Poderá a reabilitação incorporar a procura da sustentabilidade? Análise de Caso - Moradia Unifamiliar Gonçalo Teles de Abreu Tarré Dissertação para obtenção do Grau Mestre em Engenharia Civil Júri Presidente: Professor António Heleno Domingues Moret Rodrigues Orientador: Professor Manuel Guilherme Caras Altas Duarte Pinheiro Vogais: Professora Inês dos Santos Flores Barbosa Colen Novembro de 2010
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Transcript
Poderá a reabilitação incorporar a procura da sustentabilidade?
Análise de Caso - Moradia Unifamiliar
Gonçalo Teles de Abreu Tarré
Dissertação para obtenção do Grau Mestre em
Engenharia Civil
Júri Presidente: Professor António Heleno Domingues Moret Rodrigues
Orientador: Professor Manuel Guilherme Caras Altas Duarte Pinheiro
Vogais: Professora Inês dos Santos Flores Barbosa Colen
Novembro de 2010
"Se não pensarmos nas gerações futuras,
elas nunca nos esquecerão”
Henrik Tikkanen [1924 – 1984], Finlândia, Escritor
I
Agradecimentos
A realização desta dissertação, nos actuais moldes, não teria sido possível sem a
colaboração de diversas pessoas e entidades a quem agradeço:
Ao Professor Manuel Duarte Pinheiro por ter aceite orientar‐me neste trabalho,
pela ajuda, incentivo e disponibilidade ao longo do tempo, assim como pela revisão
final do documento.
À CYPE Ingenieros, por terem disponibilizado todo o software que necessitei,
bem como assistência técnica.
Às empresas, All‐aqua, Baixoconsumo, Designlamp, Ecoágua, Globo seguros,
Graf, Osram, Servitis, Sitio das lareiras, Solar project e Vulcano, por todas as
informações prestadas.
A todos os colegas de curso e amigos que me apoiaram desde o início este
trabalho.
Aos meus pais, irmão e namorada pelo apoio e ajuda que me têm dado ao longo
da realização desta dissertação.
II
Resumo O sector da construção desde sempre que assume um papel fundamental em
qualquer sociedade. No entanto, é conveniente ter‐se consciência que um projecto
com deficiências na concepção, ou uma obra mal executada, trará grandes
consequências ao nível do consumo de recursos. Portanto, para procurar a
sustentabilidade, há que se repensar em algumas medidas.
O objectivo desta dissertação é estudar a viabilidade da aplicação de soluções de
reabilitação que aumentem a sustentabilidade de uma habitação. Para tal, optou‐se
por analisar uma moradia unifamiliar isolada, que fosse representativa de um conjunto
de moradias idênticas.
O caso de estudo localiza‐se na Quinta da Beloura e está integrada num conjunto
de outras residências com características muito semelhantes. Apesar de ser uma
construção relativamente recente, concluída em 1997, apresenta elevados consumos
de água, electricidade e gás.
Realizaram‐se algumas visitas ao local de forma a recolherem‐se os dados.
Posteriormente, estes foram tratados e estudaram‐se propostas de melhoria. Neste
trabalho foram analisadas 25 soluções que aumentariam a sustentabilidade em
diversas vertentes, segundo o LiderA.
A par da análise ambiental, realizou‐se para cada solução, uma análise da
viabilidade económica. Criou‐se um cenário que foi constante nos diversos estudos.
Por último, estudaram‐se duas propostas com diferentes soluções a implementar
em simultâneo. A primeira tem como objectivo aumentar a rentabilidade do
investimento inicial, enquanto a segunda procura elevar a sustentabilidade. Concluiu‐
se que a reabilitação pode incorporar a sustentabilidade visto que ambas as hipóteses
são economicamente viáveis e contribuem para a melhoria da sustentabilidade.
Palavras‐chave
Moradia; Reabilitação; Sustentabilidade; Sistema LiderA.
III
Abstract The construction sector has always been very important in any society. A
construction project that presents disabilities in the design or it is poorly executed, will
have a negative impact on the consumption of resources. Therefore, to seek the
sustainability is necessary to rethink on some measures.
The objective of this dissertation is to study the feasibility of the implementation
of some solutions that will lead to a sustainable rehabilitation of some existing
housing. To do this, it was chosen a single family residence, which was representative
of a set of identical houses.
The case study is located in Quinta da Beloura and is integrated in a group of
other houses with similar characteristics. Despite being a relatively recent
construction, completed in 1997, this house has a high consumption of water,
electricity and gas.
There were performed some visits to the site in order to collect the data.
Subsequently this information was analyzed and it was studied proposals for
improvements. There were studied 25 solutions that would enhance sustainability in
different ways, according to LiderA.
Along with the environmental analysis, it was carried out for each solution an
analysis of economic viability. It was created a scenario that was consistent in all
studies.
Finally, there were studied two different proposals for solutions to be
implemented simultaneously. The first one aims to increase the return on initial
investment, while the second seeks to elevate sustainability. It was concluded that
rehabilitation can incorporate sustainability as both alternatives are economically
viable and contribute to improving sustainability.
1.1 ENQUADRAMENTO .............................................................................................. 1 1.1.1 Sustentabilidade ........................................................................................................... 1 1.1.2 Importância da reabilitação .......................................................................................... 4 1.1.3 Reabilitação e sustentabilidade .................................................................................... 6
1.2 OBJECTIVOS E PROGRAMA DE TRABALHO .............................................................. 11 1.2.1 Objectivo ..................................................................................................................... 11 1.2.2 Motivações ................................................................................................................. 11 1.2.3 Programa de Trabalho ................................................................................................ 12
2 ESTADO DE ARTE ...................................................................................... 15
2.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ....................................................................... 15 2.2 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ............................................................................... 17 2.3 REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL .............................................................................. 21 2.4 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL .................................................................. 23
2.4.1 Sistema LiderA e a Reabilitação .................................................................................. 26 2.5 RECURSOS RENOVÁVEIS EXISTENTES EM PORTUGAL ................................................ 27
3 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO ................................................................ 37
3.1 DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO ..................................................................................... 37 3.2 AVALIAÇÃO DO CASO EM ESTUDO SEGUNDO O SISTEMA LIDERA ................................ 39
4 APLICAÇÃO DE MEDIDAS QUE MELHORAM A SUSTENTABILIDADE ........... 45
4.3 SISTEMA DE AQUECIMENTO E PRODUÇÃO DE AQS .................................................. 51 4.3.1 Aquecimento central e produção de AQS .................................................................. 51 4.3.2 Recuperador de calor ................................................................................................. 53 4.3.3 Parede trombe ............................................................................................................ 54
4.6.1 Aproveitamento das águas pluviais ............................................................................ 61 4.6.2 Redutores de consumo de água ................................................................................. 63 4.6.3 Tratamento da água residual doméstica .................................................................... 64
4.7 ACESSIBILIDADES ............................................................................................... 65 4.8 MANUAL DE UTILIZAÇÃO .................................................................................... 67 4.9 ESPAÇOS VERDES .............................................................................................. 67 4.10 REFLEXÃO SOBRE AS MEDIDAS ............................................................................. 68
5 SELECÇÃO DO CONJUNTO DE MEDIDAS E DISCUSSÃO DE RESULTADOS .... 69
5.1 MEDIDAS A CONSIDERAR .................................................................................... 69 5.2 PROPOSTA 1 ‐ MEDIDAS QUE RENTABILIZEM INVESTIMENTO .................................... 74 5.3 PROPOSTA 2 ‐ MEDIDAS QUE OPTIMIZEM A PROCURA SUSTENTABILIDADE .................. 76 5.4 COMPARAÇÃO .................................................................................................. 77 5.5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E RECOMENDAÇÕES .................................................. 78
ANEXO 1 – MEDIDAS DE MELHORIA DE DESEMPENHO SEGUNDO O LIDERA ANEXO 2 – APLICAÇÃO DO RCCTE Anexo 2.1 – Fichas Anexo 2.2 – Folhas de cálculo Anexo 2.3 – Plantas de numeração dos diversos elementos de construção Anexo 2.4 – Informações auxiliares
ANEXO 3 – APRESENTAÇÃO DOS CONSUMOS ANUAIS DA MORADIA, E ESTIMATIVA DA SUA
ANEXO 4 – ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÓMICA Anexo 4.1 – Implementação de tectos falsos com isolamento Anexo 4.2 – Instalação de painéis solares fotovoltaicos Anexo 4.3 – Substituição da caldeira Anexo 4.4 – Implementação de ar condicionado Anexo 4.5 – Substituição da lareira por um recuperador de calor Anexo 4.6 – Implementação de paredes trombe Anexo 4.7 – Substituição das actuais lâmpadas por LEDs Anexo 4.8 – Substituição das actuais lâmpadas por LFC Anexo 4.9 – Substituição da máquina de lavar a roupa Anexo 4.10 – Substituição da máquina de secar a roupa Anexo 4.11 – Substituição da máquina de lavar a loiça (hipótese 1) Anexo 4.12 – Substituição da máquina de lavar a loiça (hipótese 2) Anexo 4.13 – Substituição do frigorífico e congelador (hipótese 1)
VI
Anexo 4.14 – Substituição do frigorífico e congelador (hipótese 2) Anexo 4.15 – Sistema de aproveitamento de águas pluviais Anexo 4.16 – Redução do consumo de água Anexo 4.17 – ETAR Compacta Anexo 4.18 – Manual de utilização
ANEXO 5 – ORÇAMENTO DAS MEDIDAS DE REABILITAÇÃO ESTUDADAS ANEXO 6 – ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL Anexo 6.1 – Levantamento de lâmpadas Anexo 6.2 – Composição do sistema de iluminação artificial com LEDs Anexo 6.3 – Composição do sistema de iluminação artificial com LFC
ANEXO 7 – ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÓMICA E AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE Anexo 7.1 – Proposta 1 Anexo 7.2 – Proposta 2
ANEXO 8 – PLANTAS COM A APLICAÇÃO DAS MEDIDAS ANALISADAS Anexo 8.1 – Planta de implementação Anexo 8.2 – Planto do piso 0 Anexo 8.3 – Planto do piso 1 Anexo 8.4 – Planta da cobertura
VII
Lista de Figuras Figura 1‐1 ‐ Reabilitações do edificado e construções novas, em Portugal, entre
Tabela 4‐2 – Avaliação económica das medidas de iluminação natural .............. 57
Tabela 4‐3 – Características, preços e quantidades dos LEDs .............................. 58
Tabela 4‐4 – Características, preços e quantidades das LFC ................................ 59
Tabela 5‐1 – Tabela síntese dos principais indicadores económicos e da alteração
dos critérios LiderA®, com a implementação das medidas analisadas. ......................... 71
Tabela 5‐2 – Proposta 1: Implementação das medidas analisadas que maximizam
o retorno do investimento. ............................................................................................ 75
Tabela 5‐3 ‐ Proposta 2: Implementação das medidas analisadas que maximizam
a sustentabilidade. ......................................................................................................... 76
Tabela 5‐4 – Comparação dos consumos de recursos. ......................................... 77
X
Acrónimos AEA Agência Europeia do Ambiente
ANQIP Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais AQS Águas Quentes Sanitárias
BREEAM Building Research Establishment: Environmental Assessment Method CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency CEPAS Comprehensive Environmental Performance Assessment Scheme for Buildings
CIB Conseil International du BâtimentCIRS Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares COP Coefficient of Performance
DGNB German Sustainable Building CouncilEMAS Eco‐Management and Audit SchemeEQB Environmental Quality BoardETA Especificação Técnica da ANQIP
ETAR Estação de Tratamento de Águas ResiduaisHQE Haute Qualité Environnementale dês BâtimentsINE Instituto Nacional de EstatísticaIPA Inovação e Projectos em AmbienteIS Instalação Sanitária
ISO International Organization for StandardizationIVA Imposto sobre o Valor AcrescentadoLED Light Emitting Diode LEED Leadership in Energy & Environmental DesignLFC Lâmpadas Fluorescentes Compactas
LiderA Liderar pelo Ambiente para a Construção SustentávelLNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil
NABERS National Australian Buildings Environmental Rating SystemOCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
PDM Plano Director MunicipalPVC Policloreto de Vinilo
RCCTE Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios RESP Rede Electrica de Serviço Público
RSECE Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios SAAP Sistema de Aproveitamento de Águas PluviaisSBAT Sustainable Building Assessment ToolSENV Sistema Eléctrico não vinculado ‐ Grupo EDPSRU Sociedade de Reabilitação Urbana
TERI‐GRIHA The Energy and Resources Institute Green Rating for Integrated Habitat Assessment
TIR Taxa Interna de RentabilidadeUE União Europeia UN Nações Unidas VAL Valor Actual Liquido
1
1 Introdução
1.1 Enquadramento
1.1.1 Sustentabilidade
De acordo com o relatório de Brundtland (1987) realizado para a Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, o Homem tem
a capacidade de tornar o desenvolvimento sustentável, garantindo que as suas
necessidades do presente são satisfeitas sem comprometer as gerações futuras. O
conceito de desenvolvimento sustentável tem limites, não limites absolutos, mas
limites impostos pelos estágios actuais da tecnologia e da organização social no que
respeita aos seus recursos naturais, e pela capacidade da biosfera absorver os efeitos
da acção humana.
É importante ter‐se presente que somente 10% do que se extrai do planeta pela
industria se torna produto útil. O restante é resíduo. Desta forma, é urgente ter‐se
uma gestão sustentável que nos conduza a um consumo equilibrado, minimizando‐se a
utilização de recursos naturais e tóxicos. O desenvolvimento sustentável não é
ambientalismo nem apenas ambiente, mas sim um vasto processo de equilíbrio entre
objectos económicos, financeiros, ambientais e sociais (Neto e Mano, 2009).
Segundo Guedes et al (2009), o consumo médio de energia nos edifícios ronda os
25% do total nacional, podendo chegar perto dos 40% nas grandes cidades onde reside
a maioria da população. A tendência é que esse consumo se aproxime da média da UE
(40%) nos próximos anos. Tendo em conta que 80% da energia utilizada em Portugal é
derivado do petróleo (importado), os profissionais do sector da construção civil,
nomeadamente os arquitectos e os engenheiros, têm uma grande responsabilidade na
inversão desta tendência, devendo por isso promover o desenvolvimento sustentável.
Em Portugal, como na maioria dos países Europeus, as pesquisas acerca de
edifícios energeticamente eficientes emergiram na década de 70 através dos
2
engenheiros civis e mecânicos. Apesar de no inicio essa investigação ter apenas como
base questões puramente económicas, passados 20 anos e aliada à crescente
consciencialização dos problemas ambientais causados pelo excesso de consumo
energético, os investigadores sobrepuseram as questões económicas às ambientais. O
facto da energia no inicio do século XX ter um baixo custo, fez com que a sensibilização
para os problema ambientais fosse progressivamente diminuindo tanto na prática
como no ensino, tornando‐se frequente a utilização excessiva da climatização e da luz
artificial (Guedes et al, 2009).
Durante os anos 90 os arquitectos despertaram para este assunto, tendo
começado a adaptar as técnicas utilizadas no passado nas suas estratégias passivas de
projecto: ventilação natural, orientação solar, inércia térmica, sombras, entre outras
(Guedes et al, 2009).
No que toca ao desenvolvimento sustentável, Portugal possui boas
oportunidades em duas áreas: renovação de edifícios e revisão dos critérios de
conforto (Guedes et al, 2009).
No final dos anos 90, o número de arquitectos interessados na sustentabilidade e
baixos consumos aumentou substancialmente. Um exemplo dessa situação é o caso
das “Torres Verdes” e o “Edifício Solar XXI” projectados pela Arq. Livia Tirone. Nas
“Torres Verdes” conseguiu‐se uma redução de 40% no consumo de energia, quando
comparado com um edifício convencional, adicionalmente, o nível de satisfação dos
seus ocupantes é 90% superior (Guedes et al, 2009).
Segundo Tirone (2009), os edifícios são os principiais responsáveis pela produção
de resíduos, atribuindo‐lhes um consumo de cerca de 40% da energia total produzida
nos países da OCDE. A autora acrescenta ainda que a indústria da construção explora
os recursos naturais francamente acima dos níveis de sustentabilidade.
Actualmente nos tecidos urbanos os edifícios representam simultaneamente o
local de trabalho e de descanso, o que consequentemente faz com que as pessoas
passem a maior parte do seu tempo no interior dos mesmos. Na Europa
contemporânea, estima‐se que o tempo médio dispendido dentro de edifícios, se situe
entre os 80 e os 90%. Daí a grande importância de realizar uma boa concepção e
3
construção do edificado de forma a não prejudicar a saúde dos seus ocupantes
(Pinheiro, 2006).
De acordo com uma notícia publicada no Journal of Epidemiology and
Community Health, que teve como base um estudo elaborado por uma equipa da
University College of Dublin em 2003, “Portugal é o país da Europa em que mais se
morre de frio.” (Healy, 2003). Este facto deve‐se à falta de qualidade na construção
praticada em Portugal nos últimos anos, que está muito aquém do desejável, criando
contextos que impedem até hoje que se alcance um conforto ambiental digno de ser
habitado. Como consequência deste tipo de edificado é necessário recorrer à utilização
de energias convencionais para se obter o conforto pretendido. Este é um dos grandes
factores que contribuem para um contínuo aumento de consumo de energia em
Portugal (Nunes, 2007).
De forma a minimizar este consumo energético devem‐se criar ambientes
interiores salubres e confortáveis, onde esteja presente a harmonia entre o edificado,
o clima e o contexto físico em que está inserido.
Portugal está localizado numa zona mediterrânica onde as temperaturas médias
exteriores estão próximas das que se consideram confortáveis em espaços interiores.
No entanto, Portugal tem o mesmo nível de consumo energético que os países do
Norte da Europa (Tirone, 2008).
Se fosse retirado proveito das condições climáticas em Portugal, construindo
edifícios que transportem as temperaturas médias do exterior para o interior das
habitações sem permitirem extremos de temperatura, aumentar‐se‐ia o conforto das
pessoas que habitam estes espaços e reduzir‐se‐iam os custos de operação e
manutenção dos mesmos. É ainda de salientar que a localização de Portugal é bastante
favorável à produção de energia descentralizada através da radiação solar, dos ventos
e das chuvas (Tirone, 2008).
4
1.1.2 Importância da reabilitação
De acordo com o relatório publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
sobre construção e habitação em Portugal: “Estatísticas da Construção e Habitação
(2008)”, conclui‐se que na década de 1998 a 2008 o número de edifícios de habitação
familiar clássica e o número de fogos aumentaram 12,0% e 19,6% respectivamente.
Comparativamente ao último Recenseamento da Habitação (2001), o número médio
de habitantes por fogo diminuiu cerca de 8%, mais exactamente de 2,02 para 1,86, e o
número de fogos por edifício cresceu 3,8% de 1,6 para 1,66. Em 2008 cerca de 17,1%
dos edifícios concluídos foram objecto de alterações e ampliações, o que representa
um crescimento de 0,1 pontos percentuais face a 2007 (17,0%).
Analisando estes dados, é visível o crescente aumento do número de edifícios de
habitação em Portugal, acompanhado pelo aumento do número de fogos por edifício.
No entanto, o número médio de habitantes por fogo diminuiu (INE, 2009).
Durante o ano de 2008 foram concluídas 53 600 obras, correspondendo 66,7%
das mesmas a edifícios provenientes de construções novas para habitação familiar, dos
quais 88,4% são moradias. Mais de trinta mil moradias ficaram prontas a habitar em
2008, dai a importância do estudo deste tipo de construção (INE, 2009).
Embora a construção seja predominantemente de edifícios, (que representa
cerca de 79,9% do total de todas as construções), é de realçar que a reabilitação na
edificação é uma aposta crescente no sector da construção civil, uma vez que as
alterações e ampliações começaram a ganhar importância relativamente aos anos
anteriores. Especial destaque para as regiões do Alentejo e de Lisboa com valores
superiores a 20% (INE, 2009).
Tal facto pode resultar de certo modo do reconhecimento da existência de uma
saturação do mercado das novas habitações, centrando‐se agora as empresas de
construção na reabilitação do edificado (INE, 2009).
Nas últimas décadas, as principais cidades da Europa ocidental têm valorizado a
requalificação urbana, com o duplo objectivo de dar resposta às potenciais carências
habitacionais da população e promover a proximidade entre actividades e pessoas
(INE, 2009).
5
Porém, Portugal nos últimos anos assistiu a um incremento da oferta.
Provavelmente devido ao crescimento do número de fogos construídos e ao aumento
da procura de residência própria que aumentou devido à maior facilidade de acesso ao
crédito de habitação por via da diminuição das taxas de juro (de 1991 a 2005) e do
aumento do rendimento médio das famílias. Esse incremento da oferta é ainda
justificado em parte com a elevada inércia do mercado de arrendamento de
habitações, em alguns casos bastante degradadas (INE, 2009).
A existência de diversos programas e planos no âmbito da requalificação e
enquadramento legal, sugerem a relevância atribuída a este processo no âmbito do
desenvolvimento sustentado das áreas urbanas. O conceito de requalificação urbana
compreende os processos de renovação, reestruturação ou reabilitação urbana,
promovendo‐se a valorização ambiental e a melhoria do desempenho funcional do
tecido urbano (INE, 2009).
Segundo Flores‐Colen (2009), a reabilitação corresponde à introdução de
melhorias no edifício, sem alterações profundas às suas características originais,
podendo incluir algumas acções (embora limitadas) de remodelação e modificação ao
nível dos elementos.
Em 2008, dos 53600 edifícios concluídos em Portugal, cerca de 10700 (20%)
correspondiam a obras de alteração, ampliação e reconstrução. Comparando com o
ano de 2007, registou‐se um acréscimo de 5,7% no número de edifícios reabilitados,
sendo que a maior parte destes (66,3%) correspondem a obras de ampliação. As
reconstruções correspondem à mais pequena fatia das obras de reabilitação do
edificado, com um peso de 14,5% (INE, 2009).
Analisando o período de 1995 a 2008 no que toca à evolução das obras
concluídas em edifícios (reabilitações do edificado e construções novas) em Portugal,
observa‐se através da Figura 1‐1, duas fases de crescimento distintas. Até 2002,
assistiu‐se a uma relativa estabilidade das reabilitações do edificado e,
simultaneamente, a um aumento das construções novas. Apesar de ser notório uma
ligeira quebra das reabilitações do edificado no período de 2001 e 2002, é
principalmente a partir de 2003 que se denota uma quebra sustentada (apesar de não
muito acentuada) deste tipo de obras, associada a uma tendência de diminuição das
6
construções novas. Assim, assiste‐se desde 1995 a uma diminuição da importância das
obras concluídas de reabilitação do edificado, atingindo a sua expressão mínima de
15,8% em 2002 e um peso máximo de 24,2% em 1996 (INE, 2009).
Analisando os dados da Tabela 1‐1, referentes aos censos de 2001, seria
expectável um aumento da importância das obras de reabilitação do edificado,
correspondente a um crescimento significativo deste segmento da construção. De
acordo com os dados do recenseamento da habitação de 2001, a idade média dos
edifícios a nível nacional é próxima dos 34 anos e apenas 19% foram construídos entre
1991 e 2001. As necessidades de reparação atingiam cerca de 38,1% dos edifícios e
2,9% apresentavam um elevado estado de degradação. O valor estimado dos fogos a
exigir médias, grandes ou muito grandes reparações rondava os 800.000 (INE, 2009).
Tendo em consideração a evolução das obras de reabilitação do edificado, é
possível concluir que o esforço de investimento em obras no sector habitacional tem
sido predominantemente orientado para a construção nova em prejuízo das obras de
reabilitação. No entanto estão presentes as necessidades de reparações dos edifícios
na generalidade do país (INE, 2009).
1.1.3 Reabilitação e sustentabilidade
De acordo com Appleton (2009), actualmente a reabilitação de edifícios antigos é
uma tarefa de grande relevância em todo o mundo, quer seja por razões culturais,
Figura 1‐1 ‐ Reabilitações do edificado e construções novas, em Portugal, entre 1995‐2008 (INE, 2009)
Tabela 1‐1 – Necessidades de reparações em edifíciosem 2001 (INE, 2009).
7
ambientais ou económicas. A preservação dos valores culturais é algo essencial. Se até
à primeira metade do séc. XX o conceito de património arquitectónico estava
basicamente restringido a monumentos e outros edifícios e construções especiais,
depois de Veneza (1964), este conceito alargou‐se substancialmente passando a incluir
sítios, centros urbanos antigos e até mesmo edifícios correntes. Até então, os velhos
quarteirões eram demolidos em nome de princípios higienistas. No entanto, os
conjuntos antigos de edifícios correntes são muito importantes para a história das
cidades e dos seus habitantes, porque ilustram o progresso recente da humanidade e
como os edifícios se foram adaptando continuamente às diferentes formas de vida. Os
edifícios correntes são o suporte físico de diversos movimentos estéticos, de
arquitectura e arte, e representam um testemunho vivo da relação entre o homem e a
arte ao longo do tempo.
Quanto à protecção ambiental, é necessário ter presente que reabilitar edifícios
antigos significa preservar uma grande parte dos elementos construídos, reduzindo a
quantidade de demolições necessárias e das correspondentes reconstruções.
Reabilitar significa consumir menores quantidades de energia na produção e aplicação
de produtos de construção, diminuir as emissões de CO2 e reduzir as quantidades de
produtos de demolição a remover e destruir. Além de que, tanto quanto possível, são
utilizados materiais tradicionais, naturais (madeira, pedra, areia e cal), por oposição à
utilização de materiais industriais artificiais como o cimento, o aço, o alumínio, o PVC e
outros materiais poliméricos. Assim, a reabilitação pode facilmente ser sustentável
(Appleton, 2009).
