CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUAL
Guia de implementao
Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
Ensino Mdio Vol. 01 - rea de Linguagens e Cdigos
Ensino Mdio Vol. 02 - rea de Cincias da Natureza
Ensino Mdio Vol. 03 - rea de Cincias Humanas
Anos Iniciais
Anos FinaisVol. 01 - rea de Linguagens e Cdigos
Anos FinaisVol. 02 - rea de Cincias da Natureza
Anos FinaisVol. 03 - rea de Cincias Humanas
Sumrio
principal
CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUALGuia de Implementao
Sumrio
principal
GOVERNADOR Paulo Hartung VICE-GOVERNADOR Ricardo de Rezende
Ferrao SECRETRIO DE EDUCAO Haroldo Corra Rocha Subsecretria de
Estado de Educao Bsica e Profissional Adriana Sperandio
Subsecretria de Estado de Planejamento e Avaliao Mrcia Maria de
Oliveira Pimentel Lemos Subsecretrio de Estado de Suporte Educao
Gilmar Elias Arantes Subsecretrio de Estado de Administrao e
Finanas Jos Raimundo Pontes Barreira
Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP) (Gesto.Info
Consultoria, ES, Brasil) E-mail: [email protected]
Esprito Santo (Estado). Secretaria da Educao Guia de implementao /
Secretaria da Educao. Vitria : SEDU, 2009. 72 p. ; 26 cm. (Currculo
Bsico Escola Estadual) Contedo dos volumes : v. 01 - Ensino
fundamental, anos finais, rea de Linguagens e Cdigos; v. 02 -
Ensino fundamental, anos finais, rea de Cincias da Natureza; v. 03
- Ensino fundamental, anos finais, rea de Cincias Humanas; v. 01 -
Ensino mdio, rea de Linguagens e Cdigos; v. 02 - Ensino mdio, rea
de Cincias da Natureza; v. 03 - Ensino mdio, rea de Cincias
Humanas. Volumes sem numerao : Ensino fundamental, anos iniciais;
Guia de implementao. ISBN 978-85-98673-09-7 1. Ensino - Esprito
Santo (Estado) - Currculo. 2. Ensino fundamental - Currculo. 3.
Ensino mdio Currculo. I. Ttulo. II. Srie. CDD 371 CDU 37.016
E77g
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO Av. Csar Hilal, n 1.111, Santa
Lcia - Vitria/ES - CEP 29.056-085
Sumrio
principal
CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUAL
... nas condies de verdadeira aprendizagem os educandos vo se
transformando em reais sujeitos da construo e da reconstruo do
saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do
processo. Paulo Freire
Sumrio
principal
COORDENAO GERAL Adriana Sperandio Subsecretria de Educao Bsica e
Profissional Leonara Margotto Tartaglia Gerncia de Ensino Mdio
Patricia Silveira da Silva Trazzi Subgerncia de Desenvolvimento
Curricular do Ensino Mdio Janine Mattar Pereira de Castro Gerncia
de Educao Infantil e Ensino Fundamental Valdelina Solomo Lima
Subgerncia de Desenvolvimento Curricular do Ensino Fundamental
Maria do Carmo Starling de Oliveira Gerncia de Educao, Juventude e
Diversidade COMISSO CURRICULAR - SEDU Ana Beatriz de C. Dalla
Passos, Aparecida Agostini Rosa Oliveira, Conciana N. Lyra, Danilza
A. Rodrigues, Denise Moraes e Silva, Eliane Carvalho Fraga, Hulda
N. de Castro, Jane Ruy Penha, Josimara Pezzin, Lcia Helena Maroto,
Luciane S. Ronchetti, Luiza E. C. de Almeida, Malba Lucia Gomes
Delboni, Mrcia Gonalves Brito, Mrcia M. do Nascimento, Maria
Cristina Garcia T. da Silva, Maria da Penha C. Benevides, Maria
Geovana M. Ferreira, Maria Jos Teixeira de Brito, Mirtes ngela
Moreira Silva, Nadina Barbieri, Neire Longue Diirr, Rita de Cssia
Santos Silva, Rita Nazareth Cuquetto Soares, Rosemar Alves de
Oliveira Siqueira, Sandra Fernandes Bonatto, Sidinei C. Junqueira,
Snia A. Alvarenga Vieira, Tania Mara Silva Gonalves, Tnia Maria de
Paiva Zamprogno, Telma L. Vazzoler, Teresa Lcia V.C. Barbosa,
Valria Zumak Moreira, Verginia Maria Pereira Costa, Zorailde de
Almeida Vidal Equipe de Apoio Ana Amlia Quinopi Tolentino de Faria,
Eduarda Silva Sacht, Luciano Duarte Pimentel, Mrcia Salles Gomes
Assessora Especial Marluza de Moura Balarini CONSULTORAS Najla
Veloso Sampaio Barbosa Viviane Mos ESPECIALISTAS Cincias Humanas
Andr Luiz Bis Pirola e Juara Luzia Leite - Histria Eberval
Marchioro e Marisa Teresinha Rosa Valladares Geografia Lus Antnio
Dagis - Ensino Religioso Marcelo Martins Barreira - Filosofia Maria
da Conceio Silva Soares - Sociologia Cincias da Natureza e
Matemtica ngela Emlia de Almeida Pinto e Leonardo Cabral Gontijo -
Fsica Claudio David Cari - Biologia/Cincias Gerson de Souza Mol -
Qumica Maria Auxilidora Vilela Paiva - Matemtica Linguagens e
Cdigos Ana Flvia Souza Sofiste - Educao Fsica Carlos Roberto Pires
Campos - Lngua Portuguesa Adriana Magno, Maria Gorete Dadalto
Gonalves e Moema Lcia Martin Rebouas - Arte Rita de Cssia Tardin -
Lngua Estrangeira DIVERSIDADE Andressa Lemos Fernandes e Maria das
Graas Ferreira Lobino - Educao Ambiental Ins de Oliveira Ramos
Martins e Maringela Lima de Almeida - Educao Especial Leomar dos
Santos Vazzoler e Nelma Gomes Monteiro Educao tnico Racial Kalna
Mareto Teao - Educao Indgena Erineu Foerste e Gerda M. S. Foerste -
Educao no Campo Elieser Toretta Zen e Elizete Lucia Moreira Matos -
Educao de Jovens e Adultos
PROFESSORES REFERNCIA Cincias Humanas Adlia M. Guaresqui Cruz,
Agnes Belmonci Malini, Alade Trancoso, Alarcio Tadeu Bertollo, Alan
Clay L. Lemos, Alcimara Alves Soares Viana, Alecina Maria Moraes,
Alexandre Nogueira Lentini, Anelita Felcio de Souza, ngela Maria
Freitas, Anglica Chiabai de Alencar, Angelita M. de Quadros P.
Soprani, Antnio Fernando Silva Souza, Cristina Lcia de Souza Curty,
Dileide Vilaa de Oliveira, Ediane G. Morati, Edlson Alves Freitas,
Edimar Barcelos, Eliana Aparecida Dias, Eliana C. Alves, Eliethe A.
Pereira, Elisangela de Jesus Sousa, Elza Vilela de Souza, Epitcio
Rocha Quaresma, Erilda L. Coelho Ambrozio, Ernani Carvalho
Nascimento, Fabiano Boscaglia, Francisco Castro, Gilcimar Manhone,
Gleydes Myrna Loyola de Oliveira, Gracielle Bongiovani Nunes,
Hebnezer da Silva, Ilia Crassus Pretralonga, Ires Maria Pizetta
Moschen, Israel Bayer, Ivanete de Almeida Pires, Jane Pereira,
Jaqueline Oliozi, Joo Carlos S. Fracalossi, Joo Luiz Cerri, Jorge
Luis Verly Barbosa, Jos Alberto Laurindo, Lea Silvia P. Martinelli,
Leila Falqueto Drago, Lcia H. Novais Rocha, Luciene Maria
Brommenschenkel, Luiz Antonio Batista Carvalho, Luiz Humberto A.
Rodrigues, Lurdes Maria Lucindo, Marcia Vnia Lima de Souza, Marcos
Andr de Oliveira Nogueira Goulart, Marcelo Ferreira Delpupo,
Margarida Maria Zanotti Delboni, Maria Alice Dias da Rosa, Maria da
Penha E. Nascimento, Maria da Penha de Souza, Maria de Lourdes S.
Carvalho Morais, Maria Elizabeth I. Rodrigues, Maria Margaretti
Perini Fiorot Coradini, Marlene M. R. Patrocnio, Marluce Furtado de
Oliveira Moronari, Marta Margareth Silva Paixo, Mohara C. de
Oliveira, Mnica V. Fernandes, Neyde Mota Antunes, Nilson de Souza
Silva, Nilza Maria Zamprogno Vasconcelos, Paulo Roberto Arantes,
Pedro Paulino da Silva, Raquel Marchiore Costa, Regina Jesus
Rodrigues, Rodrigo Nascimento Thomazini, Rodrigo Vilela Luca
Martins, Rosangela Maria Costa Guzzo, Rosiana Guidi, Rosinete
Aparecida L. P. Manzoli, Sabrina D. Larmelina, Salette Coutinho
Silveira Cabral, Sandra Renata Muniz Monteiro, Sebastio Ferreira
Nascimento, Srgio Rodrigues dos Anjos, Sulne Aparecida Cupertino,
Tnea Berti, Terezinha Maria Magri Rampinelli, ltima da Conceio e
Silva, Valentina Hetel I. Carvalho, Vaneska Godoy de Lima, Vera
Lcia dos Santos Rodrigues, Zelinda Scalfoni Rodrigues. Cincias da
Natureza e Matemtica Adamar de Oliveira Silva, Amrico Alexandre
Satler, Aminadabe de Farias Aguiar Queiroz, Ana Paula Alves
Bissoli, Anderson Soares Ferrari, Anglica Chiabai de Alencar, Bruna
Wencioneck de Souza Soares, Carlos Sebastio de Oliveira, Ctia
Aparecida Palmeira, Chirlei S. Rodrigues Soyer, Claudinei Pereira
da Silva, Cristina Louzada Martins da Eira, Delcimar da Rosa
Bayerl, Edilene Costa Santana, Edson de Jesus Segantine, Edy
Vinicius Silverol da Silva, Elizabeth Detone Faustini Brasil,
Elzimeire Abreu Arajo Andrade, rika Aparecida da Silva, Giuliano
Csar Zonta, Irineu Gonalves Pereira, Janana Nielsen de Souza
Corassa, Jarbas da Silva, Jomar Apolinrio Pereira, Linderclei
Teixeira da Silva, Luciane Salaroli Ronchetti, Mara Cristina S.
Ribeiro, Marcio Vieira Rodrigues, Maria Alice Dias da Rosa, Maria
Aparecida Rodrigues Campos Salzani, Maria Nilza Corra Martins,
Maria de Glria Sousa Gomes, Marlene Athade Nunes, Organdi Mongin
Rovetta, Patrcia Maria Gagno F. Bastos, Paulo Alex Demoner, Paulo
Roberto Arantes, Pedro Guilherme Ferreira, Renan de Nardi de
Crignis, Renata da Costa Barreto Azine, Renato Khler Zanqui, Renato
Santos Pereira, Rhaiany Rosa Vieira Simes, Sandra Renata M.
