animalia.com.br 1 A sua revista sobre o mundo animal www.animalia.com.br ano 1 nº 1 | R$ 8,90 | Abril 2011 Animalia AnimaliA Especial de Páscoa Jabuti ou Tartaruga? Brilhando na telinha Saiba dos cuidados com a criação de coelhos Descruba a diferença entre estes animais Conheça alguns animais que roubam a cena na Tv Peixe Betta Entenda sua espécie
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
a n i m a l i a . c o m . b r 1
A sua revista sobre o mundo animalwww.animalia.com.brano 1 nº 1 | R$ 8,90 | Abril 2011
A n i m a l i a
Animalia
Animalia
animaliaanimalia
animalia
AnimaliA
1
2
3
4
5
6
7
8Especial de Páscoa
Jabuti ou Tartaruga?
Brilhando na telinha
Saiba dos cuidados com a criação de coelhos
Descruba a diferença entre estes animais
Conheça alguns animais que roubam a cena na Tv
Peixe BettaEntenda sua espécie
Ai, dizem que a primeira
vez a gente nunca esque-
ce, não é verdade? A emo-
ção da estréia, o medo do
desconhecido!Nós da reda-
ção esperamos causar essa
grande emoção em vocês lei-
tores. É exatamente isso que
a Animalia quer. Porque só
aqui você poderá encontrar
todos os assuntos relaciona-
dos ao mundo animal e tirar
suas dúvidas sobre esse tema
tão fascinante. E para come-
çar com o pé direito, nesta
edição, você se surpreenderá
com a fama de alguns animais
que são verdadeiras estrelas.
São eles os queridinhos das
novelas e dos comerciais de
tv. Descobrirá também um
pouco mais sobre uma das
doenças que mais atinge os
animais domésticos: a sarna.
E não é só com essa doença
que é preciso ter precaução,
A
Expediente
Chefe de reportagem
Juliana Padilha e Karina
Pussenti
Editor
Juliana Padilha e Karina
Pussenti
Projeto gráfico
Juliana Padilha e Karina
Pussenti
CopyDesk
Juliana Padilha e Karina
Pussenti
Editor de Fotografia
Juliana Padilha e Karina
Pussenti
Tiragem: 1 exemplar
não. A doença renal, comum
principalmente entre cães e
gatos, é outra que merece
todo o alerta. E por isso me-
rece toda a atenção nesta es-
tréia. E a páscoa, então?Não
há como se esquecer dessa
data também não é mesmo?
E muito menos do animal
símbolo dessa data tão es-
pecial. Preparamos uma ma-
téria com todo o carinho que
a data merece explicando to-
dos os cuidados que se deve
ter ao adquirir um coelhinho
de estimação. Os amantes de
gatos irão conhecer um pou-
co sobre o temperamento da
raça siamês. E para quem é
mais radical e curte animais
mais exóticos, trouxemos
uma matéria imperdível sobre
cobras. Não dá pra deixar de
ler! Amantes dos animais, seu
lugar é aqui!
Editorial
Índice
Raça Boxer | 04
Doença Renal | 06
Adestramento | 10
Sarna | 12
Muito mais...Capa
Curiosidades
Animais exóticos
Moda Animal
Link Animal
Colunista Pet
Seções
Gato Siamês | 14
Matéria de Capa | 20
Coelhos | 30
Calopsita | 34
Peixes Betta | 36
Jabuti | 38
Tartaruga Tigre | 42
4 a n i m a l i a . c o m . b r
FFeroz e agressivo. Essas são
as primeiras impressões que se
têm quando se depara com um
boxer pela primeira vez. Impres-
são que logo se dissipa, pois,
apesar da aparência de bravo,
a raça é a mais indicada para
a convivência com as crianças,
fama pelo qual é mundialmen-
te conhecida, como diz Marco
O queridinho das criançasConheça mais sobre o boxer, o preferido entre as crianças.
Antônio Azevedo, enfermeiro da
Clínica Veterinária Grajaú e co-
nhecedor do assunto: ”O boxer
é um cão exepcional para con-
viver com crianças.Temos tam-
bém o chitzu e o maltês, que
também são excelentes raças.
No entanto, o boxer é o mais in-
dicado”.
Raça conhecida por suas
habilidades, o boxer é o resul-
tado do cruzamento de mastins
bullenbeisser e buldogues rea-
lizados em Munique na década
de 1850. Mas sua primeira apa-
rição ocorreu apenas na década
de 1930, em Londres.
Uma das razões de o boxer
Por Juliana Padilha ►
Cães e Gatos
Phi
llip
e K
inip
pel
O boxer é uma ótima companhia para as crianças
a n i m a l i a . c o m . b r 5
ser a raça de cão mais indica-
da para as crianças é o fato
dele ser extremamente dócio no
meio familiar, além de ter tem-
peramento amistoso e anima-
do nas brincadeiras. “O boxer,
apesar se ser um cão de porte
médio, é a raça mais adequada
para as crianças, pois é o tipo
de cão que, desde filhote até a
sua velhice, está sempre alegre
e disposto a brincar”,declara
Marco Antônio.
