uma publicação do Grupo Wilson Sons Abril 2014 | ano 11 | nº 54 Terminais de contêiner do Grupo Wilson Sons buscam cargas de projeto e novos produtos para diversificar a movimentação
�uma publicação do Grupo Wilson Sons Abril 2014 | ano 11 | nº 54
Terminais de contêiner do Grupo Wilson Sons buscam cargas de projeto e novos produtos para diversificar a movimentação
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Índice
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NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Corporativa. Jornalista responsável: Danielle Bastos
Edição e Redação: Daniel Cúrio Revisão: Liciane Corrêa Diagramação: Conticom Comunicação Integrada
E-mail: [email protected] Fotos: Arquivo Wilson Sons
GRUPO WILSON SONS - CEO: Cezar Baião CFO e Relações com Investidores: Felipe Gutterres Vice-presidente de Rebocadores, Offshore,
Agenciamento e Estaleiros: Arnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e Logística: Sérgio Fisher
Coordenação editorial: Comunicação & ustentabilidade Conselho editorial: Comitê de Comunicação Corporativa - CCC
Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores.
Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.
SMSWil son Sons reduz ac iden te s
em 2013...........................................3
Giro pela WSWilson Sons faz manobras do FPSO
Cidade de Ilhabela; PSV recebe prêmio
da Petrobras; Wilson Sons Agência
participa de resgate...........................4
EntrevistaNova resolução da Antaq trará mais
intervenção – Bruno Pinheiro,
superintendente de Fiscalização da
Antaq..............................................6
Terminais portuáriosFora do comum................................8
MulheresA força feminina da Wilson Sons....12
Comércio exteriorNovo porto seco em Pernambuco..14
MemóriaTradição e honra............................15
A busca pelo novo sempre foi muito importante para a Wilson Sons. A em-
presa nasceu em 1837 como uma agência marítima, mas almejava ser mais
que isso. Com o passar dos anos, nossa equipe se aventurou em novos negócios,
segmentos diversifi cados e regiões do país onde ainda não atuava. Esse esforço nos
tornou um dos principais operadores de logística portuária, marítima e terrestre
do Brasil. E continuamos buscando o novo.
Nesta edição da NEW,S, veremos bons exemplos disso. Em nossos terminais de
contêiner, a prospecção de cargas além das tradicionais vem mostrando grandes
perspectivas de negócios. No Tecon Rio Grande, a atração de novas cargas tem se
fortalecido e, no Tecon Salvador, são as cargas de projeto que ganham destaque.
Uma matéria muito especial mostra o crescimento da força feminina na
Wilson Sons. A cada dia, mais mulheres estão conquistando espaço em funções
que sempre foram vistas como masculinas.
A NEW,S também conta o trabalho da área de Saúde, Meio Ambiente e
Segurança (SMS) na redução da taxa de acidentes com afastamento, prova do
comprometimento do Grupo com a segurança de suas operações. Outro destaque
é o projeto da Estação Aduaneira de Interior (EADI) Suape, parte da estratégia
de plataformas regionais da Wilson Sons Logística.
No Giro pela WS, vamos saber mais sobre a operação especial para a plata-
forma Cidade de Ilhabela que conta com apoio da Wilson Sons Rebocadores,
a participação da Wilson Sons Agência em um resgate, na Bahia, e o
prêmio recebido pelo PSV (Platform Supply Vessel) Saveiros Albatroz,
da Wilson Sons Ultratug Off shore.
Esta edição traz ainda uma entrevista com o superintendente de Fiscalização
da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Bruno Pinheiro, que
comenta sobre a nova resolução da Agência para a área. E na seção Memória,
vamos conhecer o papel das madrinhas das embarcações.
Boa leitura!
Cezar Baião
CEO do Grupo Wilson Sons
Em busca de novidade
SMS
Abril 2014 3NEW,S
Wilson Sons reduz acidentes em 2013Com expansão de programa de segurança, incidentes
com afastamento caíram 67% desde 2010
P or mais um ano, o Grupo Wilson Sons
conseguiu diminuir signifi cativa-
mente sua taxa de acidentes com afasta-
mento. De 2010 até 2013, houve queda
de 67%. Já na comparação com 2012,
a retração nos acidentes foi de 25%.
De acordo com o gerente corpora-
tivo de SMS do Grupo Wilson Sons,
João David Santos, a companhia está
colhendo os frutos do WS+, programa
de segurança desenvolvido a partir de
metodologia da DuPont. Santos des-
taca que todas as empresas do grupo já
aderiram ao programa, com exceção
da Wilson Sons Ultratug Off shore, que
implementará o programa neste ano.
Para a companhia, a grande referên-
cia é a Wilson Sons Estaleiros, onde o
programa está mais maduro, pois foi
a primeira unidade a recebê-lo. De
2012 para 2013, a incidência de aciden-
tes caiu 89% e a aderência, que mede
o quanto a unidade está envolvida com
o WS+, chegou a 77% no ano passado.
“Conseguimos ótimos resultados, apesar
de ser uma operação complexa”, ressalta
o gerente. “Essa é a prova de que a me-
todologia que adotamos está surtindo
resultados.”
Para evitar que o resultado obtido na
implementação se perca com o passar
do tempo, a Wilson Sons trabalha ago-
ra a perenização do WS+. Para tanto, a
companhia realiza auditorias periódicas,
monitoramento do controle de proativos e
reativos, evidências do controle e reuniões
do comitê local. Além disso, a cada seis
meses ocorre uma auditoria de campo.
