da Informática .................................................................. 10
1.2 Definição e Origem da Educação .................................................................... 10
1.3 História da Educação no Brasil ....................................................................... 11
1.4 Fases da Educação ......................................................................................... 12
1.4.1 Concepção Tradicionalista ........................................................................... 12
1.4.2 Concepção Liberalista .................................................................................. 12
1.4.3 Concepção Técnico-burocrático ................................................................... 12
1.4.4 Concepção Dialética .................................................................................... 12
1.5 A Nova Evolução da Educação na Informática ............................................... 12
1.6 Tecnologias Interativas.................................................................................... 15
1.7 Ambientes de Aprendizagem .......................................................................... 16
1.8 Comunidades Virtuais de Aprendizagem ........................................................ 17
2 RELATOS .......................................................................................................... 20
2.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES ..................................................................... 20
2.1.1 Identificação da Escola................................................................................. 20
2.1.2 Projeto Político Pedagógico da Escola ......................................................... 20
2.1.3 Plano de Ensino do Professor ...................................................................... 21
2.1.4 Sala de Aula ................................................................................................. 27
2.1.5 Conteúdo Programático Desenvolvido ......................................................... 27
2.1.6 Metodologia de Ensino Adotada ................................................................... 28
2.1.7 Atendimento e Relacionamento com os Alunos ........................................... 28
2.1.8 Avaliação ...................................................................................................... 29
2.1.9 Comentários do Professor ............................................................................ 29
2.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO ....................................................................... 30
2.2.1 Primeiro Dia .................................................................................................. 30
8
2.2.2 Segundo Dia ................................................................................................. 30
2.2.3 Terceiro Dia .................................................................................................. 30
2.2.4 Quarto Dia .................................................................................................... 31
2.2.5 Quinto Dia .................................................................................................... 31
2.3.6 Sexto Dia ...................................................................................................... 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 33
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 35
APÊNDICES ......................................................................................................... 36
APÊNDICE I - FICHA DE CONTROLE DE HORÁRIO ......................................... 37
9
INTRODUÇÃO
Hoje com os grandes avanços tecnológicos, muitos professores e escolas
ainda não utilizam todos os recursos tecnológicos disponíveis. Muitas vezes os
professores nem sabem a ferramenta que dispõem na escola, ou alguns não utilizam
por falta de preparo, de conhecimento ou mesmo por pensarem que na sua
disciplina essa tecnologia não poderia, ou não precisaria ser utilizada.
Este estágio então foi desenvolvido em cima do seguinte assunto: A utilização
da internet e as redes sociais, em prol do estudo da Filosofia.
Como acadêmico de Complementação em Informática, procurei conhecer a
contextualização dos alunos em relação a situação atual da utilização da sala de
informática perante a educação, me interessando por estas áreas de informática e
de Filosofia, devido a escola e os alunos fazerem pouca utilização destes fabulosos
recursos e os alunos estarem necessitando atualizar-se.
Este estágio tem como direcionamento também, conhecer um pouco
realidade da utilização da informática nesta área da educação e as dificuldades
muitas vezes que alunos enfrentam sem utilização da informática para o
aprendizado, sugerindo assim para os mesmos e também para professores que não
tem o hábito de utilizar, as vantagem que terão se a utilizarem.
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Definição e Origem da Informática
Ao longo da história, o homem tem precisado constantemente tratar e
transmitir informações, por isso, nunca parou de criar máquinas e métodos para
processá-la. Com esta finalidade, surge a informática como uma única ciência
encerrada do estudo e desenvolvimento dessas máquinas e métodos.
A informática nasceu da idéia de auxiliar o homem nos trabalhos rotineiros e
repetitivos, em geral de cálculo e gerenciamento.
Uma das definições comumente aceitas hoje em dia é: Informática é a
ciência que estuda o tratamento automático e racional da informação.
Entre as principais funções da Informática destacam-se as seguintes:
O desenvolvimento de novas máquinas.
O desenvolvimento de novos métodos de trabalho.
A construção de aplicações automáticas.
A melhoria dos métodos e aplicações existentes.
O termo foi criado na França em 1962, e provém da contratação das
palavras: Informaction automatique ( Informação Automática).
Do ponto de vista informático, o elemento físico utilizado para o tratamento de
dados e obtenção de informações é o computador.
Computador é uma máquina composta de elementos físicos do tipo
eletrônico, capaz de realizar uma grande variedade de trabalhos com alta velocidade
e precisão, desde que receba as instruções adequadas.
A Informática é uma ciência que passou a ser tratada como tal, há poucos
anos; a ela está associada uma série de fatos e descobertas anteriores que serviram
para que hoje em dia seja uma das ciências à qual o homem está dedicando maior
atenção e atribuindo maior importância.
1.2 Definição e Origem da Educação
A cultura grega do século V a.C. influiu para que a educação fosse
reconhecida como elemento integrador da vida social e intelectual.
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A educação, refletindo os ideais da sociedade desse período, prendeu-se a
formação de jovens guerreiros.
Na educação helenística surgiram as escolas públicas custeadas pelo Estado.
Os gregos foram os primeiros a refletir sistematicamente sobre o processo
educacional.
1.3 Histórias da Educação no Brasil
Ao mesmo tempo em que marcou a vinda de um pequeno grupo de jesuítas
ao Brasil, chefiados pelo padre Manuel da Nobrega, o ano de 1594 assinalou,
também o início da educação brasileira.
A partir da segunda metade do século XVIII, inaugurou-se um novo período
na história da educação brasileira. O Marquês de Pombal, percebe o imenso atraso
econômico e cultural de seu país em relação a diversos centros europeus. Com a
reforma “Pombalina”, impediu que esta estrutura se alastrasse, conseguindo destruí-
la me parte.
O sistema educacional brasileiro, durante o primeiro reinado, a regência e o
segundo reinado, passou por uma crescente evolução.
