COLÉGIO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA – CEI CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM TURMA 09 SÍNDROMES HEMORRÁGICAS: GINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICAS Profª Enf. Cíntia Maria Rodrigues Especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - Unyleya Mestre em Fisiologia Humana – UFVJM Doutoranda em Enfermagem – EERP/USP
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SÍNDROMES HEMORRÁGICAS: GINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICAS
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COLÉGIO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA – CEI
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
TURMA 09
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS:GINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICAS
Profª Enf. Cíntia Maria Rodrigues
Especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - Unyleya
É um tumor benigno que se desenvolve a partir de tecidoplacentário (células trofoblásticas) em fases precoces de umagravidez em que o embrião não se desenvolve normalmente.
GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
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Abortamento
Abortamento é a interrupção da gravidez até a 20ª-22ª semanae com produto da concepção pesando menos que 500g.Aborto é o produto da concepção eliminado no abortamento.
São várias as causas de abortamento, contudo, na maioria dasvezes, a causa permanece indeterminada.
Muitas gestações são interrompidas por decisão pessoal damulher.
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AbortamentoDeve-se oferecer a todas as mulheres exames para classificaçãosanguínea, e administrar imunoglobulina anti-D naquelas Rhnão sensibilizadas, teste sorológico para sífilis e pesquisa do HIV.
Abortamento precoce: até 13 semanas;Abortamento tardio: entre 13 e 22 semanas;
Diagnóstico: clinicamente e através da ultrassonografia.
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O SUS garante o direito a todas as mulheres deinterromper uma gravidez decorrente deestupro, risco de vida materna ou em gestantesportadoras de fetos com anencefalia (semdesenvolvimento do cérebro).O atendimento às mulheres vítimas de violênciasexual e ao aborto legal, é realizado por umaequipe multiprofissional, treinada eespecializada.
Aborto Previsto em Lei:
O Código Penal de 1940 estabelece que arealização do aborto SOMENTE PODERÁ SERREALIZADA DENTRO DOS ASPECTOS LEGAIS(respeitando a Lei) nos casos de:
• Estupro• Risco de morte da mãe
• Gestantes portadoras de fetos com anencefalia (sem cérebro, incompatíveis com a vida)
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Classificação - manual de Atenção Humanizada ao Abortamento(BRASIL, 2010):1. AMEAÇA DE ABORTAMENTO2. ABORTAMENTO COMPLETO (menos de 8 sem)3. ABORTAMENTO INEVITÁVEL/INCOMPLETO4. ABORTAMENTO RETIDO5. ABORTAMENTO INFECTADO6. ABORTAMENTO HABITUAL7. ABORTAMENTO ELETIVO PREVISTO EM LEI
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Placenta préviaÉ a implantação da placenta, inteira ou parcialmente, no segmentoinferior do útero, a partir da 22ª semana.
Classificada de três maneiras, de acordo com sua posição em relaçãoao colo do útero:• Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem atingi-lo• Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo• Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno docolo do útero
ATENÇÃO: Três tipos, de acordo com os tratados de obstetrícia: total,parcial e marginal;
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Placenta prévia
Diagnóstico clínico e ultrassonográfico (melhor e mais simples
método para diagnóstico);
Quadro clínico:
- Sangramento indolor;
- Autolimitado;
- Final do segundo e início do terceiro trimestre;
- Presença de sangramento sentinela.
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Placenta prévia
Obs: Sangramento sentinela: É um sangramento que ocorreentre a 26º e 28º semana de gestação – sangramentointermitente e abundante, de coloração vermelho vivo, comnecessidade de internações e transfusões frequentes.
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Exame físico na suspeita de placenta prévia• Sinais vitais;• Palpação abdominal;• Medida da altura uterina;• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais;• Exame especular cuidadoso;• Não realizar toque vaginal até se conhecer a localização exatada placenta.o Ultrassonograo Ecodopplero Ressonânciao Exames laboratoriais: hematócrito e hemoglobina, tipagemsanguínea e coagulograma.
