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MESA 2 AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS EM PROPRIEDADES RURAIS: O CASO DO OESTE DO PARANÁ. Gelson Luiz Uecker 1 Mirian Beatriz Schneider Braun 2 RESUMO O setor agrícola passa por momentos difíceis. A abertura de mercados, o aumento da concorrência e o aumento da exigência do consumidor, fazem com que as propriedades rurais passem por sérias dificuldades financeiras. Este estudo tem como objetivo caracterizar a gestão das pequenas propriedades. Foram realizadas pesquisas bibliográficas para a caracterização dos empreendimentos rurais, ressaltando os aspectos, a importância e a complexidade da administração rural. Foram realizadas também pesquisas de campo, onde caracterizou-se os produtores rurais da região oeste do Estado do Paraná. A pesquisa foi por amostragem não estatística, induzida, composta por oito propriedades rurais, respeitando a proporção da tipificação e caracterização feita pelo IAPAR-Pr, como parte integrante do Projeto Paraná 12 meses, em produtores de subsistência, simples de mercadoria, empresários familiares e empresários rurais. Pesquisou-se as atividades de produção, as benfeitorias, as máquinas e os equipamentos, os animais destinados a produção, os aspectos financeiros, a escolha das atividades, a comercialização, a utilização da mão-de-obra e o setor administrativo, tanto nas áreas operacionais como administrativas. Fez-se também considerações sobre a pesquisa de campo, abordando o baixo grau de gestão e a predominância de pequenas propriedades na região estudada. Ao final apresentam-se as considerações finais deste estudo, apontando a necessidade da conscientização dos produtores rurais quanto ao uso de técnicas administrativas e que a iniciativa deve partir dos segmentos que apresentam maior ligação com o campo. 1 Gelson Luiz Uecker – Doutorando em Ciencias Empresariais. Professor da Universidade Paranaense. Rua Rui Barbosa, 611, Jardim Cristal, CEP 85.801.470, fone: (02145)326-1300, Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected] . 2 Mirian Beatriz Schneider Braun – Doutoranda em História, Mestre em Desenvolvimento Econômico pela UFPR Professora da Universidade Paranaense. Rui Bui Barbosa, 611, Jardim Cristal, CEP 85.801.470, fone: (02145)277-2542, Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected].
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Uecker y braun

Jan 16, 2017

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Page 1: Uecker y braun

MESA 2

AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS EM PROPRIEDADES RURAIS:

O CASO DO OESTE DO PARANÁ.

Gelson Luiz Uecker1

Mirian Beatriz Schneider Braun2

RESUMO

O setor agrícola passa por momentos difíceis. A abertura de mercados, o aumento da

concorrência e o aumento da exigência do consumidor, fazem com que as propriedades rurais

passem por sérias dificuldades financeiras. Este estudo tem como objetivo caracterizar a

gestão das pequenas propriedades. Foram realizadas pesquisas bibliográficas para a

caracterização dos empreendimentos rurais, ressaltando os aspectos, a importância e a

complexidade da administração rural. Foram realizadas também pesquisas de campo, onde

caracterizou-se os produtores rurais da região oeste do Estado do Paraná. A pesquisa foi por

amostragem não estatística, induzida, composta por oito propriedades rurais, respeitando a

proporção da tipificação e caracterização feita pelo IAPAR-Pr, como parte integrante do

Projeto Paraná 12 meses, em produtores de subsistência, simples de mercadoria, empresários

familiares e empresários rurais. Pesquisou-se as atividades de produção, as benfeitorias, as

máquinas e os equipamentos, os animais destinados a produção, os aspectos financeiros, a

escolha das atividades, a comercialização, a utilização da mão-de-obra e o setor

administrativo, tanto nas áreas operacionais como administrativas. Fez-se também

considerações sobre a pesquisa de campo, abordando o baixo grau de gestão e a

predominância de pequenas propriedades na região estudada. Ao final apresentam-se as

considerações finais deste estudo, apontando a necessidade da conscientização dos produtores

rurais quanto ao uso de técnicas administrativas e que a iniciativa deve partir dos segmentos

que apresentam maior ligação com o campo.

1 Gelson Luiz Uecker – Doutorando em Ciencias Empresariais. Professor da Universidade Paranaense. Rua Rui Barbosa, 611, Jardim Cristal, CEP 85.801.470, fone: (02145)326-1300, Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Mirian Beatriz Schneider Braun – Doutoranda em História, Mestre em Desenvolvimento Econômico pela UFPR Professora da Universidade Paranaense. Rui Bui Barbosa, 611, Jardim Cristal, CEP 85.801.470, fone: (02145)277-2542, Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected].