Era uma educação de fachada, ornamental, acadêmica, desvinculada da
realidade social.
Em 1890, criou-se o Ministério da Instrução Pública.
A partir de 1915 surgiu uma campanha nacionalista empenhada na difusão do
processo educacional. Era um movimento entusiasmado pela educação do povo.
Após 1920, surgiu na história d nossa educação um movimento renovador,
visando reformar as condições do ensino. O movimento ficou conhecido como
“escola nova”.
A criação no ministério da Educação e Cultura foi a primeira grande atitude
tomada pela Revolução de 1930. A lei 5.692 concedeu ênfase prioritária para a auto-
realização pessoal do indivíduo e os interesses da comunidade foram conciliados. A
qualificação para o trabalho passou a se constituir numa das metas básicas da
educação nacional envolvendo tanto o aspecto individual como social.
12
1.4 Fases da Educação
1.4.1 Concepção Tradicionalista
Desde o poder aristocrático antigo e feudal até fins do século XIX. Foi elitista,
só a elite tinha acesso aos estudos. O Ideal de Homem: sábio, virtuoso, intelectual e
moral. Educação: corrigir a natureza corrompida do homem.
1.4.2 Concepção Liberalista
Constitui-se ao longo da história culminando do início da Escola Nova e da
divulgação dos pressupostos da Psicologia Humanista (1950). O Ideal de Homem:
auto-realizado. Educação: possibilitar auto conhecimento e auto-realização pessoal.
1.4.3 Concepção Técnico-burocrático
Conhecida como Tecnicista, iniciou no século XX (1950) com o avanço dos
modelos de organização empresarial. Representa a introdução do modelo capitalista
na escola. O Ideal de Homem: produtivo e adaptado a sociedade. Educação:
adaptação modeladora do indivíduo a sociedade.
1.4.4 Concepção Dialética
Surgiu no século 7 A.C., com Sócrates, defende os direitos da classe
trabalhadora, não está estruturada está se fazendo sistematizando a teoria e a
prática. O Ideal de Homem: construção do homem histórico (novo total). Educação:
hegemonia na classe trabalhadora, processo de formação e capacitação na
transformação da sociedade.
1.5 A Nova Evolução da Educação na Informática
Em tempos de Globalização, modernização das atividades produtivas e
informação instantânea, vemos adiante uma perspectiva de ampliação dos
horizontes, através das novas Tecnologias da Informação a serem difundidas na
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Educação. Mas, o que significa trazer a Tecnologia da Informação, a Informática e a
Comunicação num contexto como nunca se viu antes, para o sistema de ensino?
Primeiramente o conceito de modernização, que não é novo, e há muito
tempo surge uma "onda" de projetos e políticas de levar modernização a "velha" arte
de ensinar no quadro negro com o giz. Desde o início do século, com a Era
Industrial, onde o trabalhador precisou sair de sua condição de "doador" da força de
seus braços em troca de salários, para também utilizar o intelecto nas novas
máquinas que chegavam nas linhas de produção das fábricas. Até a chegada do
Rádio de ondas médias, foi louvado como um instrumento para levar à Educação
mais longe e para mais pessoas.
Num processo de "Modernização Conservadora" (Gileno, 1997), apenas
tentou se reproduzir o ambiente e o sistema presentes na sala de aula através de
muitas tecnologias, passando do Rádio, pela TV, Aparelho de Videocassete, Antena
Parabólica, e agora pela verdadeira revolução da informação através da Tecnologia
da Informática. Quando estas inovações não vêm acompanhadas de uma reflexão e
de um estudo de como utilizá-las como Ferramenta Pedagógica, inicia-se um
processo de apenas copiar um sistema de ensino arcaico, fechado, o qual nenhum
objeto eletrônico consegue dinamizar e tornar mais acessível.
Para utilizar a tecnologia da informação e comunicação, antes de mais nada,
deve-se desenhar claramente o papel do aluno e do professor na sala de aula. Pois,
antes, único "transmissor" do conhecimento, o professor passa agora a ser mediador
de inúmeras informações nas mais diversas vertentes as quais a Informática, pela
Internet principalmente, consegue levar aos alunos. O ambiente de uma sala de aula
informatizada é um ambiente novo, onde a "O mundo da Imagem"(Braudillard, 1996)
emerge como uma nova concepção do processo ensino-aprendizagem, já que, com
a informação instantânea carregada de imagens e sons, de aplicativos multimídia,
consegue contextualizar conceitos nunca antes imaginados pelo aluno em sala de
aula, e com a multimídia este processo passa a ser audiovisual, a sala de aula
informatizada passa a ser um Laboratório Virtual, onde se processa conceitos e
conteúdos que não podiam ser vistos e analisados em quadro negro e nos livros
didáticos.
Este acesso a um universo de informação instantânea, principalmente pela
Internet, é um dos maiores avanços a serem explorados numa nova perspectiva do
processo ensino-aprendizagem. Ganha o aluno com a diversidade ( que nem
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sempre significa qualidade, daí a importância de se manter o valor do papel
pedagógico do professor), ganha em dinâmica de exploração de informações e troca
de idéias e conceitos com outros alunos de outras escolas de outras culturas, e
ganha o professor que tem um de suas limitações, a de se reciclar em termos de
conhecimentos, uma nova porta para ampliar seus conceitos e sua didática. È
possível, desde que se dê o direcionamento correto, fazer do computador um grande
auxiliar no processo pedagógico, dar mais liberdade em termos da concepção dos
papéis do professor e do aluno, onde a criatividade pode ser muita mais explorada,
onde a prática da pesquisa seja desenvolvida.
