Suzana Kahn Ribeiro e Andrea Souza Santos (Eds.) sistema de transporte mais sustentável que, inclui não apenas novas tecnologias, tanto de veículos como combustíveis e infraestrutura, mas também novas práticas e padrões de consumo. Faz-se necessário a definição de políticas que privilegiem a eficiência energética e melhor uso dos recursos na- turais em todos as atividades urbanas, tais como medidas restritivas como pedágio urbano, nível mínimo de eficiência dos veículos, equipamentos e novas construções, apoio ao uso de energia renovável, entre outras. Medidas de incentivo também são bem-vindas, tais como: prioridade de circulação para veículos com ocupação completa, redução de impostos para residências e empreendimentos que utilizem energia renovável, por exemplo. O sucesso dessas medidas implica em uma mudança de comportamento da sociedade e no possível desbalancea- mento entre o custo individual e o benefício coletivo. Isto significa que para que haja uma difusão de tecnologias mais eficientes e limpas, é necessário que se tenha uma política pública mandatória, como exigência de padrões mínimos de eficiência, taxação entre outros instrumentos econômicos. A transição para uma economia de baixo carbono é inevitável. O mundo indubitavelmente caminha para um período com maiores restrições ambientais. Assim, o planejamento urbano sustentável não poderá ficar defasado do modelo de desenvolvimento do futuro. Há também uma ampla gama de opções de adaptação disponível, mas é necessária uma abordagem mais extensa do que atualmente está ocorrendo para reduzir a vulnerabilidade às mudanças climáticas. Existem barreiras, limites e custos, que não são totalmente compreendidos. Contudo, não agir em adaptação custará muito mais no futuro. O ideal é que as cidades sejam remodeladas e planejadas de acordo com as prioridades existentes, visando torná-las resilientes à mudança climática. Respostas eficazes de adaptação e mitigação dependerão de políticas e medidas em várias escalas: internacio- nais, regionais, nacional e subnacional, apoiando o desenvolvimento de tecnologia, difusão e transferência, bem como, financiamento para respostas às mudanças climáticas. A literatura atual sobre o tema adaptação apresenta exemplos de casos de sucesso de medidas de adaptação em cidades. Essas medidas vão desde o plantio de árvores a obras civis, e estão associadas ao desenvolvimento sustentável das cidades, especialmente em países em desenvolvimento, e a investimentos em uma infraestrutura adaptada para re- sistir aos efeitos das mudanças climáticas. É importante que o planejamento das cidades inclua o conhecimento das vulnerabilidades existentes e riscos as- sociados à ocorrência de eventos extremos climáticos. PBMC Secretaria Executiva / Executive Secretariat Prédio COPPE - Vallourec, Parque Tecnológico Rua Paulo Emídio Barbosa, 485 1º andar - Quadra 8 lote C, Ilha do Fundão CEP: 21941-615 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Telefone: +55 (21) 3733-4121 - http://www.pbmc.coppe.ufrj.br Folder_KPMG_Relatorio1_v3_v1.indd 1 25/11/16 12:23
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Suzana Kahn Ribeiro e Andrea Souza Santos (Eds.) · Folder_KPMG_Relatorio1_v3_v1.indd 1 25/11/16 12:23 O conceito de vulnerabilidade refere-se às condições sociais, ambientais,
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Suzana Kahn Ribeiro eAndrea Souza Santos (Eds.)
sistema de transporte mais sustentável que, inclui não apenas novas tecnologias, tanto de veículos como combustíveis e
infraestrutura, mas também novas práticas e padrões de consumo.
Faz-se necessário a definição de políticas que privilegiem a eficiência energética e melhor uso dos recursos na-
turais em todos as atividades urbanas, tais como medidas restritivas como pedágio urbano, nível mínimo de eficiência
dos veículos, equipamentos e novas construções, apoio ao uso de energia renovável, entre outras. Medidas de incentivo
também são bem-vindas, tais como: prioridade de circulação para veículos com ocupação completa, redução de impostos
para residências e empreendimentos que utilizem energia renovável, por exemplo.
O sucesso dessas medidas implica em uma mudança de comportamento da sociedade e no possível desbalancea-
mento entre o custo individual e o benefício coletivo. Isto significa que para que haja uma difusão de tecnologias mais
eficientes e limpas, é necessário que se tenha uma política pública mandatória, como exigência de padrões mínimos de
eficiência, taxação entre outros instrumentos econômicos.
A transição para uma economia de baixo carbono é inevitável. O mundo indubitavelmente caminha para um período
com maiores restrições ambientais. Assim, o planejamento urbano sustentável não poderá ficar defasado do modelo de
desenvolvimento do futuro.
Há também uma ampla gama de opções de adaptação disponível, mas é necessária uma abordagem mais extensa do
que atualmente está ocorrendo para reduzir a vulnerabilidade às mudanças climáticas. Existem barreiras, limites e custos, que
não são totalmente compreendidos. Contudo, não agir em adaptação custará muito mais no futuro. O ideal é que as cidades
sejam remodeladas e planejadas de acordo com as prioridades existentes, visando torná-las resilientes à mudança climática.
Respostas eficazes de adaptação e mitigação dependerão de políticas e medidas em várias escalas: internacio-
nais, regionais, nacional e subnacional, apoiando o desenvolvimento de tecnologia, difusão e transferência, bem como,
financiamento para respostas às mudanças climáticas.
A literatura atual sobre o tema adaptação apresenta exemplos de casos de sucesso de medidas de adaptação em
cidades. Essas medidas vão desde o plantio de árvores a obras civis, e estão associadas ao desenvolvimento sustentável
das cidades, especialmente em países em desenvolvimento, e a investimentos em uma infraestrutura adaptada para re-
sistir aos efeitos das mudanças climáticas.
É importante que o planejamento das cidades inclua o conhecimento das vulnerabilidades existentes e riscos as-
sociados à ocorrência de eventos extremos climáticos.
PBMC Secretaria Executiva / Executive Secretariat
Prédio COPPE - Vallourec, Parque Tecnológico
Rua Paulo Emídio Barbosa, 485 1º andar - Quadra 8 lote C, Ilha do Fundão