A fidelidade e ligação ao dono
e seu instinto de proteção são
outras qualidades que o tornam
um cão excepcional. A raça é de
fácil treinamento, pois é um cão
obediente ao seu dono. O boxer
é bem apreciado tanto como
cão de guarda quanto como um
cão de companhia. Até mesmo
com estranhos o cão da raça
não é agressivo, mas sim des-
confiado, e costuma observar
até mesmo ante de latir.
Os cães da raça boxer tam-
bém são extremamente inteli-
gentes. Possuem grande facili-
dade para se expressar com os
humanos e com outros cachor-
ros através da linguagem cor-
poral.Portanto, é fácil perceber
quando o cão está triste, com
medo ou alegre.
Fica a dica!
Todo mundo concorda que
faz muito bem à criança ter um
animal como companhia. Mas
mesmo com o animal aparente-
mente inofensivo, é preciso ter
cuidados. É preciso lembrar que
o cão age de acordo com seus
instintos. Treinar o cão para a
convivência com crianças é mui-
to importante. Por isso, a super-
visão de um adulto é indispen-
sável. A presença de um adulto
responsável pode prevenir algum
tipo de reação agressiva do cão
e manter a criança em seguran-
ça..Os cães podem ser ótimos
companheiros e auxiliar muito no
desenvolvimento das crianças,
mas é preciso colocar a seguran-
ça em primeiro lugar sempre!
Ficha Técnica
Padrão FCI: nº 144 / 10 de
abril de 2002 / BR;
Origem: Alemanha
Nome de Origem: Deutsher
Boxer
Utilização: Boiadeiro, guarda
e defesa.
Classificação FCI:
- Grupo 02 - Pinscher,
Schnauzer, Molossos e
Boiadeiros Suíços;
- Seção 2.1 - Tipo Dogue/
Mastife;
- Com prova de trabalho.
Phi
llip
e K
inip
pel
Raça de temperamento tranquilo
6 a n i m a l i a . c o m . b r
TTodos nós sabemos que os
rins são órgãos muito importan-
tes. A doença renal afeta esses
órgãos, pode levar até a falên-
cia total dos rins dos animais.
Conheça um pouco mais sobre
essa doença, que está entre as
mais comuns entre cães e gatos
a seguir.
O que é doença renal?
Os rins têm a função de ex-
cretar substâncias metabólicas
filtradas no sangue e regular o
equilíbrio de fluídos e minerais
presentes no organismo dos
animais. Qualquer alteração
prejudicial à funcionalidade dos
rins pode ser classificada como
doença renal, como explica a
Médica Veterinária Daniela Fer-
reira Martins: A doença renal
ocorre quando os rins param
de cumprir sua função no or-
ganismo que é a de eliminar as
substâncias, devido a isso, es-
sas substâncias que deveriam
ser eliminadas se acumulam na
corrente sanguínea, levando a
insuficiência.
Em alguns casos, os sinto-
mas se apresentam de forma
precoce que alertam a presença
de alguma anormalidade no ór-
gão, o que pode ajudar no trata-
mento. Entretanto, os sintomas
da doença renal grave só apa-
recem quando três quartos da
Saiba mais sobre uma das doenças mais comuns nos animais domésticos
Doença renal
Cães e Gatos
Por Juliana Padilha ►
Julia
na P
adilh
a
Os cães são os animais que mais sofrem com a doença
a n i m a l i a . c o m . b r 7
função renal já se perderam.
A doutora explica também
que a doença renal leva a uma
série de alterações no organis-
mo do animal, que podem com-
prometer também o sistema
nervoso: ”Em casos mais graves
a doença pode afetar também
o sistema nervoso, o animal
pode vir a ter convulsões que
podem levar a parada cardíaca
e respiratória, levando o animal
a óbito”. Segundo ela, as alte-
rações também podem atingir o
sistema gastrointestinal. ”Com a
uréia aumentada, pode provo-
car inflamações no sistema gas-
trointestinal também, agravando
o quadro da doença.
Como saber se meu animal
tem a doença?
Em alguns a doença pode não
apresentar sintomas que a iden-
tifiquem. Mas alguns sintomas
podem identificar a doença. O
aumento da sede excessiva e do
volume urinário geralmente é o
primeiro sintoma de insuficiência
renal. Se o animal também sofre
da falta de energia e passa a ficar
ter mais sonolência que o normal,
também pode ser um indício da
doença. Se o animal apresentar
alguns sintomas juntos, é possí-
vel que ele tenha algum problema
nos rins: Redução do apetite, vô-
mitos e diarréias e perda de peso
Julia
na P
adilh
a
Os gatos também estão propensos a desenvolver a insuficiência renal
8 a n i m a l i a . c o m . b r
são alguns dos sintomas que po-
dem ser suspeitos.
Além destes, outras altera-
ções do animal podem ser indí-
cios. O animal pode vir a ter mau
hálito,boca dolorida e fraqueza.
O que pode levar a insufici-
ência renal?