Mais uma novidade que a Wilson Sons
está trazendo para o projeto é a par-
ticipação de colaboradores de outros
negócios do Grupo para as auditorias
de uma unidade. Com isso, o profi s-
sional pode avaliar melhor o resultado
e levar para o seu negócio as boas prá-
ticas adotadas na unidade em questão.
Um dos casos de sucesso da Wilson Sons é
a Estação Aduaneira de Interior (EADI)
Santo André. A unidade, que precisou
se esforçar para se adequar às exigências
do WS+, registrou na última auditoria
aderência de 87%, a mais alta do Grupo.
“Esse crescimento na aderência faz
com que a ocorrência de acidentes seja
cada vez menor”, explica o gerente.
“Estamos constantemente elevando
o patamar de SMS do Grupo e nosso
objetivo é levar todos os negócios ao
estado da arte em segurança.”
EXPANSÃO
Em 2014, o programa WS+ será implemen-
tado na Wilson Sons Ultratug Off shore.
O trabalho começa em março, em
quatro navios da frota. Essa etapa deve
durar oito meses. Profi ssionais da Du-
Pont fi carão embarcados identifi cando
os principais riscos da companhia e
encontrando as melhores soluções para
corrigi-los.
Em seguida, a metodologia será pas-
sada para as demais embarcações pelos
próprios colaboradores da Wilson Sons.
“A multiplicação para outras unidades
é uma das características do nosso pro-
grama. O mesmo ocorreu em algumas
filiais da Wilson Sons Rebocadores e
entre a EADI Santo André e o
Centro Logístico São Paulo”, conta
Santos..
EADI Santo André registrou a mais alta taxa de aderência do grupo: 87%
Abril 2014 NEW,S4
Giro pela WS
O rebocador Uranus participa da operação especial
A Wilson Sons Rebocadores está
realizando uma importante
operação para o mercado de petróleo
e gás do Brasil, que será concluída
no começo do segundo semestre
deste ano. A companhia iniciou em
janeiro as manobras do FPSO (Floa-
ting Production Storage and Offloading)
Cidade de Ilhabela, da Petrobras.
Na operação, contratada pela
SBM, foram utilizados seis reboca-
Wilson Sons faz manobras do FPSO Cidade de Ilhabela
Operação vai durar até o início do segundo semestre
dores, sendo cinco azimutais da frota
da Wilson Sons, para levar o casco
do FPSO até o Estaleiro Mauá, no
Rio de Janeiro (RJ), onde recebe-
rá os módulos necessários para a
exploração de hidrocarbonetos. A
Wilson Sons vai acompanhar todo
o processo de construção da plata-
forma, sempre com, pelo menos, um
rebocador à disposição. O trabalho
engloba ainda os giros necessários
para a montagem dos módulos e a
desatracação da embarcação.
Essa não é a primeira vez que a
companhia realiza esse tipo de ser-
viço. No ano passado, também para
a SBM, a Wilson Sons Rebocadores
ficou responsável pelas manobras
do FPSO Cidade de Mangaratiba. A
montagem dos módulos ocorreu no
estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis
(RJ)..
Abril 2014 5NEW,S
O PSV (Platform Supply Ves-
se l ) Save i ro s Albat roz , d a
Wilson Sons Ultratug Off shore, joint
venture entre o Grupo Wilson Sons
e a chilena Ultramar, recebeu no fi nal
de janeiro um prêmio da Petrobras. A
petroleira reconheceu a embarcação
como destaque no desempenho ope-
racional e de Saúde, Meio Ambiente e
Segurança (SMS) na Bacia de Campos
em 2013. O PSV, construído em 2003,
presta serviço para a Petrobras desde
que entrou em operação.
“Estar entre os quatro melhores
barcos da frota da Petrobras – que
compreende mais de 300 embarca-
ções de mais de 50 empresas – é o
reconhecimento do trabalho dedicado
que prestamos para nossos clientes.
Estamos muito felizes com essa pre-
PSV recebe prêmio da PetrobrasSaveiros Albatroz foi destaque pelo desempenho operacional e de Saúde,
Meio Ambiente e Segurança na Bacia de Campos
A Wilson Sons Agência coorde-
nou uma importante operação
de resgate em fevereiro. Acostumada
a lidar com esse tipo de operação,
a companhia foi contatada por um
armador para auxiliar na salvatagem
de um tripulante filipino de uma
embarcação com bandeira de Cin-
gapura. A vítima, o contramestre
do navio, apresentava suspeita de
lesão na coluna e na bacia, além de
um ferimento profundo, após uma
queda de 4 metros de altura dentro
da embarcação.
Wilson Sons Agência participa de resgate Tripulante fi lipino foi levado a hospital de Salvador
miação”, afirma o diretor executivo
da Wilson Sons Ultratug Offshore,
Gustavo Machado.
Todos os barcos que prestam serviço
para a petroleira foram avaliados para o
prêmio. Foi considerado o desempe-
nho de cada um em diversos quesitos,
como as taxas de acidente com pes-
soal, acidentes de processo marítimo
e desempenho
no Programa
de Excelência
Operacional no
Transporte Aé-
reo e Marítimo
(PEOTRAM).
Após a análise,
quatro embarca-
ções receberam
o prêmio.
