ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA MCU ABERTO NO INSTITUTO CENTEC JOSÉ ARISTIDES TIMBÓ CATUNDA FORTALEZA - CEARÁ 2008
Mar 30, 2016
ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA E IMPLANTAÇÃO DO
SISTEMA MCU ABERTO NO INSTITUTO CENTEC
JOSÉ ARISTIDES TIMBÓ CATUNDA
FORTALEZA - CEARÁ
2008
ii
“Algo só é impossível até que alguém
duvide e acabe provando o contrário.”
Albert Einstein.
“Vencedores são aqueles que, com muita
garra, dedicação, confiança e fé na
providência Divina, chegam ao final”. O
autor.
iii
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de comparar e avaliar sistemas de videoconferência, de
acordo com parâmetros relevantes para usuários no momento da escolha de uma
aplicação para facilitar o trabalho de implantação e/ou reaproveitamento de estrutura
de sistemas deste tipo. A relevância do projeto reside na reativação da
videoconferência do Instituto Centec, inoperante por falta de recursos, e no auxílio a
instituições na escolha de equipamentos e meios de comunicação para implantação
desta tecnologia, em crescente desenvolvimento e utilização. Avaliam-se vários
sistemas de videoconferência: de software e de hardware, comparando ferramentas,
aplicativos e meios de transmissão atuais, baseando-se em parâmetros
estabelecidos de acordo com a recomendação ITU-T. Com os resultados deste
trabalho, é possível implementar um sistema totalmente aberto usando a plataforma
Linux e transmissão sobre IP servindo, desta maneira, como referencial para a
reativação do sistema do Instituto Centec e para instituições ou empresas que
queiram implantar o sistema de teleconferência e/ou ensino a distância. Assim,
espera-se contribuir para a reativação do “Projeto Infovias do Desenvolvimento” e
também com a educação e ensino, em regiões pouco acessíveis, e capacitar maior
número de alunos; qualificar a aprendizagem, sem limites de tempo, espaço, idade e
ocupação; incorporar as mais modernas tecnologias de comunicação e compartilhar
saberes de eminentes especialistas de diferentes áreas do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: videoconferência, software livre, qualidade de serviço,
sistemas multimídia, cenários e parâmetros de avaliação.
iv
ABSTRACT
This work has the objective to compare and to evaluate videoconference systems, in
accordance with excellent parameters for users at the moment of the choice of an
application to facilitate to the work of implantation and/or reaproveitamento of
structure of systems of this type. The relevance of the project inhabits in the
reactivation of the videoconference of the Centec Institute, inoperative due to
resources, and in the aid the institutions in the equipment choice and medias for
implantation of this technology, in increasing development and use. Some systems of
videoconference are evaluated: of software and the hardware, comparing tools,
applicatory and half of transmission current, being based on established parameters
in accordance with recommendation ITU-T. With the results of this work, it is possible
to implement a total open system being used the Linux platform and transmission on
IP serving, in this way, as referential for the reactivation of the system of the Centec
Institute and for institutions or companies who want in the distance to implant the
system of teleconference and/or education. Thus, one expects to also contribute for
the reactivation of the “Infovias Project of the Development” and with the education
and education, in little accessible regions, and to enable greater number of pupils; to
characterize the learning, without limits of time, space, age and occupation; to
incorporate the most modern technologies of communication and to share to know of
eminent specialists of different areas of the knowledge.
WORDS KEY: videoconference, free software, quality of service, systems
multimedia, scenes and parameters of evaluation.
v
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 13
1.1 Objetivo Geral.............................................................................................................. 17
1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 17
1.3 Estrutura deste trabalho .............................................................................................. 18
2 SISTEMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA..................................................................... 19
2.1 CONCEITOS DE VIDEOCONFERÊNCIA .................................................................. 19
2.2 SERVIÇOS DE VIDEOCONFERÊNCIA ..................................................................... 21 2.2.1 Comunicação e Cenários ..................................................................................... 23 2.2.2 Facilidades do serviço (Colaboração) .................................................................. 27 2.2.3 Tipos de Sistemas de Videoconferência.............................................................. 30
2.3 PADRÕES PARA TRANSMISSÃO DE VIDEOCONFERÊNCIA ............................... 32 2.3.1 Família H.3xx e padrão H.323.............................................................................. 32 2.3.1.1 Protocolos H.323 .................................................................................................. 38 2.3.2 OpenH323............................................................................................................. 42 2.3.2.1 OpenMCU ............................................................................................................. 43 2.3.3 Protocolo SIP (Session Initiation Protocol) .......................................................... 44 2.3.4 Família MPEG....................................................................................................... 49
3 AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA ..................................... 51
3.1 PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO................................................................................ 51
3.2 SOLUÇÕES BASEADAS EM SOFTWARE (DESKTOP)........................................... 52 3.2.1 Clientes para Videoconferência ........................................................................... 52 3.2.1.1 NetMeeting v3.01.................................................................................................. 52 3.2.1.2 Ekiga (GnomeMeeting)......................................................................................... 54 3.2.1.3 Polycom PVX ........................................................................................................ 57 3.2.1.4 CU-seeMe ............................................................................................................. 60 3.2.1.5 VRVS/EVO............................................................................................................ 62 3.2.1.6 Adobe Acrobat Connect Pro................................................................................. 68 3.2.1.7 Dimdim Web Meeting ........................................................................................... 72 3.2.1.8 ooVoo .................................................................................................................... 77
3.3 SOLUÇÕES BASEADAS EM HARDWARE (SALAS OU ESTÚDIOS) ..................... 81 3.3.1 Terminais para Videoconferência......................................................................... 81 3.3.1.1 Tandberg............................................................................................................... 81 3.3.1.2 Polycom ................................................................................................................ 84 3.3.1.3 Aethra.................................................................................................................... 86 3.3.1.4 Sony ...................................................................................................................... 87 3.3.1.5 VCON .................................................................................................................... 88
3.4 MCUs ........................................................................................................................... 93
4 ESTUDO DE CASO....................................................................................................... 96
4.1 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DE UM GATEKEEPER E OPENMCU NA REDE DE VIDEOCONFERÊNCIA DO CENTEC................................................................................ 96
4.2 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................ 104
5 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS ............................................................ 106
vi
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 109
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ................................................................................. 111
ANEXO A ............................................................................................................................. 114 1. SALAS DE VIDEOCONFERÊNCIA ................................................................... 114
ANEXO B ............................................................................................................................. 122 1. INSTALAÇÃO DO GATEKEEPER E DO OPENMCU ....................................... 122 1.1. Configuração do Gatekeeper ............................................................................. 123 1.2. Configuração do OpenMCU ............................................................................... 125 2. CLIENTES H.323................................................................................................ 125 2.1. Configuração do Ekiga (GnomeMeeting)........................................................... 125 2.2. Configuração do NetMeeting.............................................................................. 129 2.3. Configuração do Polycom PVX .......................................................................... 132
vii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1.1 – Infovias...................................................................................................... 20 Figura 1.2 – Rede de videoconferência do Centec....................................................... 21
Figura 2.1 – Comunicação de alguém para alguém utilizando computadores............. 29 Figura 2.2 – Comunicação de alguém para grupo (sala de reunião) ponto-a-ponto..... 29 Figura 2.3 – Comunicação de grupo para grupo (sala de reunião) ponto-a-ponto....... 30
Figura 2.4 – Comunicação de grupo para grupo (exige MCU) multiponto.................... 31
Figura 2.5 – Comunicação de grupo para alguém (sala de aula) ponto-a-ponto.......... 31
Figura 2.6 – Comunicação de grupo para grupo (sala de aula) ponto-a-ponto............. 32
Figura 2.7 – Quadro digital interativo (whiteboard)....................................................... 33
Figura 2.8 – Câmera auxiliar......................................................................................... 34
Figura 2.9 – Câmera de documentos............................................................................ 34
Figura 2.10 – ImageShare............................................................................................. 35
Figura 2.11 – Sistemas de videoconferência................................................................ 36
Figura 2.12 – Interoperabilidade dos terminais H.323................................................... 39
Figura 2.13 – Equipamento terminal H.323................................................................... 40
Figura 2.14 – Configurações do gateway H.323........................................................... 41
Figura 2.15 – zona H.323 administrado por um Gatekeeper........................................ 41
Figura 2.16 – MCU........................................................................................................ 42
Figura 2.17 – Possíveis localizações do MC e MP no sistema H.323.......................... 43
Figura 2.18 – Suíte de protocolos H.323....................................................................... 44
Figura 2.19 – Suíte de protocolos H.323 em relação ao modelo OSI........................... 47
Figura 2.20 – Modo de presença contínua do OpenMCU............................................. 49
Figura 2.21 – Componentes SIP e funcionamento com proxy...................................... 51
Figura 2.22 – Exemplo de funcionamento SIP.............................................................. 52
Figura 3.1 – Interface do NetMeeting v3.01.................................................................. 59
Figura 3.2 – Ekiga na chamada ponto-a-ponto............................................................. 60
Figura 3.3 – Ekiga na chamada multiponto................................................................... 61 Figura 3.4 – Interface do Polycom PVX 8.0.2 na transmissão ponto-a-ponto.............. 63
Figura 3.5 – Interface do Polycom PVX 8.0.2 na transmissão multiponto.................... 64 Figura 3.6 – Interface do Polycom PVX 8.0.2 na transmissão multiponto.................... 64 Figura 3.7 – Interface do CU-SeeMe na transmissão ponto-a-ponto............................ 66 Figura 3.8 – Interface do CU-SeeMe na transmissão multiponto.................................. 66
Figura 3.9 – Página inicial do EVO................................................................................ 68 Figura 3.10 – Árvore de conexão entre os refletores.................................................... 69
viii
Figura 3.11 – Gráfico de saída de dados na placa de redes do cluster cliente............. 69
Figura 3.12 – Comunicação entre os refletores mundiais............................................. 70 Figura 3.13 – Interface do EVO na comunicação com uso do quadro branco............. 71 Figura 3.14 – Interface do EVO na comunicação de vídeo, voz e chat........................ 72
Figura 3.15 – Interface do EVO na comunicação com a sala de testes........................ 72 Figura 3.16 – “Workshop on virtualization and multi-core tecnologies”......................... 73 Figura 3.17 - Interface do Connect Pro na apresentação em PowerPoint.................... 75 Figura 3.18 - Interface do Connect Pro compartilhando o whiteboard.......................... 76
Figura 3.19 - Interface do Connect Pro interagindo com um participante..................... 76 Figura 3.20 - Interface do Connect Pro interagindo com dois participantes.................. 77 Figura 3.21 - Comparativo entre as três versões do Dimdim........................................ 79
Figura 3.22 - Configuração das preferências para reunião........................................... 80 Figura 3.23 - Página inicial da reunião.......................................................................... 81 Figura 3.24 - Interface do Dimdim na apresentação em PowerPoint............................ 81
Figura 3.25 - Interface do Dimdim no compartilhamento do whiteboard....................... 82 Figura 3.26 – Interface do ooVoo na comunicação multiponto..................................... 83 Figura 3.27 – TANDBERG 990 MPX............................................................................. 87 Figura 3.28 – TANDBERG Centric 1000 MPX.............................................................. 88
Figura 3.29 – TANDBERG 6000 MPX........................................................................... 89 Figura 3.30 – Polycom VSX 7000s................................................................................ 90 Figura 3.31 – Polycom iPower 900................................................................................ 91
Figura 3.32 – Aethra Vega X7....................................................................................... 92 Figura 3.33 – Sony PCS-1............................................................................................. 93 Figura 4.1 – Estrutura atual da rede de videoconferência do Centec........................... 102
Figura 4.2 – Procedimento de conexão entre dois terminais H.323.............................. 104 Figura 4.3 – Interface do GkGUI no monitoramento de dois terminais......................... 107 Figura 4.4 – Interface web para configuração do OpenMCU........................................ 108 Figura 4.5 – Monitoramento do trafego de rede através do Wireshark (Ethereal)........ 108
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Formatos CIF e suas resoluções ................................................................ 45
Tabela 2.2 – SIP x H.323..................................................................................................... 53
Tabela 2.3 – Resolução e largura de banda dos padrões MPEG ................................ 55
Tabela 3.1 – Avaliação do NetMeeting.............................................................................. 58
Tabela 3.2 – Avaliação do Ekiga ........................................................................................ 61
Tabela 3.3 – Avaliação do Polycom PVX 8.0.2................................................................ 63
Tabela 3.4 – Avaliação do CU-seeMe ............................................................................... 65
Tabela 3.5 – Avaliação do EVO.......................................................................................... 71
Tabela 3.6 – Avaliação do Connect Pro............................................................................ 77
Tabela 3.7 – Avaliação do Dimdim. ................................................................................... 82
Tabela 3.8 – Avaliação do ooVoo ...................................................................................... 83
Tabela 3.9 – Comparação das avaliações das soluções testadas............................... 85
Tabela 3.10 – Características dos terminais de videoconferência .......................... 96/97
Tabela 3.11 – Características da MCUs ....................................................................99/100
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ADSL Asymmetric Digital Subscriber Line
AES Advanced Encryption Algorithm
AT&T American Telephone and Telegraph
AGC Controle automático de ganho
ANS Supressão Automática de Ruído
ANSP Academic Network at São Paulo
ASN.1 Abstract Syntax Notation number One
ATM Asynchronous Transfer Mode
B-ISDN Broadband Integrated Services Digital Network
CCIR Consultative Committee on International Radio
Centec Centro de Ensino Tecnológico
CERN European Organization for Nuclear Research
CIF Common Intermediate Format
CODEC Codificador/Decodificador
CVT Centros Vocacionais Tecnológicos
dB-SPL decibéis - Sound Pressure Level
ESP Escola de Saúde Pública
EVO Enabling Virtual Organizations
Fatec Faculdade de Tecnologia do Centec
FCCN Fundação para a Computação Científica Nacional
FTP File Transfer Protocol
GSTN General Switched Telephone Network
IETF Internet Engineering Task Force
xi
ILS Servidores de Localizador de Internet
ISDN Integrated Services Digital Network
ITU-T International Telecommunication Union Telecommunication Standardization sector.
MC Controlador multiponto
MCU Multipoint Control Unit (Unidade de Controle Multiponto)
Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning) é um software livre, de apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual.
MP Processadores Multiponto
MPEG Moving Picture Experts Group
MPL Mozilla Public License
MST Minimal Spaning Tree
N-ISDN Narrowband Integrated Services Digital Network
NAT Network Address Transaltion
NTSC National Television Standard Committee
PAL Phase Alternating Line
PIP Picture-In-Picture
PSTN Public Switched Telephone Network
QCIF Quarter CIF
QoS Quality of Service
RAS Registration, Admission and State
ReMAV Redes Metropolitanas de Alta Velocidade
RFC Request for Comments
RNP Rede Nacional de Pesquisa
RTCP Real Time Control Protocol
RTP Real Time Protocol
SECITECE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior
xii
SIP Session Initiation Protocol
SW56 Switched 56 (Cisco)
TCP Transmission Control Protocol
UDP User Datagram Protocol
UECE Universidade Estadual do Ceará
UFC Universidade Federal do Ceará
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
URI Uniforme Resource Identifier
USP Universidade de São Paulo
VRVS Virtual Rooms Videoconferencing System
1 INTRODUÇÃO
Videoconferência é um assunto amplo, com soluções disponíveis no mercado em
hardware e em software, livres ou proprietárias. Novas tecnologias estão surgindo a
todo instante, pois muito está sendo investido na área, para melhoria dos
equipamentos, em desempenho e qualidade por custo mais acessível.
O Sistema de videoconferência do Instituto Centec é parte do projeto, “Infovias do
Desenvolvimento”, cujo objetivo principal é “proporcionar os meios físicos,
tecnológicos e de pessoal, necessários à implementação do programa de ensino a
distância, do Governo do Estado do Ceará, com ênfase no ensino profissional, em
diversas áreas, contemplando o setor produtivo e de serviços.” (SECITECE, 2001,
p.3). A figura 1.1 mostra a cobertura das Infovias do Desenvolvimento no Estado do
Ceará. Em 2002, implantado o sistema, as salas de videoconferência do Instituto
Centec foram conectadas à sala Master da sede do Centec e da UFC, com links
dedicados ponto-a-ponto V.35 da Telemar. Por serem links de custo muito alto, sem
equipe preparada na produção de conteúdo para transmissões de aulas no ensino a
distância, por falta de recursos e, desta forma, não proporcionar retorno financeiro, o
Governo do Ceará teve que cortá-los desativando o sistema de videoconferência.
Em 2005, o Presidente do Centec conecta apenas três faculdades do interior do
Estado à sala Master da sede do Centec, o que possibilitou as transmissões das
14
aulas do curso de graduação em Administração a Distância, em parceria com a
UFC. Em 2006, inicia o curso da Universidade Aberta do Brasil (UAB), com
paralização, através da videoconferência, no começo de 2007, pois a MCU
(Multipoint Control Unit) da sala Master deixa de funcionar, não mais recuperada por
ser um sistema obsoleto e não possuir peças para reposição.
O layout inicial da rede de videoconferência é mostrado na figura 1.2, composto de
uma sala de transmissão (Máster) conectada à sala Máster da Universidade Federal
do Ceará (UFC) e salas de recepção, 11, nos Centros Vocacionais Tecnológicos
(CVT), 03 nas Faculdades de Tecnologia do Centec (Fatec), 01 na Universidade
Estadual do Ceará (UECE), 01 na Escola de Saúde Pública (ESP) e 01 na UVA
Sobral, para o trânsito de imagem, vídeo, som e texto com interatividade.
A relevância do projeto reside na tentativa de busca de alternativa para reativação
da videoconferência do Instituto Centec e de auxiliar instituições na escolha de
equipamentos e meios de comunicação para implantação de tecnologia em
crescente desenvolvimento e utilização.
Este estudo avalia sistemas de videoconferência de acordo com relevantes
parâmetros para usuários na escolha de uma aplicação, com o intuito de facilitar o
trabalho de implantação e/ou reaproveitamento de estrutura do sistema.
As transmissões de videoconferência, além de links dedicados, vinham utilizando
sistemas baseados no ISDN (Integrated Services Digital Network), hoje, o sistema
está sendo substituído pelos baseados em IP por conta, principalmente, do alto
custo do ISDN e a sua não disponibilidade em muitos lugares.
15
Figura 1.1. Mapa do Estado do Ceará mostrando a localização das várias faculdades de
tecnologia do Centec (Fatec) e a distribuição das principais Infovias, de acordo com o esquema previsto no Projeto Infovias do Desenvolvimento.
Fonte: SECITECE, 2001.
16
Figura 1.2 – Layout inicial da rede de videoconferência do Instituto Centec.
A oferta de cursos de qualidade a alunos que não têm como realizá-los por questões
financeiras, não terem acesso à tecnologia e estarem distantes dos grandes centros,
justifica a reativação das salas de videoconferência, pois atualmente o principal
limite à expansão do ensino a distância por videoconferência ainda reside no
investimento inicial necessário à montagem das salas, é que estrutura já existe,
tanto na sede quanto no interior do Ceará, precisando ser moldada à realidade atual.
Vencidas as barreiras levantadas anteriormente, a videoconferência poderá
alavancar recursos e prestar grande contribuição à sociedade cearense, na
formação do individuo, principalmente no interior do Estado, onde a dificuldade de
aprendizado torna-se maior, por meio de cursos de curta duração e/ou pós-
graduação, de forma a atingir maior público.
