Top Banner
Oficina de Escrita 2011/2012 Professora – Ana Meireles OFICINA DE ESCRITA ANO LETIVO 2011/2012
28

Textos dos alunos

Mar 08, 2016

Download

Documents

Textos elaborados, no Agrupamento de Escolas Nadir Afonso, pelos alunos na oficina de escrita.
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

OFICINA DE ESCRITA

ANO LETIVO 2011/2012

Page 2: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Um dia de azar

Certo dia o Rui estava em casa, quando o seu treinador lhe telefonou:

-Rui, este fim de semana vamos ter treino.

Ele ficou preocupado porque o torneio era já no dia seguinte e ele ainda não tinha treinado o suficiente para o jogo que era muito importante. Então decidiu passar por casa da Joana para o acompanhar.

Durante toda a tarde treinou intensamente.

-Acho que já estou preparado para o jogo, mas amanhã não me posso esquecer de nada - disse o Rui com um ar preocupado.

-Amanhã, venho para aqui cedo para te ajudar, porque não quero que te esqueças de nada! – afirmou a Joana entusiasmada.

No dia seguinte lá estava ela a tocar à campainha. O Rui foi abrir-lhe a porta, ainda ensonado:

-Tu, ainda, estás assim? Vai mas é tomar banho que eu preparo-te as coisas.

Ao entrarem para o estádio Rui deixou cair as coisas mas nem reparou que tinha perdido algo.

Quando se estava a equipar, reparou que lhe faltavam as chuteiras e gritou:

- Joaaaaana!! As minhas chuteiras?!

-Já procuraste bem? Estavam no teu saco!

Foi então que ela se lembrou:

-Será que caíram à entrada do estádio?

O Rui entrou para o jogo só na segunda parte mas nos últimos três minutos marcou um golo… e a equipa dele ganhou… no fim fizeram uma festa muito grande… graças à sua querida Joana tudo acabara em bem.

Tiago Pereira – 6ºD

Page 3: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Aventuras Mágicas

Ainda no tempo dos teus bisavós, tetravós e por aí adiante, havia um aventureiro, chamado Daniel, que desejava um tesouro. Mas para o conseguir teve que enfrentar muitos obstáculos e desvendar muitos enigmas.

Vamos agora recuar no tempo e contar-vos essa história. Certo dia, o avô de Daniel deu-lhe a notícia de que herdou um tesouro e que

para o encontrar teria de falar com Professor Harry, um mágico seu amigo. Daniel fez o que o avô lhe disse e foi ter com o Professor Harry que, para o

ajudar, transformou um comboio de brincar num cavalo. No dia seguinte, com tudo já preparado Daniel partiu no seu cavalo, para uma

aventura inesquecível. Já em viagem, encontrou um velho que tinha sido enviado pelo mágico. Este

deu-lhe pistas e alguns dos seu poderes. Seguiu caminho até que chegou a uma falésia onde estava a primeira pista, que

dizia:

“ Mais um pouco e chegas lá

Mas não te desconcentres

Porque não sabes o que virá. ” A certa altura, Daniel não sabia o que fazer, mais um passo e caía. Decidiu

então usar um dos seus poderes. Fez uma ponte até ao outro lado da falésia. Depois de muito cavalgar, Daniel chegou à entrada de uma gruta onde estava

outra pista:

“ Se o tesoura queres encontrar

Na gruta terás de entrar. “ Ele, entrou naquela gruta húmida e escura, onde encontrou mais uma pista:

“ Toma cuidado,

Não olhes para trás,

Porque não sabes o que virá. ” Daniel, cheio de curiosidade, não resistiu em olhar para trás. E confrontou-se

com o seu maior inimigo: O Cavaleiro da Morte. Iniciou-se uma luta mágica durante a qual o rapaz foi vítima de um encanto.

Mas o Cavaleiro da Morte não sabia que Daniel tinha umas poções para desfazer o encanto, e vencer o inimigo. Já exausto, continuou a sua viagem pela gruta.

Finalmente avistou o tesouro. Correu o mais rápido que pode, até que o agarrou.

Montou no seu cavalo e regressou a casa para desfrutar daquelas riquezas. E assim conseguiu o aventureiro Daniel alcançar o seu desejo.

Inês Carneiro e Inês Duarte – 6ºD

Page 4: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

O Bisavô

O meu bisavô chamava-se Francisco Gonzalez e era de nacionalidade espanhola.

Nasceu na província da Galiza, numa aldeia chamada Layantes. Os pais eram

lavradores e tinham oito filhos. Fez o terceiro ano de escolaridade e, por falta de

meios, o pai resolveu que ele devia emigrar para trabalhar e ajudar a família.

Foi na altura da guerra civil espanhola que o meu bisavô, com quinze anos, decidiu

vir para Portugal.