O Saveiros Albatroz foi o primeiro
PSV da Wilson Sons Ultratug Off shore,
além de ser a primeira embarcação
de apoio offshore construída pela
Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá (SP)..
Imedia t amente , a equ ipe da
Wilson Sons Agência entrou em con-
tato com o comandante do navio, que
seguia de João Pessoa para Buenos
Aires, solicitando que a embarcação se
aproximasse do Porto de Salvador. Em
seguida, foram acionadas as autoridades
locais, como a Polícia Federal, a Capi-
taria dos Portos, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros. Essa
foi a primeira vez que um helicóptero
do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) da Bahia foi utilizado
para fazer um resgate em alto-mar.
Para dar conta da operação, que
ocorreu em um final de semana, a
Wilson Sons Agência aumentou o seu
efetivo de plantão na fi lial de Salvador.
Um dos colaboradores acompanhou o
tripulante no hospital. Após algumas ho-
ras, o fi lipino foi liberado e voltou para o
navio, que seguiu seu curso normalmente.
“O trabalho foi realizado com sucesso,
o que permitiu que o tripulante tivesse o
melhor atendimento possível”, comenta
o diretor executivo da Wilson Sons Agência,
Christian Lachmann..
O PSV Saveiros Albatroz foi a primeira embarcação da frota da Wilson Sons Ultratug Off shore
Abril 2014 NEW,S6
Nova resolução da Antaq trará mais intervenção
Superintendente de Fiscalização da Agência, Bruno Pinheiro
garante que haverá maior precisão e qualidade
A RESOLUÇÃO 3.259/2014, LANÇADA RECENTEMENTE PELA AGÊNCIA NACIONAL
DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ), QUE ESTABELECE NOVAS REGRAS DE
FISCALIZAÇÃO, TRARÁ MAIS INTERVENÇÃO PARA O SETOR, DIZ O SUPERINTENDENTE
DE FISCALIZAÇÃO DA ANTAQ, BRUNO PINHEIRO. O EXECUTIVO DESTACA, CONTUDO,
QUE HAVERÁ MAIOR PRECISÃO E QUALIDADE NAS INTERVENÇÕES. “AS NOVAS REGRAS
TÊM O OBJETIVO DE AGILIZAR O PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES”,
COMENTA PINHEIRO. “COM O NOVO MARCO REGULATÓRIO NO SETOR PORTUÁRIO,
AS COMPETÊNCIAS FISCALIZATÓRIAS DA ANTAQ AUMENTARAM RADICALMENTE.”
O SUPERINTENDENTE GARANTE QUE A RESOLUÇÃO NÃO DÁ MUITOS PODERES
PARA OS FISCAIS, MAS SIMPLIFICA O PROCESSO. O FISCAL, PORÉM TERÁ PODERES
PARA INTERDITAR UM TERMINAL E UMA EMBARCAÇÃO. BRUNO PINHEIRO JUSTIFICA
QUE, NA INCIDÊNCIA DE UMA EVENTUALIDADE, ESSA ALTERNATIVA É A QUE TRAZ
MENOR PREJUÍZO. “AO COMPARARMOS O CUSTO DIÁRIO DE UMA UNIDADE COM O
CUSTO DA DEGRADAÇÃO AO MEIO AMBIENTE OU O RISCO A VIDAS HUMANAS, COM
CERTEZA O PRIMEIRO SE TORNARÁ ÍNFIMO.”
NEW,S | A Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) aca-
bou de lançar a Resolução 3.259/2014,
estabelecendo novas regras de fi s-
calização. Por que a necessidade de
novas regras? As anteriores não eram
sufi cientes?
Bruno Pinheiro | As novas regras
trazidas pela Resolução 3259-Antaq
têm o objetivo de agilizar o procedi-
mento de apuração das infrações. A
Entrevista
processo de apuração de infrações,
o regulado era chamado a falar no
processo pelo menos quatro vezes
e os técnicos da Antaq preparavam
também quatro diferentes relatórios,
sem contar com os recursos. Agora,
com a nova norma, respeitamos o
princípio do contraditório e a ampla
defesa, mas o processado se pronuncia
somente uma vez nos autos e o técnico
da Antaq prepara um único relatório.
resolução anterior obrigava-nos a criar
dois processos para apuração de uma
única infração.
NEW,S | Havia um grande número
de infrações cometidas pelos regula-
dos que não estavam sendo punidas?
Bruno Pinheiro | Não. Todas as in-
frações eram punidas, porém o prazo
entre a verifi cação da infração e a
punição era muito grande. No antigo
Abri 2014 7NEW,S
NEW,S | O que se espera com essas
novas regras? Maior rigor com os
regulados?
Bruno Pinheiro | Não mudaremos
o rigor com os regulados. Como dito
anteriormente, somente seremos mais
ágeis na punição dos irregulares.
NEW,S | Haverá mais intervenção
nos regulados?
Bruno Pinheiro | Sim, porém com
maior precisão e qualidade. Com o
novo marco regulatório no setor por-
tuário, as competências fi scalizatórias da
Antaq aumentaram radicalmente. Foi
incluído no nosso rol de regulados um
total de 450 empresas, com a adição dos
arrendatários e operadores portuários.