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Conduta• Expectante: para gestantes sem sangramento ativo e fetoprematuro. Não precisa de hospitalização; Não ter relaçõessexuais; Corticoterapia e suplementação de ferro. Nas Rh-,administrar imunoglobulina anti-D quando ela apresentarsangramento. Tocolíticos apenas nos casos em que não hácomprometimento hemodinâmico.
• Não expectante - Parto – se no termo ou próximo ao termo ecom sangramento. OBS: precisa de sangue disponível para oprocedimento.
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Descolamentoprematuro deplacenta:
É a separação daplacenta antes donascimento dofeto, em gestaçãode 22 ou maissemanas. Pode serparcial ou total.
Descolamento prematuro de placenta:Classificação de SHER:
Grau 1: Sangramento genital discreto sem hipertonia uterinasignificativa. Vitalidade fetal preservada. Sem repercussõeshemodinâmicas e coagulopatia. Geralmente diagnosticado nopós-parto com a identificação do coágulo retroplacentário.Grau 2: Sangramento genital moderado e contrações tetânicas.Presença de taquicardia materna e alterações posturais dapressão arterial. Alterações iniciais da coagulação com quedados níveis de fibrinogênio. Batimentos cardíacos fetaispresentes, porém com sinais de comprometimento devitalidade.
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Descolamento prematuro de placenta:Classificação de SHER:
Grau 3: Sangramento genital importante com hipertoniauterina. Hipotensão arterial materna e óbito fetal.Grau 3A : Sem coagulopatia instalada.Grau 3B: Com coagulopatia instalada.
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Principais fatores de risco para o DPP:• Hipertensão (gestacional ou preexistente);• Rotura prematura de membranas ovulares;• Cesariana prévia;• Tabagismo;• Idade materna avançada;• Uso de drogas (álcool, cocaína e crack);• Condições que causem sobredistensão uterina;• Trauma (automobilístico, trauma abdominal direto);• DPP em gestação anterior;• Amniocentese, cordocentese.
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Quadro clínico:•Dor abdominal;•Persistência da dor entre as contrações no trabalho de parto;•Sangramento genital de quantidade variável;•História de hipertensão;•Pesquisar presença de outros fatores de risco.
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Exame físico no DPP:
• ABC da reanimação: vias aéreas pérvias, padrões derespiração e circulação;• Sinais vitais: observar taquicardia e alterações posturais dapressão;• Exame obstétrico: medida de altura uterina, BCF, hipertoniauterina;• Monitoração fetal: padrão não tranqüilizador;• Palpação abdominal: contração tetânicas.
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Descolamento prematuro de placenta:Exames laboratoriais:
• Hemograma com contagem de plaquetas;• Tipagem sanguínea ABO Rh;• Coagulograma;• Exame de rotina para doença hipertensiva se apropriado.
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Síndromes Hemorrágicas
QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NAS SÍNDROMES HEMORRÁGICAS?
QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NAS SÍNDROMES HEMORRÁGICAS?
Os cuidados com as síndromes hemorrágicas são esses:
•Todos que estão envolvidos no atendimento de uma paciente comhemorragia têm um papel fundamental. Todos têm que estarparticipativos. Normalmente a liderança do grupo ocorre por quemestá manejando a hemorragia.
•O técnico de enfermagem pode ser responsável por:
• Garantir um acesso venoso calibroso, pego oportunamente e comhabilidade;
•Contribuir ao viabilizar os insumos em tempo hábil, assim como osresultados de exame.
UM GRUPO DE APOIO COM TÉCNICOS DE ENFERMAGEM PREPARADOS É ESSENCIAL PARA O MANEJO DESSAS PACIENTES.
QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NAS SÍNDROMES HEMORRÁGICAS?
Os cuidados com as síndromes hemorrágicas são esses:•Cuidado com os sinais vitais (SSVV);•Evitar hipotensão, elevando os membros da paciente;•Aumentar o volume de líquido oferecido;•Fazer a massagem uterina;•Administrar as medicações prescritas;•Evoluir (anotar no prontuário) todos os acontecimentos e ficar em observação constante.