As vantagens económicas da reabilitação podem existir, apesar dos preços
unitários dos trabalhos poderem ser mais elevados na reconstrução quando
comparados com a nova construção, existe no primeiro caso uma redução dos custos
com a demolição, licenças, taxas, estaleiro, os projectos são mais facilmente
aprovados, menores perturbações no tráfego urbano e menos materiais para se
realizar a obra. Perante todos estes factores, o custo total da intervenção de
reabilitação pode ser menor do que o da construção de um edifício novo (Appleton,
2009).
8
A sustentabilidade de uma operação de reabilitação decorre das condições
objectivas em que é realizada, sendo determinada por projectos economicamente
optimizados de acordo com alguns dos princípios já apresentados. Mais difíceis de
determinar, pela falta de experiência que, neste capítulo, marca todas as operações de
construção, as vantagens ambientais que decorrem da reabilitação são um factor com
grande peso na avaliação da sustentabilidade de uma intervenção em que é
preservada grande parte do objecto construído existente. Mais ainda, quando
analisada à luz de critérios de natureza patrimonial/cultural, a reabilitação integra uma
componente de conservação tão forte quanto seja relevante as pré‐existências
preservadas, determina mais‐valias decisivas, embora não tangíveis, que afirmam
inequivocamente a sustentabilidade desejada (Appleton, 2009).
Segundo Cóias (2008), a construção produz diversos efeitos nocivos no
ambiente. Em primeiro lugar, a construção “obriga” à extracção de matérias‐primas, o
que conduz a reduções das funções ambientais, degrada a paisagem e da capacidade
regenerativa e reduz as matérias‐primas disponíveis. O autor afirma ainda que é
necessário produzir mais materiais de construção e elementos estruturais, os quais
emitem substâncias nocivas para a atmosfera e criam resíduos. Outra ideia patente no
autor é a de que durante o processo construtivo, na manutenção e gestão dos edifícios
e na própria utilização do edificado, produzem‐se substâncias destruidoras da camada
do ozono. Além disso, durante as demolições existe desperdício de matéria‐prima e
deposição de entulho.
Portugal produz cerca de 6 a 10 Mt/ano de resíduos na construção, valores esses
que podiam ser diminuídos caso a demolição fosse apenas nas áreas de reabilitação
(Cóias, 2008).
Cóias acredita que se em vez de construírem mais edifícios e infra‐estruturas, se
mantivessem e reabilitassem os existentes, conseguir‐se‐iam atingir cinco objectivos:
aproveitar melhor o parque edificado e as infra‐estruturas existentes; salvaguardar o
património natural e a paisagem, em particular, a orla costeira; conservar o carácter e
a beleza das cidades, vilas e aldeias Portuguesas; preservar a qualidade de vida e a
segurança das populações; manter a competitividade de Portugal como destino
turístico (Cóias, 2008).
9
Outro dado preocupante da sustentabilidade Portuguesa é o facto de entre 1990
e 2000, as áreas artificializadas nas zonas costeiras terem registado o crescimento mais
rápido da Europa (com um aumento de 34% em dez anos), que ultrapassando a Irlanda
(27%) e a Espanha (18%) (AEA, 2006).
De acordo com a Euroconstruct (2005), Portugal ainda está muito aquém do
resto dos países do Euroconstruct na área da reabilitação. Em 2005, o peso do
investimento na renovação de edifícios no volume total de produção no sector da
construção era de apenas 18.7% (Figura 1‐2), enquanto que a média do conjunto de
países que fazem parte deste estudo ficou pelos 37,3% (Figura 1‐3) (Cóias, 2008).
Figura 1‐2 – Percentagem de reabilitação em Portugal (Euroconstruct, 2005)
Figura 1‐3 ‐ Percentagem de reabilitação nos países Euroconstruct (Euroconstruct, 2005).
18.7%
81.3%
Portugal
Reabiliação
Construção Nova
37.3%
62.7%
Países Euroconstruct
Reabiliação
Construção Nova
10
Em síntese, a reabilitação é uma área que tem crescido em Portugal, no entanto
ainda está muito aquém do que é realizado na Europa. É importante que a
sustentabilidade esteja sempre presente nas obras de reabilitação, de forma a
caminhar‐se para a protecção do ambiente. Hoje em dia já existem algumas
abordagens de reabilitação em prédios, daí que esta dissertação se foque
particularmente em moradias.
11
1.2 Objectivos e Programa de Trabalho
1.2.1 Objectivo
Esta dissertação de mestrado integrado em engenharia civil defende a
reabilitação sustentável. Tendo como principal objectivo a avaliação dos critérios da
sustentabilidade e sua aplicação na reabilitação de uma moradia unifamiliar especifica,
este trabalho incorpora medidas mais sustentáveis de um ponto de vista ambiental.
Pretende‐se estudar o tipo de medidas que podem ser adoptadas e analisar a
viabilidade económica da implementação das mesmas. Com isto, assume‐se o
compromisso da preservação do meio ambiente no qual estamos inseridos, em
particular, na moradia que é objecto deste trabalho.
O caso de estudo desta dissertação é uma moradia unifamiliar com dois pisos,
localizada no concelho de Sintra, sendo representativa de uma série de outras
habitações aí existentes.
Em última análise, este trabalho pretende estudar as possibilidades de
construção/reabilitação sustentável como forma de introdução de melhorarias na
qualidade das habitações, tanto em termos de conforto e bem‐estar dos seus
utilizadores, como no aumento a eficiência energética e do uso de água e materiais,
reduzindo‐se assim significativamente as exigências sobre os recursos naturais e os
impactos no meio ambiente. Desejando‐se que desta forma se comece a criar uma
distinção e valorização para este género de habitações no mercado nacional.
1.2.2 Motivações
A convicção de que a engenharia civil tem muito a aprender (ou reaprender) e a
desenvolver no âmbito de outras áreas que preservem o ambiente e os seus recursos,
motivou a realização deste trabalho e a aposta neste tema.
A velocidade de crescimento da população mundial aliada ao facto de cada vez
mais as pessoas residirem em aglomerados urbanos, faz com que as questões
12
ambientais devam estar cada vez mais presentes no dia‐a‐dia, caminhando‐se desta
forma para a sustentabilidade do planeta Terra.
Assim sendo, a reabilitação apresenta‐se como uma área bastante promissora
que certamente fará parte do futuro, em especial quando conjugada de uma forma
sustentável.
1.2.3 Programa de Trabalho
Com a pretensão de alcançar os objectivos previamente estabelecidos procedeu‐
se à recolha de informação aplicando como etapas principais: pesquisa bibliográfica,
pesquisas de campo, diálogo com os moradores, contactos com fornecedores, análise
dos dados/factos e a sua consolidação operacional.
A presente dissertação está dividida em seis capítulos:
No primeiro capítulo é realizado um enquadramento geral das temáticas da
sustentabilidade e da reabilitação tendo em consideração o panorama internacional e
nacional, apresentando‐se também os laços de interligação destas duas temáticas. São
ainda referidos os principais objectivos para este trabalho e as motivações que
conduziram à escolha do mesmo. Por fim, procede‐se à apresentação do programa de
trabalhos.
O segundo capítulo descreve o panorama actual da reabilitação no edificado
construído, os sistemas de avaliação ambiental, e os recursos renováveis existentes em
Portugal.
No capítulo três estão presentes as características do edifício em estudo.
Identificam‐se aqui as medidas de reabilitação possíveis tendo sempre presente a
preocupação da inclusão da sustentabilidade nos mesmos.
O quarto capítulo trata da afectação de medidas em concreto a aplicar na
moradia em estudo de forma a que esta se torne mais sustentável de um ponto de
vista ambiental, realizando ao mesmo tempo uma análise económica.
No quinto capítulo são tratados os resultados obtidos e expõem‐se as
recomendações. São verificadas as medidas que podem ser replicadas para outras
moradias similares.
13
No último capítulo são retiradas as devidas conclusões acerca deste trabalho e
realizadas as considerações finais.
Por fim, seguem‐se os anexos, onde está presente a sugestão da listagem de
medidas a implementar na reabilitação de uma moradia; as fichas, as folhas de cálculo,
e informação auxiliar do RCCTE devidamente preenchida de acordo com o edifício em
estudo; a facturação da água, da electricidade e do gás referente ao ano de 2009; as
análises da viabilidade económica das diversas medidas analisadas; o orçamento
descriminado dos trabalhos a realizar; o levantamento de lâmpadas existentes; os
mapas económicos com a respectiva aplicação do sistema LiderA para cada uma das
propostas apresentadas; e por último as plantas com a localização das medidas
estudadas.
14
15
10
15
20
25
30
35
40
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
Milh
ões de
Hab
itam
tes
Ano
Variação da População nas Cidades mais Povoadas
New York ‐ Newark Tokyo Cidade do México Mumbai São Paulo Delhi
2 Estado de Arte
2.1 Desenvolvimento Sustentável
Ao analisar‐se o relatório Population Challenges and Development Goals,
realizado pelas Nações Unidas em 2005 conclui‐se que o número de habitantes tem
aumentado muito nos últimos anos, e que cada vez mais as pessoas vivem em áreas
urbanas. Em 1950, existiam 2.52 biliões de pessoas, das quais 30% vivia em áreas
urbanas. Passados 55 anos, a população mundial quase que triplicou, tendo‐se
atingido 6.45 biliões de cidadãos, em que 49% residiam em zonas urbanas. É
expectável que em 2030 cerca de 61% da população habite em aglomerados urbanos e
existam perto de 8.13 biliões de pessoas. A percentagem de residentes em áreas
urbanas é ainda superior nos países desenvolvidos, tendo em 2005 chegado a 75% e
prevê‐se que em 2030 este valor suba para 82%.
De acordo com Tirone (2009), cerca de 50% da população mundial vive em
cidades, e no caso da população europeia esse valor sobe para os 80%.
Seguidamente é apresentado na Figura 2‐1 a evolução da população nas cidades
com mais de dez milhões de habitantes, e onde se fez a previsão do número de
cidadãos a viverem nessas metrópoles em 2015.
Figura 2‐1 ‐ Variação da população nas cidades mais povoadas (UNDESA/PD., 2005).
16
Perante estes dados é perceptível que a população mundial está a um
crescimento muito acentuado, e que cada vez mais as pessoas habitam em áreas
urbanas, daí a importância do desenvolvimento sustentável.
O conceito de Desenvolvimento Sustentável é definido no relatório de
Brundtland – O Nosso Futuro Comum (1987), como sendo o desenvolvimento que dá
respostas às necessidades do presente, sem comprometer as necessidades das
gerações futuras (Pinheiro, 2006).
Este último documento alerta para o facto da economia global estar dependente
dos ecossistemas e como tal a sua sustentabilidade deve ser garantida. Este conceito
tornou‐se universalmente aceite na Conferência do Rio, em 1992, e desde então tem‐
‐se tornado uma prioridade nas políticas em matéria de ambiente. Em resultado desta
conferência mundial surgiu a Agenda 21. Esta agenda pretendia ser um plano de acção
global a ser implementado pelos governos, de forma a se alcançar o desenvolvimento
sustentável (CIB, 1999).
A sustentabilidade está assente em três dimensões: económica, social e
ambiental. Estas três dimensões são normalmente conectadas pela expressão Triple
Bottom Line, que surgiu pela primeira vez em 1994 pelo ambientalista John Elkington.
Em 1997, através da publicação do livro “Cannibals with Forks: The Triple Bottom Line
of 21st Century Business” a expressão é introduzida de forma mais
consistente. Nos últimos anos, estas três dimensões tornaram‐se
quase indissociáveis do conceito de sustentabilidade. Elkington
defende que é impossível conseguir sustentabilidade
social, económica e ambiental separadamente
(Mahoney, Potter, 2004).
O que se prentende transmitir é que a dimensão
económica representa a criação de riqueza, a dimensão
ambiental relaciona‐se com a salvaguarda dos
ecossistemas (dos quais a economia global depende) e finalmente a dimensão social
remete para a equidade dos grupos sociais. Segundo Lovel, R. (2003), investigador da
CSIRO Minerals, metaforiza esta relação com as tensões criadas num conjunto de
Figura 2‐2 ‐ Triple Bottom Line. (Adaptado de CSIRO, 2009)
17
molas (Figura2‐2). O alívio da tensão numa destas dimensões tem como consequência
um aumento da tensão sobre as restantes.
As sociedades actuais reconhecem cada vez mais a necessidade de equilibrar as
três dimensões da sustentabilidade com vista ao desenvolvimento sustentável.
Contudo, verifica‐se que na realidade, os esforços actuais para atingir o
desenvolvimento sustentável tendem a por ênfase na questão do desenvolvimento
económico. É portanto necessário tornar estes três pilares mais equitativos
incorporando a preocupação ambiental no pensamento económico e social (Figura
2‐3).
Figura 2‐3 ‐ Os três pilares para o desenvolvimento sustentável (a teoria, a realidade e a mudança
necessária) (IUCN, 2004).
2.2 Construção Sustentável
A definição mais aceite de construção sustentável foi a apresentada por Kibert,
C. (1994), que define Construção Sustentável como a “criação e gestão responsável de
um ambiente construído saudável, tendo em consideração os princípios ecológicos
(para evitar danos ambientais) e a utilização eficiente dos recursos”.
A construção sustentável olha para todo o ciclo de vida e considera que os
recursos da construção são os materiais, o solo, a energia e a água. A partir destes
recursos, Kibert estabeleceu os cinco princípios básicos da construção sustentável: 1.
Reduzir o consumo de recursos; 2. Reutilizar os recursos sempre que possível; 3.
Reciclar materiais em fim de vida do edifício e usar recursos recicláveis; 4. Proteger os
sistemas naturais e a sua função em todas as actividades; 5. Eliminar os materiais
tóxicos e os sub‐produtos em todas as fases do ciclo de vida. A construção sustentável,
a construção verde ou a construção vernácula, pretendem permitir a integração do
18
homem com a natureza utilizando os recursos naturais. Todas preservam o ambiente e
procuram soluções plausíveis. A construção sustentável difere por ser um produto da
moderna sociedade tecnológica, recorrendo ou não, a materiais naturais e/ou
produtos provenientes da reciclagem de resíduos, focando a importância de uma
abordagem holística, integrada e prática numa perspectiva interdisciplinar, como
forma efectiva de concretizar esses princípios (Kibert, 1994).
A construção sustentável representa uma nova forma de equacionar a
concepção, a construção, a operação e a desconstrução/demolição. Na perspectiva
tradicional as preocupações centram‐se na qualidade do produto, no tempo
dispendido e nos custos associados.
Figura 2‐4 ‐ Evolução das preocupações no sector da construção civil (Bourdeau et al, 1998).
Tal como é possível observar na Figura 2‐4, a construção sustentável soma a
essas temáticas as preocupações ambientais relacionadas com o consumo de recursos,
as emissões de poluentes, a saúde e a biodiversidade, o que constitui um novo
paradigma cujo desafio principal é o de contribuir para a qualidade de vida, para o
desenvolvimento económico e para a equidade social (Agenda 21, 1992).
A sustentabilidade evolui através do paradigma de qualidade, custo e tempo de
forma a incluir o bom desempenho ambiental. Nesta abordagem (Bourdeau et al,
1998), o papel dos vários agentes é decisivo, incluindo o sector da extracção dos
materiais, o da construção, os clientes, os gestores e os responsáveis da manutenção.
19
Pode‐se dizer que este novo modo de conceber a construção, procura satisfazer as
necessidades humanas, protegendo e preservando simultaneamente a qualidade
ambiental e os recursos naturais.
Figura 2‐5 – Importância da construção sustentável para o desenvolvimento sustentável (LiderA, 2010a).
Através da Figura 2‐5, é conclusivo que é fundamental o contributo da
construção sustentável para ramificar o conceito de sustentabilidade na sociedade, e
assim, concretizar o objectivo último: desenvolvimento sustentável.
Num estudo realizado pela Comissão Europeia é apresentada a evolução da
distribuição do stock habitacional na EU‐25, conforme representado na Figura 2‐6,
onde se pode observar o evidente crescimento do parque edificado nos últimos 50
anos, que no caso Português quase quintuplicou.
20
Figura 2‐6 Evolução da distribuição do stock habitacional na EU‐25 (European Comission, Institute for
Prospective Technological Studies, 2008).
De acordo com a Figura 2‐7 pode‐se ver a distribuição dos edifícios na EU‐25,
segundo o tipo de edifício. É notória a prevalência das habitações unifamiliares, dai a
importância de encontrar soluções mais sustentáveis para este tipo de edifícios.
Figura 2‐7 – Distribuição dos edifícios na EU‐25 (European Comission, Institute for Prospective
Technological Studies, 2008).
0% 20% 40% 60% 80% 100%
SuéciaRepíblica Checa
Reino UnidoPortugalPolóniaMalta
LuxemburgoLituâniaLetóniaItália
IrlandaHungriaHolandaGréciaFrança
FinlândiaEstóniaEspanhaEslovénia
EslováquiaDinamarca
ChipreBélgicaÁustria
Alemanha
<1919
1919‐1945
1946‐1970
1971‐1980
>1981
Arranha‐céus10%
Edifícios Multi‐
familiares37%
Edifícios Unifamiliares
53%
21
Nos próximos 50 anos, problemas como a escassez de água, consumo de energia,
desperdício de água e os gases com efeito estufa irão seguramente aumentar.
Indubitavelmente, pode‐se ainda solucionar estes problemas. Pequenas diferenças
podem produzir grandes efeitos, que irão atenuar estas consequências devastadoras.
Torna‐se imperativo repensar no actual modo de vida, porque é “obrigatório” reciclar,
reduzir e reutilizar.
Mudar hábitos ou comportamentos aos quais nos habituámos implica um
esforço. É sabido que quanto maior é a mudança, maior é o esforço associado. Os
incentivos aparecem como forma temporária de recompensar o esforço para vencer a
inércia de abdicar de hábitos actuais, que prejudicam o planeta, e de ganhar as
competências essenciais para melhorar o desempenho energético‐ambiental do meio
edificado.
2.3 Reabilitação Sustentável
A reabilitação tornou‐se uma prática corrente que tem sido aplicada não só ao
património arquitectónico e ao tradicional urbano, mas também ao património
edificado e urbano recente que, pela sua deficiente qualidade construtiva, sofre de
patologias inesperadas face ao seu curto tempo de vida (Cabrita, et al., 1992).
O facto de o maior número de edifícios e habitações em estado avançado de
degradação estarem concentrados nos grandes centros urbanos, e atendendo à
excessiva ocupação do solo nestas áreas, faz com que a oferta de nova construção seja
menor. Sendo as áreas de construção cada vez mais restritas nas grandes cidades, e o
sector económico para a reabilitação dos edifícios (em condições de serem vendidos
ou alugados) não ter a importância necessária perante o mercado imobiliário, assiste‐
se à descentralização cada vez mais acentuada da população (Ferreira, M. 2009).
Desta forma, os limites dos maiores centros têm sido alvo de um crescimento
acentuado de construção pelo tecido empresarial e habitacional, cuja oferta,
sustentada por preços mais baixos, consegue suprir as necessidades da procura (CML,
2005).
22
Esta evolução não tem estrutura física para ser suportada de forma ilimitada e
portanto, a reabilitação e a renovação constituem‐se actividades de futuro
ascendente. Também a demolição dos edifícios existentes, para dar lugar a novos,
contribui para a progressiva descaracterização e desvalorização das cidades,
assumindo‐se como uma má solução ao nível da gestão do património construído
(Cóias e Fernandes, 2007).
Portugal até 2005 era o país da União Europeia que menos investia no segmento
da reabilitação, somente 6%, sendo a média europeia de 33% chegando, em alguns
casos aos 70‐75% da actividade total no sector da construção. Contrario à tendência
europeia, em 2004 e 2005, o lançamento de obras neste segmento diminuiu cerca de
16% (Sousa, 2007).
De acordo com Nunes (2001) a procura do mercado da reabilitação e
manutenção é cíclica, e está dependente do estado económico do país. Com o
desenvolvimento económico dos países o segmento da manutenção/reparação
adquire maior importância e o contributo do segmento da construção para o PIB é
mais moderado. Estes factos, associados à actual conjectura económica nacional
poderão justificar o pouco investimento nesta área da construção.
Contudo, começa‐se a poder identificar uma evolução na reabilitação, visto que
nos últimos anos foram constituídas diversas sociedades de reabilitação urbana (SRU).
Actualmente já existe pelo menos uma associação de empresas de reabilitação, a
GECoRPA – Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património
Arquitectónico. Embora o seu principal objectivo seja a reabilitação do património
arquitectónico do país, não deixam de se apresentar como uma entidade que se
propõe a promover a reabilitação do edificado nacional.
Apesar de se prever um grande potencial nos segmentos da manutenção e
reabilitação, as empresas portuguesas não têm ainda grande experiência neste tipo de
obra (Nunes, 2001). De facto, e de acordo com a GECoRPA, as obras de reabilitação
exigem um maior grau de complexidade e rigor técnico do que a construção nova, uma
vez que necessitam de materiais e tecnologias diferentes da construção nova. Este tipo
de obra ocorre essencialmente a três níveis. O primeiro tem em conta a estética do
edifício, ou seja, intervenções nas fachadas e coberturas. Já o segundo nível relaciona‐
23
‐se com as condições de habitabilidade e conforto para os ocupantes. Este tipo de
intervenções são mais complexas podendo envolver modificações nas instalações e
sistemas dos edifícios. Por fim, o último nível de intervenção diz respeito ao
comportamento estrutural do edifício e consequentemente à segurança das pessoas.
Deste modo, conclui‐se que embora este mercado tenha tendência para crescer, a
nível nacional, há que ter em atenção que nem todas as empresas de construção
poderão estar habilitadas a fazê‐lo.
A indústria da construção desempenha um papel vital nas sociedades actuais, na
medida em que o seu produto final é utilizado de diversas formas no nosso quotidiano:
como abrigo, como local de produção ou comércio, entre outros (Briffett et al, 2000).
Neste contexto infere que “a construção é um dos sectores da economia, com uma
cadeia de valor muito extensa, porque recorre a uma ampla rede de inputs,
proporciona o aparecimento de externalidades positivas às restantes actividades e
gera efeitos multiplicadores significativos a montante e a jusante” (Nunes, 2001).
Para se reabilitar de uma forma sustentável, é necessário ter‐se em especial
atenção o aumento do desempenho energético e de conforto nas habitações, os
materiais a utilizar e as suas respectivas durabilidades, e a preocupação constante em
reduzir‐se ao máximo os consumos e os desperdícios. De forma a analisar‐se os efeitos
de determinadas acções de melhoria da sustentabilidade, foram criados os sistemas de
avaliação ambiental, que serão explicados de seguida.
2.4 Sistemas de Avaliação Ambiental
Com a crescente preocupação em introduzir o conceito da sustentabilidade na
construção e a importância que a construção sustentável representa para esse fim,
têm‐se desenvolvido diversos sistemas que permitem identificar e avaliar o
desempenho dos edifícios, e em particular o desempenho ambiental. Um passo
importante no desenvolvimento destes sistemas foi a introdução de certificações que
permitem classificar o desempenho de um edifício e, ao mesmo tempo, criar
mecanismos de demonstração desse mesmo desempenho e melhoria contínua do
edifício. A adopção voluntária destes sistemas e a possibilidade do mercado estimular
24
o aumento do padrão ambiental que até agora perdura, é de extrema importância no
sector emergente da construção sustentável.
O interesse mundial por estes sistemas foi aumentando progressivamente, e em
1990 no Reino Unido foi criado o primeiro sistema de avaliação do desempenho
ambiental dos edifícios: BREEAM (Building Research Establishment Environmental
Assessment Method). Seguidamente, começaram a aparecer outros sistemas em
diversos países, tal como se pode ver na Figura 2‐8, tendo esta evolução nos últimos
anos conduzido a um amadurecimento da avaliação do desempenho ambiental dos
edifícios, e a sua introdução na avaliação e reconhecimento da construção sustentável
(Cole, 2003).
Na Tabela 2‐1 é possível verificar‐se as principais características de alguns desses
sistemas. Uma vez que nem todos estes sistemas avaliam a sustentabilidade na
reabilitação, considerou‐se adequado utilizar‐se o sistema LiderA para se realizar essa
análise na moradia em estudo, que apesar de não ser o único, ajusta‐se bem à
realidade nacional e à reabilitação.
Figura 2‐8 – Localização de alguns dos sistemas de avaliação ambiental existentes (adaptado de Pinheiro, 2009).
25
Tabela 2‐1 – Descrição de alguns dos sistemas de avaliação ambiental (Duarte, 2009).