Veio para Chaves a pé para negociar em peixe e ficou cá a viver. Resolveu então criar

um negócio de ”compra e venda de peles”.

Como era muito inteligente e trabalhador, tudo correu bem, e começou a fazer

fortuna.

Arranjou uma mulher com quem teve dois filhos, e viveram algum tempo juntos.

Mais tarde conhece a que veio a ser a minha bisavó Cândida. Tiveram quatro filhos,

um dos quais morreu à nascença. Os outros três eram um rapaz e duas raparigas, uma

das quais a minha avó, conhecida em Espanha por “Neninha”.

O meu bisavô começou a ser muito considerado, quer em chaves quer na Galiza, e

chegou a ser convidado para ser vice-cônsul de Espanha em Portugal.

Um dia mais tarde, já depois da guerra, a esposa do General Franco passou em

frente à casa do meu bisavô, o carro parou e ele fez um discurso da janela de casa,

dirigido à senhora. Já a minha avó tinha mais ou menos oito anos e lembra-se de

assistir a tal cena.

Ainda hoje existe um livro chamado “Terra Coutada” de A. Fernandes Pérez que, em

vários capítulos, relata a história do meu bisavô, em que a personagem D. Filipe é ele

mesmo.

Mais tarde foi proprietário das águas de Carvalhelhos onde trabalhou até aos

setenta e um anos, data em que faleceu.

E existem muitas mais histórias sobre o meu interessante antepassado… para contar

teria de estar aqui o dia todo…

Gémeos Carneiro-6ºD

Page 5: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

O Início de uma Amizade

Era uma vez uma menina, que vivia numa casa pequena no meio da floresta, com

o seu cão Pluto e a sua irmã Caty.

A Alice, assim se chama ela, era humilde, simpática, carinhosa e alegre. Os seus

olhos eram verdes como a relva e à sua volta sobressaía o cabelo muito claro com

caracóis nas pontas. Vestia normalmente, umas calças azuis, uma camisola branca

com um colete preto.

Gostava muito de passear pela floresta apreciando as árvores.

Havia, no entanto um jovem rapaz chamado André que andava sempre a

aborrecê-la e a meter-se com ela. Era uma pessoa rude e cruel, que gostava de ver

sofrer os outros e de troçar com toda a gente.

Um dia quando Alice andava a passear, encontrou o rapaz que lhe fez muitas

perguntas sobre a sua irmã Caty. Alice achou estranho mas continuou.

Quando acabou o passeio voltou para casa e reparou que Caty não estava. Ficou

muito aflita e decidiu ir procurá-la.

Lembrou-se, então, do seu cão e decidiu ir buscá-lo para a ajudar. Teve que

andar muito, até que chegou a uma casa abandonada, muito longe da sua. Estava

em ruínas… entrou e viu o André! Esteve a falar com ele, e admitiu que a tinha

raptado. Mas também lhe explicou que o que fez foi porque o pai e a mãe nunca lhe

ligaram e por isso queria ter uma irmã mais nova.

Afinal o André não era assim tão má pessoa, até tinha um lado bom.

Tornaram-se amigos.

Fim

Page 6: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Inês Carneiro – 6ºD

História de amor

Numa noite de luar, em Paris, o Rui foi dar um passeia pela Torre Eiffel.

Quando estava a entrar para o elevador encontrou lá a Luísa.

Ela era uma menina simpática, brincalhona mas um pouco teimosa. Tinha

os olhos esverdeados e o cabelo preto com caracóis.

De repente veio uma tempestade muito grande e a luz foi-se abaixo, o

elevador parou.

A Luísa começou a ficar aflita e o Rui sem saber o que fazer agarrou-a.

Ela olha para trás quando o vê quase a beijá-la. Ficou corada…

Ele ao ver a sua aflição disse-lhe:

- Não te preocupes… Isto resolve-se já…

- Mas eu não posso estar fechada muito tempo, tenho claustrofobia!

De repente ela desfaleceu e o pobre rapaz sem saber o que fazer gritou

a pedir ajuda.

- O que é que eu faço? O que é que eu faço?

Ainda bem… a luz voltou e o elevador continuou a subir.

Já no terraço da Torre a Luísa acorda ao colo do Rui. Surpreendidos

trocam um beijo inspirado.

Mais uma vez Paris fez nascer uma linda história de amor…!

Cristiana Gil – 6ºC

Page 7: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

O Convite

A Rita e o Afonso são um casal jovem e feliz que se conhecem há algum tempo.

Ela com os seus olhos azuis da cor do mar, os lábios de romã e os longos caracóis

que o encantaram desde o primeiro olhar que trocaram.