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ABSTRACT

The agricultural sector is passing through difficult moments. The markets opening, the

bidding increase, and the consumer demanding increase, make the rural properties goes into

serious financial difficulties. This study has as its aim to characterize the small properties

management. Bibliographic researches were held to characterize the rural undertakings,

emphasizing the aspects, the importance, and the complexity of rural administration. Field

researches were also held, where were characterized the rural producers from the Paraná West

region. The research was by sampling not statistical, induced, made up by eight rural

properties, respecting the typification proportion and the characterization made by IAPAR –

Pr, as an integrant part from the Paraná 12 months Project, in subsistence producers, simple of

merchandise, family enterpreneur and rural enterpreneur. The production activities were

researched, the improvements, the machines and the equipments, the animals bound for

production, the financial aspects, the activities selection, the commercialization, the labor use

and the administrative sector, so as at the operational areas as administrative ones.

Considerations about the field research were made, dealing with the administration low

degree, and the predominance of small properties in the studied region. At the end, the final

considerations of this study were presented, pointing out the conscientization need by the

rural producers as for the administrative techniques use, and that the initiative must proceed

from the segments that present the major connection with the field.

1. INTRODUÇÃO

No passado a agricultura se baseava na geração de capital e de mão-de-obra, mas à

medida que o setor foi desenvolvendo, as propriedades rurais adotaram novas tecnologias de

produção e de gestão administrativa, que permitiram uma nova postura diante das exigências

do mercado. Estas transformações ocorreram principalmente nos países de primeiro mundo.

No Brasil, essa situação é característica em regiões mais desenvolvidas e com propriedades de

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grande porte.

NANTES (1997) discute essa situação, ressaltando que em tempos de crédito fácil,

como o que ocorreu até meados da década de 80, o produtor rural não se via pressionado a

desenvolver sua eficiência profissional. O domínio das técnicas agropecuárias era, em tempos

passados, suficiente para manter a produtividade num nível aceitável, proporcionando uma

lucratividade atraente ao produtor. Atualmente, com a abertura dos mercados e o acirramento

da concorrência interna a realidade é bem diferente. Já não basta só produzir, é necessário

saber o que, como e quando produzir e principalmente, como e quando vender.

Diante dessas transformações, a Administração rural apresenta-se como uma "peça

chave" para o desenvolvimento do empreendimento. JANK (1997) relata que a gestão

profissional nas propriedades rurais deve, além de executar um rígido controle das contas da

propriedade e planejar as atividades a serem implantadas, identificar as oportunidades de

negócio. As duas primeiras características são importantes para que as atividades do

empreendimento rural possam ser melhores aproveitadas. A identificação das oportunidades

de mercado refere-se aos novos nichos que se apresentam devido, principalmente, às

mudanças dos hábitos de consumo e aparecimento de novas tecnologias.

A adoção da Administração rural profissional também justifica-se pela correta

utilização de recursos materiais, financeiros e principalmente humanos. SOUZA (1992),

acrescenta que onde quer que se encontrem pessoas agrupadas visando atingir objetivos

predeterminados, é necessário a utilização de técnicas administrativas.

A implantação desta mentalidade administrativa é necessária durante a transição da

propriedade rural tradicional para empresa rural. Isto é, as transformações devem iniciar-se

pela mudança de postura e mentalidade do produtor rural. Suas atitudes e comportamentos é

que irão determinar a passagem de um sistema de produção tradicional para um sistema

moderno. Organizações rurais são explorações econômicas capitalistas e se denominam de

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"empresa rural". Utilizando-se das ferramentas de gestão administrativa, a propriedade rural

estará melhor estruturada e preparada para concorrer no mercado.

De acordo com SANTOS & MARION (1996), o principal papel do administrador

rural é planejar, controlar, decidir e avaliar os resultados, visando à maximização dos lucros, à

permanente motivação, o bem-estar social de seus empregados e à satisfação de seus clientes

e da comunidade.

TUNG (1990) ressalta a importância da administração nas propriedades rurais, que na

sua maioria, se caracterizam por baixas produções, má qualidade dos produtos, desperdícios

de recursos, especialmente mão-de-obra. A boa administração agropecuária preocupa-se com

métodos eficazes de controle e utilização dos recursos disponíveis, possibilitando a

maximização dos lucros.