Até o ano passado a Antaq fi scalizava
todos os regulados no ano. Para a ela-
boração do nosso planejamento desse
ano foram considerados alguns crité-
rios, agregando inteligência ao nosso
planejamento, para escolher quais em-
presas serão fi scalizadas. Adianto que no
Plano Anual de Fiscalização, aprovado
em março pela Diretora Colegiada,
está prevista a fi scalização em todas as
empresas que tiveram alguma irregu-
laridade em 2013, todas as outorgadas
em 2013 e um terço das regulares. Com
essas diretrizes, esperamos fi scalizar, em
2014, 65% dos nossos regulados.
Iremos nesse ano também focar mais
no serviço adequado aos usuários em
detrimento à fi scalização patrimonial
que a Antaq vinha fazendo desde então.
NEW,S | A nova Resolução dá mui-
tos poderes para o fi scal na ponta, o
funcionário na unidade local? Já era
assim antes?
Bruno Pinheiro | Pelo contrário.
Antes, para ser instaurado um processo
contencioso (apuração da infração),
era necessário que o processo de fi sca-
lização fosse apreciado pela Diretoria
Colegiada da Antaq. Hoje o processo é
automaticamente instaurado com a la-
vratura do Auto de Infração. Também
foi aumentada a competência de julga-
mento do Chefe da Unidade Regional.
Antes o Chefe tinha competência de
julgar infrações de até R$ 50 mil. Hoje
esse teto é de R$ 150 mil.
NEW,S | O fi scal poderá interditar
um terminal ou uma embarcação. Não
é muito poder considerando o prejuízo
que pode causar tendo em vista o custo
diário de uma unidade?
Bruno Pinheiro | Ao compararmos
o custo diário de uma unidade com o
custo da degradação ao meio ambiente
ou o risco a vidas humanas, com certeza
o primeiro se tornará ínfi mo. Também
quando avaliarmos o risco para regu-
lação e para o mercado quando uma
empresa não autorizada ou irregular es-
tiver operando, novamente o custo da
unidade interditada se tornará pequeno.
Além disso, a interdição de instalações
já estava contemplada na lei que criou
as carreiras das Agências Reguladoras,
a Lei 10.871/2004. A interdição advém
do poder de polícia que é outorgado
aos Especialistas e Técnicos em Regu-
lação. O que a Antaq fez com a Norma
foi regulamentar um dever funcional,
inclusive com proteção ao regulado de
recorrer da interdição e uma supervisão
próxima feita pela Superintendência de
Fiscalização que deverá ser comunica-
do da interdição no prazo máximo de
uma hora.
NEW,S | Os fi scais nas pontas estão
treinados para exercer novas funções?
Existe algum programa de treinamen-
to em curso?
Bruno Pinheiro | Até abril, a Antaq
treinará todos os fi scais quanto às novas
Normas de Fiscalização, desde a Resolu-
ção 3259-Antaq à Resolução 3274-An-
taq, que regulam o setor portuário.
NEW,S | Haverá necessidade de
contratação de novos fi scais? Nos con-
cursos já aprovados para os quadros
da Antaq há vagas para as pontas ou
só para a sede?
Bruno Pinheiro | Há necessidades,
sim, de novos fi scais nas pontas. Como
dito anteriormente, nosso universo
de fiscalizados aumentou conside-
ravelmente. O concurso da Antaq
já foi autorizado pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão,
porém a Diretoria da Antaq ainda não
defi niu a divisão das vagas. O que posso
adiantar é que a Superintendência de
Fiscalização e Coordenação solicitou
vagas para as Unidades e para os 13
Postos Avançados de Fiscalização cria-
dos recentemente..
Bruno Pinheiro afi rma que o rigor da Antaq com os regulados não mudará, mas a agência será mais ágil na punição dos irregulares
Terminais portuários
Abril 2014 NEW,S8
Tecon Rio Grande e Tecon Salvador trabalham
para atrair cargas diferenciadas
Fora do comum
9Abri 2014NEW,S
Abril 2014 NEW,S10
C om grande experiência no trans-
porte de contêineres nos estados
do Rio Grande do Sul e da Bahia, os
terminais do Grupo Wilson Sons –
Tecon Rio Grande e Tecon Salvador
– buscam agora cargas diferenciadas.
A companhia pretende utilizar seu
know-how para contribuir com o de-
senvolvimento de alguns segmentos da
economia ou para receber equipamentos
que serão utilizados em grandes projetos,
que vão ajudar a melhorar a infraestru-
tura do país e gerar empregos e riquezas.
Nesse escopo, os terminais criaram
projetos e equipes visando a prospec-
ção de novos clientes. No Tecon Rio
Grande, o trabalho inclui a contei-
nerização de novas cargas, que tradi-
cionalmente eram transportadas por
outros meios. Já no Tecon Salvador,
que também tem casos de sucesso nessa
área, as cargas de projeto têm recebido
atenção especial.
Em Rio Grande, o ano começou
com a realização de embarques regula-
res de toras de madeira do oeste gaúcho
para a China, com o foco no atendi-
mento do mercado de construção civil
daquele país. Após um projeto piloto
e estudos realizados com parceiros em
2013, o Tecon Rio Grande está pre-
parado para escoar até 200 contêineres
por mês – demanda estimada pelas
tradings que trabalham com a commo-
dity. Em 2013, foram embarcados 137
contêineres de 40 pés.