Citamos como exemplo, um curso desenvolvido pela Escola de Saúde Pública através da rede de videoconferência do Centec, que
17
apesar da não preparação dos professores para essa nova tecnologia, muito contribuiu para transformar a realidade da população cearense em quase todo o Estado do Ceará no que diz respeito a higiene, prevenções de doenças, primeiros socorros e etc. Melhorando assim a qualidade de vida dessas pessoas carentes e distantes dos grandes centros. (CATUNDA, 2007, p. 19).
No projeto, avaliam-se sistemas de videoconferência fazendo comparação de
ferramentas, aplicativos e meios de transmissão, com base em parâmetros que
estabelecidos de acordo com a recomendação ITU-T (International
Telecommunication Union Telecommunication Standardization sector) e
características importantes para escolha do sistema de videoconferência.
Implementar o sistema aberto de MCU e GateKeeper sobre IP no Instituto Centec.
Os resultados da avaliação são referenciais para instituições ou empresas
interessadas no sistema de videoconferência e/ou ensino a distância.
1.1 Objetivo Geral
Este projeto tem o objetivo de realizar um estudo minucioso, com análise
comparativa dos sistemas de videoconferência existentes no mercado, com a
finalidade de atualizar e reativar o sistema adotado pelo Instituto Centec.
1.2 Objetivos Específicos
Efetuar levantamento de aplicações disponíveis, proprietárias e livres,
selecionadas e avaliadas de acordo com os parâmetros estabelecidos;
Fazer levantamento dos conceitos fundamentais de videoconferência,
características desejáveis, problemas existentes, e considerações sobre o
ambiente dos participantes, salas e cenários;
Analisar ferramentas de videoconferência em suas aplicações, de acordo com
os parâmetros estabelecidos;
Colher e estudar dados que apresentem com clareza o comportamento das
mais diversas mídias e padrões utilizados nos sistemas de videoconferência;
Apresentar resultados conclusivos de avaliação dos sistemas de
18
videoconferência, no mercado, como alternativa para reativação do sistema
do Instituto Centec, a custo bem inferior, com mais qualidade e maior
desempenho pelas novas tecnologias, servindo de referencial para
instituições que desejem implantar o sistema de videoconferência e/ou ensino
a distância;
Implementar o sistema aberto de MCU e GateKeeper sobre IP no Instituto
Centec;
Desencadear ações de formação continuada em rede, que envolvam
Universidades, Secretarias de Educação e Escolas Publicas dos Sistemas de
Ensino;
Revitalizar as Infovias do Desenvolvimento do Governo do Estado do Ceará,
gerando conteúdo para transmissão por videoconferência.
1.3 Estrutura deste trabalho
Esta dissertação está assim estruturada:
O Capítulo 2 apresenta conceitos de videoconferência, características, cenários do
ambiente e visão geral de padrões para transmissão de videoconferência.
O Capítulo 3 traz parâmetros de avaliação, testes e avaliação dos sistemas mais
utilizados em videoconferência, bem como os resultados comparativos da avaliação.
O Capítulo 4 apresenta estudo de caso: Implementação do sistema aberto de MCU
e GateKeeper, no Instituto Centec, configuração de clientes e apresentação e
discussão de resultados.
No Capítulo 5, têm-se as conclusões e recomendação de trabalhos futuros.
2 SISTEMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA
2.1 CONCEITOS DE VIDEOCONFERÊNCIA
A videoconferência não é só um recurso de comunicação entre pessoas na rede:
duas ou mais pessoas, mesmo distantes, podem ver e ouvir umas às outras como se
estivessem no mesmo local. É um sistema de comunicação interativo, com
transmissão simultânea de áudio e vídeo e compartilhamento de informações
viabilizando reuniões de grupos, palestras, debates e ensino a distância, em tempo
real, independente da localização geográfica.
Em abril de 1933, a sede da AT&T fez a primeira videoconferência pública para o
laboratório Bell, na Cidade de Nova Iorque, com microfones e alto-falantes para
transmissão de áudio, enquanto as imagens eram transmitidas e capturadas através
de células fotoelétricas, sob luz azul. A partir disso, teve-se a importância da
presença virtual a fim de encurtar as distâncias. (COOKBOOK, 2005).
Hoje, com alguns padrões em uso, a videoconferência tem avançado e despertado
interesse das pessoas pelas inúmeras vantagens da tecnologia.
20
No meio empresarial, a videoconferência tem proporcionado encontros virtuais entre
grupos administrativos para reuniões extraordinárias e treinamentos de funcionários,
evitando gastos com deslocamentos e estadias.
No meio educacional, a ferramenta tem sido usada como apoio ao ensino e
aprendizagem a distância.
Mendizábal (1998), apud Leopoldino (2001), classifica os sistemas de
videoconferência em dois tipos (Leopoldino, 2001, p. 18):
Videoconferência baseada em estúdio: em salas especialmente preparadas
com modernos equipamentos de áudio, vídeo e codecs
(codificadores/decodificadores), para fornecer vídeo e áudio de alta qualidade
para reuniões, palestras e cursos;
Videoconferência em computador: em residência ou escritório, com
computador pessoal equipado com hardware e software adequado. É mais
barata que a videoconferência baseada em estúdio e mais apropriada para uso
individual, ou para pequenos grupos.
Geralmente as videoconferências, em estúdio, utilizam links dedicados com
qualidade de serviços, o que encarece o sistema. A videoconferência em desktop,
como é conhecida, compartilha a banda com a Internet podendo causar retardos no
som e ladrilhos no vídeo (perdas de pacotes), mas pode ser sensivelmente
melhorada dependendo do codec, da banda e do hardware utilizado.
Bates & Gregory (1997) apud Leopoldino (2001), citam os principais elementos do
sistema de videoconferência (Leopoldino, 2001, p. 18):
Participante: usuário da conferência com direitos controlados pelo
coordenador, fala e demais recursos da conferência;
Organizador: indivíduo que agenda a conferência e, se necessário, divulga
aos participantes a conferência (pode ser um participante, ou não);
21
Coordenador: participante com direitos especiais sobre o controle da
conferência (que pode ser realizada sem sua presença, com o controle de
acessos realizado pelo próprio sistema);
Interlocutor: participante que detém, em dado instante, o direito à fala e à
alteração dos documentos multimídia/hipermídia (o direito de alteração de
documentos pode ser delegado ao secretário);
Secretário: usuário da conferência com direito de escrita nos documentos
multimídia/hipermídia da base compartilhada (pode ser um participante ou
não);
Assento: dispositivo lógico que pode ser preenchido por participante ou
secretário;
Base privada: sessão de trabalho de usuário, de acesso e controle restrito;
Hiperbase ou hiperbase pública: depósito de documentos persistentes, de
acesso aos usuários da conferência, de acordo com seus direitos;
Base compartilhada: depósito volátil de documentos que possibilita o trabalho
cooperativo entre os participantes da conferência (é visível por todos os
participantes, mas com controle de alteração pelo sistema).
2.2 SERVIÇOS DE VIDEOCONFERÊNCIA
Os serviços de videoconferência não se limitam somente à transmissão de áudio e
vídeo entre participantes. É preciso comunicação e interação, já que as pessoas
estão distantes umas das outras e necessitam dialogar e trabalhar em conjunto
compartilhando arquivos e ferramentas, vencendo, desta maneira, a distância que as
separam. Além do contato visual, falar e ouvir, as pessoas podem examinar
documentos, ao mesmo tempo, desenhar em quadro branco, exibir slides,
demonstrar apresentação em PowerPoint, exibir fita de vídeo, CD ROM, DVD,
trabalhar em planilha, demonstrar objeto em 3D, além de outras vantagens. Com
isso, destacam-se dois tipos de serviços de muita importância na videoconferência:
comunicação e colaboração (facilidades do serviço).
22
A recomendação F.730, da ITU-T (International Telecommunication Union,
Telecommunication Standardization Sector), estabelece uma série de
características, segundo o que qualquer sistema de videoconferência deve oferecer
suporte. (F.730, 1992):
O serviço de videoconferência, no que se refere à qualidade de áudio e vídeo,
divide-se em duas categorias:
Serviços básicos;
Serviços de alta qualidade.
Os serviços de videoconferência básicos proporcionam normalmente sinais de vídeo
e áudio com qualidade reduzida (a exemplo das recomendações G.711 e H.261).
Os serviços de alta qualidade proporcionam sinais de áudio e vídeo com qualidade
similar aos sinais de televisão (Recomendação 601 do CCIR- Consultative
Committee on International Radio).
A ITU-T normaliza ainda características adicionais pelo que o sistema de
videoconferência pode, opcionalmente, oferecer suporte, em destaque:
Transmissão de imagens estáticas com alta resolução a fim de visualizar
documentos gráficos e objetos tridimensionais;
Técnicas de divisão de telas;
Encriptação para garantir a privacidade;
Transmissão de dados;
Utilização de Câmeras auxiliares;
Sistema de controle para o coordenador;
Sistema para reconhecimento de voz;
23
Identificação do interlocutor;
Sistema de interpretação e tradução;
Sistema de base de dados para armazenamento de imagens;
Recuperação de imagens estáticas ou em movimento.
2.2.1 Comunicação e Cenários
O serviço principal de videoconferência é a comunicação entre os participantes.
Para isso é necessário canal de comunicação para envio das mensagens e
recebimento pelos participantes. A seguir, tem-se os cenários para comunicação
interpessoal e transmissões de mensagens entre terminais de videoconferência.
(COOKBOOK, 2005).
Nas ilustrações seguintes, são exemplo de comunicação:
comunicação de alguém para alguém;
comunicação de alguém para grupo;
comunicação de grupo para grupo.
Mensagens transmitidas entre terminais utilizando chamadas:
chamada ponto-a-ponto;
chamada multiponto unidirecional;
chamada multiponto multidirecional.
A figura 2.1 é típica de chamada ponto-a-ponto, conhecida como sistema desktop
ou ainda como sistema de mesa, onde duas pessoas se comunicam utilizando
computadores equipados com câmera de vídeo, microfone e caixas de som (de
alguém para alguém). Cada participante tem a própria visão e a visão remota. É o
sistema mais econômico, pois não requer equipamentos sofisticados e nem
preparação do ambiente. Muito utilizado no meio doméstico.
24
Figura – 2.1 – Comunicação de alguém para alguém utilizando computadores numa chamada ponto-a-ponto.
Fonte: COOKBOOK, 2005.
Na figura 2.2, tem-se chamada ponto-a-ponto, em comunicação de alguém para
grupo. É uma situação semelhante à anterior, porém com um custo mais elevado,
pois o grupo utiliza-se de ambiente devidamente preparado para videoconferência
com mais qualidade necessitando de equipamentos profissionais. Bastante utilizada
por empresas em palestras ou treinamento de funcionários.
Figura – 2.2 – Comunicação de alguém para grupo (sala de reunião) utilizando chamada ponto-a-ponto.
Fonte: COOKBOOK, 2005.
25
A figura 2.3 mostra comunicação de grupo a grupo, ainda em chamada ponto-a-
ponto. Essa comunicação exige, além de equipamentos e salas apropriados para
videoconferência, maior largura de banda em cada terminal. Utilizada principalmente
em reuniões executivas.
Figura – 2.3 – Comunicação de grupo para grupo (sala de reunião) utilizando chamada ponto-a-ponto.
Fonte: COOKBOOK, 2005.
A figura 2.4 ilustra a chamada multiponto, na comunicação de grupo para grupo. A
comunicação necessita de MCU - Multipoint Conference Unit (Unidade de
Conferência Multiponto), pois existem mais de dois terminais e, no caso, precisa de
gerenciamento de controle dos fluxos gerados.
26
Figura – 2.4 – Comunicação de grupo para grupo (exige MCU) utilizando chamada multiponto.
Fonte: COOKBOOK, 2005.
A figura 2.5 ilustra a situação típica de sala de aula de ensino a distância em que o
palestrante ou co-instrutor interage com a sala mediante chamada ponto-a-ponto,
em comunicação de alguém para grupo.
Figura – 2.5 – Comunicação de grupo para alguém (sala de aula) utilizando chamada ponto-a-ponto.
Fonte: COOKBOOK, 2005.
Na figura 2.6, tem-se a comunicação de grupo para grupo, na chamada ponto-a-
ponto, entre duas salas de aula. Tornam-se necessárias as ferramentas de
27
colaboração, como câmera auxi liar, entre outras. (As ferramentas serão detalhadas
no próximo item).
Figura – 2.6 – Comunicação de grupo para grupo (sala de aula) utilizando chamada ponto-a-ponto.
Fonte: COOKBOOK, 2005.
2.2.2 Facilidades do serviço (Colaboração)
A colaboração é um serviço essencial na sessão de videoconferência, pois os
usuários devem dispor de ferramentas que permitam e facilitem a manipulação
cooperativa de documentos compartilhados para o trabalho em grupo. Geralmente
os terminais de videoconferência dão suporte aos serviços de colaboração. A ITU-T
normaliza o protocolo T-120 que faz parte da família de padrões abertos que
definem práticas para transmissão de dados. O protocolo será mencionado em outra
seção.
Existe apenas um padrão para compartilhamento colaborativo. Chamado de especificação padrão T.120, essa série fornece instruções para os fornecedores colaborativos de como compartilhar arquivos, whiteboards, imagens paradas e aplicações genéricas. Enquanto a especificação prioriza esse fluxo de dados, muito pouca largura de banda foi dedicada a ela. Enquanto funciona bem para aplicações cujo conteúdo é estático ou muda devagar, ela não
28
funciona bem (de nenhuma maneira) para aplicações envolvendo gráficos complexos, imagem ou animação. (COOKBOOK, 2005).
São serviços de manipulação cooperativa as seguintes ferramentas:
Quadro Branco (whiteboard);
Troca de arquivos/msgs;
Câmera secundária ou câmera auxiliar;
Câmera de documentos (CamDoc);
ImageShare;
Push to Talk.
O quadro branco ou quadro digital é conectado ao sistema de videoconferência com
a finalidade de manipulação de dados interativa com localidades remotas. Nele,
pode-se escrever, desenhar, projetar a imagem de leptop, trabalhar com aplicativos
do microcomputador no próprio quadro, compartilhando com localidades remotas através do equipamento de videoconferência. A figura 2.7 ilustra a imagem do
quadro branco.
Figura – 2.7 – Quadro digital interativo (whiteboard).
Fonte: Sala Master CENTEC.
A troca de arquivos é mais uma facilidade em benefício dos participantes de sessão
de videoconferência, graças à recomendação T-120. A transferência dos arquivos é
feita pela rede por intermédio do FTP (File Transfer Protocol), em que os
participantes de videoconferência podem enviar e receber qualquer tipo de arquivo:
planilhas, documentos, imagens e etc.
29
A câmera auxiliar, muitas vezes, é necessária em sala de educação a distância que,
dependendo do formato e tamanho, capta a imagem do professor de frente
enquanto a câmera principal capta a imagem dos alunos de frente (figura 2.8).
Figura – 2.8 – Câmera auxiliar. Fonte: Sala Master CENTEC.
A câmera de documentos, ou simplesmente camdoc, é estática, conectada ao
equipamento de videoconferência para digitalizar e enviar imagens em vídeo de
objetos tridimensionais, documentos, transparências e, até mesmo, a bula de
medicamento com altíssima resolução. Figura 2.9.
Figura – 2.9 – Câmera de documentos.
Fonte: Sala Master CENTEC.
30
Outra facilidade de colaboração importante é o ImageShare que serve para conectar
o computador ao terminal de videoconferência para envio de imagens, arquivos e
apresentações aos participantes de sessão de videoconferência. Modelo de ImageShare (figura 2.10).
Figura – 2.10 – ImageShare. Fonte: Sala Master CENTEC.
O serviço que também facilita a comunicação é o Push to Talk, mecanismo de
posicionamento rápido da câmera através de botão, utilizado em reunião com várias
pessoas. As posições da câmera precisam ser pré-programadas e, quando acionada
focaliza rapidamente a pessoa que está com a palavra. Atualmente o mecanismo faz
parte das funções do controle remoto.
2.2.3 Tipos de Sistemas de Videoconferência
Há, pelo menos, duas classificações de sistemas de videoconferências: a primeira
tem como referência a plataforma de hardware e software e a segunda toma como base a aplicabilidade. (RNP, 2006). A figura 2.11 ilustra os sistemas de
videoconferência:
Quanto à plataforma:
Appliance Systems – são sistemas proprietários e bastante confiáveis que
utilizam hardware e software especialmente desenvolvidos para eles;
PC Based Systems (Desktop) – computadores pessoais utilizados como
terminais de videoconferência.
31
Quanto ao porte:
Sistemas de salas – são sistemas proprietários para reuniões em grupos e
salas de aulas para educação a distância. Têm alta capacidade de
processamento e ótima qualidade de som e imagem. Dentre as empresas
que disputam o mercado, citam-se: Tandberg, Polycom, Aethra, Sony e
VCON;
Sistemas de mesa: para uso individual, utilizam CODECs implementados
em software (proprietários e abertos), em computadores pessoais com
câmera, microfone e caixas de som: CODECs: CU-SeeMee, MeetingPoint,
NetMeeting, GnomeMeeting (Ekiga), PVX da Polycom entre outros. Existe
ainda o sistema de mesa baseado em hardware como o TANDBERG
Centric 1000 MPX entre outros.
Figura – 2.11 – Sistemas de videoconferência.
32
2.3 PADRÕES PARA TRANSMISSÃO DE VIDEOCONFERÊNCIA
Os primeiros sistemas de videoconferência eram soluções proprietárias
independentes e isoladas, sem integração entre elas, e não eram regidos por
normas. Cada fabricante oferece soluções completas para os serviços de
videoconferência, podendo comunicar-se entre eles. Assim surgiu a necessidade de
se estabelecer padrões para transmissão de videoconferência, como também
definição de protocolos para que houvesse interoperabilidade entre os sistemas de
diferentes fabricantes, de software e de hardware, para os sistemas de
videoconferência.
2.3.1 Família H.3xx e padrão H.323
O padrão H.323 faz parte da família H.3xx, conjunto de recomendações para
videoconferência regulamentada pela ITU-T. Da família fazem parte as
recomendações abaixo que também referenciam outras, como protocolos para
codificação de áudio e vídeo, multiplexação, sinalização e controle. (RNP, 2006).
H.310 – Normaliza as transmissões de videoconferência em redes ATM e B-
ISDN (para MPEG-2);
H.320 – Transmissões de videoconferência em redes comutadas por circuitos
(N-ISDN, SW56 e redes dedicadas);
H.321 – Recomendação para transmissão de videoconferência em redes ATM
e B-ISDN;
H.323 – Recomendação para transmissão de videoconferência em redes que
não provêem uma garantia de Qualidade de Serviço (QoS);
H.324 – Recomendação para transmissão de videoconferência em redes
telefônicas.
A recomendação H.323 tem o objetivo de especificar sistemas de comunicação
multimídia em redes baseadas em pacotes e que não provêem Qualidade de
Serviço (QoS) garantida. Além disso, estabelece padrões para codificação e
33
decodificação de fluxos de dados de áudio e vídeo, garantindo que produtos
baseados no padrão H.323 de fabricante interoperem com produtos H.323 de outros
fabricantes. (LEOPOLDINO, MEDEIROS, 2003).
O sistema que utiliza o padrão H.323 e recomendações ITU-T associadas provê
uma forma útil e flexível para comunicação multimídia, e o fato de ser executado
sobre diversas plataformas o torna escalável. As recomendações do padrão H.323
continuam a evoluir e a ser adaptadas a novas situações pelo esforço contínuo do
grupo de estudo da ITU-T. Muitas dificuldades de utilização do H.323 são
decorrentes de outros problemas relacionados como, por exemplo, a garantia de
qualidade de serviço durante a sessão. (RNP, 2004 p. 6).