No atual mercado agropecuário, os produtores rurais sofrem forte pressão do lado das

receitas para atender os compromissos assumidos no início das atividades. AZEVEDO (1997)

relata que “além dos aspectos de mercado, a produção agrícola está subordinada às restrições

impostas pela natureza. Esta dependência em relação à natureza apresenta dois elementos

relevantes à oferta agrícola: as condições climáticas e o período de maturação dos

investimentos. No primeiro caso, o produtor rural tem poucas alternativas de proteger-se das

condições climáticas. Excluindo-se a produção em estufa, economicamente inviável para

grandes volumes de produção, a atividade agrícola ainda depende muito das condições

climáticas. Na segunda situação, a natureza impõe um espaço de tempo entre a decisão de

investimento e a efetiva produção agrícola. O investimento depende da maturação biológica

de seus componentes, sejam eles plantas ou animais”.

Estas características são próprias da atividade agropecuária e a diferem da indústria e

do comércio tradicional. Estes motivos reforçam a necessidade das atividades agropecuárias

serem melhor controladas e planejadas.

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Diante dessa realidade e das dificuldades na viabilização econômica dos

empreendimentos rurais, este trabalho tem o objetivo principal a caracterização das

propriedades rurais do oeste paranaense quanto à gestão administrativa, ressaltando as 4

funções (planejamento, organização, direção e controle) e as 4 áreas (produção, finanças,

marketing e recursos humanos).

2. EMPREENDIMENTOS RURAIS

Uma propriedade rural pode ser caracterizada de duas maneiras: como ela é vista pelos

seus proprietários e como de fato deveria ser. Na primeira situação, ela é tida como uma

unidade de produção, caracterizada por SOUZA et al. (1992) como a área de terra na qual se

realiza a produção agropecuária. É composta por máquinas, equipamentos, mão-de-obra,

insumos , etc. Na segunda , ela é representada como uma verdadeira empresa rural, definida

por ANDRADE (1990), como a unidade de produção que possui elevado nível de capital de

exploração e alto grau de comercialização, tendo como objetivos prioritários a sobrevivência,

o crescimento e o lucro.

Trabalhar a propriedade rural como uma unidade simplesmente de produção, parece

ser a única maneira encontrada por grande parte dos produtores rurais do oeste do Paraná.

Alguns produtores parecem incapazes de perceber as transformações que vem ocorrendo no

ambiente produtivo, que não permitem mais tratar o empreendimento rural de forma diferente

de uma empresa comercial ou industrial. Claro que a empresa rural apresenta especificidades

e particularidades só existentes no meio rural, mas de qualquer forma essas situações devem

ser trabalhadas de forma profissional para que o empreendimento se torne viável e possa

crescer dentro do seu mercado.

Qualquer empresa, seja ela do setor urbano ou rural, está inserida em um determinado

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ambiente, no qual a empresa obtém recursos e informações e nele coloca os seus produtos.

Para SOUZA et al. (1992) o ambiente representa todo o universo que envolve externamente

uma empresa. A sociedade representa o universo total em cujo contexto se estabelecem outras

empresas, organizações e grupos sociais.

As empresas rurais estão inseridas em um contexto composto por fatores que

influenciam o seu desempenho, sendo classificados como controláveis e incontroláveis.

Controláveis são os que o empresário exerce influência direta, enquanto os incontroláveis são

aqueles que o empresário não atua diretamente.

Estas variáveis deveriam ser igualmente significativas aos empreendimentos rurais,

independentemente do seu porte. Todavia, nas grandes propriedades rurais elas são mais

reconhecidas e trabalhadas de maneira diferenciada. Já se observa nestes empreendimentos,

embora de maneira inicial, a preocupação em atender satisfatoriamente estes requisitos, como

forma de preparar a empresa rural visando a certificação com a ISO 14.000, demonstrando ser

ecologicamente correto e conseguindo junto ao mercado um reconhecimento de qualidade .

2.1 Tipos e características dos produtores do Estado do Paraná

No Estado do Paraná houve uma tipificação e caracterização dos produtores rurais

visando a participação no Programa Paraná 12 meses, com o apoio do Banco Mundial. A base

foi um estudo desenvolvido pelo IAPAR que identificou os grupos de estabelecimentos

agrícolas em classes simples, distintas e claramente reconhecíveis, com o propósito de

caracterizar cada uma destas para conhecer e entender sua lógica. O resultado deste trabalho

foi a definição de quatro grandes categorias: produtores de subsistência, produtores simples de

mercadorias, empresário familiar e empresário rural.

a) Produtor de subsistência – Compõe-se de produtores com pequena área, menor que 10

ha e que cultivam produtos alimentícios para consumo familiar. O uso do capital é

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muito baixo, resumido a ferramentas de uso manual e, eventualmente, equipamentos

de tração animal. As produtividades físicas estão abaixo das médias locais. A receita

mensal é muito baixa, inferior a um salário mínimo. A sua relação com o mercado

resume-se a venda de eventuais excedentes de produção. Geralmente parte

significativa da renda familiar é proveniente da venda do trabalho.

