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Técnicas de NEGOCIAÇÃO O comportamento como diferencial competitivo. I – ABERTURA: Negociar: celebrar, concluir, tratar, contratar; Promover o andamento, ajustar. Vender: trocar por dinheiro, alienar mediante certo preço, ceder algo por um preço (Fonte: Dicionário Aurélio). Negociar e Vender tem por objetivo uma troca. Nesse trabalho estaremos focando o processo que, com certeza deve resultar em novas oportunidades, abrir portas, estreitar laços e, é claro, aumentar nossos resultados de negócios. Vamos abordar os muitos aspectos da Negociação que resultam na venda dos nossos produtos e serviços, entretanto, focaremos também a importância do ato de negociar ideias, posições, posturas etc., tudo para construir uma relação sustentável com nossos Clientes sejam eles internos ou externos. Negociar significa também gerenciar emoções, prevenir e solucionar conflitos. É uma filosofia, uma técnica, um modo de conduzir-se pessoal e profissionalmente (Francisco Gomes de Matos). Considerando a visão holística, nosso compromisso com a Negociação Ética é indiscutível e com as necessidades do Ciente, primordial. Por isso vamos exercitar a Negociação Ética Consultiva.
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Técnicas de NEGOCIAÇÃO

Apr 21, 2023

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Page 1: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

Técnicas de NEGOCIAÇÃO

O comportamento como diferencial competitivo.

I – ABERTURA:

Negociar: celebrar, concluir, tratar, contratar; Promover o andamento, ajustar. Vender: trocar por dinheiro, alienar mediante certo preço, ceder algo por um preço (Fonte: Dicionário Aurélio).

Negociar e Vender tem por objetivo uma troca. Nesse trabalho estaremos focando o processo que, com certeza deve resultar em novas oportunidades, abrir portas, estreitar laços e, é claro, aumentar nossos resultados de negócios.

Vamos abordar os muitos aspectos da Negociação que resultam na venda dos nossos produtos e serviços, entretanto, focaremos também a importância do ato de negociar ideias, posições, posturas etc., tudo para construir uma relação sustentável com nossos Clientes sejam eles internos ou externos.

Negociar significa também gerenciar emoções, prevenir e solucionar conflitos. É uma filosofia, uma técnica, um modo de conduzir-se pessoal e profissionalmente (Francisco Gomes de Matos).

Considerando a visão holística, nosso compromisso com a Negociação Ética é indiscutível e com as necessidades do Ciente, primordial. Por isso vamos exercitar a Negociação Ética Consultiva.

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I I–CONTEXTUALIZAÇÃO:

COMPETÊNCIAS CORPORATIVAS

• EMPREENDEDORISMO

É a capacidade de mostrar-se ousado e proativo. Está intimamente ligado a uma realização pessoal e profissional. Trata-se da identificação de oportunidades e energia voltada a riscos calculados, encontrando soluções para problemas diversificados com raciocínio de valor agregado.

• LIDERANÇA É a capacidade de coordenar e organizar com eficiência o trabalho dos outros. Vai desde a capacidade de dar instruções para realizar tarefas simples a habilidades para criar uma equipe de alto rendimento.

• RELACIONAMENTO INTERPESSOAL É a capacidade de se relacionar com eficiência nos diferentes meios para favorecer a obtenção de resultados. • EQUILIBRIO EMOCIONAL

É a capacidade de controlar com maturidade, as reações emocionais em momentos distintos comportando-se com adequado senso crítico e sensatez.

• NEGOCIAÇÃO

É a capacidade de programar habilidades técnicas e interpessoais no processo de atendimento de necessidades mútuas. Implica no maior conhecimento possível de estratégias e táticas aliadas a uma argumentação convincente com evidente respeito e ética.

• VISÃO GLOBALIZADA

É a capacidade de perceber o conjunto de transformações no cenário mundial, empregando a integração das mesmas em um conjunto de ações que resultem em uma vantagem competitiva.

• PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É pensar antes de agir, fazendo escolhas. Na prática são um meio de se desenhar hoje planos que atuarão sobre o futuro que desejamos e que é o nosso foco. Estamos falando de uma característica que aglutina esforços,

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orienta investimentos e permite a definição de metas e táticas que venham a agregar valor aos objetivos pretendidos.