Aplicações H.323 estão se tornando populares no mercado corporativo por várias
razões (TAROUCO et al., 2003, p. 19):
O H.323 define padrões de multimídia para infra-estrutura existente, além de
ser projetada para compensar o efeito de latência em LAN, permitindo que os
clientes possam usar aplicações de multimídia sem mudar a infra-estrutura de
redes;
As redes baseadas em IP estão cada vez mais poderosas, além de a largura
de banda para redes com arquitetura Ethernet estarem migrando de 10 Mbps
para 100 Mbps, e a Gigabit Ethernet estar fazendo progressos no mercado;
Os PC estão se tornando plataformas de multimídia mais poderosas devido a
processadores mais rápidos, conjunto específicos de instrução e chips
aceleradores multimídia poderosos;
H.323 provê padrões de interoperabilidade entre LAN e outras redes;
O fluxo de dados em redes pode ser administrado. Com o H.323, o gerente de
rede pode restringir a quantia de largura de banda disponível para
conferências. O suporte à comunicação multicast também reduz exigências
de largura de banda;
A especificação H.323 tem o apoio de muitas empresas de comunicações e
organizações, incluindo Intel, Microsoft, Cisco e IBM. Os esforços das
companhias estão gerando nível mais alto de consciência no mercado.
34
A adoção do padrão H.323 para aplicações multimídia em redes traz benefícios,
entre os quais: Independência de rede, Interoperabilidade de equipamentos e
aplicações, Independência de plataforma, Representação padronizada de mídia,
Flexibilidade nas aplicações clientes, Interoperabilidade entre redes, Suporte a
gerenciamento de largura de banda, Suporte a conferências multiponto e Suporte a
multicast. (LEOPOLDINO, MEDEIROS, 2001, p. 1).
O escopo do H.323 não inclui a interface de rede nem o protocolo de transporte. A
Figura 2.12 apresenta o sistema H.323, seus componentes e interoperabilidade com
outros padrões da família H.3xx.
Figura – 2.12 – Interoperabilidade dos terminais H.323.
Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T).
O padrão H.323 define quatro componentes principais do sistema de comunicações
baseados em redes: Terminais, Gateways, Gatekeepers, e Unidades Controle
Multiponto (MCU). (TRILLIUM, 2008, p. 3):
35
Terminais
O diagrama de terminal H.323 é mostrado na figura 2.13, onde se observam
interfaces do equipamento do usuário, codec de vídeo, codec de áudio, equipamento
telemático, camada H.225.0, funções de controle do sistema e interface com a rede
baseada em pacotes. Os terminais devem suportar comunicação de voz, sendo
opcional o suporte a vídeo e dados.
Figura – 2.13 – Equipamento terminal H.323. Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T).
Gateways
O gateway, apesar de componente opcional, tem função muito importante em
conferências H.323, pois é por seu intermédio que os terminais H.323 se comunicam
com outros terminais de diferentes padrões, como H.310, H.320, H.322, entre
outros. A figura 2.14 mostra as configurações do gateway H.323.
36
Figura – 2.14 – Configurações do gateway H.323. Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T).
Gatekeepers
O Gatekeeper é o componente que centralizador das chamadas dentro da zona e
provê serviços de controle de chamada para estações registradas, além de
gerenciar a largura de banda. É o elemento mais importante na rede de conferência H.323. A figura 2.15 mostra a zona H.323 administrada por um Gatekeeper.
Figura – 2.15 – Zona H.323 administrado por um Gatekeeper.
Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T)
Principais funções de gatekeeper: tradução de endereços, controle de admissões,
controle de largura de banda e gerenciamento de zona.
37
O gatekeeper possui ainda as seguintes funções opcionais: sinais de controle de
chamada, autorização de chamada, gerenciamento de largura de banda,
gerenciamento de chamadas. (TAROUCO et al., 2003, p. 25).
Multipoint Control Units (MCUs)
A MCU dá suporte a conferências multipontos viabilizando a comunicação
simultânea entre três ou mais terminais da rede. Consiste obrigatoriamente de um
Controlador multiponto (MC) e pode, ou não, conter Processadores Multiponto (MP).
O MC controla as negociações entre os terminais determinando capacidades
comuns aos processos de áudio e vídeo. O MP gera o processo de entrada e saída
de streams de áudio e vídeo. A Recomendação H.323 usa os conceitos de conferências centralizadas e descentralizadas. Figura 2.16.
As MCUs podem ser baseadas em software ou em hardware. As baseadas em
software são implementadas em computador com boa capacidade de
processamento, utilizando o sistema operacional como Linux, Windows e etc. As
MCUs baseadas em hardware são equipamentos projetados especificamente para
esse fim e, por isso, são mais caras, porém mais rápidas e mais confiáveis.
Figura – 2.16 – MCU.
Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T).
38
A MCU centralizada proporciona uma melhor confiabilidade, controle e administração. Permite também que capacidades avançadas sejam introduzidas numa entidade, mas disponibilizada a todos e, reduzindo assim, o custo em cada terminal. É claro, o custo é, então, transferido para a MCU. A MCU descentralizada suporta maior flexibilidade para utilizadores finais e uma carga mais distribuída através da rede. (CLINGTON, 2006, P. 27).
O Controlador Multiponto pode estar situado dentro de qualquer componente da
rede de conferência H.323. Veja a figura 2.17.
Figura – 2.17 – Possíveis localizações do MC e MP no sistema H.323.
Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T).
2.3.1.1 Protocolos H.323
A recomendação H.323 é composta por protocolos (figura 2.18), descritos a seguir:
(H.323, 2006).
Codec de áudio;
Codec de vídeo;
H.225.0 - Registro, Admissão e Estado (RAS);
H.225.0 - Sinalização da chamada (Q.931);
H.245 - Controle de sinalização;
RTP (Real Time Protocol) – Protocolo de transferência em tempo real;
RTCP (Real Time Control Protocol) – Protocolo de controle em tempo real;
39
T.120 – Protocolo de transmissão de dados.
Figura – 2.18 – Suíte de protocolos H.323.
Fonte: Recomendação H.323 (ITU-T).
Codec de áudio
Os codecs de áudio são responsáveis pela codificação dos sinais de voz
provenientes dos microfones de terminal H.323, para transmissão e pela
decodificação em outro terminal no ato da recepção.
Outros codecs de áudio são tolerados pelos terminais H.323, de acordo com as
definições dos padrões G.722, G.723, G.728 e G.729.
Codec de vídeo
O formato de vídeo padrão para videoconferência é o CIF (Common Intermediate
Format) que provê diferentes resoluções (tabela 2.1) e acomoda as especificidades
dos dois formatos de vídeo utilizados como referências mundiais: PAL (Phase
Alternating Line) e NTSC (National Television Standard Committee). O padrão de
imagem utilizado como referência no H.323 é o QCIF (Quarter CIF).
40
No H.323, o Codec de vídeo é opcional e funciona de forma parecida com o codec
de áudio, ou seja, os sinais de vídeo recebidos de câmera no terminal H.323 são
codificados para transmissão na rede H.323 e decodificados na recepção de outro
terminal H.323 para exibição. O H.261 e H.263 são os algoritmos de codec de vídeo
H.323 e o mais recente H.264.
Formato CIF Resolução (pixel) Sub-QCIF 128x96 QCIF 176x144 CIF 352x288 4CIF 702x576 16CIF 1408x1152
Tabela – 2.1 – Formatos CIF e suas resoluções.
H.225.0 - RAS
O RAS é utilizado entre o terminal e o gatekeeper para registro, admissão e status
de chamada através do protocolo H.225.0. Define também como o gatekeeper
localiza o terminal H.323, especificando sua permissão de acesso para recebê-lo na
zona.
H.225.0 – Sinalização de chamada
Sinalização de chamada estabelece conexão entre dois terminais H.323, mediante
protocolo H.225.0, quando não há gatekeeper na rede. Com gatekeeper, as
mensagens H.225.0 são trocadas diretamente e depois de roteadas pelo
gatekeeper.
H.245 – Controle de sinalização
O H.245 possui um canal de controle permanentemente aberto, utilizado para
transporte de mensagens de controle end-to-end, para administrar sessões abertas
do H.323. Como informações contidas nas mensagens de controle, citam-se: troca
de capacidades, fechamento e abertura de canais lógicos utilizados para a
transmissão de mídias, fluxo de controle, comandos gerais e sinalizações,
requisições de modos preferenciais.
41
RTP (Real Time Transport Protocol)
O RTP é o protocolo de transporte de aplicações em tempo real e significa Real
Time Transport Protocol (Protocolo de Transporte em Tempo Real). Determina o
pacote padrão para o envio de áudio e vídeo pela Internet. Foi desenvolvido pelo
grupo Audio Video Transport Working e definido pela RFC 1889 publicado em 1996
e atualizado em 2003 pela RFC 3550.
RTP fornece serviços de entrega end-to-end de áudio e vídeo em tempo real. Em
redes IP, o RTP é utilizado para transportar dados através do protocolo de
transporte UDP. O RTP provê mecanismo de seqüenciamento, sincronismo
intramídia, identificação de conteúdo, identificação de origem, identificação de
usuário e informações de QoS.
RTCP (Real Time Transport Control Protocol)
O RTCP é o protocolo de controle de transporte para aplicações em tempo real e
significa Real Time Transport Control Protocol (Protocolo de Controle de Transporte
em Tempo Real), definido pela RFC 3550. O RTCP funciona juntamente com o RTP.
RTCP monitoriza a qualidade da entrega de dados transmitindo periodicamente
pacotes aos participantes da sessão. O protocolo também contém um nível de
transporte de identificação, para uma fonte RTP que o destinatário utiliza para
sincronização de áudio e vídeo.
RTP e RTCP trabalham paralelamente – o RTP entrega os dados e o RTCP é usado
como feedback da qualidade dos serviços oferecidos pelo RTP.
T.120 - Protocolo de transmissão de dados.
É protocolo de uso não obrigatório e faz parte da família de recomendações
estabelecidas pela ITU. O T.120 regulamenta protocolos para compartilhamento de
dados e aplicações. Suas principais aplicações são: transferência de arquivos, chat,
whiteboard, compartilhamento da área de trabalho.
42
Em sistemas de videoconferência, o T.120 pode compartilhar o mesmo canal de
chamada de vídeo, nas conexões entre os terminais (in-band), ou as conexões de
dados e vídeo utilizam canais diferentes (out-of-band)
A figura 2.19 ilustra a suíte de protocolos do H.323 em relação ao modelo OSI.
Figura – 2.19 – Suíte de protocolos H.323 em relação ao modelo OSI. Fonte: RAD COM Academy.
2.3.2 OpenH323
O OpenH323 implementa, em código aberto, as especificações da pilha de protocolo
H.323 do ITU-T.
Desenvolvido sob licença MPL, o Openh323 disponibiliza apoio e orientação para
elaboração simplificada de projetos privados e comerciais que estejam, direta ou
indiretamente, relacionados com videoconferência sobre redes de dados.
(FERREIRA, 2005, p. 9).
43
Existe um projeto chamado de “OpenH323 project” que visa criar uma implementação completa e interoperável de Código Fonte Aberto do protocolo de teleconferência do ITU H.323 que pode ser usado por desenvolvedores pessoais e usuários comerciais sem cobrança. O projeto do OpenH.323 é "coordenado" por QuickNet, um fabricante australiano de codecs de voz para H.323 baseados em hardware. (COOKBOOK, 2005).
Desenvolvido na linguagem C++, portável para diversos sistemas operacionais
como: Windows, FreeBSD, Red Hat, Solaris, Debian, etc.
O OpenH323 possui grande quantidade de aplicações, inclusive VoIP (Voz sobre
IP). Apesar das dificuldades de instalação e configuração, o projeto é bem visto
pelas instituições de ensino e pesquisa, principalmente pelo fato de ser livre e
possuir código aberto.
As ferramentas implementadas do projeto OpenH323 são as seguintes. (OpenH323
project, 2008):
OpenMCU: Servidor de videoconferência H.323.
OhPhone: Cliente H.323 via linha de comando.
OpenAM: Secretária eletrônica para H.323.
OpenGK: Gatekeeper H.323.
CallGen323: Gerador de chamadas H.323.
GnomeMeeting (Ekiga): Semelhante ao Netmeeting com interface gráfica.
PSTN Gateway: Permite que um cliente H.323 receba e faça chamadas no
Public Switched Telephone Network (PSTN).
2.3.2.1 OpenMCU
O OpenMCU é implementação em código aberto da MCU especificada pela
recomendação H.323 e permite a comunicação de som, imagem e colaboração de
dados entre dois ou mais terminais de videoconferência H.323. Na sessão de
44
videoconferência, o OpenMCU estabelece ligações unicast com terminais H.323 de
que recebe dados individualmente e replica-os a cada terminal conectado à sala de
videoconferência virtual criada pelo OpenMCU.
Com presença contínua, OpenMCU exibe apenas 4 participantes simultaneamente,
com destaque para quem está com a palavra (Figura 2.20).
Em conferência com mais de quatro participantes, outros estarão ocultos, sendo
comutado para exibição quando detectado pelo OpenMCU que um dos participantes
ocultos está com a palavra.
Figura – 2.20 – Modo de presença cont ínua do OpenMCU.
Dentre as inúmeras vantagens do código fonte aberto incluem custo e portabilidade. O código fonte aberto pode tornar softwares como o H.323 disponível quando o dinheiro é um problema. O código fonte aberto é portátil, pois ele pode ser freqüentemente compilado para executar em tipos diferentes de computadores e sistemas operacionais diferentes. (COOKBOOK, 2005).
2.3.3 Protocolo SIP (Session Initiation Protocol)
Criado na Universidade de Columbia, em meados da década de 1990, o Session
Initiation Protocol (SIP) passou a ser alternativa ao H.323. O SIP foi aprovado pelo
IETF, publicado em junho de 2002 como RFC 3261. É um protocolo emergente que
promete expandir-se a curto/médio prazo.
Participante com a palavra.
45
É o protocolo de sinalização para estabelecer chamadas em conferencia sobre
redes IP e de controle da camada de aplicação, desenvolvido para criação,
modificação e término de sessão envolvendo um ou mais participantes em rede IP.
São exemplos de sessões: telefonia via Internet, conferência multimídia, jogos de
computador distribuídos, etc.
O funcionamento do SIP é baseado no protocolo HTTP, seguindo a linha dos
protocolos baseados em texto na Internet, porém o SIP integra vários conteúdos
através do gerenciamento de sessão.
Para identificação dos usuários utiliza-se o SIP URI (Uniforme Resource Identifier),
com o seguinte formato: sip:nome@domínio. Ex.: sip:[email protected]. A
chamada também pode ser feita pelo número de telefone (E.164). Pelo visto, a
identificação do usuário é simples e fáci l de recordar, por parecer com e-mail.
A arquitetura SIP possui quatro elementos principais: SIP User Agent, SIP Proxy
Server, SIP Redirect Server e SIP Register Server. (RFC3261, junho de 2002):
SIP User Agents (Agente Utilizador) – pode agir como cliente (UAC-User
Agent Client) enviando pedido de inicialização de sessão, e como servidor
(UAS-User Agent Server) respondendo o pedido de sessão.
SIP Proxy Server (Servidor Proxy) – servidor intermediário SIP que recebe as
requisições e repassa para servidores mais próximos do destino, em dois
tipos:
o Stateful Proxy Server – utiliza o protocolo TCP, com maior confiabilidade
e capacidade de computação dos gastos dos clientes;
o Stateless Proxy Server – maior velocidade, menos confiabilidade e não
computa gastos do cliente.
SIP Redirect Server (Servidor de Redirecionamento) – servidor
intermediário que atende ao pedido do Agente Utilizador fornecendo nome e
localização do usuário. Consulta o Banco de Dados do Servidor de Registro.
SIP Register Server (Servidor de Registro) – Registra informações do
Agente Usuário para fornecer informações de localidades.
46
Utilização do proxy (Figura 2.21) (TAROUCO et al., 2003, p. 44):
Figura – 2.21 – Componentes SIP e funcionamento com proxy. Fonte: TAROUCO et al., 2003, p. 44.
Segundo TAROURO et al., 2003, o funcionamento do SIP utilizando o proxy tem o
seguinte procedimento (TAROUCO et al., 2003, p. 44):
O usuário encaminha um invite request para o proxy local, tendo como destino
[email protected] (1). O proxy procura empresa.com no DNS (Domain Name
System) e obtém o endereço IP do servidor que trata de requisições SIP deste
domínio. O proxy encaminha o request para o servidor (2). O servidor de
empresa.com conhece o usuário paulo, mas ele está “logado” no momento como
[email protected]. Então, o servidor redireciona o proxy (3) para tentar o
endereço. Também com auxílio do DNS, o proxy obtém o endereço IP do servidor
responsável por universidade.edu e envia o request para o servidor (4). O servidor
consulta base local (5) e indica que [email protected] é localmente
identificado como [email protected] (6). O servidor principal de
universidade.edu envia o request para o servidor da informática (7) que, por sua vez,
sabendo o endereço IP do usuário, envia o request para ele (8). O usuário aceita a
chamada e responde retornando pela cadeia de proxy (8), (10), (11) e (12).
47
A figura 2.22 apresenta exemplo de funcionamento SIP na troca de mensagens
entre dois usuários.
Figura – 2.22 – Exemplo de funcionamento SIP.
Fonte: CLINGTON, 2006, p. 16).
A figura 2.22 mostra exemplo de troca de mensagens entre dois utilizadores SIP, A
Alice e o Bob. (Cada mensagem tem a etiqueta constituída por M e um número de
referência). (CLINGTON, 2006, p. 16):
1. A Alice envia request ao servidor proxy (uma vez que esta desconhece a
localização do Bob) endereçado ao Bob;
2. O servidor proxy da Alice reencaminha o pedido INVITE ao servidor proxy
do Bob, utilizando possivelmente o DNS para localizar o mesmo;
3. O servidor proxy da Alice envia uma mensagem “Trying” para a Alice
indicando que o pedido foi recebido e está a ser tratado;
48
4. O servidor proxy do Bob envia mensagem “trying” indicando que recebeu o
pedido e está a tratá-lo;
5. O servidor proxy do Bob recebe a mensagem e consulta a base de dados,
normalmente conhecida como serviço de localização, localiza o Bob e
reenvia o pedido para ele;
6. O telefone SIP do Bob envia mensagem “Ringing” ao seu servidor proxy,
que a reencaminha para o servidor proxy da Alice, que a reencaminha para
a Alice;
7. Quando Bob atende o telefone SIP, é enviada a mensagem OK para o seu
servidor proxy, que é reencaminhada para o da Alice, que a reencaminha
para a Alice;
8. A partir do que a comunicação é feita directamente entre os intermediários,
a menos que o sistema esteja configurado para que a comunicação seja
feita com o servidor proxy como intermediário;
9. A Alice envia mensagem ACK ao Bob;
10. São enviados pacotes de mídia;
11. Quando o Bob desliga é enviada a mensagem BYE;
12. A Alice responde com OK.
A tabela 2.2 faz comparação entre os protocolos SIP e H.323.
SIP H.323
Órgão de Padronização IETF ITU
Arquitetura Distribuída Distribuída
Versão SIP 2.0 H.323 v4 Protocolo de Transporte TCP ou UDP TCP ou UDP
Capacidade Multimídia Sim Sim Codificação Call Control Texto ASN.1
Tabela – 2.2 – Comparativa entre o SIP e o H.323.