Seguindo a tendência de conteine-
rização de commodities, o terminal,
em parceria com empresas e players de
mercado, desenvolveu uma solução de
logística e carregamento para viabilizar
as exportações por Rio Grande. Segun-
do o diretor comercial, Thierry Rios,
o trabalho de inteligência analisou a
operação como um todo: da velocidade
de corte na origem do produto até a
estrutura para tratamento da madeira e
disponibilidade de contêineres vazios.
“A exportação de commodities exige
uma logística efi ciente e enxuta, capaz
de atender grandes volumes a baixo
custo”, afi rma Rios. Para tanto, o Tecon
Rio Grande investiu cerca de R$ 200
mil na construção de um equipamento
para realizar o carregamento do contêi-
ner de forma automática, permitindo
mais que dobrar a produtividade de
movimentação. “Inauguramos esse
equipamento em janeiro, após três me-
ses de desenvolvimento pelo próprio
terminal”, conta.
O Rio Grande do Sul, de acordo o
Projeto Levantamento e Classifi cação
do Uso da Terra do IBGE, possui cerca
de 560 mil hectares de silvicultura. Os
embarques das toras de madeira não
obedecem a uma sazonalidade espe-
cífi ca e ocorrem durante todo o ano.
Até então, a maior parte da produção
é exportada no estado por navios break
bulk, em que a carga é transportada de
forma avulsa, não conteinerizada.
“Com a operação via contêiner ama-
durecida, apostamos que este mercado
trará ganhos signifi cativos no volume
de movimentação do terminal em
2014”, prevê o diretor comercial.
A aposta da conteinerização de no-
vas cargas fez com que o Tecon Rio
Grande investisse no fortalecimento e
especialização de sua equipe comercial.
Entre os projetos piloto já desenvolvi-
dos, estão o escoamento da soja, sorgo e
careta de ferro (subproduto do minério
de ferro).
Só em 2013, saíram por Rio Grande
165 contêineres de 20 pés de soja, o que
representa mais de 4 mil toneladas. A
solução logística é baseada na multimo-
dalidade: o grão chega por ferrovia ao
porto, e segue para o mercado asiático
por navio.
Já o piloto para o escoamento de sor-
go, no ano passado, envolveu quase 80
contêineres, o equivalente a cerca de 2
mil toneladas. O terminal ainda expor-
tou, no ano passado, 287 contêineres
de careta de ferro para a Ásia. Milho e
fertilizantes são outras commodities que
estão em fase de prospecção.
“A utilização do contêiner propor-
ciona aos exportadores a possibilidade
de comercialização de pequenos vo-
lumes, agilidade no fl uxo logístico e
a possibilidade de aproveitar fretes de
retorno para Ásia a um custo compe-
titivo”, conclui Thierry Rios.
WORKSHOPPara discutir mais o transporte de cargas especiais, o Tecon Salvador realiza em São
Paulo o workshop Soluções em Cargas de Projeto. A proposta é reunir prestadores
de serviço para toda a cadeia logística de projetos (armadores, agente de cargas,
transportadoras, fornecedores locais e clientes) para buscar as melhores soluções para
a movimentação desse tipo de carga na Bahia e região.
Participarão do evento executivos importantes do mercado, como o coordenador de
Projetos do Estaleiro Enseada Paraguaçu, Dimitrios Levendakos, o gerente geral de
Assuntos Institucionais da Aliança, Mark Juzwiak, o Sales and Development Manager
da Thorco, Wallace Barros, e o Owner Representative da Rickmers, Celso Pavão.
RSVP pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (71) 2106-1539
DATA 2 de abril
HORÁRIO 8h30
LOCAL Hotel Blue Tree Rua Verbo Divino, 1.323 . Chácara Santo Antônio. São Paulo . SP
Abril 2014 11NEW,S
NOVOS EMPREENDIMENTOS
O Tecon Salvador também aposta
na conteinerização de novas cargas
não só pela facilidade na logística de
distribuição, mas também pelo baixo
risco de contaminação, possível rastrea-
bilidade do produto, acessos a mercados
alternativos, embarques semanais e
fracionados, além da não interferência
das condições climáticas.
Em 2013, o terminal movimentou
motocicletas, fertilizantes e granito,
além de aproximadamente 500 tone-
ladas de soja, cargas que historicamente
não eram transportadas em contêine-
res. A equipe comercial já começou a
prospectar novas cargas e a tendência
é que, neste ano, novas mercadorias
possam ser conteinerizadas por meio
de desenvolvimento de negócios e
estudos de mercado para identifi cação
e captação de futuros clientes.
Nos últimos cinco anos, o Governo
da Bahia tem articulado uma matriz
integrada de projetos e obras de cará-
ter estratégico e estruturante. Baseado
nisso, o estado tem investido cada vez
mais em abrir novas oportunidades para
manter a rota que vem sendo traçada
de prosperidade econômica e social, a
médio e longo prazo. Entre os investi-
mentos do governo, há destaque para os
setores da indústria naval, eólico e au-
tomobilística, que conseguiu consolidar
a Bahia como um dos mais importantes
polos automotivos do Brasil.
Atento ao desenvolvimento do esta-
do, o Tecon Salvador busca a sinergia
com as empresas para atender as neces-
sidades quando o assunto é o transporte
desses segmentos. O setor de duas
rodas, por exemplo, faz parte de uma
das novas cargas conteinerizadas que
são descarregadas no terminal.