Sistema de Avaliação Ambiental
Áreas de Intervenção Nível de
Certificação Localização Características
BREEAM
Eficiência energética/CO2
Reino Unido
Utilização na fase de projectos e pós construção;
Eficiência de água Aprovado Aplicação a edifícios novos, renovados ou já em utilização; Gestão dos recursos hídricos Bom
Gestão de resíduos domésticos
Muito bom Objecto de avaliação ‐ edifício de cariz residencial, escritórios, institucionais e
comerciais; Gestão de resíduos locais Excelente Utilização de materiais Ponderação de critérios e pesos para obter um
índice de desempenho ambiental. Tempo de vida dos edifícios
HQE
Eco‐Construção
Classificação única, caso seja ambientalmente
correcto
França
Certificação constituída pelo sistema de gestão e empreendimento, e pela qualidade
ambiental do edifício; Eco‐Gestão
Conforto Utilização na fase de projectos, construção e
utilização; Saúde Objecto de avaliação ‐ edifício de escritórios,
saúde e comerciais;
LEED
Locais sustentáveis
Estados Unidos da América
Eficiência de água Efectua uma avaliação do ciclo de vida de qualquer edifício; Energia e atmosfera Certificado LEED
Materiais e recursos Prata Utilização na fase de projecto e construção; Qualidade do ar interior Ouro Objecto de avaliação ‐ edifício de cariz
residencial, escritórios, institucionais; Inovação e desenho Platina Integração local Ponderação de determinados aspectos de
desempenho do edifício (baseia‐se em Benchmarks) Sensibilidade e educação
Prioridades regionais
LiderA V2.00
G
Portugal
Integração local F Aplicação em diferentes tipologias de
edifícios; Recursos E Analise durante o ciclo de vida de um edifício,
baseando‐se em valores de limiar (benchmarks); Cargas ambientais D
Conforto ambiental C Ponderação de critérios, estabelecendo indicadores de desempenho ambiental Vivência sócio‐económica B
Gestão ambiental A Avaliação é realizada de acordo com a função do edifício em estudo A+
A++
NABERS
Solo ‐2
Austrália
Materiais ‐1 Energia 0 Avalia edifícios residenciais e comerciais (em
construção ou existentes) Água 1 Interior 2 Avaliação é realizada de acordo com a função
do edifício em estudo Recursos 3 Transportes 4
5
SBTool
Consumo de recursos
Internacional
Objecto de avaliação ‐ edifício de cariz residencial ou comercial; Cargas ambientais
Qualidade do ar interior Base Aplicação a edifícios novos, ou já em
utilização; Qualidade do serviço Relevante Análise desenvolvida através de um
desempenho de referência (benchmarks) em cada fase do ciclo de vida;
Economia Elevado Controlo de pré‐operações
Transportes
Análise comparativa através da utilização de indicadores se sustentabilidade ambiental
26
2.4.1 Sistema LiderA e a Reabilitação
O sistema LiderA foi publicado em 2005, tendo em 2007 as suas primeiras
certificações segundo a versão 1.02. No entanto, é desde o ano 2000 que o autor deste
sistema, Manuel Duarte Pinheiro, Doutorado em Engenharia do Ambiente, docente do
Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico e
Director da IPA ‐ Inovação e Projectos em Ambiente, tem vindo a realizar diversos
trabalhos de investigação sobre sustentabilidade na construção e ambientes
construídos. Desde o primeiro congresso LiderA, Março de 2009, encontra‐se
disponível a versão 2.0 que permite ser aplicada a diferentes escalas, desde o edifício
aos ambientes construídos e comunidades sustentáveis, onde está contemplado os
espaços exteriores, quarteirões, bairros, entre outros (LiderA, 2010b).
Segundo a informação disponível em LiderA (2010c), na base deste sistema estão
seis princípios para a procura da sustentabilidade, que se passa a enunciar:
Princípio 1 ‐ Valorizar a dinâmica local e promover uma adequada integração; Princípio 2 ‐ Fomentar a eficiência no uso dos recursos; Princípio 3 ‐ Reduzir o impacte das cargas (quer em valor, quer em toxicidade); Princípio 4 ‐ Assegurar a qualidade do ambiente, focada no conforto ambiental; Princípio 5 ‐ Fomentar as vivências sócio‐económicas sustentáveis; Princípio 6 ‐ Assegurar a melhor utilização sustentável dos ambientes construídos,
através da gestão ambiental e da inovação. Esta nova versão abrange seis vertentes, as quais subdividem‐se em vinte e duas
áreas, tal como se pode visualizar na Figura 2‐9.
Figura 2‐9 – Vertentes e respectivas áreas abrangidas pela versão 2.0 do sistema LiderA® (LiderA®, 2010c)
27
Estas seis vertentes e vinte e duas áreas incluem um conjunto de 43 pré‐
requisitos e critérios para permitir avaliar o desempenho ambiental e o respectivo
nível de procura da sustentabilidade (LiderA, 2010c).
O LiderA classifica os critérios de acordo com o seu desempenho e posicionando
em classes de G a A++ de acordo com valores de desempenho progressivos para cada
uso, disponíveis num quadro de referência.
Este sistema de avaliação contempla ainda um conjunto de sugestões de
medidas a tomar para melhorar cada um desses 43 critérios, como se pode visualizar
no anexo 1. No entanto, e uma vez que este sistema é bastante abrangente, existem
certas medidas aconselhadas que estão fora do âmbito em estudo. Desta forma foram
seleccionadas pelo autor, nesse mesmo anexo, um conjunto de medidas que
dificilmente poderiam ser aplicadas na reabilitação de uma moradia. Também se
identificou aquelas que não são de todo adequadas à situação, e alterou‐se algumas
medidas de forma a ficarem enquadradas. Para uma melhor interpretação da tabela,
utilizaram‐se cores de texto diferentes para cada um dos quatro casos, de acordo com
a legenda.
Um dos pilares da sustentabilidade assenta sobre as preocupações energéticas.
Por um lado é necessário reduzir os consumos, através da utilização de aparelhos mais
eficientes e da sensibilização da população para evitar desperdícios, mas por outro
lado é também necessário começar‐se a produzir mais energia de uma forma mais
sustentável. Como seguidamente se poderá ver, Portugal tem bastantes condições
para a produção de energias renováveis, o que para além de o deixar menos
dependente dos combustíveis fosseis, não poluiria tanto o país.
2.5 Recursos renováveis existentes em Portugal
Na reabilitação sustentável a utilização de recursos renováveis tem bastante
significado. Assim, é essencial analisarem‐se as características climáticas Portuguesas
para daí se retirarem os benefícios.
Segundo a classificação de Köppen, o clima em Portugal é de por dois tipos: Csa e
Csb. A região Csa é denominada por clima temperado com Inverno chuvoso e Verão
28
quente e seco, enquanto que a Csb é representativo de um clima temperado com
Inverno chuvoso e Verão seco e pouco quente (IM, 2010). A localização de cada um
destes tipos de clima é visível na figura seguinte.
Figura 2‐10 – Clima em Portugal Continental, segundo a classificação de Köppen (IM, 2010).
Portugal além de uma vasta zona costeira, tem das condições naturais mais
favoráveis do Mundo, o que sugere a possibilidade de aproveitamento da energia
proveniente das ondas e marés. No entanto, e apesar da investigação que se tem feito
desde a década de setenta, os sistemas de conversão desta energia em energia útil são
pouco eficientes (PER, 2010a).
A radiação solar resulta da fundição dos núcleos de átomos de hidrogénio,
originando núcleos de hélio no centro do Sol. Tal reacção faz radiar uma energia para a
atmosfera terrestre com cerca de 1373 W/m2. Uma vez que parte dessa energia é
reflectida ou absorvida pela atmosfera, num dia de céu claro é possível medir‐se junto
à superfície terrestre, num plano perpendicular, cerca de 1000 W/m2. Na cidade de
Lisboa, considerando um plano inclinado com cerca de 40º e orientado a Sul, o valor
29
médio diário da potência de radiação solar global directa pode atingir os 414 W/m2
(PER, 2010b).
Através da Figura 2‐11 pode‐se aferir que a insolação anual em Portugal é
elevada, variando entre as 2200 e as 3100 horas de Sol por ano.
Figura 2‐11 – Número de horas anuais da incidência da radiação solar (IGEO, 2010)
Na Figura 2‐12 pode‐se visualizar a quantidade de energia solar térmica que é
produzida pelos diferentes países da União Europeia e na Suíça, assim como o rácio
dessa produção por 1000 habitantes. Verifica‐se que Portugal é dos países que mais
cresceu no último ano neste sector, estando‐se a aproximar da média europeia. Este
resultado português deve‐se ao agressivo programa de incentivos fiscais que fez com
que desde 2006 existisse um grande aumento da produção de energia solar térmica,
como se pode constatar pela Figura 2‐13 (ESTIF, 2010).
30
Figura 2‐12 – Mercados solares térmicos na União Europa e Suíça (adaptado ESTIF, 2010).
Figura 2‐13 ‐ Novas instalações de colectores solares térmicos em Portugal (ESTIF, 2010).
31
Uma outra solução para a geração de energia renovável é a utilização do vento.
Este surge como resultado do deslocamento de elevadas massas de ar derivadas das
diferenças de pressão atmosférica entre dois locais distintos e é influenciado por
efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo. Essas diferenças de pressão têm
uma origem térmica estando directamente relacionadas com a radiação solar e os
processos de aquecimento das massas de ar (PER, 2010c).
Com base na Figura 2‐14 é notório que Portugal continental não é dos países
mais privilegiados em termos de velocidade do vento quando comparado ao resto da
União Europeia. Portugal está sujeito a velocidades do vento maioritariamente entre
os 3.5 e os 4.5 m.s‐1, apesar de em alguma zonas costeiras se possa atingir aos 7.0m.s‐1.
Embora as velocidades do vento em Portugal não sejam muito elevadas quando
compradas com outros países da Europa, a capacidade de produção de energia eólica
Figura 2‐14 – Velocidade do vento a 50m acima do solo para cinco tipos detopografia (m/s) (adaptado de Troen and E.L. Petersen, 1989).
32
neste país é superior à média da União Europeia, tal como se pode observar na Tabela
2‐2.
Tabela 2‐2 – Capacidade de produção de energia eólica MW (adaptado de Wilkes, 2010).
Instalado
em 2008
Total até
2008
Instalado
em 2009
Total até
2009
Alemanha 1665 23903 1917 25777
Áustria 14 995 0 995
Bélgica 135 415 149 563
Bulgária 63 120 57 177
Chipre 0 0 0 0
Dinamarca 60 3163 334 3465
Eslováquia 0 3 0 3
Eslovénia 0 0 0 0
Espanha 1558 16689 2459 19149
Estónia 19 78 64 142
Finlândia 33 143 4 146
França 950 3404 1088 4492
Grécia 114 985 102 1087
Hungria 62 127 74 201
Irlanda 232 1027 233 1260
Itália 1010 3736 1114 4850
Letónia 0 27 2 28
Lituânia 3 54 37 91
Luxemburgo 0 35 0 35
Malta 0 0 0 0
Países Baixos 500 2225 39 2229
Polónia 268 544 181 725
Portugal 712 2862 673 3535
Reino Unido 569 2974 1077 4051
República Checa 34 150 44 192
Roménia 3 11 3 14
Suécia 262 1048 512 1560
UE‐27 8268 64719 10163 74767
33
O aproveitamento da energia hídrica é outra forma sustentável de produção de
energia eléctrica. A utilização da energia minihídrica está distribuída por todo o
território português, com maior concentração no norte e centro do país (PER®, 2010d).
Com o Decreto‐Lei n.º 189/88 de 27 de Maio, foi possível abrir a actividade de
produção independente de energia eléctrica a pessoas singulares ou colectivas
públicas ou privadas, com o limite de 10 MW de potência instalada. Desde então até
1994, foram licenciados 120 empreendimentos de utilização de água para produção de
energia. Destes 120, actualmente apenas 44 estão em funcionamento, representando
um total de 170 MW de potência instalada e uma produção de 550 GWh/ano (PER,
2010d).
Tendo em conta as antigas concessões, 34 minihídricas com uma potência total
de 30 MW e 100 GWh/ano, e ainda 20 do SENV (Sistema Eléctrico Não Vinculado‐
Grupo EDP) com 56 MW e produtividade de 165 GWh/ano, o total de aproveitamento
minihídrico situa‐se actualmente em 98 centrais que correspondem a 256 MW de
potência instalada e uma produção 815 GWh/ano (PER, 2010d).
No entanto, nos últimos anos têm‐se assistido a uma redução do número de
candidaturas, uma vez que o processo de licenciamento é muito demorado (cerca de 9
a 12 anos para se obter uma licença), em especial devido a razões ambientais e à
necessidade de se apresentarem cada vez mais estudos às autoridades (ESHA, 2004).
A Biomassa é um recurso renovável, que pode ser utilizado na produção
simultânea de electricidade e calor. Esta é proveniente não só da fracção
biodegradável de produtos e resíduos da agricultura, floresta e das indústrias conexas,
como também da fracção degradável dos resíduos industriais e urbanos susceptíveis
de aproveitamento energético. Entre os usos tradicionais da biomassa, o mais
conhecido é o aproveitamento das lenhas em vivendas. É de realçar o elevado peso
que a biomassa apresenta no balanço energético nacional, representado as lenhas
cerca de 36% do consumo de energia final para a produção de águas quentes e para o
aquecimento do ambiente (Isolani, 2008).
A cogeração é simultaneamente a produção de electricidade e calor. Esta é uma
das melhores formas de transformar energia de fontes renováveis, nomeadamente
34
biomassa, em calor e electricidade, reduzindo a quantidade de CO2 libertada, quando
comparado com o combustível fóssil (EUBIA, 2007).
Pela Figura 2‐15 pode‐se visualizar as vantagens da utilização da cogeração
comparativamente ao sistema tradicional de aquecimento e produção de energia.
Como se pode constatar, as estações de energia são muito ineficientes, uma vez que
produzem calor que não é aproveitado e têm perdas consideráveis no transporte da
energia. A descentralização de pelo menos uma parte da energia que é necessária para
a habitação, tem a grande vantagem de ser mais eficiente e de ao mesmo tempo que
se produz energia se estar a aproveitar o calor daí gerado. No caso de uma dessas
componentes ser desnecessária, poderá ser vendida. A energia pode ser vendida à
rede nacional, de acordo com a legislação em vigor de cada país, e o calor poderá ser
comercializado aos vizinhos (EUBIA, 2007).
Figura 2‐15 – Decomposição das parcelas de energia e de calor provenientes de um sistema convencional
e da cogeração (adaptado Cogenco, 2010).
Graças à crescente utilização de biomassa para o aquecimento do ambiente,
surgiram diversos equipamentos modernos, eficientes e versáteis que se ajustam às
necessidades dos diferentes utilizadores (Isolani, 2008).
Além da lenha, existem também os “pellets” ou grânulos de combustível, que
são formados por resíduos de serrações e do processamento de madeiras. Uma vez
comprimidos, formam‐se pequenos grânulos que permitem que os equipamentos de
aquecimento de biomassa se vulgarizem em todas as tipologias de edifícios. É
35
importante destacar que esta solução é bastante vantajosa do ponto de vista
económico e ecológico quando comparada com outras formas de energias. Os
recuperadores de calor a “pellets” apresentam elevados rendimentos na produção de
calor dispondo de diversas funcionalidades, como o controlo da temperatura,
alimentação automática, compactação automáticas das cinzas, ausência da produção
de fumos, entre outras (Isolani, 2008).
Uma instalação de aquecimento a biomassa tem como vantagem principal face
aos combustíveis convencionais, a maior segurança de utilização. Por outro lado,
carece periodicamente da limpeza das cinzas produzidas e de um local de
armazenamento da biomassa (Isolani, 2008).
Em Portugal está em expansão um sector industrial dedicado à produção,
preparação e distribuição destes combustíveis nas condições mais adequadas à sua
utilização (Isolani, 2008).
A geotérmica, que é outra fonte de energia renovável, é o resultado do
aproveitamento da energia térmica do interior do planeta. À profundidade de 5 m a
temperatura é de aproximadamente 15 °C, mantendo‐se constante durante todo o
ano. Existe assim uma quantidade enorme de energia disponível que pode ser
aproveitada para a satisfação das necessidades térmicas, quer para o aquecimento da
água quente sanitária, quer para a climatização de espaços (Isolani, 2008).
Os sistemas geotérmicos em desenvolvimento nos edifícios residências utilizam
uma tecnologia de bombas de calor com aproveitamento da energia geotérmica ‐
bombas de calor geotérmicas. A captação dessa energia é realizada através de circuitos
de tubagens enterradas onde circula um fluido de transferência, geralmente água e um
aditivo anti‐congelante. Na estação fria essa energia é libertada para o espaço a
aquecer através de uma bomba de calor, enquanto que na estação quente dá‐se o
processo inverso, sendo o excesso de calor do espaço a arrefecer transferido para o
solo (Isolani, 2008).
Estes sistemas são pouco utilizados em Portugal devido aos elevados custos de
instalação. Assim sendo, o investimento só é rentável em circunstâncias favoráveis
muito específicas (Isolani, 2008).
36
Na Figura 2‐16, podem ser conhecidas as áreas em Portugal com potencialidades
geotérmicas e o seu correspondente gradiente geotérmico médio.
Figura 2‐16 ‐ Áreas com potencialidades geotérmicas e gradiente geotérmico médio em Portugal(adaptado de Instituto Geológico e Mineiro, 1998).
37
3 Caracterização do Edifício
3.1 Descrição do Edifício
O edifício em estudo é uma moradia unifamiliar, inserida na Quinta da Beloura,
pertencente ao concelho de Sintra, cuja localização pode ser visualizada nas Figuras
3‐1 e 3‐2. Foi construída entre 1995 e 1997, tratando‐se de uma construção do tipo
pórtico em betão armado. A área de implantação é de 590 m2, sendo constituída pela
residência, garagem coberta, jardim e piscina. Quanto à área de construção, esta tem
um total de 200 m2, estando dividida em dois pisos acima do solo.
A moradia está orientada a Sudoeste, e segundo RCCTE (2006) tem um clima do
tipo I1 e V1 Norte. O terreno apresenta uma topografia irregular, existindo uma
pendente no sentido Norte ‐ Sul.
A habitação tem uma tipologia T5, sendo esta constituída por três suites, dois
quartos, duas instalações sanitárias, uma sala de jantar, uma sala de estar e uma
cozinha. O pé direito é de 2,6 metros em todos os compartimentos, sendo que nas
Figura 3‐1 – Localização geral doedifício em estudo (GoogleEarth, 2010).
Figura 3‐2 – Localização pormenorizada do edifício em estudo (Google Earth, 2010).
38
instalações sanitárias, no corredor e no hall de entrada, por existir tecto falso, essa
altura é reduzida em 20 centímetros.
A residência apresenta paredes exteriores com 30 cm de espessura, contendo
caixa‐de‐ar, isolamento com poliestireno extrudido e reboco pintado. Considera‐se
que são constituídas por um pano exterior de tijolo de 11 cm, seguido do isolamento
com uma espessura de 4 cm, contíguo à caixa‐de‐ar com 2 cm, que por sua vez tem
outro pano de alvenaria de tijolo de 9 cm. Admite‐se que ambos os panos da alvenaria
têm uma camada de 2 cm de reboco pintado.
As paredes interiores têm uma espessura total de 15 cm e são revestidas a
reboco pintado. Assumiu‐se que possuem tijolo de 11 cm e 2 cm de reboco em cada
um dos lados.
Sobre os envidraçados existentes são todos duplos (6+12+6), da marca Technal.
Uma vez que não foi possível obter as características técnicas destes elementos
através do fornecedor, para efeitos do RCCTE, considerou‐se os valores indicativos que
este regulamento fornece. Refere‐se ainda que todos os envidraçados estão
protegidos com persianas de cor verde escura.
Grande parte da cobertura desta residência é inclinada, existindo apenas uma
pequena área em que é plana. A cobertura inclinada é constituída por uma laje
aligeirada de vigotas pré‐esforçadas com abobadilhas cerâmicas, sem isolamento
térmico, revestida a telha cerâmica, tendo uma espessura total de 30 cm. Para a
determinação da inércia total deste fogo, considerou‐se que a laje aligeirada é do tipo
V5‐C24x24‐30.
No interior desta habitação existem três tipos de pavimentos distintos. Sendo
que, a cozinha é constituída por granito, o corredor e as instalações sanitárias têm
pedra moleana, enquanto que a sala e os quartos possuem soalho. Para a realização
dos cálculos da condutância das lajes, considerou‐se um único pavimento – granito –
por uma questão de simplificação.
Os equipamentos existentes na moradia são na sua maioria os de origem, tendo
os electrodomésticos uma baixa eficiência. O aquecimento é realizado através de
radiadores, que são abastecidos pela caldeira a gás, sendo que não existe sistema de
39
arrefecimento. Mais de 50% das lâmpadas são incandescentes, as torneiras não
possuem redutores de caudal e os autoclismos têm uma capacidade de 9 litros.
Quanto ao logradouro, este é constituído por uma área relvada (escalracho) de
112 m2, e uma zona de piscina com deck circundante. Por norma, a piscina quando não
está a ser utilizada encontra‐se tapada por uma capa, de forma a aumentar a
temperatura da água e a reduzir a evaporação e a sujidade.
3.2 Avaliação do caso em estudo segundo o sistema LiderA
Para avaliar o seu posicionamento na sustentabilidade, foi para cada critério
obtida a respectiva informação necessária e classificado de acordo com os limiares
definidos no LiderA para a procura da sustentabilidade.
A título de exemplo serão explicados como é que se obtiveram 3 das 43
fundamentações da avaliação. No C2, optimização ambiental da implantação,
determinou‐se a área permeável em planta, admitindo que tanto o jardim, como o
deck à volta da piscina são áreas permeáveis. Deste modo, a área permeável total é de
202,99 m2, correspondendo a 34,4% da área do lote (590 m2). De acordo com os
limiares base do LiderA, este ponto foi classificado com a classe D visto pertencer ao
intervalo [30‐40[ % de solo permeável.
Na Figura 3‐3 pode‐se verificar as quais são os locais considerados permeáveis,
tal como as suas respectivas áreas.
Figura 3‐3 – Áreas permeáveis.
Para a atribuição da classe de avaliação no critério 7, certificação energética,
analisou‐se a moradia de acordo com o RCCTE. Neste, obteve‐se uma classificação de
40
B‐, o que significa que em termos de avaliação segundo os limiares base corresponde à
classe C. As principais informações e resultados do RCCTE estão inseridas nos anexos
2.1 a 2.4.
Na avaliação do C10, consumo de água potável, pediu‐se ao proprietário as
facturas de água referentes ao ano de 2009, tendo‐se retirado os valores do consumo.
Sabendo a quantidade de água consumida num ano, e o número de habitantes,
estimou‐se o consumo médio diário por pessoa. Verificou‐se ainda se a residência
continha algum dos equipamentos ou sistemas propostos nos limiares base deste
sistema. Uma vez que nenhum deles foi encontrado, e tendo em conta os elevados
valores da utilização de água, atribui‐se a classificação de G a este critério.
Na Tabela 3‐1 é apresentada a avaliação aos vários critérios segundo sistema
LiderA. Esta foi construída com o auxílio do LiderA ‐ Sistema de Avaliação da
Sustentabilidade® ‐ Critérios de Base V 2.0b, tendo‐se utilizado como base a tabela
geral dos limiares – LiderA V2.00.
Para uma melhor compreensão da aplicação deste sistema, a título de exemplo
será explicado como se obteve a classe E no critério 3: Valorização ecológica. Verificou‐
se junto da tabela de referência e classificação do LiderA quais eram as características
que esta moradia satisfazia, tendo‐se concluído que neste caso existiam apenas 2
espécies autóctones, o que correspondia 1 crédito, e que 19% da área do lote era
verde. Assim sendo, viu‐se qual a melhor classe em que ambos os requisitos eram
satisfeitos (número de créditos e percentagem de área verde), concluindo‐se que se
tratava de uma classe E.
LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia UnifamiliarVERTENTES ÁREA Wi Pre-Req. CRITÉRIO NºC Classe
Avaliação Fundamentação da avaliação
Valorização Territorial 1 BConstruir:2. Nos vazios urbanos, nas zonas degradadas ou abandonadas de quarteirões (2 créditos); 4. Contributo para o espaço público e potenciar a vocação definida no PDM em especial e as áreas sensíveis (PDM) (2 créditos).
Optimização ambiental da implantação 2 D 34,4% de solo permeável no lote.
Valorização ecológica 3 E 19% de área verde e existem 2 espécies autóctones (1 crédito).
1. a. Altura semelhantes à média existente no local (altura 2 pisos superior ou inferior à média do quarteirão) (1 créditos);1. b. Inserção visual na circundante (1 créditos);2. a. A utilização de uma palete de cores dentro das existentes no local (1 créditos); 2. b. Utilização de materiais de acordo com os tipicamente utilizados na circundante (1 créditos);3. Criar condições de valorização estética da paisagem (contribuição para a malha urbana) (1 créditos).
14% Protecção e Valorização do Património 6 E Edificio novo, sem existência préva de património.
Certificação Energética 7 C Classe B- no certificado energético (RCCTE).
INTE
GR
AÇ
ÃO
LO
CA
L
SOLO 7% S
ECOSSISTEMAS NATURAIS 5% S
PAISAGEM E PATRIMÓNIO 2% S
Desenho Passivo 8 B
1. Situação/Organização favorável face a outros edifícios ou condicionantes naturais (1 crédito); 2. Orientação a sul ]25 – 50]% das divisões principais (2 créditos); 5. Massa térmica da estrutura média a forte (1 crédito);6. a. Sombreamento exterior [0 – 50]% dos vãos envidraçados (2 crédito);6. b. Vidros: (duplos e com coeficiente de transmissão térmica adequado (de acordo com o RCCTE), ou vãos envidraçados de bom desempenho) (1 crédito);8. Ventilação adequada, ou seja natural cruzada (1 crédito).
Intensidade em Carbono (e eficiência energética) 9 EApesar das emissões de CO2 ser inferior ao definido nos limiares base desta classe (aprox 9,3Kg/m²), grande parte dos equipamentos são de classe E e não existe consumo de energias renováveis.