Também ele com os seus profundos olhos castanhos emoldurados por uma

brilhante cabeleira ruiva, não passava despercebido.

Ambos tinham o sonho de construir uma carreira de sucesso: ele como futebolista e

ela como cantora.

Certo dia Afonso, convidou Rita para um jantar romântico como era costume entre

eles.

Estava a correr tudo bem até que ele anuncia:

- Rita meu amor! Fui convidado para ir jogar para Londres no The Football Club!

- Que bom! - respondeu ela, um pouco desanimada.

Afonso percebeu logo uma certa tristeza nos olhos dela .Assim eles não se veriam e

teriam de se separar.

Rita andou distante durante uns tempos.

Ambos acharam que o melhor era acabar, um namoro à distância raramente

resulta…

Num sábado à tarde, Rita foi à aula de canto. Também ela tinha o sonho de alcançar

o sucesso através da música.

- Olá, minha querida, tenho uma grande novidade para ti! - exclamou a professora -

a Internacional School of London selecionou uma das nossas alunas para um curso.

Estás interessada?

Rita nem queria acreditar, era Londres, a cidade para onde Afonso ia jogar. Foi ter

com ele, para lhe dar a novidade.

Afinal os finais felizes não são só nas histórias.

FIM

Inês Carneiro – 6ºD

Page 8: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Um passeio de barco

A Rita e o Afonso, eram dois jovens namorados: ela com dezassete anos e ele com

dezoito.

O Afonso, tinha o cabelo ruivo e curto, olhos castanhos amendoados, nariz pequeno

e arrebitado, boca grande com lábios finos. Era simpático e romântico.

A Rita, essa, era teimosa e ciumenta mas também carinhosa. O cabelo ondulado e

castanho, os olhos azuis de safira, a boca pequena e os lábios de papoila davam-lhe um

ar doce.

Certo dia, o Afonso decidiu fazer-lhe uma surpresa. Preparou tudo para uma viagem

de barco inesquecível a dois.

Partiram felizes e contentes com a ansiedade de quem queria viver uma aventura.

A lua cheia refletida no mar, e o som das ondas a baterem no barco davam um

toque especial e romântico a esta cena.

Certa noite, o barco começou a balouçar fortemente empurrado pelo vento e pela

chuva.

Afonso acordou no hospital e olhou em seu redor.

- Onde estou? O que aconteceu? Rita, meu amor, onde estás?

- Calma Afonso… – disse a D. Alzira, sua mãe – ela está bem, tudo não passou de um

susto, está no quarto ao lado com os pais.

Passado algumas semanas, saíram os dois do hospital, mas com o aviso do médico

de que tinham de repousar.

Quando se encontraram lá fora, correram para os braços um do outro, esquecendo-

se do que o médico lhes dissera.

Desde então, ficaram os dois com pavor de barcos, mas em contrapartida nunca

mais se separaram um do outro.

Inês Duarte – 6ºD

Page 9: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

O golo da vitória

Esta é a história de três amigos : a Ana, o Rui e a joaninha Pintinhas.

Ana é uma rapariga de cabelo longo e castanho, olhos azuis e brilhantes como um rio

de água cristalina. A Pintinhas é uma joaninha pequena com as suas bolinhas pretas,

redondas e as suas duas antenas.

O Rui abriu muito os seus grandes olhos castanhos e sacudiu os caracóis negros que

lhe tapavam a testa.

- Estou muito nervoso. Tenho de marcar só mais um golo para ser o melhor

marcador da liga! Espero consegui-lo graças às minhas chuteiras “mágicas”! –

exclamou o Rui.

- Que bom Rui! Espero bem que consigas! - disse a Ana muito entusiasmada.

Quando o Rui já estava no estádio sentiu que se tinha esquecido de alguma coisa e

disse:

- Huuuummm? Ahhhhh! Esqueci-me das chuteiras! Oh não, o jogo começa daqui a

cinco minutos! Pintinhas e Ana, podem ir buscar-me as chuteiras, por favor?

- Ok! Eu vou já a correr. Até já. – respondeu a Joana

O jogo começou e o Rui ficou” stressado”. No intervalo, a Ana e a Pintinhas

chegaram com as chuteiras “mágicas”. O Rui entrou no jogo. Não conseguia marcar um

golo.

Faltava um minuto para o fim e as equipas estavam empatadas a zero. Mas ainda

faltava uma última jogada.

- Passa, passa! – gritou o Rui para o colega de equipa.

-É golooooooooo !!!!!!!!!!!!!!!! – cantou o comentador – O Rui marca o golo da

vitóriaaaaaaaa!!!!!

O Rui recebeu a bota de ouro e guardou-a no quarto e no coração.