A maior fabricante de motocicletas
do Brasil descarregou pelo terminal
aproximadamente seis mil motos, de
dezembro de 2013 a fevereiro deste
ano. Isso significa que quase 30%
da fabricação, que antes era apenas
transportada pelo modal rodoviário,
agora chegam de Manaus em contêineres,
confi rmando a capacidade do Tecon
Salvador de captar novos negócios.
A previsão é que, até dezembro, pelo
menos 90% das motos cheguem à Bahia
por cabotagem. “Estamos de olho nas
oportunidades que esse segmento tem
a oferecer”, diz a gerente comercial do
Tecon Salvador, Patrícia Iglesias.
Outro macro investimento do es-
tado foi o lançamento do estaleiro
Enseada Indústria Naval, localizado
na Baía do Iguape, em Maragojipe. O
estaleiro é um projeto da Odebrecht
em parceria com a OAS, a UTC e a
Kawasaki Heavy Industries que vai
se tornar o segundo maior do Brasil,
podendo processar 36 mil toneladas
por aço ano de ano. A unidade vai
construir, integrar e reparar unidades
offshore, como plataformas, navios
especializados e sondas de perfuração,
para atender à demanda da exploração
de petróleo e gás no Brasil.
Graças aos esforços da equipe co-
mercial para atrair cargas de projeto,
o Tecon Salvador recebeu, no fi nal de
janeiro, mais de 11 mil m3 de equi-
pamentos industriais do estaleiro,
que incluíam máquinas de solda de
alta tecnologia, empilhadeiras e ma-
nipuladores telescópicos, avaliados
em cerca de R$ 100 milhões.
Além dos setores da indústria naval
e portuária, o governo estende seus
investimentos para os setores químicos
e petroquímico, permitindo que uma
indústria química implante, no Polo
Industrial de Camaçari, o primeiro
complexo acrílico da América do
Sul. São investimentos de R$ 1,2
bilhão em uma nova planta industrial
para a produção anual de 160 mil to-
neladas de ácido acrílico e em outra
planta para a produção de acrilato de
butila e polímeros superabsorventes.
Em 2013 foi concluído o transporte
dos grandes equipamentos das novas
plantas, incluindo a coluna principal do
complexo, com 64,3 metros de altura
e 456 toneladas.
A principal vantagem do Tecon Salvador
para os clientes de carga deste segmento
é a possibilidade de atracação dos navios
e armazenagem dos equipamentos no
mesmo local, o que torna a operação
mais rápida, segura e econômica, relata
Patrícia.
Também nos planos do estado estão
as usinas eólicas. Estão no planejamen-
to cerca de 130 projetos e a Bahia já
contabiliza 3,2 gigawatts de capacidade.
Com esse desempenho, o estado já
alcançou o segundo lugar em investi-
mentos eólicos no país. “A Bahia tem
um dos maiores potenciais de geração
desse tipo de energia, pois tem ventos
constantes e sempre na mesma direção.
O estado anunciou grandes investimen-
tos nos próximos anos e, com isso, as
oportunidades aumentam e o Tecon
Salvador pretende captar mais clientes
nesse segmento”, explica a executiva.
A Bahia vem ampliando sua participa-
ção no comércio nacional e internacional
como importante agente que impõe siste-
mas efi cientes de logística de transporte,
e, junto a isso, o Tecon Salvador tornou-
se participante ativo dos investimentos
do estado.
Após a expansão, o terminal passou
a ter capacidade para atracar os maiores
navios do mundo para o transporte de
longo curso e cabotagem. Com uma
equipe estrategicamente alocada em Sal-
vador, Manaus e São Paulo, o terminal
recebe e exporta cargas soltas e contei-
nerizadas, e se apoia na inteligência de
mercado para prospecção ativa de novas
cargas e tendências do mercado..
Mulheres
Abril 2014 NEW,S12
O s fi lmes e livros imortalizaram
cenas de homens embarcados em
navios, de homens fazendo trabalho
braçal nos portos e de homens cons-
truindo embarcações em estaleiros.
De agora em diante, a fi cção terá a
importante tarefa de mudar a percepção
do grande público. Nos últimos anos,
a presença de mulheres nesse meio
tradicionalmente masculino é cada vez
mais constante.
Nas empresas do Grupo Wilson Sons,
isso não podia ser diferente. As colabo-
radoras se destacam não só nos escritó-
rios administrativos da companhia, mas
também estão nos mares, nos terminais
e nos estaleiros.
De acordo com a gerente de Ope-
rações de Desenvolvimento Humano
e Organizacional da Wilson Sons,
Monica Cesário, para a companhia
o que importa é o perfi l do colabo-
rador. “Quando vamos avaliar um
A força feminina da Wilson Sons
Em um segmento tradicionalmente masculino, mulheres
se destacam na companhia
profi ssional, não olhamos o gênero.
Buscamos competência, conheci-
mento e qualifi cações para ocupar o
cargo. ”
No comando de uma das maiores embar-
cações da Wilson Sons Ultratug Off shore
não se vê um senhor de barba branca,
com muitos fi lmes costumam retratar a
fi gura do comandante. No PSV (Plat-
form Supply Vessel) Torda, as ordens são
dadas com a elegância de uma mulher.
Há quatro anos na companhia, a co-
mandante Fábia de Carvalho lidera
uma equipe de 13 tripulantes, todos
do sexo masculino.
