Manifestações teatrais pré-vicentinas Religioso: represen tavam-se nas igrejas e ao ar livre, por ocasião do Natal, da Páscoa e do Corpo de Deus. • Mistérios: repr esenta!es com cenas da vida de Cristo. "#: Procissão dos passos. • Milagres: repr esentta!es de cenas da vida de Cristo, de santos e de virgem. "#: $uto %. Martin&o. • Moralidade: representa!es aleg'ricas de de(eitos, )ualidades e tipos psicol'gicos. "#: $uto da $lma. Pro(ano: representavam-s e nos castelos, palácios, cortes *por ocasião de palacianas+ e praas plicas *(estas populares+. • Momos/: divertimentos corteses com a participaão de 0dalgos, encenados por ocasião de réguias *temas de cavalaria+ • $rr emedil&os: declamaão e m1mica cominavam-se para tornar mais atraente a (áula contada pelos jograis. • 2arsas: representaão de situa!es c'micas com intenão sat1rica, para (a3er rir. "ram peas particularmente apreciadas pelo povo. • %otties: reves (arsas simoli3ando tipos e classes sociais. "#: $uto da 4arca do 5n(erno 6 %otties Medievais. • %erm!es urlescos: são mon'logos apresentados por jograis em )ue a 0gura tin&a vestes sacerdotais. Texto dramático vs. Espetáculo teatral 7 te#to dramático, escrito pelo dramatur go, destina-se a ser repr esentado, tornando-se, desta (orma, te#to teatral ou pea de teatro. No entanto, é importante não con(undir texto dramáticocom a sua trans(ormaão em teatrocomo espetáculo *representaão+. Na passagem do te#to para a representaão estão envolvidos aspetos como a encenaão, a entoaão, a m1mica e a e#pressão corporal, a caracteri3aão das personagens, o cenário, etc.
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Religioso: representavam-se nas igrejas e ao ar livre, por ocasião doNatal, da Páscoa e do Corpo de Deus.
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Mistérios: representa!es com cenas da vida de Cristo. "#:Procissão dos passos.• Milagres: representta!es de cenas da vida de Cristo, de santos
e de virgem. "#: $uto %. Martin&o.• Moralidade: representa!es aleg'ricas de de(eitos, )ualidades e
tipos psicol'gicos. "#: $uto da $lma.
Pro(ano: representavam-se nos castelos, palácios, cortes *porocasião de palacianas+ e praas plicas *(estas populares+.
• Momos/: divertimentos corteses com a participaão de
0dalgos, encenados por ocasião de réguias *temas de cavalaria+• $rremedil&os: declamaão e m1mica cominavam-se para
tornar mais atraente a (áula contada pelos jograis.• 2arsas: representaão de situa!es c'micas com intenão
sat1rica, para (a3er rir. "ram peas particularmente apreciadaspelo povo.
• %otties: reves (arsas simoli3ando tipos e classes sociais. "#:$uto da 4arca do 5n(erno 6 %otties Medievais.
• %erm!es urlescos: são mon'logos apresentados por jograis em
)ue a 0gura tin&a vestes sacerdotais.
Texto dramático vs. Espetáculo teatral
7 te#to dramático, escrito pelo dramaturgo, destina-se a serrepresentado, tornando-se, desta (orma, te#to teatral ou pea deteatro.
No entanto, é importante não con(undir texto dramático com a suatrans(ormaão em teatro como espetáculo *representaão+.
Na passagem do te#to para a representaão estão envolvidos aspetoscomo a encenaão, a entoaão, a m1mica e a e#pressão corporal, acaracteri3aão das personagens, o cenário, etc.
8il 9icente não é um autor da 5dade Média nem tão pouco um autormoderno, situa-se numa 3ona de transião/: (a3 adivin&ar novostempos sem ter assimilado totalmente os ideais do renascimento&umanista.
7 teatro vicentino é representado essencialmente em sal!es,palácios, capelas, igrejas e mosteiros.
ma das caracter1sticas das oras de 8il 9icente é o recurso apersonagens-tipo. $s suas personagens não são individuais, isto é,representam sempre um grupo, uma classe social, uma pro0ssão.Desta (orma, são uma s1ntese dos de(eitos e virtudes desses grupos.
$ssim, 8il 9icente satiri3ava a sociedade, sem atacar diretamentealguma pessoa em particular.
Nem por serem tipos sociais estas personagens dei#am de serindiv1duos vivos, de impressionante presena.
7s tipos vicentinos arangem o conjunto da sociedade portuguesa dasua época. Na ase está o campon;s pelado/ por 0dalgos e clérigos,a cuja vo3 8il 9icente dá acentos comoventes. No cume estão osclérigos de vida (olgada e os 0dalgos presunosos e vãos, )ue vivem,uns e outros, de con0scar o traal&o al&eio, ajudados pelos &omens
de leis e pelos (uncionários, )ue (aricam alvarás/ em ene(1cio dosseus a0l&ados.