Manuel Orsini – 6ºD

Page 10: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Uma história de amor em Nova Yorque

Há dez anos atrás…

Numa tarde de muito calor, em Nova Yorque, a Marta, uma menina muito simpática

passeava junto das Torres Gémeas quando encontrou um colega de escola:

- Olá, John! Há quanto tempo…

- Não foi assim tanto! Só ainda passou um mês de férias.

- Olha, queres ir ao shopping?

De repente ouve-se um barulho… Buuuuuuummmmmm…

Um avião chocou contra as Torres Gémeas e toda a gente desatou a correr. Durante alguns

segundos parecia ser o fim do mundo.

O John puxou pelo braço da Marta e desataram a correr a toda a velocidade. E...logo depois

outro avião… tudo se repete: Buuuuuuummmmmm… Começaram a correr ainda mais

depressa.

Como a casa do John não era assim tão longe dirigiram-se para lá. Mal chegaram a Marta

desmaiou e o John desatou a gritar:

- Mãe… mãe a Marta desmaiou…

Quando a Marta acordou o John beijou-a e disse-lhe:

- Que susto!…

E voltaram a beijar-se…

Magalie Chaves-6 C

Page 11: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Em Busca da Princesa…

Era uma vez, um príncipe chamado Duarte que vivia num reino chamado

Durdilândia.

Esse príncipe alto, de cabelos loiros, olhos azuis era um bom rapaz, simpático,

amável e capaz de fazer tudo para conseguir o que queria.

Duarte tinha um desejo: ter o amor da sua princesa Diandra que tinha sido raptada

pelo Maléfico Maltazar. Diandra tinha uns belos e lisos cabelos pretos, olhos de

esmeralda, e estatura mediana.

Certo dia, a aventura começou…

O príncipe parte em direção ao bosque, em tentativa de encontrar a princesa.

Pelo caminho, este encontra uma surpresa: uma fada que está disposta a ajudá-lo:

-O que procuras, príncipe? - Pergunta-lhe ela.

O príncipe responde:

- Estou à procura da minha amada Diandra que foi raptada!

- E sabes quem é o raptor?

- Não, mas já estou a tentar averiguar isso! Mas, tu como és fada deves saber onde

é que ela está! – exclamou Duarte

- Por acaso, estás com sorte! Eu sei quem a raptou e onde ela está! – disse a fada.

-Então, podes dizer-me tudo o que sabes? – tentou saber Duarte

-Ela foi raptada pelo Maléfico Maltazar…

-O quê? Esse monstro?

- Sim, mas deixa-me acabar. Se foi raptada por ele já deves calcular que está no

reino dele.

- Como é que eu não desconfiei dele!? Nós queremos casar com a mesma

princesa!... Que inútil! – Duarte, finalmente, percebeu tudo.

Pegando no seu cavalo, exclamou:

-Sendo assim… Cá vamos nós à procura do reino de Maltazar!

Pelo caminho, encontrou um velho sábio e dirige-se a ele.

-Bom dia!

-Bom dia, príncipe Duarte, do reino Durdilândia. – proferiu o velho que se chamava

Justino.

-Sabe, o senhor tem cara de sábio! - afirmou Duarte.

Page 12: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

-Sim! É verdade!

-Desculpe-me mas tenho de partir, tenho a minha princesa em perigo! - disse o

príncipe apressado.

E partiu… Mal ele sabia o que o esperava. Maltazar já sabia que ele tinha partido e

preparou inúmeras armadilhas.

Perto do reino de Maltazar tudo começou: é brutamente atirado ao chão, pelas

enormes unhas da bruxa Zita Parasita que continham escorpiões venenosos. É atacado

e mordido ficando com a malvada doença “Parasita dos dez anos”. Esta era uma

doença que durava deixando a pessoa imobilizada.

Para Duarte se livrar desta maldição a sua amada Diandra teria de casar com o

terrível Maltazar.

O velho como era sábio pressentiu algo de mal e resolveu pôr-se ao caminho…

Passado algum tempo encontrou Duarte estendido no chão imobilizado e percebeu

logo o que se tinha passado.

- Ainda bem que sei como curá-lo!

E começou a tratamento com a ajuda da sua velha amiga Sanguessuga pois foi ela

quem sugou o sangue ao príncipe para lhe tirar o veneno.

Finalmente curado, Duarte, entra no maléfico reino. Maltazar diz em tom de fúria:

-É agora que começa a batalha!

Infelizmente o príncipe é derrotado feito escravo.

Sendo escravo, tinha de transportar comida para o rei.

Os dias iam passando e o príncipe cada vez estava mais farto.

Mas uma coisa estava para acontecer…A fada estava a caminho para o salvar

estavam a planear decapitar Duarte.

Chegou o momento… Maltazar, finalmente, ia ver-se livre dele.