Fábia, que garante não sofrer pre-
conceitos por ser mulher, foi da pri-
meira turma de marítimas do Centro
de Instrução Almirante Graça Aranha
(Ciaga). “Costumo dizer que a profi s-
são me encontrou. Até o pré-vestibular,
nunca tinha pensado em ser marítima,
mas fi quei sabendo que o Ciaga abriria
a primeira turma para mulheres. Foi
então que decidi fazer o curso e me
formei em 2002.”
De lá para cá, ela diz ter incentivado
muitas mulheres a seguir a mesma car-
reira, mas alerta que não é brincadeira.
“Sou muito rígida, principalmente
com as mulheres, pois sei o quanto eu
fui cobrada e isso pode acontecer com
elas também.”
Também nos mares trabalha Juliana
da Silva Loureiro, imediata do PSV
Petrel. Ela garante tirar de letra a vida
familiar quando não está embarcada,
já que seu noivo também trabalha em
outro PSV. “Ele conhece bem a mi-
nha rotina. Isso facilita muito quando
não estamos embarcados.”
Apesar do trabalho duro, Juliana faz
questão de não descuidar da aparência.
Ela não costuma trabalhar de maquia-
gem, mas não abre mão de alguns
detalhes. “Tento sempre levar cremes
Abril 2014 13NEW,S
para cuidar do cabelo e kit de manicure
para fazer as unhas. Me sinto melhor
trabalhando assim.”
Quem também não deixa de se
cuidar é a pintora Maria de Souza
Moura, que há três anos trabalha na
Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá
(SP). “Apesar do uniforme, que é igual
para todos, busco sempre estar bem
feminina, com maquiagem e unha
feita”, diz Maria. “Não posso reclamar
de preconceito. Meus colegas admiram
muito o meu trabalho, pois eles sabem
que é muito puxado.”
A pintora, única mulher em uma
equipe de 70 profi ssionais, conta que
sempre teve vontade de entrar para a
indústria naval. “Gosto muito de traba-
lhar no estaleiro.” Para as mulheres que
gostariam de se aventurar nesse ramo,
a pintora dá um conselho. “Costumo
dizer que é um trabalho sujo”, brinca
Maria, “mas é uma excelente oportu-
nidade profi ssional.”
Outra Maria do estaleiro, Maria
Clenilda Nascimento Monteiro co-
meçou como ajudante de soldador
terceirizada, mas logo surgiu a oportu-
nidade de trabalhar como soldadora da
Wilson Sons Estaleiros. Atualmente, ela
passa por um processo de sucessão para
se tornar líder de solda de tubulação.
Maria Clenilda conta que antes de
se especializar em solda, trabalhava
como balconista. “Como sempre es-
tive envolvida com comércio, sabia
que não era isso que eu queria para a
minha vida. Meu desejo era trabalhar
na indústria. A construção naval é uma
paixão na minha vida hoje.”
A vaidade não costuma ficar em
segundo plano para ela, uma das duas
mulheres de uma equipe de 16 colabora-
dores. “Mesmo trabalhando de macacão
e máscara, mantenho minha vaidade.
Quem me vê fora do estaleiro nem acre-
dita que trabalho como soldadora.”.
A pintora Maria de Souza Moura, única mulher
em uma equipe de 70 colaboradores, trabalha
há três anos na Wilson Sons Estaleiros.
Ela conta que sempre sonhou em trabalhar
com construção naval
A comandante Fábia de Carvalho, do PSV
Torda da Wilson Sons Ultratug Off shore,
trabalha embarcada com uma equipe de 15
tripulantes, todos do sexo masculino. Ela
incentiva outras mulheres a seguir a mesma
carreira, mas alerta que a cobrança é muito forte
Comércio exterior
A Wilson Sons Logística conquistou
o direito de executar o projeto que
vai instalar uma Estação Aduaneira de
Interior (EADI) na região do Complexo
de Suape, em Pernambuco, considerado
um dos principais polos de investimentos
no país. O projeto prevê a adequação
de uma área total de 78.726 m², que in-
cluirá o porto seco e pátio alfandegado,
além do Centro Logístico (CL) Suape,
totalizando um investimento de mais
de R$ 11 milhões. A empresa tem um
prazo de até 18 meses para concluir as
adaptações e submeter a área à aprovação
da Receita Federal.
“A região de Suape é uma das que
mais cresce no Brasil e um importante
fator de desenvolvimento no Nordeste.
A instalação do porto seco vai represen-
tar um avanço na infraestrutura local
para atender o crescimento previsto para
a região. A EADI Suape tem potencial
de se tornar um dos principais terminais
alfandegados do Brasil”, comenta o dire-
tor executivo da Wilson Sons Logística,
Novo porto seco em Pernambuco
Com investimento de mais de R$ 11 milhões, Wilson Sons Logística
instalará a Estação Aduaneira de Interior (EADI) Suape
Thomas Rittscher III.
A adequação da área, onde já opera
o CL Suape, prevê obras civis e inves-
timentos em equipamentos modernos
e sistemas de segurança e tecnologia
da informação (TI). Ao fi nal, a EADI
Suape terá capacidade de movimentar 29
mil TEU ao ano, com 16 mil posições
de pallet em seu armazém e 1.255 TEU
em posições para contêiner.