b) Produtores simples de mercadorias – É constituído por produtores com área pequena,

inferior a 50 ha, com sistema de produção baseado em produtos alimentícios e

pequenos animais. O uso do capital é baixo, concentrando-se em equipamentos de

tração animal, insumos agrícolas e em menor escala de máquinas e equipamentos

moto-mecanizados. As produtividades físicas são inferiores à média regional. No

sistema de produção utilizado, pelo menos um produto visa o mercado local ou

regional. A receita bruta mensal da família é baixa, inferior a 5 salários mínimos. A

mão-de-obra utilizada nas atividades é predominantemente familiar.

c) Empresário familiar – Esta categoria é constituída por produtores cuja área da

propriedade encontra-se dentro da área média regional, variando de 25 ha a 120 ha.

Os sistemas de produção baseiam-se em produtos agroindustriais, como soja e

algodão, ou na criação de animais, como aves, suínos e bovinos de leite. O uso de

capital concentra-se em equipamentos, máquinas e insumos agroindustriais. Tem

produtividade média igual ou superior às médias regionais. Têm intensa relação com o

mercado. Estes produtores apresentam pequeno índice de contratação de mão-de-obra

e forte participação da família nos trabalhos.

d) Empresário rural – Constitui-se de produtores com área média alta, maior que 250 ha.

Apresentam sistema de produção baseado em animais de grande porte, como bovinos,

ou produtos agroindustriais, como soja e trigo. O uso de capital é elevado e centrado

em máquinas e insumos agroindustriais. Todas as atividades estão voltadas para o

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mercado e a mão-de-obra é exclusivamente contratada.

Os agricultores do município de Pato Bragado estão caracterizados e tipificados na

Tabela 1:

Tabela 1 - Caracterização dos produtores rurais de Pato Bragado e participação de cada

grupo.

Participação

Caracterização dos produtores número %

1. Subsistência

2. Simples de mercadorias

3. Empresários familiares

4. Empresários rurais

70

395

55

14

13

74

10

3

TOTAL 534 100

O total de produtores no município é de 534, ocupando uma área de 8.277 ha. Os

principais produtos cultivados no município são mandioca, milho e soja. Destes, a mandioca

foi o produto de maior destaque no último ano, com crescimento acentuado. O milho manteve

a área cultivada dos outros anos, enquanto a soja apresentou redução na área de plantio. A

bovinocultura de leite apresentou grande crescimento nos últimos dois anos, atingindo

atualmente o volume de 510 mil litros de leite mês. O total de produtores envolvidos nesta

atividade é de 280. A suinocultura envolve 60 produtores, perfazendo 42 mil animais alojados

mês. A avicultura de corte é trabalhada por 9 produtores, com 240 mil aves alojadas.

3. ESTUDO DAS PROPRIEDADES

Neste item serão apresentadas a metodologia utilizada no estudo das propriedades, os

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resultados obtidos e a discussão sobre os estudos de caso.

3.1 Metodologia do estudo das propriedades

De acordo com SALOMON, citado por MARTINS (1998), a pesquisa científica pode

ser dividida em três tipos. A pesquisa descritiva ou exploratória, a pesquisa aplicada e a

pesquisa teórica. Este trabalho refere-se a uma pesquisa exploratória pois os objetivos

estabelecidos estavam relacionados a uma melhor definição do problema, classificar e analisar

adequadamente as diferentes variáveis.

Embora o trabalho apresente dados quantitativos, a abordagem da pesquisa é essencialmente

qualitativa, baseado em dados primários e secundários. Os dados primários foram colhidos

através de pesquisa de campo, por meio de entrevistas pessoais, feitas por amostragem, que

tem como meta final permitir que o pesquisador generalize a respeito de uma população,

estudando uma pequena parcela da mesma.

O critério para a escolha foi a amostragem não estatística, induzida, composta por oito

propriedades rurais diferenciados por quatro grupos, como produtor de subsistência, produtor

simples de mercadoria, empresário familiar e empresário familiar, tipificados e caracterizados

pelo IAPAR-Pr, como parte integrante do Projeto Paraná 12 Meses.

Para identificar e analisar a gestão administrativa das propriedades rurais no oeste do

estado do Paraná, foram feitas entrevistas a produtores do município de Pato Bragado.

A escolha das propriedades baseou-se na porcentagem de produtores em cada

caracterização. Foram entrevistados 2 produtores de subsistência, que perfazem 13% do

município, 5 produtores simples de mercadoria, que perfazem 74% do município e 1

empresário familiar, que perfaz 10% dos produtores do município.