As barreiras econômicas e políticas para um sistema de ensino Informatizado
que traga melhoria de qualidade de ensino e do acesso à educação ainda são
grandes, correntes céticas surgem, críticos, a que se conquistar um espaço muito
delicado onde a tecnologia não pode e nem deve se propor a substituir, o espaço do
educador.
A tecnologia é importante, e temos na nossa época um processo irreversível
onde a informática está em todas as atividades da sociedade, sendo inegável sua
contribuição para a otimização dessas atividades. Em termos de Educação, esta
performance tem que ser analisada mais friamente, pois não é a simples
transposição dos conteúdos didáticos dos livros para a tela de um computador que
dará um ganho real de aprendizagem.
As novas tecnologias da informação e da comunicação são instrumentos que
podem ser criadores ou re-criadores da realidade atual das escolas, onde em nosso
país prevalece um sistema arcaico, que ainda não se adaptou as mudanças da
modernidade. O novo sempre causa receio e ceticismo, mas com critérios que não
sejam baseados em "sorteio de prestígio político", com a informática sendo
disseminada e conquistando os professores para a sua utilidade, a Informática
Educativa conquistará um espaço importante.
Alguns podem pensar na Informática Educativa como um "modismo",
como uma estratégia da Indústria da Informática para a conquista de novos
consumidores, o que pode ser verdade em alguns aspectos. Afinal, vivemos numa
sociedade capitalista onde a busca por mercados consumidores é uma prática vital
de sobrevivência. Mas a Informática Educativa deve se valer da tecnologia para
otimizar a produção pedagógica, o processo ensino-aprendizagem, e não formar
novos trabalhadores antes de formar cidadãos. Para tal, deve-se priorizar um
15
investimento capacitação dos profissionais da Educação, antes de se inundar de
máquinas as salas de aula, para não correr o risco de criar-se "elefantes brancos"
tecnológicos, onde não se saiba o que fazer com os computadores. A Informática
pode então, com este direcionamento abrir oportunidades de alunos com grande
dificuldade numa ou noutra disciplina, para ter em mãos um complemento extra-
curricular, também pode-se realizar um grande intercâmbio de alunos e professores
com outros em outras culturas, trazendo para a escola um mundo de notável
dinâmica e versatilidade, que proporcionará uma nova " Cultura da
Informação"(Ripper,1995) onde os conteúdos passam a ser mais livres da limitação
do livro didático e dos conteúdos programados.
Esta desvinculação do conhecimento ao ambiente de sala de aula sempre foi
a busca de uma pedagogia de construtivismo, neste contexto as novas tecnologias
da informação se prestam bem a este papel, onde há um universo de informações a
serem analisadas e classificadas para posteriormente produzir-se novos conteúdos.
A possibilidade de utilizar a tecnologia para uma educação de qualidade não
é um sonho ou modismo, é uma realidade, mas que só se tornará possível com
muito trabalho, pesquisa e inovações nas didáticas de ensino. A informática tem a
seu favor a sua versatilidade de aplicação, sua adaptabilidade a todas as atividades,
e sem dúvida o ensino tem um meio de ser mais aberto e de qualidade que leve a
população brasileira ao mais altos níveis não de conhecimento tecnológico, mas sim
de cidadania e cultura.
1.6 Tecnologias Interativas
O impacto das tecnologias interativas na sociedade contemporânea atingiu
aspectos significativos e sem precedentes no desenvolvimento pessoal e social em
domínios como a educação, a comunicação, a economia e o mercado de trabalho, e
ainda as novas indústrias de informação.
Entre eles em particular há efeitos na educação e nos aspectos relacionados
da comunicação através da rápida evolução das tecnologias interativas.
Os media interativos assumem o papel de centros de experiência e
construção do conhecimento, baseados no princípio da simulação de ambientes
autênticos, cenários ideais para a criação flexível e colaborativa do conhecimento
16
orientada para e pelo utilizador, fato que cada vez mais se estabelece como o maior
avanço deste século nas concepções da aprendizagem.
As teorias hipertexto de representação de conhecimento e organização da
informação e as tecnologias hipermídia e multimídia constituem um exemplo do
desenvolvimento dos novos ambientes dirigidos para a concepção e promoção da
aprendizagem como um processo ativo e colaborativo nos quais os media, para
além de suportes da comunicação, desempenham funções de mediadores da
atividade cognitiva. Esta perspectiva, leva alguns autores, de entre os quais Lévy
(1990), a designarem as novas tecnologias de comunicação e informação como
tecnologias da inteligência, na medida em que constituem sistemas de expansão do
pensamento e da construção colaborativa do sentido.
1.7 Ambientes de Aprendizagem
A criação de ambientes de aprendizagem flexíveis, colaborativos e abertos
orientados para a exploração do conhecimento de acordo com o ritmo individual e as
necessidades do utilizador é uma conseqüência da emergência das novas
abordagens psicológicas, como o construtivismo e a cognição situada, e das
perspectivas pedagógicas suportadas por modelos de instrução ancorada, micro-
mundos de experiência e cenários autênticos. A mudança na concepção dos novos
ambientes é marcada pela flexibilidade dos processos de aprendizagem, pela
decisão individual sobre os materiais a trabalhar, pela identificação dos objetivos a
atingir e pela definição de uma estratégia pessoal para a construção e
experienciação do conhecimento. Esta abordagem afasta-se da concepção da
aprendizagem baseada na aquisição e retenção sistemática do conhecimento e
competências externamente definidas (Hannafin et al., 1994).
Quando os materiais de aprendizagem são apresentados sem relação com o
seu contexto autêntico, a tendência é de que o conhecimento assim adquirido tenha
fracas probabilidades de ser utilizado produtivamente em novas situações,
nomeadamente na transferência para novos casos problema, tornando evidente a
fragilidade das estratégias cognitivas e das competências construídas num processo
de aquisição de conhecimento descontextualizado.