49
2.3.4 Família MPEG
Em se tratando de transmissão de dados em rede de videoconferência, deve-se
utilizar artifícios de compressão de vídeo para reduzir os fluxos de dados embora,
exista ainda necessidade de codificação e decodificação do vídeo para exibição e
isso pode levar a uma maior latência. A família MPEG (Moving Picture Experts
Group), com distintas especificações, trata da compressão e transmissão de áudio e
vídeo.
Segundo Oliveira (1996), o padrão ISO-MPEG, além das especificações, possui
cinco partes (OLIVEIRA, 1996, p. 79):
MPEG-Video: consiste de um padrão para codificação e compressão de vídeo,
estando descrito no documento IS 11172-2 da ISO;
MPEG-Audio: consiste de um padrão para codificação e compressão de áudio,
estando descrito no documento IS 11172-3 da ISO;
MPEG-System: especifica como os sinais de áudio e vídeo devem ser
multiplexados, além de especificar mecanismo para garantia de sincronização
entre as mídias, estando descrito no documento IS 11172-1 da ISO;
MPEG-conformance testing: descrito no documento IS 11172-4 da ISO;
MPEG-software coding: descrito no documento IS 11172-5 da ISO.
Atualmente existem três padrões relacionados com compressão de vídeo publicados pelo ISO-MPEG: MPEG1, MPEG2 e MPEG4. Os outros dois padrões que a MPEG está trabalhando são o MPEG7 (para descrever conteúdo multimídia – metadados) e MPEG21 (que é para definir um quadro multimídia). Atualmente, eles ainda não têm um papel importante no mundo da videoconferência. (COOKBOOK, 2005).
O MPEG1 tem o propósito de comprimir cerca de 30 minutos de áudio e vídeo em
CD, mas, apesar de ser boa estratégia de compressão e descompressão, não
fornece boa qualidade de vídeo. Comparado com o H.263, usado nos sistemas
50
baseados em H.323, o MPEG1 deixa a desejar, por isso não é adotado em sistemas
de videoconferência.
O MPEG2 implementa compressão de vídeo como o MPEG1, porém com o
propósito inicial para aplicações broadcast tornando o padrão muito complexo, com
a inclusão de novas especificidades. Muito utilizado, hoje, no meio doméstico, como
TV, DVD players, receptores de TV a cabo e etc.
O MPEG4, desenvolvido para aplicações broadcast e streaming, onde a latência não
é problema como é o caso da videoconferência, vai de encontro ao novo codec da
série H.xxx, o H.264 que promete ser padrão robusto para ambos os domínios de
vídeo (COOKBOOK, 2005).
Tabela 2.3: comparação entre os três padrões com relação à resolução da imagem
e à largura de banda.
MPEG1 MPEG2 MPEG4
Resolução 352x240 720x480 720x480
Taxa típica 1.5 Mbps 5 Mbps 2 Mbps Taxa máxima 2.5 Mbps 15 Mbps 4 Mbps
Tabela – 2.3 – Resolução e largura de banda dos padrões MPEG
51
3 AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA
3.1 PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO
Visando facilitar a implantação do sistema de videoconferência, neste capítulo, são
avaliadas e comentadas aplicações de videoconferência, levando em consideração
a recomendação F.730 da ITU-T e os parâmetros estabelecidos baseados nas
especificações da ITU-T:
Recursos disponíveis: os principais recursos exigidos no sistema de
videoconferência são: áudio, vídeo e dados, além de outras facilidades como
transferência de arquivos, chat, whitboard, entre outros.
Qualidade de áudio e vídeo: seguindo a recomendação F.730, a qualidade de
áudio e vídeo para o sistema de videoconferência deve ser classificada como básica
(Recomendação G.711 e H.261) ou alta (qualidade similar aos sinais de televisão -
Recomendação 601 do CCIR).
Controle de acesso: normalmente em bom sistema, é necessário o acionamento de
botão ou detecção de si lêncio como controle de acesso.
52
Modelo de comunicação: os modelos de comunicação classificam-se em
centralizado, descentralizado e misto. Levando em consideração que algumas
aplicações têm restrições sobre o modelo de comunicação, ou seja, alguns suportam
apenas o modelo descentralizado enquanto outros apresentam melhor desempenho
quando utilizado modelo específico, classificaremos cada aplicação como
centralizada, descentralizada ou mista.
Plataformas suportadas: analisa-se a aplicação do suporte ao sistema operacional.
Licença: software proprietário ou gratuito.
Cenário: neste parâmetro, classificam-se as aplicações de acordo com o descrito na
seção 2.2.1. Comunicação e Cenários, ou seja, comunicação (ponto-a-ponto e
multiponto) e sistemas (desktop e salas) (sala de reunião e/ou sala de aula).
Ferramentas foram testadas e avaliadas em pesquisas deste projeto de mestrado.
3.2 SOLUÇÕES BASEADAS EM SOFTWARE (DESKTOP)
Esta seção apresenta os resultados dos testes de avaliação de vários softwares
clientes de videoconferência, de código aberto e proprietário, de acordo com os
parâmetros estabelecidos na sessão anterior.
3.2.1 Clientes para Videoconferência
3.2.1.1 NetMeeting v3.01
O NetMeeting é baseado no padrão H.323 para transmissão de áudio e vídeo e
comunicação de dados no padrão T.120, em tempo real, por meio da Internet.
Integra ferramentas de colaboração de dados: whiteboard, chat, compartilhamento
de programas e transferência de arquivos, além de compartilhamento de desktop
remoto e suporte a gatekeeper. Pode fazer conexão usando gateway H.323, fazer
53
chamadas para MCU e participar de multiconferências de áudio e vídeo. A Microsoft
mantém diretório internet para localização de pessoas.
O NetMeeting é uma aplicação de fácil instalação e possui interface de usuário bem amigável. A figura 3.1 mostra a interface do NetMeeting v3.01, na comunicação
multiponto utilizando, além do áudio e vídeo, o withboard, chat e transferência de
arquivo através do OpenMCU instalado no Centec.
Principais características do NetMeeting:
Videoconferência e telefonia Internet baseadas em padrões;
Janela de apresentação de vídeo ajustável em 100, 200, 300 e 400%;
Compatibilidade com os hardwares de captura de vídeo existentes;
Ajuste da qualidade de vídeo;
Não necessita de hardware adicional para recepção de imagem;
Compatibilidade com produtos e serviços baseados no padrão H.323.
Pontos negativos:
A taxa de transmissão pode ser bastante baixa dependendo da câmera e do
CPU;
Não oferece cancelamento de eco;
A implementação de CODECs é bastante pobre.
Tabela 3.1: avaliação do NetMeeting de acordo com os parâmetros definidos.
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos. O bate papo e desenhos podem ser salvos em arquivos.
Qualidade de áudio e vídeo Básica. Controle de acesso Por detecção de silêncio. Modelos de comunicação Modelo centralizado e descentralizado. Plataformas suportadas Microsoft Windows 9x, NT, 2000 e XP. Licença Gratuita. Comunicação e cenário Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Tabela – 3.1 – Avaliação do NetMeeting.
54
Figura – 3.1 – Interface do NetMeeting v3.01.
3.2.1.2 Ekiga (GnomeMeeting)
O Ekiga foi desenvolvido inicialmente como GnomeMeeting por Damien Sandras
(<[email protected]>), como projeto de final de curso de Engenharia de
Computação, na Universite Catholique de Louvain Department of Computing
Science and Engineering em Louvain-La-Neuve.
É um projeto de aplicação VoIP, baseada em Software Livre, de suporte aos
protocolos SIP e H.323 e também à videoconferência. Hoje ele roda nos sistemas
GNU/Linux, freeBSD e Windows.
O Ekiga possui suporte aos atuais codecs livres de áudio e vídeo, suporte à banda
larga para uma excelente qualidade de áudio, com cancelamento de eco, suporte
avançado à NAT transversal. Além das facilidades de chamada em espera,
55
transferência de chamada, encaminhamento de chamada, também possui suporte
básico a mensagens instantâneas.
A seguir, os principais recursos do software de interface leve e extremamente
amigável:
Chamada em espera;
Transferência de chamadas;
Redirecionamento de chamadas;
Mensagens Instantâneas;
Indicação de novas mensagens de voz;
Suporte transparente a NAT16;
Algoritmo dinâmico para detecção de silêncio;
Cancelamento de eco;
Controle de transmissão e recepção de vídeo;
Detecção automática de grande maioria das webcams existentes no mercado;
Assistente de configuração.
Figuras 3.2 e 3.3: interface do Ekiga na chamada multiponto e ponto-a-ponto
respectivamente.
Figura – 3.2 – Ekiga na chamada multiponto.
56
Figura – 3.3 – Ekiga na chamada ponto-a-ponto.
Tabela 3.2: avaliação do Ekiga de acordo com os parâmetros definidos.
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos, cancelamento de eco. O bate papo e desenhos podem ser salvos em arquivos.
Qualidade de áudio e vídeo Básica. Controle de acesso Por detecção de silêncio. Modelos de comunicação Modelo centralizado e descentralizado. Plataformas suportadas Linux, freeBSD e Windows Licença Gratuita. Comunicação e cenário Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Tabela – 3.2 – Avaliação do Ekiga.
57
3.2.1.3 Polycom PVX
O Polycom PVX encontra-se na versão 8.0.4. Utilizou-se para testes a versão 8.0.2
que se pode afirmar ser um excelente software para desktop com suporte aos
padrões H.323 e SIP.
As figuras 3.4, 3.5 e 3.6 mostram a interface do Polycom PVX 8.0.2,
respectivamente, em chamada ponto-a-ponto com colaboração de dados, em
chamada multiponto com três salas, em conferência multiponto com oito salas e com
vídeo local separado.
Principais características:
Áudio de excelente qualidade (similar a CD), com algoritmo de compressão de
áudio Polycom Siren 14 e suporte a outros padrões, como G.711, G.722,
G.722.1, G.728 e G.729A. Controle automático de ganho (AGC), cancelamento
de eco e Supressão Automática de Ruído (ANS);
Vídeo de excelente qualidade com padrão H.264 que provê alta qualidade de
vídeo e suporte também a outras normas como H.261, H.263 e H.263+.
Aceleração de hardware directX, suporta tela cheia e Picture-In-Picture (PIP);
Criptografia em AES (Advanced Encryption Algorithm) que assegura chamadas
confidenciais para voz, vídeo e conteúdo gráfico;
Compartilhamento de dados (T.120) - envio e recepção de conteúdo de alta
resolução XGA ao mesmo tempo em que se compartilha vídeo.
Interface gráfica amigável com suporte a 11 idiomas, teclado para discagem e
agendamento de site;
Suporte a QoS;
Suporta servidores de localizador de Internet (ILS) e servidores da agenda
global (GDS);
Microsoft NetMeeting integrado.
Tabela 3.3: avaliação do Polycom PVX 8.02, de acordo com os parâmetros
definidos.
58
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos, Controle automático de ganho (AGC), cancelamento de eco e Supressão Automática de Ruído (ANS), Criptografia em AES, QoS, Picture-In-Picture (PIP) entre outros.
Qualidade de áudio e vídeo Alta. Controle de acesso Por detecção de silêncio. Modelos de comunicação Modelo centralizado e descentralizado. Plataformas suportadas Microsoft Windows XP SP2. Licença Proprietária. Comunicação e cenário Ponto-a-ponto e multiponto - Sistema desktop e
sala de reunião. Tabela – 3.3 – Avaliação do Polycom PVX 8.0.2.
Figura – 3.4 – Interface do Polycom PVX 8.0.2 na transmissão ponto-a-ponto com colaboração de dados.
59
Figura – 3.5 – Interface do Polycom PVX 8.0.2 na
transmissão multiponto utilizando MCU.
Figura – 3.6 – Interface do Polycom PVX na transmissão multiponto
utilizando MCU com oito salas no ar.
60
3.2.1.4 CU-seeMe
As primeiras versões eram gratuitas, desenvolvidas na Cornell University, nos Estados
Unidos, escritas originalmente por Tim Dorcey, do departamento da tecnologia de
informação. Desenvolvido primeiramente para Macintosh em 1992 e, em 1994, para
Windows, inicialmente funcionava somente com vídeo, adicionado o áudio, em 1994
para o Macintosh e em 1995 para Windows. O áudio do CU-SeeMe veio de Maven,
cliente somente áudio, desenvolvido na University of Illinois at Urbana-Champaign.
(WIKIPEDIA, 2008).
Comprados os direitos pela White Pine Software, foi liberado como produto
comercial que não obteve boa aceitação principalmente pela pobre qualidade de
áudio/vídeo e excessiva latência. Desde então o sistema tem passado por várias
modificações, atualmente comercializado pela RADIVISION que adquiriu, em 16 de
março de 2005, substancialmente, todos os recursos e propriedade intelectual da
First Virtual Communications (FVC). O CU-seeMe já batizado de Click To Meet
(Clique para se encontrar).
O CU-SeeMe é composto de software cliente desenvolvido para desktop e o refletor
que funciona como uma espécie de espelho, refletindo imagens e sons de todos os
CU-seeMe remotos que se conectam ao site onde o servidor está hospedado.
As figuras 3.7 e 3.8 mostram situações de comunicação do CU-seeMe: na primeira,
comunicação ponto-a-ponto e, na segunda, comunicação multiponto. Tabela 3.4: avaliação do sistema CU-seeMe, de acordo com os parâmetros
definidos. Recursos disponíveis Áudio, vídeo e chat. Qualidade de áudio e vídeo Básica. Controle de acesso Por detecção de silêncio. Modelos de comunicação Modelo centralizado. Plataformas suportadas Microsoft Windows 9x, NT, 2000, XP e Macintosh. Licença Proprietária. Comunicação e cenário Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Tabela – 3.4 – Avaliação do CU-seeMe.
61
Figura – 3.7 – Interface do CU-seeMe na comunicação ponto-a-ponto
com a sala de testes da TES em Cravinhos – SP.
Figura – 3.8 – Interface do CU-seeMe na comunicação multiponto com a sala de testes
da Aethra na Itália e a sala máster do Centec em Fortaleza.
62
3.2.1.5 VRVS/EVO
O Virtual Rooms Videoconferencing System (VRVS) é o sistema de videoconferência
criado pela CalTech (California Institute of Technology), em parceria com o CERN
(European Organization for Nuclear Research). São salas virtuais conectadas a
refletores que disponibilizam serviços de videoconferência e trabalho colaborativo
baseado em equipamentos de baixo custo e pequena largura de banda.
Aperfeiçoado em 2006, o sistema passou a se chamar de EVO (Enabling Virtual
Organizations), com o intuito de aumentar sua infra-estrutura, fiabilidade e eficiência.
Atualmente o EVO é o sistema mais usado pela comunidade científica e redes
acadêmicas de todo o mundo. Conta com 30494 usuários registrados, em 151
países e 123 refletores instalados em 41 países. No Brasil contamos com três
refletores sediados na USP (RNP), UFRGS e UFRJ. Em Natal existe um refletor de
backup da RNP.
A plataforma VRVS é composta de dois componentes principais: servidor central
web e rede mundial de refletores.
A figura 3.9 mostra a página inicial do servidor central web onde é possível escolha
entre vários idiomas, fazer o registro de usuário, visualizar o perfil de usuário,
iniciar uma sessão de videoconferência e, através do link monitor, visualizar as
ligações entre os refletores. Existem também links de ajuda e informações sobre o
sistema. A página do EVO pode ser acessada através do link:
http://evo.caltech.edu/evoGate/.
De acordo com a FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional), a rede
mundial de refletores é controlada e monitorada pelo serviço de monitorização
MonALISA, adaptado e integrado nos refletores do VRVS. Através da árvore de
conectividade, o MonALISA calcula dinamicamente o melhor caminho para a
transmissão de streams de videoconferência. Os agentes MonALISA fornecem
informações para o cálculo do Minimal Spaning Tree (MST), avaliam o Round Trip
Time, o Jitter e porcentagem de pacotes perdidos. (FCCN, 2008).
63
As figuras 3.10, 3.11 e 3.12 são imagens capturadas do MonALISA disponível no
link: http://evo.caltech.edu/evoGate/. e mostram respectivamente: a árvore de
conexão entre os refletores, o gráfico de saída de dados na placa de redes do
cluster cliente e a comunicação entre os refletores mundiais.
Um refletor é um host que interconecta cada usuário a uma Sala Virtual por um túnel de IP permanente. Os refletores e seus links formam um conjunto de sub-redes nos quais áudio, vídeo ou dados fluem. O uso da tecnologia dos refletores permite ao sistema ser altamente extensível e afirma a qualidade necessária para a transmissão de videoconferência. Participantes de vários locais juntam-se a videoconferências (em uma ou várias salas virtuais) contactando o refletor “mais próximo” (COOKBOOK, 2005).
Figura – 3.9 – Página inicial do EVO.
Fonte: http://evo.caltech.edu/evoGate/.
64
Figura – 3.10 – Imagem capturada do MonALISA mostrando a
árvore de conexão entre os refletores. Fonte: http://evo.caltech.edu/evoGate/.
Figura – 3.11 – Imagem capturada do MonALISA mostrando o gráfico de saída
de dados na placa de redes do cluster cliente. Fonte: http://evo.caltech.edu/evoGate/.
65
Figura – 3.12 – Imagem capturada do MonALISA mostrando
comunicação entre os refletores mundiais. Fonte: http://evo.caltech.edu/evoGate/.
Os componentes usados no EVO são batizados com nomes de animais
(FERNANDES, 2006):
Canguru - jump da base de dados dos usuários disponíveis (redundantes);
Panda – refletores;
Koala – clientes.
O EVO utiliza agentes moveis especializados no lado do cliente (KOALA) baseados em Java (parte integrante da distribuição MonAlisa). Estes agentes são responsáveis por encontrar refletores ativos (Panda) considerados ótimos para associar ao cliente. Os refletores candidatos são escolhidos com base na proximidade dentro da rede (Servidores Panda na mesma rede, região ou país) e também tendo em conta o “load” e o número de clientes que se encontram ligados nos respectivos refletores. (FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional, 2008).
66
Em EVO é possível criar salas virtuais de reuniões, palestras, debates, workshop e, até mesmo, transmitir aulas de educação a distância (figura 3.16) e apresentação
em PowerPoint do “Workshop on virtualization and multi-core tecnologies”.
Em testes, o EVO mostrou-se bastante eficiente e com boa qualidade de áudio e vídeo, depende, porém, da conexão e do hardware utilizado pelo cliente. As figuras
3.13, 3.14, 3.15 e 3.16 mostram imagens dos testes em computador com
processador AMD Atholn XP 1.6 GHz, 2 GB de RAM e webcam de 1.3 MegaPixels,
em conexão ADSL com largura de banda de 1Mbps.
Tabela 3.5 - avaliação da plataforma EVO de acordo com os parâmetros definidos.
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos e gravação da conferência. O bate papo e desenhos podem ser salvos em arquivos.
Qualidade de áudio e vídeo Básica. Controle de acesso Por detecção de silêncio. Modelos de comunicação Modelo centralizado. Plataformas suportadas Windows, PocketPC, Linux, MacOS, SUN
Solaris/Unix e SGI Irix Licença Gratuita. Comunicação e cenário Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Tabela – 3.5 – Avaliação do EVO
Figura – 3.13 – Interface do EVO na comunicação de vídeo, voz e chat.
67
Figura – 3.14 – Interface do EVO na comunicação com o uso do quadro branco
na sala criada para teste com o nome CENTEC.