Monteiro e Wagna Matos Silva. Linguagens e Cdigos Alessandra Senna
Prates de Mattos, Ana Cludia Vianna Nascimento Barreto, Ana Helena
Sfalsim Soave, Antnio Carlos Rosa Marques, Carla Moreira da Cunha,
Carmenca Nunes Bezerra, Christina Arajo de Nino, Cludia Regina
Luchi, Edilene Klein, Eliane dos Santos Menezes, Eliane Maria
Lorenzoni, Giselle Peres Zucolotto, Ilza Reblim, Izaura Clia
Menezes, Jaqueline Justo Garcia, Johan Wolfgang Honorato, Jomara
Andris Schiavo, Ktia Regina Zuchi Guio, Lgia Cristina Magalhes
Bettero, Luciene Tosta Valim, Magna Tereza Delboni de Paula, Mrcia
Carina Marques dos Santos Machado, Maria Aparecida Rosa, Maria do
Carmo Braz, Maria Eliana Cuzzuol Gomes, Marta Gomes Santos, Nbia
Lares, Raabh Pawer Mara Adriano de Aquino, Renata Garcia Calvi,
Roberto Lopes Brando, Rosngela Vargas D. Pinto, Sebastiana da Silva
Valani, Snia Maria da Penha Surdine Medeiros, Vivian Rejane
Rangel.
Diversidade Adalberto Gonalves Maia Junior, Adna Maria Farias
Silva, Ana Paula Alves Bissoli, Anderson Soares Ferrari, Anglica
Chiabai de Alencar, Antnio Fernando Silva Souza, Aurelina Sandra
Barcellos de Oliveira, Ctia Aparecida Palmeira, Crlia Silva de
Oliveira, Christina Arajo de Nino, Edna dos Santos Carvalho,
Elenivar Gomes Costa Silva, Eliane dos Santos Menezes, Elzimeire
Abreu Arajo Andrade, Evelyn Vieira, Hebnzer da Silva, Ires Maria
Pizzeta Moschen, Irineu Gonalves Pereira, Ivonete Ribeiro de
Oliveira Pereira, Joo Luiz Cerri, Joo Firmino, La Silvia P.
Martinelli, Luciene Tosta Valim, Luciete de Oliveira Cerqueira,
Marcos Leite Rocha, Margareth Zorzal Faf, Maria Adlia R. Braga,
Maria Aparecida Rodrigues Campos Salzani, Maria da Ressurreio,
Patrcia Maria Gagno F. Bastos, Paulo Roberto Arantes, Pedro Paulino
da Silva, Rachel Miranda de Oliveira, Renan de Nardi de Crignis,
Sebastio Ferreira Nascimento, Simone Carvalho, Terezinha Maria
Magri Rampinelli, Vera Lcia dos Santos Rodrigues. Sries Iniciais
Adna Maria Farias Silva, Anglica Regina de Souza Rodrigues, Dilma
Demetrio de Souza, Divalda Maria Gonalves Garcia, Gleise Maria
Tebaldi, Idalina Aparecida Fonseca Couto, Ktia Elise B. da Silva
Scaramussa, Maria Lcia Cavati Cuquetto, Maria Vernica Espanhol
Ferraz, Maura da Conceio, Rosiane Schuaith Entringer, Vera Lcia dos
Santos Rodrigues. PROFESSORES COLABORADORES Aldaires Souto Frana,
Alade Schinaider Rigoni, Antonia Regina Fiorotti, Everaldo Simes
Souza, Giovana Motta Amorim, Jos Christovam de Mendona Filho,
Karina Marchetti Bonno Escobar, Mrcio Correa da Silva, Marilene
Lcia Merigueti, Nourival Cardozo Jnior, Rafaela Teixeira Possato de
Barros, Rogrio de Oliveira Arajo, Rony Cludio de Oliveira Freitas,
Roseane Sobrinho Braga, Sara Freitas de Menezes Salles, Tarcsio
Batista Bobbio. SUPERINTENDNCIAS REGIONAIS DE EDUCAO - TCNICOS SRE
Afonso Cludio: Iracilde de Oliveira, Lcia Helena Novais Rocha,
Luzinete de Carvalho e Terezinha M. C. Davel. SRE Barra de So
Francisco: Ivonete Ribeiro de Oliveira Pereira, Luciana Oliveira,
Maria Adelina Vieira Clara, Marlene Martins Roza Patrocnio e Mnica
Valria Fernandes. SRE Cachoeiro de Itapemirim: Janet Madalena de
Almeida N. Cortez, Regina Zumerle Soares, Silma L. Perin e Valria
Perina. SRE Carapina: Lucymar G. Freitas, Marluce Alves Assis e
Rita Pellecchia. SRE Cariacica: Ivone Maria Krger Volkers, Iza
klipel, Madalena A. Torres, Maria Aparecida do Nascimento Ferreira,
Neusimar de Oliveira Zandonaide e Silvana F. Cezar. SRE Colatina:
Ktia Regina Zuchi Guio, Magna Maria Fiorot, Maria Angela Cavalari e
Maria Teresa Lins Ribeiro da Costa. SRE Guau: Alcides Jesuna de
Souza e Elizaldete Rodrigues do Valle. SRE Linhares: Carmenca Nunes
Bezerra, Geovanete Lopes de Freitas Belo, Luzinete Donato e Mnica
Jorge dos Reis. SRE Nova Vencia: Cirleia S. Oliveira, Edna Milanez
Grechi, Maristela Contarato Gomes e Zlio Bettero. SRE So Mateus:
Bernadete dos Santos Soares, Gina Maria Lecco Pessotti, Laudicia
Coman Coutinho e Sebastiana da Silva Valani. SRE Vila Velha: Aleci
dos Anjos Guimares, Ilza Reblim, Ivone Braga Rosa, Luciane R.
Campos Cruz, Maria Aparecida Soares de Oliveira e Marilene O. Lima.
A Secretaria da Educao do Estado do Esprito Santo autoriza a
reproduo deste material pelas demais secretarias de educao, desde
que mantida a integridade da obra e dos crditos.
Este Documento Curricular uma verso preliminar. Estar em avaliao
durante todo o ano de 2009 pelos profissionais da Rede Pblica
Estadual de Ensino.
Sumrio
principal
Caros Educadores, Dentre os grandes desafios que temos na educao
capixaba, destaca-se a implementao do novo currculo escolar. Essa
importante ao envolve a garantia do direito de aprender de todos e
de cada aluno da Educao Bsica. A educao que pretendemos est
comprometida com a construo de uma cidadania consciente e ativa,
que oferea aos alunos conhecimentos que lhes possibilitem
compreender e posicionar-se frente s transformaes da sociedade,
participando da vida produtiva; que possam relacionar-se com a
natureza, produzir e distribuir bens e servios, convivendo com o
mundo contemporneo. Em nossas escolas estudam crianas, jovens e
adultos, em sua grande maioria, filhos da classe trabalhadora.
Nessa escola contempornea algumas novas tarefas passaram a se
integrar dinmica educacional, no porque seja a nica instituio
responsvel pela educao, mas por ser aquela que desenvolve uma
prtica educativa planejada e sistemtica durante um perodo contnuo e
extenso de tempo na vida das pessoas. A escola reconhecida pela
sociedade como a instituio da aprendizagem. No atendimento
educacional aos ensinos Fundamental e Mdio, espera-se que os alunos
aprendam, de forma autnoma, a valorizar o conhecimento, os bens
culturais e o trabalho; selecionar o que relevante, investigar e
pesquisar; construir hipteses, compreender e raciocinar
logicamente; comparar e estabelecer relaes, inferir e generalizar;
adquirir confiana e capacidade de pensar e encontrar solues. tambm
necessrio aprender a relativizar, confrontar e respeitar diferentes
pontos de vista, discutir divergncias, exercitar o pensamento
crtico e reflexivo, comprometendo-se e assumindo responsabilidades.
importante tambm que aprendam a ler criticamente diferentes tipos
de texto, a utilizar diferentes recursos tecnolgicos, a
expressar-se e comunicar-se em vrias linguagens, opinar, enfrentar
desafios, criar, agir de forma autnoma e que aprendam a diferenciar
o espao pblico do privado, a serem solidrios, a conviver com a
diversidade e a repudiar qualquer tipo de discriminao e injustia.
Em particular, no Ensino Mdio, tais competncias implicaro em
promover uma mudana em seu contexto de vida, superando a viso de
mera preparao para o vestibular com vistas ao ingresso no Ensino
Superior. A perspectiva dos jovens brasileiros que hoje esto nessa
escola obter qualificao mais ampla para a vida e o trabalho, j ao
longo de sua escolarizao bsica. A relao entre o jovem e o
conhecimento no se encerra na aprendizagem mecnica e de memorizao
dos contedos. A formao do jovem deve passar pela formao cidad, do
trabalho como condio humana, do conhecimento cientfico, tecnolgico
e socio-histrico,
Sumrio
principal
criando condies para que ele possa aprender a aprender. Adequar
a escola a seu pblico atual torn-la capaz de promover a realizao
pessoal, a qualificao para um trabalho digno, para a participao
social e poltica, enfim, para uma cidadania plena da totalidade de
seus alunos e alunas. Isso indica a necessidade de reviso do
projeto pedaggico de muitas escolas que no se renovam h dcadas,
criadas em outras circunstncias, para um outro pblico e para um
mundo diferente deste dos nossos dias. O Currculo Bsico da Escola
Estadual como instrumento organizador da ao educativa vem assegurar
um mnimo de unidade na rede estadual de ensino e pressupe ainda a
articulao necessria, em cada unidade escolar, com o Projeto Poltico
Pedaggico. Estamos animados e esperanosos com o trabalho que juntos
vamos realizar neste ano de 2009 na implementao e,
consequentemente, na avaliao do novo currculo. Recomendamos que, de
maneira saudvel, possamos conhecer, aplicar, discutir e criticar o
novo currculo, para que depois faamos as mudanas necessrias
previstas no ltimo trimestre deste ano. Como j de seu conhecimento,
a organizao da impresso do documento curricular traz 7 volumes
assim distribudos: 1 Volume Anos Iniciais do Ensino Fundamental 3
Volumes Anos Finais do Ensino Fundamental (reas do Conhecimento) 3
Volumes Ensino Mdio (reas do Conhecimento) Todos contm de forma
idntica o CAPTULO INICIAL do documento que versa sobre: Apresentao,
O processo de construo do currculo, Princpios norteadores e Concepo
de currculo, com nfase na organizao por competncias e habilidades,
seguido do texto O sujeito da ao educativa: o aluno. Destacamos a
diversidade na formao humana que trazem as razes epistemolgicas e
sociolgicas sobre a Educao Ambiental, as Relaes tnico-raciais e a
Populao Indgena como aspectos da diversidade biolgica e cultural. A
seguir organizamos um item que discorre sobre a Dinmica do Trabalho
Educativo, apresentando reflexes acerca do processo
ensino-aprendizagem, a avaliao da aprendizagem, os ambientes de
aprendizagem existentes na escola, a relao professor e aluno e a
pesquisa como metodologia de ensino. O 2 CAPTULO do documento
curricular especfico de cada nvel e etapa da Educao Bsica, trazendo
o Contedo Bsico Comum (CBC). Abordamos a concepo de rea de
conhecimento,
6
Sumrio
principal
a contribuio da disciplina para a formao humana, os objetivos da
disciplina, as principais alternativas metodolgicas e as
competncias, habilidades e contedos. Cabe observar que o currculo
no se restringe aos componentes do CBC. Na verdade, o CBC ,
simplesmente, parte do currculo que est contextualizado no captulo
inicial e se concretiza no mbito de cada unidade escolar. O Guia de
Orientao para Implementao do Novo Currculo pretende subsidiar
diretores, pedagogos e coordenadores de cada escola na coordenao e
mobilizao de todos os docentes em um intenso estudo e anlise sobre
o currculo escolar, direcionando as reflexes sobre as diferentes
demandas sociais que chegam ao cotidiano escolar. Este Guia est
organizado em trs captulos, estabelecendo os diferentes nveis de
coordenao da gesto do novo currculo. O primeiro captulo traz a
gesto no mbito da unidade escolar. Nessa etapa montamos seis
indicaes de roteiros para estudo do documento, quais sejam: Indicao
1 - Roteiro de Estudo da Parte I do documento (especfico para a
Jornada Pedaggica) Indicao 2 - Roteiro para elaborao dos Planos de
Ensino (especfico para a Jornada Pedaggica) Indicao 3 - Roteiro
bsico de Anlise Situacional da escola Indicao 4 - Roteiro bsico de
Anlise da Gesto Pedaggica Indicao 5 - Roteiro para estudo e anlise
do CBC Indicao 6 - Roteiro bsico para proposio do Projeto Poltico
Pedaggico, que se articule com o novo currculo Compreendemos que a
escola reconhece o grande desafio que imputado rea educacional em
relao ao enfrentamento dos problemas sociais, econmicos, polticos,
culturais, ambientais, morais, religiosos, enfim, de toda a ordem,
que caracteriza o mundo contemporneo, exigindo posicionamentos e
respostas no mbito da instituio escolar. A nova educao pretendida a
partir do Novo Currculo certamente mais ampla do que aquela contida
no antigo projeto pedaggico. Antes se desejava transmitir
conhecimentos na forma de informaes e procedimentos estanques;
agora se deseja promover competncias gerais, que articulem
conhecimentos disciplinares ou no.