De acordo com o diretor da
Wilson Sons Logística, o porto seco vai
atender não só a corrente de comércio
exterior – o carro-chefe do Complexo
Industrial Portuário de Suape –, mas
também toda a cadeia de suprimentos
local, com destaque para os segmentos
farmacêutico, automotivo, de bebidas e
químico. Ele estará localizado a apenas 1
km do Porto de Suape, 39 km de Re-
cife, 156 km de João Pessoa e a 223 km
de Maceió, centros urbanos nordestinos
importantes.
Para a Wilson Sons Logística, a ins-
talação da EADI Suape é fundamental
Wilson Sons Logística investe R$ 11 milhões na EADI Suape
Abril 2014 NEW,S14
para a estratégia de desenvolvimento da
empresa e todo o grupo no Nordeste.
“O projeto está absolutamente alinhado
aos esforços da Wilson Sons Logística
em desenvolver plataformas logísticas
regionais a partir de ativos estratégicos.
O alfandegamento traz muito mais peso
à nossa proposta de valor para as empre-
sas da região. As soluções vão envolver
o terminal alfandegado, a utilização do
CL e operações de transporte de distri-
buição”, afi rma Rittscher.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Principal motor do desenvolvimento
de Pernambuco, o Complexo Suape
registrou uma movimentação de mais
de 300 mil TEU de janeiro a setembro
de 2013, e bateu recorde em movimen-
tação de navios. De janeiro a setembro
de 2013, 1.029 embarcações atracaram
no Porto de Suape, que atende toda a
região Nordeste. O polo reúne mais de
100 empresas, responsáveis por cerca de
25 mil empregos diretos.
Visando esse potencial, no começo de
2013, a Wilson Sons Logística instalou
o Centro Logístico Suape com inves-
timento de cerca de R$ 7 milhões.
Já para o início das operações da
EADI Suape, está prevista a contratação
60 pessoas e, quando o porto seco atingir
a sua capacidade total, a empresa deve
contar com mais 220 funcionários..
Memória
Dezembro 2013 15NEW,S
A presidente Dilma Rousseff , na época ministra-chefe da Casa Civil, batiza o
PSV Saveiros Fragata (no topo, à esquerda); a atual presidente da Petrobras,
Maria das Graças Foster, foi madrinha do PSV Saveiros Pelicano (no topo, à
direita); e a cerimônia de batismo do PSV Torda (embaixo)
U ma das maiores tradições do
setor naval, a cerimônia de
batismo de embarcações teve origem
na Idade Média, como uma forma de
protegê-las dos perigos do mar. Na
época, pouco antes de o navio ser
lançado ao mar, recebia o nome de
um santo e um sacerdote derramava
sobre o casco vinho, que simbolizava
o sacramento, e água, a purificação.
Ao longo do tempo, a tradição
ganhou novos elementos, como a
madrinha. Quem iniciou essa prá-
tica foi uma princesa da Casa de
Hanover, a convite do rei George
da Inglaterra, no século XVIII.
Desastrada, a princesa deixou cair a
garrafa com o vinho que batizaria o
navio, causando danos ao casco. Daí
teria vindo o costume de amarrar as
garrafas a uma corda.
A tradição do batismo é mantida
praticamente em todo o mundo, e
para todos os tipos de embarcação,
inclusive na Wilson Sons, onde a
madrinha tem papel de destaque.
Após o ritual eclesiástico, ela faz
seus votos à tripulação, corta a fita
e quebra a garrafa de espumante no
casco da nova embarcação. Uma foto
da madrinha é colocada em local
de destaque do navio, onde deverá
permanecer para sempre.
A escolha das madrinhas é feita
Tradição e honraAs madrinhas das embarcações da Wilson Sons
conforme sua atuação como per-
sonalidade pública ou pelo fato de
serem “prata da casa”. A presidente
Dilma Rousseff, por exemplo, foi
madrinha do PSV (Platform Supply
Vessel) Saveiros Fragata, na época em
que era ministra-chefe da Casa Civil,
em 2007. No ano seguinte, Maria das
Graças Foster, atual presidente da Pe-
trobras, foi madrinha do PSV Saveiros
Pelicano. Em 2011, a colaboradora
da Wilson Sons Ultratug Off shore
Marcia Valéria Siqueira foi madrinha
do PSV Torda – uma grande honra,
tanto para a companhia quanto para
a equipe que ela representa..
André Luis Santos de Souza trabalha noTecon Salvador há cinco anos e dez meses.
www.wilsonsons.com.br
Wilson Sons sempre em movimento. Desde 1837.
Wilson Sons Terminais.Qualidade em movimento.
Investindo e modernizando para atender melhor.
A Wilson Sons é um dos maiores operadores de terminais de contêineres no Brasil. O Tecon Rio Grande (RS) e o Tecon Salvador (BA) oferecem serviços de carregamento e descarregamento de contêineres, carga geral, cargas de projeto e um conjunto de serviços complementares como uma estrutura diferenciada para cargas refrigeradas. Tudo isso tanto para o armador quanto para os importadores, exportadores e embarcadores de cabotagem. O Tecon Rio Grande está localizado estrategicamente para atender ao Cone Sul e pode ser acessado pelos modais ferroviário, hidroviário e rodoviário. O Tecon Salvador foi recentemente modernizado e é o único terminal no Brasil a dispor de cais preferencial para cabotagem. Dois terminais com estrutura para atender a todos os segmentos de carga.
André Luis Santos de Souza trabalha noTecon Salvador há cinco anos e dez meses.