Figura – 3.15 – Interface do EVO na comunicação
com a sala de testes da equipe do EVO.
68
Figura – 3.16 – Interface do EVO na transmissão do “Workshop on virtualization
and multi-core tecnologies” para dez usuários.
3.2.1.6 Adobe Acrobat Connect Pro
Adobe Acrobat Connect Pro é a plataforma completa para comunicação e
colaboração via web, anteriormente conhecido por Macromedia Breeze, pois a
Adobe adiquiriu, em dezembro de 2005, a Macromedia, empresa fornecedora de
softwares para Internet.
A Adobe Acrobat Connect é a evolução da tecnologia de e-Learning ou de
vídeoconferência, justamente por se tratar de aplicativo RIA (Rich Internet
Applications), desenvolvido para facilitar o processo de comunicação, treinamento e
colaboração on-line. (CLASSROOM, 2008. p 02).
A plataforma Adobe Acrobat Connect é composta por módulos (CLASSROOM,
2008. p 06):
69
Acrobat Connect Enterprise Server é a plataforma para colaboração e
comunicação em tempo real e sob demanda;
Adobe Acrobat Connect Professional é a solução para conferência via web,
treinamentos ao vivo e/ou colaboração;
Adobe Presenter é o plugin para o PowerPoint que permite o desenvolvimento
de apresentações e treinamentos on-line;
Adobe Connect Training é o módulo que, adicionado ao servidor Acrobat
Connect Enterprise Server, permite o rastreamento do desempenho dos
alunos nas provas criadas com Adobe Presenter ou com outras soluções do
mercado, como Flash, Authorware, Dreamweaver, entre outras;
Adobe Connect Events cuida do ciclo de vida de evento, incluindo:
o Pré-evento - criação e envio de convites; tela de inscrição customizada;
controle de matrícula, e envio de lembretes.
o Evento - pode oferecer recursos criados em um ou mais módulos do
Acrobat Connect, com apresentações sob demanda, criadas com o Adobe
Presenter; treinamentos e currículos do módulo Training; reuniões ou
grandes seminários do Acrobat Connect Professional.
o Pós-evento - relatórios, gráficos e painéis de participação;
disponibilização das gravações do evento, e toda parte de follow up, para
os não participantes e para os que assistiram ao evento.
Com a plataforma adobe Acrobat Connect Pro, é possível criar salas virtuais de
reuniões, palestras, debates, workshop e transmissão de aulas de educação à
distância.
A plataforma está disponível através de assinatura hospedada, o que simplifica o
gerenciamento, ou como o software licenciado pode ser implantado na própria
instituição ou empresa, atrás de firewall.
Nos testes com assinatura hospedada para avaliação por trinta dias, o Connect Pro
mostrou-se bastante eficiente, com boa qualidade de áudio e vídeo, grande
facilidade de interação e colaboração numa interface bem amigável.
70
Figuras 3.17, 3.18, 3.19 e 3.20 - imagens de testes em computador com
processador AMD Atholn XP 1.6 GHz, 2 GB de RAM e webcam de 1.3 MegaPixels,
na conexão ADSL com largura de banda de 1Mbps.
As figuras 3.17 e 3.18 aparesentam a imagem do apresentador utilizando arquivo
em PowerPoint e uma demonstração do quadro branco (whiteboard),
respectivamente para dois usuários à distancia. Podem-se observar também, abaixo
da imagem do apresentador, três janelas onde a primeira apresenta a lista de
participantes, a segunda, o bate-papo para os participantes e a terceira é reservada
para notas.
Na figura 3.19, aparece a imagem de um dos participantes interagindo com o
apresentador.
A figura 3.20, traz a imagem de mais um participante e mais três janelas: a primeira,
no canto direito superior, está reservada para bate-papo do apresentador, a segunda
é para notas do apresentador e a terceira reservada para links na Web.
Figura – 3.17 – Interface do Connect Pro na apresentação em PowerPoint para dois usuários.
71
Figura – 3.18 – Interface do Connect Pro compartilhando o whiteboard.
Figura – 3.19 – Interface do Connect Pro interagindo com um participante.
72
Figura – 3.20 – Interface do Connect Pro interagindo com dois participantes.
Tabela 3.6 - avaliação do Connect Pro de acordo com parâmetros definidos.
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos e gravação da conferência para transmissão on-demand.
Qualidade de áudio e vídeo Alta. Controle de acesso Por botão. Modelos de comunicação Modelo centralizado. Plataformas suportadas Windows, PocketPC, Linux, MacOS, SUN
Solaris/Unix e SGI Irix Licença Proprietária. Comunicação e cenário Ponto-a-ponto e multiponto - Sistema desktop e
sala. Tabela – 3.6 – Avaliação do Connect Pro.
3.2.1.7 Dimdim Web Meeting
Dimdim é o serviço de web conferência gratúito para partilha do desktop, slides,
chat, quadro branco interativo etc.
73
Assim como a plataforma Adobe Acrobat Connect Pro, com o Dimdim é possível
criar salas virtuais de reuniões, palestras, debates, workshops e transmissão de
aulas na educação à distância.
A plataforma está disponível pela assinatura hospedada, seguindo tendência
importante que está se firmando na web, ou seja, não é necessária a instalação de
programas, basta o cadastro no site e criar salas de reuniões. Também pode ser
instalado um software licenciado ou a versão Open Source, em computador/servidor,
na própria instituição ou empresa.
O Dimdim Web Meeting apresenta-se sob três versões, mas, sem dúvida, o pacote
interessante é a versão Open Source que tem as mesmas funcionalidades e
características da versão Enterprise. (DIMDIM, 2008):
Dimdim Free – os recursos disponíveis com limitação de 20 pessoas em sala;
Dimdim Pro - recursos disponíveis incluindo número ilimitado de reuniões e
nenhum download de software, máximo de 100 pessoas em sala e
personalizado branding;
Dimdim Enterprise - recursos disponíveis, máximo de 1000 pessoas em sala de
reuniões simultâneas e personalizado branding.
DimDim oferece plugins para integração com outras plataformas o que o torna muito
funcional principalmente na educação a distância e também nas empresas.
(DIMDIM, 2008):
Zimbra: suite de colaboração com suporte para email, contatos e calendário;
Moodle: Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA);
SugarCRM: sistema web de Gestão de Relacionamento com o Cliente;
Claroline: sistema de gerenciamento de Curso através da Web.
Figura 3.21 - comparação entre as três versões.
74
Figura – 3.21 – Comparativa entre as três versões do Dimdim. Fonte: http://www.dimdim.com/products/what_is_dimdim.html.
Em testes, com assinatura hospedada gratuita, o Dimdim mostrou-se bastante
eficiente, com boa qualidade de áudio e vídeo, grande facilidade de interação e
colaboração em interface simples e de fácil manuseio.
Antes do início de videoconferência, é possível configurar as preferências (figura 3.22), onde é possível habilitar, entre outras características, o compartilhamento da
tela do computador, whiteboard, página web, documentos, lista de participantes,
gravação da conferência e etc.
Ainda antes, é possível assitir a vídeo tutorial sobre as facilidades do Dimdim, é só
clicar “Dimdim Vídeo Tour” (figura 3.23).
75
Figura – 3.22 – Configuração das preferências para reunião.
As figuras 3.23, 3.24 e 3.25 trazem imagens de testes em computador com
processador AMD Atholn XP 1.6 GHz, 2 GB de RAM e webcam de 1.3 MegaPixels,
em conexão ADSL com largura de banda de 1Mbps.
Figuras 3.24 e 3.25 - imagem do apresentador uti lizando arquivo em PowerPoint e
demonstração do quadro branco (whiteboard) respectivamente para o usuário à
distancia. Pode-se observar também, acima da imagem do apresentador, a lista de
participantes e, na coluna à direita da tela, o bate-papo (chat público).
76
Figura – 3.23 – Página inicial de reunião.
Figura – 3.24 – Interface do Dimdim na apresentação em PowerPoint.
Dimdim Vídeo Tour
Chat Público
77
Figura – 3.25 – Interface do Dimdim no compartilhamento do whiteboard.
Tabela 3.7 - avaliação do Dimdim de acordo com parâmetros definidos.
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos, intagração ao Zimbra, Moodle, SugarCRM, Claroline e gravação da conferência para transmissão on-demand.
Qualidade de áudio e vídeo Alta. Controle de acesso Por botão. Modelos de comunicação Modelo centralizado. Plataformas suportadas Windows, Linux, MacOS. Licença Gratuita. Comunicação e cenário Ponto-a-ponto e multiponto - Sistema desktop e
sala. Tabela – 3.7 – Avaliação do Dimdim.
3.2.1.8 ooVoo
Mensageiro da nova geração, o [...] ooVoo é o novo modo de comunicação on-line
[...]. (ooVoo, 2008). Conversas face a face com alta qualidade de vídeo e áudio, com
interface gráfica com aspecto 3D e com suporte a envio de arquivos e mensagens
de texto, mesmo com um dos terminais desconectado (off-line).
Chat Público
78
O ooVoo possibilita conversas de até seis pessoas simultaneamente, perfeito para
reuniões de família, colegas de trabalho, ou mesmo, de amigos, em transmissão
com suporte a áudio, vídeo e gravação de reunião.
Em primeiro momento, a ferramenta tem semelhança com o Messenger, até mesmo
para se cadastrar é preciso criar conta na rede ooVoo, como acontece com o MSN,
mas logo se percebe a diferença, principalmente na qualidade do áudio e vídeo.
Figura 3.26 - interface do ooVoo em comunicação entre três terminais.
Figura – 3.26 – Interface do ooVoo na comunicação multiponto.
Tabela 3.8 - avaliação do sistema ooVoo de acordo com parâmetros definidos.
Recursos disponíveis Áudio, vídeo, chat, envio de arquivo, gravação da reunião.
Qualidade de áudio e vídeo Alta. Controle de acesso Por detecção de silêncio. Modelos de comunicação Modelo centralizado. Plataformas suportadas Microsoft Windows. Licença Gratuita. Comunicação e cenário Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Tabela – 3.8 – Avaliação do ooVoo
79
Visando a melhor apresentação e comparação das características e resultados dos
testes, as tabelas de avaliação foram compiladas na tabela 3.9 que compara as
avaliações de soluções testadas, de acordo com parâmetros definidos.
Parâmetros NetMeeting Ekiga Polycom PVX CU-SeeMe VRVS/EVO Connect Pro DimDim ooVoo Recursos disponíveis
Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard, compartilhamento de aplicativos. O bate papo e desenhos podem ser salvos em arquivos.
Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard, compartilhamento de aplicativos, cancelamento de eco. O bate papo e desenhos podem ser salvos em arquivos.
Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard, compartilhamento de aplicativos, Controle automático de ganho (AGC), cancelamento de eco e Supressão Automática de Ruído (ANS), Criptografia em AES, QoS...
Áudio, vídeo e chat.
Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard, compartilhamento de aplicativos e gravação da conferência. O bate papo e desenhos podem ser salvos em arquivos.
Áudio, vídeo, chat, transferência de arquivos, whitboard (para desenhos), compartilhamento de aplicativos e gravação da conferência para transmissão on-demand.
Áudio, vídeo, chat, whitboard, compartilhamento de aplicativos, intagração ao Zimbra, Moodle, SugarCRM, Claroline e gravação da conferência para transmissão on-demand.
Áudio, vídeo, chat, envio de arquivo, gravação da reunião.
Qualidade de áudio e vídeo
Básica. Básica. Alta. Básica. Básica. Alta. Alta. Alta.
Controle de acesso
Por detecção de silêncio.
Por detecção de silêncio.
Por detecção de silêncio.
Por detecção de silêncio.
Por detecção de silêncio.
Botão Botão Por detecção de silêncio.
Modelos de comunicação
Modelo centralizado descentralizado
Modelo centralizado e descentralizado.
Modelo centralizado e descentralizado.
Modelo centralizado.
Modelo centralizado.
Modelo centralizado.
Modelo centralizado.
Modelo centralizado.
Plataformas suportadas
Microsoft Windows 9x, NT, 2000 e XP.
Linux, freeBSD e Windows
Microsoft Windows XP SP2.
Microsoft Windows 9x, NT, 2000, XP e Macintosh
Windows, PocketPC, Linux, MacOS, SUN Solaris/Unix e SGI Irix
Windows, PocketPC, Linux, MacOS, SUN Solaris/Unix e SGI Irix
Windows, Linux, MacOS
Microsoft Windows.
Licença Gratuita. Gratuita. Proprietária. Proprietária.
Gratuita. Proprietária. Gratuita. Gratuita.
Comunicação e cenário
Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Ponto-a-ponto e multiponto - Sistema desktop e sala de reunião.
Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto.
Ponto-a-ponto e multiponto - Sistema desktop e sala de reunião.
Ponto-a-ponto e multiponto - Sistema desktop e sala de reunião.
Sistema desktop ponto-a-ponto e multiponto
Tabela – 3.9 – Comparação das avaliações das soluções testadas.
85
3.3 SOLUÇÕES BASEADAS EM HARDWARE (SALAS OU
ESTÚDIOS)
As soluções em hardware são geralmente projetadas para salas de reuniões e de
aulas, com quantidade relativamente elevada de participantes. São sistemas
dedicados que incorporam as mais recentes tecnologias para transmissão de áudio,
vídeo e dados. A seção 3.3.1 apresenta terminais de videoconferência, com
destaque para os que foram testados neste trabalho, e a seção 3.4 apresenta
alguns MCUs oferecidos no mercado.
3.3.1 Terminais para Videoconferência
3.3.1.1 Tandberg
A linha MPX da Tandberg é composta de unidades, desde set-top portáteis, para
escritórios, e salas de reunião de pequeno, médio e grande porte, até equipamentos
de telepresença adaptável que proporcionam ótima experiência de comunicação
visual, como se todos estivessem sentados à mesma mesa. São equipamentos com
alto desempenho e alta qualidade de áudio e vídeo. (TANDEBERG, 2008).
Terminais fabricados pela Tandberg (TANDEBERG, 2008):
Terminais para grandes salas/auditório:
TANDBERG 8000 MXP;
TANDBERG 6000 MXP;
TANDBERG Maestro.
Terminais para reuniões e salas pequenas e médias:
TANDBERG 3000 MXP; 86
82
TANDBERG 1700 MXP;
TANDBERG 990 MXP;
TANDBERG 880 MXP;
TANDBERG 770 MXP.
Terminais para escritórios e pequenas reuniões:
TANDBERG 1000;
TANDBERG 550;
TANDBERG 95;
TANDBERG 85;
TANDBERG 75.
Neste projeto, testaram-se os seguintes terminais da Tandberg: 990 MPX e o Centric
1000 MPX, cedidos pela empresa TES – Tecnologia Sistemas e Comercio Ltda.
O 990 MPX, em sala máster do Centec, com capacidade para trinta pessoas
utilizando link ADSL de 1 Mbps, em conexão ponto-a-ponto com PC Pentium IV com
software PVX da Polycon, utilizando, também, link ADSL de 1 Mbps, com bom
desempenho mostrando ser solução ideal para salas de aula. É um equipamento
portátil, de fácil operação, por possuir interface amigável e de fácil manuseio. Apesar
de portátil, incorpora recursos e funções dos grandes sistemas com alto
desempenho e confiabilidade. Possui um servidor de streaming que permite a
difusão e captura de transmissões de áudio e vídeo. Suporte para dois monitores e
MCU embutido com capacidade para quatro sites de vídeo e áudio. Segurança em
chamadas e transferência de informações através de criptografia AES (Advanced
Encryption Standard). Possui ainda, entre outras qualidades, capacidade para
conexão em redes LAN wireless (figura 3.27).
Figura – 3.27 – TANDBERG 990 MPX.
Fonte: http://www.tandberg.com.
83
O Centric 1000 MPX – faz parte de equipamentos de escritórios, de uso individual e
para pequenas reuniões. Compõe-se dos seguintes terminais: 150 MPX, 1000 MPX
e 1700 MPX. São equipamentos compactos com câmera integrada e tela LCD
integrada com 8.4”, 12.1” e 20” respectivamente. O Centric 1000 MPX, conhecido
por T1000, apresentou boa performance na conexão IP com alta qualidade de áudio
e vídeo. Permite adicionar um PC à conferência, com recursos de segurança
incorporados e capacidade para comunicação wireless LAN. ( Pode ser montado
opcionalmente em paredes ) Veja figura 3.28.
Características:
Monitor integrado LCD de 12.1”;
Até 768Kbps H.323 / 768Kbps SIP / 384Kbps H.320;
Compartilha facilmente apresentações em PC;
Verdadeiro áudio com qualidade de CD;
Capacidade Wireless;
Transversalidade de firewall Expressway;
Versão de videotelefonia disponível para Cisco CallManager.
Figura – 3.28 – TANDBERG Centric 1000 MPX.
Fonte: http://www.tandberg.com.
Em visita ao escritório da Tandberg, em São Paulo-SP, e da TES em Cravinhos-SP,
apresentaram-se em funcionamento os terminais TANDBERG 6000 MPX e
TANDBERG 880 MPX, respectivamente.
O TANDBERG 6000 MPX possui um desing elegante e avançadas características
que proporcionam excelente colaboração em transmissões de videoconferência, em
84
ambientes de grande porte. Na apresentação, fez-se a chamada multiponto para os
escritórios da Tandberg, nos Estados Unidos, e, na Argentina, com excelente
qualidade de áudio e vídeo (figura 3.29).
Figura – 3.29 – TANDBERG 6000 MPX.
Fonte: http://www.tandberg.com.
O TANDBERG 880 MPX possui o mesmo design do 990 MPX diferenciando apenas
em largura de banda que cai para 384 Kbps em H.320 e 1.1 Mbps em H.323/SIP,
mas nada deixa a desejar na qualidade de áudio e vídeo. O teste foi realizado em
transmissão ponto-a-ponto com o escritório da TES, em São Paulo-SP.
3.3.1.2 Polycom
A linha de produtos da Polycom vai desde equipamentos de mesa para escritórios,
pessoais, a sofisticados sistemas como o Polycom RealPresence Experience High
Definition (RPX HD).
Soluções Polycom (POLYCOM, 2008):
Terminais para grandes salas/auditório:
HDX 9004;
HDX 9002;
HDX 9001.
85
Terminais para reuniões e salas pequenas e médias:
VSX 8000;
VSX 7000;
VSX 6000;
VSX 5000;
V 500.
Terminais para escritórios e pequenas reuniões:
HDX 4000;
VSX 3000;
V 700.
Os terminais da Polycom foram apresentados em funcionamento, em Roadshow da
Polycom (A Colaboração em Alta Definição), em Fortaleza, em 17 de abril de 2008,
com alto desempenho, qualidade e definição dos produtos. O VSX 7000s foi testado
no auditório da Assembléia Legislativa de Fortaleza, com capacidade para 100
pessoas uti lizando link framerelay dedicado, de 512 Kbps através da MCU MGC 25
da Polycom, em conferência multiponto com 10 salas. O equipamento mostrou-se
eficiente em grandes ambientes, com ótima performance e boa definição de imagem. A figura 3.30 apresenta o Polycom VSX 7000s. Outro equipamento
testado, em uso nas salas de videoconferência do Centec, o iPower 900, apesar de
fora de linha, é um terminal de excelente qualidade e ótimo desempenho nas
transmissões de videoconferência. É um sistema baseado em PC de
autodesempenho, com conectividade de rede ISDN, IP, V.35 (figura 3.31).
Figura – 3.30 – Polycom VSX 7000s.
Fonte: http://www.polycom.com/.
86
Figura – 3.31 – Polycom iPower 900.