Consumo de água potável 10 G Consumo médio de 325 l/hab.dia.
Gestão das águas locais 11 D 0 créditos. 34,4% do solo é permeavel (redução da escorrência imediata de águas pluviais.
Durabilidade 12 E Tempos de vida: estrutura - 50 anos; acabamentos - 5 anos; equipamentos - 10 anos e canalizações - 20 anos.
Materiais locais 13 E [10 - 12,5[ % de materiais, face ao total utilizado, produzidos a distância inferior a 100kms.
9 Critérios Materiais de baixo impacte 14 E [0 -12,5[% de materiais são certificados ou de baixo impacte.
32% ALIMENTARES 2% S Produção local de alimentos 15 F Não existe produção local de alimentos.
Tratamento das águas residuais 16 F Não existe tratamento
RE
CU
RS
OS
ENERGIA 17% S
ÁGUA 8% S
MATERIAIS 5% S
Tratamento das águas residuais 16 F Não existe tratamento.
Caudal de reutilização de águas usadas 17 E [0 - 12,5[ % das águas residuais tratadas servem as actividades a desenrolar no interior/exterior do edifício que não exijam água potável.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 2% SCaudal de Emissões Atmosféricas - Particulas e/ou Substâncias com potencial acidificante (Emissão de outros poluentes: SO2 e NOx)
18 A1 a. existência de lareiras (3 créditos); 1 e. esquentadores/caldeiras (3 créditos); 1 f. fumo do tabaco permitido (3 créditos).
Produção de resíduos 19 E Admite-se: ]396 - 452] kg/capita ano.
Gestão de resíduos perigosos 20 E 3. Locais para a deposição de pilhas (1 crédito).
Reciclagem de resíduos 21 D
Práticas com vista a incentivar e aumentar a taxa de reciclagem:3. Locais adequados, no interior dos fogos, para a deposição e separação dos resíduos a reciclar entre ]75 – 100]% (4 créditos); 4. Existem nas imediações (até 100m) contentores para a deposição de resíduos para a reciclagem (1 crédito);]25 - 12,5]% dos resíduos são reciclados.
8 Critérios RUÍDO EXTERIOR 3% S Fontes de ruído para o exterior 22 B1. a. Equipamentos no interior silenciosos (potência sonora inferior a 50dB) mais de 50% dos equipamentos (2 créditos);1. b. Equipamentos no exterior silenciosos (potência sonora inferior a 50dB) mais de 50% dos equipamentos (2 créditos); 4. Localização adequada de equipamentos que produzem ruído mais de 50% (2 créditos).
12% POLUIÇÃO ILUMINO-TÉRMICA 1% S Poluição ilumino-térmica 23 B
1. a. Colocação de sombras sobre as áreas impermeáveis e/ou escuras (1 crédito); 1. c. Existência de estacionamentoà superfície com sombreamento ao invés do estacionamento a céu aberto (2 créditos); 1. d. No exterior, aplicação de materiais de construção adequados às condições climatéricas locais. Ter em conta: reflectância (albedo); emissividade (radiação térmica) (2 créditos);2. a. Fachadas, coberturas e/ou telhado, passeios/espaços comuns exteriores (3 créditos);
CA
RG
AS
AM
BIE
NTA
IS
EFLUENTES 3% S
RESÍDUOS 3% S
, , p p ç ( );2. c. Existência de uma relação adequada entre os edifícios envolventes que permita a circulação de ar entre eles. Quanto > é a área livre entre eles > é o efeito de atenuação da "ilha de calor" (1 crédito).5. Possibilidade de controlo da iluminação: intensidade e horários de iluminação (2 créditos).
CONFORTO AMBIENTAL QUALIDADE DO AR 5% S Níveis de Qualidade do ar 24 B 1. Taxa de ventilação natural ajustada de forma adequada à actividade presente no local (2 créditos);
2. Correcta disposição dos espaços interiores do edifício que potencie a ventilação natural, nomeadamente a cruzada mais que 50% da área: 2 créditos).
41
Tabela 3 1 - Aplicação do LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b no caso de estudo.
LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia UnifamiliarVERTENTES ÁREA Wi Pre-Req. CRITÉRIO NºC Classe
Avaliação Fundamentação da avaliação
CO
NFO
RTO
A
MB
IEN
TAL
CONFORTO TÉRMICO 5% S Conforto térmico 25 A
1. Inércia térmica média a forte (1 crédito);2. Orientação adequada do edifício (considerando o clima) (1 crédito);3. Distribuição interna dos espaços adequada (1 crédito);7. Utilização de paredes que permitam trocas adequadas interior/exterior (1 crédito);9. Ventilação adequada para as diferentes divisões segundo os diferentes usos (com admissão de ar pelas divisões principais e exaustão pelas secundárias) (1 crédito);10. Sombreamento de vãos envidraçados (preferencialmente exteriores) (1 crédito);11. Vidros: (duplos e com coeficiente de transmissão térmica adequado, ou vãos envidraçados de bom desempenho) (1 crédito).
4 Critérios S Níveis de iluminação 26 C
1. a. Iluminação natural menos de 50% (2 créditos);1. c. Mais de 25% das divisões comuns com iluminação natural (1 crédito);1. e. Acabamentos interiores de cor clara mais de 50% das divisões (2 créditos);1. g. Boa orientação e distribuição dos vãos envidraçados, face às condições locais de iluminação (topografia e construções envolventes) (1 crédito);1. h. Áreas envidraçadas em equilíbrio com os espaço a iluminar relativamente à sua área e forma. (1 crédito);1. i. Sombreamento de vãos envidraçados: Sul, Este e Oeste (1 crédito).
1. O edifício insere-se numa zona cujo ruído exterior não excede os 55 dB(A) - Zonas sensíveis (uso habitacional, escolas hospitais ou similares), Regulamento Ruído (2 créditos);
ILUMINAÇÃO E ACÚSTICA 5%
15% S Isolamento acústico/Níveis sonoros 27 C 2. Organização espacial adequada aos ruídos provenientes das instalações existentes no interior do edifício, tais como, elevadores, couretes, cozinhas, entre outros considerados relevantes no projecto em avaliação. (2 créditos) 5. Utilização de vidros duplos (1 crédito);
Acesso aos transportes Públicos 28 F Inexistência de meios de transportes públicos regulares até 1000m.
Mobilidade de baixo impacte 29 C1. a. Caminhos pedonais junto ao edifício (1 crédito); 1. b. Caminhos pedonaisas com as dimensões adequadas ao fluxo de pessoas que realizaram diariamente esse trajecto (2 créditos); 1. c. Caminhos pedonais totalmente pedonais (3 créditos).
Soluções inclusivas 30 A 58% da áera util da habitação é acessivel (8 créditos).
Flexibilidade - Adaptabilidade aos usos 31 E1 d. Concentração de tubagens no mesmo local através de couretes (1 crédito se tiver sido efectuado para as de cozinha e 1 crédito se for para as das casas de banho);g. Disponibilidade de varanda para outros usos (1 crédito).
Dinâmica Económica 32 F (0 créditos).
Trabalho Local 33 A+ O local dispõe de 1 posto trabalho por 300 m².
Amenidades locais 34 D Existem até 3 amenidades humanas e/ou naturais a uma distância de 500m.
Interacção com a comunidade 35 B2. Distância máxima de 500m entre o edifício e espaços de lazer e de encontro da população, tais como parques, jardins, praças, etc. é entre ]66 – 100]% (3 créditos); 3. Preservação das actividades sociais/culturais existentes [apenas 1 actividade] (1 crédito).
1. b. sombreamento (1 crédito); 1. c. iluminação (natural ou artificial) (1 crédito); Ê
NC
IA S
ÓC
IO-E
CO
NÓ
MIC
A
ACESSO PARA TODOS 5% S
DIVERSIDADE ECONÓMICA 4% S
AMENIDADES E INTERACÇÃO SOCIAL 4% S
Capacidade de Controlo 36 A
ç ( ) ( );2. a. Temperatura: Mo (1 crédito); 2. c. Ventilação natural: Mo (1 crédito); 2. d. Ventilação artificial: Ma (2 créditos);2. e. Sombreamento de vãos envidraçados: Mo (1 crédito); 2. f. Iluminação artificial: Ma (2 créditos); 2. g. Iluminação natural: Ma (2 créditos); 3. a. Iluminação artificial: Ma (1 crédito); 4. a. Iluminação artificial: Iluminação artificial: os dispositivos são Ma (1 crédito).
Condições de participação e governância 37 E Não cumpre nenhuma das medidas.Controlo dos riscos naturais - (Safety) 38 F Não foram implementadas quaisquer créditos com vista a verificar o número de parâmetros mencionados.
13 Critérios Controlo das ameaças humanas - (Security) 39 C
1. Existência de espaços bem iluminados, vigiados e com campo de visão aberto (entre ]66 – 100]%) (3 créditos); 2. Edifícios com fachada e acesso principal inserido na frente/rua (entre ]66 – 100]%) (3 créditos); 4. c. No caso de haver vigilantes com capacidade de acção (empresas segurança), (1 crédito).
19% CUSTOS NO CICLO DE VIDA 2% S Baixos custos no ciclo de vida 40 E 1. Selecção de equipamentos com baixos custos de funcionamento (ex iluminação: uso da lâmpadas/luminárias de baixo consumo), frigorífico e outros, até 50% dos sistemas (1 crédito).
GE
STÃ
O
AM
BIE
NTA
L E
IN
OV
AÇ
ÃO
Informação ambiental 41 D
Informações disponibilizadas:1. plantas: arquitectura, instalações eléctricas, climatização e sanitárias para mais de 50% das habitações (2 créditos),disponível também para as áreas comuns (1 crédito);
3 Critérios Sistema de gestão ambiental 42 E O edifício e/ou empreendimento não possui qualquer mecanismo de GA.
VIV
Ê
PARTICIPAÇÃO E CONTROLO 4% S
GESTÃO AMBIENTAL 6%S
3 Critérios Sistema de gestão ambiental 42 E O edifício e/ou empreendimento não possui qualquer mecanismo de GA.
8% INOVAÇÃO 2% Inovações 43 E Não foram utilizados quaisquer elementos inovadores no edifício.
Classe obtida na avaliação: CLiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b
42
43
De acordo com o sistema LiderA, esta moradia é classificada globalmente com a
classe C na escala de G a A++, o que corresponde a uma melhoria de 25% quando
comparado com a classe de referência (E).
Ao analisar‐se as classes de avaliação dos diversos critérios, observa‐se que
existem alguns casos em que estas têm uma classificação inferior ou idêntica à de
referência. Assim sendo, realizou‐se um levantamento dessas situações, o qual é
apresentado na Tabela 3‐2.
Tabela 3‐2 – Critérios com classe de avaliação igual ou inferior a E
NºC Critério Classe Avaliação
3 Valorização ecológica E 6 Protecção e Valorização do Património E 9 Intensidade em Carbono (e eficiência energética) E
10 Consumo de água potável G 12 Durabilidade E 13 Materiais locais E 14 Materiais de baixo impacte E 15 Produção local de alimentos F 16 Tratamento das águas residuais F 17 Caudal de reutilização de águas usadas E 19 Produção de resíduos E 20 Gestão de resíduos perigosos E 28 Acesso aos transportes Públicos F 31 Flexibilidade - Adaptabilidade aos usos E 32 Dinâmica Económica F 37 Condições de participação e governância E 38 Controlo dos riscos naturais - (Safety) F 42 Sistema de gestão ambiental E 43 Inovações E
Como se pode observar na tabela anterior, ainda existem 19 critérios que se
encontram avaliados com as classes E, F e G, o que significa que estão abaixo ou igual à
referência. Alguns desses critérios não podem ser melhorados, uma vez que analisam
factos relacionados com a construção e envolvente da habitação. A título de exemplo,
as condições de participação e governância (C37) sugerem que exista uma troca de
informação entre projectistas, construtores, utilizadores e comunidade envolvente
desde a fase de projecto até à fase de operação. Como se compreende, neste
momento não se poderá aplicar nenhuma medida para se alterarem esses factos.
44
Uma vez que o sistema de avaliação LiderA atribui um peso específico a cada
critério, para no final fazer uma média ponderada das classes que lhes são atribuídas,
optou‐se por verificar quais são os critérios com maior peso, tal como a actual classe
que lhe é associada. A Tabela 3‐3 é o resultado dessa aferição.
Tabela 3‐3 – Os 12 critérios com maior peso na avaliação, segundo o LiderA, e a sua respectiva classe.
Peso NºC Critério Classe Avaliação
5,67% 7 Certificação Energética C 5,67% 8 Desenho Passivo B 5,67% 9 Intensidade em Carbono (e eficiência energética) E 5,00% 24 Níveis de Qualidade do ar B 5,00% 25 Conforto térmico A 4,00% 10 Consumo de água potável G 4,00% 11 Gestão das águas locais D 3,50% 1 Valorização Territorial B 3,50% 2 Optimização ambiental da implantação D 3,00% 22 Fontes de ruído para o exterior B 3,00% 41 Informação ambiental D 3,00% 42 Sistema de gestão ambiental E
Apesar destes 12 critérios representarem menos de um terço do total analisado
pelo LiderA, são responsáveis por mais de 50% da classificação final da avaliação. Daí
que seja importante conjugarem‐se os dados das Tabelas 3‐2 e 3‐3 na realização da
proposta de medidas de melhoria para esta moradia.
No capítulo 4 serão analisadas soluções que melhoram todos os critérios
descritos na Tabela 3‐3, excepto o C1, C22 e C24, e grande parte dos critérios
apresentados na Tabela 3‐2. Desta forma, pretende‐se aumentar a sustentabilidade do
edifício, em especial através da poupança de recursos e no incremento de conforto.
Nos anexos 3.1, 3.2 e 3.3 são expostos os consumos de água, energia e gás natural respectivamente. Optou‐se por trabalhar com os valores referentes ao ano de 2009, uma vez que é o último ano civil que se dispõe de toda a informação. Em cada um desses anexos foi proposta uma hipótese de decomposição dos consumos pelos diversos equipamentos. Deste modo, identificou‐se quais os aparelhos que mais consumiam, e de forma a diminuir esses valores foram estudadas diversas soluções, as quais serão descritas no capítulo seguinte.
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4 Aplicação de Medidas que Melhoram a
Sustentabilidade
Neste capítulo serão estudadas diversas medidas que possam ser aplicadas ao
caso de estudo, numa intervenção, sem alterações estruturais, tal como indicado pelo
dono da moradia, com vista a melhorarem a sustentabilidade da habitação.
As análises da viabilidade económica das soluções descritas contêm os custos
dos investimentos incluindo o valor do IVA à taxa legal, e respeitam os seguintes
pressupostos: taxa de inflação anual da electricidade e do gás de 4%, taxa de inflação
anual da água de 3% e taxa de actualização nominal com risco de 6%. As restantes
considerações ou dados utilizados são mencionados nos locais onde se aplicaram.
Uma vez que se está a utilizar uma taxa de actualização com risco, considera‐se
que um investimento é interessante do ponto de vista económico sempre que o valor
actual líquido e a taxa interna de rentabilidade sejam superiores a zero, fazendo
coincidir a análise do investimento com a duração que a vida útil da medida.
No anexo 5, está inserido o orçamento geral das medidas de reabilitação
estudadas neste capítulo, de forma a justificar os valores utilizados no cálculo dos
investimentos. O orçamento foi realizado no programa Arquimedes. ‐ 2010.j da CYPE,
recorrendo à base de dados do software Gerador de preços. Reabilitação – 2010.j da
mesma empresa. No gerador de preços além de se introduzir as características da
moradia, assumiu‐se que o mercado se encontra em recessão moderada e que não
existe dificuldades de acesso à obra. Adicionalmente, assumiu‐se que existe espaço
suficiente para o armazenamento de materiais e entulho, o transporte de materiais
pode ser executado sem dificuldade, e o grau de intervenção é pontual. Finalmente,
considerou‐se que o edifício se encontra em bom estado de conservação, sendo a
dificuldade de intervenção moderada e, que durante a intervenção, os proprietários da
habitação estariam permanentemente presentes.
46
Apesar do Arquimedes fornecer a composição dos preços compostos, como se
pode observar na Figura 4‐1, optou‐se por não a inserir no orçamento. Neste iremos
apenas encontrar a descrição do trabalho ou do equipamento, as unidades de medida,
as quantidades, o preço unitário e o preço total.
Tal como referido no capítulo 3, ir‐se‐á proceder à análise de um conjunto de
medidas que melhorem o desempenho sustentável da moradia. Para tal, escolheram‐
se 25 soluções que, nas diferentes vertentes, poderão contribuir para esse objectivo.
Algumas das medidas que serão apresentadas terão intuitos semelhantes, visto que
existem diversas maneiras de colmatar as lacunas identificadas, e este trabalho visa
também comparar essas soluções entre si.
4.1 Isolamento térmico
O isolamento térmico retrai a velocidade da transferência de calor por condução,
entre o interior e exterior de um edifício. Note‐se que uma habitação devidamente
isolada necessita de consumir menos energia para manter uma temperatura de
conforto no seu interior.
Figura 4‐1 – Programa Arquimedes. ‐ 2010.j da CYPE.
47
Conforme a descrição da moradia no capítulo anterior, esta não possui
isolamento pela cobertura. Segundo Isolani P. (2008), “as coberturas são as superfícies
da envolvente que mais contribuem para as perdas de calor num edifício.” Assim
sendo, verificaram‐se as soluções possíveis para melhorar este aspecto, e conclui‐se
que o mais viável seria realizar um tecto falso no último andar e na segunda suite
(quarto 2 e IS3) do piso térreo, onde se aplicaria no seu interior placas de poliestireno
extrudido com 40 mm de espessura. Tal como se pode conferir nas plantas de
proposta de alteração, nos anexos 8.2 e 8.3, continuariam a existir alguns locais do
piso inferior que ficariam em contacto com o exterior sem terem isolamento térmico.
Não se considerou a colocação de tecto falso com isolamento nesses locais, uma vez
que são pequenas regiões em espaços diferentes, e para tal seria necessário aplicar
essa medida na totalidade desses compartimentos, aumentando significativamente os
custos, sem resultar num benefício relevante.
Com a aplicação da solução descrita, seria possível reduzir em 25% a energia
necessária para o aquecimento da residência, passando de 95,12 kWh/m2.ano para
71,51 kWh/m2.ano. O custo deste investimento é de 4411 €, dado que além da fixação
de 80 m2 de tecto falso com o isolamento, é necessário pintá‐lo. O período de retorno
desta medida, de acordo com o anexo 4.1, é de 80 anos, considerando o aquecimento
ligado durante 10 h por dia, e que este é proveniente de uma caldeira a gás com
rendimento de 87%.
Partindo do princípio que a vida útil de uma habitação residencial é de 50 anos,
este investimento não é economicamente viável, visto que o período de retorno é
superior à vida útil.
4.2 Painéis solares
De acordo com o que foi apresentado anteriormente no estado de arte, Portugal
tem uma elevada exposição solar. Desta forma, estudou‐se a possibilidade da
integração de painéis solares na moradia em análise. Salienta‐se que para uma melhor
eficiência dos painéis é conveniente estarem direccionados entre os octantes Sudoeste
e Sudeste, sendo Sul a orientação preferencial.
48
4.2.1 Painéis solares térmicos
Os painéis solares térmicos transformam a radiação solar directamente em
energia térmica para o aquecimento de águas. Existem dois tipos de sistemas para o
aquecimento de águas com painéis solares: termossifão e circulação forçada. Os
primeiros, têm o acumulador de água a uma cota mais elevada que a entrada de água
no painel, o que significa que aproveita a diferença de densidades da água fria e da
quente para que esta circule. Apresenta como principais desvantagens os efeitos
estéticos e as perdas de energia entre o reservatório e o exterior. Por outro lado, é um
sistema mais simples que, para além de ser mais económico, tem menos probabilidade
de se avariar.
Quanto à circulação forçada, tal como o nome sugere, a circulação da água entre
o painel e o reservatório é forçada, o que significa que necessita de uma bomba. É
certo que esta não necessita de ter muita potência, mas além de consumir energia,
está sujeito a avariar, impedindo o funcionamento do sistema. Este segundo sistema
permite a colocação do reservatório de água a uma cota inferior, idealmente num local
interior de forma a evitar‐se as perdas térmicas. É uma solução mais onerosa que a
primeira e poderá sofrer mais avarias. No entanto, esta opção minimiza as perdas de
energia, sendo uma solução esteticamente mais interessante.
Para o presente estudo escolheu‐se o sistema de termossifão, uma vez que as
perdas de energia entre a água no interior do reservatório e o exterior são pequenas, e
além desta solução ser mais económica, em princípio terá menos problemas de
manutenção.
Segundo o ponto 2 do artigo 7.º do RCCTE, é necessário instalar‐se 1 m2 de
painel solar térmico por cada habitante, podendo este ser reduzido por forma a não
ultrapassar o máximo de 50% da área total da cobertura disponível, em terraço ou nas
vertentes orientadas no quadrante Sul, entre Sudeste e Sudoeste. De acordo com o
ponto 2.1 do anexo VI do anterior regulamento, a estimativa do número de ocupantes
da fracção autónoma depende da tipologia da habitação, que neste caso será de 6
pessoas, uma vez que se está perante uma tipologia do tipo T5. Assim sendo, terão de
existir 6 m2 de painéis solares térmicos para o aquecimento das AQS. Apesar de se
estar perante uma obra de reabilitação, a qual não se encontra no âmbito deste
49
decreto‐lei, optou‐se por
seguir as suas exigências
nesta matéria e verificar a
viabilidade económica do
investimento
considerando a instalação
de 6 m2 de painéis solares
térmicos segundo o
sistema de termossifão. A
localização sugerida para
colocar este equipamento
poderá ser consultada nos
anexos 8.1 e 8.4.
Após realizar‐se uma simulação deste caso no SolTerm 5.0 verifica‐se que esta
medida é economicamente viável, como se pode observar na Figura 4‐2. No entanto
tem um payback idêntico à sua vida útil, estando sujeita a tornar‐se uma solução
inviável caso as condições do cenário criado alterem ligeiramente.
4.2.2 Painéis solares fotovoltaicos
A energia da luz solar além de permitir o aquecimento de águas com a utilização
dos painéis solares térmicos, também possibilita a produção de energia eléctrica. Para
tal, é necessário recorrer à instalação de painéis solares fotovoltaicos. Um dos
problemas desta solução de produção de energia renovável é o seu custo inicial. No
entanto, o Estado Português tem um programa de incentivos que tornam esta opção
mais viável do seu ponto de vista económico.
De acordo com o decreto‐lei n.° 363/2007 de 2 de Novembro, o actual regime
jurídico aplicável à produção de electricidade por intermédio de instalações de
pequena potência (unidades de microprodução), permite produzir e vender à rede
energia eléctrica de fontes renováveis. No entanto, para se ser um produtor de energia
é necessário satisfazer algumas condições, salientando‐se a obrigatoriedade da
Figura 4‐2 – Análise da viabilidade económica da instalação de 6m2 depainéis solares térmicos para o aquecimento das AQS (SolTerm 5.0, INETI)
50
existência de um contrato de compra de electricidade à RESP, e injectar nesta uma
potência inferior ou igual a 50% da potência contratada. Acerca dos regimes
remuneratórios resultantes da venda de energia à RESP, segundo o artigo 9.° do
decreto‐lei supracitado, existem duas possibilidades: regime geral e regime bonificado.
A grande diferença entre eles é que no primeiro caso a tarifa de venda da
electricidade, por parte do produtor, é igual ao custo da energia do tarifário aplicável
pelo comercializador, enquanto que no regime bonificado existe uma tarifa de
referência que é sempre superior ou igual à do regime geral, tomando esta o valor de
0,650 €/kWh em 2008, e é reduzida em 5% por cada 10 MW adicionais de potência de
ligação registada a nível nacional. Este decreto‐lei prevê ainda uma potência máxima
de ligação de 10 MW em 2008, sendo esta aumentada anual e sucessivamente, em
20%. Segundo o artigo 85.° do CIRS, existe ainda um benefício fiscal na compra deste
equipamento, através da dedução de 30% do seu valor na colecta do IRS com o
máximo de 777 €.
A remuneração ao produtor durante os primeiros cinco anos civis após a
instalação é realizada à tarifa única de referência aplicada à energia produzida no ano
da instalação. Findo este período, e durante os dez anos seguintes é‐se remunerado
segundo a tarifa de referência do dia 1 de Janeiro desse ano, sendo seguidamente
aplicada a tarifa do regime geral.
Para se aceder ao regime bonificado, tem de se ter uma potência de ligação até
3,68 kW, uma produção anual inferior a 2,4 MWh por cada quilowatt instalado, e no
mínimo 2 m2 de painéis solares térmicos para o aquecimento da água. Uma vez que
este tipo de regime é mais favorável, optou‐se por realizar um estudo de viabilidade
económica desta solução. No entanto, desde o dia 1 de Junho de 2010 suspenderam‐
se os pré‐registos para o acesso ao regime bonificado, uma vez que a legislação nesta
área irá sofrer alterações.