De acordo com a doutora,
a doença renal é muito comum
em cães e gatos, mas há alguns
aspectos que podem ser obser-
vados e que podem explicar a
presença da doença. ”Uma das
razões pode ser a obstrução.
A urina que não é eliminada se
acumula no rim e daí vir a cau-
sar uma insuficiência renal.”. A
doença, sendo diagnosticada e
tratada precocemente, aumenta
muito as chances de prolongar
a vida do animal, que é uma das
mais comuns em cães e gatos.
Outros fatores podem ajudar no
desenvolvimento da doença,
como a idade do animal, como
explica a veterinária: ”Com a
idade avançada do animal, co-
Cães e Gatos
meça a ocorrer o falecimento
gradual dos órgãos, o que pode
aumentar as chances da doen-
ça.”
Além desses, existem outros
fatores predisponentes da doen-
ça renal. A dieta do animal tam-
bém pode influenciar. Por isso,
deve haver um controle nos ali-
mentos ingeridos pelo animal.
”A ingestão de alimentos ricos
em fósforo e proteína pode di-
minuir a progressão da doença”,
explica a doutora.
Julia
na P
adilh
a
Esta doença também pode afetar o sistema nervoso do animal
a n i m a l i a . c o m . b r 9
10 a n i m a l i a . c o m . b r
ÉÉ impressionante o poder
que o som “clique” pode ter. Ain-
da pouco conhecido no Brasil, o
método de ensinar animais com
a ajuda de clicadas, conhecido
como Clicker, conquista cada
vez mais entusiastas.
Esse método introduz o cli-
que como elemento-chave da
motivação: um som curto e seco
que se destaca entre os demais
no ambiente, como o disparo
de uma máquina fotográfica.
Trata-se de um reforço condi-
cionado associado às recom-
pensas mais desejadas, aquelas
que mais proporcionem satisfa-
ção ao animal.
O mérito do Clicker é que
seu clique-prêmio funciona nas
mais diferentes situações. Pei-
xes, aves e mamíferos, dóceis
ou agressivos, desde o menor
animal doméstico ao maior ser
encontrado na natureza, todos
aprendem mais depressa com
Dê um clicker em seu cão
Por Karina Pussenti ►
Saiba como adestrar seu animal
Cães e Gatos
Clu
be
do
Ad
estr
amen
to
O adestrador criando vínculo com o animal
a n i m a l i a . c o m . b r 11
as clicadas. As ovelhas, gansos,
cães e o porco do filme Babe,
um Porquinho Atrapalhado, fo-
ram adestrados com esse mé-
todo por Karl Lewis Miller, que
também clicou para o cão São
Bernardo do filme Beethoven e
uma centena de hamsters que
atuaram em O Professor Alopra-
do.
Nos Estados Unidos, mui-
tos dos mais renomados ades-
tradores já utilizam o clique.
O pioneiro visando à obediência
e ao convívio entre donos e cães
foi Gary Wilkes, em 1987.
No Brasil, o método Clicker
ainda engatinha. Poucos o ado-
tam, mas o interesse é crescen-
te.
Este método já vem con-
quistando muitos profissionais e
donos de cães, como é o caso
da Ana Paula Campos, dona
do cão Thor “Só quem tem um
bichinho para chamar de seu
sabe a importância de ter um tio
Fabrício na vida”, diz ela, refe-
rindo-se ao adestrador de Thor,
Fabrício Lopes. Para ele, educar
um cão e torná-lo obediente, só
é possível com: Amor, resvpeito,
paciência, profissionalismo, de-
terminação e, com certeza, uma
boa dose de bom humor. Valéria
Santos dona da cadela Mel Ma-
rie, também adotou o método
utilizado por Fabrício e garante:
“O adestramento dá mais segu-
Clu
be
do
Ad
estr
amen
to
Treinamento de sentar
rança para o dono e não faz o
cachorro ter um comportamen-
to não aceitável na frente das
nossas visitas e vizinhos.
12 a n i m a l i a . c o m . b r
AA sarna do cão e uma do-
ença causada por um pequeno
ácaro microscópico chamado
Sarcoptes Scabiei. Este parasita
“cava” túneis nas camadas mais
profundas da pele causando
uma intensa coceira, o sintoma
mais conhecido da sarna tanto
em humanos como em animais.
Mas é claro que nem todo pruri-
do (coceira) significa sarna.
Sarna ou escabiose
Além da coceira, que pode
ser tão intensa que faça o animal
parar de comer pelo estresse,
a sarna causa perda de pelos,
descamações e crostas na ca-
beça, orelhas e patas, podendo
alastrar-se para todo o corpo do
animal, se não for tratada.
No gato, a sarna é causada
por outro ácaro, o Notroedis cati.
Os sintomas são praticamente
Dicas para a prevenção da doença
Por Karina Pussenti ►
os mesmos que nos cães, po-
rém, encontramos lesões princi-
pais na cabeça e orelhas.