• CRIATIVIDADE É a capacidade relacionada aos processos de pensamento, imaginação, intuição e originalidade, favorecendo a busca de novas saídas, explorando maneiras para alcançar resultados e solucionar problemas.

• TRABALHO EM EQUIPE È a disposição para atividades em grupo, mantendo clima de interdependência e confiança mútua a fim de alcançar os objetivos. Também implica na facilidade para atuar de forma coordenada com membros de outros Departamentos.

• COMUNICAÇÃO

É o processo pelo qual ideias e sentimentos são transmitidos, tornando possível a interação social em diferentes níveis. Capacidade de transmitir informações e opiniões com clareza e objetividade.

• PERCEPÇÃO/JULGAMENTO

É a maneira como enxergamos a realidade a nossa volta, compreendendo e discernindo os fatos com clareza, estabelecendo um padrão de entendimento.

• FLEXIBILIDADE

É a capacidade de verificar a mudança como uma oportunidade, sabendo identificar objetivos relevantes e manter o foco. Estado de interação com o meio ambiente, sabendo identificar situações e dar respostas adequadas.

Page 4: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

O EFEITO C.H.A

Alguns têm sucesso, pois estão destinados a ele, a maioria alcança o sucesso porque tem determinação.

““AAnnaattoollee FFrraannccee””

H + A

C

Conhecimento

Habilidade

Atitude

15%

%

85%

S.M 1. Ato ou feito de conhecer. 2. Ideia, noção. 3.

Informação, notícia, ciência. 4. Prática da vida;

experiência. 5. Discernimento, critério, apreciação. 6.

Consciência de si mesmo; acordo.

[Do lat. Habilitate.] S.f. Qualidade de Hábil.

[Do lat. Attitudine, atr.do fr. Attitude.] S.f. 1.

Posição do corpo; jeito, postura: Mantém-se

erecta, em atitude elegante. 2. Modo de proceder

ou agir; comportamento, procedimento.

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Estudo de pessoas de sucesso

Recentemente, foi completado um estudo de mais de cinquenta pessoas reconhecidas pelo sucesso que obtiveram na vida. Nenhum deles começou com qualquer capital ou herança considerável. Como resultado do estudo, foi mostrada uma lista de traços comuns. Poucos deles tinham realmente o objetivo de ser milionários, mas acumularam sua riqueza como resultado de uma ideia, produto ou serviço. Muitos desses traços também são encontrados na maioria dos negociadores de sucesso. Não estão relacionados numa ordem especial.

1. Mentalidade investigadora ou capacidade de ir ao fundo de um problema ou assumir rapidamente a situação

2. Hábito de tomar ações positivas

3. Empenho no trabalho

4. Entusiasmo

5. Objetivo definido

6. Opiniões e ideias firmes

7. Bom condicionamento físico

8. Envolvimento no trabalho

9. Dá mais do que recebe

10. Aprende a se motivar

11. Lealdade

12. Aprende com a adversidade

13. Forte compromisso

14. Persistente

15. Atitude de arriscar tudo

Page 6: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

I I I–OS ESTILOS DE RELACIONAMENTO

DIMENSÕES DO PERFIL ASSERTIVO

A assertividade é definida como o esforço que uma pessoa faz para influenciar o pensamento e as ações dos outros. É a quantidade de controle que se procura exercer sobre os outros e que pode ser transmitida de maneiras diferentes.

EXEMPLOS DE COMPORTAMENTO ASSERTIVO

A assertividade pode aparecer em duas posturas diferenciadas, “Perguntar” e “Dizer”, a seguir a caracterização destas especificidades:

1. O que pergunta

- Reservado, não agressivo, evita parecer dominador e tende a não expor nas ideias.

- Complacente, prefere evitar impor-se aos demais, pode não se comunicar a menos que haja uma necessidade específica de fazê-lo.

- Apoiador gosta de ouvir e procura encontrar oportunidade de apoiar as ideias e atitudes dos demais.

AÇÕES QUE TRANSMITEM IMPRESSÃO INICIAL DE ASSERTIVIDADE

- Silencioso

- Opiniões moderadas

- Decisões analisadas

- Atitudes de seguidor

- Causa boa primeira impressão

- Apoiador

- Tende a evitar o uso do poder

- Deixa aos outros a iniciativa no relacionamento social

- Faz perguntas

2. O que diz

- Ativo, seguro, agressivo, faz com que sua presença seja notada, tende a expor suas ideias.