Conceber ambientes e instrumentos para a compreensão da complexidade
cultural e dos contextos de produção dessa mesma complexidade é um dos
17
principais desafios que se apresenta à comunidade de investigadores em tecnologia
educativa através do desenvolvimento das abordagens e tecnologias interativas de
representação distribuída, flexível e multidimensional dos processos de
aprendizagem. A representação distribuída é suportada por redes (de informação e
comunicação) que constituem facilitadores do acesso à complexidade do
conhecimento.
Nesta perspectiva as tecnologias interativas proporcionam um ambiente
dinâmico de experiência das representações e do próprio conhecimento,
favorecendo a contextualização das aprendizagens bem como o desenvolvimento
das capacidades metacognitivas para o controle deste processo. A possibilidade de
suportar a dimensão social na construção do conhecimento através da diversidade
de experiências individuais e colaborativas transforma-se então no objetivo principal
na concepção da instrução baseada nas tecnologias interativas.
1.8 Comunidades Virtuais de Aprendizagem
Um dos aspectos mais significativos do desenvolvimento das tecnologias
interativas nas redes de comunicação e representação distribuída surge com as
comunidades virtuais de aprendizagem suportadas pela Internet e pela World Wide
Web.
A noção de comunidade virtual de aprendizagem é mais apropriada no quadro
de uma concepção flexível e distribuída, na qual os sistemas hipertexto e hipermídia,
não só constituem as tecnologias de representação e organização da informação na
World Wide Web, como também se apresentam sob a forma de instrumentos
colaborativos extremamente poderosos para a construção social do conhecimento.
As novas comunidades virtuais são agrupamentos sociais que emergem da
Internet quando são estabelecidas redes de interações mediadas por computador
entre os sujeitos, orientadas pela partilha de interesses e com a duração suficiente
para criarem vínculos no ciberespaço.
De entre os vários aspectos que representam o potencial da World Wide Web
para a educação salientamos a ultrapassagem dos constrangimentos tradicionais
como o tempo e o espaço físico ou ainda os de ordem social, para projetar as
capacidades da sala de aula na sua forma virtual através da simulação dos
18
contextos de representação distribuída de conhecimento na rede e da aprendizagem
colaborativa.
Na World Wide Web a emergência da identidade dos membros da
comunidade virtual de aprendizagem apresenta-se exclusivamente sob a forma de
um vínculo social que é construído em torno da relação que os sujeitos desenvolvem
com o conhecimento, encorajando assim a expansão de uma civilidade
desterritorializada (Lévy, 1994:35), que potencializa a interação educacional através
da comunicação inter-cultural.
A comunidade virtual de aprendizagem é assim uma comunidade de
interesses e construção colaborativa do conhecimento de práticas de imersão nos
ambientes distribuídos de conhecimento, desenvolvendo uma cultura da simulação
do conhecimento suportada preferencialmente pela experiência partilhada em vez da
partilha de experiências (McLellan, 1997). Ao sublinhar a construção colaborativa da
experiência do conhecimento, o autor está a salientar a importância da dinâmica do
processo participativo nas comunidades virtuais. Por outras palavras, a utilização
dos instrumentos e tecnologias de acesso e manipulação da informação nas
atividades de aprendizagem nas comunidades virtuais precisa de ser
complementada pela participação dos outros membros da comunidade, bem como
pela envolvente cultural que define o contexto virtual de atividade.
À fase de desenvolvimento e exploração das facilidades de interação
orientada para os micro mundos apresentados no computador sucede, nas
comunidades virtuais de aprendizagem, a interação dirigida para os membros da
rede de participantes, favorecendo as interações intra e inter-grupais onde não só os
objetivos da aprendizagem estão envolvidos, mas também os objetivos cognitivos e
sociais (Collis, 1997; Collis e Remmers, 1997).
Simular a diversidade de contextos de construção do conhecimento,
confrontar e partilhar as múltiplas interpretações dentro da comunidade, reorientar as
aprendizagens a partir dos contextos de atividade, alargar esta atividade
problematizante à conversação e resolução de problemas nos espaços profissionais
do mundo real, são algumas das linhas fundamentais de desenvolvimento das
comunidades virtuais de aprendizagem.
As comunidades de aprendizagem da World Wide Web serão assim espaços
de simulação do conhecimento, nomeadamente através da (re)criação do vínculo
social com o saber na construção de uma inteligência coletiva que se expandirá do
19
lugar físico para o virtual, do modelo de informação para o do conhecimento que
orientará o desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento.
20
2 RELATOS
2.1 RELATOS DAS OBSERVAÇÕES
A seguir apresentamos os relatos e dados referentes ao estagio realizado na
escola.
2.1.1 Identificação da Escola
A Escola de Educação Básica Santa Teresinha com sede, à Avenida Frei
Rogério, 96, Bairro Centro, CEP 89520-000, Município de Curitibanos, Estado de
Santa Catarina, pertencente a11ª Regional, da Secretaria do Estado de Educação, é
mantida pelo Governo Estadual, sob o código 42035309.
2.1.2 Projeto Político Pedagógico da Escola
A EEB Santa Teresinha é uma escola estadual, mas o prédio pertence a
Congregação Sagrada Família que é responsável pela manutenção do espaço
físico. Conta com 1535 alunos, é bem estruturada fisicamente com boa
conservação, porém ainda, pelo grande número de alunos, falta espaço para salas
ambiente. Os recursos financeiros são provenientes do PDDE e outros recursos do
governo estadual na forma de materiais.
A equipe de funcionários é composta por profissionais habilitados e
comprometidos.
A escola atende uma clientela diversificada, com alunos advindos de vários
bairros da cidade. Apresenta uma característica especial, no turno matutino, atende
alunos de classe média/ baixa de bairros carentes e no vespertino: classe média
principalmente do centro. No turno matutino observa-se mais problemas de
indisciplina, famílias menos comprometidas, com pouca participação na vida escolar
dos filhos. No turno vespertino em geral as famílias são mais presentes, valorizam a
educação e conseqüentemente os filhos são mais comprometidos.