Segundo a Dra. Silvia C. Pa-
risi o tratamento da sarna pode
ser feito na forma de banhos
usando produtos acaricidas ou
loções tópicas, dependendo da
gravidade da doença. “É impor-
tante esclarecer que não exis-
te vacina contra sarna, como
Cães e Gatos
Phi
llip
e K
inip
pel
A doença também afeta o sistema nervoso do animal
a n i m a l i a . c o m . b r 13
foto
pensam alguns”. O veterinário
poderá optar por medicação in-
jetável para tratar da sarna, mas
essa aplicação só deve ser feita
por um profissional, uma vez que
os produtos podem ser tóxicos.
E essa aplicação não tem efeito
preventivo como as vacinas e
sim curativos.
De acordo com a Dra.
Daniela Gonçalves Carneiro, ve-
terinária na área de dermatolo-
gia da Clinica Veterinária Grajaú,
para prevenir esta doenças bas-
ta ter os cuidados básicos com
a higiene do animal. Portanto
devemos lavar bem cobertores,
panos e roupas, manter o local
em que vive sempre limpo, evitar
carpetes em casa, dar banhos
antipulgas e utilizar produtos
de longa duração em gotas ou
spray.
Como podemos ver, a higiene
do animal e tão importante quan-
to a nossa. Por isso cuide bem
do seu bichinho!
Ron
ei d
e A
lmei
da
Os cuidados com o ambiente são fundamentais para a prevenção da doença
14 a n i m a l i a . c o m . b r
Cães e Gatos
Siamês: O Gato dos ReisSaiba mais sobre a raça mais cobiçada entre os amantes de gatos
Julia
na P
adilh
a
Siamês: elegância e graciosidade são suas caracteristicas marcantes
Com um ar elegante e gra-
ciosidade em seus movimentos
foi assim que eles conquistaram
o título de príncipes dos gatos.
Mas é o miado desagradável e
a personalidade incomum que
realmente o distinguem. Em re-
lação ao dono , ele se comporta
mais como um cão do que como
um gato. Adora ser acariciado e
pode passear atado numa colei-
ra. É fiel e ciumento. Mas, como
todo gato, ele às vezes age de
modo estranho. Num instante, é
capaz de passa da maior frieza
às mais vibrantes expressões
de afeto.
São animais muito curiosos
adoram fuçar nas coisas e me-
xer onde não são chamados, por
isso deve-se tomar muito cuida-
do com o que se deixa exposto
pois eles podem lamber, comer
alguma coisa ou até mesmo se
machucar.
Cuidado com pessoas estra-
nhas pois eles não costumam
ser muito sociável, com quem
não conhecem principalmente.
Com fêmeas a atenção deve ser
dobrada ainda mais na época
do cio, que elas tendem a ficar
bem manhosas e histéricas e
isso exige mais que atenção é
paciência por isso recomenda-
se que o quanto antes faça o
animal acasalar ou castre-o.
Evitando assim estresse para
dono e animal.
Por Karina Pussenti ►
C
a n i m a l i a . c o m . b r 15
16 a n i m a l i a . c o m . b r
T
Link Animal
Tá na netFique por dentro do que rola na Internet relacionado ao mundo animal
Tá a fim de encontrar um
par para o seu bichinho? Saiba
que na Internet também é pos-
sível seu animal conhecer no-
vos amiguinhos e até encontrar
sua alma gêmea. No site (www.
coisadebicho.com.br) os donos
podem cadastrar seus animais
e procurar um(a) “namorado(a)
para seus cães e gatos. O coi-
sa de bicho é a primeira rede de
relacionamentos de animais do
Brasil. Funciona como um orkut
para animais. Lá também é pos-
sível tirar dúvidas sobre com-
portamento e obter informações
veterinárias. Outro serviço bem
bacana que o site oferece é um
espaço para trocar idéias com
outras pessoas amantes de ani-
mais. Gostou? Dá um pulo lá!
Por Juliana Padilha ►
JJá decidiu que quer ter um
bichinho de estimação? Já pen-
sou em adotar um ao invés de
comprar? Há vários animaizi-
nhos abandonados a espera de
um dono. Ao adotar um animal,
além de economizar uma grana,
você irá ajudar a dar um lar a um
bichinho desabrigado. Para te
ajudar nessa boa ação, há sites
especializados em divulgar bi-
chinhos abandonados e entre-
gá-los para adoção. Um deles
é o www.adoteumbicho.kit.net.
Através desse site, você pode-
rá encontrar diversos animais a
procura de um lar. Caso quei-
ra ajudar de outra forma, você
também pode fazer doações.
São aceitas doações de ração,
jornais, entre outros objetos de
uso dos animais. Os postos de
arrecadação estão disponíveis
no site. E aí, o que está espe-
rando para ajudar também?
a n i m a l i a . c o m . b r 17
18 a n i m a l i a . c o m . b r
a n i m a l i a . c o m . b r 19
20 a n i m a l i a . c o m . b r
Q
Matéria de Capa
Sob a luz dos holofotesConheça a vida dos animais que brilham nas telinhas
Tale
nto
Ani
mal
Estopa recebendo um carinho no intervalo das gravações
Por Juliana Padilha ►
Quem disse que apenas as
pessoas podem aparecer na te-
levisão e se tornarem famosas?