Para a elaboração do questionário, composto por 23 questões (Anexo 2), seguiu-se o

propósito de diagnosticar a gestão administrativa das propriedades. Para isso buscou-se a

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caracterização da propriedade rural. Estas informações, somadas às obtidas no referencial

teórico e nos dados coletados no questionário da pesquisa de campo, permitiram formular o

diagnóstico do setor administrativo, tanto das áreas operacionais (produção, recursos

humanos, finanças e marketing) como das áreas administrativas (planejamento, organização,

direção e controle). De acordo com o nível de desenvolvimento destas 8 áreas, as

propriedades estudadas foram classificadas quanto à administração em 4 níveis: inexistente,

baixo, médio e alto.

3.2. Descrição das propriedades rurais

Foi constatado que na região oeste do Estado do Paraná, existe uma predominância de

pequenas propriedades, que apresentam semelhanças em relação às atividades desenvolvidas,

a forma de utilização de mão-de-obra, ao controle dos aspectos financeiros, às formas de

comercialização de seus produtos e sobretudo, pela ausência na utilização de qualquer

ferramenta de gestão administrativa

As 8 propriedades estudadas tiveram seus proprietários classificados pelo IAPAR da

seguinte maneira:

Quadro 1 – Classificação dos produtores estudados segundo o IAPAR

Propriedade Classificação

1 Produtor simples de mercadoria

2 Produtor simples de mercadoria

3 Produtor de subsistência

4 Produtor de subsistência

5 Produtor simples de mercadoria

6 Produtor simples de mercadoria

7 Produtor simples de mercadoria

8 Empresário familiar

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A síntese dos resultados das atividades produtivas desenvolvidas pelas 8 propriedades

rurais pesquisadas, encontram-se no Quadro 2.

Quadro 2– Principais atividades de produção de 8 propriedades rurais do oeste do Paraná

Principais atividades de produção

Propriedade Soja Milho Leite Suínos Outras

1 Sim Sim Sim Sim Sim

2 Sim Sim Sim Não Não

3 Não Sim Sim Não Sim

4 Não Sim Sim Não Sim

5 Sim Sim Sim Sim Não

6 Sim Sim Sim Sim Sim

7 Sim Sim Sim Não Sim

8 Sim Sim Sim Sim Não

Além destas atividades, as propriedades rurais também produzem aveia, mandioca e

peixe. Na região estão sendo desenvolvidas campanhas para novas atividades. Todavia,estes

incentivos não estão tendo boa aceitação por parte dos produtores, que preferem não apostar

em algo desconhecido. A dificuldade em alterar a cultura do produtor rural é muito grande.

O leite é uma atividade importante para a pequena propriedade, pois proporciona uma

receita mensal. Os produtores continuam com o pensamento antigo, de que o importante é o

plantio da soja e do milho, os demais são complementos.

A suinocultura não recebe a devida valorização por parte dos produtores. Com grandes

possibilidades de agregação de valor na propriedade, o suíno poderia ser melhor aproveitado

na pequena propriedade. Existem inúmeras pesquisas que demonstram a utilização dos dejetos

de suínos como fonte energética para outras atividades. Este procedimento, embora seja

efetuado por poucas propriedades estudadas, é realizado com sucesso.

É recomendável que as propriedades estudadas desenvolvam atividades alternativas

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viáveis às pequenas propriedades, respeitando as variáveis ambientais da nossa região.

Todavia, esta iniciativa deveria, necessariamente partir da Emater com o apoio das

prefeituras, por meio da realização e demonstração, em campos experimentais de pesquisas,

que comprovassem os benefícios das novas atividades. Essa demonstração, possivelmente iria

encorajar os produtores, uma vez que, a forma que o trabalho é conduzido nestas

propriedades, não existe iniciativa de partir para novas atividades e nichos de mercado..

As benfeitorias das propriedades, de um modo em geral, apresentam-se de acordo

com as necessidades de cada atividade. O quadro 3, apresenta um resumo das benfeitorias e

da utilização de máquinas e equipamentos das 8 propriedades estudadas.

Quadro 3 – Presença de benfeitorias, máquinas e equipamentos

Propriedade Galpão

misto

Galpão p/

suínos

Galpão p/

estábulo

Galpão p/

armazém

Trator e

implementos

Ordenhadeira

e resfriador.