Na medida do possível a escola busca o melhor para estimular a
aprendizagem. Alguns alunos apresentam defasagem nos conteúdos, por isso tem
baixo rendimento, outros não aproveitam todo seu potencial, pois aparentam
21
desmotivação, outros ainda são bons alunos, interessados e com bom rendimento. A
instituição tem alunos inclusos em várias séries, o que dificulta o trabalho
pedagógico, pois os professores sentem-se incapacitados para trabalhar com essa
diversidade.
Esta unidade escolar tem por objetivo oferecer serviços educacionais de
qualidade e humanidade em função das necessidades e características de
desenvolvimento de aprendizagem de crianças e jovens, visando o desenvolvimento
global do aluno.
Dentro do Projeto Político Pedagógico da escola, encontra-se as definições:
Fins e Objetivos do Estabelecimento
Da Organização Geral Dos Cursos e do Processo Educativo
Níveis de Ensino
Ensino Fundamental
Ensino Médio Integrado
Fins e Objetivos dos Cursos
Magistério:
Ensino Médio
Proposta Pedagógica
Formas de Avaliação
Processo de Avaliação
1.3 Plano de Ensino do Professor
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SANTA TEREZINHA – CURITIBANOS
DISCIPLINA: FILOSOFIA
SÉRIE: 1ª, 2ª, 3ª E 4ª DO EM
PROFESSOR: SÉRGIO FERNANDO MACIEL CORRÊA
OBJETIVO GERAL: Promover a discussão, o raciocínio lógico, dialético e
intelectual, nas diversas instâncias do conhecimento filosófico, levando em
consideração o mais simples dos conhecimentos do aluno ao mais elaborado. Deste
modo, proporcionando uma visão crítica e transformadora de si e do mundo,
questionando, perscrutando, indagando, investigando o Ser Humano e suas
22
relações com o mundo e consigo mesmo.
CONTEÚDOS 1º ANO
- Objeto, método e linguagem da Filosofia.
- As diferenças e as relações entre a Filosofia e as demais formas de
conhecimento: o senso comum, a ciência, a religião e a arte.
- A origem da Filosofia. Mito e Filosofia.
- A filosofia antiga e seus períodos: pré-socrático; socrático; sistemático e
helenística.
CONTEÚDOS 2º ANO
A filosofia medieval e seus problemas fundamentais.
- A concepção de mundo ou o problema ontológico
- A questão do ser ou do fundamento
- Essência e existência
- As soluções idealistas, materialistas e existencialistas
- O materialismo histórico e dialético
. A concepção de conhecimento ou problema epistemológico
- Aspecto epistemológico
- A relação sujeito-objeto
- A verdade e seu critério. - Filosofia da Ciência
- Ciências naturais, lógico-formais e Ciências Humanas
- Ciência e técnica
- A questão da neutralidade científica
- A concepção de homem ou o problema antropológico.
CONTEÚDOS 3º ANO
A Filosofia moderna e contemporânea e seus grandes problemas.
- A questão da natureza humana
- Os diferentes humanismos
23
- O humanismo marxista
- A questão do trabalho
- A questão da alienação
- O indivíduo, a sociedade e história
- A questão da diversidade humana e dos preconceitos
- As minorias e os portadores de necessidades especiais
- A questão da morte
- A Concepção de sociedade ou o problema ético-político
- Moral e ética
- Caráter histórico e social da ética
- Valores – Bem, mal, felicidade, liberdade, igualdade, justiça, direitos
humanos
- Poder e Estado. Legitimidade e legalidade
- Política, Ideologia e Utopia
- Os meios de comunicação de massa
- A Concepção de beleza e ludicidade ou o problema estético
- O belo, o gosto e o prazer
- O valor estético
- Arte e linguagens
- Arte e Sociedade
- Corporalidade e expressão lúdica.
CONTEÚDOS 3º ANO
A Educação e a Epistemologia
- A Educação e o Conhecimento
- A Educação e a Verdade
- A Educação e a Linguagem
- A Educação e a Ideologia
- A Educação e o Dogmatismo
- A Educação e o Ceticismo
- A Educação e os Relativismos
- A Educação e a Tolerância
- A Educação e a Racionalidade
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A Educação e a Sociedade
- A Educação e a Cultura: Crenças, Valores e Atitudes
- A Educação e a Memória de uma Sociedade
- O Problema da Doutrinação
- A Educação e os Valores
- O Problema da Aculturação
- A Educação e as Atitudes
- O Problema da Socialização
- A Educação, a Autoridade e a Disciplina
- A Chamada Reeducação e a “Lavagem Cerebral”
- A Educação, a Escola e o Estado: Conteúdos Curriculares, Professores e
Ensino
- O Processo Formal de Educação na Escola
- A Educação e os Currículos
- A Educação e os Professores
- A Instrução e o Ensino
- A Educação e o Estado: A Quem Compete Educar?
- A Educação como “Dever da Família”: Escolarização em Casa
- A Educação como “Dever da Sociedade”: As Iniciativas Privadas
- A Educação como “Dever do Estado”: A Participação do Governo
- A Questão da Obrigatoriedade da Educação Formal
- É a Educação um Dever?
- É a Educação um Direito?
- De Quem É a Responsabilidade pela Educação?
OBJETIVOS ESPECÍFICOS (Plano de Ensino do Professor)
- Contextualizar a presença da filosofia na grade escolar.
- Educar-se e conhecer-se integralmente como ser humano;
- Promover a integração entre os diversos campos do saber, respeitando o
direito de liberdade e de consciência;
- Construir respostas pessoais aos desafios que comprometem a vida prática.