Existe uma série de animais que
também sentem na pele a rotina
de ser uma estrela da televisão.
Já parou pra pensar em como
aqueles cachorrinhos de mada-
mes que aparecem na televisão
foram parar lá e em como é sua
vida? Brilhando nos comercias,
novelas ou seriados, a rotina
desses bichinhos é tão atribu-
lada quanto a dos humanos.E
eles sempre acabam roubando
a cena e atraindo a atenção do
público por sua graciosidade e
simpatia. Conheça agora alguns
dos animais que brilham na tv e
saiba como funciona a profissão
de um agenciador, profissional
responsável por levar esses ani-
mais para as telas.
Para conhecer um pouco
desse universo, buscamos in-
formações com a Talento Ani-
a n i m a l i a . c o m . b r 21
Tale
nto
Ani
mal
Carlos França acompanhado da atriz Susana Vieira
mal, uma agência de modelos
e atores animais. Esta agência
funciona desde o ano de 2.000,
no Rio de Janeiro e já foi a res-
ponsável por levar vários ani-
mais ás telas por conta de cam-
panhas publicitárias, novelas e
seriados. Além disso, a agência
também faz ensaios fotográfi-
cos de animais.
O trabalho do agenciador
A agência de modelos e ato-
res animais Talento Animal já
levou para a televisão diversos
animais. Desde cães de estima-
ção até cobras. O agenciador
responsável pela negociação
neste caso chama-se Carlos
França. É ele quem negocia os
contratos e toda os detalhes
para a aparição desses animai-
zinhos na televisão. Além disso,
ele deve negociar com a empre-
sa contratante a fim de que o
trabalho executado pelo animal
seja o mais satisfatório possível.
“Nós trabalhamos com diversos
animais, alguns são meus e ou-
tros são cadastrados por pesso-
as interessadas neste trabalho.
Na agência nós negociamos os
valores e fechamos negócios
com as empresas contratantes”.
Explica Carlos.
As estrelas nas telas e nos
bastidores.
Durante as gravações, esses
animais sempre roubam a cena
e conquistam tanto os especta-
dores quanto os próprios atores.
O papagaio Otávio, por exem-
Tale
nto
Ani
mal
O papagaio Otávio fazendo pose
22 a n i m a l i a . c o m . b r
Matéria de Capa
Tale
nto
Ani
mal
Papagaio durante gravação do comercial de jóias
plo, é um dos animais mais fa-
mosos do book da agência. Já
fez participações em duas no-
velas: Prova de amor, em 2005,
na rede Record e Sete pecados,
em 2007, na rede Globo. Em
ambas as aparições, o papagaio
chamou a atenção de todos por
sua beleza e simpatia.
Outros dois animais de des-
taque na agência são duas co-
bras. A primeira, uma jibóia cha-
mada de Ritinha e a outra, uma
phyton Albina, chamada Apo-
calipse. Ambas participaram
de um trabalho primoroso: um
ensaio fotográfico para o livro
“Brasilianangels” de Joaquim
Nabuco. O trabalho foi lançado
em dezembro de 2010 e tinha
como principal característica re-
tratar a sensualidade feminina.
Nas fotos, as modelos posaram
em nu artístico acompanhadas
das cobras. Além deste traba-
lho, a phyton Albina já fez par-
ticipações na novela Malhação,
na rede Globo e a jibóia também
já participou de um ensaio foto-
a n i m a l i a . c o m . b r 23
Tale
nto
Ani
mal
A cadela Mel com sua dona e o ator Beto Silva
gráfico com a modelo e apre-
sentadora Rossana Freire para
o site Paparazzo, em junho de
2010.
Os animais da agência que
já fizeram aparições na tv não
para por aí. Além das cobras e
do papagaio, os cachorrinhos
também têm vez na tv. Dentre
todos os agenciados pela Ta-
lento Animal, a cadela da raça
maltês,chamada Selly,participou
na minissérie “Os maias” e uma
cadela da raça daschound, a
Chocolate, pôde ser vista na no-
vela “Da cor do pecado,ambas
na rede Globo.A cadelinha vira-
lata de nome Estopa também
teve seus momentos de fama da
minissérie “A grande família” da
rede Globo.
O humorístico Casseta &
Planeta também já foi cenário
de aparições dos animais da
agência. O programa foi exibido
em maio de 2010 e contou com
a participação da vira-lata Mel,
na época estreante. Na ocasião,
Mel ficou tão a vontade que não
deu trabalho nenhum durante
as gravações e ainda ganhou
carinhos dos atores Beto Silva e
Matheus Solano, que contrace-
naram com a vira-lata. A cadela,
apesar de ser estreante na tv, já
posou para a campanha publici-
tária dos pneus Pirelli, em 2009.
Quer se cadastrar na
agência?
Para quem estiver interessa-
do em cadastrar o seu animal-
zinho na agência Talento Animal
ou contactar um dos agencia-
dos, a empresa disponibiliza o
e-mail talentoanimal@hotmail.
com.