7
Sumrio
principal
Para tanto, necessrio que os tempos/espaos de debate coletivo
entre os docentes sejam assegurados em cada unidade escolar,
conforme estabelece o Calendrio Escolar 2009 (dias 02 e 03/02,
20/07 e 02/10/2009). Recomendamos ainda que, em cada escola, sejam
realizados encontros por rea de conhecimento, organizados
antecipadamente pelos pedagogos e coordenadores, com frequncia de,
pelo menos, um encontro de 5 horas/ms, tendo como referncia as 20h
mensais da carga horria, de cada professor, que destinada
hora-atividade. No segundo captulo detalhamos as competncias das
equipes regionais SRE na gesto do novo currculo, junto s escolas
jurisdicionadas, apoiando, orientando e intervindo no
desenvolvimento dos seis Roteiros de Estudo, alm da estruturao de
relatrios regionais a serem encaminhados a Unidade Central.
Destaca-se tambm a coordenao da elaborao do CBC regional,
envolvendo os Professores Referncias, correspondente a 30% dos
contedos curriculares, seguindo o que estabelece o Plano de
Trabalho. O terceiro captulo apresenta as aes que sero
desenvolvidas no mbito da Sedu Central. Destacam-se o programa de
formao de professores, contendo o Ciclo de Aprofundamento de
Estudos Currculo em Ao, que ser realizado nas SRE, a Avaliao do
Currculo Bsico da Escola Estadual e a produo dos Cadernos
Metodolgicos por disciplina. Destaca-se ainda o Ciclo de Seminrios
Descentralizados com a coordenao das consultoras sobre o Novo
Currculo da Rede Estadual. O currculo escolar, no nosso
entendimento, elaborado com a efetiva participao dos profissionais
da rede, aponta de forma intencional e clara a funo precpua e
especfica da escola na construo, apropriao e socializao do
conhecimento, o que lhe confere sentido social no processo de
transformao coletiva. Assim, conclamamos nossos educadores,
professores e demais profissionais da educao (docentes e pedagogos,
tcnicos pedaggicos, administrativos e de apoio ao trabalho escolar)
a priorizarem, em suas rotinas de trabalho, essa importante ao
coletiva, para juntos participarmos de uma ampla discusso sobre as
nossas intenes educacionais e compartilharmos a construo de mais um
captulo na histria da educao pblica do Esprito Santo.
Adriana Sperandio Subsecretria de Educao Bsica e
Profissional
8
Sumrio
principal
SumrioApresentao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 11 A Escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . 15INDICAO 1 Roteiro de estudo do captulo
inicial do documento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . INDICAO 2 Roteiro para elaborao dos planos de
ensino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . INDICAO 3 Roteiro bsico de anlise situacional da
escola acompanhamento e avaliao do desenvolvimento educacional. . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 4 Roteiro bsico de
anlise da gesto pedaggica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 5 Roteiro para estudo e
anlise do CBC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 6 Roteiro bsico
para proposio do ppp que se articule com o novo currculo. . . . . .
. . . . 17 18 21 28 30 32
As Superintendncias Regionais de Educao. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . 37 A Sedu/Central . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . 41 apndices . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Leituras
Complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . Material de Apoio. . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . 47 60
9
Sumrio
principal
Apresentao
Sumrio
principal
UMA NOVA ESCOLA PARA O ESPRITO SANTOA construo da qualidade da
educao requer, simultaneamente, condies escolares adequadas para o
desenvolvimento das atividades pedaggicas, dinmica escolar voltada
para o processo de aprendizagem, profissionalizao do docente,
democratizao da gesto pblica educacional e, consequentemente,
escolar, estabelecimento de articulao entre instncias
governamentais e sociedade civil, avaliao peridica dos resultados
pedaggicos, tcnicos e de gesto obtidos e presena ativa da
comunidade nos assuntos educacionais. Portanto, a qualidade da
educao formal constitui processo multifacetado que, alm do setor
educacional, envolve ao mesmo tempo os diversos grupos sociais e
segmentos institucionais, entidades da sociedade civil e o conjunto
da sociedade, e tambm a prpria histria das relaes entre todos esses
segmentos na oferta dos diferentes nveis de escolaridade. O
reconhecimento da qualidade como princpio constitucional e diretriz
de poltica educacional no somente fortalece a concepo de que a ao
educativa na qualidade de prtica especificamente pedaggica cumpre
uma funo poltica, mas, sobretudo, resgata a atuao dos agentes da
disseminao de conhecimentos, tecnologia, arte e cultura como
processos histricos apresentados segundo ticas prprias; de produo
do saber para os alunos, estimulando o desenvolvimento de posturas
ativas perante o aprendido e o aprender, de sentimentos de cooperao
e solidariedade ou competio na convivncia social; de envolvimento
crtico no mundo e nas esferas de trabalho, da poltica e da cultura.
A educao tornou-se vetor estratgico para o desenvolvimento
sustentvel e equitativo na sociedade contempornea e deve ser
entendida como responsabilidade social onde a famlia e a comunidade
tambm exeram seus papis. Tratar a educao como prioridade no Esprito
Santo, para alm da escolarizao da populao capixaba, tem significado
para os governantes construir uma poltica de Estado em que o poder
pblico atue como mobilizador e catalizador da e na sociedade e das
diferentes instituies que organizam o Estado maior em torno de um
pacto pela educao.
13
Sumrio
principal
O documento Esprito Santo 2025, plano que apresenta diretrizes
estratgicas de longo prazo, prope a organizao da gesto pblica,
valorizando a educao como patrimnio por um desenvolvimento
sustentvel. Na Secretaria de Estado da Educao, o Plano Estratgico
Nova Escola vem propor avanos na educao pblica estadual no sentido
de conceber, como referencial para o trabalho, o estudante enquanto
sujeito de direitos e a escola como lcus do processo de
ensinoaprendizagem. Ressignificar os espaos e tempos escolares numa
perspectiva criativa e inovadora, apresentando como resultado a
efetiva aprendizagem dos alunos, deve ser compromisso assumido por
todos os sujeitos envolvidos: Unidade Central, Superintendncias
Regionais de Educao, unidade escolar, famlia e comunidade. Uma nova
escola para o Esprito Santo pressupe um novo olhar sobre o
cotidiano, sobre o aluno e suas necessidades. Pressupe mudana de
postura, de deslocamento do lugar do saber para o lugar do
saber-aprender, de valorizar a permanente atualizao, a construo de
sujeitos coletivos, politicamente envolvidos e comprometidos com a
formao de um cidado.
Portanto, o eixo principal da proposta da Nova Escola a conexo
entre as diversas aes, ou seja, a elaborao de um plano integrado
para a melhoria da educao no Esprito Santo. Tendo sempre como foco
a promoo da aprendizagem, a Sedu estabelece como prioridade: a
valorizao do planejamento e a inovao da gesto; o desenvolvimento
das pessoas; a oferta e eficincia de infraestrutura e suporte; a
efetivao de parcerias com a sociedade; a construo de um sistema de
avaliao das escolas, gestores, tcnicos e professores; a criao de um
eficiente sistema de comunicao interna; e a valorizao de inovaes
pedaggicas. Essas diversas aes, conectadas umas s outras, tendo
sempre como valores o respeito ao ser humano, a igualdade de
oportunidades, o comprometimento com resultados, a atitude tica, a
transparncia, o compromisso com o desenvolvimento do Esprito Santo
e a valorizao da identidade capixaba, com certeza possibilitaro no
somente a melhoria de nossa rede de ensino, mas a concretizao de
uma nova escola no Esprito Santo, preparada para enfrentar os
desafios e impasses presentes em nosso mundo contemporneo.
14
Sumrio
principal
A Escola
Sumrio
principal
INDICAO 1 Roteiro de estudo do captulo inicial do documentoEste
roteiro orienta os estudos da fundamentao da Parte I do Currculo e
prrequisito para o estudo das outras partes do documento. Data:
02/02 (Jornada de Planejamento Pedaggico) Local: na escola de
unidade que ele representa para a rede estadual e o compromisso
coletivo dos educadores na sua implementao. Apresentar a estrutura
geral do do cumento (organizao do impresso e sumrio). Apresentar o
Guia de Implementao. Segundo momento: 1 hora Estudo do Documento
Curricular Parte Geral. Leitura e debate dos textos - Apresentao e
Princpios. Terceiro momento: 2 horas Trabalho em Grupo: Diviso em 3
grupos. Explicar que cada grupo far a leitura dos textos iniciais
do documento para apresentao posterior plenria. Grupo 1 Textos
Conceituando Currculo e O Sujeito da Ao educativa: o aluno. Grupo 2
Textos A Diversidade na Formao Humana; A Educao de Jovens e
Adultos: saberes, experincia de vida e de trabalho; Educao do
Campo: o campo como lcus de produo de saberes; A Educao Especial: a
dimenso escolar da incluso.
Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor
referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).
Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores e demais
funcionrios. Propsito: Levar toda equipe da escola a conhecer o
CURRCULO BSICO DA ESCOLA ESTADUAL: bases conceituais, princpios,
concepes do trabalho educacional, entre outros. Primeiro momento: 1
hora Breve depoimento do professor refe rncia ou do dinamizador,
registrando o processo de construo participativo do documento
curricular. Registrar a importncia deste documento para a
aprendizagem dos alunos, o sentido
17
Sumrio
principal
Grupo 3 Textos A Diversidade na Formao Humana; A Educao
Ambiental na perspectiva de uma sociedade sustentvel; A Educao para
as Relaes tnico-raciais: afrobrasileiros e povos indgenas; e A
Dinmica do Trabalho Educativo. Discusso na plenria, referenciando a
dinmica pedaggica da unidade escolar.