$ e#pressão latina ridendo castigat mores/, )ue signi0ca é a rir)ue se castigam os costumes/, (oi o princ1pio )ue 8il 9icente aplicou< sua sátira 6 através do c'mico, provocando o riso no plico, odramaturgo denuncia os erros de cada classe social.
$s suas oras são como um espel&o/, pois re=ete 0elmente asociedade do séc.>95 e s' são completamente perceidas )uando as
vemos representadas em teatro, sendo esta a componente cénica)ue as valori3a.
7 $njo e o Diao são personagens aleg'ricas. $s restantespersonagens personi0cam classes sociais e comportamentos t1picos,sendo, por isso consideradas personagens-tipo/.
7 auto representa o julgamento das almas &umanas na &ora damorte.
No porto estão dois arrais, um condu3 < 4arca da 8l'ria e outro <4arca do 5n(erno, por onde vão passar diversas almas )ue terão )ueen(rentar uma espécie de triunal, de(ender-se e en(rentar osargumentos do $njo e do Diao )ue surgem como advogados deacusaão.
$través da ril&ante metá(ora do triunal, 8il 9icente p!e a nu os
v1cios das diversas ordens sociais e denuncia a podridão/ dasociedade. $ssim, a grande maioria das almas. Eoane 0ca no caispor)ue não é responsável pelos seus atos e o Eudeu vai a reo)ue daarca por)ue, não se identi0cando com a religião cat'lica, não tentaemarcar na arca da gl'ria e é recusado pelo diao.
$penas os Fuatro Cavaleiros vão emarcar diretamente na 4arca da8l'ria por)ue se entregaram em vida aos ideais do Cristianismo naluta contra os mouros. $o de0nir este percurso para cada uma dasalmas, 8il 9icente tin&a por certo o ojetivo de (a3er desta ora
aleg'rica um auto de moralidade, através do )ual o 4em (ossecompensado e o Mal castigado.
(nter)eiç#o é uma palavra e locuç#o interjetiva umae#pressão, amas de caráter sugestivo, usadas para tradu3irsentimentos, emo!es, rea!es de maneira espontnea. $sinterjei!es e locu!es interjetivas são usadas (re)uentemente nas(rases de tipo e#clamativo e com ponto de e#clamaão.
7 portugu;s provém do latim, l1ngua )ue se (alava na região do ácio,
cuja capital era Roma. 7s romanos através das suas con)uistasconstru1ram um grande império, levando a )ue muitos povoscon)uistados, passassem a (alar o latim.
No séc. 555 a.C. os romanos con)uistaram tamém a pen1nsula iérica.Como os soldados )ue ocupavam os territ'rios con)uistados eram)uase todos incultos e iletrados, o latim )ue (alavam era o latim
vulgar - usado por pessoas com pouca instruão 6 e portanto muitodi(erente do latim usado pelas pessoas mais cultas, o latim erudito.
atim vulgar: latim (alado pelos soldados e pelo povo *palavras )ue
so(rem mais trans(orma!es. "#: $triumGadre+.
atim erudito: latim usado pelas pessoas mais cultas *palavras )ueso(rem menos altera!es. "#: $troiumGátrio+.
2oi através do latim vulgar, )ue se ia espal&ando pelas terrascon)uistadas pelos romanos e misturando com as l1nguas já (aladasnesses locais, )ue algumas l1nguas (oram nascendo.
$ l1ngua atual, não é s' constitu1da pelo atim. Fuando os romanoscon)uistavam um novo territ'rio, nele já &aitavam outros pr'prios
)ue já tin&am a sua pr'pria l1ngua. "stes passavam a misturar a sual1ngua com o latim vulgar, tendo origem as di(erentes l1nguas. Maistarde, outros povos c&egaram a esses territ'rios, tra3endo tamém assuas in=u;ncias. $ssim, a l1ngua )ue &oje (alamos, é constru1da porvárias camadas, ou estratos.
7 latim vulgar esteve na origem da l1ngua portuguesa.
Mas, durante o século >95, o século do Renascimento, em )ue se
procurou imitar a civili3aão greco-latina, adotaram-se palavras novasretiradas diretamente do latim erudito ou clássico.
Di3-se então )ue estas palavras, as )uais entraram tardiamente nal1ngua portuguesa e )ue, por isso, so(reram poucas altera!es,c&egaram por via erudita.
$s palavras )ue entraram por via erudita estão, normalmente, maispr'#imas do étimo latino por)ue não so(reram tantas evolu!es.
Palavras convergentes *palavras &om'nimas+: é uma palavra)ue se escreve e )ue se l; de (orma igual, mas de signi0cadodi(erente, )ue provém de dois étimos latinos de (ormas di(erentes.
"#emplos:
%anum Rivu
são rio
%unt Rideo
Palavras divergentes: são palavras )ue se escrevem e leem de(orma di(erente, mas de signi0cados iguais, )ue provém do mesmoétimo latino *via erudita e popular+.