A análise do investimento apresentada no anexo 4.2 teve em consideração o
cenário mais desfavorável em termos da tarifa de referência, uma vez que se estudou
a possibilidade de em todos os anos serem atingidas as quotas máximas de potência
de ligação disponíveis, que teria como consequência a diminuição desta tarifa. Dado
que existe espaço nas águas das coberturas orientadas a Sudoeste e Sudeste, optou‐se
51
por colocar o máximo de painéis possíveis (14), situados de acordo com os anexos 8.1
e 8.4, de forma a não ultrapassar os limites estabelecidos para a aplicação do regime
bonificado. Deste modo, e tento em conta todos os encargos com este processo
(equipamentos, transporte, montagem, impostos e taxas) verificou‐se que o
investimento inicial de 17400 € teria um payback de cinco anos, um valor actual
liquido de 13770 € e uma taxa de rentabilidade interna de 18%.
Neste estudo, tomou‐se em consideração a escolha de material autorizado
(inversor e contador) segundo Renováveis na hora (2010), para que não exista nenhum
problema no licenciamento deste sistema.
Recomenda‐se que a ligação dos diversos painéis ao inversor seja realizada
através de dois conjuntos ligados em paralelo. Cada conjunto deverá ser composto por
sete painéis ligados em série entre si. Assim, consegue‐se obter tensões e correntes
suportadas pelo inversor sugerido, e caso exista um problema num dos painéis apenas
metade do sistema ficará indisponível.
Dado que o investimento dos painéis solares térmicos e fotovoltaicos é elevado,
e está exposto a diversos riscos, como por exemplo, catástrofes naturais ou
vandalismo, consultou‐se as seguradoras e conclui‐se que um prémio anual de 113 €
salvaguardaria esses riscos. Assim sendo, e considerando uma taxa de inflação do
prémio de 3%, o valor actual liquido destes dois investimentos passaria de 14010 €
para 12023 €.
4.3 Sistema de aquecimento e produção de AQS
O sistema de aquecimento e produção de AQS é responsável por consumir
anualmente cerca de 1253 m3 de gás. Para diminuir esse valor, estudar‐se‐ão três
medidas: alteração do sistema de aquecimento central e produção de AQS,
substituição da lareira por um recuperador de calor e implementação de paredes
trombe nos locais apropriados.
4.3.1 Aquecimento central e produção de AQS
Actualmente existe uma caldeira mural a gás que é responsável por alimentar os
diversos radiadores e pela produção das águas quentes sanitárias. Com o objectivo de
52
melhorar este sistema, ir‐se‐á analisar duas soluções: substituição da caldeira
convencional por uma de condensação e instalação de ar condicionados.
A primeira opção, substituição da caldeira, tem um custo de 3600 €, e graças ao
seu elevado rendimento permite poupar 2090 kWh/ano no aquecimento das AQS e
904 kWh/ano no sistema de aquecimento. Segundo a análise de viabilidade económica
apresentada no anexo 4.3, esta hipótese teria um payback de 36 anos, o que é maior
que a sua vida útil, e portanto não é viável economicamente.
Quanto à hipótese da instalação dos aparelhos de ar condicionado, analisaram‐
se diferentes aparelhos e sistemas, onde as principais características e resultados são
apresentados na Tabela 4‐1.
Tabela 4‐1 – Características sumárias de cinco opções de aparelhos de ar condicionado
documents/statistics/general_stats_2009.pdf acedido no dia 28 de Agosto de 2010).
Anexos
Anexo 1 – Medidas de melhoria de desempenho segundo o LiderA
Anexo 2 – Aplicação do RCCTE
Anexo 2.1 – Fichas
Anexo 2.2 – Folhas de cálculo
Anexo 2.3 – Plantas de numeração dos diversos elementos de
construção
Anexo 2.4 – Informações auxiliares
Anexo 3 – Apresentação dos consumos anuais da moradia, e estimativa
da sua proveniência
Anexo 3.1 – Água
Anexo 3.2 – Electricidade
Anexo 3.3 – Gás natural
Anexo 4 – Análise da viabilidade económica
Anexo 4.1 – Implementação de tectos falsos com isolamento
Anexo 4.2 – Instalação de painéis solares fotovoltaicos
Anexo 4.3 – Substituição da caldeira
Anexo 4.4 – Implementação de ar condicionado
Anexo 4.5 – Substituição da lareira por um recuperador de calor
Anexo 4.6 – Implementação de paredes trombe
Anexo 4.7 – Substituição das actuais lâmpadas por LEDs
Anexo 4.8 – Substituição das actuais lâmpadas por LFC
Anexo 4.9 – Substituição da máquina de lavar a roupa
Anexo 4.10 – Substituição da máquina de secar a roupa
Anexo 4.11 – Substituição da máquina de lavar a loiça (hipótese 1)
Anexo 4.12 – Substituição da máquina de lavar a loiça (hipótese 2)
Anexo 4.13 – Substituição do frigorífico e congelador (hipótese 1)
Anexo 4.14 – Substituição do frigorífico e congelador (hipótese 2)
Anexo 4.15 – Sistema de aproveitamento de águas pluviais
Anexo 4.16 – Redução do consumo de água
Anexo 4.17 – ETAR Compacta
Anexo 4.18 – Manual de utilização
Anexo 5 – Orçamento das medidas de reabilitação estudadas
Anexo 6 – Iluminação artificial
Anexo 6.1 – Levantamento de lâmpadas
Anexo 6.2 – Composição do sistema de iluminação artificial com LEDs
Anexo 6.3 – Composição do sistema de iluminação artificial com LFC
Anexo 7 – Estudo da viabilidade económica e avaliação da
sustentabilidade
Anexo 7.1 – Proposta 1
Anexo 7.2 – Proposta 2
Anexo 8 – Plantas com a aplicação das medidas analisadas
Anexo 8.1 – Planta de implementação
Anexo 8.2 – Planto do piso 0
Anexo 8.3 – Planto do piso 1
Anexo 8.4 – Planta da cobertura
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar3 Medidas (4 sub-medidas)1. Intervir em áreas urbanas com solo contaminado (antigas fábricas, zonas industriais desactivadas como por exemplo o Parque das Nações). Estas zonas deverão ser:» Descontaminadas - remover e tratar os resíduos» Enriquecidas as propriedades do solo - regenerar os solos descontaminados através da colocação de terra fértil / adubos e de terreno vegetal» Removidas as zonas impermeabilizadas - favorecer infiltração e a drenagem natural do solo2. Intervir nos vazios urbanos, nas zonas degradadas/abandonadas dos quarteirões e nas zonas impermeabilizadas. Nestas zonas deverão ser:» Renovados e/ou adaptados os edifícios e as infra-estruturas (esgotos, águas e vias de comunicação) previamente existentes - valorizar o uso das estruturas locais3. Intervir em zonas privadas de forma a usufruir do espaço público e potenciar a vocação definida no PDM em especial para as áreas sensíveis: RAN, REN, Rede Natura, locais de paisagem protegida, etc.3 Medidas (7 sub-medidas)1. Reduzir área de implantação do edifício através do:» Piso térreo vazado - apenas a entrada para o edifício e o núcleo de acesso (escadas e elevador) encontram-se no piso térreo» Piso térreo recuado - criação de um tipo de galeria que pode ter um uso diferente no piso térreo dos restantes pisos elevados, por exemplo um edifício habitacional com comércio no piso térreo » Construir sobre estacas / estrutura em pilotis - permite minimizar a área de solo ocupada pelo edifício2. Minimizar os efeitos da garagem:» Situar o piso do estacionamento em pisos sobrelevados. Exemplo: se o piso térreo for vazado a garagem pode-se localizar no 1º piso. Ou se o terreno for bastante acidentado pode-se tirar partido do seu declive para situar a garagem no último piso, tendo acesso pelo cota superior do terreno» Desenhar o limite do piso enterrado (caves, garagens) coincidente com o limite que a construção ocupa no piso térreo, não ocupando o logradouro.3. A zonas exteriores do empreendimento poderão ser:» Zonas verdes permeáveis de lazer (logradouros com vegetação)
» Zonas que utilizem pavimentos permeáveis ou semi-permeáveis - por exemplo os pavimentos Aquastone, trata-se de pavimentos drenantes do tipo sobrelevados ou perfurados. Ou pavimentos Soplacas que são placas para o chão, lancis, passeios, etc, prefabricados de betão para água potável, rega e tratamento; diminuição efeito de ilha de calor, aumento da permeabilidade e infiltração, diminuição da erosão do solo. Outros exemplos de pavimentos permeáveis: Gravilhas aglomeradas com resina epoxídica, Saibro solto sobre camada de granulometria extensa.
3 Medidas (8 sub-medidas)1. Preservar as características naturais dos habitats:» Maximizar a área natural (zonas verdes) a implementar ou a preservar face à área total do empreendimento - Criação de espaços verdes de lazer, hortas nas zonas exteriores envolventes ao edificado» Evitar a escorrência superficial e a exposição de solo a nu, apostando num tipo de vegetação que se adapte às características do terreno (declive, porosidade e humidade do solo)» Utilização de sistemas que ajudem a fixar o substrato natural - por exemplo o sistema EcoAegis, que se trata de uma cobertura de fibra que se fixa ao terreno e facilita a estabilização do terreno e a fixação de plantas. Atlanlusi - Sistemas/produtos de controle da erosão2. Preservar as espécies animais ou plantas consideradas importantes, sensíveis ou com valor local» Existência de uma listagem das espécies animais e vegetais existentes no local;» Utilizar fertilizantes naturais e outros sistemas que evitem a utilização de químicos e pesticidas na manutenção das zonas verdes - por exemplo os sistema Geopoeiras, trata-se de um humidificante natural de partículas e poeiras. Colocação de fungos para a requalificação dos solos.» Seleccionar espécies vegetais autóctones (arbóreas e rasteiras) que se adaptem ao local e de boa manutenção
3. Aumentar a biodiversidade e/ou área ecológica no local» Colocar espécies que permitam o desenvolvimento do solo enquanto substrato (insectos, bactérias) degradando matéria orgânica e produzindo nutrientes. Apostar na variedade de espécies, para o desenvolvimento de um ecossistema mais rico.» Nos espaços exteriores do empreendimento, colocar estruturas que possibilitem o desenvolvimento e a fixação de espécies - Integração de lagos para peixes e aves, árvores de copa densa para servir de abrigo e fonte de alimentação para as aves, etc.3 Medidas (7 sub-medidas)1.Evitar a existência de barreiras/obstáculos físicos entre habitats ou no mesmo habitat:» Colocação de canais especiais para a passagem de pequenos animais através do solo; colocação de redes com aberturas que permitam a circulação de insectos.2. A nível urbano, projectar espaços verdes contínuos através de:» Parques urbanos - que não sejam ilhas ecológicas mas se dispersem na malha urbana de uma forma contínua formando os corredores verdes; » hortas urbanas - que se integrem em logradouros, quarteirões ou espaços públicos e que sirvam como forma de ligar e relacionar os corredores verdes; » arborização de ruas;» Introdução de zonas verdes nos elementos de construção: coberturas, varandas, terraços, fachadas, etc.3. Ao nível do lote/empreendimento:» Assegurar o maior perímetro verde possível de contacto com os limites do lote;» Verificar se existem "corredores verdes" exteriores que atravessam o lote e garantir essa ligação.3 Medidas (7 sub-medidas) 1. No âmbito da paisagem natural, as construções deverão ser integradas na estrutura e na forma da paisagem, considerando as várias perspectivas e pontos de vista, e devem assegurar-se as respectivas funções e forma:» Adequar-se à topografia local;» Adequar-se à estrutura verde e às espécies nativas do local;» Valorizar as vistas interessantes que o local oferece.
Valorização Territorial C1
Optimização ambiental da implantação
C2
Integração Paisagística C5
Valorização ecológica C3
Interligação de habitats C4
Anexo 1
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar2. No âmbito da paisagem construída, a intervenção deve respeitar as características formais do local tendo em conta a sua escala e dimensão:» Respeitar as cérceas do local e a densidade das construções;» Adaptar formalmente o espaço com a topografia local;» Utilizar uma palete de cores dentro das existentes no local;» Utilizar materiais de acordo com os tipicamente utilizados na circundante.3. Intervenção que respeite os valores e tradições locais.3 Medidas1. Conservar o património edificado existente - aproveitar estruturas pré-existentes; manutenção das principais volumetrias do edifício (exemplo: reconversão dos armazens nas docas de Alcântara para uso de restauração)2. Conservar o património classificado ou em vias de classificação - preservar a sua integridade física e espacial; conjugação harmoniosa entre os materiais aplicados e os já existentes (exemplo: restauro da fachada do Convento de Mafra)3. Reabilitar e valorizar o património classificado ou em vias de classificação apelando ao seu restauro, manutenção e usufruto - reajustar adequadamente o seu uso respeitando formal e culturalmente o edificado (exemplo: reabilitação da Praça de Touros do Campo Pequeno).3 Medidas 1. Conformidade com RCCTE e RSECE e valores relacionados com certificados de eficiência energética 2. Reabilitar com base em princípios bioclimáticos3.Elaboração de guia prático composto por medidas que visem a minimização do consumo de energia pelos utilizadores.2 Medidas (5 sub-medidas)1.Reabilitar com base em princípios bioclimáticos2. Diminuição (em mais de 50%) das necessidades nominais de energia, por intervenção de práticas de desenho passivo:» Orientação solar» Vãos com dimensões controladas» Sombreamentos (interior, exterior, regulável)» Ventilação natural (ventilação cruzada e paredes de trombe)» Materiais utilizados (isolamentos, caixilharia e vidros duplos)3 Medidas 1. Reduzir o consumo da rede de electricidade pública, dando prioridade à produção de energia através de sistemas de fontes renováveis adequadas para cada tipo de espaço2. Limitar e controlar as emissões de CO2 e/ou GEE no edificado, através de um sistema de monitorização.3. Utilizar equipamentos com eficiência energética1 Medida (4 sub-medidas)1.Reduzir o consumo de água primária proveniente da rede de abastecimento público:» Redutores de caudal e outras medidas que podem reduzir as necessidades de água» Reutilizar águas pluviais» Utilização de espécies autóctones » Utilização de equipamentos eficientes em consumos de água2 Medidas 1.Plano de gestão de águas locais, retenção e tratamento de águas de escorrência no local;2.Recolha de águas pluviais nas áreas impermeabilizadas. Utilização da mesma para rega, lavagem de pavimentos, entre outros. 1 Medida 1.Projectar utilizando materiais duráveis, de modo a que o seu tempo de vida seja longo (100 anos).» Utilizar soluções construtivas fáceis de intervir para a substituição parcial.1 Medida 1. Utilizar materiais na reabilitação produzidos ou obtidos a menos de 100 km (superior a 50%).4 Medidas 1.Utilização de materiais certificados ambientalmente;2.Utilizar materiais sem compostos proibidos/perigosos;3.Utilizar materiais reciclados, reutilizados e reutilizáveis;4.Utilizar materiais provenientes de florestas sustentadas.2 Medidas1. Disponibilizar zonas no exterior para produzir alimentos vegetais e/ou animais.2. Disponibilizar zonas/condições no interior para produzir alimentos vegetais e/ou animais.2 Medidas (3 sub-medidas)1. O tratamento das águas deve, sempre que possível ser efectuado no local, sem que o edifício esteja conectado ao sistema municipal de tratamento » Fito-ETAR ou ETAR Compacta (sistemas natural de tratamento das águas)» Sistema máquina viva (estufa - Living MachineTM)»Uso de sanitas de compostagem (diminui a carga poluente)2. Recolha e separação das águas residuais domésticas (águas cinzentas e negras);2 Medidas 1. Implementação de restrições no acesso à água potável (rede, furos, nascentes…) com o intuito de incentivar a reutilização de água.2. Reutilização das águas cinzentas para descarga dos autoclismos, rega dos espaços exteriores, entre outros que não seja necessário o recurso à água potável.7 Medidas1. Eliminar ou diminuir equipamentos de combustão no interior dos edifícios (fogões, esquentadores, caldeiras…)2. Utilizar equipamentos cuja fonte de energia, seja carvão e óleos com teores de enxofre inferiores a 0,2% ou certificados;3. Não utilizar materiais que durante a sua aplicação impliquem a emissão de substâncias acidificantes;4. Colocar superfícies de fácil limpeza, e que não permitam a acumulação de poeiras;
Integração Paisagística C5
C18
Certificação Energética C7
Desenho Passivo
Protecção e Valorização do
Património C6
C8
Intensidade em Carbono C9
Consumo de água potável C10
Gestão das águas locais C11
Materiais de baixo impacte C14
Produção local de alimentos C15
Durabilidade C12
Materiais locais C13
Tratamento das águas residuais
C16
Caudal de reutilização de águas usadas
C17
Caudal de emissões
atmosféricas
Anexo 1
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar5. Limitar a existência de tapetes nas entradas ou a colocação de materiais que permitam a retenção localizada de partículas;6. Apostar na mobilidade de baixo impacte;7. Proibir fumo de tabaco no interior.3 Medidas (13 sub-medidas)1. Fase de construção» Permitir que os materiais de revestimento/decoração sejam escolhidos pelos futuros ocupantes.» Aproveitamento e cuidado no manuseamento dos materiais» Engloba as medidas sugeridas para a "Fase de operação"» Elaboração de um Plano de Gestão de resíduos de Construção2. Fase de operação» Eliminação de produtos descartáveis: produtos em embalagens unitárias ou de utilização única» Reutilização de frascos de vidro e outros» Aquisição de bens alimentares que não estejam embalados» Aproveitamento dos sacos de plástico para as compras nos dias seguintes» Existência de pontos para a reciclagem de resíduos e encaminhamento para sistemas próprios (Ecopontos)» Realização de compostagem doméstica de resíduos indiferenciados» Existência de um Guia-Prático composto por medidas de fácil aplicação que permitam uma correcta gestão e redução dos resíduos3. Fase de demolição» Reaproveitamento ou a valorização dos resíduos produzidos» Elaboração de um Plano de Gestão de resíduos de Demolição4 Medidas 1. Reduzir a utilização de produtos nocivos na manutenção dos espaços;2. Evitar a utilização de produtos compostos com substâncias nocivas, apenas utilizando produtos com rótulo ambiental;3. Criação de zona própria para deposição e localização de resíduos;4. Existência de um plano de gestão e monitorização de resíduos perigosos.7 Medidas
1. Colocar recipientes que permitam a deposição diferenciada dos resíduos no interior das habitações e acomodações;
2. Existência de uma central de deposição dos resíduos reciclados no edifício3. Colocar recipientes comunitários que permitam a deposição diferenciada dos resíduos no exterior ao nível do bairro/quarteirão (ecopontos até 100m)4. Existência de locais específicos onde possam ser depositados objectos em condições de utilização (ex: mobília, roupa) ou renovados5. Elaborar um plano de gestão dos resíduos a reciclar: vidro, papel, cartão, pilhas, orgânicos, embalagens, metais, etc
6. Troca de material a reciclar por produtos provenientes do empreendimento (recursos alimentares, plantas), ou implementação de lojas de reconversão7. Informação disponível sobre sites de empresas onde é possível trocar material a reciclar por pontos, podendo estes ser utilizados em diversos estabelecimentos.3 Medidas (3 sub-medidas)1. Controlo na Fonte, nomeadamente tipo de equipamentos utilizados e sua localização;2. Estratégias implementadas, no sentido de reduzir a propagação de ruído interior para o exterior:» Níveis de isolamento acústico (paredes, coberturas e janelas);» Implementação de elementos supressores de ruído perto desses equipamentos;» Colocação de deflectores e apoios anti-vibráticos que reduzam a propagação do som.3. Controlo dos horários e actividades a efectuar.2 Medidas (6 sub-medidas) 1. Na térmica:» Utilização de cores claras;» Morfologia, materialidade e sombreamento adequado às condições climatéricas locais» Introdução de vegetação/arborização nas superfícies, incluindo telhados verdes, fachadas verdes, entre outros» Introdução de corpos hídricos 2. Na iluminação:» Controlo adequado do tipo e projecção de iluminação, incluindo painéis luminosos;» Controlo das áreas e horários de iluminação.7 Medidas (16 sub-medidas)1. Correctas taxas de ventilação consoante o tipo de actividade a realizar no interior :» Espaços habitacionais com uma taxa de renovação não inferior a 0,6% e para uso terciário 0,8%2. Taxas de renovação de ar mais elevadas nas zonas com potencial de formação de humidades (IS, cozinhas):» Caudais de renovação do ar de pelo menos 1 ren ar/h nas divisões principais (salas e quartos) e de 4 ren ar/h nas divisões com formação preferencial de humidades3. Existência de ventilação natural em todas as divisões principais e secundárias:» Desenhar edifícios altos e com pouca profundidade, de forma que se aproveitem as velocidades maiores que se produzem a maior altura do solo;» ventilação natural;» Correcta disposição dos espaços interiores do edifício para potenciar a ventilação natural, nomeadamente a cruzada - abertura de vãos exteriores em fachadas opostas;» Rentabilizar a entrada de ar pela janelas (criando zona de sobrepressão com a utilização de palas, varandas ou outros obstáculos arquitectónicos, ou pela colocação de árvores que impeçam o fluxo do ar de se dispersar pelos lados do edifício;» A entrada de ar para o interior pode optimizar-se instalando janelas exteriores com grelhas que permitam a passagem do ar, com sistemas de regulação de caudal.» A circulação do ar pelo interior pode optimizar-se instalando portas com grelhas de ventilação ou tornado os espaços interiores mais contínuos;
Gestão de resíduos
perigososC20
Reciclagem de resíduos C21
C24
C18
Fontes de ruído para o
exteriorC22
Produção de resíduos C19
Caudal de emissões
atmosféricas
Poluição ilumino-térmica
C23
Níveis de Qualidade do
ar
Anexo 1
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar» Em espaços que têm um pé-direito baixo, o ar estratifica-se consoante a sua temperatura, podendo manter zonas de ar usado estagnado - projectar espaços com pé-direito alto, idealmente com duplo pé-direito, que permite criar circuitos de convecção natural e dilui as toxinas que transporta através do movimento com que atravessa os espaços
b t4. Micro-contaminações:» Identificar o tipo de substâncias emitidas (legionella, radão, monóxido de carbono, fungos e bolores, fumo de tabaco, amianto, pesticidas, partículas de chumbo…).» Nos espaços exteriores e nas zonas de maior utilização, assegurar a renovação e criação de condições (vegetação, etc.) que melhorem a qualidade do ar.5. COV’s (compostos orgânicos voláteis): » Controlar a quantidade de materiais aplicados que possuam COV’s;» Implementar um plano de monitorização;» Realizar e implementar medidas com vista a gerir e eliminar estas emissões.6. Implementar um plano de monitorização 7. Nos espaços exteriores envolventes ao edificado de onde provem o ar que assegura a renovação no interior, devem ser criadas boas condições (vegetação, etc.) que permitam a uma boa a qualidade do ar:» Inserir elementos arbóreos com grande capacidade de captação de CO2 (exemplos: pinheiro manso e bravo, castanheiro, carvalho, azinheira, sobreiro, freixo, etc.);» Escolher zonas com tráfego rodoviário moderado.2 Medidas (13 sub-medidas)1. Aplicar estratégias de design passivo:» Inércia térmica: média a forte - utilização de materiais com densidade significativa que conservam a energia e controlam as oscilações repentinas de temperatura no interior (Condutibilidade térmica [W/m.ºC] : aço - 46, alumínio - 140, madeira - 0.124, betão - 0.98, fibra de vidro - 1.02, resina de poliéster - 0.11, tecido de fibra de vidro - 0.2) (exemplo: paredes de trombe - conservam calor que depois irradiam para o interior; coberturas verdes - substrato vegetal armazena calor);» Factor de forma inferior a 1;» Isolamento - se possível pelo exterior de forma a evitar pontes térmicas ou inserido em parede dupla com isolamento de 6 cm. São considerados isolantes térmicos materiais com λ ≤ 0.065 W/m.ºC e R > 0.5 m2.ºC/W, de forma a garantir que a espessura do material é suficiente para reduzir o fluxo de calor (Freitas, 2002). Exemplo: Tecnologia SISMO - isolamentos térmicos e acústicos: diminuição da intensidade em materiais mantendo o isolamento - poliestireno expandido, neoport, lã de rocha;» Orientação do edifício a Sul/Norte;» Sombreamento nos vãos envidraçados (à excepção dos orientados a Norte) - se possível pelo exterior através de palas, estores ou persianas (brise soleil), laminas orientáveis, vegetação (fachadas verdes), entre outros; » Vãos envidraçados que ocupem cerca de 15% da área da parede;» Vidros duplos; » Caixilharias estanque com corte térmico2. Assegurar boas condições de conforto nos espaços públicos exteriores:» Introduzir vegetação que modifica a humidade do ar, ameniza a temperatura do ar, aumentando o conforto bioclimático (Andrade e Vieira:2005)» Apostar no sombreamento dos espaços públicos de estada, dos percursos pedonais e das ciclovias, quer pela manipulação da volumetria construída quer pela introdução de estrutura verde nestes locais. » Inserir zonas com água (fontes, lagos, etc.) que aumentam a humidade do ar em zonas secas;