24 a n i m a l i a . c o m . b r
+ Bichos
Talento Animal
Talento Animal
Talento Animal
Talento Animal
Talento Animal
Talento Animal
Tale
nto
Ani
mal
a n i m a l i a . c o m . b r 25
26 a n i m a l i a . c o m . b r
a n i m a l i a . c o m . b r 27
28 a n i m a l i a . c o m . b r
CCães e gatos não são mais os
únicos queridinhos das pessoas
quando o assunto é criação de
animais.Os répteis, em especial
as cobras, estão ganhando seu
espaço e conquistando cada vez
mais os amantes de animais.
A prática de criação dos rép-
teis ainda é considerada recente
no Brasil, mas esta tendência
tem tudo para crescer ainda
mais e de forma rápida.
É preciso saber, antes de
tudo, que os répteis exigem dos
seus criadores cuidados bem
diferentes daqueles que temos
ao criar um animal doméstico
como um cachorro, por exem-
plo.Os cuidados com o am-
biente, higiene e alimentação
são outros bem distintos.Além
disso, é importante que quem
tenha interesse em ter um rép-
til como animal de estimação
procure se informar em locais
especializados em animais exó-
ticos e tenha conhecimentos
em biologia, fisiologia, além de
Cobras: animais de estimação?Descubra se cobras podem ser criadas como animais de estimação e
conheça as suas particularidades.
Por Juliana Padilha ►
Animais Exóticos
Tate
nto
Ani
mal
A Phyton Albina é uma animal muito exótico.
a n i m a l i a . c o m . b r 29
conhecer as peculiaridades da
espécie que pretende criar.
Mesmo esta prática estan-
do em alta, ainda existe pesso-
as que ficam com receio de ter
em casa um réptil.As maiores
dúvidas geralmente são se os
répteis são realmente são bons
animais domésticos e se podem
se tornar perigosos para os hu-
manos transmitindo doenças ou
até mesmo atacando-os.
Quanto à primeira questão,
há uma série de fatores que de-
vem ser levados em conta.Tudo
depende muito do que se ima-
gina quando se pensa em criar
um animal doméstico e quais
expectativas teremos dele.Não
devemos esperar, por exem-
plo, que uma iguana ou uma
cobra python venha abanando
o rabo fazendo festa quando
você chega em casa,mas isso
não quer dizer que o animal não
irá lhe reconhecer e ficar satis-
feitas com sua presença.Assim
como da mesma forma que os
animais domésticos gostam de
um afago, os exóticos também
gostam.Apesar do que, um dos
fatores que tem influenciado no
aumento da procura por esse
tipo de animal é justamente o
fato de que atualmente, muitas
pessoas não têm tempo para
dar a atenção e os mimos que
os animais domésticos solici-
tam.Por isso, sob esse aspecto
é indiscutível que os répteis são
animais mais práticos.
Agora quanto ao fato da
transmissão de doenças e a
possibilidade de ataques, tam-
bém é algo relativo.Isso porque
assim como as cobras podem
transmitir doenças, os outros
animais domésticos também
podem e as possibilidades de
se contrair doenças com ani-
mais tradicionais é muito maior
do que com animais exóticos.
É muito importante, contudo,
que antes de sair procurando
por aí qualquer cobra ou outro
animal exótico para pôr na sua
casa, é de extrema importância
a orientação de um médico ve-
terinário especialista sobre o as-
sunto para fornecer as informa-
ções necessárias sobre a saúde
do animal.Além disso, é funda-
mental que a pessoa interessa-
da em criar este tipo de animal
procure animais com registro no
IBAMA, para se assegurar de
que o animal não foi fruto de um
contrabando.
Ficha Técnica
Reino – Animal
Classe – Répteis
Ordem – Ofídios
Família – Colubridae
ALIMENTAÇÃO
A cobra é um animal carnívoro,
alimenta-se de roedores,
lagartos e pequenas aves.
REPRODUÇÃO
A cobra é um animal ovíparo.
30 a n i m a l i a . c o m . b r
EEles mais se parecem com
bichinhos feitos de pelúcia. Sim-
páticos e graciosos, os coelhos,
que são um dos símbolos da
páscoa, estão entre os animais
mais queridos e procurados,
especialmente nessa época do
ano. Mas os cuidados que se
deve ter na criação desse bi-
chinho vão muito além do que
apenas dar cenoura a ele. Existe
uma série de cuidados que se
deve ter para proporcionar um
desenvolvimento saudável dos
coelhos. Confiram a seguir al-
guns deles.
Conhecendo seu temperamento
Os coelhos são excelentes
animais de estimação. Geral-
mente são animais mansos e
costumam interagir com pes-
soas de todas as idades, sendo
também uma ótima companhia
para as crianças. Além disso,
são animais extremamente si-
lenciosos, que chamam atenção
pela sua aparência dócil. Os co-
elhos gostam muito de carícias
na cabeça e na testa.