- Ambicioso, gosta de estar informado sobre tudo o que está acontecendo, inicia contatos sociais, comunica-se com os outros mesmo sem ser solicitado.

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- Desafiador gosta de confrontar as ideias e atitudes dos demais.

AÇÕES QUE TRANSMITEM IMPRESSÃO INICIAL DE ASSERTIVIDADE

- Falante

- Opiniões firmes

- Decisões rápidas

- Atitudes de assumir o comando

- Diretivo

- Causa opressão na primeira impressão

- Tende a usar de poder

- Toma a iniciativa nos contatos sociais

- Se expressa bastante, tanto verbal quanto não verbalmente.

DIMENSÕES DO PERFIL EMOTIVO

A emotividade se refere à quantidade de emoções e sentimentos que alguém expressa nas suas relações com os demais. É a quantidade de controle individual exercida sobre si mesmo e sobre sua expressividade.

Dito de outra maneira, a emotividade mede se as pessoas tendem a controlar seus sentimentos ou a expressá-los.

EXEMPLOS DE COMPORTAMENTO EMOTIVO

Aqui temos duas posturas diferenciadas, “Controla-se” e “Expressa-se”.

1. O que se controla

- Autossuficiente, independente, indiferente aos sentimentos dos outros, tende a demonstrar preocupação como o que os demais pensam sobre as razões ou lógica que estão por trás dos relacionamentos e ações.

- Formal, correto e rígido em suas relações sociais, tende a manter distância e a evitar envolvimento pessoal com os outros.

- Preciso específico, crítico, sem rodeios, preocupado com que tudo seja feito eficientemente.

AÇÕES QUE TRANSMITEM IMPRESSÃO INICIAL DE EMOTIVIDADE.

- Formalidade no vestuário e na conversa

- Discreto, cautela na comunicação.

- Ações e opiniões ponderadas

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- Rigoroso, atitudes disciplinadas.

- Decisões unilaterais

- Parece difícil de conhecer

- Racionalmente autodisciplinado, precavido.

- Exigente consigo mesmo e com os outros

- Impessoal e sistemático

2. O que se expressa

- Afeiçoado a prazeres e presentes, busca atenção e/ou envolvimento com os sentimentos dos outros, tende a demonstrar preocupação sobre como os outros se sentem nos relacionamentos e ações.

- Informal, descontraído e/ou divertido nas relações sociais, tende a estabelecer uma relação pessoal com os demais.

- Impreciso, generalista, tolerante com atitudes divertidas, pode parecer despreocupado sobre a eficiência das ações.

AÇÕES QUE TRANSMITEM IMPRESSÃO INICIAL DE EMOTIVIDADE

- Informalidade no vestuário e na fala

- Aberto, comunicação impulsiva.

- Ações e opiniões dramáticas

- Tolerante, atitudes espontâneas.

- Decisões emocionais

- Parece fácil de conhecer

- Emocionalmente expressivo honesto

- Condescendente consigo mesmo e com os demais

- Pessoalista e amistoso

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PERFIL DO EMPREENDEDOR

CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO

É um executor, avança criativamente, parece mover montanhas;

Empolga-se em trabalhar em vários projetos e tarefas ao mesmo tempo;

Tem inacreditável habilidade em cumprir tarefas;

Assume compromissos apenas após a certeza de poder cumpri-los;

Tem que estar apto a entender e relacionar uma ação proposta com sua própria experiência;

É diretivo e decisivo;

Descarrega suas ansiedades através da ação;

Bem organizado, conduz objetivamente;

Impõe altos padrões para si mesmo e para outros;

Pragmático;

Assertivo, direcionado;

Voltado para resultados;

Objetivo opina baseado no que vê;

Competitivo/confidente;

Visão em curto prazo;

Preocupado com poder, autoenvolvido;

Age antes, pensa depois;

Não confia em terceiros;

Dominador.