-É agora! É agora, que o momento da morte chegou. Guardas DECAPITEM-NO!

Enquanto isto Duarte e Diandra, com a ajuda da fada e do velho sábio fugiram do

reino.

Entretanto o velho monstro, gritou:

-Como é que eu me deixei enganar por estes inúteis!

E de imediato mandou animais e monstros perseguir os dois enamorados.

Mas, felizmente, conseguiram chegar a tempo ao seu reino. Mandaram fechar

todos os portões, impedindo a entrada dos seus perseguidores.

Page 13: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Vitória, vitória acabou-se a história!

Maltazar teve de procurar outra princesa para casar.

Fim!!!

Katia Cavaleiro e Cristiana Gil - 6ºC

Page 14: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Férias de Verão na ilha de Malibu No fim do ano escolar…

Numa tarde calorenta a família Silva decidiu escolher o local para passar as férias de Verão.

No dia seguinte, os pais, Marta e Daniel, foram tirar os bilhetes de avião.

Uma semana depois partiram de viagem… esta demorou dois dias. Quando lá chegaram

ficaram maravilhados com aquela beleza e o Diogo, o irmão mais novo disse:

- Que bonito! Isto é magnífico!

- Concordo plenamente!-disse a Alexandra.

- Papá, o hotel fica muito longe?

- Não, é já ali à frente.

Quando chegaram ao hotel, o rececionista perguntou:

- Quantas pessoas são?

- Somos seis.

- Eu só estou a ver quatro.

- Oh não! A Alexandra e o Rafael desapareceram, devem - se ter perdido no caminho.

Passadas horas, eles não os encontraram e puseram-se a pensar no que haviam de fazer. De

repente o Diogo gritou:

- Podíamos contratar um detective, como nos filmes, ia ser bué fixe!

- Boa ideia!- disse a avó

- Não acho assim tão boa ideia- afirmou o pai- mas podemos sempre tentar.

Depois de ligarem a um detective, foram ter com ele para acertar pormenores.

No dia seguinte, os pais, foram acordados por um telefonema do detective a dizer que já

tinha encontrado os seus filhos.

Assim, continuaram as suas férias de Verão naquela ilha fantástica…

Magalie Chaves,6ºC

Page 15: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

ANAGRAMAS

-Ide-me buscar um gelado!

-Não, não somos tuas empregadas!

-Ei!... não sejam assim!

-Somos, e tu aproveitas-te de nós.

-Calem-se, não digam isso.

-Ambas sabemos que é verdade.

-Rita! Sempre fomos as melhores amigas.

-Nem por isso!

-Então queres dizer que vivi enganada!

-Inês! Esquece a nossa amizade!

-Rita! Se é assim que queres…!

-Ok, fiquemos assim!

Inês Setas Carneiro 6º D

Page 16: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

-Isto está a ser uma seca!

-Nunca estive num sitio tão aborrecido!

-Então vamos sair daqui!

-Sim, vamos para a casa da árvore!

-Duarte, passa-me esse brinquedo!

-Um qualquer?

-Aquele que está em cima do baú!

-Raquel, eu não estou a ver nada!

-Tu nunca vês nada, não é?

-Então, que te deu?

-Tu parece que tens uma venda nos olhos!

-Ai!... não sejas assim para mim.

-Liga a luz, para veres melhor.

-Há uma coisa lá fora.

-Agora inventas, não é?

-Se parássemos com a discussão era bem melhor!

Inês Duarte Talhas Martins 6º D

Page 17: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

-Manuel, olá! Tudo bem?

-Agora estou bem, mas há bocado não.

-Não estavas bem, porquê?

-Uma bolacha caiu-me ao chão…

-Ei! Que desgraça…

-Livra-te de fazer troça!

-Olha, até parece que é uma bolacha especial.

-Ris-te, mas sim, era uma bolacha especial.

-Sim, sim. E qual era a sua especialidade?

-Infiltrar-se em sítios onde as pessoas não chegam!

-Não me digas, todas as bolachas conseguem fazer isso, principalmente depois de as comeres!

-Inteligente, descobriste o meu segredo!

Manuel Orsini Vilhena Pereira de Sampaio - 6ºD

Page 18: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

À Descoberta da Sereia

Era uma vez uma sereia de cabelo loiro e encaracolada como as ondas quando

vão rebentar.

Certo dia quando nadava perto da costa, viu que uma senhora de idade a

observava.

Carol baixou logo a cabeça, pois nenhum humano sabia que as sereias existem,

e acham que são um mito.

A velha ficou tão assustada com o que viu, que decidiu ir à procura de ajuda.

- Boa tarde, preciso da sua ajuda, acho que vi uma sereia- pediu a velha

senhora ao jovem que ia a passar.

- Hum… uma sereia… um mito, personagem de fantasia e contos de fadas.

