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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO Rosa Pinto 2010
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Tecnicas de Comunicacao

Jan 05, 2016

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Ricardo Cabral

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Page 1: Tecnicas de Comunicacao

TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃORosa Pinto 2010

Page 2: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação

Não Verbal Verbal

OlharToqueSilêncioOuvirDistância, posição e tempoOdor e gostoConvite a prosseguir

Estabelecer directrizesTransmitir informaçãoColocar questõesClarificaçãoValidaçãoReflectirColocar em foco a ideia principalRevelação de siConfrontaçãoResumo da interacção

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Técnicas de Comunicação

Podem facilitar as experiências vividas pelos utentes ou bloquear as suas emoções ;-Usadas com intenção profissional de ajuda podem constituir recurso terapêutico;-Pode ser garantia de eficácia do seu uso, tomar consciência do bem ou mal estar que causam ao enfermeiro em determinadas circunstancias ,o clarificar-se o objectivo da sua utilização e a compreensão do significado da sua utilização.

Page 4: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação -Não Verbal

OLHAR-Transmissão e recepção de informações;-Confirma a existência do outro para nós;-Manifesta o nosso interesse, a nossa preocupação ,os nossos

sentimentos ;-A sua utilização depende de factores sócio – culturais , podendo

ter na nossa cultura ,nomeadamente em relação aos adultos,uma conotação sexual , a não ser que legitimada pela profissão que exercemos.

Page 5: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação -Não Verbal

TOQUE-Pode facilitar a experiência vivida pelo utente ou

bloquear as suas emoções;-Dos profissionais de saúde, o enfermeiro é dos que mais

frequentemente o utiliza em variadas situações de prestação de cuidados;

-Permitir a transmissão e obtenção de informações;-Transmitir tranquilidade ;-Mostrar e obter atenção e carinho;-Reforçar o conteúdo verbal das mensagens;

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Técnicas de Comunicação -Não Verbal

-Meio de observação para a obtenção de dados ;-Prestar cuidados como os de higiene;-Levar em conta a influencia de factores culturais na

sua utilização (ajustar-se a factores individuais, familiares sexuais , etc.);

-Pode ter entre outras conotação sexual e invasiva; sentido como ameaçador.

Page 7: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação -Não Verbal

SILÊNCIO-Pode ser usado para ordenar os próprios pensamentos;-Porque não consegue dizer o que sente ou pensa;-Porque se sente envergonhado ou porque espera ser

questionado ;-Porque não ousa falar de assuntos pessoais ;-Por sentir hostilidade por parte do enfermeiro;-Se se prolongar pode causar ansiedade ,pelo que o

enfermeiro deve transmitir ao utente que a palavra não é o único meio de comunicar.

Page 8: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação –Não Verbal

OUVIR-Mais eficaz das técnicas ,uma vez que permite a

recepção e compreensão de mensagens ;-Processo activo que envolve três tipos de informação : o

conceptual ou conteúdo manifesto da mensagem, o afectivo ou sentimentos expressos normalmente veiculados pela comunicação não verbal (tom de voz, hesitações, palavras escolhidas, expressão facial, etc.) e a intenção de ambos os tipos de mensagem.

-Depreende a utilização de outros sentidos além de uma compreensão intelectual e afectiva.

-Depreende feedback.

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Técnicas de Comunicação- Não Verbal

CONVITE A PROSSEGUIR-A utilizar quando os utentes têm necessidade de

reacções tangíveis por parte do enfermeiro , sem no entanto serem interrompidos ;

-Para encorajar a prosseguir a interacção de forma a mostrar interesse pela mensagem do utente , pode: acenar-se com a cabeça de forma ritmada para cima e para baixo ,acompanhado por vezes de expressões como hum…hum…, estou a escutar,…sim…sim…, pois; do silêncio do enfermeiro ou do toque.

Page 10: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação -Não verbal

ODOR Captar informação , saber como é a higiene do utente;

GOSTOAjudar a estabelecer contacto com o ambiente

convidando-o a sentir o aroma da comida (utentes em estado confusional ).

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Técnicas de Comunicação –Não Verbal

DISTÂNCIA e TEMPO-A aproximação ou afastamento do corpo pelo enfermeiro tem

importância, no controle do conteúdo e na qualidade das mensagens trocadas, no comunicar disponibilidade ;

-A distância e duração da interacção influência a qualidade da interacção.

-No contexto dos cuidados de enfermagem , a proximidade pode fazer o utente reportar-se a situações vividas anteriormente e a confrontar-se com pensamentos e sentimentos desagradáveis relacionados com a sua necessidade de dependência , medo de ser visto despido , hábitos de higiene , obesidade, etc.

Page 12: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação –Não Verbal

Distâncias conforme a finalidade da interacção:íntima , social e pública.

-Íntima : mantida a aproximadamente 45cm ,podendo a presença ser sentida como ameaçadora. Distância a que cuidamos de alguém , reconfortamos ou protegemos (ex : dar banho na cama).

-Social: mantida entre aproximadamente 1.20m e 2.10m.A esta distância o contacto físico não épossível e a percepção de sinais de comunicação não verbal é difícil mas permite uma melhor visão global da pessoa. Distância a que conversam enfermeiro e utente quando aquele está aos pés da cama deste .

-

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Técnicas de Comunicação –Não Verbal

-A esta distancia trocam-se mensagens de cariz essencialmente profissional , como é o caso do enfermeiro perguntar ao utente como passou a noite ou se ainda tem dores.