SOBTENSÃO

Um pouco impaciente (age impulsivamente, busca resultados em curto prazo);

Reage com excesso às opiniões que refreiam ação e movimento;

Tende a passar como um "trator" sobre os sentimentos alheios;

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PERFIL DO EXPRESSIVO

CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO

Pensador e rápido;

Questiona a si e aos outros;

Parece, às vezes, saber das coisas antes dos outros;

Ressente-se ao ser cerceado ou ser solicitado a operar de forma bem definida;

Aprecia criar estrutura própria, a partir do “caos”;

Preocupa-se com o quadro global;

Pode ser impaciente com aqueles que pedem detalhes;

Original;

Criativo;

Abrangente;

Carismático;

Idealista;

Intelectualmente tenaz;

Ideológico;

Irrealista

Muito avançado;

Fantasioso

Disperso

Divergente;

Teórico;

SOBTENSÃO

Pode ser visto como alienado ou excessivamente intelectualizado;

Algumas vezes, descompromissado e pouco prático;

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PERFIL DO AFÁVEL

CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO

Apoiador, estimulador;

Caloroso e sensível com as necessidades e desejos de outros;

Pode captar discrepância entre o que alguém fala e o que realmente quer dizer;

Introspectivo e perceptivo com relação a pessoas;

Paciente com os outros;

Um bom ouvinte;

Age com base na "intuição";

Baseia-se nas suas próprias reações emocionais e opiniões sobre outros ao apresentar suas ideias como se fossem "fatos";

Espontâneo, impulsivo;

Persuasivo;

Enfático;

Tradicionalista, leal;

Inquisitivo;

Introspectivo;

Capta sentimento dos outros;

Manipulador

Personalista;

Sentimental, subjetivo;

Procrastinador;

Dominado por culpa, estimula conflitos;

SOBTENSÃO

Impulsivo / emotivo;

Pode ser sensível ou agressivo;

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PERFIL DO ANALÍTICO

CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO

Trabalha de maneira continuamente tenaz;

Fundamenta-se em observações e princípios racionais (lógicos);

Evita emocional ismos; cético com relação a novas trajetórias, partindo do que já deu certo no passado; é cético das reações iniciais de terceiros, até que testadas e analisadas; prefere "dormir" sobre novas ideias, antes de assumir compromissos;

Evita se envolver com necessidades momentâneas ou ser afetado por paixões;

Comunicativo sobre a sua tarefa, deliberativo;

Prudente;

Ponderado;

Emocionalmente estável;

Objetivo;

Racional;

Prolixo;

Cauteloso;

Excessivamente frio;

Controlado e controlador da tarefa;

Excessivamente rígido.

SOBTENSÃO

Pode ser supercauteloso, a ponto de indecisões;

Tende a aparentar rigidez;

Preocupa-se tanto com a precisão a ponto de perder oportunidades.

Page 13: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

I I I– A COMUNICAÇÃO VERBAL

MODELO DE COMUNICAÇÃO

5 PASSOS

Criar ambiente (Postura Objetiva)

Ouvir ativamente (Interrupções Dirigidas)

Enviar mensagem objetivamente (Quantificação e Qualificação)

Verificar o entendimento (Parafraseado)

Resumir

Ouvir para Compreender

O que devemos fazer ao escutar

- Manter postura objetiva

- Mostrar interesse

- Tentar identificar o canal que está sendo usado

- Expressar empatia (através do canal, do gestual etc.).

- Apontar o problema (se houver algum)

- Procurar as causas do problema

- Ajudar o interlocutor para que possa associar o problema com a causa.

- Cultivar a habilidade de permanecer em silêncio quando este for apropriado. Pessoas de sucesso sabem como e quando se mantiver em silêncio e abstiver-se-se de dar conselhos.

- Parafrasear

O que não devemos fazer

ao escutar

- Discutir

- Interromper

- Pré-julgar

- Chegar a conclusões prematuras

- Deixar que os sentimentos do interlocutor afetassem demasiadamente nossos próprios sentimentos.

Page 14: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

PERGUNTAS

As perguntas devem estimular a discussão sem que se percam os objetivos

propostos.

Devem ser direcionadas para:

Obter as respostas desejadas; refletir o direcionamento da argumentação; provocar empatia.

Perguntas Fechadas

- Apressam a conclusão

- Evitam dispersão

- Levam a conclusão mais rápida.

Perguntas Abertas

- Provocam participação

- Estimulam criatividade

- Promovem interação

- Estimulam a investigação.

Page 15: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

Repetição das palavras do interlocutor com expressão facial e corporal isenta de

qualquer julgamento.

OBJETIVOS:

Confirmar

“O que você está me dizendo é...”.

Corrigir / Redirecionar

“Você afirma...”

“O que me preocupa nisso é”...·.

