TATUAGEM DE CADEIA (A MARCA DO CRIMINOSO) SUBTEN PMDF ASSIS ARAÚJO CIA DE PATAMO ANO: 2010 História Em 1920, foi inaugurado em São Paulo, o maior complexo presidiário da América Latina, a Casa de Detenção (Carandiru). Naquela época, o médico psiquiatra do presídio, Moraes Mello, resolve por conta própria criar uma seção de criminologia catalogando as tatuagens dos presos, seus desenhos e significados e acaba se apaixonando por um tema que viria a se tornar fixação na sua vida: as tatuagens dos presidiários. É claro que com o passar dos tempos algumas tatuagens caíram em desusos ou adquiriram outros significados. Contudo, não fugindo a regra do passado, as atuais tatuagens de cadeia delatam no mesmo sentido os traços da personalidade do criminoso. INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DE UMA TATUAGEM DE CADEIA Se já esteve preso. Se é um foragido da justiça. O crime que cometeu. Seu grau de periculosidade. Preferência sexual Especialidade no mundo do crime. No sistema prisional brasileiro ou de qualquer país, os detentos se tatuam para mostrar a facção á qual pertencem, os crimes que cometeram. As tatuagens não são feitas para enfeitar ninguém, elas revelam quem é o preso, o crime que praticou e o que se deve sentir por eles, seja medo, ódio ou desprezo. Na verdade, as tatuagens de cadeia são uma forma de comunicação dos presos em assuntos que não gostam de comentar e só quem está integrado a esse “meio marginal” flagra tais informações. As tatuagens dentro dos presídios são realizadas sem um mínimo de cuidado com a saúde e higiene, e com riscos de contaminação pela AIDS e hepatite. Nas penitenciárias brasileiras, os presos “detentuadores” constroem seus próprios instrumentos de tatuagem. As engenhocas são fabricadas de forma artesanal, com a utilização de prego, pedaço de arame, clips, agulhas, madeira etc., e para dar cor aos traços, utilizam as tintas de caneta esferográfica comum: verde, azul, preta e vermelha. 80 ANOS ATRÁS MUSEU DA TATUAGEM DE CADEIA/SP
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TATUAGEM DE CADEIA
(A MARCA DO CRIMINOSO)
SUBTEN PMDF ASSIS ARAÚJO
CIA DE PATAMO
ANO: 2010
História
Em 1920, foi inaugurado em São Paulo, o maior complexo presidiário da América
Latina, a Casa de Detenção (Carandiru). Naquela época, o médico psiquiatra do
presídio, Moraes Mello, resolve por conta própria criar uma seção de criminologia
catalogando as tatuagens dos presos, seus desenhos e significados e acaba se
apaixonando por um tema que viria a se tornar fixação na sua vida: as tatuagens dos
presidiários. É claro que com o passar dos tempos algumas tatuagens caíram em desusos
ou adquiriram outros significados. Contudo, não fugindo a regra do passado, as atuais
tatuagens de cadeia delatam no mesmo sentido os traços da personalidade do criminoso.
INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DE UMA
TATUAGEM DE CADEIA
Se já esteve preso. Se é um foragido da justiça. O crime que cometeu. Seu grau de
periculosidade. Preferência sexual Especialidade no mundo do crime.
No sistema prisional brasileiro ou de qualquer país, os detentos se tatuam para mostrar a
facção á qual pertencem, os crimes que cometeram. As tatuagens não são feitas para
enfeitar ninguém, elas revelam quem é o preso, o crime que praticou e o que se deve
sentir por eles, seja medo, ódio ou desprezo. Na verdade, as tatuagens de cadeia são
uma forma de comunicação dos presos em assuntos que não gostam de comentar e só
quem está integrado a esse “meio marginal” flagra tais informações.
As tatuagens dentro dos presídios são realizadas sem um mínimo de cuidado com a
saúde e higiene, e com riscos de contaminação pela AIDS e hepatite. Nas penitenciárias
brasileiras, os presos “detentuadores” constroem seus próprios instrumentos de
tatuagem. As engenhocas são fabricadas de forma artesanal, com a utilização de prego,
pedaço de arame, clips, agulhas, madeira etc., e para dar cor aos traços, utilizam as
tintas de caneta esferográfica comum: verde, azul, preta e vermelha.