1 Sim Sim Não Não Sim Sim

2 Sim Não Sim Não Sim Sim

3 Sim Não Não Não Não Não

4 Sim Não Não Não Não Não

5 Sim Sim Não Não Sim Sim

6 Sim Não Não Não Sim Sim

7 Sim Não Não Não Sim Sim

8 Não Sim Sim Sim Sim Sim

No Quadro 3 é possível perceber a falta de estrutura para o desenvolvimento de

algumas atividades. Na maioria das propriedades há um galpão misto, que serve à produção

de leite, à suinocultura, ao armazenamento de alimentação animal, de abrigo para trator e

implementos e etc. Somente na propriedade 8 existe uma benfeitoria para cada atividade,

dentro dos padrões mínimos para seu bom desenvolvimento. Esta situação torna-se ainda mais

grave quando considera-se que as atividades envolvendo leite, são realizadas no mesmo local

que as demais.

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Para muitas propriedades, o investimento em benfeitorias, máquinas e equipamentos é

inviável devido a falta de caixa e suporte financeiro privado. Verificou-se também que a

maioria das propriedades dispõe de trator e implementos. Isto é possível pelo regime de

associativismo adotado no município, que disponibiliza máquinas e equipamentos de maior

valor. Os tamanhos dos grupos de produtores varia conforme o tamanho das propriedades.

Esta modalidade possibilitou uma diminuição dos custos de produção.

As atividades de destaque que envolvem animais são a suinocultura e a bovinocultura

de leite. Em ambas, predominam animais mestiços, sendo poucos de raças. A linhagem dos

animais está melhorando com o incentivo da Prefeitura municipal à inseminação artificial. O

sêmen fornecido gratuitamente origina-se de animais de alta linhagem, permitindo aumentar

gradativamente a qualidade dos animais.

Na atividade leiteira, desenvolvida em todas as propriedades estudadas, o número de

animais e o valor investido nas propriedades estudadas são pequenos, como apresenta o

quadro 4.

Quadro 4 – Número de animais e valor investido na atividade leiteira.

Propriedade Vacas Novilhas Bezerras Valor investido

Propriedade 1 8 9 8 9.750,00

Propriedade 2 15 7 6 14.100,00

Propriedade 3 8 0 3 2.640,00

Propriedade 4 5 0 5 1.780,00

Propriedade 5 11 8 0 9.000,00

Propriedade 6 10 2 2 5.800,00

Propriedade 7 7 4 4 5.520,00

Propriedade 8 10 9 0 7.250,00

Nos aspectos financeiros, com exceção da propriedade 2, as demais não dão a devida

importância ao controle financeiro. Não é realizada a contabilidade das movimentações

financeiras da propriedade. A propriedade 2 executa esta atividade por envolvida em um

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programa contábil financeiro desenvolvido pela Emater-Pr. Devido a inexistência deste

controle, as propriedades trabalham desordenadas em relação aos resultados obtidos. A

maioria trabalha com recursos financiados, sem avaliar o custo benefício deste procedimento.

O Quadro apresenta uma síntese da utilização dos aspectos financeiros das 8 propriedades

rurais:

Quadro 5 – Aspectos econômicos das propriedades rurais do oeste do Paraná.

Propriedade Controle

financeiro

Recursos

próprios

Recursos

financiados

Valor envolvido

na propriedade

1 Não possui Utiliza Utiliza 64.250,00

2 Possui Utiliza Utiliza 182.600,00

3 Não possui Não utiliza Não utiliza 23.640,00

4 Não possui Não utiliza Não utiliza 23.180,00

5 Não possui Utiliza Utiliza 79.300,00

6 Não possui Utiliza Utiliza 156.750,00

7 Não possui Utiliza Utiliza 178.700,00

8 Não possui Utiliza Utiliza 1.042.250,00

A escolha das atividades produtivas é feita de acordo com informações fornecidas

pelas diversas entidades de extensão ligadas ao setor agrícola, como Emater e cooperativas.

As atividades de cultivo da soja e do milho são realizadas em função da experiência

acumulada pelos proprietários em safras passadas. A maioria das propriedades desenvolve

culturas tradicionais na região oeste do Paraná. Investir em novas atividades não faz parte do

pensamento dos produtores, pelo medo da mudança.

O leite é uma atividade escolhida nos últimos anos pela opção de um giro financeiro

mais rápido. Dificilmente é tida como atividade principal, justamente pela dificuldade em

romper o aspecto tradicional predominante. A suinocultura foi escolhida pelo mesmo motivo

do leite, possibilitando a sobrevivência das famílias durante o período de cultivo da soja e do

milho. Para alguns produtores, há a consciência da possibilidade de agregação de valor no

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leite e na suinocultura . No entanto, essa possibilidade não é efetivada pela falta de cultura

dos produtores, pela resistência às mudanças e pela falta de apoio e incentivo dos órgãos

responsáveis pela extensão na região.