- Entender e construir um ambiente de respeito a si e aos demais
concidadãos.
25
- Contextualizar historicamente o surgimento da filosofia, bem como a
organização do modo de pensar ciência no mundo ocidental.
- Analisar como a concepção mítica funcionava e de que forma influenciara a
formação do pensar ocidental a partir do século VI a.C. na Grécia Antiga.
- Investigar a constituição da natureza humana identificando as diversas
reações inerentes a ela.
- Verificar as principais causas da angústia reconhecendo que o ser humano é
um mister de razão e emoção.
- Conhecer os tipos de conhecimento e as diversas tendências
epistemológicas.
- Investigar a natureza política e as formas de organização do estado.
- Analisar os conceitos de Ética e Moral.
- Analisar a estrutura do ato moral, descobrindo as contradições entre desejo
e vontade, dever e liberdade que caracterizam o aspecto dramático que a vida exige.
- Entender as teorias morais próprias da: Idade Antiga, Idade Média, Idade
Moderna Idade Contemporânea e Pós-modernidade [se é que a pós-modernidade
existe].
- Analisar concepções éticas historicamente construídas pelos seres
humanos.
METODOLOGIA (Plano de Ensino do Professor)
São estratégias privilegiadas que orientarão as práticas pedagógicas durante
o curso:
- Leitura das referências apontadas pelo programa;
- Apontamentos das aulas expositivas;
- Tarefa extraclasse com questões reflexivas;
- Trabalhos com discussão em grupo em sala;
- Debates em sala de aula;
- Leitura e interpretação de texto;
- Elaboração de pesquisas;
- Projeção de filmes
- Avaliação escrita e oral.
- Letras de música com conteúdo significativo.
26
- Socialização de temas usando
AVALIAÇÃO (Plano de Ensino do Professor)
O aluno deverá saber:
1. Ler e interpretar os textos filosóficos de forma adequada e expressar-se de
forma correta.
2. Reproduzir, relacionar e integrar os conhecimentos;
3. Utilizar os conhecimentos adquiridos;
4. Aplicá-los a novas situações;
5. Orientar-se em situações problemáticas que requeiram poder de análise,
síntese e crítica.
Participação em Trabalhos
O aluno participa:
1. Mostrando interesse e acompanhando os trabalhos em curso;
2. Demonstrando autonomia;
3. Manifestando uma atitude e um comportamento cooperante;
4. Realizando as tarefas propostas.
Progresso no Processo de Aprendizagem
O aluno progride:
1. Na aquisição, compreensão e aplicação dos conhecimentos;
2. Na participação dos trabalhos.
Fontes privilegiadas da Avaliação
Considerando também a especificidade e complexidade dos processos
cognitivos, assim como as exigências particulares do trabalho filosófico; a avaliação
em Filosofia deverá diversificar as fontes e os instrumentos de avaliação,
nomeadamente:
a) A observação, tão sistemática quanto possível, tendo por finalidade
recolher informações sobre hábitos de trabalho, atitudes, grau de participação e
interesse e, em particular, sobre a evolução no processo de aprendizagem.
b) As intervenções orais, em debates, em resposta a solicitações do
professor, possibilitarão apreciar a qualidade da precisão conceptual e da clareza
discursiva, a capacidade da comunicação e o valor da argumentação.
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c) As exposições orais, a partir de leituras ou de pesquisas solicitadas,
permitirão apreciar a pertinência da interpretação, a capacidade de trabalho
autônomo, a aquisição de métodos de pesquisa, o conhecimento e o domínio das
fontes de informação.
d) As produções escritas - atas e relatórios, resumos e notas de leitura,
apreciações e reflexões pessoais - possibilitarão avaliar a capacidade de escuta e
compreensão oral, a qualidade de leitura compreensiva e sua expressão escrita, a
capacidade de (se) questionar (sobre) matérias controversas.
e) A análise e interpretação de textos argumentativos - análise metódica, com
ou sem guias, interpretação, discussão - permitirá apreciar as capacidades de
detectar elementos essenciais tais como: tema/problema, tese/posição do autor,
argumentos/provas despendidos e também apreciar as capacidades de contrapor
posições alternativas e explicitar argumentos/provas pertinentes.
f) As composições filosóficas de desenvolvimento metódico de
temas/problemas, efetivamente tratados nas aulas, possibilitarão apreciar as
capacidades de interpretar, problematizar e argumentar um tema filosoficamente
relevante. As atividades ainda serão divididas em dois grupos: presenciais e extra-
classe, tendo o peso numérico avaliado conforme o grau de dificuldade e pesquisa
que exercerão sobre o processo dicotômico de ensino/aprendizagem.
2.1.4 Sala de Aula
A Sala de aula é composta por 20 (vinte) computadores, sendo 10 (dez) com
sistema operacional Windows XP, e 10 (dez) com sistema operacional Linux
Educacional 3.0. Todos possuem programas editores de textos, planilhas eletrônicas
e programas de apresentação, também possuindo acesso a internet, alguns com
navegador Windows Explorer e outros com Mozilla Firefox.
2.1.5 Conteúdo Programático Desenvolvido
- Criação de conta de e-mail no site www.google.com.br
- Edição do blog no site www.blogger.com
- Pesquisa, publicação e inserção de produções de textos nos blogs com o
assunto sobre “Vida e Obra de Sócrates”.
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- Comentar as atividades dos colegas nos blogs, postando suas opiniões.
- Resolver atividade online sobre “Vida e Obra de Sócrates” no blog do
professor: www.filosofianosolon.blogspot.com
- Fazer avaliação e publicar nos devidos blogs.
2.1.6 Metodologia de Ensino Adotada
O estágio foi dividido em seis aulas, com seis dias diferentes, conforme
disponibilidade do laboratório e do professor. Foi desenvolvido na disciplina de
filosofia, com os alunos do segundo ano do ensino médio da EBB Santa Teresinha,
em uma escola estadual, no município de Curitibanos em Santa Catarina.