» Optar de preferência por superfícies que reflictam a radiação com maior albedo nas construções adjacentes ao espaço público, em destaque as superfícies claras. Deve-se evitar o betão e os materiais espelhados ou aluminizados, especialmente nas fachadas voltadas a sul e a poente junto aos locais com permanência de pessoas ou junto aos percursos pedonais;» Para climas mais frios: Os espaços públicos devem ter uma posição solar favorável para a captação de calor, orientados a sul; A vegetação deve ser de folha caduca para não encobrir as zonas de captação solar na estação fria. 4 Medidas (13 Sub-medidas)
1. Assegurar bons níveis de iluminação natural no interior. Controlar os níveis de iluminação, em excesso ou em falta:
» Permitir continuidade dos espaços e ponderar a forma dos espaços a iluminar com a dimensão das janelas;» Utilizar divisórias translúcidas para espaços que não têm acesso directo com exterior ou que à partida não terão bons níveis de iluminação;» A colocação de janelas na parte superior da divisão beneficia a iluminação natural, a colocação de janelas ao alto favorece a penetração da luz, janelas em baixo facultam melhores vistas;» Utilização de sistemas de aproveitamento da luz solar - sistemas que conduzem o fluxo de luz para o interior por reflexão através de espelhos, palas reflectoras, tectos e paredes de cor clara; » Sombreamento nos vãos envidraçados (à excepção dos orientados a Norte) - se possível pelo exterior através de palas, toldos, estores ou persianas (brise soleil), laminas orientáveis (verticais ou horizontais), vegetação (fachadas verdes), entre outros.2. Limitar o encadeamento nos espaços interiores:» Reduzir as iluminâncias das janelas através de cortinas ou outros dispositivos translúcidos amovíveis;» Limitar as zonas exteriores visíveis (céu, superfícies exteriores brilhantes) por meio de dispositivos reguláveis;» Reduzir o contraste brusco entre janelas e as superfícies interiores contíguas, açotando a aresta interior do contorno das janelas;» Aumentar a iluminância das superfícies interiores, optando por cores claras, em particular na zona envolvente das janelas e recorrendo a iluminação por mais do que uma fachada ou também tecto. 3. Criar uma envolvente transparente ou translúcida, ou onde predominem as cores claras. Analisar a topografia do terreno e a altura das construções envolventes 4. Iluminação artificial » Correcta implementação e dimensionamento das luminárias para o plano de trabalho, consoante a actividade a exercer no espaço a iluminar;» Intensidade da iluminação eficaz para o plano de trabalho;» Mecanismos intuitivos e de fácil acesso para controlo da iluminação;» Possibilidade de regulação dos níveis de iluminação artificial;
Níveis de Qualidade do
arC24
Conforto térmico C25
Níveis de iluminação C26
Anexo 1
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar9 Medidas (7 Sub-medidas) 1. Orientar os edifícios, essencialmente os que exigem maior nível de conforto sonoro, como as habitações, os hospitais, as escolas, etc, para espaços públicos nos quais o nível de ruído seja menos intenso. 2. Integrar estrategicamente os edifícios na malha urbana, consoante o tipo de uso, de forma a que, os usos menos susceptíveis ao ruído se situem mais próximo das fontes de ruído, servindo de barreira sonora para edifícios com usos mais sensíveis ao ruído. O mesmo princípio pode ser aplicado ao nível do edifício, se este funcionar como uso misto. Por exemplo, se for um edifício de escritórios e habitação e tiver frente para dois arruamentos, um com mais ruído do que o outro, a zona de escritórios deve estar junta a que apresenta mais ruído do que a zona habitacional. 3. Organizar espacialmente os diferentes compartimentos no interior. Por exemplo numa fracção existem zonas que são produtoras de ruído (cozinha, wc), outras onde o nível sonoro permite esconder parte dos ruídos (hall, sala) e outras que apelam ao sossego e concentração (quartos). A relação espacial entre este compartimentos deve conduzir a uma solução compatível de exigências. 4. Aplicar isolamento sonoro nos diversos elementos construtivos: » Paredes exteriores - nas paredes duplas com isolamento no interior ou mas paredes simples com o isolamento pelo exterior;» Paredes entre fracções;» Pavimentos;» Tectos Falsos;» Couretes, essencialmente nas redes de distribuição de água, águas residuais e dos sistemas de ventilação.5. Envolver as tubagens do sistema de ventilação em material isolante e colocar silenciadores nas saídas de ar6. Caixilharia estanque e com isolante na zona de aplicação entre o vidro e o caixilho.7. Utilizar vidros duplos.8. Colocar apoios anti-vibratórios para a porta da garagem e elevadores.9.Conforto sonoro nos espaços públicos exteriores:» Ao nível do pavimento viário deve-se optar por novas soluções de pavimentos que reduzam o ruído, conhecidos por “pavimentos silenciosos” Muller (2002: 74). Estes podem ser compostos por betume modificado a partir de borracha reciclada de pneus (BMB).» Utilização de barreiras acústicas que se integrem convenientemente no espaço público 3 Medidas (4 sub-medidas)1.Proporcionar acesso a grande diversidade (Metro, Autocarros, Comboios, Eléctrico).2.Métodos de funcionamento:» Assegurar distâncias reduzidas e condições de acesso aos terminais » Implementar uma elevada frequência dos meios de transporte (mínimo 1 vez/hora)» Assegurar que a capacidade dos transportes se adequa às solicitações3. Fomentar a utilização de transportes públicos menos poluentes (complementar)2 Medidas (6 sub-medidas)1. Implementação de infra-estruturas:» Percursos pedonais» Ciclovias (com balneários de apoio)» Estacionamentos exclusivos para veículos e meios de transporte de baixo impacte (carros híbridos e eléctricos / bicicletas…)» Posto de carregamento para veículos eléctricos2. Medidas de apoio e incentivo:» Poolshare: carros híbridos / eléctricos» Serviços de transferes» Redução de tarifas para veículos de baixo impacte (ex: isenção de parquímetros para carros eléctricos)3 Medidas (6 sub-medidas)1. Acessos» Acessibilidade às diferentes áreas interiores comuns do edifício» Acessibilidade nas áreas exteriores» Existência de lugares de estacionamento estrategicamente localizados face aos acessos» Acessos na(s) entrada(s) principal(ais) do(s) edifícios 2. Informação e apoio» Colocação de informação no acesso aos percursos de circulação exteriores» Colocação de informação nas entradas de acesso ao interior dos edifícios relativamente à localização de equipamentos, caixas de correio, elevadores, escadas entre outros3. Possibilidade de implementação posterior de sistemas mecânicos auxiliares (ex: elevadores)3 Medidas (8 sub-medidas)1. Concepção do edifício:» Paredes interiores de separação amovíveis;» Implementação de open spaces em algumas áreas.» Espaços com duplo pé-direito, ou pé-direito elevado2. Concepção das redes e sistemas auxiliares:» Fácil acesso e concentração das tubagens e sistemas: água, climatização, gás, elevadores, equipamentos electrónicos e telefónicos.» Pré instalação para climatização e sistemas de energia renováveis3. Espaços exteriores» Mobiliário urbano de fácil remoção» Superfícies de pavimento com possibilidades de alteração (amovíveis)» Elementos de apoio modulares (ex: Instalações Sanitárias…)2 Medidas (4 sub-medidas)1. Rentabilização dos espaços» Comércio na frente de rua» Rentabilização através de energias renováveis e/ou aluguer de espaços2. Capacidade de valorização» Diversidade de tipologias habitacionais» Variadas possibilidades de arrendamento
Conforto sonoro C27
C28
Mobilidade de baixo impacte C29
Soluções inclusivas C30
Flexibilidade - Adaptabilidade
aos usosC31
Dinâmica Económica C32
Acesso aos transportes
Públicos
Anexo 1
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar2 Medidas (3 sub-medidas)1. Gerar trabalho no próprio edifício:» Não existência de decréscimo de emprego no imóvel intervencionado» Condições para implementação de trabalho em casa» Existência de comércio, serviços e outras actividades no edifício que possam criar postos de trabalho.2. Localização do edifício face às ofertas de trabalho na sua envolvente.2 Medidas (8 sub-medidas)1. Existência de amenidades humanas (exemplos):» Comércio» Equipamentos» Serviços» Lazer2. Existência de amenidades naturais (exemplos):» Parques» Rios e espelhos de água» Bosques» Zonas costeiras3 Medidas (7 sub-medidas)1. Promoção da interacção com espaços exteriores:» Procurar a máxima relação do edifício com o espaço público» Acesso público às zonas exteriores do lote (com possibilidade de restrições mínimas por questões de segurança).» Existência de elementos lúdicos no exterior (Desportivos, naturais e lúdicos)» Localizar bem o edifício face a zonas de carácter público (espaços de lazer e encontro da população)2. Promoção da interacção nos espaços interiores:» Existência de zonas interiores associadas a zonas comuns exteriores3. Promoção da interacção do edificado público com a comunidade envolvente:» Manutenção ou aumento das actividades sociais e culturais pré-existentes na área2 Medidas (7 sub-medidas)1. Interior (mecanismos de controlo manuais, mecânicos ou por sensor)» Temperatura (Ar condicionado, sistemas passivos - ex: parede de trombe)»Humidade (desumidificadores)» Ventilação »Natural (cruzada, efeito de chaminés…) » Artificial » Iluminação »Natural (portadas, estores, palas reflectoras, clarabóias) »Artificial (iluminação local ajustável, reguladores de intensidade)2. Exterior»Vento (sistemas de protecção orientáveis ou fixos com alguma capacidade de regulação)» Sombreamento (zonas sombreadas reguláveis - ex: chapéus de sol)» Iluminação (controlo da iluminação nocturna, sensores de movimento)2 Medidas (4 sub-medidas)1. Condições de participação:» Participação da população na construção/gestão do empreendimento:» Informar a população sobre o desenvolvimento do projecto através da disponibilização de informação relevante. » Organização de reuniões periódicas entre os gestores do empreendimento e a comunidade local para debater fases críticas do projecto;2. Condições de governância:» Existência de uma equipa multidisciplinar constituída por uma: » Equipe representante pelo Município; » Equipe representante pelo empreendimento em questão; » Equipe representante da Comunidade; » Aprovação das propostas com conhecimento da população;1 Medida (4 sub-medidas)1. Implementar soluções que minimizem as consequências de catástrofes naturais» identificação e estudo dos riscos» intervenções ao nível da redução dos riscos pluviais e de leitos de cheia (boa localização do edifício e boas condições de drenagem das águas)» prevenção de riscos eólicos (cuidados específicos nas fachadas e espaços verdes)» prevenção de riscos sísmicos (projecto de estruturas bem majorado)3 Medidas (8 sub-medidas)1. As entradas para os edifícios devem ser feitas em locais com:» Boa visibilidade (vegetação controlada e a forma arquitectónica aberta);» Bem iluminados (essencialmente nos acessos ao interior);» Com ligação directa a espaços urbanos mais movimentados (vias movimentadas, percursos pedonais, praças, etc.);2. Zonas comuns e exteriores» Espaços bem iluminados e com campo de visão aberto» Implementação de horários de abertura e encerramento em áreas sensíveis3. Implementar controlo activo de ameaças (videovigilância, porteiro, detectores)» Videovigilância» Detectores (intrusão, metais e incêndio)» Vigilantes com capacidade de acção
Interacção com a comunidade C35
Amenidades locais C34
Trabalho Local C33
Controlo dos riscos naturais
(Safety)C38
Controlo das ameaças humanas (Security)
C39
Condições de participação e governância
C37
Capacidade de Controlo C36
Anexo 1
CRITÉRIO NºC Medidas a implementar2 Medidas (6 sub-medidas)1. Materiais:» Escolha adequada de materiais duráveis e resistentes, e que possam posteriormente ser reaproveitados e reciclados.» Correcta aplicação dos materiais de acordo com as suas durabilidades e com as exigências a que estão submetidos.» Selecção de materiais e sistemas de fácil manutenção (uso da fotocatálise em materiais autolimpantes).2. Equipamentos e sistemas:» Uso de equipamentos eficientes e com baixos custos de manutenção» Aplicação de redes duráveis e com pouca necessidade de manutenção.» Implementação de mecanismos que evitem o consumo de água e energia além do necessário para o correcto funcionamento do edifício.2 Medidas (6 sub-medidas)1. Criar modos de utilização facilitados e simplificados que permitam potenciar os níveis de desempenho para a sustentabilidade, quer no edificado, quer no espaço exterior. 2. Disponibilizar um manual de utilizador composto por: » Plantas: arquitectura e especialidades;» Manuais de funcionamento dos equipamentos das habitações: ar condicionado, máquinas de loiça, roupa, etc;» Medidas de Prevenção Ambiental a ter em conta no dia-a-dia;» Indicações relativas à utilização, rentabilização e manutenção de elementos especiais (paredes trombe, ventilação por tubos enterrados, painéis solares, sensores, entre outros)» Indicações relativas à desactivação dos equipamentos e materiais e à sua correspondente revalorização;» Existência de informações de sensibilização e explicativas da minimização dos consumos de recursos e produção de cargas: nomeadamente 1 Medida (5 sub-medidas)1. Existência de modos de gestão que permitam assegurar a adequada manutenção e boas condições de operação, sobretudo vocacionadas para os responsáveis, trabalhadores e utentes do espaço.2. Existência de sistemas de monitorização no empreendimento durante a fase de utilização ou operação que monitorizem, nomeadamente:» A qualidade do ar;» A captação e utilização de águas pluviais e/ou a reutilização ou efluentes; » O consumo de recursos como a energia, a água e os materiais » A produção de resíduos e a capacidade de separação por parte dos utilizadores;2 Medidas (2 sub-medidas + 5 medidas específicas)1. Aplicação de soluções inovadoras que contribuam para a melhoria de desempenho ambiental do edifício e a área de incidência.2. Aplicação de soluções inovadoras que contribuam para um ou mais critérios avaliados no LiderA, garantindo assim que essas contribuições se enquadram no âmbito da construção sustentável, por exemplo:» Materiais: » Escolha adequada de materiais duráveis e resistentes, e que possam posteriormente ser reaproveitados e reciclad » Correcta aplicação dos materiais de acordo com as suas durabilidades e com as exigências a que estão submetido » Selecção de materiais e sistemas de fácil manutenção (uso da fotocatálise em materiais autolimpantes).» Água e energia: » Aplicação de redes duráveis e com pouca necessidade de manutenção. » Implementação de mecanismos que evitem o consumo de água e energia além do necessário para o correcto func
LegendaMedida aplicável na reabilitação de uma moradiaMedida dificilmente aplicável na reabilitação de uma moradiaMedida não aplicável na reabilitação de uma moradiaMedida alterada para ser aplicada na reabilitação de uma moradia
Custos no ciclo de vida
Inovações C43
C40
Sistema de gestão
ambientalC42
Condições de utilização ambiental
C41
Anexo 1
COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS EDIFÍCIOS (RCCTE)
Edifício
(ou corpos)Para cada Fracção Autónoma (*) ou corpo, incluir:
Ficha 2 ‐ Levantamento DimensionalFicha 3 ‐ Comprovação de Satisfação dos Requisitos Mínimos (+)Fichas FCIV e FCV (Anexos IV e V do RCCTE)
Técnico responsável:
Ordem dos Arquitectos com o nºOrdem dos Engenheiros com o nºAssoc. Nac. Dos Eng.os Técnicos com o nº
Anexos:1. Declaração de reconhecimento de capacidade profissional para aplicação do RCCTE, emitida
pela Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Engenheiros ou da ANET.
2. Termos de Responsabilidade do Técnico Responsável, nos termos do disposto na alínea e) do nº1 do artigo 13o do RCCTE
3. Declaração de conformidade regulamentar subscrita por perito qualificado, no âmbito do SC nos termos do disposto na alinea f) do n.º2 do artigo 12º do RCCTE.
(*) Se houver duas ou mais fracções autónomas (FA) exactamente iguais, é suficiente elaborar um único conjunto de Fichas para cada grupo de FA iguais.
(+) Em alternativa, pode ser submetida uma única ficha 3, comum para todas as Fracções Autónomas de um mesmo edifício, mesmo que haja mais do que uma FA distinta.
FICHA 1
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
Demonstração da Conformidade Regulamentar paraEmissão de Licença de Construção
Câmara Municipal de Sintra
(pág.1 de 2)
Inscrito na:Nome
Data
Rua Mato da Mina, nº98Localização Quinta da Beloura
N NE E SE S SW W NW Total 40,51 55,82 49,14 12,45 157,912,87 65 77,9
N NE E SE S SW W NW Total 0,63 1,26 1,26
3,011,10
0,95 0,955,168,82 2,94 2,94 2,94
(m²)0
Env 5 (Persiana Escuras)Env 6 (Persiana Escuras)
0,200,20
EnvidraçadosHorizontais
Área útil de pavimento (m2) 200,00 Pé direito médio (ponderado)(m) 2,60
FICHA 2REGULAMENTO DAS CARACTERISTICAS TÉRMICAS DE COMPORTAMENTO
TÉRMICO DE EDIFÍCIOS
LEVANTAMENTO DIMENSIONAL E CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA
Elementos Correntes da Envolvente Elementos em contacto com o solo
A (m2) U (W/m2°C) Comp. (m) Ψ (W/m°C)
Exteriores Interiores
380,02
não‐ventiladoventilado
23,04 1,373‐ ‐
‐ ‐
sobre exterior 129,47 1,082 PAREDES ‐ ‐PAVIMENTOS PAVIMENTOS ‐ ‐
Comp. (m) Ψ(W/m°C)sobre área não‐útil ‐ ‐ Pontes Térmicas
PAREDES térreo ‐ ‐
Total 129,47 FACHADA COM PAVIMENTO
‐exteriores ‐ ‐
235,77 (ver Quadro) intermédios 90,00 0,25144,25 sobre locais não
aquecidos ‐
FACHADA COM:
‐caixa estore ‐ ‐
cobertura ‐ ‐varanda ‐
130,52 1,373
peitoril/padieira ‐ ‐‐ ‐
‐ ‐
38,40 0,2
Áreas (m²) por orientação
Env 1 (Persiana Escuras) 0,20
Moradia Unifamiliar ‐ Quinta da Beloura
Env 3 (Persiana Escuras) 0,20
U (W/m2°C)Áreas (m²) por orientação
(descrição sumária)PE.1 0,512
COEFICIENTE DE ABSORÇÃO ‐ αPAREDE COBERTURA
0,4 0,4
153,56
Env 4 (Persiana Escuras) 0,20
PE.2 0,490
PAREDES
Env 2 (Persiana Escuras) 0,20
VÃOS ENVIDRAÇADOS (especificar incluindo o tipo de protecção solar e valor Sv)
Sv
Anexo 2.1
FICHA 3
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
Edifício Rua Mato da Mina, nº98
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DECOMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFCÍCIOS (RCCTE)
DEMONSTRAÇÃO DE SATISFAÇÃO DOS REQUISITOS MÍNIMOSPARA A ENVOLVENTE DE EDIFÍCIOS
Fracção Autónoma Moradia Unifamiliar
a) U máximo Valores Máximos RegulamentaresSoluções adoptadas
Fachadas exteriores W/m2.oC
Coberturas ext. W/m2.oC
Inércia Térmica Média
0,512 1,80
1,373
Pavim. s/ ext W/m2.oC
Paredes interiores W/m2.oC
Pavim. Interiores W/m2.oC
Cobert. Interiores W/m2.oC
‐ ‐
1,307 1,25
1,783 2,00
‐ ‐
Pontes Térmicas W/m2.oC
b) Factores Solares dos Envidraçados Valores Máximos RegulamentaresSoluções adoptadas ‐ Verão
Tipo de protecção solar 0,20 (Persianas Escuras)
c) Pontes térmicas planas: Valores Máximos Regulamentares: Udas soluções adoptadas
‐ ‐
0,56
das soluções adoptadas
W/m2.oC W/m2.oC
térmica:
Caixas de estore (se existirem)
Ligações entre paredes e vigas
‐ ‐
Juntar pormenores construtivos definidores de todas as situações de potencial ponte
Ligações entre paredes e vigas
Ligações entre paredes e pilares
Ligações entre paredes e lajes de pavimento
Ligações entre paredes e lajes de cobertura
Paredes e pavimentos enterrados
Montagem de caixilhariasg
Técnico Responsável
Nome
Data
Assinatura
(pag 1 de 1)
Anexo 2.1
Paredes Exterior Área (m²) U (W/m²°C) U.A (W/°C)PE.1 157,90 0,512 80,90
Total 80,90
Pavimentos Exterior Área (m²) U (W/m²°C) U.A (W/°C)Pavimentos 129,47 1,082 140,08
Total 140,08
Coberturas Exterior Área (m²) U (W/m²°C) U.A (W/°C)Cobertura 153,55 1,37 210,85
Total 210,85
Pontes Térmica Lineares Comprimento Ψ Ψ*B Ligações entre: (m) (W/moC) (W/°C)Fachada com os pavimentos térreos 0,00 0,00 0,00Fachada com pavimentos 0,00 0,00 0,00Fachada com pavimentos intermédios 90,00 0,25 22,50Fachada com cobertura inclinada ou terraço 0,00 0,00 0,00Fachada com varanda 0,00 0,00 0,00Duas paredes verticais 38,40 0,20 7,68Fachada com caixa de estore 0,00 0,00 0,00Fachada com padieira, ombreira ou peitoril 0,00 0,00 0,00Outras 0,00 0,00 0,00
Total 30,18
Perdas pela envolvente exterior da fracção autónoma (W/°C) Total 462,01
Folha de Cálculo FCIV.1a
Perdas Associadas à Envolvente Exterior
Moradia Unifamiliar
Anexo 2.2
Paredes em contacto com espaços não‐úteis ou edificios adjacentes
Área (m²) U (W/m²°C) τU.A.τ (W/°C)
PE.2 77,87 0,49 0,60 22,88Total 22,88
Pavimentos sobre espaços não‐úteis Área (m²) U (W/m²°C) τU.A.τ (W/°C)
Total 0,00
Coberturas Interior (Tectos sob espaços não‐úteis) Área (m²) U (W/m²°C) τ
U.A.τ (W/°C)
Total 0,00
Vãos envidraçados em contacto com espaços não‐úteis Área (m²) U (W/m²°C) τ
U.A.τ (W/°C)
Total 0,00
Pontes térmicas (paredes de separação para espaços não úteis com τ > 0,7is
Área (m²) K (W/m²°C) τK.A.fc.τ (W/°C)
Total 0,00
Perdas pela envolvente interior da fracção autónoma (W/°C) Total 22,88
Incluir obrigatoriamente os elementos que separam a Fracção Autónoma dos seguintes espaçoZona comuns em edificios com mais uma Fracção Autónoma;Edifícios anexos;Garagens, armazéns, lojas e espaços não‐úteis similares;Sotãos não‐habitados.
Folha de Cálculo FCIV.1b
Perdas Associadas à Envolvente Interior
Moradia Unifamiliar
Anexo 2.2
Vãos enviadraçados exteriores Área (m²) U (W/m²°C)U.A.
(W/°C)
Piso 0 ‐ Hall 0,63 2,63 1,66Piso 0 ‐ IS ‐ Geral 0,63 2,63 1,66Piso 0 ‐ Quarto 1 ‐ Suite 3,01 2,63 7,92Piso 0 ‐ Sala de Estar (Env5) 5,16 2,63 13,58Piso 0 ‐ Sala de Estar (Env6) 2,94 2,63 7,74Piso 0 ‐ Sala de Jantar (2xEnv6) 5,88 2,63 15,47Piso 0 ‐ Cozinha 1,10 2,63 2,90Piso 0 ‐ Galeria 0,95 2,63 2,49Piso 0 ‐ Quarto 2 ‐ Suite 0,95 2,63 2,49Piso 0 ‐ IS 2 0,63 2,63 1,66Piso 1 ‐ IS 1 0,63 2,63 1,66Piso 1 ‐Quarto 1 (Env 6) 2,94 2,63 7,74Piso 1 ‐Quarto 1 (Env 7) 2,94 2,63 7,74Piso 1 ‐Quarto 2 2,94 2,63 7,74Piso 1 ‐Quarto 3 ‐ Suite 2,94 2,63 7,74Piso 1 ‐ IS 2 0,63 2,63 1,66
Total 91,82
Folha de Cálculo FCIV.1c
Perdas Associadas aos Vãos Envidraçados Exteriores
Moradia Unifamiliar
Verticais
Anexo 2.2
Área Útil de Pavimento (Ap) 200,00 (m²)
XPé‐direito médio 2,60 (m)
=Volume interior (V) 520,00 (m³)
Ventilação Natural
Cumpre NP 1037‐1? (S ou N) N se SIM: RPH=0,6
Se NÃO:
Classe da caixilharia (s/c,1 2 ou 3) 1
Caixas de estore (S ou N) N Taxa de Renovação nominal:
Classe de exposição (1, 2, 3 ou 4) 2 RPH= 0,85
Abertura auto‐reguladas? (S ou N) S
Área de Envidraçados > 15%Ap (S ou N) S Ver Quadro IV.1
Portas exteriores bem vedadas? (S ou N) S
Ventilação Mecânica (excluir exaustor de cozinha)
Caudal de insuflação Vins ‐ (m³/h)Vf=
Caudal extraido Vev ‐ (m³/h)
Diferença entre Vins e Vev (m³/h) / V=
Infiltrações (Vx) (volume int) (RPH)
Recuperador de Calor (S ou N) se sim: η =
se não: η = 0
Taxa de Renovação nominal (minimo: 0,6) (Vf/V+Vx) (1‐η)
Consumo de electricidade para os ventiladores (Ev=Pv.24.0,03 M (KWh))
Tipo Quantidade (m³) ConsideraçõesHigiene 277,40 190l por pessoa por diaPiscina 47,60 Por ano enche‐se uma vez a piscinaMaq. Lav. Loiça 8,76 24l por lavagem e uma lavagem por diaMaq Lav. Roupa 25,55 70l por lavagem e uma lavagem por diaRega da relva 67,80 600l/m²Mangueira 42,91 29l/min durante 4 min todos os dias Outros 4,98
Considerando que a habitação é aquecida durante dez horas na estação de aquecimento, seria necessário 8770 kWh, ou seja, 47,9 kWh/dia
Sabendo que habitam quatro pessoas diariamente nesta moradia, e aplicando o RCCTE, é necessário cerca de 5580 kWh/ano para a produção de AQS, sendo em média gastos 15,3 kWh/dia.