Ninguém até hoje viu alguma- respondeu.

O jovem ficou desconfiado mas pensou: “Se as sereias andam no mar, eu tenho

de lá ir.”

Arranjou um fato, barbatanas, óculos , botija de oxigénio e partiu para a sua

aventura no mar.

A água estava fria, pois tinha chovido a noite toda. Antes de entrar no mar ele

gritou:

- À descoberta da sereia!

Quando entrou no mar deu de caras com muitas… muitas sereias. Umas a

cantar, outras a dançar (abanando a barbatana de um lado para o outro) e outras

apenas a conversar.

O rapaz ficou maravilhado, pois com aquela descoberta ganharia muito

dinheiro.

As sereias, mal o viram ficaram aflitas, mas depressa arranjaram uma solução.

Carol lançou um feitiço que transformou o intruso no mais lindo homem-sereia alguma

vez visto.

Escusado será dizer como terminou esta aventura…. Viveram felizes para

sempre nas profundezas do oceano Pacífico.

Inês Setas Carneiro Nº10 6ºD

Page 19: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

O cavaleiro negro Era um guerreiro destemido de armadura preta com uma pena vermelha no capacete, tinha duas lanças cruzadas nas costas e uma espada afiada na cintura. O seu cavalo também era preto, todo armadilhado com capacete cinzento e picos no focinho e uma armadura do pescoço até à cauda. Andava a vaguear nas terras de ninguém à procura de uma princesa para casar. Quando o sol se escondeu no horizonte parou para beber num riacho de água cristalina onde se viam pequenos peixinhos dourados como ouro. Mas de repente um velho mágico de barba branca pelos joelhos que vestia um manto e chapéu azul com estrelas douradas abanou a varinha e o guerreiro transformou-se num fantasma. O feiticeiro estalou os dedos e numa nuvem de fumo desapareceu deixando cair um papel onde dizia: -Se queres voltar ao normal terás de me trazer o tesouro dos Mendes. O guerreiro, agora fantasma, não dormiu nada a pensar como iria tirar-lhes o dito tesouro. De manhã com o plano na cabeça partiu para o seu palácio. Na hora em que os guardas trocaram de turno ele passou pela parede sem ninguém ver, já dentro do palácio estudou e roubou a planta da casa. O tesouro estava no sexto andar debaixo do chão. No andar debaixo havia um dragão preto que cuspia fogo. O guerreiro-fantasma teve de passar ali a noite até perceber que o dragão dormia de olhos abertos e via tudo de olhos fechados. Assim, sabendo o segredo, conseguiu passar por ele e roubar o tesouro. Agarrou em tudo, montou o seu cavalo e fugiu. Enquanto isto os guardas largaram os cães e o dragão. No portão ao sair do palácio viu uma princesa linda… linda…. parou a olhar para ela… deixou-se apanhar. Já na prisão a princesa salvou-o. Com o tesouro fugiram até ao feiticeiro, onde voltou ao normal. O guerreiro e a princesa andaram na direção do pôr do sol… Pouco tempo depois : -Declaro Braidy o nobre guerreiro e Mickayla a linda princesa: marido e mulher.

Miguel Setas Carneiro, 6ºD

Page 20: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

O Peixe falante…

Numa tarde de Verão, o Simão e a Sofia estavam a pescar nas margens de um rio.

A certa altura, o Simão puxou a cana e viu um peixe que nesse preciso momento,

começa a falar:

-Olá. Por favor ajuda-me!

O Simão muito assustado, responde:

-Quem és tu? Como te chamas? Porque queres que eu te ajude?

-Já agora, apresento-me, sou o Fifa, um peixe falante. E tu? - perguntou ele.

-Eu sou o Simão. Mas ainda não me disseste para que precisas da minha ajuda.

-Eu preciso da tua ajuda porque um dia, encontrei uns pescadores e eu disse - lhes

olá. Agora querem - me apanhar para fazer bruxedo. - disse o peixe.

-Não estou a perceber nada.- disse o Simão, admirado.

-Eles estão ao mando de uma bruxa que quer as minhas escamas, para fazer uma

poção com a qual irá dominar o mundo.- explicou o peixe.- Tens que me ajudar!

-Sim, claro que te vou ajudar, não quero que aquela bruxa malvada mande no

mundo. Agora como te vou ajudar é que não sei.- disse o Simão, enquanto pensava

numa solução.

Foi quando de repente o Simão teve uma ideia brilhante, e disse ao peixe:

-Já sei, já sei…! Levo-te para minha casa e ficas a morar comigo e passas a ser o

meu animal de estimação.

-Fixe, mas tens que pedir permissão à tua mãe.- disse o peixe.