Interromper

Repetir as 5 últimas palavras com entonação e inflexão semelhantes às do

interlocutor.

Parafraseado

Parafraseado

Page 16: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

I V– A NEGOCIAÇÃO

1. A estrutura da Negociação

TRÍADE BÁSICA: INVESTIGAÇÃO / RESPOSTA / FECHAMENTO

INVESTIGAÇÃO (Foco: A ser utilizada no momento do passo do planejamento do negócio e no passo da sondagem junto ao cliente)

Utilize:

- Pesquisa – incluindo benchmarking

- Questionamento – aberto e fechado

- Leitura não verbal – voz, movimentos, expressões (indicativos de ação e reação durante o processo da venda).

o Considerações gerais

- Sugestão: estabeleça sintonia / espelhamento com o Cliente

- Sugestão: ações não verbais (ataque e defesa na negociação focando o estilo pessoal e negociar do Cliente)

RESPOSTA (Foco: reforço da percepção de necessidades detectadas durante o passo da argumentação durante o passo da Exposição abordagem do cliente)

Utilize:

- Argumentação de reforço

- Argumentação de indagação

- Argumentação de correção

o Considerações gerais:

Pratique:

- A arte de transformar características em benefícios

- A demonstração de comprometimento do cliente

- O estabelecimento de parcerias através da venda consultiva

- As técnicas específicas para objeções reais e imaginárias do Cliente (incluindo técnicas de persuasão como a do acordo condicional) apresentados na sequencia.

FECHAMENTO ( Foco: O passo do Fechamento prepara uma alavanca para novas oportunidades)

Utilize:

- Declaração inicial de benefícios (comparada)

- A demonstração final de custo-benefício

Page 17: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

- A promessa final de relacionamento contínuo, fazendo controle e manutenção deste Cliente em todos os aspectos para garantir a alavancagem de novos negócios.

2. O Passo a Passo da Negociação

ROTEIRO PASSO A PASSO

1º PASSO: PLANEJAMENTO (PRÉ-VENDA)

A. Resumo das Informações Existentes

Verificar na ferramenta disponibilizada pela Empresa, os dados existentes sobre o cliente (posturas, estilos, canais de comunicações, particularidades) e seu negócio (informações sobre as atividades propriamente ditas, desempenho passado e atual da empresa ou pessoa física no mercado, perspectivas).

B. Resumo dos Contatos Anteriores

Definir de forma objetiva o “potencial”, “o real” e o “esperado” desse cliente, baseado em contatos anteriores. Utilizar também as informações sobre esses contatos e possíveis especificidades do cliente ou do seu relacionamento com a empresa.

C. Comparação entre “Potencial” e “Realizável”

Checar as informações e enquadrá-las nas suas estratégias de negócio. Traçar um “plano inicial” para o cliente, adicionando às necessidades já detectadas as presumíveis pelos dados que se possui.

D. Dados sobre Produtos

- Conhecer profundamente os produtos a serem oferecidos aumenta sensivelmente as chances do profissional efetuar a venda.

- É importante se aprofundar nos detalhes, nos diferenciais e acima de tudo “combiná-los” de tal forma a poder oferecê-los de forma complementar a outra oferta (abrangência).

2º PASSO: ABORDAGEM (ABERTURA + SONDAGEM)

A. ABERTURA

Abra Caminho com suas Perguntas

- Pode significar abrir uma brecha nas defesas do cliente e passar por ela sua argumentação. Pode ser também romper barreiras pessoais através de atitudes que provoquem sintonia.

- Utilize as técnicas comportamentais e de neurolinguística, já sugeridas, para promover a aproximação com o cliente (Exemplo: Estilos e Canais).

-

Page 18: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

- É importante estabelecer um laço de credibilidade que se transformará em confiança com o decorrer da venda.

- Tudo isso é possível se você também estiver “aberto” ao contato. Aprende-se muito com cada situação vivida, com cada cliente atendido, com cada conflito resolvido.

- Chamado também de quebra-gelo ou aquecimento, nessa fase não se deve oferecer, e sim, montar estratégia para a exposição.

B. SONDAGEM

- Só ouvindo conseguimos entender.

- Já mencionamos isso no módulo de Comunicação e sugerimos uma série de técnicas para facilitar a “audição inteligente”. Ponha tudo em prática ao sondar seu cliente.