A maioria das comercializações é feita diretamente com a cooperativa sem pesquisa

de preços. Isto acontece pela facilidade neste tipo de comercialização. Poucos produtores

ressaltaram a importância do fator preço no momento de vender os produtos. Parecem que os

produtores entendem que a sua missão encerra-se à medida que a produção é obtida. O preço

não é problema deles, é uma questão de mercado, impossível de ser melhorada.

A soja é totalmente comercializada “fora da porteira”, enquanto o milho, na maioria

das propriedades, é utilizado como alimentação animal, diminuindo o custo de produção com

a agregação de valor.

Os suínos são normalmente comercializados na cooperativa, mas a propriedade 6

buscou uma forma mais rentável de vender o produto, por meio da comercialização direta

com outros produtores, responsáveis pela engordar dos leitões. Este procedimento

proporcionou maior lucro. A propriedade 8 comercializa seu produto com uma empresa

particular, mas não soube explicar o motivo da escolha.

O leite também é comercializado, pela maioria das propriedades, com a cooperativa.

Vale ressaltar que as propriedades, 3 e 4 comercializam com uma empresa particular. Isto não

acontece por escolha da propriedade, mas pela falta de alternativa devido ao manuseio

inadequado do produto, sem ordenhadeira e resfriador. Deve-se destacar, que a propriedade 1

buscou uma alternativa diferente de comercialização do seu produto, vendendo grande parte

da produção diretamente ao consumidor final e comercializando o excedente com a

cooperativa. Este procedimento possibilitou melhores rendimentos financeiros, recebendo R$

0,60 por litro do consumidor final e R$ 0,23 por litro da cooperativa.

As duas modalidades diferenciadas de comercialização dos produtos, a da propriedade

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1 com o leite e da propriedade 6 com os suínos, possibilitou a estes empreendimentos

melhores rentabilidades, evidenciando que a questão da comercialização é muito importante e

pode ser trabalhada pela propriedade, bastando iniciativa e vontade de buscar novas

alternativas.

Nenhuma das propriedades estudadas dispõe de mão-de-obra com formação técnica. A

maioria busca capacitação em cursos oferecidos pela Emater, Prefeitura municipal e

cooperativa. Somente as propriedades 3 e 4 não buscam aperfeiçoamento. Estas propriedades

não utilizam assistência técnica, enquanto as outras utilizam este benefício. A assistência

contábil só é utilizada pela propriedade 2, recebida por meio de um programa de controle

contábil financeiro da Emater-Pr.

Todas as propriedades estudadas utilizam-se de mão-de-obra familiar, enfrentando

problemas de direção. Por se tratar de pessoas da família, não há distribuição de tarefas,

liderança e motivação.

Quadro 6 – Nível de desenvolvimento das áreas operacionais nas propriedades rurais

Propriedade Produção RH Finanças Marketing

1 Alto Médio Inexistente Baixo

2 Alto Médio Alto Baixo

3 Baixo Inexistente Inexistente Inexistente

4 Baixo Inexistente Inexistente Inexistente

5 Alto Médio Inexistente Baixo

6 Alto Médio Baixo Médio

7 Alto Médio Baixo Baixo

8 Alto Médio Inexistente Baixo

O Quadro 6 permite verificar que a maioria das propriedades apresenta-se com alto

desenvolvimento em relação à área de produção. Um dos fatores que possibilita esta situação

é a presença de assistência técnica. Todas as propriedades que dispõem de assistência técnica

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apresentam desenvolvimento satisfatório na área de produção.

Constata-se ainda que as propriedades 1, 2, 5, 6, 7 e 8 apresentam desenvolvimento

médio na área de recursos humanos. Constantemente são oferecidos na região, cursos

gratuitos, porém é necessário o interesse em participar dos mesmos.

Com exceção da propriedade 2, as demais propriedades não desenvolvem a área de

finanças, residindo neste setor, o maior problema administrativo das propriedades.

A área de marketing também apresenta problemas, com índices de desenvolvimento

baixo ou inexistente na maioria das propriedades. A falta de preocupação com as tendências e

evolução do mercado, pode ser apontado com um dos responsáveis pela baixo índice de

desenvolvimento das propriedades nos últimos anos.

Quadro 7 – Desenvolvimento das áreas administrativas nas propriedades

Propriedade Planejamento Organização Direção Controle Nível

administrativo

1 Baixo Médio Baixo Baixo Baixo

2 Baixo Médio Baixo Médio Médio

3 Baixo Baixo Inexistente Inexistente Inexistente

4 Baixo Baixo Inexistente Inexistente Inexistente

5 Baixo Médio Baixo Baixo Baixo

6 Baixo Médio Baixo Baixo Baixo

7 Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo

8 Baixo Baixo Baixo Inexistente Baixo

O Quadro 7 revela o baixo desenvolvimento das 4 áreas administrativas, acarretando

um baixo nível administrativo na maioria das propriedades. As propriedades 3 e 4, por terem

caracter de subsistência, não apresentam nível administrativo. A propriedade 2 possui nível

médio, sendo considerado a mais desenvolvida neste item.