Primeiramente foi elaborado um planejamento geral de todas as aulas.
Posteriormente foi detalhado aqui no relatório como ocorreu.
O professor de filosofia, a cada aula passava o conteúdo a ser desenvolvido,
onde então os alunos, começavam os trabalhos. Durante as tarefas por ser através
de um blog, surgiram muitas dúvidas, onde eu como professor e monitor de
informática, estava sempre disponível, sempre então sendo sanada essas dúvidas,
onde o trabalho ocorreu com extrema perfeição, não ficando até onde foi
desenvolvido, nenhuma dúvida em relação ao assunto tratado.
2.1.7 Atendimento e Relacionamento com os Alunos
O relacionamento entre alunos e professores, de Filosofia e de Informática
aconteceu de forma tranqüila, onde sempre que necessário pediam ajuda e eram
atendidos, ficando um clima onde favoreceu a aprendizagem, pois perceberam que
com auxilio de mais um professor os estudos ficam facilitados e com maior
aproveitamento.
Compreendeu-se que com a presença e atendimento do professor de
informática como estagiário, houve um melhor aproveitamento dos conteúdos
desenvolvidos, onde então o aprendizado também foi bem melhor, sendo que
percebeu-se que todos os alunos e também o professor de filosofia, ficaram mais
tranqüilos e seguros durante o aprendizado do conteúdo.
Durante o estágio, o professor de informática estagiário, mostrou-se
voluntarioso para todas as atividades, apresentando muito conhecimento técnico em
29
todas as vezes que foi solicitado, onde percebeu que os alunos devido as estas
características mostraram-se sempre motivados durante todas as horas de estágio.
2.1.8 Avaliação
Os alunos explicaram a natureza do trabalho sendo então avaliação
processual através da observação do empenho dos alunos em resolverem os
trabalhos.
Também foram avaliados individualmente através da pesquisa, produção e a
publicação de textos.
Foi observado também pelo trabalho cooperativo em grupo, avaliado então o
projeto no geral.
2.1.9 Comentários do Professor
Segundo o professor, durante o desenvolvimento do conteúdo programático,
possibilitou com certeza um maior aprendizado, sendo que sua colocação seria
então que em todos os laboratórios de todas as escolas, independente se é
municipal ou estadual, deveria ter sempre presente um profissional como o
estagiário, onde segundo relato do professor mostrou-se com muita capacidade e
grande conhecimento técnico.
Hoje muitos professores em escolas onde não tem esse tipo de profissional
têm dificuldade em utilizar o laboratório, ou mesmo nem elabora em seus planos de
aula a utilização do mesmo, pois chegando lá se o profissional de informática não
está presente para auxiliar, muitas vezes encontra pequenos problemas, mas que
não é de sua área e não consegue resolver, ficando então limitado durante a
utilização, sendo que muitas vezes são pequenos e simples problemas, onde esse
profissional resolveria com muita facilidade.
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2.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO
2.2.1 Primeiro Dia
Criação do e-mail: muitos alunos tiveram dificuldade de criar seu e-mail,
sendo que não preenchiam corretamente o formulário solicitado, faltando
informações, ou preenchendo de forma incorreta onde acarretou muitos erros, sendo
então que necessitaram de muita ajuda, onde também o professor de filosofia
prestou assistência.
Nem todos conseguiram fazer o seu nesta primeira aula, sendo necessário
terminar na próxima aula.
2.2.2 Segundo Dia
Continuação de criação de e-mail e início de criação do blog: os alunos
editaram seus perfis, colocando textos, imagens e outros. Muitos não sabiam entrar
novamente no blog que fizeram na aula anterior, onde necessitaram de ajuda.
Também precisaram de assistência quando tiveram que editar e inserir fotos no
blog, precisando antes salvar no computador, alguns textos e imagens, onde alguns
não sabiam a forma de fazer, sendo necessária a intervenção, juntamente com o
professor de filosofia.
2.2.3 Terceiro Dia
Continuação de criação do blog: devido a dificuldades dos alunos de entender
como funciona o blog, muitos não conseguiram na aula anterior editar seu blog.
Necessitaram então nesta aula ainda muita ajuda para pesquisar textos, editar
imagens, e outros para poder terminar de ajustar o perfil. A todo o tempo muitos
alunos chamando e necessitando de ajuda, onde alguns tinham que esperar, pois eu
e o professor de filosofia tivemos que intervir o tempo todo.
31
2.2.4 Quarto Dia
Inicio das pesquisas para inserção de textos no blog com o assunto: Sócrates.
O professor postou o texto sobre o assunto e os alunos tiveram que através de
pesquisas usando a internet, comentarem o mesmo. O professor no final do texto
postou as seguintes questões: 1) Pesquise os principais pensamentos de Sócrates.
2) Pesquise o que é Hermenêutica e Ironia socrática. 3) Como você pode explicar o
Método Socrático?
Os alunos necessitaram de muita intervenção, pois, alguns alunos tiveram
dificuldade de pesquisar, a forma de copiar das paginas da internet e colar dentro do
blog. Como todos os alunos estavam acessando, muitas vezes ficava lenta a
internet, onde alguns clicavam várias vezes em determinados links, sendo que
tivemos que explicar para eles que desta forma fica ainda mais lenta e congestiona a
rede.
2.2.5 Quinto Dia
Postagens de textos e imagens com o tema: vida e obra de Sócrates: cada
aluno deve postar texto e imagens nos seus próprios blogs. Na segunda parte
devem acessar uns os blogs dos outros alunos para comentarem as postagens.
O servidor do blog estava dando uma mensagem neste dia de fora do ar.
