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Sara de pinho portfolio2012

Aug 21, 2015

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sara pinho
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Sar

a de Pinho :::: portfólio 2012

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Título: A libertação do caos interiorTema: ExorcismoMeio: VídeoDuração: 1’ 17”Ano: 2003

Talvez a essência do exorcismo permaneça no combate interior e constante que temos connosco próprios. A insatisfação emergente requer uma liber-tação, não só de recalcamentos de infância, como também de um medo in-sustentável, que nos acompanha de enfrentar os obstáculos.O percurso académico não é de forma alguma linear. Esse percurso é pau-tado, por vezes de desistências, desvios, e muitas vezes, de um voltar a acredi-tar nas nossas próprias capacidades criadoras. É pois nesse momento que acordamos com uma energia nova, e damos um passo decisivo para afastar o mal do passado, exorcizando-o e portanto, atenuando-o.A resolução deste enigma assenta numa libertação do caos interior, recon-vertido em representações plásticas. O suporte é um rolo de papel cenário, que é desenrolado à medida em que é executada uma ilustração. Cada fase pretende ser a resolução da anterior, uma evolução ou regressão. Trata-se de um processo contínuo ou descontínuo, feito de altos e baixos ou até de momentos vazios.

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Título: Porto tipográficoMeio: VídeoDuração: 0’ 29”Ano: 2003

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Título: OGM [trangénicos]Meio: VídeoDuração: 1’ 06”Ano: 2003

Comer ou não trangénicos deve ser uma opção informada. A matéria-prima foi a água e elementos vegetais inseridos num recipiente plástico. O congela-mento desses elementos, que posteriormente desenformados foram fotogra-fados em diferentes fases do seu processo de descongelamento. Numa fase final, essas mesmas fotografias serviram de base para uma manipulação vir-tual concretizada numa simples animação.

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Título: Siddartha [Herman Hesse]Meio: Vídeo-GenéricoDuração: 1’ 50”Ano: 2003

Siddartha infeliz com a sua educação, abandona o lar em busca do sentido da vida. A sua viagem é pautada por múltiplos aspectos do quotidiano, até encon-trar a reveladora iluminação final. Esta história indiana remete-nos para um conceito, em que o importante não é o ponto de chegada, para o percurso realizado para o alcançar. É uma narrativa que fala de um crescimento inte-rior, de uma união com o absoluto, que só é possível percorrendo uma vida árdua, repleta de provações e obstáculos.

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Título: Simulation Tripp [of an esquizoid]Meio: Vídeo-instalaçãoDuração: 3’ 13”Ano: 2003Parceria: Lisete Dias e Mª João Santos

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Título: Laço Duplo [indução de um comportamento patológico]Meio: VídeoDuração: 9 ’ 93 ”Ano: 2004

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Título: Reflexo interiorMeio: VídeoDuração: 4’ 46”Ano: 2011-2012

As razões inerentes para a realização deste trabalho estão associadas ao facto de descobrir a organicidade e a imprevisibilidade que a tinta dissolvida e em contacto com a água formam. Usei dois tons de azul, um mais claro e outro mais escuro, para poder observar qual a interferência ou a conjugação que poderia provocar.Um dos meus propósitos foi captar a atenção do espectador, para o pro-cesso que se prende com o facto de ter invertido e acelerado a ordem natural dos acontecimentos. Quebrando a monotonia pontualmente emerge uma imagem que ultrapassa a moldura anteriormente instituída, sem a destruir, caracterizada pelo ele-mento comum, a água, mas agora à superfície. Esta imagem materializada em vídeo foi captada num lago do Museu Soares dos Reis e do Parque da Cidade no Porto, com este facto pretendi confrontar dois mundos, o das pro-fundezas exemplificada pela metáfora dos dois fluxos e o da superfície pelos lagos. Entre a o universo artificial e a realidade da Natureza.Vale a pena seguir a ordem inversa até ao fim, começa pelo “suposto” fim original e acaba com a tabula rasa (a tela branca). Representado por man-chas dispersas e expandidas das duas cores, a tinta ascende em vez de de-scer, a gravidade foi aqui questionada. Todos estes aspectos competem com a própria ciência, a tinta como meio tecnológico ganha aqui uma presença forte e interroga a sua primeira funcionalidade. O desenho ganha aqui um carácter mais forte. O movimento das tintas constroem-no. Todos estes princípios são postos em causa e alteram a perspectiva do es-pectador perante a obra. Segundo Serres, “A criação resiste à morte, rein-ventando a vida (...)”

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Título: EstratigrafiaVídeo-Instalação sobre esferaDuração: 3’ 35”Ano: 2011

Ao meu olhar sobrepôs-se uma câmara e um copo, camada por camada fui filmando o que mais me interessava visualmente. Mais do que uma alegoria, pela sobreposição das camadas, o meu olhar foi conduzido pelo efémero. A vida foge-nos e por vezes é difícil captá-la e nada é tão inocente como o desejo de alcançar o fugaz.A esfera como suporte surge no processo, o vídeo tem como base um copo e na sua maioria as filmagens realçam o círculo. Daí uma simbiose adequada até porque a barreira em PVC com um círculo delimita a máscara da imagem projectada criando também uma concordância.