- Utilize o máximo de perguntas abertas e quando quiser confirmar, parafraseie e/ou faça perguntas fechadas.

- Dê a cada resposta o estímulo / feedback mais adequado ao estilo do cliente que está atendendo para incentivá-lo a confiar em você e em seu produto.

Faz parte dessa “audição inteligente” mensurar até mesmo o valor dos produtos a serem oferecidos - “ouça” o que ele pretende pagar / investir nesse produto, compare com o que ele já pagou / investiu no passado e planeje suas ofertas. Elas devem ser sempre orientadas para cima.

- Evite posturas desgastadas e frases feitas já antigas. Cuidado também para não tentar ser simpático ao invés de empático, pois como já vimos isso pode redundar em antagonismo.

- O melhor é sempre questionar, deixar o cliente falar e não tomar posições das quais não possa “escapar”...

- Por último lembre-se: crie várias frases, comentários ou perguntas para os diferentes estilos de clientes, de diferentes áreas de atuação.

- É mais seguro e você não se sentirá compelido a “inventar alguma coisa” quando o clima não estiver tão relaxado!

3º PASSO - EXPOSIÇÃO

Você se planejou, organizou, checou os dados, comparou informações. Depois, frente ao cliente, criou um ambiente de sintonia que lhe permitiu a abertura necessária para sondar as necessidades, possíveis dificuldades, e até o que estava “escrito nas entrelinhas...

Page 19: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

A SISTEMÁTICA DA EXPOSIÇÃO

Criar uma declaração inicial impactante para o estilo do cliente a ser conquistado;

Desenvolver uma linha de argumentação pertinente a esse estilo e que contemple todas as quantificações e clarificações necessárias;

Para cada clarificação mais importante, demonstre um benefício;

Nenhuma demonstração dentro da exposição deve ser apenas circunstancial: cada uma deve ser uma alavanca para “aguçar” o desejo do cliente;

Utilizar a linguagem adequada para cada estilo e utilizar a técnica do parafraseado ao final de blocos definidos de informação. Para cada grande bloco, um resumo final ou parafraseado. (Não banalize esse recurso sob pena de parecer crítico);

Criar uma declaração final que seja um fecho para sua exposição (pode ser inesperado, motivacional, emotivo etc.). (Trabalhe em várias aberturas e fechamentos que podem ser montadas a partir das coisas que você goste de fazer, leituras preferidas, jogos etc.);

TRATATIVAS PARA OBJEÇÕES

TÉCNICA DO ACORDO CONDICIONAL

1. Identificar os valores que os clientes “escondem” atrás das suas preferências ou negativas - aceitações x objeções

2. Negociar algo dentro dos critérios do Cliente (critério espelha valores/crenças).

Conseguir SEMPRE uma abertura para argumentar/negociar (é criada uma condição para prosseguimento).

Tratamento da Técnica

a) Utilizar posturas e canais adequados para iniciar argumentação inquisitiva.

Não questionar “o porquê” da objeção do cliente. ATENÇÃO: NÃO SUBSTITUA “O QUE” PELA VARIÁVEL “POR QUE”. Ela deflagra no cérebro a área de valores pessoais e a resposta pode ser imediata e negativa.

b) Questionar sempre a causa de uma provável objeção através das perguntas “o que leva você...”, “o que faz com que você...”, para obter como resposta o critério que se esconde atrás dessa objeção manifestada.

c) Uma vez identificado o critério propor um acordo viável.

d) Repetir o processo a cada nova objeção.

Page 20: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

DESCOBRINDO O “POR QUE” DA OBJEÇÃO

Pode ser que o cliente não tenha “entendido” sua argumentação.

Se o obstáculo for em relação ao produto (especificidade, prática, custo etc.) recorra ao seu conhecimento para utilizá-lo como alavanca para escolha mais abrangente.

O mais importante é ouvir e perguntar adequadamente para poder descobrir razões e montar estratégias.

4º PASSO – CONCLUSÃO (FECHAMENTO DA VENDA)

a) Conclusão Parcial

Vários autores que escrevem sobre varejo concordam que esse é um momento “perigoso”. “Testar o cliente” pode trazer vantagens para a qualidade da negociação ou pode pôr a perder, se não for bem feito.

Se até agora todos os passos tiverem sido percorridos, as chances de concluir positivamente o negócio são enormes.