Algumas vezes acessava e outras não. Os alunos pediram muita ajuda, pois não
compreendiam o que acontecia. Então fizeram pesquisas sobre o assunto, onde
salvam esses assuntos para poder postar posteriormente, necessitando então de
orientações para pesquisa e a forma de salvar, copiar os textos e imagens da
internet.
2.3.6 Sexto Dia
Postagens de textos salvos e imagens com o tema: vida e obra de Sócrates:
devido a problemas na aula anterior com o servidor do blog, nesta aula os alunos
postaram no blog textos e imagens salvas na aula anterior.
Vários alunos então, na aula anterior salvaram textos e imagens nos
computadores. Esta aula foi trabalhosa, pois precisaram de muita ajuda a maioria
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não sabia achar onde tinha salvado, principalmente em 10 computadores onde é
usado o sistema operacional Linux. Mas com a minha intervenção a maioria dos
alunos conseguiu achar seus arquivos salvos na aula anterior, podendo então dar
continuidade a postagem no blog. Devido então ao problema da aula anterior, esta
aula foi bem trabalhosa, pois geralmente em outras aulas os alunos procuravam os
textos e imagens diretamente na internet copiando e postando no blog, onde então
faziam as alterações necessárias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho de estagio e como profissional de informática, pude
observar e analisar também como se encontra o nível de conhecimento de alguns
professores e de alunos com relação a informática, bem como relatar os
acontecimentos do estágio, também observando a pouca utilização por parte dos
professores do laboratório.
Entendeu-se com relação a utilização da sala informatizada durante o estágio,
que a maioria dos alunos até tem um bom conhecimento para utilização de
informática num geral, mas muitos ainda não descobriram no que tanto o
computador pode auxiliá-lo, sendo que muitos alunos, quando tem um tempo livre
utilizam o computador em site de relacionamento de amizade, perdendo muito
tempo em algumas vezes com isso, nem tendo idéia da ferramenta que tem a seu
dispor.
Alguns dos principais fatores observados são a falta de conhecimento
específica na utilização na internet e de alguns softwares, sendo muitas vezes que
os alunos têm pressa em pesquisar e fazer, faltando atenção no que fazem. Muitos
dos problemas que ocorreram poderia facilmente ser resolvido, se tivessem mais
atenção ou se lhes fosse alertado anteriormente, ou algum curso básico de como
utilizar corretamente o computador.
O que poderia ser feito com relação a uma melhor utilização da informática na
educação, seria pequenos cursos para os alunos e também para professores,
mostrando a forma correta e atenção quando da utilização, pois assim beneficiaria
imensamente todos, onde perceberiam o quanto estariam ganhando e melhorando a
qualidade de ensino, se houvesse uma maior utilização. Muitos professores não
usam uma única aula o laboratório durante o ano todo.
Poderiam ser orçados maiores incentivos financeiros nos planos de Governo,
facilitando, financiando a longos prazos, a compra de equipamentos e de tecnologia
a educandos e educadores. Disponibilizar projetos para cursos de informática
diretamente na área escolar, para que professores e alunos possam ter acesso mais
facilitado.
Hoje a própria evolução da humanidade e das tecnologias vêm a exigir que a
informatização na educação por professores e alunos seja feita o mais breve
possível, pois especialmente a educação que forma o cidadão do futuro não pode
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ficar com tão pouco dos processos de informatização num mundo globalizado. As
sugestões aqui propostas deveriam ser efetivadas, para que a educação, o ensino e
a informática possam ter um desenvolvimento promissor.
REFERÊNCIAS
SILVA, Fernando César. Informática na Educação, Para Todos ou para Alguns,
artigo, Caruaru – Pernambuco.
FERRETTI, Celso J. et alii. Novas Tecnologias, trabalho e educação. Petrópolis,
Vozes, 1994.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo,
Cortêz, 1995.
LUCENA, Marisa. Um Modelo de Escola aberta na Internet: Kidlink no Brasil.
Editora Brasport. Rio de Janeiro,1997
CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na Educação – Texto em
Construção – Recife,1998.
SANDHOLTZ, Judith Haymore. RINGSTAFF, Cathy. DWYER, David C.. Ensinado
com Tecnologia: criando salas de aula centradas nos alunos. Editora Artes
Médicas. Porto Alegre, 1997.
PAPERT, Seymour. A Máquina das Crianças: Repensando a Escola na Era da
Informática. Editora Artes Médicas. Porto Alegre, 1994.
Logo: Computadores e Educação. Editora Brasiliense. 1995.
CASTRO, Cláudio de Moura. O Computador na Escola. Editora Campus. Rio de
Janeiro, 1988.
APÊNDICES
(Projeto do Estágio está em arquivo separado, Ficha de Observação
Preenchida)
APÊNDICE I - FICHA DE CONTROLE DE HORÁRIO
Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP 82.798.828/0001-00
Rua Victor Baptista Adami, 800 - Centro - Cx. Postal 232 CEP 89500-000 - Caçador - SC
Fone/Fax: (49)3561-6200/3561-6202 CURSO DE PEDAGOGIA
CURSO DE PEDAGOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO ACADÊMICA (O): EVERALDO FRANÇA WOLINGER
FICHA DE CONTROLE DE HORÁRIO DE ESTÁGIO
Atividade
Data
Horário
Assinatura
Criação de conta de e-mail 26/04/2011 19:40 – 20:20
Continuação de criação de e-mail e início de criação do blog
28/04/2011 19:40 – 20:20
Continuação de criação do blog
03/05/2011 19:40 – 20:20
Inicio das pesquisas para inserção de textos no blog:
Sócrates
10/05/2011 19:40 – 20:20
Postagens de textos e imagens com o tema: vida e
obra de Sócrates
12/05/2011 19:40 – 20:20
Continuação de Postagens de textos salvos e imagens com o tema: vida e obra de Sócrates
17/05/2011 19:40 – 20:20