Questes: 1. A partir do que foi apresentado pelos grupos, como
nossa escola pode melhorar a aprendizagem do aluno? 2. O Projeto
Poltico Pedaggico da escola atende s demandas do novo currculo? 3.
Quais so os pontos que nossa escola precisa mudar para promover a
aprendizagem?
INDICAO 2 Roteiro para elaborao dos planos de ensinoEste roteiro
orienta a elaborao dos planos de ensino, que devem estar em
consonncia com o currculo, bem como com sua fundamentao. Seguir, em
anexo, uma matriz de registro deste plano. fundamental que a produo
coletiva seja garantida, para dar consenso pedaggico s atividades e
proposta da escola. Data: 03/02 (Jornada de Planejamento Pedaggico)
e Maro Local: na escola Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador
e Professores. Propsito: Elaborar o plano de ensino de cada
disciplina e srie, articulado viso de rea do conhecimento. Primeiro
momento: 30min Coordenao do Pedagogo Apresenta o instrumento
referencial para elaborao do plano de ensino. Apresenta alguns
destaques do ano anterior, a partir das avaliaes: reflexes do
Conselho de Classe, projetos que se destacaram pela promoo da
Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor
referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).
18
Sumrio
principal
aprendizagem, prticas inovadoras de alguns professores
(exemplo). Segundo momento 3h30min Trabalho em grupo Por rea do
conhecimento e nveis de ensino. Leitura e debate do CBC e elaborao
do plano de ensino de cada disciplina.
Obs. 1. Alertamos a equipe pedaggica para que a escola organize
os grupos por rea, contemplando todas as disciplinas e sries em
cada nvel (EF e EM) para a produo do plano de ensino. 2. A
complementao da elaborao do plano de ensino dever ser organizada
pelo pedagogo da escola, considerando a hora/atividade do
professor, conforme orientao no texto inicial, sendo 5h em
fevereiro (JPP) e 5h em maro.
19
Sumrio
principal
Plano de Ensino AnualSRE Escola Disciplina Professor1 BIMESTRE -
N. de aulas previstas: Contedos Competncias Habilidades
Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos propostos
rea de Conhecimento Srie
Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando
o desempenho no ano anterior:
2 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias
Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos
propostos
Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando
o desempenho no ano anterior:
3 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias
Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos
propostos
Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando
o desempenho no ano anterior:
4 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias
Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos
propostos
Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando
o desempenho no ano anterior:
20
Sumrio
principal
INDICAO 3 Roteiro bsico de anlise situacional da escola
acompanhamento e avaliao do desenvolvimento educacionalAs reflexes
acerca do desenvolvimento educacional so apresentadas de forma a
ressaltar a responsabilidade da escola e do sistema como um todo no
sentido de fazer um acompanhamento criterioso desse
desenvolvimento, como forma de garantir aquilo que direito do
educando: a apropriao de conhecimentos cientficos, culturais e
tecnolgicos significativos, comprometidos com a formao humana. Este
roteiro prope escola um estudo sobre si mesma, as relaes
estabelecidas, os xitos, as limitaes. Esto propostos itens a serem
preenchidos para anlise da prpria escola a partir de uma
perspectiva pedaggica, apresentada em todo currculo: a promoo da
aprendizagem. A anlise situacional prev a reflexo da prtica
pedaggica a partir da realidade apresentada nos indicadores e nas
dificuldades objetivas. Esse roteiro deve ser desenvolvido em duas
etapas, respeitando a hora-atividade no limite de 5h/ms. Data: Maio
e Junho Local: na escola
Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor
referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).
Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores. Propsito:
Levar toda equipe da escola a conhec-la sistematicamente a fim de
organizar suas aes e atividades pedaggicas a partir da realidade da
mesma. Primeiro momento Deve-se fazer a leitura do captulo da
Diversidade na Formao Humana, que destaca os diferentes sujeitos
atendidos nos nveis e modalidades de ensino. Retomar a leitura do
princpio norteador A aprendizagem como direito do educando.
Leitura: A dinmica da ao educativa com destaque para o item
avaliao.
21
Sumrio
principal
Valorize e utilize avaliaes sobre a qualidade do ensino como um
instrumento para melhorar a escola e promover a transparncia e a
participao de todos os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem. Segundo momento Responder coletivamente o
instrumento de anlise situacional (anexo) e debater sobre os
desafios e metas da escola para melhorar o desempenho dos alunos.
Ateno, mais importante que preencher o instrumento conversar
coletivamente sobre cada dado contido para que todos conheam de
fato a escola que trabalham.
Instrumento Bsico para Anlise SituacionalO primeiro passo para
melhorar a educao entender a situao em que sua escola est. Busque
elementos complementares, conhecendo a situao da educao no seu
municpio, seu Estado e a mdia do pas. Reflita sobre suas causas e
consequncias. Informe-se, reflita, discuta. Quando voc entende o
problema, tem mais chances de fazer sua parte para resolv-lo e voc,
como educador, o principal agente da melhoria da educao.
SRE ESCOLA Dados da escola 1. Perodos de funcionamento da sua
escola: A. Matutino ( ) EF - anos iniciais B. Vespertino ( ) EF -
anos iniciais C. Noturno ( ) EM ( )EP ( ) EF anos finais ( ) EM ( )
EM Integrado a EP ( ) EP ( )EJA
( ) EF anos finais
( ) EM
( ) EM Integrado a EP
( ) EP
( ) EJA
( ) EJA
22
Sumrio
principal
2. Atendimento Educao Especial (sala de recursos, atendimento
itinerante e Escola Oralauditiva)
3. Outros atendimentos - Classe hospitalar, alunos privados de
liberdade, comunidade quilombola, indgena, pomerano, italiano.
4. Total de alunos matriculados em 2009
5. Como so organizadas as turmas em sua escola? (as turmas e no
a srie) A. ( ) Por idade. B. ( ) Por ordem de chegada. C. ( ) Pelo
comportamento. D. ( ) Por desempenho. E. ( ) Outras formas:
6. Como foi indicado o processo de definio dos professores das
turmas dos anos iniciais? Buscouse o perfil do professor
alfabetizador? A equipe conhece o Projeto Ler, Escrever e
Contar?
23
Sumrio
principal
7. Qual foi o ndice de repetncia, em sua escola:SRIES ANOS
INICIAIS 1 srie 2 srie 3 srie 4 srie ANOS FINAIS 5 srie 6 srie 7
srie 8 srie ENSINO MDIO 1 ano 2 ano 3 ano EJA ANO 2008 META PARA
2009
Medidas que sero adotadas para alcanar a meta:
8. Qual foi o ndice de evaso em sua escola dos alunos:SRIES ANOS
INICIAIS 1 srie 2 srie 3 srie 4 srie ANOS FINAIS 5 srie 6 srie 7
srie 8 srie ENSINO MDIO 1 ano 2 ano 3 ano EJA ANO 2008 META PARA
2009
24
Sumrio
principal
Principais causas da evaso no ano passado:
Medidas que sero adotadas para minimizar a evaso:
9. Considerando a idade apropriada do aluno, a taxa de defasagem
idade/srie dos alunos da sua escola em 2008, por srie e segmento, :
A. Ensino Fundamental Anos Iniciais: B. Ensino Fundamental Anos
Finais: C. Ensino Mdio: 10. Quantos professores lecionam em sua
escola em 2009? A. Ensino Fundamental Anos Iniciais: B. Ensino
Fundamental Anos Finais: C. Ensino Mdio: D. EJA: 11. Qual foi o
desempenho da sua escola no ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio)
realizado em 2008? A. ( ) A escola no participou. B. ( ) Desconheo
os dados do ENEM.MDIA GERAL COM CORREO Enem
Brasil Estado Municpio Escola
25
Sumrio
principal
12. Qual foi a mdia das proficincias da sua escola no PAEBES
(Programa de Avaliao da Educao Bsica do ES)?DISCIPLINA Lngua
Portuguesa Matemtica 4 PAEBES 2004 MDIA ESTADUAL 2004 PAEBES 2008
MDIA ESTADUAL 2008 8 1 EM 4 8 1 EM 1 EM 1 EM
13. Resultado do IDEB:IDEB IDEB 2005 da escola IDEB 2007 da
escola Projeo do IDEB para 2009 Projeo do IDEB para 2011 4 8
14. Outras avaliaes: A. PROVA BRASIL (2007)SRIE 4 8 LNGUA
PORTUGUESA MATEMTICA
B. PROVINHA BRASIL (2008)MDIA DA ESCOLA NO TESTE 1 MDIA DA
ESCOLA NO TESTE 2
C. LER, ESCREVER E CONTAR (2008)AVALIAO DIAGNSTICA DE
ALFABETIZAO BAIXO INTERMEDIRIO 1 ONDA 2 ONDA 1 ONDA 2 ONDA ALTO
1 SRIE 2 SRIE
15. Em sua escola, os dados das avaliaes anteriormente citadas
so: (assinale quantas alternativas desejar): A. ( ) So bsicos para
a formulao de intervenes pedaggicas junto aos alunos. B. ( ) No so
considerados para a formulao de intervenes pedaggicas junto aos
alunos. C. ( ) So divulgados e discutidos com os professores. D. (
) No so divulgados e discutidos com os professores. E. ( ) So
divulgados e discutidos com os pais e alunos. F. ( ) No so
divulgados e discutidos com os pais e alunos. G.( ) Geram mudanas
nas prticas dos professores em sala de aula. H.( ) No geram mudanas
nas prticas dos professores em sala de aula.
26
Sumrio
principal
16. No geral, em qual componente curricular os alunos apresentam
maior dificuldade de aprendizagem e baixo desempenho (Ensino
Fundamental e Ensino Mdio)?Disciplina Lngua Portuguesa Lngua
Estrangeira Educao Fsica Artes/Arte Matemtica Cincias Fsica Qumica
Biologia Filosofia Sociologia Ensino Religioso Histria Geografia EF
anos iniciais EF anos finais Ensino Mdio EJA
17. No geral, em qual componente curricular os alunos apresentam
maior facilidade de aprendizagem e melhor desempenho (Ensino
Fundamental e Ensino Mdio)?Disciplina Lngua Portuguesa Lngua
Estrangeira Educao Fsica Artes/Arte Matemtica Cincias Fsica Qumica
Biologia Filosofia Sociologia Ensino Religioso Histria Geografia EF
anos iniciais EF anos finais Ensino Mdio EJA
Das questes avaliadas, qual(is) dela(s) o grupo considera o
maior destaque (positividade) da escola? Descrever aes concretas
que justifiquem a escolha do grupo.
Das questes avaliadas, qual(is) dela(s) o grupo considera a
maior fragilidade da escola? Propor aes concretas que a escola
possa implementar para a superao dessa fragilidade.
27
Sumrio
principal
INDICAO 4 Roteiro bsico de anlise da gesto pedaggicaEste roteiro
trata da reflexo sobre a dinmica da ao educativa no que diz
respeito a: professor como mediador da aprendizagem, relao
professor-aluno, o educar pela pesquisa e a avaliao da
aprendizagem. Data: 20/07 (Jornada de Planejamento Pedaggico)
Local: na escola 3. Apresentar os indicadores de desempenho da
escola discutidos na Anlise Situacional: - Evaso; - Repetncia; -
Nota Enem; - Nota Paebes; - Ideb; - Prova Alfabetizao. Segundo
momento: 1h30 Trabalho em grupo 1. Leitura do item 2.3: o sujeito
da ao educativa. (30min) 2. A partir do momento inicial e da
leitura realizada, discutir coletivamente proposies para o
enriquecimento da prtica pedaggica, a partir dos itens sugeridos
abaixo: O AMBIENTE EDUCATIVO As questes propostas esto centradas na
ideia de que a escola o local onde se concretiza o processo
ensino-aprendizagem, e para que esse processo se fundamente na
formao humana necessrio que o ambiente escolar seja inclusivo e que
as relaes sejam ticas e democrticas.
Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor
referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).
Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores. Propsito:
Levar a equipe a avaliar o trabalho de gesto da escola, a partir
dos itens apresentados, propondo inovaes para a melhoria da
aprendizagem dos alunos. Primeiro momento: 1h Pedagogo 1.
Apresentar em tpicos os conceitos do currculo estudados no captulo
inicial, item 2.2 concentuando o currculo. 2. Apresentar os
princpios norteadores (item 2.1) alinhados ao conceito do
currculo.
28
Sumrio
principal
ITEM O ambiente escolar favorece o desenvolvimento do trabalho
dos profissionais da escola. So realizadas atividades e dinmicas de
integrao entre os profissionais da escola. So promovidas atividades
escolares que visem integrao entre os profissionais da escola e
alunos. As relaes profissionais pautam-se pela tica e pelo respeito
mtuo. O dilogo e a negociao so as estratgias mais utilizadas na
resoluo de problemas e conflitos no ambiente escolar. A discriminao
entre os profissionais da escola, velada ou no, combatida. E tambm
a discriminao em relao aos alunos e suas famlias. No ambiente
escolar os debates e as crticas so feitos de forma franca e aberta.
Em sala de aula priorizam-se o dilogo e o respeito mtuo. Aplica-se
e ou recomenda-se a utilizao de metodologias inovadoras. Essas so
registradas. Estimulam-se aes pelo dever de casa. A equipe
reconhece que est varivel e indicada como de forte influncia para a
aprendizagem. O uso do livro didtico orientado. Existe com
frequncia a utilizao dos ambientes de aprendizagem (salas ambiente,
biblioteca, laboratrios, quadra, etc.) A organizao da sala de aula
pensada, planejada e reflete a prioridade no direito de aprender. A
correo das atividades, exerccios e pesquisas so tratadas como
oportunidade para aprender mais e melhor. O Conselho de Classe
utilizado para discusso dos avanos e das dificuldades verificados
no processo ensino-aprendizagem, na busca de solues. So definidas
aes para a promoo da melhoria do processo de ensinoaprendizagem a
partir das questes levantadas pelo Conselho de Classe. Os alunos ou
seus representantes participam de discusses relativas ao processo
de ensino-aprendizagem, inclusive no Conselho de Classe. So
definidas diretrizes pblicas especficas e funcionais de disciplina
de alunos e professores. As normas e regras so reconhecidas e
respeitadas pelos professores. Participao dos alunos nas produes
que organizam e regulamentam as relaes de convivncia na escola.
Aspectos relevantes nas dificuldades na disciplina em sala de aula
(especial contribuio dos coordenadores). Organizao e comportamento
dos alunos nos demais ambientes da escola (especial contribuio dos
coordenadores). Os planos de aula so compartilhados regularmente
com pedagogos e demais professores.
PROPOSIO
29
Sumrio
principal
Das questes consideradas, qual(ais) dela(s) o grupo considera o
maior destaque (positividade) da escola? Descrever aes concretas
que justifiquem a escolha do grupo.
Das questes consideradas, qual(ais) dela(s) o grupo considera a
maior fragilidade da escola? Propor aes concretas que a escola
possa implementar para a superao dessa fragilidade.
Obs. O pedagogo ser o responsvel pela sntese dos trabalhos em
grupo, apresentando um plano de trabalho com as inovaes
propostas.
INDICAO 5 Roteiro para estudo e anlise do CBCEste roteiro trata
da avaliao do CBC, a partir de sua vivncia no ano letivo, at o
momento, oportunizando aos professores propor alteraes em cada
disciplina. As reunies devem ser feitas por rea de conhecimento,
respeitando a hora-atividade no limite de 5h/ms. Data: Agosto,
Setembro e Outubro Local: na escola Participantes: Pedagogo,
Coordenador e Professores. Propsito: Avaliar o CBC e propor
alteraes por disciplina sugerindo, se possvel, contedos a serem
desenvolvidos por rea de conhecimento. O pedagogo organiza a reunio
por rea de conhecimento. Orientar os professores para que faam um
paralelo do CBC junto ao plano de ensino.
Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor
referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).
30
Sumrio
principal
Primeiro momento AVALIAO DO CBC Quanto ao CBC Contedo Bsico
ComumITENS SUGERIDOS Quanto ao texto de rea do conhecimento. Quanto
ao texto: Importncia da disciplina para formao humana". As
competncias, habilidades e contedos possibilitam ao aluno
desenvolver o exerccio da cidadania. As competncias, habilidades e
contedos possibilitam ao aluno desenvolver a participao social. As
competncias, habilidades e contedos possibilitam ao aluno
desenvolver a autonomia para a aprendizagem. Mudanas que prope para
a introduo de novos contedos por srie. Quais e argumente as razes
das mudanas (ex. livro didtico, inadequao...) Mudanas para a
transferncia de contedos para outra srie. Quais e argumente (ex.
excesso de contedo, pr-requisito...) Houve o desenvolvimento de
projetos por rea de conhecimento? Qual(is)? Faa um breve relato
do(s) projeto(s). Os princpios norteadores so considerados na
atividade educacional diria. Sugestes e alteraes no CBC: nas
propostas de alterao, se possvel, propor pela rea. Ou seja, propor
competncias, habilidades e contedos comuns rea do conhecimento.
Quanto proposta de implementao do currculo. Registre vantagens do
uso sistemtico do Novo Currculo. Outras sugestes. PROPOSIO
31
Sumrio
principal
INDICAO 6 Roteiro bsico para proposio do Projeto Poltico
Pedaggico que se articule com o novo currculoEste roteiro pretende
orientar a escola a articular o PPP com o currculo , pois nele so
estabelecidas as diretrizes e as bases norteadoras das aes que
levam formao dos cidados, tanto com relao aos conhecimentos, hbitos
e atitudes que se entende devam integrar essa formao, quanto com
relao ao papel da escola no seu entorno. O roteiro deve ser
desenvolvido respeitando a hora/atividade no limite de 5h/ms.
Alertamos para a utilizao dos demais instrumentos de avaliao
contidos nos outros roteiros de estudo. Data: Novembro Local: na
escola denador e pedagogo, a partir da vivncia do novo currculo.
Primeiro momento: 30 min O Pedagogo vai apresentar ao grupo os
principais pontos do Projeto Poltico Pedaggico da escola, no que
diz respeito prtica pedaggica, avaliao, e aos projetos que revelem
a identidade pedaggica da escola. Segundo momento: 2h30min Trabalho
em grupos: O pedagogo faz a diviso dos grupos, conforme a
apresentao anterior. Cada grupo ir propor uma redao para o seu
item, por exemplo, avaliao. Dessa forma, importante que o sumrio do
Projeto Poltico Pedaggico seja revisto anteriormente pelo pedagogo
para j adequ-lo antes da produo. Terceiro momento: 1h Cada grupo
apresenta a produo e deve-se reservar um tempo para a discusso, de
acordo com o quantitativo de grupos. Aps a apresentao e discusso, o
pedagogo ficar responsvel por compor
Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor
referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).
Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores e demais
funcionrios. Propsito: Reescrita do Projeto Poltico Pedaggico por
professores, diretor, coor-
32
Sumrio
principal
o novo Projeto Poltico Pedaggico da escola e agendar uma outra
reunio de apresentao do material para validao dos professores,
coordenadores, diretor. Obs. Verificar se o Projeto Poltico
Pedaggico atende s legislaes estadual e federal. Para a adequao do
Projeto Poltico Pedaggico ao Novo Currculo estamos apresentando um
referencial de autoavaliao. As reflexes acerca da prtica pedaggica
procuram evidenciar que no basta que aITENS DO PPP
escola tenha profissionais com conhecimento em sua rea de atuao.
preciso que esses conhecimentos estejam inseridos criticamente na
realidade socioeconmica e poltica de nossa sociedade. Devem estar
articulados a uma prtica comprometida com o direito de aprender de
todos e de cada um. Registramos que todos os demais itens contidos
nos vrios roteiros so complementares para o desenvolvimento deste
trabalho de articulao do Projeto Poltico Pedaggico ao
Currculo.PROPOSIO
O Projeto Poltico Pedaggico foi construdo coletivamente
(professores, direo, equipe pedaggica, funcionrios, pais e alunos).
A concepo de educao que fundamenta o PPP objetiva a aquisio crtica
do conhecimento sistematizado pelo educando. O PPP discutido e
atualizado. Os profissionais e os alunos da escola conhecem e
valorizam a histria da instituio. A escola procura registrar os
eventos mais relevantes de sua histria atual. As questes relativas
prtica pedaggica da escola so discutidas coletivamente. As decises
coletivas orientam o planejamento das atividades desenvolvidas pela
escola. O planejamento das atividades de sala de aula fundamentado
no PPP. O planejamento das atividades de sala de aula elaborado de
forma integrada (por REA preferencialmente, nas diferentes sries).
O planejamento de contedos das disciplinas considera o tempo
necessrio ao educando para a aprendizagem. A elaborao e o
desenvolvimento do planejamento de ensino so acompanhados pela
equipe pedaggica.
33
Sumrio
principal
ITENS DO PPP Os professores organizam sua prtica pedaggica de
modo a proporcionar o tempo necessrio aprendizagem do educando. Os
professores procuram utilizar estratgias e recursos variados em sua
prtica pedaggica. O processo pedaggico considera e valoriza o
conhecimento trazido pelo aluno. Os contedos so trabalhados de
forma contextualizada. A escola trabalha questes sociais (violncia,
drogas, sexualidade e outras) em seu planejamento de ensino. A
indisciplina dos alunos tratada a partir da identificao de suas
causas. As estratgias para enfrentamento dos problemas
disciplinares so definidas coletivamente. Na busca de solues dos
problemas disciplinares, quando necessrio, trabalha-se em conjunto
com os pais e/ou com familiares. A disciplina considerada uma
questo pedaggica e, portanto, somente como ltimo recurso recorre-se
a elementos externos escola (Conselhos Tutelares, policiais, etc.).
O Conselho de Classe utilizado para discusso dos avanos e das
dificuldades verificados no processo ensino-aprendizagem, na busca
de solues. So definidas aes para a promoo da melhoria do processo
de ensinoaprendizagem a partir das questes levantadas pelo Conselho
de Classe Os alunos ou seus representantes participam de discusses
relativas ao processo de ensino-aprendizagem, inclusive no Conselho
de Classe. So desenvolvidas atividades diferenciadas de reforo de
aprendizagem para alunos com dificuldades. A aplicao dos recursos
fsicos e financeiros priorizam as questes pedaggicas. Os alunos tm
oportunidade de propor e realizar atividades na escola. Existem
mecanismos para o efetivo envolvimento dos pais nas questes
pedaggicas da escola, especialmente nas que dizem respeito ao
processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos. As programaes
especiais desenvolvidas pela escola so comunicadas aos
profissionais, alunos, pais e comunidade de forma clara e em tempo
hbil. Existem projetos articulados com rgos pblicos e outras
instituies da sociedade civil para o desenvolvimento pedaggico e/ou
atendimento s necessidades da comunidade escolar.