Fonte: Sala Master CENTEC.
3.3.1.3 Aethra
A linha de produtos da Empresa italiana Aethra Networks vai desde equipamentos
de videoconferência de ultima geração, projetados para prover melhor performance
em salas de pequeno e médio porte, até sistemas completos incluindo monitores
desenvolvidos para aplicações: educação a distância, telemedicina, etc.
Os terminais fabricados pela Aethra são os seguintes: (AETHRA, 2008).
Terminais para grandes salas/auditório:
Electra;
Supernova X150/X242.
Terminais para reuniões e salas pequenas e médias:
Vega X7;
Vega X5;
Vega X3;
Vega Pro S.
Terminais para escritórios e pequenas reuniões:
Vega E4.
87
Não se fizeram testes com equipamentos da Aethra, a não ser a chamada da sala
máster do Centec para o equipamento de testes (Vega X7), disponível no escritório
da empresa, na Itália, utilizando-se de um iPower 900 da Polycom conectado a link
ADSL de 1 Mbps recebendo vídeo streaming com propaganda da empresa. Na
recepção, observou-se pequeno atraso, provavelmente provocado pelo link que não
dá suporte a QoS. O Vega X7 é um sistema HD (High-definition), com capacidade
de resolução até 720p (1280 x 720) (figura 3.32).
Figura – 3.32 – Vega X7.
Fonte: http://www.aethra.com/ProductDetails.asp?dp=14_Vega,X7.
3.3.1.4 Sony
A tecnologia Sony de videoconferência é usada extensamente na educação,
comércio, medicina e pesquisa científica. (SONY, 2008). São equipamentos de
excelente qualidade, desde o usuário comum, desktop, até terminais para auditórios.
Equipamentos para videoconferência da Sony (SONY, 2008):
Terminais para grandes salas/auditório:
PCS-HG90;
PCS-G70;
PCS-G50.
88
Terminais para reuniões e salas pequenas e médias:
PCS-1/M;
PCS-11.
Terminais para escritórios e pequenas reuniões:
PCS-TL50;
PCS-TL30.
Dos terminais da Sony, testa-se apenas o PCS-1, no auditório da Prefeitura de
Tauá-Ce, em transmissão multiponto, com 10 salas de videoconferência do Centec,
através do MCU da Assembléia Legislativa de Fortaleza, em conexão IP de 2 Mbps,
com bom desempenho e boa qualidade de áudio e vídeo, ideal para salas de médio
porte para reuniões e ensino a distância (figura 3.33).
Figura – 3.33 – PCS-1.
Fonte: http://pro.sony.com/bbsc/ssr/product-PCS1/
3.3.1.5 VCON
A Emblaze-VCON é a primeira companhia a introduzir videoconferência sobre IP
(VCON, 2008), com equipamentos de excelente qualidade, contempla desde o
usuário comum, através de kit para PC e desktop, até equipamentos para grandes
ambientes.
89
Equipamentos para videoconferência da Emblaze-VCON (VCON, 2008):
Terminais para grandes salas/auditório:
xPoint HD;
VCON HD5500;
VCON HD5000 .
Terminais para reuniões e salas pequenas e médias:
VCON HD4000 Pro (Baseado em PC);
VCON HD3000;
VCON HD2000;
VCON HD1000;
VCON HD600.
Terminais para escritórios e pequenas reuniões:
Escort/Cruiser 150/384 (Kit para PC).
Não foram feitos testes com os equipamentos da Emblaze-VCON. Informações e
manuais fornecidos no site da empresa. (http://www.emblaze-vcon.com/).
Das características de terminais, em destaque:
Largura de banda permitida;
Padrões suportados (destaque para: H.323/SIP, H.264, H.239 e T.120);
MCU integrado;
Firewall transversal;
Apresentação compartilhada com PC;
Câmara integrada/destacável;
Gestão Web;
Interfaces de rede;
Transferência de imagem (Formato de vídeo/Resolução).
90
A tabela 3.10 apresenta terminais, com características desejáveis, para recepção de
videoconferência, para grandes ambientes e uso pessoal, classificados de acordo
com o porte:
Sala grande (auditórios e salas de aula);
Sala pequena e média (salas de reuniões e de aula);
Mesa (pessoal – desktop).
Terminal Banda Padrões suportados MCU
embutida Firewall transversal
Compartilhamento com PC
Câmera Gestão WEB
Interfaces de rede Formato de vídeo (Resoluções)
TANDBERG 8000 MXP. Sala grande
4 MbpsH.323; 4 Mbps SIP; 2 Mbps H.320; 6 Mbps no total em diversos locais
H.261; H.263; H.263+; H.263++; H.264; G.711; G.722; G.722.1; G.728; 64 bit & 128 bit MPEG4AAC-LD; T.120; Entre outros.
6-Pontos TANDBERG ExpresswayTM Technology; Auto NAT; H.460.18, H.460.19 Firewall Traversal
SIM Integrada SIM 6-ISDN BRI; 1- E1/T1 G.703 ISDN PRI; 1- LAN/Ethernet; 1 x X.21/V.35/RS-449 ; 1- USB Inativo.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, VGA, SVGA, XGA
TANDBERG 990 MXP. [*] Sala pequena e média
2 MbpsH.323; 2 Mbps SIP; 512Kbps H.320; 2.3Mbps no total em diversos locais
H.261; H.263; H.263+; H.263++; H.264; G.711; G.722; G.722.1; G.728; 64 bit & 128 bit MPEG4AAC-LD; T.120; Entre outros.
4-Pontos TANDBERG ExpresswayTM Technology; Auto NAT; H.460.18, H.460.19 Firewall Traversal
SIM Integrada SIM 4- ISDN BRI; 1- LAN/Ethernet 10/100 1-PCMCIA para wireless LAN; 1-X.21/V.35/RS-449; 1-USB Inativo.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, VGA, SVGA, XGA
TANDBERG Centric 1000 MXP. [*] Mesa (pessoal)
768 kbps H.323; 768 kbps SIP; 384 Kbps H.320;
H.261; H.263; H.263+; H.264; G.711; G.722; G.722.1; G.728; 64 bit MPEG4 AAC-LD; T.120; Entre outros
NÃO TANDBERG ExpresswayTM Technology; Auto NAT; H.460.18, H.460.19 Firewall Traversal
SIM Câmera e Monitor LCD 12.1” integrados
SIM 3-ISDN BRI; 1-LAN/Ethernet; 1-PCMCIA para wireless LAN; 1-USB Inativo.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, VGA, SVGA, XGA
Popycom HDX 9000 Sala grande
4 MbpsH.323; 4 Mbps SIP; 2 Mbps H.320; 6 Mbps no modelo HDX 9004
H.261; H.263++; H.264; G.711; G.722; G.722.1; G.728; G729A; T.120; Entre outros
4-Pontos 8-Pontos no modelo HDX 9004
H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Destacável SIM 1-ISDN BRI; 1- E1/T1 G.703 ISDN PRI; 1- LAN/Ethernet; 1-X.21/V.35/RS 449/RS530 ; 1-USB Inativo; 1-1394 Inativo.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF. VGA, SVGA, XGA.
Polycom VSX 7000S. [*] Sala pequena e média
2 MbpsH.323; 2 Mbps SIP; 2 Mbps H.320;
H.261; H.263++; H.264; G.711; G.722; G.722.1; G.728; G729A; T.120; Entre outros
4-Pontos
H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Integrada SIM 1-ISDN BRI; 1- E1/T1 G.703 ISDN PRI; 1- LAN/Ethernet; 1 x X.21/V.35/RS-449/RS530.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
Polycom VSX 3000S Mesa (pessoal)
2 MbpsH.323; 2 Mbps SIP; 512Kbps H.320;
H.261; H.263++; H.264; G.711; G.722; G.722.1; G.728; G729A; T.120; Entre outros
4-Pontos
H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Câmera e Monitor LCD 17” integrados
SIM 1-ISDN BRI; 1- LAN/Ethernet;
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, VGA, SVGA, XGA
Aethra Electra e Supernova X150 Sala grande
4 MbpsH.323; 4 Mbps SIP; 2 Mbps H.320.
H.261; H.263++; H.264; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; MPEG4 AAC-LD; T.120; Entre outros.
9- Pontos H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Câmera Destacável Monitor LCD 50” integrado.
SIM 6- ISDN BRI; 2-LAN/Ethernet 10/100 Mbit; 1-X.21/V.35/RS-449.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
Aethra Vega X7 R Sala grande
4 MbpsH.323; 4 Mbps SIP; 2 Mbps H.320.
H.261; H.263++; H.264; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; MPEG4 AAC-LD; T.120; Entre outros.
9- Pontos H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Destacável SIM 6- ISDN BRI; 2-LAN/Ethernet 10/100 Mbit; 1-X.21/V.35/RS-449.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
96
92
Aethra Vega X5-S4, Vega X3-S4, Vega PRO S Sala pequena e média
2 MbpsH.323; 2 Mbps SIP; 2 Mbps H.320.
H.261; H.263++; H.264; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; MPEG4 AAC-LD; T.120; Entre outros.
Vega X5-S4 9- Pontos Vega X3-S4 4-Pontos
H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Integrada SIM Até 6- ISDN BRI; 2-LAN/Ethernet 10/100 Mbit; 1-X.21/V.35/RS-449.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
Aethra Vega E4 Mesa (pessoal)
2 MbpsH.323; 2 Mbps SIP; 512 Kbps H.320.
H.261; H.263++; H.264; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; MPEG4 AAC-LD; T.120; Entre outros.
4-Pontos H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Câmera integrada; Monitor LCD 19” destacável;
SIM 1- ISDN BRI; 2-LAN/Ethernet 10/100 Mbit.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
Sony PCS-HG90 PCS-G70 Sala grande
8 MbpsH.323(HG90); 4 MbpsH.323(G70); 2 Mbps H.320(opcional).
H.261;H.263; H.263+; H.263++; H.264; MPEG-4 SP@L3;H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; G.729; MPEG4 AAC; T.120; Entre outros.
Até 10 Pontos com software MCU (opcional)
Não especificado
SIM Destacável SIM 1-LAN/Ethernet 10/100 Mbit. ISDN (externo opcional)
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
Sony PCS-1 [*] PCS-11 Sala pequena e média
2 MbpsH.323; 768 Kbps H.320(opcional).
H.261;H.263; H.263+; H.263++; H.264; MPEG-4 SP@L3; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; G.729; MPEG4 AAC; T.120.
Até 6 Pontos com software MCU (opcional)
Não especificado
SIM Destacável SIM 1-LAN/Ethernet 10/100 Mbit. ISDN (externo opcional)
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
Sony PCS-TL50 Mesa (pessoal)
2 Mbps H.323; 768 Kbps H.320(opcional).
H.261;H.263; H.263+; H.263++; H.264; MPEG-4 SP@L3; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; G.729; MPEG4 AAC; T.120.
Até 5 Pontos com software MCU (opcional)
Não especificado
SIM Câmera e Monitor LCD Widescreen TFT 20” integrados
SIM 1-LAN/Ethernet 10/100 Mbit. ISDN (externo opcional)
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
VCON xPoint HD Sala grande
4 Mbps H.323; 512 Kbps H.320
H.261;H.263; H.263+; H.263++; H.264; H.239; H.241; G.711; G.728; G.722; G.722.1; G723.1; G.729; MPEG4 AAC-LD; T.120.
NÃO H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Destacável SIM 1-LAN/Ethernet 10/100 Mbit. ISDN (4xBRI)
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
VCON HD3000 Sala pequena e média
4 Mbps H.323;
H.261; H.263; H.263+; H.263++; H.264 (atualização software) G.711; G.722; G.723.1; G.728; G.729; T.120.
4-Pontos H.460.18/.19 NAT/firewall traversal
SIM Integrada SIM 1-LAN/Ethernet 10/100 Mbit.
CIF, SIF, 4CIF, 4SIF, QCIF, QSIF, VGA, SVGA, XGA.
VCON Escort e Cruiser 150/384 (Kit para PC) Mesa (pessoal)
1.5 Mbps H.323; 384 Kbps H.320
H.261; H.263; G.711; G.728; G.722; G.723.1; H.281; H.221; H.243; T.120; Entre outros.
NÃO NÃO
NÃO (Kit) Câmera, placa PCI, microfone e alto-falante.
Através do Console MXM
3–ISDN RJ45
CIF, QCIF.
[*] Testados para este projeto de Mestrado. Tabela – 3.10 – Características dos terminais de videoconferência.
3.4 MCUs
As MCUs (seção 2.3.1) podem ser baseadas em hardware (MCU stand-alone) ou
software. As em hardware têm componentes proprietários, de preço bem elevado,
no entanto, mais rápidas e confiáveis. As baseadas em software são mais flexíveis,
portáveis, com preço bem acessível, no seu desempenho, porém, dependem dos
recursos do PC e também do sistema operacional. Nessa seção, apresentam-se as
principais características que se levam em consideração na escolha de MCU stand-
alone.
A MCU em software possui, praticamente, o mesmo modo de operação de MCU em
hardware, composta de pacote de software instalado em algum sistema operacional,
rodando em computador robusto, de boa capacidade de processamento.
Os fabricantes de MCU de software normalmente limitam o número de conexões simultâneas por uma licença que é adquirida pelo cliente. Porém, existem limites técnicos para o número de locais que podem ser conectados juntos ao mesmo tempo baseados no poder de processamento e velocidade do servidor. (COOKBOOK, 2005).
A tabela 3.11 apresenta MCUs baseadas em hardware, no mercado, com estas
características:
Padrões suportados (destaque para áudio, vídeo);
Suporte ao protocolo SIP;
Largura de banda permitida;
Servidor de streaming;
Gatekeeper embutido;
Gestão Web;
Interfaces de comunicação;
Participantes – Número de sites permitido na transmissão;
Segurança;
Qualidade de serviço;
Presença contínua – Participantes apresentados ao mesmo tempo na tela.
98
Modelo Padrões SIP Banda Streaming Unicast/multicast
Gatekeeper Gestão WEB
Interfaces Participantes Segurança Qualidade de Serviço
Presença Contínua
Tandberg MCU
H.261, H.263, H.263+, H.264 G.711, G.722, G.722.1, G.728
NÃO 2 Mbps H.323/H.320
NÃO NÃO SIM 4 x E1 / T1 G.703 (RJ-45) para ISDN PRI; 1 x LAN / Ethernet 10/100 Mbit
16 SIM Dif fServ; Precedência IP; TOS; RSVP; Intelligent Packet Loss Recover y
SIM
TANDBERG Codian MCU 4200 Series
H.261, H.263, H.263+, H.263++, H.264 G.711, G.722, G.723.1, G.728, G.729, MPEG-4 AAC-LC,MPEG-4 AAC-LD, Polycom® Siren14™ / G.722.1Annex C
Opcional
2 Mbps H.323
30 a 200/Ilimitado Opcional
SIM 2 x RJ45 Ethernet, 10/100/1000 Mbps full/half duplex.
6 a 40 SIM DSCP configurável ou TOS; Precedência IP
Até 50
TANDBERG Codian MCU 4500 Series
H.261, H.263, H.263+, H.263++, H.264 G.711, G.722, G.723.1, G.728, G.729, MPEG-4 AAC-LC, MPEG-4 AAC-LD, Polycom® Siren14™ / G.722.1Annex C
SIM 5 Mbps H.323
24 a 80/Ilimitado SIM
SIM 2 x RJ45 Ethernet, 10/100/1000 Mbps full/half duplex.
12 a 40 SIM DSCP configurável ou TOS; Precedência IP
Até 50
TANDBERG Codian MSE 8000 Series
H.261, H.263, H.263+, H.263++, H.264 G.711, G.722, G.723.1, G.728, G.729, MPEG-4 AAC-LC, MPEG-4 AAC-LD, Polycom® Siren14™ / G.722.1Annex C
SIM 4 Mbps H.323; 2 Mbps H.320.
SIM. Quantidade não especificada.
Opcional
SIM Não especificado. 40 a 360 SIM Não especificado Até 50
Polycom MGC-25/ MGC-50/ MGC-100.
H.261, H.263, H.264 G.711a, G.711u. G.722, G.722.1, G.723.1, G.728, Siren 7, Siren 14
SIM 2 Mbps H.323/H.320
Conectado ao Servidor de Gravação e Streaming RSS 2000. Até 50/Ilimitado
Opcional
SIM 1-10/100 Ethernet 2/4/8- PRI Interface ISDN e Dedicada, T1/E1 2/4/8 -T1 CAS
12 a 100 SIM Reordena e sincroniza os pacotes IP recebidos; Resilência de erro IP; Precedência IP; DiffServ.
SIM
Polycom RMX 2000
H.263, H.264 G.711a/u, G.722, G.722.1C, G.722.1, G.723.1, G.729A, Siren™ 14
SIM 4 Mbps H.323/H.320
Conectado ao Servidor de Gravação e Streaming RSS 2000. Até 50/Ilimitado
Opcional
SIM 3-LAN ports; 1-10/100Mb ShMG port; 1-Serial port; 1-USB port; 12-E1/T1 PRI Opcional.
Até 1000 SIM DiffServ; Precedência IP; Buffer dinâmico p/redução de jitter; Cancelamento de erros de voz e vídeo.
SIM
99
95
Aethra AMS 400
H.261, H.263, H.264 G.711, G.722, G.722.1, G.723.1, G.728, G.729AB
SIM 2 Mbps H.323/H.320
Opcional
Opcional
SIM Não especificado. Até 96 SIM DiffServ; Precedência IP; TOS.
Até 16
Aethra MCU+
H.261, H.263, H.264 G.711, G.722, G.722.1, G.723.1, G.7281, G.729AB1
SIM 2 Mbps H.323/H.320
Até 144/Ilimitado SIM SIM Não especificado. Até 48 SIM DiffServ; Precedência IP; TOS.
SIM
VCON VCBv6 Modelos: 12/24/36/48
H.264, H.263++, H.263+, H.263, H.261 AAC-LD, G.722, G.722.1 Annex C, G.729 G.711, G.723.1, G.728.
SIM 4 Mbps H.323/H.320
SIM SIM SIM 4- 10/100/1000 Mb Ethernet
12 a 48 SIM DiffServ; Precedência IP.
Até 25
* O penMCU (Software)
H.261, H.263, H.263+, H.263++, H.264 G.711, G.722, G.723.1, G.728, G.729, MPEG-4 AAC-LC,MPEG-4 AAC-LD
SIM Gerenciável Conectado ao Servidor de Gravação e Streaming
Opcional. Pode ser instalado no mesmo PC. (gnugk).
SIM 2- 10/100/1000 Mb Ethernet
Ilimitado. Depende da lagura de Banda e do poder de processamento do PC
SIM H.235
NÃO SIM Até 4 na tela. Restante oculto.
* MCU em software livre instalada em PC. Tabela – 3.11 – Características dos MCUs de videoconferência.
Ainda com referência à tabela 3.11, adiciona-se o OpenMCU (software), para comparativo com as MCUs (hardware).
4 ESTUDO DE CASO
4.1 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DE UM GATEKEEPER E OPENMCU NA REDE DE VIDEOCONFERÊNCIA DO CENTEC
A proposta de rede de videoconferência, neste projeto, é baseada em parâmetros estabelecidos e testes (capítulo 3), reaproveitamento de equipamentos e infra-
estrutura existente, principalmente, custo.