O Simão foi perguntar à mãe, e ela aceitou com muito gosto.

Assim todo o mundo ficou salvo.

Iolanda Borges . 6ºC

Page 21: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Viagem espacial

Numa tarde de Verão…

Certo dia, no parque, um grupo se amigos estavam a conversar e a Marta disse:

-Eu gostava tanto de ir ao espaço…

-Tem juízo! – disse a Mariana

-A Marta tem razão, mas o problema é como?!

-O meu pai é cientista! Podíamos levar uma nave espacial.

-Então fala com ele. – sugeriu a Marta

No dia seguinte, o Diogo chegou ao parque radiante, com um sorriso na cara:

-O meu pai concordou. Diz que para a semana nos pode levar. Os vossos pais deixaram?

- Sim. – responderam em coro.

Na semana seguinte, eles dirigiram-se para casa do Diogo, e quando viram a nave espacial

ficaram maravilhados.

Chegados ao espaço, ficaram atónitos ao ver aquela beleza. O Gabriel, pai do Diogo,

exclamou:

- Isto é bonito!

- Isto é lindo e maravilhoso! – acrescentou a Marta.

De repente a nave começou a apitar.

- Oh não! Esqueci-me de ver se a nave tinha combustível que chegue! – disse o Gabriel

- Vamos morrer? –interrogou o Diogo num tom dramático.

A nave começou a descer, e apitava cada vez mais e mais alto.

-Precisam de ajuda? – perguntou um extraterrestre que estava à frente deles noutra nave

espacial.

- Sim, estamos em apuros, já não temos combustível.

- Eu acho que vos posso ajudar. Eu vivo ali! Não se preocupem …sigam-me!

Chegados ao planeta encheram o depósito.

- Muito obrigada! Salvou-nos a vida!

- De nada.

- Voltaremos em breve! Adeus

- Adeus!

Magalie – 6ºC

Page 22: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Mafalda e o camelo

Era uma vez, uma bela princesa que vivia num palácio distante da cidade. Ela era bonita, alta, magra e muito elegante, chamava-se Mafalda.

Certo dia, quando passeava no seu grandioso jardim, como por magia apareceu-lhe um camelo. Num misto de susto e espanto, ela perguntou-lhe:

- Quem és tu? O que estás aqui a fazer? Como é que um camelo tão feio pode estar num jardim tão belo?!

- Posso ser feio mas tenho poderes mágicos.

- Como podes ser feio e mágico ao mesmo tempo?!

- É segredo Mafalda…

- Como é que sabes o meu nome?

- Eu tenho poderes especiais.

- O quê?

- Sim, e também sei que precisas de um talismã.

- Ajuda-me, por favor!

- Sim, é para isso que estou aqui. Eu vou ajudar-te.

Passados alguns dias, eles partiram em viagem num tapete voador, para o mar vermelho à procura do tal talismã.

De repente, na travessia do deserto, uma tempestade de areia fez cair Mafalda. Ela ficou sem conseguir mover-se. Passadas algumas horas, uma menina viu-a e perguntou-lhe:

- O que é que se passa? Porque estás a chorar?

- Caí de um tapete voador. E agora quase não me consigo mexer.

- Oh! Vou-te ajudar!

A menina, que por acaso, também era princesa levou Mafalda para o seu palácio, que se situava no deserto. Tratou dela e passado algum tempo chamou o camelo.

- Desculpa! Eu não dei conta que caíste.

- Não faz mal, já estou bem.

- Já encontrei o teu talismã. Toma é teu!

Ela ficou boquiaberta, ao ver que era um belo colar. O camelo recomendou-lhe:

- Nunca o tires e serás sempre feliz.

No dia seguinte, eles voltaram para a terra de Mafalda.

- Filha, deixaste-nos numa aflição! – Disseram os seus pais com um ar mais alegre.

Page 23: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

- Não se preocupem eu estou bem!

Para festejar o seu regresso, organizaram um baile no castelo para o qual convidaram todos os príncipes da região.

O baile correu às mil maravilhas, e Mafalda conheceu aquele que viria a ser o amor da sua vida.

E assim acabou-se a história!!!

Iolanda Magalhães e Magalie Chaves, 6ºC

Page 24: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Um tesouro nas Caraíbas

Era uma vez um marinheiro chamado Haddock. Era um homem bondoso, ativo e simpático. Tinha olhos verdes como a relva, cabelo castanho e curto.

Certo dia, ele soube que existia um tesouro no meio do mar, o que o deixou muito curioso. Resolveu preparar o seu navio e zarpar com a sua tripulação para partir à procura dele.

Numa noite de luar, um velho sábio apareceu e falou-lhe sobre a história do tesouro:

- Há muitos, muitos anos, um pirata e os seus homens saquearam um navio holandês que se afundou cheio de grandes riquezas, depois de uma luta terrível.