PROPOSIO
34
Sumrio
principal
ITENS DO PPP As matrizes curriculares esto contempladas de forma
a organizar o conhecimento necessrio a cada grau e modalidade de
ensino. A equipe pedaggica e os professores discutem a forma de
organizao curricular da instituio. A avaliao do desenvolvimento
escolar prioriza o processo de ensinoaprendizagem e no a nota. A
hora-atividade garante o tempo necessrio ao professor para o
trabalho individual e tambm para o trabalho coletivo. A
hora-atividade organizada de forma a possibilitar encontros dos
professores que atuam na mesma rea. A equipe pedaggica acompanha e
contribui com os professores durante a hora-atividade. A
hora-atividade utilizada exclusivamente para o desenvolvimento das
atividades relacionadas funo docente. A escola desenvolve um
trabalho de acompanhamento junto aos seus profissionais no
atendimento de alunos com necessidades educativas especiais. So
realizadas avaliaes diagnsticas no incio do ano letivo para o
conhecimento do nvel de aprendizagem dos alunos. So elaborados
planejamentos de ensino a partir da realidade evidenciada na
avaliao diagnstica. Feiras e exposies dos trabalhos de professores
e alunos so realizadas com a participao da comunidade. Existem
projetos culturais (teatro, msica, dana, etc.) desenvolvidos pela
escola. A escola no permite o adiantamento de aulas e/ ou sadas
antecipadas de alunos.
PROPOSIO
Das questes consideradas, qual(is) dela(s) o grupo considera o
maior destaque (positividade) da escola? Descrever aes concretas
que justifiquem a escolha do grupo.
Das questes consideradas, qual(ais) dela(s) o grupo considera a
maior fragilidade da escola? Propor aes concretas que a escola
possa implementar para a superao dessa fragilidade.
35
Sumrio
principal
As Superintendncias Regionais de Educao
Sumrio
principal
As superintendncias so importantssimas nessa etapa da implantao
do currculo. Elas devero acompanhar e monitorar todas as atividades
de estudos das escolas, bem como participar dos trabalhos. Sempre
oportuno relembrar que essa proposta de organizao curricular vai
possibilitar que sejam garantidas as mesmas oportunidades a todos
os alunos da rede estadual, independente das escolas que frequentem
e, alm disso, todos tero acesso aos mesmos conhecimentos
atualizados e significativos, valorizados pela sociedade. A partir
do CBC possvel definir metas que todos os alunos tem direito a
alcanar nas disciplinas estaduais. Da mesma forma possvel e
necessrio avaliar o progresso de todos os alunos e as escolas em
direo s metas definidas, de modo que possam melhorar o prprio
desempenho. Para a Superintendncia Regional de Educao necessrio
registrar a responsabilidade no mbito de sua jurisdio,
especialmente no que se refere ao papel que devero desenvolver
junto s escolas jurisdicionadas. Entenda a situao da educao nas
escolas que compem a regional. Conhea
todos os indicadores e destaque aquelas escolas que, pelos
dados, mais precisam de ajuda. Cumpra a legislao da educao. Conhea
aquelas de mbitos nacional e estadual. Acompanhe o desenvolvimento
dos projetos que dinamizam o currculo. Faa um quadro demonstrando
quais projetos esto presentes em quais escolas. Como esto sendo
desenvolvidos. Verifique o quadro de profissionais da rea
pedaggica, especialmente pedagogos e coordenadores, de cada escola
e, se necessrio, monte um plano emergencial para atender aquelas
com deficincia. Organize uma reunio anterior s agendas aqui
planejadas, envolvendo o Corpo Tcnico Administrativo (diretor,
pedagogos e coordenadores), e orientando e auxiliando em cada etapa
do planejamento. Monte um cronograma envolvendo a equipe tcnica da
SRE para acompanhar as etapas de implementao do currculo.
Supervisione o trabalho em cada escola. Assegure registros por
escola contando o desdobramento das etapas. Envie relatrios
compatibilizados a Sedu/ Central de cada roteiro. As orientaes para
compatibilizao sero definidas em reunio prpria.
39
Sumrio
principal
Outra ao de responsabilidade das SRE a coordenao da elaborao dos
aspectos regionais do currculo. Est ligado aos 30% de CBC que se
dar em nvel regional e local. Para esse trabalho a Sedu/Central est
agendando reunio para o ms de maro, na qual vamos apresentar um
plano de ao
prprio para as devidas adequaes que a equipe regional sugerir. A
coordenao geral desse trabalho do supervisor pedaggico, com o apoio
local dos tcnicos do currculo e das equipes de EF e EM.
40
Sumrio
principal
A Sedu/Central
Sumrio
principal
Na implantao do currculo, a Unidade Central tem a
responsabilidade de planejar e organizar o trabalho a ser
desenvolvido pelas Unidades Escolares, coordenadas pelas
Superintendncias Regionais de Educao. So atribuies da Unidade
Central em 2009: 1. Acompanhar a implementao do Novo Currculo por
meio dos relatrios das Superintendncias Regionais de Educao e
reunies peridicas centralizadas e descentralizadas. 2. Coordenar a
pesquisa de avaliao do Novo Currculo a partir da contratao de uma
instituio de pesquisa. Questes de investigao: Os contedos esto
adequados s sries? Os temas transversais foram trabalhados? O
documento curricular facilitou a ao docente? O documento de fcil
compreenso e utilizao?
3. Planejar e efetivar, a partir dos resultados da pesquisa e
dos relatrios encaminhados pelas SRE dos roteiros da Indicao 5, as
mudanas do currculo bsico da rede estadual. 4. Organizar o Ciclo de
Seminrios Descentralizados sobre o Currculo da Educao Bsica. 5.
Organizar o Ciclo de Aprofundamento de Estudos Descentralizados
Currculo em Ao, junto a Gefor. Temas de referncia para os estudos:
As reas do conhecimento. Competncias e habilidades. O ensino pela
pesquisa. Ambientes e recursos de aprendizagem. 6. Coordenar a
elaborao dos Cadernos Metodolgicos junto aos Professores Referncia.
7. Acompanhar a elaborao do CBC regional junto s Superintendncias
Regionais de Educao.
43
Sumrio
principal
Apndices
Sumrio
principal
Leituras ComplementaresEnsinar, aprender: leitura do mundo,
leitura da palavra1Paulo Freire Nenhum tema, mais adequado para
constituirse em objeto desta primeira carta a quem ousa ensinar do
que a significao crtica desse ato, assim como a significao
igualmente crtica de aprender. que no existe ensinar sem aprender e
com isso eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de
ensinar exige a existncia de quem ensina e de quem aprende. Quero
dizer que ensinar e aprender se vo dando de tal maneira que quem
ensina aprende, de um lado, porque reconhece um conhecimento antes
aprendido e, de outro, porque, observada a maneira como a
curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o
ensinando-se, sem o que no o aprende, o ensinante se ajuda a
descobrir incertezas, acertos, equvocos. O aprendizado do ensinante
ao ensinar no se d necessariamente atravs da retificao
que o aprendiz lhe faa de erros cometidos. O aprendizado do
ensinante ao ensinar se verifica medida em que o ensinante,
humilde, aberto, se ache permanentemente disponvel a repensar o
pensado, rever-se em suas posies; em que procura envolver-se com a
curiosidade dos alunos e dos diferentes caminhos e veredas, que ela
os faz percorrer. Alguns desses caminhos e algumas dessas veredas,
que a curiosidade s vezes quase virgem dos alunos percorre, esto
grvidas de sugestes, de perguntas que no foram percebidas antes
pelo ensinante. Mas agora, ao ensinar, no como um burocrata da
mente, mas reconstruindo os caminhos de sua curiosidade razo por
que seu corpo consciente, sensvel, emocionado, se abre s adivinhaes
dos alunos, sua ingenuidade e sua criatividade o ensinante que
assim atua tem, no seu ensinar, um momento rico de seu aprender. O
ensinante aprende primeiro a ensinar, mas aprende a ensinar ao
ensinar algo que reaprendido por estar sendo ensinado. O fato,
porm, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar um certo contedo
no deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a
ensinar sem competncia para faz-lo. No o autoriza a ensinar o que
no sabe. A responsabilidade tica, poltica e profissional do
ensinante lhe coloca o dever
1 Esta carta foi retirada do livro Professora sim, tia no.
Cartas a quem ousa ensinar (Editora Olho Dgua, 10 ed., p. 27-38) no
qual Paulo Freire dialoga sobre questes da construo de uma escola
democrtica e popular. Escreve especialmente aos professores,
convocando-os ao engajamento nessa mesma luta. Este livro foi
escrito durante dois meses do ano de 1993, pouco tempo depois de
sua experincia na conduo da Secretaria de Educao de So Paulo.
47
Sumrio
principal
de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de
iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua
preparao, sua capacitao, sua formao se tornem processos
permanentes. Sua experincia docente, se bem percebida e bem vivida,
vai deixando claro que ela requer uma formao permanente do
ensinante. Formao que se funda na anlise crtica de sua prtica.
Partamos da experincia de aprender, de conhecer, por parte de quem
se prepara para a tarefa docente, que envolve necessariamente
estudar. Obviamente, minha inteno no escrever prescries que devam
ser rigorosamente seguidas, o que significaria uma chocante
contradio com tudo o que falei at agora. Pelo contrrio, o que me
interessa aqui, de acordo com o esprito mesmo deste livro, desafiar
seus leitores e leitoras em torno de certos pontos ou aspectos,
insistindo em que h sempre algo diferente a fazer na nossa
cotidianidade educativa, quer dela participemos como aprendizes, e
portanto ensinantes, ou como ensinantes e, por isso, aprendizes
tambm. No gostaria, assim, sequer, de dar a impresso de estar
deixando absolutamente clara a questo do estudar, do ler, do
observar, do reconhecer as relaes entre os objetos para conhec-los.
Estarei tentando clarear alguns
dos pontos que merecem nossa ateno na compreenso crtica desses
processos. Comecemos por estudar, que, envolvendo o ensinar do
ensinante, envolve tambm de um lado a aprendizagem anterior e
concomitante de quem ensina e a aprendizagem do aprendiz que se
prepara para ensinar amanh ou refaz seu saber para melhor ensinar
hoje ou, de outro lado, aprendizagem de quem, criana ainda, se acha
nos comeos de sua escolarizao. Enquanto preparao do sujeito para
aprender, estudar , em primeiro lugar, um quefazer crtico, criador,
recriador, no importa que eu nele me engaje atravs da leitura de um
texto que trata ou discute um certo contedo que me foi proposto
pela escola ou se o realizo partindo de uma reflexo crtica sobre um
certo acontecimento social ou natural e que, como necessidade da
prpria reflexo, me conduz leitura de textos que minha curiosidade e
minha experincia intelectual me sugerem ou que me so sugeridos por
outros. Assim, em nvel de uma posio crtica, a que no dicotomiza o
saber do senso comum do outro saber, mais sistemtico, de maior
exatido, mas busca uma sntese dos contrrios, o ato de estudar
implica sempre
48
Sumrio
principal
o de ler, mesmo que nesse no se esgote. De ler o mundo, de ler a
palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita. Mas ler
no puro entretenimento nem tampouco um exerccio de memorizao
mecnica de certos trechos do texto. Se, na verdade, estou estudando
e estou lendo seriamente, no posso ultrapassar uma pgina se no
consegui com relativa clareza, ganhar sua significao. Minha sada no
est em memorizar pores de perodos lendo mecanicamente duas, trs,
quatro vezes pedaos do texto, fechando os olhos e tentando
repeti-las como se sua fixao puramente maquinal me desse o
conhecimento de que preciso. Ler uma operao inteligente, difcil,
exigente, mas gratificante. Ningum l ou estuda autenticamente se no
assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crtica
de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da
leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha. Ler
procurar buscar criar a compreenso do lido; da, entre outros pontos
fundamentais, a importncia do ensino correto da leitura e da
escrita. que ensinar a ler engajar-se numa experincia criativa em
torno da compreenso. Da compreenso e da comunicao.