Segundo o RCCTE as necessidades nominais de aquecimento desta habitação são de 21000 kWh/ano.
Na residência em análise, só se utiliza gás para a produção de AQS e para o aquecimento central. Assim sendo, é apresentada uma hipótese de divisão do valor anual consumido.
Taxa de inflação do gás 4%Taxa de actualização nominal com risco 6%Número de horas de funcionamento do aquecimento por dia (h/dia) 10Rendimento da caldeira a gás (2) 87%
Notas:(1) Cálculo com base no RCCTE
(2) Fonte: RCCTE. (2006)
Gastos Evitados no Consumo de Gás (€)
. . .
352,09 €
160,69 €
237,86 €
167,12 € 173,80 € 180,76 € 187,99 € 195,50 €
112,90 € 117,42 € 122,11 € 127,00 € 132,08 €
. . .
137,36 € 142,85 € 148,57 €
. . .
771,48 €
Análise da Viabilidade Económica da Implementação de Tectos Falsos com Isolamento
154,51 €
. . .
. . .
Necessidades nominais de aquecimento após implementação dos tectos falsos com isolamento (kWh/m².ano) (1)Poupança nas necessidades nominais de aquecimento (kWh/ano)
Necessidades nominais actuais de aquecimento (kWh/m².ano) (1)Custo da solução a implementarPreço do gás (€/kWh)
Dados
Considerações
2.502,21 €
2.313,44 € 2.405,98 €
1.690,41 €
Anexo 4.1
Ano
Investim
ento
/Man
uten
ção/Taxas (€)
Preço de
ven
da de
energia (€/kWh)
Rend
imen
to
do Sistema
Receitas (€
)Be
neficios
Fiscais (€)
Cash Flow (€
)Ca
sh Flow
Actua
lizad
o (€)
Totais (€
)
017
.407
,79 €
‐ €
17.407
,79 €
‐
17.407
,79 €
‐
17.407
,79 €
‐ 1
92,70 €
0,52
94 €
14.33
6,02
€
777,0 €
5.02
0,32
€
4.73
6,15
€
12.671
,63 €
‐ 2
95,48 €
0,52
94 €
14.33
6,02
€
4.24
0,54
€
3.77
4,07
€
8.89
7,56
€‐
398
,35 €
0,52
94 €
14.33
6,02
€
4.23
7,68
€
3.55
8,04
€
5.33
9,53
€‐
410
1,30
€
0,52
94 €
14.33
6,02
€
4.23
4,73
€
3.35
4,30
€
1.98
5,23
€‐
510
4,33
€
0,52
94 €
14.33
6,02
€
4.23
1,69
€
3.16
2,16
€
1.17
6,94
€
610
7,46
€
0,24
53 €
0,9
1.80
7,96
€
1.70
0,49
€
1.19
8,78
€
2.37
5,72
€
711
0,69
€
0,18
98 €
0,9
1.39
8,96
€
1.28
8,27
€
856,78
€
3.23
2,49
€
811
4,01
€
0,17
59 €
0,9
1.29
6,27
€
1.18
2,26
€
741,77
€
3.97
4,26
€
911
7,43
€
0,18
29 €
0,9
1.34
8,12
€
1.23
0,69
€
728,45
€
4.70
2,71
€
1012
0,95
€
0,19
02 €
0,9
1.40
2,05
€
1.28
1,10
€
715,36
€
5.41
8,06
€
1112
4,58
€
0,19
78 €
0,9
1.45
8,13
€
1.33
3,55
€
702,50
€
6.12
0,56
€
1212
8,32
€
0,20
57 €
0,9
1.51
6,46
€
1.38
8,14
€
689,86
€
6.81
0,42
€
1313
2,17
€
0,21
40 €
0,8
1.40
1,88
€
1.26
9,71
€
595,29
€
7.40
5,71
€
1413
6,13
€
0,22
25 €
0,8
1.45
7,95
€
1.32
1,82
€
584,64
€
7.99
0,35
€
1514
0,22
€
0,23
14 €
0,8
1.51
6,27
€
1.37
6,05
€
574,18
€
8.56
4,53
€
1614
4,42
€
0,24
07 €
0,8
1.57
6,92
€
1.43
2,50
€
563,90
€
9.12
8,43
€
1714
8,76
€
0,25
03 €
0,8
1.64
0,00
€
1.49
1,24
€
553,79
€
9.68
2,23
€
1815
3,22
€
0,26
03 €
0,8
1.70
5,60
€
1.55
2,38
€
543,87
€
10.226
,09 €
19
157,82
€
0,27
07 €
0,8
1.77
3,82
€
1.61
6,01
€
534,11
€
10.760
,21 €
20
162,55
€
0,28
16 €
0,8
1.84
4,78
€
1.68
2,23
€
524,53
€
11.284
,73 €
21
167,43
€
0,29
28 €
0,8
1.91
8,57
€
1.75
1,14
€
515,11
€
11.799
,84 €
22
172,45
€
0,30
45 €
0,8
1.99
5,31
€
1.82
2,86
€
505,85
€
12.305
,69 €
23
177,62
€
0,31
67 €
0,8
2.07
5,12
€
1.89
7,50
€
496,76
€
12.802
,45 €
24
182,95
€
0,32
94 €
0,8
2.15
8,13
€
1.97
5,18
€
487,83
€
13.290
,28 €
25
188,44
€
0,34
26 €
0,8
2.24
4,45
€
2.05
6,01
€
479,05
€
13.769
,33 €
VAL
13.769
,33 €
TIR
18%
Aná
lise da
Viabilid
ade Econ
ómica de
Instalação
de Pa
ineis Solares Fotovoltaicos
Anexo 4.2
Preço da electricidade (€/kWh) 0,1285 € Taxa de Registo (1) 289,62 € Número de horas de Sol anuais (2) 2500
Taxa de inflação da energia 4%Taxa de inflação da manutenção 3%Taxa de actualização nominal com risco 6%Perdas devido à inclinação / orientação 10%
Preço do módulo fotovoltaico 260W (€) 842,34 € Quantidade de módulos fotovoltaicos (un) 14Preço do sistema de montagem dos módulos (€) 930,34 € Quantidade de sistemas de montagem (un) 3Preço do inversor (€) (3) 2.137,49 € Preço do contador (€) (4) 396,91 € Investimento total em equipamento (€) 17.118,17 € Custo da manutenção anual (€) 90,00 € Os preços dos equipamentos incluem o equipamento, transporte, montagem e o IVA à taxa em vigor.
Módulos FotovoltaicosTotal (anos) (5) 5Rendimento de 90% (anos) (5) 12Rendimento de 80% (anos) (5) 25
InversorTotal (anos) (6) 5
Potência máxima total (W) (7) 3640Número de horas equivalentes de Sol (8) 2250Produção Anual (MWh) (9) 8,19
Notas:(1) Taxa previsto na portaria n.° 201/2008 de 22 de Fevereiro
(2) Fonte: IGEO (2010)
(3) Fonte: Luxmagna (2010)
(4) Fonte:Enerbrava (2010)
(5) Fonte: Suntech (2010)
(6) Fonte: SMA (2010)
(7) Valor inferior ao estipulado para aceder ao regime bonificado (3680 W)
(8) Contabilização das perdas de 10% no número de horas solar
(9) Valor inferior ao estipulado para aceder ao regime bonificado: (8,736 MWh = 3,64 kW x 2,4 MWh/kW)
Taxa de inflação do gás 4%Taxa de actualização nominal com risco 6%Número de horas de funcionamento do aquecimento por dia (h/dia) 10Rendimento da actual caldeira a gás (2) 87%Rendimento da caldeira de condensação a gás (3) 97%
Notas:(1) Cálculo com base no RCCTE(2) Fonte: RCCTE. (2006)(3) Fonte: Gerador de Preços. Reabilitação ‐ 2010.j
538,44 € 559,98 € 582,38 €
Dados
Preço do gás (€/kWh)Custo da solução a implementar (€)Consumo actual de gás para o aquecimento das AQS (kWh/ano) (1)Consumo previsível de gás no aquecimento das AQS com a nova caldeira (kWh/ano) (2)Poupança previsível no consumo de gás para o aquecimento de AQS (kWh/ano)
Considerações
Consumo actual de gás para o aquecimento central (kWh/m².ano) (1)
Consumo previsível de gás para o aquecimento central com a nova caldeira (kWh/m².ano) (1)Poupança previsível no consumo de gás para o aquecimento central (kWh/ano)
460,26 €
. . .
. . .
. . .
. . .
255,57 €
310,94 €
172,65 €
Análise da Viabilidade Económica da Substituição da Caldeira
Taxa de inflação do gás 4%Taxa de inflação da electricidade 4%Taxa de actualização nominal com risco 6%Número de horas de funcionamento do aquecimento por dia (h/dia) 10Rendimento da actual caldeira a gás (3) 87%
Notas:(1) Sistema multi‐split. Inclui 7 unidades interiores, 2 exteriores, montagem, transporte e IVA
(2) Cálculo com base no RCCTE
(3) Fonte: RCCTE. (2006)
Poupança no consumo de gás para o aquecimento central (kWh/ano)
Considerações
Preço da electricidade (€/kWh)
Consumo de electricidade para o aquecimento com o AC (kWh/ano) (2)
Consumo actual de gás para o aquecimento central (kWh/m².ano) (2)Consumo de gás para o aquecimento central com o AC (kWh/m².ano)
Gastos Evitados no Consumo de
Gás (€)
Dados
Preço do gás (€/kWh)
Custo da solução a implementar (€) (1)
Análise da Viabilidade Económica da Implementação de Ar Condicionados
Preço do gás (€/kWh) 0,0474 € Preço da lenha (€/kg) 0,1400 € Custo da solução a implementar (€) (1) 2.262,38 € Consumo actual de gás para o aquecimento central (kWh/m².ano) (2) 105,21
Taxa de inflação do gás 4%Taxa de inflação da lenha 3%Taxa de actualização nominal com risco 6%Número de horas de funcionamento do recuperador de calor por dia(h/d) 4Rendimento da actual caldeira a gás (3) 87%Rendimento do sistema (4) 80%Consumo de lenha por hora (Kg/h) (4) 3,00Poupança no consumo de gás para o aquecimento central (kWh/ano) (5) 3566,54
Notas:(1) Recuperador de calor, demolição da lareira, montagem, pintura da sala, transporte e IVA
(2) Cálculo com base no RCCTE
(3) Fonte: RCCTE. (2006)(4) Valor padrão
(5) Admitindo que não seria necessário ligar os radiadores na sala e na suite do piso superior
8.538,07 € 8.209,69 €
2.632,45 €
1.201,41 € . . .
Análise da Viabilidade Económica da Substituição da Lareira por um Recuperador de Calor
Taxa de inflação do gás 4%Taxa de actualização nominal com risco 6%Número de horas de funcionamento do aquecimento por dia (h/dia) 10Rendimento da caldeira a gás (2) 87%
Notas:(1) Cálculo com base no RCCTE
(2) Fonte: RCCTE. (2006)
Análise da Viabilidade Económica da Implementação de Paredes Trombe
Gastos Evitados no Consumo de Gás (€)
90,46 € 94,08 €
119,04 € 123,80 € 128,75 € 133,90 € 139,25 €
97,84 € 101,75 € 105,82 € 110,05 € 114,46 €
190,58 €
. . .
144,82 € 150,62 € 156,64 €
. . .
. . .282,10 €
618,12 €
. . .1.354,39 €
. . .
Custo da solução a implementarNecessidades nominais actuais de aquecimento (kWh/m².ano) (1)Poupança nas necessidades nominais de aquecimento (kWh/ano) (1)
Taxa de inflação da energia 4%Taxa de actualização nominal com risco 6%Quantidade de electricidade consumida na iluminação actualmente (kWh/ano) 1226,40Quantidade de electricidade consumida na iluminação com LEDs (kWh/ano) 184,16Duração média de funcionamento dos LEDs (h/dia) (2) 2
Notas:
(2) Valor superior à média do número de horas estimado do funcionamento das lâmpadas
Dados
Considerações
(1) O preço inclui a aquisição e a montagem de 45 casquilhos GU10 e 75 LEDs
Taxa de inflação da energia 4%Taxa de actualização nominal com risco 6%
1226,40
443,802
Notas:
Avaliação da Viabilidade Económica da Substituição das Actuais Lâmpadas por LFC
Duração média de funcionamento das LFC (h/dia) (2)
(2) Valor superior à média do número de horas estimado do funcionamento das lâmpadas(1) O preço inclui a aquisição e a montagem de 45 casquilhos GU10 e 75 LFC
Quantidade de electricidade consumida na iluminação actual (kWh/ano)
Considerações
Dados
Quantidade de electricidade consumida na iluminação com LFC (kWh/ano)
Anexo 4.8
Ano Custo Inicial (€)Gastos Evitados no Consumo de Electricidade (€)
Preço da água (€/m³) (1) 1,7423Precipitação anual em Sintra (mm) 800Área de captação (m²) 177,73Custo total do sistema (€) (2) 4.000,00 €
Taxa de inflação da água 3%Taxa actualização nominal 6%
Desvio das primeiras águasAltura de precipitação admitida para o fisrt flush (mm) 2Volume a desviar do sistema (l) 355,46
Volume de água a aproveitarCoeficiente de run off da cobertura (telhas) 0,8Eficiência hidráulica da filtragem 0,9Volume anual de água da chuva aproveitável (l) 102372,48
Dimensionamento do reservatórioMétodo abreviado Alemão (l) [4800 ‐ 6000]Método simplificado Alemão (l) 6120Eficiência do SAAP (3) 50%
Volume do reservatório adoptado (l) 10000Quantidade de água pluvial anualmente utilizada (m³) 51
Notas:(1) Preço do 3º escalão
(2) Valor extraído de um caso muito semelhante, Casa no Grainho (2009)
(3) Fonte: Oliveira, F. (2008)
Dados
Sistema de Aproveitamento de Águas Pluviais (SAAP)
Cenário 1Custo da ETAR Compacta (€) (2) 2.214,80 €Custo da instalação (€) 781,83 € Custo da manutenção anual (€) (3) 22,15 € Total do investimento (€) 2.996,63 €
Cenário 2Custo da ETAR Compacta (€) (2) 2.214,80 €Custo do depósito 1000 l (€) 597,01 € Custo do grupo de bombagem (€) 448,67 € Custo da instalação (€) 1.149,90 €Custo da manutenção anual (€) (3) 26,63 € Total do investimento (€) 4.410,38 €
Produção média diária de água residual (l) (4) 629
790
500
Consumo anual de água para a rega (m³) 84,75Taxa de inflação da água 3%Taxa actualização nominal 6%Taxa de inflação da manutenção 3%
Notas:(1) Preço do 3º escalão
(2) Valor da ETAR Compacta 4 Hab comercializada pela Almaqua
(3) Assumindo 1% do custo dos equipamentos
(4) 85% da água utilizada na higiene e nas máquinas torna‐se residual
(5) Fonte: ETA 0107 (2009)
Dados
ETAR Compacta
Custos
Considerações
Quantidade máxima de água diária necessária na rega (l) (5)
Quantidade média de água diária necessária na rega (l)
Taxa de inflação da electricidade e do gás 4%Taxa de inflação da água 3%Taxa de actualização nominal com risco 6%Poupança anual de electricidade (1) 146,31 € Poupança anual de gás (1) 68,06 € Poupança anual de água (1) 114,08 € Custo do manual de utilização 500,00 €
Nota:(1) Corresponde a 10% do custo anual
365,79 €
Análise da Viabilidade Económica do Manual de Utilização
m² 200,000 0,97 194,001.6.1.1 Protecção de pavimento de alcatifa, madeira,pedra natural ou outro material, no interior dosedifícios, através do cobrimento com lâmina deplástico sobre a qual se coloca uma camada decartão canelado fixado lateralmente em todo operímetro, que se manterá durante os trabalhosde reabilitação ou reforma, e posterior remoçãoda protecção.
m² 80,000 3,98 318,401.6.1.2 Protecção de mobiliário através de cobrimentocom lâmina de polietileno transparente e filmealveolar, durante os trabalhos de reabilitação, eposterior remoção.Considera-se que 40% da área útil temmobilias.
1.8 Andaimes e equipamento de elevação
1.8.1 Andaimes
Ud 1,000 74,74 74,741.8.1.1 Aluguer de andaime tubular.Parede Trombe - Quarto 2
Ud 1,000 22,41 22,411.8.1.2 Transporte para a obra e remoção de andaimetubular.Parede Trombe - Quarto 2
Ud 1,000 59,79 59,791.8.1.3 Montagem e desmontagem em obra deandaime tubular.Parede Trombe - Quarto 2
2 Demolições
2.3 Fachadas
2.3.2 Alvenarias e trasdosados
m² 1,400 11,39 15,952.3.2.1 Abertura de vão em pano exterior de parede defachada, 7/11 de espessura, de alvenariarevestida, formada por tijolo furado duplo de7/11 cm de espessura, com meios manuais, ecarga manual de entulho para camião oucontentor.Introdução janela quarto 2.
Medidas de Reabilitação Analisadas
11-10-10
ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
1 /13
m² 10,500 6,61 69,412.3.2.2 Demolição de pano exterior em parede defachada, 7/11 de espessura, de alvenariarevestida, formada por tijolo furado duplo de7/11 cm de espessura, com meios manuais, ecarga manual de entulho para camião oucontentor.Parede Trombe
m² 10,500 5,18 54,392.3.2.3 Demolição de folha interior de parede defachada, 3 de espessura, de alvenariarevestida, formada por tijolo furado simples,com meios manuais, e carga manual de entulhopara camião ou contentor.Parede Trombe
2.4 Divisões
2.4.1 Armário encastrado
m² 3,000 8,68 26,042.4.1.1 Remoção de caixilharia de madeira de armárioencastrado, aros e pré-aros, alizares,guarnições, folhas e ferragens, com meiosmanuais, e carga de entulho para camião oucontentor.Alteração da I.S.
Ud 2,000 4,69 9,382.4.1.2 Desmontagem de folha de armário encastradode caixilharia de madeira, com meios manuais ecarga manual do material desmontado paracamião ou contentor.Alteração da I.S.
2.4.4 Portas interiores
Ud 1,000 9,94 9,942.4.4.1 Desmontagem de folha de porta interior decaixilharia de madeira, rebaixos, guarnição eferragens, com meios manuais,armazenamento do material desmontado eposterior montagem.Alteração da IS
Ud 1,000 4,21 4,212.4.4.2 Desmontagem de ferragens de fecho em portainterior de caixilharia de madeira, com meiosmanuais, armazenamento do materialdesmontado e posterior montagem.Alteração da IS
2.4.5 Paredes divisórias e revestimentos interiores
m² 2,000 15,78 31,562.4.5.1 Demolição da lareira 90 x 67 x 50 (cm)
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
2 /13
m² 8,240 5,79 47,712.4.5.2 Demolição de parede divisória interior de 7/11de espessura, de alvenaria revestida, formadapor tijolo furado duplo de 7/11 cm de espessura,com meios manuais, e carga manual de entulhopara camião ou contentor.Alteração IS
m² 1,400 9,31 13,032.4.5.3 Realização de abertura em parede divisóriainterior, de alvenaria revestida, formada portijolo furado simples, com meios manuais, ecarga manual de entulho para camião oucontentor.Introdução janela quarto 2.
2.5 Instalações
2.5.2 Aquecimento, climatização e A.Q.S.
Ud 1,000 189,56 189,562.5.2.1 Desmontagem com recuperação de material decaldeira ou grupo térmico a gás de 300 kg depeso máximo, suportes de fixação e bancadade apoio, se possuir, com meios manuais.
2.6 Coberturas
2.6.1 Planas
m² 0,200 30,90 6,182.6.1.1 Demolição parcial de cobertura plana, a menosde 20 m de altura, com meios manuais.Túnel de luz - Suite piso 0
2.6.5 Camada de cobertura
m² 0,300 26,41 7,922.6.5.1 Desmontagem com recuperação de material decobertura de telha cerâmica e elementos defixação, colocada com argamassa a menos de20 m de altura, em cobertura inclinada com umapendente média de 30%; com meios manuais.Túnel de luz - Suite piso 1
2.7 Revestimentos
2.7.1 Pavimentos
m² 3,420 10,83 37,042.7.1.1 Demolição de pavimento existente no interior doedifício, de ladrillhos de pedra natural, epicagem do material de fixação, com meiosmanuais e carga manual de entulho paracamião ou contentor.Remodelação IS
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
3 /13
2.8 Equipamento
2.8.1 Casas de banho
Ud 1,000 80,83 80,832.8.1.1 Desmontagem de sanita com cisterna baixa, eacessórios, com meios manuais,armazenamento do material desmontado eposterior montagem.
Ud 1,000 83,24 83,242.8.1.2 Desmontagem de lavatório de tampo, torneira eacessórios, com meios manuais,armazenamento do material desmontado eposterior montagem.
Ud 1,000 29,31 29,312.8.1.3 Desmontagem de base de chuveiro de materialacrílico, torneira e acessórios, com meiosmanuais e carga manual do materialdesmontado para camião ou contentor.
Ud 1,000 45,36 45,362.8.1.4 Desmontagem de torneiras de lavatório commeios manuais, armazenamento do materialdesmontado e posterior montagem.
Ud 1,000 45,36 45,362.8.1.5 Desmontagem de torneiras de chuveiro commeios manuais, armazenamento do materialdesmontado e posterior montagem.
Ud 1,000 6,33 6,332.8.1.6 Desmontagem de 1 porta-rolos, com meiosmanuais, armazenamento do materialdesmontado e posterior montagem.
2.9 Infra-estruturas no logradouro
2.9.2 Pavimentos
m² 38,040 9,83 373,932.9.2.1 Demolição de pavimento exterior cerâmico, commeios manuais, e carga manual de entulho paracamião ou contentor.Construção de relvado em frente à residência.
m² 3,500 9,83 34,412.9.2.2 Demolição de pavimento exterior cerâmico, commeios manuais, e carga manual de entulho paracamião ou contentor.Colocação da ETAR
3 Acondicionamento do terreno
3.1 Movimento de terras
3.1.2 Escavações de valas e caboucos
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
4 /13
m³ 5,250 30,87 162,073.1.2.1 Escavação de valas para instalações em solode argila semi-dura, com meios mecânicos,remoção dos materiais escavados,carregamento em camião e transporte avazadouro autorizado.Colocação da ETAR
5 Estruturas
5.4 Betão armado
5.4.10 Núcleos e paredes
m³ 2,700 347,63 938,605.4.10.1 Parede de betão armado 2F, H<=3 m, betãoC25/30 (XC1(P); D12; S2; Cl 0,4) fabricado emcentral, e betonagem com bomba, aço A400NR, 30 kg/m³, espessura 25 cm, cofragemmetálica com acabamento tipo industrial pararevestir.Parede Trombe
6 Fachadas
6.6 Caixilharia exterior
6.6.2 Alumínio
Ud 1,000 459,54 459,546.6.2.1 Caixilharia de alumínio, anodizado natural, parajanela com dobradiças de abrir de abertura parao interior, de 140x100 cm, série alta, formadapor duas folhas, com perfis providos de rupturade ponte térmica, e com pré-aro.Janela Quarto 2
6.8 Remates exteriores
6.8.7 Ombreiras
m 2,000 30,54 61,086.8.7.1 Ombreira de betão polímero de superfíciepolida, de cor cinzento, de 12,5x2 cm.Janela Quarto 2
6.8.10 Parapeitos
m 2,800 21,72 60,826.8.10.1 Parapeito de pedra artificial de 25x3 cm.Janela Quarto 2
6.9 Vidros
6.9.1 Especiais: duplos
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
5 /13
m² 1,400 69,50 97,306.9.1.1 Vidro duplo de baixa emissividade térmica,6/12/6, com calços e vedação contínua.Janela Quarto 2
m² 10,500 40,52 425,466.9.1.2 Vidro duplo standard, 4/8/6, com calços evedação contínua.Parede Trombe
7 Divisões
7.1 Armários
7.1.1 Embutidos
Ud 1,000 366,46 366,467.1.1.1 Armário pré-fabricado para encastrar de duasfolhas de correr, de 250x120x60 cm de painelmelamínico.Alteração IS
7.6 Paredes divisórias
7.6.4 Pano de parede divisória para revestir
m² 1,500 10,94 16,417.6.4.1 Pano de parede divisória interior de 7 cm deespessura de alvenaria, de tijolo cerâmicofurado duplo, para revestir, 30x20x7 cm,assente com argamassa de cimento M-5.Recuperador de calor
7.10 Trabalhos auxiliares
7.10.1 Trabalhos de pedreiro
Ud 1,000 669,82 669,827.10.1.1 Limpeza final de obra em habitação unifamiliar,com uma superfície construída média de 200m².
8 Instalações
8.3 Aquecimento, climatização e A.Q.S.
8.3.2 Fogões da sala, recuperadores de calor e salamandras
Ud 1,000 1.085,04 1.085,048.3.2.1 Recuprador de calor fechado a lenha, potência11,6 kW, acabamento preto, de ferro fundido,com caixa de recolha de cinzas, porta de ferrofundido com vidro vitrocerâmico resistente atétemperaturas de 800°C, entrada de ar regulávele sistema de regulação de saída de fumos,segundo EN 13229.