Preparando o ambiente
Um dos materiais indispen-
sáveis para a criação dos co-
elhos é uma gaiola, que deve
ficar em local seco e arejado.
Coelhinho da Páscoa...Conheça um pouco mais sobre o animal símbolo da época mais
gostosa do ano
+ Bichos
Por Juliana Padilha ►
Julio
Pai
va
O coelho anão é a raça mais popular
a n i m a l i a . c o m . b r 31
Segundo Osvaldo Loureiro, cria-
dor de coelhos há seis anos, é
possível também manter o ani-
mal solto, sendo que neste caso
o ambiente precisará ser maior.
”O coelho pode ser mantido na
gaiola ou solto em jardins, por
exemplo. Mas no caso da cria-
ção em jardins será necessária
uma maior supervisão, até mes-
mo para que o animal não venha
a ingerir plantas que possam vir
a ser prejudicial a ele”.
Além disso, é recomen-
dável que na hora de dormir o
animal fique em local protegido.
É importante que a gaiola seja
específica para coelhos, com
fundo vazado e uma bandeja
para aparar os dejetos do ani-
mal e restos de alimentos. ”O
local pode ser forrado com jor-
nal, serragens ou feno, e o ideal
é que sejam trocados todos os
dias. Já a gaiola deve ser lava-
da com freqüência, pois quanto
mais limpo o local, menor o ris-
co de o animal desenvolver do-
enças”, explica o criador.
Mesmo tendo uma gaio-
la, é importante deixar o animal
solto por algumas horas sob
supervisão, para que o coelho
possa se exercitar. O exercício
é muito importante para a saú-
de dos coelhos, fortalecem seus
músculos, pulmões e faz bem
ao coração.
Com relação a higiene
do animal,Osvaldo explica que
não é necessário dar banhos no
coelho,pois ele mesmo cuida
da sua própria higiene:”Coelhos
não tomam banho e nem devem
ser molhados,pois é possível
que algum tipo de fungo possa
se desenvolver por ele”.
A alimentação
A alimentação dos coe-
lhos deve ser composta basica-
mente por ração, específica para
o animal. Hoje em dia é possível
encontrar uma grande variedade
de marcas de rações, que deve
ser dado a eles todo o dia. Para
complementar a alimentação do
animal, é importante oferecer
verduras e frutas, como explica
Osvaldo: “As verduras e frutas
também são indispensáveis a
dieta do animal. As cenouras e
folhas, os brócolis, a couve-flor
e o repolho são alguns dos ali-
mentos permitidos.” Além des-
ses, há outras verduras que po-
dem ser oferecidos ao animal,
como beterraba, abóbora, chi-
cória e aipo. Quanto às frutas,
os coelhos podem ingerir maçã,
pêra, pêssego, mamão, melão,
entre outras. Ainda segundo o
criador Osvaldo, a alface é um
alimento que não deve ser dado
aos coelhos em hipótese algu-
ma: “A alface é um veneno para
os coelhos. Não deve ser dado
nunca, pois causa diarréia no
animal”.
Doenças mais comuns
A diarréia é considerada uma
das doenças mais comuns e ge-
ralmente é ocasionada por uma
má alimentação.
32 a n i m a l i a . c o m . b r
O resfriado também
pode ocorrer entre os coelhos e
pode ocorrer devido a mudan-
ças bruscas de temperatura.
Além dessas, a conjun-
tivite também é uma doença
comum entre este animal. Nes-
te caso, os olhos ficam incha-
dos, podendo até chegar a ficar
completamente fechados.
Outra enfermidade que
pode afetar o animal é a sarna,
que pode atingir as orelhas ou
todo o corpo dos coelhos. Essa
doença é causada principal-
mente pela falta de higiene da
gaiola ou até mesmo por con-
tatos com outros animais que
já possuam a doença. Um dos
indícios é uma forte irritação no
ouvido, que acaba gerando uma
inflamação.
Coelhos não latem
Diferente dos outros
animais domésticos, os coelhos
não latem e nem emitem ruídos
típicos de comunicação. Mas
isso não significa que os coe-
lhos não expressam emoções.
É neste ponto que a linguagem
corporal entra em cena, poden-
do servir como indicativo de do-
enças ou emoções do animal.
Um dos comportamen-
tos mais típicos entre coelhos é
bater no chão com a pata tra-
seira. Essa atitude geralmente
é indicativa de nervosismo do
animal. Os machos não castra-
dos costumam usar a urina para
marcar território. Além disso,
também costumam esfregar o
queixo nos objetos.
A maneira que os coe-
lhos usam para pedir carinho e
comida aos seus donos, no en-
tanto, é muito semelhante a dos
cães e gatos, por exemplo. Eles
olham para seus donos aten-
tamente, esticando a cabeça
em sua direção e abaixando as
orelhas. Às vezes, empurram os
donos com o focinho.
Os coelhos são animais
curiosos por natureza. Cheiram
tudo, mantendo o pescoço e
as orelhas bem esticados para
frente e estão sempre tentando
descobrir coisas novas.