E a experincia da compreenso ser to mais profunda quanto sejamos
nela capazes de associar, jamais dicotomizar, os conceitos
emergentes da experincia escolar aos que resultam do mundo da
cotidianidade. Um exerccio crtico sempre exigido pela leitura e
necessariamente pela escuta o de como nos darmos facilmente
passagem da experincia sensorial que caracteriza a cotidianidade
generalizao que se opera na linguagem escolar, e dessa ao concreto
tangvel. Uma das formas de realizarmos esse exerccio consiste na
prtica que me venho referindo como leitura da leitura anterior do
mundo, entendendo-se aqui como leitura do mundo a leitura que
precede a leitura da palavra e que perseguindo igualmente a
compreenso do objeto se faz no domnio da cotidianidade. A leitura
da palavra, fazendo-se tambm em busca da compreenso do texto e,
portanto, dos objetos nele referidos, nos remete agora leitura
anterior do mundo. O que me parece fundamental deixar claro que a
leitura do mundo que feita a partir da experincia sensorial no
basta. Mas, por outro lado, no pode ser desprezada como inferior
pela leitura feita a partir do mundo abstrato dos conceitos que vai
da generalizao ao tangvel. Certa vez, uma alfabetizanda nordestina
discutia, em seu crculo de cultura, uma
49
Sumrio
principal
codificao que representava um homem que, trabalhando o barro,
criava com as mos, um jarro. Discutia-se, atravs da leitura de uma
srie de codificaes que, no fundo, so representaes da realidade
concreta, o que cultura. O conceito de cultura j havia sido
apreendido pelo grupo atravs do esforo da compreenso que
caracteriza a leitura do mundo e/ou da palavra. Na sua experincia
anterior, cuja memria ela guardava no seu corpo, sua compreenso do
processo em que o homem, trabalhando o barro, criava o jarro,
compreenso gestada sensorialmente, lhe dizia que fazer o jarro era
uma forma de trabalho com que, concretamente, se sustentava. Assim
como o jarro era apenas o objeto, produto do trabalho que, vendido,
viabilizava sua vida e a de sua famlia. Agora, ultrapassando a
experincia sensorial, indo mais alm dela, dava um passo
fundamental: alcanava a capacidade de generalizar que caracteriza a
experincia escolar. Criar o jarro como o trabalho transformador
sobre o barro no era apenas a forma de sobreviver, mas tambm de
fazer cultura, de fazer arte. Foi por isso que, relendo sua leitura
anterior do mundo e dos que-fazeres no mundo, aquela alfabetizanda
nordestina disse segura e orgulhosa: Fao cultura. Fao isto.
Gaiolas e asas2Rubem Alves Os pensamentos me chegam de forma
inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que
Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram tambm
atacados por eles. Digo atacados porque eles surgem repentinamente,
sem preparo, com a fora de um raio. Aforismos so vises: fazem ver,
sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: H
escolas que so gaiolas. H escolas que so asas. Escolas que so
gaiolas existem para que os pssaros desaprendam a arte do voo.
Pssaros engaiolados so pssaros sob controle. Engaiolados, o seu
dono pode lev-las para onde quiser. Pssaros engaiolados sempre tm
um dono. Deixaram de ser pssaros. Porque a essncia dos pssaros o
voo. Escolas que so asas no amam pssaros engaiolados. O que elas
amam so os pssaros em voo. Existem para dar aos pssaros coragem
para voar. Ensinar o voo, isso elas no podem fazer, porque o voo j
nasce dentro dos pssaros. O voo no pode ser ensinado. S pode ser
encorajado. Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri
conversando com professoras2 Gaiolas e asas Rubem Alves. Folha de
So Paulo. Tendncias e Debates. (05/12/2001)
50
Sumrio
principal
de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam so
relatos de horror e medo. Balbrdia, gritaria, desrespeito, ofensas,
ameaas... E elas, timidamente, pedindo silncio, tentando fazer as
coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o
programa, fazer avaliaes... Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula
cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras mostra - e a
domadoras com seus chicotes, fazendo ameaas fracas demais para a
fora dos tigres. Sentir alegria ao sair de casa para ir escola? Ter
prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho livrar-se de tudo
aquilo. Mas no podem. A porta de ferro que fecha os tigres a mesma
porta que as fecha com os tigres. Nos tempos de minha infncia, eu
tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas prprias
arapucas, punha fub dentro e ficava escondido, esperando... O pobre
passarinho vinha, atrado pelo fub. Ia comendo, entrava na arapuca e
pisava no poleiro. E era uma vez um passarinho voante.
Cuidadosamente eu enfiava a mo na arapuca, pegava o passarinho e o
colocava dentro de uma gaiola. O pssaro se lanava furiosamente
contra os arames, batia as asas, crispava as garras e enfiava o
bico entre os vos. Na intil tentativa de ganhar de novo o espao,
ficava
ensanguentado... Sempre me lembro com tristeza da minha
crueldade infantil. Violento, o pssaro que luta contra os arames da
gaiola? Ou violenta ser a imvel gaiola que o prende? Violentos, os
adolescentes de periferia? Ou sero as escolas que so violentas? As
escolas sero gaiolas? Vo me falar sobre a necessidade das escolas
dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para
melhorarem de vida. De acordo. preciso que os adolescentes, que
todos, tenham uma boa educao. Uma boa educao abre os caminhos de
uma vida melhor. Mas eu pergunto: nossas escolas esto dando uma boa
educao? O que uma boa educao? O que os burocratas pressupe sem
pensar que os alunos ganham uma boa educao se aprendem os contedos
dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educao, criam
mecanismos, provas e avaliaes, acrescidos dos novos exames
elaborados pelo Ministrio da Educao. Mas ser mesmo? Ser que a
aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de
uma boa educao? Voc sabe o que dgrafo? E os usos da partcula se? E
o nome das enzimas que entram na digesto? E o sujeito da frase
Ouviram do Ipiranga
51
Sumrio
principal
as margens plcidas de um povo herico o brado retumbante? Qual a
utilidade da palavra mesclise? Pobres professoras, tambm
engaioladas... So obrigadas a ensinar o que os programas mandam,
sabendo que intil. Isso hbito velho das escolas. Bruno Bettelheim
relata sua experincia com as escolas: Fui forado (!) a estudar o
que os professores haviam decidido que eu deveria aprender. E
aprender sua maneira. O sujeito da educao o corpo, porque nele que
est a vida. o corpo que quer aprender para poder viver. ele que d
as ordens. A inteligncia um instrumento do corpo cuja funo ajud-lo
a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligncia, era ferramenta e
brinquedo do corpo. Nisso se resume o programa educacional do
corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. Ferramentas so
conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia
a dia. Brinquedos so todas aquelas coisas que, no tendo nenhuma
utilidade como ferramentas, do prazer e alegria alma. Nessas duas
palavras, ferramentas e brinquedos, est o resumo da educao.
Ferramentas e brinquedos no so gaiolas. So asas. Ferramentas me
permitem voar pelos caminhos do mundo.
Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem est
aprendendo ferramentas e brinquedos est aprendendo liberdade, no
fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim, todo
professor, ao ensinar, teria de se perguntar: Isso que vou ensinar,
ferramenta? brinquedo? Se no for, melhor deixar de lado. As
estatsticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos
alunos matriculados. Esses dados no me dizem nada. No me dizem se
so gaiolas ou asas. Mas eu sei que h professores que amam o voo dos
seus alunos. H esperana...
A educao no sculo XXINo sculo XXI, a educao considerada um
indispensvel patrimnio da humanidade na construo de seus ideais, de
suas relaes e de sua prpria sobrevivncia. Nesse sentido, h uma
exigncia de debate conjunto da educao, que ultrapassa os limites de
seu prprio campo. Estamos dizendo que discutir educao e suas
finalidades no tarefa apenas dos educadores; que a sociedade deve
incorporar essa exigncia e compreender na educao suas
possibilidades de
52
Sumrio
principal
avanar e acompanhar um mundo de rpidas transformaes. A Unesco,
por meio do Comisso Internacional sobre a Educao para o Sculo XXI
presidida por Jacques Delors, estabelece quatro pilares que
sustentam, de modo interdependente e integrado, o seu conceito de
educao de qualidade: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver junto e aprender a ser. Podemos compreender esses
pilares como grandes desafios da educao e da sociedade, ao longo da
histria de homens e mulheres. O primeiro deles, aprender a
conhecer, nos remete dimenso humana do compreender, de conhecer e
de descobrir. Sem dvida, uma das principais contribuies da educao
para o indivduo favorecer o acesso informao. De igual modo
importante oferecer a ele a oportunidade de construir as
competncias necessrias para garantia desse acesso. Em outras
palavras, no basta disponibilizar a informao, fundamental
instrumentalizar as pessoas para utiliz-las. E ainda, utiliz-las a
servio de sua gerao e da humanidade. Como sabemos, o conhecimento
infinito e o homem, como espcie, no cessa em produzi-lo e
reproduzi-lo. Desse modo, aprender a conhecer nos remete para o
trabalho de descoberta dos mecanismos de constru-
o e apreenso dos conhecimentos. Vale considerar que essa uma das
prementes tarefas da escola. Esse pressuposto nos orienta a pensar
que educar pela pesquisa uma importante estratgia conceitual e
metodolgica no sentido de viabilizar, dentro da escola e da sala de
aula, os caminhos para o desenvolvimento desse pilar. A investigao
se configura a estratgia de orientar a descoberta, de estimular a
construo de conhecimentos. O segundo pilar indicado pela Comisso
relativo capacidade humana de viver junto, de com-viver. Esse pilar
ressalta as demandas do mundo contemporneo e a importncia das
relaes diante dele. Na realidade, enfoca a necessidade planetria da
compreenso mtua, de respeito e convivncia pacfica com as diferenas
e com o outro. Conforme o relatrio, trata-se de aprender a viver
conjuntamente, desenvolvendo o conhecimento dos outros, de sua
histria, de suas tradies e de sua espiritualidade. Essa dimenso diz
respeito qualidade de vida dos humanos nas suas correlaes com seus
pares. A escola, por trabalhar com pessoas diferentes em espaos
comuns, pode promover o dilogo permanente sobre as relaes
estabelecidas na vida social.
53
Sumrio
principal
O sentido do terceiro pilar, aprender a fazer, afirmar que a
educao no pode aceitar a imposio de opo entre a teoria e a tcnica,
o saber e o fazer. As velhas dicotomias do passado devem ceder
espao a uma prxis pedaggica que admita que quem pensa, tambm
executa; que quem executa tambm pensa; que o corpo e a alma so
indissociveis; que a ideia e a matria so complementares no
entendimento da totalidade. A vida neste novo sculo solicita uma
educao que permita aos educandos associar a tcnica com a aplicao de
conhecimentos tericos, relacionar o que se estuda com o que se faz,
com as demandas do cotidiano, com a utilizao de conhecimentos no
contexto de vida dentro e fora da escola.