8.3.4 Unidades autónomas de climatização
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
6 /13
Ud 6,000 143,86 863,168.3.4.1 Ar condicionado - Unidade interior, SamsungMH020FNEA, 2,2 kW (calor)Quartos e Cozinha
Ud 1,000 187,27 187,278.3.4.2 Ar condicionado - Unidade interior, SamsungMH035FNEA, 2,8 kW (calor)Sala
Ud 2,000 985,64 1.971,288.3.4.3 Ar condicionado - Unidade exterior, SamsungMH070FXEA4B, COP 4,30 (W/W)
8.3.7 Caldeiras a gás
Ud 1,000 2.997,45 2.997,458.3.7.1 Caldeira mural de condensação a gás (B/N),com baixo nível de emissões de NOx (classe 5),para aquecimento e A.Q.S. instantânea commicroacumulação, câmara de combustãoestanque e tiragem forçada, potência de 25 kW,rendimento 97,6% a potência nominal etemperatura média da água 70°C, rendimento104,1% a 30% da carga e temperatura médiada água 50°C, caudal de A.Q.S. 14,3 l/min,dimensões 400x330x710 mm, queimadormultigás para gás natural, butano e propano,painel de comando com display digital, CerapurComfort ZWBC 25-2C "JUNKERS".
8.3.18 Captação solar
Ud 1,000 2.008,22 2.008,228.3.18.1 Colector solar térmico por termossifão,completo, para instalação individual, paracolocação sobre cobertura plana, composto por:dois painéis de 2100x2000x75 mm em conjunto,superfície útil total 3,98 m², rendimento óptico0,761 e coeficiente de perdas primário 3,39W/m²K, segundo NP EN 12975-2 e depósitocilíndrico de aço vitrificado de 250 l.
Ud 1,000 1.545,08 1.545,088.3.18.2 Colector solar térmico por termossifão,completo, para instalação individual, paracolocação sobre cobertura plana, composto por:painel de 1050x2000x75 mm, superfície útil 1,99m², rendimento óptico 0,761 e coeficiente deperdas primário 3,39 W/m²K, segundo NP EN12975-2 e depósito cilíndrico de aço vitrificadode 110 l.
8.4 Eléctricas
8.4.9 Solar fotovoltaica
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
7 /13
Ud 12,000 745,43 8.945,168.4.9.1 Módulo solar fotovoltaico de células de silíciopolicristalino, para integração arquitectónica emfachada de edifício, modelo STP 260-24/VD,potência máxima (Wp) 260 (+/-3%), tensão amáxima potência (Vmp) 34,8 V, intensidade amáxima potência (Imp) 7,47 A, intensidade decurto-circuito (Isc) 8,09 A. Dimensões 1956 x992 x 50 mm, resistência à carga do vento5,4kN/m² de acordo com IEC 61215 Versão 2,peso 27 kg.
Ud 1,000 1.778,12 1.778,128.4.9.2 Inversor para ligação à rede, modelo SB 3300da SMA, potência máxima de entrada 3600 W,voltagem de entrada máxima 500 Vcc, faixa detemperatura alargada - 25°C até +60°C,rendimento 94,4%, dimensões 450 x 352 x 236,peso 41 Kg
Ud 1,000 345,49 345,498.4.9.3 Contador de energia ACE SL7000, voltagem3*57.7/100V up to 3*240/415V, corrente directaIn 5A, Imax 120A, frequência 50 / 60 Hz, admitetemperaturas entre os -40°C to +70°C
Ud 2,000 823,31 1.646,628.4.9.4 Sistema de montagem para energia solarfotovoltaica cobertura com telhas de canudo.
Ud 1,000 823,31 823,318.4.9.5 Sistema de montagem para energia solarfotovoltaica para telhado plano
8.5 Abastecimento de água
8.5.5 Depósitos/grupos de bombagem
Ud 1,000 370,80 370,808.5.5.1 Grupo de bombagem doméstico, parafornecimento de água em aspiração com carga,formado por: electrobomba centrífugamonocelular horizontal construída em ferrofundido, com uma potência de 0,37 kW; comdepósito acumulador de aço inoxidável esféricode 24 litros com membrana recambiável;pressostato; manómetro; racor de várias vias;cabo eléctrico de ligação com tomada tiposhuko.ETAR Compacta - Sistema de Rega
Ud 1,000 493,40 493,408.5.5.2 Depósito auxiliar de alimentação de PEAD,rectangular, de 1000 litros, com válvula de corteadufa de 1" DN 25 mm para entrada e válvulade corte adufa de 1" DN 25 mm para a saída.ETAR
8.7 Iluminação
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
8 /13
8.7.1 Instalação interior
Ud 45,000 11,00 495,008.7.1.1 Focos de encastrar no tecto, casquilho GU10Alteração da ilumincação artificial
Ud 45,000 7,92 356,408.7.1.2 Megaman BR0709I, branco quente (3000K),poupança de energia, 9W, casquilho GU10,15000 horas, 240V, dimensões 50m x 76mm
Ud 20,000 4,90 98,008.7.1.3 Lâmpadas Duluxsar mini Twist 11WLâmpada de 11 W substitui uma lâmpadaincandescente de 60 WCasquilhos E27; potência nominal: 11 W;voltagem nominal: 220-240 V; frequência deoperação: 50-60 Hz; fluxo luminoso: 660 Lm.
Ud 1,000 3.404,96 3.404,968.13 Sistema de aproveitamento das águas pluviais.Inclui: deposíto para enterrar de 10000 l, bombade água, algeirozes para uma área de captaçãode 177,73 m2, instalação e transporte.
Ud 1,000 365,15 365,1510.3.4.1 Túnel de luz com tubo flexível, TWF "VELUX",de 35 cm de diâmetro, composto por um arointegrado de 43x43 cm com aro deestanquidade de poliuretano, rufo de alumínio,tampa de vidro temperado de 4 mm, tuboreflector de 40 cm de comprimento e 35 cm dediâmetro, duas curvas reguláveis, kit difusorcom duplo painel acrílico isolante e anelembelezador interior, de plástico, de cor branca.
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
9 /13
Ud 1,000 484,07 484,0710.3.4.2 Túnel de luz com tubo rígido, TWR "VELUX", de35 cm de diâmetro, composto por um arointegrado de 43x43 cm com aro deestanquidade de poliuretano, rufo de alumínio,tampa de vidro temperado de 4 mm, dois tubosrígidos de alumínio de 62 cm de comprimento e35 cm de diâmetro, duas curvas reguláveis, kitdifusor com duplo painel acrílico isolante e anelembelezador interior, de plástico, de cor branca.
11 Revestimentos
11.2 Descontínuos
11.2.3 Pedras naturais
m² 7,900 84,41 666,8411.2.3.1 Revestimento em paramento vertical interior,até 3 m de altura, com placas de mármoreBranco Tranco, acabamento polido, 40x40x2cm, fixadas com grampos de aço inoxidável eassentes com argamassa de cimento M-5,enchimento de juntas com argamassa de juntasespecial para revestimentos de pedra natural.Alteração IS
11.5 Pinturas em paramentos exteriores
11.5.2 Tintas plásticas
m² 10,500 14,36 150,7811.5.2.1 Revestimento decorativo de fachadas compintura plástica lisa, para a realização dacamada de acabamento em revestimentoscontínuos bicamada; limpeza e lixagem préviado suporte de betão, em bom estado deconservação, demão de primário e duasdemãos de acabamento (rendimento: 0,1 l/m²cada demão).Parede Trombe - Pintura da camada exterior dobetão de cor escura
11.6 Pinturas em paramentos interiores
11.6.1 Tintas plásticas
m² 80,000 11,49 919,2011.6.1.1 Tinta plástica com textura lisa, cor branca,acabamento mate, sobre paramentoshorizontais e verticais interiores de gesso ouescaiola, demão de primário e duas demãos deacabamento (rendimento: 0,125 l/m² cadademão).Pintar tectos falsos
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
10 /13
m² 62,000 12,06 747,7211.6.1.2 Tinta plástica com textura lisa, cor branca,acabamento mate, sobre paramentoshorizontais e verticais interiores de argamassade cimento, preparação do suporte comestuque de interior, demão de primário e duasdemãos de acabamento (rendimento: 0,125 l/m²cada demão).Recuperador de calor (Pintar sala - substituiçãolareira)
m² 31,200 12,06 376,2711.6.1.3 Tinta plástica com textura lisa, cor branca,acabamento mate, sobre paramentoshorizontais e verticais interiores de argamassade cimento, preparação do suporte comestuque de interior, demão de primário e duasdemãos de acabamento (rendimento: 0,125 l/m²cada demão).Pintar o quarto 1 devido às obras na IS2
m² 100,000 12,06 1.206,0011.6.1.4 Tinta plástica com textura lisa, cor branca,acabamento mate, sobre paramentoshorizontais e verticais interiores de argamassade cimento, preparação do suporte comestuque de interior, demão de primário e duasdemãos de acabamento (rendimento: 0,125 l/m²cada demão).Parede Trombe - Pintar Quartos 1 e 2 e IS1
11.14 Pavimentos
11.14.8 Pedras naturais
m² 5,830 64,04 373,3511.14.8.1 Pavimento com revestimento de mosaicos demármore Branco Tranco, para interiores,40x40x2 cm, acabamento polido, colocadasassentes com cimento cola melhorado, C2 eenchimento das juntas com argamassa deenchimento de juntas especial pararevestimentos de pedra natural.Alteração IS
11.15 Tectos falsos
11.15.2 Painéis contínuos
m² 80,000 26,88 2.150,4011.15.2.1 Tecto falso contínuo liso suspenso comestrutura metálica (12,5+27+27), formado poruma placa de gesso laminado A / EN 520 - 1200/ comprimento / 13 / bordo afinado.
12 Equipamentos fixos e sinalização
12.1 Casas de banho
Medidas de Reabilitação Analisadas
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ORÇAMENTONum Descrição Un Quantidade Preço Un Total
11 /13
12.1.1 Aparelhos sanitários
Ud 1,000 1.545,00 1.545,0012.1.1.1 Cabine de duche de gama média, cor branco,de 140 x 90 cm
13 Infra-estruturas no logradouro
13.1 Drenagens complementares
13.1.4 Câmaras de inspecção
Ud 1,000 753,83 753,8313.1.4.1 Câmara de inspecção de alvenaria de tijolo,2.70 m x 1.30 m, altura 1,5 m com dispositivosde tapamento e fecho, instalada em passeios,zonas pedonais ou estacionamentoscomunitários.ETAR Compacta
13.5 Jardins
13.5.1 Relvados
m² 38,040 10,85 412,7313.5.1.1 Relvado por sementeira de mistura desementes.
13.5.3 Fornecimento de plantas especiais
Ud 1,000 15,76 15,7613.5.3.1 Laranjeira Newhall
Ud 1,000 10,98 10,9813.5.3.2 Figueira Preta - Ficus carica
Instalação de novo equipamento para substituir o primeiro.
Instalação de novo equipamento para substituir o segundoInstalação de novo equipamento para substituir o segundo.
Notas:(1) Valores estimados, uma vez que o Solterm apresenta apenas o VAL ao fim da vida util.
(2) Fim da vida útil da moradia em estudo
Anexo 7.1
LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia UnifamiliarVERTENTES ÁREA Wi Pre-Req. CRITÉRIO NºC Melhoria Oportunidades de Melhoria [Medida]
Valorização Territorial 1 B
Optimização ambiental da implantação 2 D
Valorização ecológica 3 E
Interligação de habitats 4 A
6 Critérios Integração Paisagística 5 A
14% Protecção e Valorização do Património 6 E
Certificação Energética 7 B Classe B no certificado energético (RCCTE) [2].
Desenho Passivo 8 B
Intensidade em Carbono (e eficiência energética) 9 A Cerca de 65% da energia consumida é renovavel [2]; [3];
A maior parte dos equipamentos são de classe A [13-18].1 Uso de torneiras misturadoras e redutores de caudal (1 crédito) [20];
INTE
GR
AÇ
ÃO
LO
CA
L SOLO 7% S
ECOSSISTEMAS NATURAIS 5% S
SO
S
ENERGIA 17% S
PAISAGEM E PATRIMÓNIO 2% S
Consumo de água potável 10 D
1. Uso de torneiras misturadoras e redutores de caudal (1 crédito) [20];2. Equipamentos eficientes (1 crédito) [13-18];4. Sistema sanitário "waterless" (1 crédito) [20];166l/hab.dia.
Gestão das águas locais 11 D
Durabilidade 12 E
Materiais locais 13 E
9 Critérios Materiais de baixo impacte 14 E
32% ALIMENTARES 2% S Produção local de alimentos 15 F
Tratamento das águas residuais 16 F
Caudal de reutilização de águas usadas 17 E
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 2% S
Caudal de Emissões Atmosféricas - Particulas e/ou Substâncias com potencial acidificante (Emissão de outros poluentes: SO2 e NOx)
18 A
Produção de resíduos 19 E
RE
CU
RS
ÁGUA 8% S
MATERIAIS 5% S
S
BIE
NTA
IS
EFLUENTES 3%
Produção de resíduos 19 E
Gestão de resíduos perigosos 20 A++
1. Eliminação de pesticidas ou semelhantes (1 crédito), eliminação de cloro para as piscinas (1 crédito) [24];2. Locais para a arrumação segura (1 crédito) e adequada (1 crédito) das embalagens de limpeza e manutenção [24];3. Locais para a deposição de pilhas (1 crédito), lâmpadas (1 crédito), óleos alimentares (1 crédito), resíduos perigosos de escritório (tinteiros e semelhantes) (1 crédito) [24];4. Eliminação de materiais perigosos existentes nos produtos usados para a manutenção (menos de 50% das embalagens - 1 crédito, mais de 50% - 2 créditos) [24];5. Existência de um plano de gestão de resíduos perigosos (1 crédito) [24].
Reciclagem de resíduos 21 D
8 Critérios RUÍDO EXTERIOR 3% S Fontes de ruído para o exterior 22 B
12%POLUIÇÃO ILUMINO-TÉRMICA
1% S Poluição ilumino-térmica 23 B 3. Utilização de luminárias com intensidade adequada e cuja projecção de luz incida somente na área a iluminar pretendida (2 créditos) [11].
CONFORTO AMBIENTAL
QUALIDADE DO AR 5% S Níveis de Qualidade do ar 24 B
TO
AL
RESÍDUOS 3% SCA
RG
AS
AM
BC
ON
FOR
TA
MB
IEN
TA
CONFORTO TÉRMICO 5% S Conforto térmico 25 A
4 Critérios S Níveis de iluminação 26 C
15% S Isolamento acústico/Níveis sonoros 27 C
Acesso aos transportes Públicos 28 F
Mobilidade de baixo impacte 29 C
Soluções inclusivas 30 A
Flexibilidade - Adaptabilidade aos usos 31 E
Dinâmica Económica 32 E Venda de energia cobrindo ]0-50%[ dos custos (2 créditos) [3].
Trabalho Local 33 A+VIV
ÊN
CIA
SÓ
CIO
-E
CO
NÓ
MIC
A
ILUMINAÇÃO E ACÚSTICA 5%
ACESSO PARA TODOS 5% S
DIVERSIDADE ECONÓMICA 4% S
Anexo 7.1
LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia UnifamiliarVERTENTES ÁREA Wi Pre-Req. CRITÉRIO NºC Melhoria Oportunidades de Melhoria [Medida]
Amenidades locais 34 D
Interacção com a comunidade 35 B
Capacidade de Controlo 36 A
Condições de participação e governância 37 E
Controlo dos riscos naturais - (Safety) 38 FControlo das ameaças humanas - (Security)
39 C
19% CUSTOS NO CICLO DE VIDA 2% S Baixos custos no ciclo de vida 40 B
1. Selecção de equipamentos com baixos custos de funcionamento (ex iluminação: uso da lâmpadas/luminárias de baixo consumo), frigorífico e outros, mais de 50% dos sistemas (2 crédito) [11]; [12]; [13-18];2. Sistemas de poupança de energia e água, mais de 50% (2 créditos) [13-18];2. Sistemas de poupança de energia e água, até 50% (1 créditos) [19]; [24].2 manuais de funcionamento dos equipamentos das habitações: máquinas de loiça roupa etc (3 créditos) [13 18];
VIV
ÊN
CIA
SÓ
CIO
-E
CO
NÓ
MIC
A
PARTICIPAÇÃO E CONTROLO 4% S
AMENIDADES E INTERACÇÃO
SOCIAL4% S
GE
STÃ
O
AM
BIE
NTA
L E
IN
OV
AÇ
ÃO
Informação ambiental 41 A
2. manuais de funcionamento dos equipamentos das habitações: máquinas de loiça, roupa, etc (3 créditos) [13-18];4. indicações relativas à utilização, rentabilização e manutenção de elementos especiais não inseridos na estrutura: por exemplo, paredes trombe, ventilação por tubos enterrados, painéis solares, sensores, etc (3 créditos) [24];5. indicações relativas aos elementos estruturais e à manutenção dos mesmos (2 créditos ) [24];6. indicações relativas à desactivação dos equipamentos e materiais e sua correspondente revalorização (2 créditos) [24];7. existência de informações de sensibilização e explicativas da minimização dos consumos de recursos e produção de cargas: nomeadamente consumos de águas, energéticos, reciclagem, utilização de produtos nocivos, etc (2 créditos) [24];
3 Critérios Sistema de gestão ambiental 42 B O edifício possui um sistema de gestão ambiental [24].
Instalação de novo equipamento para substituir o primeiro.
Instalação de novo equipamento para substituir o segundoInstalação de novo equipamento para substituir o segundo.
Notas:(1) Valores estimados, uma vez que o Solterm apresenta apenas o VAL ao fim da vida útil.
(2) Nova análise económica tendo em conta a integração da solução em estudo com o resto das medidas propostas(2) Nova análise económica tendo em conta a integração da solução em estudo com o resto das medidas propostas.
(3) Fim da vida útil da moradia em estudo
Anexo 7.2
LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia UnifamiliarVERTENTES ÁREA Wi Pre-Req. CRITÉRIO NºC Melhoria Oportunidades de Melhoria (proposto)
Valorização Territorial 1 B
Optimização ambiental da implantação 2 C 40,9% de solo permeável no lote [25].
Valorização ecológica 3 D 25% de área verde e 6 espécies autóctones (2 crédito) [25].
Interligação de habitats 4 A
6 Critérios Integração Paisagística 5 A
14% Protecção e Valorização do Património 6 E
Certificação Energética 7 A Classe A no certificado energético (RCCTE) [1]; [2]; [3].
Desenho Passivo 8 B 4.b. Isolamento adequado na cobertura (1 crédito) [1];9. Introdução de sistemas passivos: parede de trombe, em [0 – 50]% das divisões principais (1 crédito ) [7].
Intensidade em Carbono (e eficiência energética) 9 A+ Cerca de 100% da energia consumida é renovavel [2]; [3];
A maior parte dos equipamentos são de classe A [13-18].1 Uso de torneiras misturadoras e redutores de caudal (1 crédito) [20];
PAISAGEM E PATRIMÓNIO 2% S
OS
ENERGIA 17% S
INTE
GR
AÇ
ÃO
LO
CA
L SOLO 7% S
ECOSSISTEMAS NATURAIS 5% S
Consumo de água potável 10 C
1. Uso de torneiras misturadoras e redutores de caudal (1 crédito) [20];2. Equipamentos eficientes (1 crédito) [13-18];4. Sistema sanitário "waterless" (1 crédito) [20];5. Utilização de águas pluviais para consumo secundário (1 crédito) [19];123l/hab.dia.
Gestão das águas locais 11 D
Durabilidade 12 E
Materiais locais 13 E
9 Critérios Materiais de baixo impacte 14 E
32% ALIMENTARES 2% S Produção local de alimentos 15 A 1.b.Produção de alimentos no logradouro (1 crédito) [25];Produção de 10 especies diferentes (10 Créditos) [25].
Tratamento das águas residuais 16 A++ As águas residuais são todas tratadas [21]; [22].Caudal de reutilização de águas usadas 17 A [50-75[% das águas residuais tratadas servem as actividades a desenrolar no interior/exterior do edifício que não exijam água potável [22].
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 2% S
Caudal de Emissões Atmosféricas - Particulas e/ou Substâncias com potencial 18 A
Produção de resíduos 19 E
EN
TAIS
EFLUENTES 3% S
RE
CU
RS
O
ÁGUA 8% S
MATERIAIS 5% S
Gestão de resíduos perigosos 20 A++
1. Eliminação de pesticidas ou semelhantes (1 crédito), eliminação de cloro para as piscinas (1 crédito) [24];2. Locais para a arrumação segura (1 crédito) e adequada (1 crédito) das embalagens de limpeza e manutenção [24];3. Locais para a deposição de pilhas (1 crédito), lâmpadas (1 crédito), óleos alimentares (1 crédito), resíduos perigosos de escritório (tinteiros e semelhantes) (1 crédito) [24];4. Eliminação de materiais perigosos existentes nos produtos usados para a manutenção (menos de 50% das embalagens - 1 crédito, mais de 50% - 2 créditos) [24];5. Existência de um plano de gestão de resíduos perigosos (1 crédito) [24].
Reciclagem de resíduos 21 D
8 Critérios RUÍDO EXTERIOR
3% S Fontes de ruído para o exterior 22 B
12%POLUIÇÃO ILUMINO-TÉRMICA
1% S Poluição ilumino-térmica 23 B 3. Utilização de luminárias com intensidade adequada e cuja projecção de luz incida somente na área a iluminar pretendida; (2 créditos) [11]; [12].
CONFORTO AMBIENTAL
QUALIDADE DO AR 5% S Níveis de Qualidade do ar 24 B
BIE TÉRMICO 5% S Conforto térmico 25 A+ 13. Sistemas passivos que potenciem conforto (paredes de trombe) (1 crédito) [7].
4 Critérios S Níveis de iluminação 26 B 1. a. Iluminação natural mais de 50% (4 créditos); d. Utilização de dispositivos que favoreçam a penetração de iluminação natural no interior (1 crédito) [8 - 10].
15% S Isolamento acústico/Níveis sonoros 27 C
Acesso aos transportes Públicos 28 F
Mobilidade de baixo impacte 29 C
Soluções inclusivas 30 A 60,7% da áera util da habitação é acessivel (8 créditos) [23].
Flexibilidade - Adaptabilidade aos usos 31 E
Dinâmica Económica 32 E Venda de energia cobrindo ]0-50%[ dos custos (2 créditos) [3].
Trabalho Local 33 A+VIV
ÊN
CIA
SÓ
CIO
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CO
NÓ
MIC
A S
DIVERSIDADE ECONÓMICA 4% S
ILUMINAÇÃO E ACÚSTICA 5%
ACESSO PARA TODOS 5%
Anexo 7.2
LiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia UnifamiliarVERTENTES ÁREA Wi Pre-Req. CRITÉRIO NºC Melhoria Oportunidades de Melhoria (proposto)
Amenidades locais 34 D
Interacção com a comunidade 35 B
Capacidade de Controlo 36 A
Condições de participação e governância 37 E
Controlo dos riscos naturais - (Safety) 38 F
13 Critérios Controlo das ameaças humanas - (Security) 39 C
19% CUSTOS NO CICLO DE VIDA 2% S Baixos custos no ciclo de vida 40 B
1. Selecção de equipamentos com baixos custos de funcionamento (ex iluminação: uso da lâmpadas/luminárias de baixo consumo), frigorífico e outros, mais de 50% dos sistemas (2 crédito) [11]; [12]; [13-18];2. Sistemas de poupança de energia e água, mais de 50% (2 créditos) [13-18];2. Sistemas de poupança de energia e água, até 50% (1 créditos) [19]; [24].2. manuais de funcionamento dos equipamentos das habitações: máquinas de loiça, roupa, etc (3 créditos) [13-18];
VIV
ÊN
CIA
SÓ
CIO
-E
CO
NÓ
MIC
A
AMENIDADES E INTERACÇÃO
SOCIAL4% S
SPARTICIPAÇÃO E CONTROLO 4%
GE
STÃ
O
AM
BIE
NTA
L E
IN
OV
AÇ
ÃO
Informação ambiental 41 A
2. manuais de funcionamento dos equipamentos das habitações: máquinas de loiça, roupa, etc (3 créditos) [13 18];4. indicações relativas à utilização, rentabilização e manutenção de elementos especiais não inseridos na estrutura: por exemplo, paredes trombe, ventilação por tubos enterrados, painéis solares, sensores, etc (3 créditos) [24];5. indicações relativas aos elementos estruturais e à manutenção dos mesmos (2 créditos ) [24];6. indicações relativas à desactivação dos equipamentos e materiais e sua correspondente revalorização (2 créditos) [24];7. existência de informações de sensibilização e explicativas da minimização dos consumos de recursos e produção de cargas: nomeadamente consumos de águas, energéticos, reciclagem, utilização de produtos nocivos, etc. (2 créditos) [24].
3 Critérios Sistema de gestão ambiental 42 B O edifício possui um sistema de gestão ambiental [24].
8% INOVAÇÃO 2% Inovações 43 A++
Paineis Solares Térmicos [2] (D);Paineis Solares Fotovoltaicos [3] (C);Parede Trombe [7] (B);LEDs [11] (B);Redutores de Caudal e pesos [20] (D);Instalação ETAR Compacta com Reservatório [22] (B).
Classe obtida na avaliação: ALiderA - Sistema de Avaliação da Sustentabilidade® - Critérios de Base V 2.0b Caso: Moradia Unifamiliar