-Pública: mantida entre 3.60 e 7.50;é a distância adoptada pelo enfermeiro quando fala da porta da enfermaria com o utente que está deitado nas camas mais afastadas , chama o utente para a consulta , etc. A troca de mensagens só é possível em voz alta e édifícil apercebermo-nos da linguagem não verbal.

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Técnicas de Comunicação-Verbal

ESTABELECER DIRECTRIZES-Técnica a utilizar no início de uma interacção, ajudando o utente a saber

o que se espera dele; uma espécie de introdução, o estabelecer de um propósito, podendo incluir resumos para lembrar interacções passadas.

TRANSMITIR INFORMAÇÃO-Com o objectivo de esclarecer o utente, pode ser fornecida por iniciativa

própria ou como resposta a questões colocadas por aquele.-Ao fornecer informação reconhece-se ao utente o direito de ser

esclarecido sobre diversos assuntos para que faça a sua escolha e, em conjunto com o enfermeiro planeie cuidados de enfermagem. A informação tem de ser entendida pelo utente e como tal adaptada ásua idade, escolaridade, etc.

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Técnicas de Comunicação -Verbal

COLOCAR QUESTÕES-Associadas por vezes a figuras de autoridade (pais, professores, etc.)

podem constituir ameaça para o utente . As questões formuladas de acordo com objectivos como o de explorar um assunto importante , obter informações novas, fazer repetir o que foi mal entendido, etc., podem ser abertas, fechadas, directas, indirectas, etc.

-As questões abertas encorajam a fornecer o máximo de informação e como consequência a manifestar emoções, o que permite dar maior ênfase ás necessidades do utente. As fechadas, colocam o utente numa situação de passividade, restringindo a escolha das respostas e são geralmente utilizadas para focar um aspecto específico. As indirectas permitem liberdade de resposta e as directas implicamrespostas precisas.

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Técnicas de Comunicação-Verbal

CLARIFICAÇÃO-Constitui um esforço para perceber a mensagem do utente através de

pedido de esclarecimentos adicionais, descrever termos incomuns,precisar o agente da acção, descrever acontecimentos por ordem lógia.

VALIDAÇÃO-É o repetir ao utente o que o enfermeiro acredita que é o assunto ou

ideia principal que o utente quer expressar, o que lhe permite transmitir o seu interesse e audição activa, assim como obter da sua parte confirmação do entendimento da sua mensagem .Diz-se validação consensual quando se chega a um acordo sobre o significado de termos específicos.

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Técnicas de Comunicação-Verbal

REFLECTIR-Devolução ao utente das suas ideias, sentimentos, perguntas,

para que ele próprio as explore e enfrente a situação. O enfermeiro dá assim a entender ao utente que as suas opiniões, ideias e sentimentos é que são importantes, constituindo ele o foco da interacção.

-Devolver questões pode ser uma forma de lhe atribuir um papel activo no processo de cuidar. A competência do enfermeiro traduz-se na forma como orienta para a identificação de respostas ás suas necessidades, devendo para tal, saber distinguir entre a necessidade de informar o utente ou ajudá-lo a perceber a sua situação e tomar ele próprio as suas decisões.

Page 18: Tecnicas de Comunicacao

Técnicas de Comunicação-Verbal

REFLEXO SIMPLES-Repetir as ultimas palavras do utente (sublinhando

um ou mais aspectos do conteúdo comunicado).

REFORMULAÇÃO DE SENTIMENTOS-Verbalização por parte do enfermeiro de

sentimentos que o utente comunica, com expressões como “o que me é dado a entender …” “o que eu compreendo do que me diz…”

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Técnicas de Comunicação-Verbal

COLOCAR EM FOCO A IDEIA PRINCIPAL-Permite ao utente expandir-se ou desenvolver um tópico

importante. O enfermeiro pode utilizar frases como”isto parece importante para si…”;

REVELAÇÃO DE SI-É a informação do enfermeiro ao utente do que se passa

com ele próprio, para que o utente perceba o significado de alguns dos seus comportamentos .

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Técnicas de Comunicação-Verbal

FEED-BACK-Processo Verbal e não verbal que permite ao utente

perceber como é entendido pelo enfermeiro e de comparar esta percepção com a sua. O enfermeiro pode utilizá-la descrevendo ao utente o comportamento verbal e não verbal que este tem e para o qual pretende que ele oriente a sua atenção, evitando conclusões ou julgamentos de valor.

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Técnicas de Comunicação-Verbal

CONFRONTAÇÃO-Colocar ênfase nas contradições , subterfúgios, desculpas, atrás das

quais o utente se esconde, sendo um dos objectivos da sua utilização o apontar das incongruências do utente para o ajudar a desenvolver-se e atingir a maturidade. Por esta razão pode tornar-se ameaçadora se não existir uma relação de confiança.

RESUMO DA INTERACÇÃO-Dar relevo aos elementos essenciais do que é comunicado sobre

diferentes temas abordados .Ajuda a terminar a interacção, revendo o principal do que foi dito(assim como as reacções emocionais que o acompanhou), deixando-se entrever o que se segue, nomeadamente o planear interacções futuras.

-Serve também para mostrar ao utente que o escutámos e entendemos.

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Referências Bibliográficas

Chalifour, J. (1989). La relation d’aide en soìns infìrmiers, une perspectìve-humaniste.Paris:Lamarre,319p.

Lazure, H. (1994). A relação de Ajuda. Lisboa: Lusodidacta. 215p.