O aprender a ser est entre os elementos preconizados no
relatrio. Refere-se demanda contempornea de uma postura tica,
pautada no princpio de que as atitudes e responsabilidades pessoais
interferem no destino coletivo. Esse pilar sinaliza que os humanos
no nascem prontos para a vida em sociedade. Sugere que os processos
educativos, tanto das escolas quanto das famlias, qualifiquem as
pessoas para a vida em conjunto. Isso se torna, pois, uma
responsabilidade de gerao com relao sua prxima. Em suma, vale
afirmar que a educao no sculo XXI est estreitamente vinculada ao
desenvolvimento da capacidade intelectual dos estudantes e a
princpios ticos, de compreenso e solidariedade humana.
54
Sumrio
principal
Documento integrante do Todos pela Educao3O educador o principal
trabalhador brasileiro, pois ele quem est com o aluno diariamente e
tem nas mos as ferramentas para ensin-lo. Veja como voc, educador,
pode fazer a sua parte. cias. Informe-se, reflita, discuta. Quando
voc entende o problema, tem mais chances de fazer sua parte para
resolv-lo e voc, como educador, o principal agente da melhoria da
educao. Busque sempre aprimorar seus conhecimentos Procure sempre
dar sequncia sua formao acadmica, por meio de cursos de graduao ou
ps-graduao e programas de capacitao. H sempre algo novo e
interessante para ser aprendido, e que poder te ajudar a influir
positivamente na educao das pessoas ao seu redor. Proponha que sua
escola seja um espao de aprendizado. Para ser educador, preciso
estudar sempre e ter em vista onde voc quer chegar com seus alunos.
Encare a diversidade de maneira positiva Tire proveito da
heterogeneidade de saberes, conhecimentos e experincias dos alunos
e da comunidade escolar. Promova a interao entre eles.
RecomendaesEntenda a situao da educao O primeiro passo para
melhorar a educao entender sua situao atual. Procure se informar
sobre a qualidade do ensino no pas, no seu Estado, na sua cidade,
nas escolas prximas. Na seo Nmeros da Educao voc encontra essas
informaes. Secretarias de Educao municipais e estaduais tambm tm
esses dados, e direito de todos conhec-los. Alm disso, todos podem
procurar saber quais so as aes e medidas tomadas pela Secretaria de
Educao para melhorar o desempenho das escolas que no tiveram bons
resultados, tanto no Ideb como em avaliaes educacionais, como a
Prova Brasil e o Saeb. Procure entender quais so os problemas da
educao brasileira, suas causas e consequn3
www.todospelaeducacao.org.br/ Faa sua parte
55
Sumrio
principal
Escola boa aquela em que o aluno aprende A melhor forma de
avaliar a qualidade do ensino por meio da aprendizagem dos alunos.
E, se a escola existe para ensinar, a avaliao capaz de dizer se a
escola boa ou ruim aquela que nos mostra se os alunos esto ou no
aprendendo. Valorize e utilize avaliaes sobre a qualidade do ensino
como um instrumento para melhorar a escola, e promover a
transparncia e a participao de todos os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem. Diretor: Assuma a liderana Assuma a liderana
de forma democrtica e cooperativa com todos os segmentos da equipe.
A presena constante do diretor da escola fundamental. Ele deve ter
competncia para ocupar um papel central na gesto do cotidiano
escolar e na articulao da escola com a comunidade escolar. Como
lida com questes internas e externas da escola, necessrio ter
sempre em mente o que e o que no prioritrio, para organizar seu
tempo de forma eficiente. Diretor: Seja responsvel pela qualidade
de ensino A melhor gesto administrativa de nada vale se os alunos
no estiverem aprendendo. O diretor
no deve ser visto apenas como o administrador do prdio da
escola, mas como o grande administrador da aprendizagem dos alunos.
O diretor o responsvel maior para a escola ter e cumprir o
regimento escolar e a proposta pedaggica que dar origem aos planos
de curso e de aula. Alm de ser pea-chave na identificao das
necessidades locais, o diretor deve garantir um sistema eficaz de
reforo escolar para os alunos com dificuldades em algum contedo
especfico, e deve fazer funcionar um sistema de superviso de
professores com foco no desempenho dos alunos. Diretor: Articule-se
com a Secretaria de Educao Como a escola no trabalha de forma
isolada, o diretor deve conduzir as aes da escola de forma
articulada com as polticas emanadas pela Secretaria de Educao que
deve receber, mensalmente, os dados da escola. As metas da escola
tambm devem ser estabelecidas, anualmente, de forma integrada s
metas da rede de ensino. As escolas devem ter algum grau de
autonomia, mas so parte de um organismo muito maior, que a rede de
ensino, gerida pela Secretaria de Educao.
56
Sumrio
principal
Diretor: Assegure o cumprimento do ano letivo Assegure o
cumprimento integral do ano letivo. As escolas precisam garantir um
mnimo de 200 dias letivos, com um mnimo de quatro horas de aula por
dia, descontados os intervalos escolares. Isso lei. Assegurar a
pontualidade e frequncia dos professores e funcionrios da escola
tambm necessrio. Diretor: Assegure as condies de trabalho Assegure
as condies e os meios para que os professores implementem a
proposta poltico-pedaggica da escola. Diretor: Abra a biblioteca e
a sala de computao No tranque livros e computadores, pois eles so
material de uso dirio. Os alunos precisam t-los em mos para poder
tirar o melhor proveito possvel do que esses materiais podem trazer
para seu aprendizado. Cuide e melhore o acervo da biblioteca,
disponibilizando, alm dos livros didticos, obras de literatura
infanto-juvenil, livros de fico e no-fico, dicionrios e
enciclop-
dias. Voc pode, ainda, abrir a biblioteca fora do horrio das
aulas e para a comunidade. Quanto aos computadores, sua escola pode
incentivar os alunos a usarem a internet para fazer pesquisas sobre
temas atuais e, a partir delas, elaborar resumos. Os alunos podem
tambm ser envolvidos na elaborao e manuteno da pgina da escola na
internet, ou ser incentivados a construrem seus blogs dirios na
internet. Professor: Planeje suas aulas Elabore planos de curso e
planos de aula de acordo com a proposta pedaggica elaborada pela
escola e com o programa de ensino da Secretaria de Educao.
Participe da elaborao dessas propostas e assegure seu cumprimento,
sem perder de vista que, para ter sucesso na sala de aula, os
objetivos, os contedos e os mtodos de ensino devem ser adequados e
ajustados s suas necessidades e s caractersticas dos alunos. Aulas
de qualidade se refletem na aprendizagem dos alunos. Professor:
Procure no faltar Lembre-se de que o aluno precisa de voc. Se
alguma necessidade urgente lhe impedir de estar em sala de aula,
necessrio que voc seja substitudo por pessoa de igual competncia e
que conhea o andamento dos planos de aula.
57
Sumrio
principal
Professor: Ensine a estudar Ensine os procedimentos de estudo,
como selecionar informaes, tomar notas, fazer resumos e snteses,
etc. Professor: Incentive o hbito da leitura D ateno especial
leitura, compreenso de textos e escrita. Essas habilidades so
bsicas e essenciais para toda a vida do aluno. O hbito da leitura
abre aos alunos uma perspectiva prazerosa de aprendizagem. Estimule
esse hbito oferecendo aos alunos contato com diferentes tipos de
textos, tais como matrias de jornais, embalagens, receitas, cartas,
anncios, textos expositivos e literrios, instrues de jogos, regras
da escola, etc. Conhea de antemo os textos que voc apresentar
classe, gere expectativas nos alunos sobre os textos, faa
comentrios, perguntas e promova a reflexo, interpretao e o dilogo
entre os estudantes. Professor: Reforce a autoestima dos alunos
preciso que educadores difundam ao mximo os gestos, as atitudes, as
palavras
que reforam a autoestima das crianas e favoream o seu sucesso na
sala de aula e na vida. Esse tipo de atitude pode ser decisivo na
vida de uma criana ou um jovem. Valorize o esforo e os trabalhos
elaborados pelos alunos. Comente-os e exponha-os em murais e varais
fora e dentro da sala de aula. Prontifique-se a ajudar sempre que
chamado. Professor: No desista de ensinar a nenhum aluno Todos
precisam, tm direito e capacidade de aprender. Nem todos os alunos
aprendem do mesmo jeito e no mesmo ritmo, embora todos sejam
capazes de aprender. O desempenho escolar de um aluno
responsabilidade do professor, que deve ser compartilhada pela
famlia e pela escola. Diretor: Mantenha uma boa relao com as
famlias Divulgue a proposta pedaggica de cada srie para os pais dos
alunos poderem acompanhar o seu cumprimento ao longo do ano letivo.
Divulgue tambm o regimento da escola para pais e alunos. Distribua
os boletins com resultados dos alunos nas pocas previstas pelo
Regimento Interno
58
Sumrio
principal
das Escolas, e informe-os sobre como est o desempenho de seus
filhos na escola. D, ainda, dicas sobre como eles podem ajudar suas
crianas a estudar e acompanhar as aulas. Promova a gesto democrtica
A gesto democrtica implica que os educadores, familiares e a
comunidade, mais do que destinatrios, devem ser considerados
interlocutores e parceiros da escola no cumprimento de sua misso:
fazer com que todas as crianas da escola efetivamente aprendam.
Reconhea a escola como um espao de construo do conhecimento e de
integrao com a comunidade, abrindo seus espaos para outras
atividades e pblicos desde que isso no comprometa os direitos dos
seus alunos. Mantenha esse esprito ao se relacionar com os pais e
alunos. Quanto mais a escola estiver inserida em seu contexto
social e mantiver uma boa relao de parcerias, maior ser a colaborao
de todos. Abra a escola para a famlia dos alunos e conhea a histria
e as caractersticas de cada um. Mantenha um relacionamento
transparente e receptivo com os pais e
familiares. Eles so parceiros fundamentais da escola. Fiscalize
o Bolsa-Famlia Verifique se os alunos beneficirios do BolsaFamlia
matriculados em sua escola esto frequentando as aulas. Demande que
os governos municipal e estadual mantenham atualizadas as situaes
cadastrais (qual escola frequenta, se concluiu os ciclos de estudos
etc) de cada criana em idade escolar. Alm disso, verifique e cobre
que os beneficirios do programa levem suas crianas aos postos de
sade para realizar exames, vacinaes e outras aes estipuladas pelo
Ministrio da Sade, que impactam diretamente na sade da criana e em
seu desempenho escolar. Fiscalize a merenda escolar Acompanhe,
verifique e cobre que os recursos pblicos destinados merenda
escolar sejam garantidos e bem geridos. Para tanto, voc pode
verificar em sua escola se os alimentos comprados pela prefeitura
tm qualidade, quantidade e diversidade apropriadas. Acompanhe tambm
se a escola os armazena de forma correta e os distribui enquanto
esto frescos, antes da data de expirao e em quantidades
apropriadas.
59
Sumrio
principal
Material de apoioCronograma fsico de estudos dos
roteirosNovembro X Setembro X Fevereiro Outubro XAUTOR Gelb, Michel
Costa, Flavia Moreira Da
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Ttulos relacionados que compem o acervo da Biblioteca do
Professor, disponvel em todas as escolas estaduais EDITORA AGIRN 1
2 TTULO Como descobrir sua genialidade: aprenda a pensar com as dez
mentes mais revolucionrias da histria Aquarelas do Brasil
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Aprender com jogos e situaes-problemas Alfabetizao de adultos:
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para aprender matemtica Ler e escrever na escola: o real, o possvel
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