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Título: Sem TítuloVídeo-Instalação sobre ecran foscoDuração: 2’ 47”Ano: 2011

Um ecran fosco como tabula rasa, a sua filmagem em diferentes horas do dia deu origem a uma sequência de imagens em que as suas cores vão al-terando e dando lugar a outros registos, retirados de outros lugares, jogando com transparências e texturas, que se sentem através do olhar. A sua so-breposição no vidro não foi ao acaso, resultando numa simbiose na reunião dos dois ecrans fazendo com que a imagem projectada invada esta barreira e resulte como um todo. A imagem é fragmentada fisicamente, mas no vídeo existe uma linha horizontal que em termos estruturais ganha uma dimensão mais forte, funcionado como eixo fazendo a divisão entre o céu e a terra como de uma linha do horizonte se tratasse. Os ecrans possuem em si próprios umas molduras de metal que os sustentam, que não se encontram nivelados com o propósito de o espectador poder entrar na abertura que os separa, tornando-o parte da instalação. O público que fica para trás consegue visual-izar a interferência provocada pela presença humana, resultando num teatro de sombras e das suas escalas. Por consequência esta instalação anda à volta de uma certa teatralidade associada a uma temporalidade. Há aqui uma preocupação na duração da experiência por parte do público. O factor tempo ganha aqui uma dimensão teatral e vice-versa. Por outro lado todo o concep-tualismo assenta numa epifania, no sentido da recolha de várias filmagens que depois de editadas fazem parte da resolução de um quebra-cabeças que finalmente encontrou na sua projecção e na sua realização plena. Esta instalação permite ver o que está por de trás dos ecrãs, não que seja interessante ver o reverso do vídeo mas pelo facto do espectador que fez a transposição poder interferir com a projecção, criando um jogo lúdico de sombras visíveis para quem ainda está do lado de fora.Rejeito a dimensão narrativa, privilegio a percepção e o momento epifânico dando origem a uma estrutura formal que revela tanto o previsível como o imprevisível, criando uma estranheza que ao mesmo tempo se torna familiar ou inquietante. Porque do simples, nasce a verdade!

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Título: Epifania dos sentidosVídeo-Instalação sobre persianaDuração: 5’ 41”Ano: 2012

“As coisas desaparecem. Temos de nos apressar, se queremos ver alguma coisa”Cézanne, Paul

A palavra epifania, epiphanéia (=manifestação), de origem grega (epi=sobre; phaino=aparecer), pode ter duas abordagens. Não pretendo aqui focar a da ordem teológica mas sim a do momento quase sempre fugaz de uma súbita revelação interior, que suspende o que há de vir e se destaca do transitório.Fugindo do óbvio e fornecendo somente algumas pistas, a ideia da metáfora não me saía da mente. Do grego metaphorá (=transporte) remete exata-mente para a descoberta incessante de ligações que nos transportam para um patamar de plenitude.Para colmatar a essência do desejo, começo a filmar, negando o discurso narrativo, parto de imagens descontextualizadas, em que o zoom exagerado faz com que a sua origem se perca, partindo para novos caminho da repre-sentação, sem perder o propósito inicial. O vídeo surge como salvador da existência breve de imagens aparentemente destituídas de significado. Pre-tendo ter um olhar, capaz de captar o fugaz mas resistindo à efemeridade do visível.Permanecer no sonho acordada, fazer dele realidade. Quero fixar de uma forma indireta essas memórias quase apagadas quando acordo. Ao rodar o estore, a luz invade o espaço interior do canto, criando uma espécie de triân-gulo, três conexões que dão origem à imagem tripartida. No confronto dos objetos e da projeção, emana a fisicalidade da memória e da imagem. Há uma autonomia dos vários suportes: a conjugação das mesas retirando-as da sua primeira função remetem para um caráter primeiro da escultura.Presencia-se uma exploração das possibilidades do objecto-suporte e no modo como este se funde com os elementos som, movimento, imagem e materialidade.

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Título: Panorama InóspitoVídeo-Instalação sobre lousaDuração: 6’ 29”Ano: 2011

Panorama [INÓSPITO]Uma vista aérea sobre o tealhado das CASAS em LOUSAMaterial/Artefacto que me acompanha e ENCANTA!O SOM do giz ARREPIA e remete para a minha infânciaMemórias perdidas apagadas que devem só pertencer ao passadoe só fazem sentido se a Mãe estiver presente.

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Título: ViewpointMeio: Vídeo-ArteDuração: 3’ 00”Ano: 2012

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Título: À Frida KahloSite-specific VídeoDuração: 7’30”Ano: 2012

Abordei o tema das infiltrações do Museu de Santa Joana, tirando partido da sua beleza estética. Fiz uma homenagem à pintora Mexicana Frida Kahlo, associando as suas feridas às do Museu. Acordei e vi que ainda não tinhas curado. Uma ferida não sara plenamente mas vai atenuando os seus contornos. Recordo-me de ti numa nostalgia absurda. Onde foste buscar tanta força para a tua irrupção vigorosa? Foste exemplar nas tuas façanhas, não te deixaste intimidar pelas escoriações que tinhas no corpo. O poder da mente surpreende-nos. Esses ferimentos têm de ser cuidados, enquanto não arquivares as tuas perdas infundadas, não poderás avançar com dignidade. Fica aqui uma tentativa de ajudar-te a sarar. Porque o que arde cura!

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Título: A subtração do olharMeio: Vídeo-ArteDuração: 1’ 57”Ano: 2012