Além do GateKeeper e o OpenMCU, foi necessária a instalação de um gateway
h323, é que é, por seu intermédio que se consegue a comunicação de terminais
H.323 com outros padrões para comunicação de videoconferência, pois um gateway
fornece serviços de transcodificação como tradução de endereços, tradução de
protocolos de rede e tradução da codificação de áudio e vídeo entre tecnologias de
conferência diferentes.
A estrutura atual da rede de videoconferência do Centec, implantado o sistema MCU
aberto (figura 4.1), é de seguinte configuração:
101
97
Figura – 4.1 – Estrutura atual da rede de videoconferência do Centec.
OpenMCU/Gatekeeper CENTEC – Processador Intel Core 2 Duo 4400 @
2.00 GHz, memória RAM de 2 Gbytes, HD de 120 Gbytes, emprega o sistema
operacional Linux, distribuição Ubuntu versão 8.04, implementados os sistemas
abertos de videoconferência, desenvolvidos no projeto OpenH323 (OpenMCU
e OpenGK) para gerenciamento de videoconferência multiponto, tradução de
endereços, controles de admissões, controles de largura de banda,
administração de zona, roteamento de chamadas;
Gateway H323 – Processador Intel Core 2 Duo 4400 @ 2.00 GHz, memória
RAM de 2 Gbytes, HD de 120 Gbytes, emprega o sistema operacional Linux,
distribuição Ubuntu versão 8.04. Implementação de um Gateway H323 para
comunicação com outros terminais de diferentes padrões como o H.310, H.320,
H.321, H.322, H.324, V.70 e terminal de voz. Tradução de endereços, tradução
de protocolos de rede e tradução da codificação de áudio e vídeo entre
tecnologias de conferência diferentes;
Sala Master CENTEC e os terminais dos CVT, CVTec e Fatec - são
equipamentos da Polycom (iPower 900 v6 antes do projeto) baseados em PC
rodando o sistema operacional Windows 2000;
PC01 - utiliza o software Polycom PVX rodando no SO Windows XP;
PC02 - também com o Windows XP e o software NetMeeting da Microsoft;
98
PC03 - utiliza o software Ekiga rodando no SO Linux/Ubuntu;
PC Aristides - utiliza o Polycom PVX rodando no Windows Vista com uma
conexão ADSL de 1 Mbps;
MCU Assembléia - é a MCU stand-alone MGC25 da Polycom, com
capacidade para 25 terminais, com conexão framerelay dedicada de 2 Mbps.
Os PCs têm processador pentium IV 3.00 Ghz e memória RAM de 1 a 2 Gbytes,
equipados com webcam USB, caixa de som e microfone. Com essa estrutura, o
Centec pode fazer videoconferência utilizando a MCU da Assembléia conectada à
rede framerelay dedicada, como também pode fazer sobre IP e com outros padrões
para qualquer parte do mundo.
O Anexo B descreve o passo-a-passo para instalação e configuração do
Gatekeeper e do OpenMCU e configuração dos terminais baseados em software:
NetMeeting, Ekiga e Polycom PVX.
Figura 4.2 - procedimento de conexão entre dois terminais H.323 uti lizando o
Gatekeeper.
Estabelecimento de conexão:
RAS:
1. T1 envia mensagem RAS H.225 ARQ solicitando registo no Gatekeeper.
2. O Gatekeeper confirma a admissão enviando mensagem ACF para T1.
3. T1 requisita conexão com T2, através de mensagem de iniciação de
sinalização de chamada H.225.
4. T2 responde a T1, através de mensagem H.225, informando que a mensagem
está em andamento.
5. T2 solicita registro no Gatekeeper enviando mensagem RAS ARQ para o
Gatekeeper.
6. O Gatekeeper confirma o registro de T2 enviando mensagem RAS ACF.
7. T2 envia mensagem de alerta H.225 para T1 informando o estabelecimento da
conexão.
99
8. T2 envia mensagem de conexão H.225 para T1, confirmando o
estabelecimento da conexão.
Figura – 4.2 – Procedimento de conexão entre dois terminais H.323.
100
H.245:
9. O canal de controle H.245 é estabelecido entre T1 e T2. T1 envia mensagem
H.245 para T2 reportando suas capacidades.
10. T2 reconhece as capacidades de T1 enviando mensagem de confirmação
para T1.
11. T2 envia para T1 mensagem H.245 informando sua capacidade.
12. T1 reconhece as capacidades de T2 enviando mensagem de confirmação
para T2.
13. T1 abre um canal de mídia com T2 enviando mensagem H.245
openLogicalChannel. O endereço de transporte para o canal RTCP está
incluso na mensagem.
14. T2 confirma o estabelecimento do canal lógico unidirecional de T1 para T2
enviando mensagem de confirmação, em que está incluso o endereço de
transporte RTP alocado por T2 que deverá ser uti lizado por T1 para o envio
da stream de mídia RTP. A mensagem também contém o endereço RTCP
recebido anteriormente de T1.
15. T2 abre canal de mídia com T1 enviando mensagem H.245
openLogicalChannel, com endereço do canal RTCP alocado por T2.
16. T1 confirma o estabelecimento do canal lógico unidirecional de T2 para T1
enviando mensagem de confirmação, o endereço de transporte RTP alocado
por T1 para que T2 envie a stream de mídia RTP, e endereço RTPC
recebido anteriormente de T2. Agora, tem-se a comunicação bidirecional de
mídia.
MIDIA STREAM
17. T1 envia stream de mídia encapsulada com RTP para T2.
18. T2 envia stream de mídia encapsulada com RTP para T1.
19. T1 envia mensagens RTCP para T2.
20. T2 envia mensagens RTCP para T1.
FINALIZANDO A CONEXÃO
21. T2 inicia a finalização da chamada e envia mensagem H.245 para T1.
101
22. T1 libera os terminais da chamada e confirma a finalização enviando
mensagem H.245 para T2.
23. T2 completa a finalização da chamada enviando mensagem H.225 de
finalização completa para T1.
24. T1 e T2 desligam-se do Gatekeeper enviando mensagem RAS DRQ para o
mesmo.
25. O Gatekeeper confirma o desligamento de T1 e T2 enviando mensagem DCF
para ambos.
Para o Gatekeeper existe interface gráfica externa, chamada de GkGUI para
monitoramento e controle, desenvolvida pela Citron Network Inc.
<http://www.citron.com.tw/> Ele requer Java 1.4. E os seus recursos incluem
(OpenH323 Gatekeeper, 2008):
Monitorar múltiplos gatekeepers simultaneamente;
Dois modos de visalização: Lista de Botões e Árvore;
Registros das Chamadas (CDR) e estatisticas;
Log da Interface de Status do GK;
Diferentes cores para diferentes tipos de endpoints;
Modificar a configuração do gatekeeper;
Forçar o desregistro dos endpoints;
Armazenar e imprimir os logs do status e os CDR.
Figura 4.3 - interface do GkGUI no monitoramento de dois terminais conectados ao
OpenMCU.
O OpenMCU está representado pelo retângulo azul enquanto que os dois terminais,
term02 e term04, uti lizando o software “NetMeeting”, estão representados pelos
retângulos vermelhos.
Os registros podem ser observados na parte inferior esquerda do corpo do GkGUI,
com hora, dia, mês e ano da conexão.
102
Figura – 4.3 – Interface do GkGUI no monitoramento de dois terminais conectados ao OpenMCU.
Para o OpenMCU existe interface gráfica via web para configuração (figura 4.4).
Pela interface, que exige login, informa-se se a conexão é feita com ou sem
gatekeeper, definição de porta, sala para conexão, qualidade da imagem,
quantidade de frames por segundo, entre outras configurações.
Figura 4.5 - monitoramento do trafego da rede através do Wireshark (Ethereal),
onde se observa a solicitação de terminal para registro no gatekeeper, confirmação,
registro, transferências de pacotes, tamanho dos pacotes em bytes, entre outros.
Registro dos terminais e OpenMCU
103
Figura – 4.4 – Interface web para configuração do OpenMCU.
Figura – 4.5 – Monitoramento do trafego de rede através do Wireshark (Ethereal).
4.2 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após pesquisa persistente sobre soluções, no mercado, para videoconferência,
baseada em software livre, proprietária e em hardware, fizeram-se testes com
softwares (capítulo 3, seção 3.2), e soluções baseadas em hardware (seção 3.3).
Os testes basearam-se na instalação, configuração e comunicação com outros
terminais, locais e distantes, para avaliação da qualidade de áudio, vídeo e
colaboração como: transferência de arquivos, quadro branco e outras facilidades,
muitas vezes, necessárias na transmissão de videoconferência. Os testes se
estenderam com a instalação e configuração do OpenMCU e Gnugk, em máquina
usando SO Ubuntu (capítulo 4). O sistema apresentou boa performance,
demonstrando ser solução eficaz e econômica para implantação do sistema de
videoconferência multiponto.
Na montagem e instalação dos softwares, observam-se vários problemas,
principalmente de inconsistência nas transmissões, por incompatibilidade de
hardware, mais especificamente, placa de rede e, até mesmo, o próprio computador
causando assim instabilidade no sistema.
Durante os testes, verificou-se, nos terminais, instabilidade de aplicações e sistema
operacional, causando, muitas vezes, o encerramento da transmissão de vídeo para
o OpenMCU. Também foram feitas pequenas modificações no script de inicialização
do OpenMCU para adequação ao sistema. O Gnugk possui arquivo de configuração,
“gatekeeper.ini”, bastante extenso, forçando a execução de experimentos, muitas
vezes, prejudicados pelo freqüente congelamento e interrupção das aplicações.
Resolvidos os problemas, na maioria, decorrentes de configuração do Gatekeeper,
com a ajuda do manual na página do projeto e bastante paciência, foi possível
configurá-lo de acordo com nossas necessidades e, assim, o sistema passou a
funcionar plenamente comprovando eficiência e viabilidade, em sistemas de
conferências multimídias sobre IP que, até bem pouco tempo, só era possível com
aplicações proprietárias.
109
105
Com os resultados dos testes, é possível a escolha de sistema adequado que
contemple as necessidades de instituições que queiram implantar videoconferência.
Alguns equipamentos baseados em hardware para estúdios/salas, não foi possível
testá-los diretamente em laboratório, por ser praticamente impossível consegui
todos, mas fabricantes disponibilizam equipamentos para testes em suas empresas,
transmitindo vídeo streaming, possibilitando realizar testes de comunicação.
5 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS
Na primeira fase deste projeto, fez-se pesquisa minuciosa sobre videoconferência,
conceitos fundamentais, características desejáveis, problemas existentes, ambiente
dos participantes e soluções no mercado, em hardware e em software, proprietárias
e abertas. Com esta pesquisa, é possível estabelecer parâmetros, em sincronia com
as normas, para avaliar as aplicações em sistemas de videoconferência. Na
segunda fase, testam-se e avaliam-se soluções em hardware e software,
proprietárias e de código aberto, de acordo com parâmetros estabelecidos.
Os serviços de videoconferência estão cada vez mais necessários no cotidiano das
empresas, instituições de ensino, até mesmo para o usuário comum, principalmente
pela economia de tempo, dinheiro e de abrangência de público geograficamente
maior, pois dependem mais de custo/beneficio e projetos adequados do que de
desenvolvimentos tecnológicos. Com isso, os usuários necessitam escolher a
aplicação adequada aos objetivos, com custo operacional de acordo com sua
realidade.
Na escolha do sistema de videoconferência, é preciso ter em conta o objetivo
principal, por exemplo, se o sistema é utilizado em reuniões de pequenos grupos,
salas de aula, auditório ou apenas para videoconferência pessoal. Para tanto, é
preciso saber os recursos disponibilizados pelo produto, plataformas suportadas,
qualidade de som e imagem, tipo de licença, meios de comunicação, entre outros.
111
107
Na terceira, tem-se ambiente de conferência multimídia sobre IP, na rede de
videoconferência do Instituto Centec, utilizando computadores de última geração,
com o Sistema Operacional Ubuntu para instalação e configuração do OpenGK,
OpenMCU e Gatway H.323.
Pela pesquisa, conclui-se que os padrões abertos de comunicação e de sistemas
operacionais, OpenGK, OpenMCU e Linux, trouxeram solução para implantação de
sistemas de videoconferência, em instituições onde o custo é fator importante,
principalmente pela flexibilidade e escalabilidade desses sistemas que possibilitam
adequação, de acordo com as necessidades e objetivos de quem vai utilizá-los.
Os resultados deste trabalho de pesquisa e avaliação de sistemas de
videoconferência servirão como referencial para instituições e/ou empresas que
pretendam implantar o sistema, para reuniões de trabalho e/ou ensino a distância. A
implantação do OpenMCU e OpenGK para gerenciamento e transmissão de
multiconferências, na rede do Instituto Centec, está apta a revitalizar as Infovias do
Desenvolvimento do Governo do Estado do Ceará, possibilitando emprego efetivo
do sistema, na geração de conteúdo, e, desta forma, desencadear ações de
formação continuada em rede, envolvendo Universidades, Secretarias de Educação
e Escolas Publicas dos Sistemas de Ensino, e, com isso, contribuir com a sociedade
cearense, na formação do individuo, principalmente no interior, onde a dificuldade de
aprendizado torna-se maior, seja em de cursos de curta duração e/ou pós-
graduação, de forma a atingir maior público.
Em transmissões de videoconferências, sente-se a necessidade de gravação para
arquivamento e transmissão de vídeo sob demanda, necessária, principalmente ao
aluno que não pode assistir, na data prevista, por motivos alheios a sua vontade.
Bem como a necessidade de interface web como apoio à videoconferência,
principalmente no ensino a distância. Daí, em face das necessidades, a
possibilidade de trabalhos futuros:
Implementar solução de código-aberto para servidor de vídeo streaming,
baseado em PC e acoplado a gravador de DVD com HD, solução econômica
em substituição aos servidores de vídeo streamings proprietários, com custo
elevado.
108
Implementar Videoconferência, embutida em AVA (Moodle), com recursos do
SIP/OpenH.323 e, se possível, APIs, para ser usada como ferramenta de apoio
a cursos de educação a distância em que usuários on-line possam se
comunicar através de som e imagem, assistir a vídeo streaming que também
possibilite, ao usuário autorizado, ingressar em salas de videoconferências em
andamento.
109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AETHRA. Videocommunication. Disponível em: <http://www.aethra.com/ProductList.asp?id=1.> Ultimo acesso em: abril de 2008.
CATUNDA, J.A.T. Uma Proposta de Capacitação Docente sobre o uso da Videoconferência como Recurso Midiático para EaD, Especialização em Educação a Distância, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Fortaleza-Ce, outubro de 2007.
CLINGTON, I. I. B. A, Sistema de Videoconferência e Videodifusão para a FCUL, setembro de 2006. Centro de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Disponível em: <http://www.di.fc.ul.pt/disciplinas/pei/pei0506/conteudo/documentos/rels_finais/0506rfinal_27976.pdf> Acesso em: março de 2008.
COOKBOOK. Videoconferencing Cookbook Version 4.1. Disponível em: <http://www.videnet.gatech.edu/cookbook.en/list_page.php?topic=1&url=pf intro.html&level=1&sequence=1&name=Introduction>, março de 2005. Acesso em: outubro de 2007.
F.730, International Telecommunication Union Telecommunication Standardization Sector ITU-T, "Telematic, Data Transmission, ISND BroadBand, Universal, Personal Telecommunications and Teleconference Services.", agosto de 1992.
FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional, VRVS/EVO. Disponível em:<http://www.fccn.pt/index.php?module=pagemaster&PAGE_user_op=view_page&PAGE_id=431&947cda2253a1dc58fe23dc95ac31cbed=236f170ecd16ec0b25d141c05f032b89.> Acesso em: abril de 2008.
FERREIRA, Paulo. Videoconferência sobre IPv6. Desenvolvimentos Avançados em Redes. Deliverable 2.05.2. FCCN, setembro de 2005. Disponível em: http://www.fccn.pt/files/documents/D2.05.2.PDF?947cda2253a1dc58fe23dc95ac31cbed=e3fbccc61614de6343e90171d1d8d1c8. Acesso em: abril de 2008.
FERNANDES, J. EVO - the Future of Collaboration - intelligent, autonomous and massively distributed, novembro de 2006. Disponível em: <http://www.rnp.br/_arquivo/sci/2006/fernandes_joao.pdf.>. Acesso em: novembro de 2007.
H.323, International Telecommunication Union Telecommunication Standardization Sector ITU-T, "Packet Based Multimedia Communications Systems", junho de 2006.
LEOPOLDINO, G.M. Avaliação de Sistemas de Videoconferência, Dissertação de Mestrado, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação de São Carlos - USP, São Carlos, SP, Agosto de 2001. Disponível em:
110
<www.rnp.br/_arquivo/videoconferencia/AvaliacaoVideo.pdf>. Acesso em: outubro de 2004.
LEOPOLDINO, G.M.; MEDEIROS, R. C. M. H.323: um padrão para sistemas de comunicação multimídia baseado em pacotes, NewsGeneration, volume 5, número 6, de 05 de dezembro de 2001. Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/0111/h323.html>. Acesso em: outubro de 2004.
OLIVEIRA, J. C, TVS: Um Sistema de Videoconferência, agosto de 1996. Departamento de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Disponível em: <ftp://ftp.inf.puc-rio.br/pub/docs/theses/96_MSc_oliveira.pdf>. Ultimo acesso em: março de 2008.
ooVoo. Disponível em: http://www.oovoo.com/pt/index.aspx?lang=pt. Ultimo acesso em: abril de 2008.
OpenH323 Gatekeeper. Portuguese manual for GNU Gatekeeper 2.0.6. Disponível em: http://www.gnugk.org/gnugk-manual-pt.html. Ultimo acesso em: abril de 2008.
OpenH323 Project. Disponível em, < http://openh323.sourceforge.net/.> Acesso em: setembro de 2008.
POLYCOM. Video Conferencing Systems. Disponível em: <http://www.polycom.com/cala/en/products/video/video_conferencing_systems/video_conferencing_systems.html.> Ultimo acesso em: abril de 2008.
RAD COM Academy, H.323 Protocols Suite. Disponível em: <http://www.protocols.com/pbook/h323.htm>. Acesso em: março de 2008.
RFC3261, Internet Enginieering Task Force-IETF, “SIP: Session Initiation Protocol”, junho de 2002. Disponível em: < http://www.ietf.org/rfc/rfc3261.txt.>. Acesso em: novembro de 2007.
RNP. Serviços de videoconferência, 2004. Disponível em: <http://www.rnp.br/videoconferencia>. Acesso em: outubro de 2004.
RNP. Operação e Administração prática de Sistemas de Videoconferência. Escola Superior de Redes-RNP. 2006. São Paulo-SP.
SECITECE - Governo do Estado do Ceará/Secretaria de Ciência e Tecnologia. INFOVIAS DO DESENVOLVIMENTO, Disponível em: <http://www.sct.ce.gov.br/programasInfovias.asp> Julho de 2001. Acesso em: outubro de 2007.
SONY. Video Conference Devices. Disponível em: <http://pro.sony.com/bbsc/ssr/cat-videoconference/. > Ultimo acesso em: abril de 2008.
TANDEBERG. HD Video Conferencing. Disponível em: <http://www.tandberg.com/products/HD_Video_Conferencing.jsp.> Ultimo acesso em: abril de 2008.
111
TAROUCO, L.M.R.; GRANVILLE, L.Z.; FABRE, M.C.J.M; TAMUSIUNAS, F.R. Videoconferência, outubro de 2003. Disponível em: <http://www.rnp.br/>. Acesso em: novembro de 2004.
TRILLIUM. H.323 Tutorial, International Engineering Consortium, 2008. Disponível em: <http://www.iec.org/online/tutorials/h323/topic01.html>. Acesso em: março de 2008.