Nessa etapa é importante constar:

O parafraseado com as linhas gerais de características já transformadas em benefícios ligados diretamente ao resultado que se espera. Isso funciona como resumo final e deve conter o principal diferencial usado para a negociação.

Um procedimento vantajoso é utilizar nesse fechamento o fator “abrangência”: sugerir “a mais” para que no mínimo seja vendido o que se planejou...

Assim também com produtos em geral é preciso ter alternativas abrangentes que “valorizem a alternativa principal”. Daí a importância de conhecer os produtos e seus diferenciais profundamente!

b) Conclusão Final (fechamento)

Segundo pesquisa feita nos EUA, atualmente de cada 100 atendimentos feitos no varejo pelos vendedores, as seguintes estatísticas foram observadas:

- 20% das vezes os clientes dizem “eu vou levar” por sua própria conta.

- 20% das vezes é o vendedor que fecha a venda.

- 60% não é feita nenhuma tentativa de fechamento por parte do vendedor!

Page 21: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

Atribui-se ao não cumprimento dos passos anteriores o não fechamento da venda que tem o seu produto não percebido como necessário pelo cliente.

Utilize o parafraseado com as linhas gerais de características já transformadas em benefícios ligados diretamente ao resultado que se espera. Isso funciona como resumo final e deve conter o principal diferencial usado para a venda.

Exemplo: ao sugerir uma aplicação de maior risco para um cliente conservador, é bom que de forma objetiva, porém sutil, se inclua essa informação no resumo final. Se já tiver obtido dele o fechamento em cima de uma expectativa de rentabilidade inviável ou até mesmo impossível, ele pode retornar como um “bumerangue” para reclamar que foi lesado.

Prepare-se para criar frases ou assertivas de impacto, explorando:

A impulsividade do cliente mais emocional.

A necessidade de apoio do comprador emotivo tornando-se seu “consultor”, sugerindo e esclarecendo.

O histórico do produto / sucesso, credibilidade e satisfação obtidos em vendas passadas, além da solidez do nome da empresa no mercado.

O inusitado, o diferente, o especial que aquela escolha sugere (para pessoas criativas e diferenciadas).

Tudo isso, claro, junto aos diferenciais de preço (o melhor, comparado a...) e de tempo (sempre limitado para aquela oferta).

Prepare-se emocionalmente para “ir até o final”. O varejo é caracterizado pela agressividade positiva de seus vendedores. Não há espaço para desânimo ou constrangimentos. Aplique as técnicas de convencimento para os diferentes estilos de comportamento, inclusive para o seu próprio...

5º PASSO - (CONTROLE, MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO) (PÓS-VENDA).

Todos nós conhecemos de longa data a afirmação do “custo 5 vezes maior” (Five time cost): a abertura de um novo cliente chega a custar cerca de 5 vezes mais do que a manutenção e desenvolvimento do cliente já conquistado.

Primeiro é preciso controlar a venda que se fez tanto em seus aspectos técnicos (portanto mensuráveis) como em seus aspectos comportamentais (na observação, percepção e no inter-relacionamento).

Normalmente as empresas já têm seu sistema de controle, negócios (vendas, operações, visitas etc.). O que ocorre com muita frequência é que o vendedor brasileiro não tem muita simpatia por formulários e controles. Quando os fazem, geralmente é fora do tempo, forçando dados, deduzindo informações.

Page 22: Técnicas de NEGOCIAÇÃO

Se o controle, ao contrário, estiver sendo feito com a regularidade esperada, ele será seu maior aliado para efetuar a desejada manutenção do cliente.

E manter o cliente pressupõe uma ideia de atualização constante, uma atitude não conformista ou acomodada. Afinal, é criando estratégias de aproximação (como malas diretas em ocasiões especiais, telefonemas periódicos ou visitas ocasionais) que o vendedor desenvolve o potencial do seu cliente. As empresas têm sempre um Marketing desenvolvido para apoiar seus vendedores, mas é preciso utilizá-lo.

Lembre-se que é preciso criar novas combinações de produtos, produtos novos, novas situações, para manter, desenvolver e melhorar a produtividade do relacionamento dos seus clientes.

Não basta manter clientes: é preciso desenvolver cada vez mais suas potencialidades para gerar uma relação de ganha-ganha para os dois lados do negócio!

V I – FECHAMENTO

O futuro das organizações - e nações - dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente. (Peter Drucker)