Na propriedade 2, com nível administrativo médio, apesar do produtor avaliar sua

evolução como baixa nos últimos anos, foi a que apresentou melhores condições de vida, com

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uma bela sede. Vale ressaltar, que nesta propriedade verificou-se perspectivas de melhoria,

ânimo e motivação para continuar a atividade de produção. Esta motivação foi verificada nas

propriedades 1, 5, 6, 7 e 8, de baixo nível administrativo.

Nas duas propriedades com nível administrativo inexistente, também inexiste a

perspectiva de crescimento e motivação para continuar na atividade.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A abertura de mercado e o acirramento da concorrência interna mudou a realidade do

setor agrícola no Brasil. No passado, somente uma produção razoável garantia uma

lucratividade atraente ao produtor. Atualmente, não basta somente produzir, sendo necessário

também saber o que, como e quando produzir, além de como e quando vender. Estas questões

apresentam difícil resolução, mas ficam mais fáceis de serem equacionadas com a utilização

de técnicas administrativas, que organiza, controla e planeja as atividades das propriedades

rurais.

No desenvolvimento do trabalho ressaltou-se a importância da administração.

Abordou-se a sua necessidade de aplicação nas quatro áreas, como também nas quatro

funções principais. A área de produção é básica, mas também é necessária a devida atenção à

áreas de marketing, comercialização, recursos humanos e finanças. Além disso, o produtor

rural deve planejar, organizar, dirigir e controlar o seu empreendimento, de modo a integrá-lo

nas respectivas cadeias produtivas e poder participar efetivamente no mercado.

O produtor rural deve produzir com qualidade, para isso é necessário que seus recursos

humanos estejam desempenhando o trabalho corretamente. O produto final deve estar de

acordo com os desejos e necessidades do consumidor, além de ser produzido com custo

compatível. Todas as atividades devem ser realizadas com planejamento operacional,

gerencial e estratégico. Deve haver organização dos recursos disponíveis que facilitem o

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desenvolvimento do trabalho. Os colaboradores devem ser dirigidos corretamente na

realização das tarefas e todas as atividades controladas, por meio do acompanhamento do

planejamento previamente realizado.

Na pesquisa de campo diagnosticou-se que o setor rural continua na realidade dos anos

80, focada principalmente na produção. A visão da maioria dos produtores é restrita, o

mesmo acontecendo com a assistência fornecida pelas cooperativas e pelos cursos de extensão

oferecidos pela Emater e Prefeitura.

Constatou-se que a região dispõe de um potencial muito grande no setor agropecuário,

sobretudo em relação aos recursos físicos, materiais e humanos. Todavia, é necessário que o

produtor realize a gestão administrativa adequada à sua propriedade, considerando as áreas e

as funções administrativas. Para isso é necessário efetuar a transição do conceito de

propriedade rural para empresa rural.

No decorrer da pesquisa de campo, constatou-se um grande desânimo dos produtores

com as perspectivas do setor. As reclamações quanto as dificuldades são inúmeras. São

mencionados como maiores culpados pela situação as cooperativas e o governo. As alegações

são feitas como se estas entidades fossem as únicas causadoras das dificuldades, sem perceber

que as propriedades rurais fazem parte de um mercado. O mercado realmente dita as regras,

que são impostas pelos consumidores, com novos hábitos e novas exigências. No passado,

produzia-se para vender, porém, atualmente, é necessário que os produtores se enquadrem na

nova economia que considera o mercado soberano e os desejos dos consumidores como fator

determinante na escolha da atividade e do processo de produção.

A conscientização dos produtores rurais quanto ao uso de técnicas administrativas, é

essencial para a prosperidade do setor. A iniciativa para adoção destas técnicas deve partir dos

segmentos que apresentam maior ligação com o campo. A Emater, deve capacitar seus

técnicos, não só para atividades produtivas, mas também para orientar o gerenciamento das

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propriedades. Este procedimento também deve ser seguido pelas cooperativas, auxiliando nas

atividades contábeis e gerenciais. É preciso desencadear o processo, criar propriedades

modelo que possam ser seguidas e técnicas administrativas flexíveis que possam ser moldadas

mais facilmente às diferentes realidades regionais. Mas, acima de tudo, é necessário que o

produtor rural mude a mentalidade e que o setor rural acredite que pode acompanhar com

sucesso, o desenvolvimento dos outros setores econômicos do País.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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