VCON. Emblaze-VCON Products. Disponível em: <http://www.vcon.com/products/.> Ultimo acesso em: abril de 2008.
WIKIPEDIA. CU-SeeMe. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/CU-SeeMe. Ultimo acesso em: março de 2008.
CLASSROOM. Adobe Acrobat Connect. Disponível em: www.classroom.com.br. Ultimo acesso em: outubro de 2008.
DIMDIM. Dimdim Web Meeting. Disponível em: http://www.dimdim.com. Ultimo acesso em: outubro de 2008.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
BACHMANN, F. Levantamento de Aplicações, Ferramentas e Projetos voltados para Videoconferência e Trabalho Colaborativo mediado por Computador, Departamento de Engenharia Elétrica – UFSC - Florianópolis, 26 de fevereiro de 2002. Disponível em: <http://www.ctai.senai.br/divulgacao_artigos_levantamento.htm>. Acesso em: outubro de 2004.
BACHMANN F.; MARTINS I. L.; FARINES J. M. Endereçamento Multicast e Aplicações Multimídia Distribuídas na RMAV-FLN; NURCAD/UFSC; Fpolis, 2001. Disponível em: <http://www.ctai.senai.br/divulgacao_artigos_enderecamento.htm>. Acesso em: outubro de 2004. CRUZ, D.M. O Professor Midiático: A Formação Docente para a Educação a Distância no Ambiente virtual da Videoconferência, Tese de Doutorado, Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
COOKBOOK. H.323, Recomendação ITU-T (International Telecommunication Union). Disponível em: <http://www.videnet.gatech.edu/cookbook.en/list_page.php?topic=3&url=H323_hardware.htm&level=1&sequence=1&name=H.323> Acesso em: novembro de 2004.
112
FONSECA, J.L.A. Arquitetura de Redes para Aplicações Multimídia de Tempo Real, Dissertação de Mestrado, Instituto de Computação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 2001.
HOLANDA, F. A. Educação para o Trabalho, Fortaleza: Impressão Gráfica e Editora Ltda (Edições Uva) 2002.
LEOPOLDINO, G.M. Soluções de videoconferência: documento de referência - RNP, Campinas, SP, Outubro de 2003. Disponível em: <www.rnp.br/_arquivo/videoconferencia/ref0306.pdf>. Acesso em: outubro de 2004.
LEOPOLDINO, G. M. “VRVS - Virtual Rooms Videoconferencing System: um sistema de videoconferência”. Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/0207/vrvs.shtml>. Acesso em: outubro de 2004.
LEOPOLDINO, G.M.; MOREIRA, E.S. Modelos de Comunicação para Videoconferência, NewsGeneration, volume 5, número 3, Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/0105/video.html>, 11 de maio de 2001. Acesso em: outubro de 2004.
LIMA, T.S.; BAZZO, J.J.; SIQUEIRA, J.I.; SCHEER, S. Experimentos de Videoconferência na ReMAV-Curitiba – Seminários a Distância, NewsGeneration volume 4, número 4, Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/0007/art8.shtml>, julho de 2000. Acesso em: outubro de 2004.
Lyra´s Warehouse, Instalando e Configurando um Gatekeeper e um MCU para Videoconferências H323. Disponível em: <http://www.soueu.com.br/index.php/Linux/GateKeeperMCU>. Ultimo acesso em: março de 2008.
MELCHIORS, C. Sistemas Interpessoais de Videoconferência (MBone) Instituto de Informática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, janeiro de 1997. Disponível em: <http://penta.ufrgs.br/~cristina/mbone/ti/ticap0.htm>. Acesso em: outubro de 2004.
RNP. Transmissões e videoconferência na rede, 22.12.2003. Disponível em: <http://www.rnp.br/noticias/2003/not-031222a.html>. Acesso em: novembro de 2004.
SILVA, C. R. O. Bases Pedagógicas e Ergonômicas para Concepção e Avaliação de Produtos Educacionais Informatizados, Dissertação de Mestrado, Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Julho de 1998. Disponível em: <www.eps.ufsc.br/disserta98/ribeiro/>. Acesso em: outubro de 2004.
TIRADO, D. I. G. A., EducNet - Um Ambiente Virtual de Aprendizagem para Redes de Alta Velocidade a Baixo Custo. Dissertação de Mestrado, Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 04 de abril de 2002. Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br>. Acesso em: outubro de 2004.
VIDEOCONFERENCIA: Una herramienta para aumentar la productividad de la empresa de hoy: ¿H.323 o H.320?. Disponível em:
113
<http://www.comunicaciones.unitronics.es/tecnologia/H.323.html>, 06 de maio de 2003. Acesso em: outubro de 2004.
ViDeNet. RADVISION Technology at the Core of the Largest IP Network for Global Voice and Videoconferencing: ViDeNet. Disponível em: <http://www.radvision.com/NBU/Products/viaIP+Custom+Solutions/MCU.htm>. Acesso em: novembro de 2004.
114
ANEXO A
1. SALAS DE VIDEOCONFERÊNCIA
As salas devem ser projetadas exclusivamente para videoconferência, para reuniões
ou para educação a distância. Segundo Leopoldino (2001), “o serviço de
videoconferência exige a utilização de salas adequadas, dotadas de características
operacionais necessárias à sua utilização, atendendo a critérios recomendados por
organismos internacionais que tratam do tema” (LEOPOLDINO, 2001). Estes
critérios são citados a seguir (NETO, 1999 apud LEOPOLDINO, 2001):
Dimensionamento
É normalmente definido a partir do layout;
As salas de videoconferência são, geralmente, para público de cerca de 20
pessoas, com dimensões aproximadas de 7m X 10m, com variações conforme
o caso.
Localização
Deve ser distante de ruído, pois o áudio, em salas, pode ser prejudicado por
variadas fontes;
São exemplos de ruídos: salas de estações de rádio, de aula ou de
telefonistas, corredores de grande circulação de pessoas, casa de máquina do
sistema de ar-condicionado, eventos esportivos, vias de passagem de veículos
automotores, áreas de expedição e/ou recepção de materiais, outros;
A importância de se evitar fontes de ruído está diretamente relacionada com a
redução dos custos referentes ao tratamento acústico.
115
Iluminação
A qualidade das imagens geradas em sala está diretamente associada à
iluminação ambiente;
Deve-se evitar, sempre que possível, sala com janelas. Não sendo possível,
cortinas tornam-se imprescindíveis para neutralizar fontes externas de luz. Não
se devem utilizar persianas, pois não oferecem bloqueio de luz eficiente;
A sala deve ser iluminada por fontes de luz homogêneas, preferencialmente
lâmpadas fluorescentes, "luz do dia". Não se devem usar lâmpadas
incandescentes ou luz externa do dia (janela), misturadas à iluminação
fluorescente;
A sala deve ser uniformemente iluminada, ou seja, não devem existir áreas de
sombreamento, em qualquer extensão da sala. Para tanto, as luminárias
devem ser guarnecidas com lentes difusoras (tampas plásticas), translúcidas,
na cor branca, além de estarem distribuídas ao longo do teto, conforme normas
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) de iluminação.
Acústica
É a solução utilizada quando não se consegue evitar interferências (internas e
externas) para garantia da qualidade do áudio;
Pode ser feito isolamento acústico para reduzir a influência de fontes externas
de ruídos, na sala, garantindo segurança, assegurando o sigilo da informação e
dificultando a escuta externa de assuntos abordados;
Se as janelas precisarem de tratamento acústico, podem ser utilizadas cortinas
pesadas ou pregueadas;
O nível máximo admissível de ruído, em sala de videoconferência,
recomendado por empresas especializadas na montagem de tais salas, não
deve ultrapassar 50 dB-SPL (decibéis - Sound Pressure Level).
116
Decoração
A sala não deve conter objetos decorativos que podem desviar a atenção dos
participantes em sessão de videoconferência;
As cores do ambiente (móveis, parede, material de tratamento acústico,
cortinas e piso) devem ser suaves, neutras e claras (branco-gelo, creme, cinza-
claro, azul-claro ou verde-claro);
A sala pode conter pequenos quadros de avisos desde que colocados fora do
campo visual da câmera;
As superfícies das paredes, pisos e móveis devem ser foscas (não reflexivas).
Layout
Refere-se à ocupação do espaço da sala;
Deve atender aos critérios de posicionamento e circulação dos participantes,
no que diz respeito aos equipamentos de videoconferência;
A sala deve ser livre de colunas, pode ser revestida com material anti-ruído e
as paredes devem ser livres de irregularidades (sem saliências ou
reentrâncias);
Define as áreas de circulação de pessoas, sem o risco de obstrução da visada
da câmera. Em algumas salas, pode ser necessária a construção de pisos
elevados para atender o critério de desobstrução de visada;
Define a dimensão da sala, segundo a finalidade a que se destina.
Define o posicionamento das mesas e cadeiras, de modo que os participantes
tenham visão livre e confortável dos monitores de vídeo;
Define o posicionamento dos equipamentos em relação aos participantes,
obedecendo à distância mínima para tomada de cenas, de áudio e para
visualização de imagens.
117
Mobiliário
Essencial à sala de videoconferência. Por exemplo, mesa para impressora,
para computador, mesa em formato de U com estrutura em madeira ou metal,
com tampo em madeira de lei clara, sem vidro. As cadeiras e/ou poltronas
devem ser confortáveis, com encosto e apoio de braço (com tampo para escrita
dependendo da necessidade), podem ser giratórias e com altura ajustável;
As quantidades devem ser definidas de acordo com a sala.
Infra-estrutura (energia, aterramento e cabeamento para conexão à rede)
A sala deve ser dotada de tomadas de energia, 3 pinos, com alimentação de
110 V ou 220 V (de acordo com o projeto a ser definido), localizados conforme
o caso em estudo;
As tomadas devem informar a carga máxima possível;
O terceiro pino das tomadas deve ser conectado à malha de aterramento da
instalação e isolado do pino "neutro";
O cabeamento de acesso à rede deve terminar em algum ponto atrás do rack
da estação de videoconferência;
A sala deve dispor de terminais privilegiados da rede telefônica, para o serviço
de fax e telefonia, conforme projeto.
As Figuras 1.1 e 1.2 ilustram detalhes do ambiente e equipamentos da sala master
de videoconferência do Instituto Centec e as figuras 1.3, 1.4 e 1.5, a planta baixa da
sala máster, detalhes das salas de recepção e planta baixa projetada para as
Infovias do Desenvolvimento. (SECITECE, 2001).
118
Figura – 1.1 – Detalhes dos equipamentos da sala master do Centec.
Figura – 1.2 – Visão panorâmica da sala master com detalhes do ambiente.
119
Figura – 1.3 – Planta baixa da sala master. Fonte: SECITECE, 2001.
120
Figura – 1.4 - Detalhes dos equipamentos das salas de recepção do Centec.
Fonte: SECITECE, 2001.
121
Figura – 1.5 – Planta baixa das salas de recepção. Fonte: SECITECE, 2001.
122
ANEXO B
1. INSTALAÇÃO DO GATEKEEPER E DO OPENMCU
Utiliza-se aqui o Gnu Gatekeeper (gnugk), disponível na página do projeto:
http://www.gnugk.org/h323download.html. Para instalar em distribuição Debian,
basta digitar o seguinte comando como super usuário:
# apt-get install gnugk
No Ubuntu, é o nosso caso, além de poder usar o comando “aptitude” ou “apt-get”
no console, pode ser feito graficamente bastando abrir o “Gerenciador de Pacotes
Synaptic” em Sistema/Administração/Gerenciador de Pacotes Synaptic. Na janela,
“não instalados”, selecione o item “gnugk” para instalação e aplique.
Se optar pelo console, digite o comando:
# aptitude install gnugk
O mesmo procedimento aplica-se a MCU disponível na página do projeto Openh323:
http://sourceforge.net/project/showfiles.php?group_id=80674.
A MCU não possui script de inicialização como o Gatekeeper, é preciso criá-lo. Já
existe script criado para a distribuição Debian disponível em:
http://www.soueu.com.br/index.php/Linux/GateKeeperMCU.
O script deve ser colocado em /etc/init.d como é o caso do gnugk. Segue o script:
#! /bin/sh # Written by Christian Lyra \< [email protected] \> # Based on file writeen by Miquel van Smoorenburg \< [email protected] \>. # DAEMON=/usr/bin/openmcu NAME=openmcu DESC='H.323 Multipoint Control Unit' LOGFILE='/var/log/openh323/openmcu.log' USER='gnugk'
123
GROUP='gnugk' ARGS="-v --disable-menu -t -o $LOGFILE -u $NAME" test -f $DAEMON || exit 0 set -e case "$1" in start) echo -n "Starting $DESC: " su $USER -c "$DAEMON $ARGS &>/dev/null &" echo "$NAME." ;; stop) echo -n "Stopping $DESC: " killall -9 $NAME echo "$NAME." ;; restart|force-reload) $0 stop && $0 start ;; *) N=/etc/init.d/$NAME echo "Usage: $N {start|stop|restart|force-reload}" >&2 exit 1 ;; esac exit 0
Para rodar o Gatekeeper e o openMCU, basta digitar os seguintes comandos no
console:
# /etc/init.d/gnugk start
# /etc/init.d/openmcu start
1.1. Configuração do Gatekeeper
O gnugk possui arquivo de configuração em /etc/gatekeeper.ini. É um arquivo
bastante grande e completo, com muitas possibilidades de configuração, mas nem
sempre é preciso faze-las todas, só a configuração mínima para o gnugk funcionar.
O manual completo pode ser encontrado na página do projeto:
124
http://www.gnugk.org/gnugk-manual-pt.html. Para acessar o gatekeeper.ini digite o
seguinte comando no console do Ubuntu:
# gedit /etc/gatekeeper.ini.
Conteúdo do arquivo /etc/gatekeeper.ini para configuração mínima necessária:
[Gatekeeper::Main]
## 'config is present' indicator. Has to be 42. Fourtytwo=42 # Includes in some RAS-Msgs Name=centec_gatekeeper [RoutedMode] GKRouted=1 H245Routed=1 CallSignalPort=1721 CallSignalHandlerNumber=1 RemoveH245AddressOnTunneling=0 AcceptNeighborsCalls=1 AcceptUnregisteredCalls=1 SupportNATedEndpoints=1 DropCallsByReleaseComplete=1 [RasSrv::ARQFeatures] ArjReasonRouteCallToSCN=0 ArjReasonRouteCallToGatekeeper=1 CallUnregisteredEndpoints=1 RemoveTrailingChar=# [RasSrv::RRQAuth] default=confirm [GkStatus::Auth] rule=explicit 127.0.0.1=allow [RasSrv::PermanentEndpoints] 10.0.0.91=openmcu,sala1,sala2 [Gatekeeper::Auth] SimplePasswordAuth=optional default=allow
125
[Gatekeeper::DestAnalysis] default=allow
1.2. Configuração do OpenMCU
A configuração do OpenMCU é feita pela linha de comando e praticamente a
configuração permitida é muito pouca. No script de inicialização, foram feitas as
configurações necessárias, conforme esta linha:
ARGS="-v --disable-menu -t -o $LOGFILE -u $NAME"
Os argumentos são os seguintes:
“-v” - ativa a multiplexação de vídeo;
“--disable-menu” - evita usar o modo interativo;
“-t -o $LOGFILE” - aponta o arquivo de log;
“-u $NAME” - indica com qual usuário o MCU deve executar.
2. CLIENTES H.323
Para se conectar ao Gatekeeper/OpenMCU, é necessário configurar os clientes
H.323.
Configuração de três clientes no uso do H.323 e do SIP.
2.1. Configuração do Ekiga (GnomeMeeting)
Para configurar o Ekiga, siga os passos abaixo:
Abra o programa do Ekiga e compare com a figura 2.1.
126
Figura – 2.1 – Iniciando o Ekiga. Figura – 2.2 – Configurando contas no Ekiga.
Aponte o mouse para o menu “Editar” e click no item “Contas” (figura 2.2).
Na aba “Contas” (figura 2.3) click em adicionar e preencha os itens da aba “Editar
as informações de conta”:
Nome da Conta: um nome qualquer;
Protocolo: H323;
Guardião: IP do Gatekeeper;
Usuário: seu nome;
Senha: sua senha.
Click em OK e na aba “Contas” deve apresentar, além do nome da conta e o
protocolo, o “Estado” como “Registrado” (figura 2.4).
127
Figura – 2.3 – Editando informações de Contas.
Para configurar cliente SIP, faça o mesmo procedimento usado para o H.323.
Feche a aba “Contas” e o Ekiga está pronto para realizar chamadas.
Na janela abaixo do menu, digite o endereço com que se deseja conectar e click no botão conectar à direita da janela (figura 2.5).
128
Figura – 2.4 – Confirmando o Estado das Contas.
Figura – 2.5 – Fazendo uma chamada H.323.
129
2.2. Configuração do NetMeeting
Para configurar o NetMeeting, siga os passos abaixo:
Para abrir o programa do NetMeeting no Windows XP, click no botão Iniciar-Executar e digite a palavra “conf” e click em OK. Compare com a figura 2.6.
Figura – 2.6 – Iniciando o NetMeeting.
Aponte o mouse para o menu “Ferramentas” – “Opções” e preencha a aba com suas
informações (figura 2.7).
130
Figura – 2.7 – Informações do cliente.
Click no botão “Chamada avançada” e faça as configurações do Gatekeeper (figura 2.8).
Figura – 2.8 – Configurações do gatekeeper.
Aperte o botão OK de “Opções avançadas de chamadas” e, em seguida, o botão OK
de “Opções”.
131
Conectado ao Gatekeeper, as duas telinhas de monitor no canto direito inferior do
browser do NetMeeting, mudam a cor para azul e verde indicando a conexão com o
Gatekeeper (figura 2.9).
Figura – 2.9 – Conectado ao gatekeeper.
As figuras 2.10 e 2.11 ilustram exemplos de conexão: com o OpenMCU e com três
terminais conectados ao OpenMCU do Centec.
Conectado, além das imagens dos outros terminais, há também a indicação, no
canto direito inferior do browser, onde a figura de monitor apresenta asterisco na cor
vemelha.
132
Figura – 2.10 – Conectado ao OpenMCU. Figura – 2.11 – Conectado a três terminais.
2.3. Configuração do Polycom PVX
O Polycom PVX possui mais opções de configuração, mas também é bastante
simples. É só seguir os passos seguintes:
Abra o Polycom PVX instalado no computador e compare com a figura 2.12.
Aperte o botão “ferramentas”, no canto esquerdo superior do browser do Polycom,
para abrir a caixa de configuração (figura 2.13).
Ainda na caixa de configuração, click em H.323 e selecione “Especificar”. Digite o IP
do Gatekeeper e aperte o botão “Aplicar” (figura 2.14). Imediatamente o sistema
informa que o Gatekeeper foi registrado com sucesso.
133
Figura – 2.12 – Iniciando o Polycom PVX.
Figura – 2.13 – Caixa de configuração geral do Polycom PVX.
134
Figura – 2.14 – Configuração do Gatekeeper no H.323.
Agora click em SIP, selecione “Ativar SIP” e preencha as lacunas com dados de
usuário e servidor de registro SIP (figura 2.15). Como aconteceu com Gatekeeper, o
servidor de registro do SIP, informa o status como registrado.
A figura 2.16 ilustra conexão com dois terminais, na configuração “presença
contínua”.
135
Figura – 2.15 – Configuração do Servidor de registro no SIP.
Figura – 2.16 – Conexão com dois terminais.