- Isso quer dizer… que o tesouro está nesse navio afundado?!- exclamou o marinheiro.

- Sim, o navio encontra-se algures nas Caraíbas.

- Muito obrigado senhor, agradeço-lhe muito.

E assim, lá foi Haddock e a sua tripulação até às Caraíbas. Tiveram uma viagem muito difícil e cheia de contratempos.

Finalmente, encontraram os destroços no fundo do mar.

Haddock, estava em pulgas, para apanhar o tesouro, mas ele disse para a sua tripulação:

- Só vou eu, só eu desço do navio, sou eu que vou correr risco de morte.

Quando chegou ao fundo, apareceu um diabo que o condenou à morte.

De repente, aparece outra vez o velho sábio que lhe ensina um segredo:

- O ponto fraco do diabo é a orelha!

O velho sábio libertou-o e desapareceu.

Haddock foi atrás do diabo agarrando-o pelas costas. Torceu-lhe a orelha deixando-o sem sentidos.

Então foi buscar rapidamente o tesouro e fugiu.

Estava ele a voltar para casa quando os mafarricos o tentaram apanhar.

Como ele era bom a manusear a espada, conseguiu livrar-se deles e finalmente ficou o tesouro a salvo.

FIM

Manuel Orsini-6ºD

Page 25: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

ESCOLA

É ondE passo o meu tempo

A eStudar, aprender e brincar

Aproveito Cada momento

É onde gOsto de estar

Matemática e Língua Portuguesa

É o que mAis vou estudar.

Passear

Adoro dar longos Passeios

por todo o lado cAminhar

Sozinha ou acompanhada

ajuda-me a penSar

nos mEus problemas

e dilemAs

para os Solucionar.

Inês Duarte e Inês Carneiro – 6ºD

Page 26: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Escola

Uma escola emocional

Uma escola fenomenal

Uma escola sábia

Uma escola cultural

Uma escola atenciosa

Uma escola, sítio onde se aprende

Uma escola básica

Uma escola secundária

Uma escola impressionante

Manuel Orsini e Tiago Pereira -6ºD

Page 27: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

Alexandra

É baixa, bonita, energética

Minha amiga

Adora correr e ter amigas

Tem medo de não ter ninguém para brincar

Quer ir para o parque, para jogar

Vive para ser feliz.

Anabela

É baixa, feliz, bonita

Minha mãe

Adora a sua família

Tem medo de abelhas

Quer conhecer o mundo

Vive para estar com suas filhas.

Manuel

É alto, alegre, trabalhador

Disponível, voluntário

Adora dar passeios e conhecer o mundo

Tem medo de apanhar doenças

Pois quer viver para nos ver crescer.

Iolanda – 6ºC

Page 28: Textos dos alunos

Oficina de Escrita 2011/2012

Professora – Ana Meireles

A MINHA HISTÓRIA

Lá estava eu… na aldeia do Caramulo, no meio de dezenas de árvores.

Mas eu era diferente, era a única que não tinha ninhos nos meus ramos. Isso era a

razão da minha infelicidade.

Todos os dias José e os amigos iam jogar às escondidinhas e nunca contavam na

minha árvore. O casal de namorados, a Rita e o Pedro, todos os fins-de-semana,

estendiam uma toalha no chão, debaixo das sombras das árvores, e faziam um

piquenique, depois colhiam flores, em todas as árvores menos em mim…

Será por eu não ser tão grande como as outras? Tão bonita, ou até tão florida? A

razão não sabia…

Na segunda acordei mais cedo do que o habitual. Estava um frio de morrer e um

vento de cortar a respiração.

Lá para o fim da tarde sinto os meus ramos a mexerem, olho para cima, e dou de

caras com um casal de passarinhos a construir um ninho nos meus ramos.

Muito surpreendida cumprimento-os:

- Olá meus amigos!

-Olá! Eu sou o Zito e esta é a Lita!- apresentam-se eles.

-Têm a certeza, que se querem instalar nos meus ramos?- pergunto eu.

- Certezinha, já estivemos em bastantes árvores e esta é, sem dúvida, a mais

confortável e cheirosa- afirmam.

- Sou cheirosa, mas não me colhem as flores- disse eu tristemente.

- Isso é porque estás muito isolada, encolhida e com uma cara triste.-

explicaram – Tenta estar com um aspecto mais alegre.

Segui os conselhos deles e não é que resultaram? Nunca mais estive sozinha, o

Zé e os amigos começaram a jogar às escondidinhas na minha árvore, a Rita e o

Pedro colhem as minha flores…

Já sou feliz. Eu e o casal de passarinhos passámos a ser inseparáveis.

Inês Carneiro - 6ºD