Quando relaxados, eles
normalmente se deitam com a
barriga para baixo ou de lado,
relaxam a cabeça e podem fe-
char total ou parcialmente seus
olhos.
Reprodução
O criador de coelhos
Osvaldo explica que o período
ideal para a reprodução dos co-
elhos é depois dos cinco meses
de vida.”O ideal é que o macho
só comece a reproduzir após os
cinco meses de vida e a fêmea
a partir dos quatro. Para fazê-
los acasalar, deixe-os juntos por
dois dias e depois, separe-os.
Com esse procedimento é pro-
vável que em trinta dias a fêmea
dê cria”.
Após o nascimento dos fi-
lhotes é de extrema importância
+ Bichos
a n i m a l i a . c o m . b r 33
que haja supervisão para verifi-
car se está tudo bem com a mãe
e com os filhotes.Ӄ importante
verificar o ninho diariamente,
para se certificar de que todos
os filhotes estejam vivos e jun-
tos um do outro”.Segundo ele,
após 30 dias de idade, eles já
poderão ser retirados do ninho
e aos 40 já estarão desmama-
dos e já podem ser retirados da
mãe.”Após esse período a mãe
também já estará pronta para
uma nova gestação”, explica o
criador.
Segurando o coelho: o certo
e o errado
Ao segurar ou carregar o co-
elho, nunca se deve segurá-lo
pelas orelhas, pois ao fazer isso o
animal sente dor.Segundo Osval-
do, a maneira correta de segurá-
lo é pelo dorso, mantendo a mão
firme para não escorregar: “Não
devemos segurá-lo pelas orelhas,
pois assim irá machucá-lo. O
modo correto é segurar pelo dor-
so e apoiar a mão por baixo”.
Arq
uivo
Osv
ald
o Lo
urei
ro
Maneira correta de segurar o animal
34 a n i m a l i a . c o m . b r
PPode ocorrer frustração ou
dúvida por parte principalmen-
te de quem está adquirindo sua
primeira calopsita, se o pássaro
é realmente manso ou não.
Para que isto não ocorra e
importante ter prévio contato
com o pássaro (evite adquirir
exemplar entregue em domicilio
sem possibilidade de contato),
para saber se é a que realmente
está procurando quanto à cor,
ao tamanho, beleza da pluma-
gem, se realmente ela permite
um contato com você, além é
claro de todos os cuidados so-
bre a observação da saúde da
mesma.
Pode ser que a calopsita fi-
que um pouco assustada de iní-
cio, mas no geral pássaro manso
deve permitir uma proximidade
com você mesmo que não seja
nos primeiros dias, e não bicar
forte a ponto de machucar. Mui-
tas calopsitas mansas não tole-
ram ser tocadas pelas costas ou
não se sentem a vontade com
carinho em seu penacho. En-
fim, cada ave tem seu tempera-
mento e seu jeito de ser, mesmo
domesticadas.
A tendência é a de que quan-
+ Bichos
Calopsita: Mansa mesmo?Conheça o temperamento deste animal
Por Karina Pussenti ►
Bel
inha
Cal
opsi
ta
Um animal extremamente elegante
a n i m a l i a . c o m . b r 35
to mais novo o filhote passa a
ser alimentado no bico para
ser domesticado, mais manso
torna-se. Portanto aqueles que
foram retirados tardiamente do
ninho, ou que foram alimenta-
dos pelos pais, possuem maior
probabilidade de não se torna-
rem tão mansos.
Ramakrishna Rezende pro-
prietário do Criadouro Recanto
das Calopsitas diz: “ A expec-
tativa ao comprarmos uma ca-
lopsita mansa filhote é de que
ela seja que nem um filhote de
cachorro, que normalmente, ao
nos vermos, balança o rabo e
nos venera como se fôssemos
os pais dele, mas na verdade
esta característica é quase que
exclusiva dos cães, a maioria
dos demais animais não é as-
sim”.
No então, existem vários ca-
sos onde filhotes de calopsitas
chegam no novo lar tão “am-
bientados”, que parecem que
nasceram ali. Mas na maioria
dos casos estas aves estranham
o novo lar, desconhecem o novo
ambiente, a nova gaiola e os
novos donos, e por isso muitas
vezes parecem “arredios”, mas
percebemos que no decorrer
dos próximos dias a ave vai se
adaptando e seu comportamen-
to vai “melhorando” isso é super
normal.
Por isso não tenha pressa em
adquirir sua calopsita: procure
com calma, de criador confiá-
vel e recomendado, e descon-
fie sempre de preços baixos.
Melhor dessa forma, porque aí
você terá a certeza de que é a
calopsita que quer e não ficará
frustrado.
Bel
inha
Cal
opsi
ta
Sua alimentação é básica
36 a n i m a l i a . c o m . b r
TTambém conhecido como
peixe-de-briga, o Beta é uma
espécie muito bonita e de com-
portamento curioso. Quando as
nadadeiras flutuantes do macho
ficam eretas e fazem um circulo
completo é sinal de agressão.
A fêmea tem nadadeiras bem
mais curtas em relação à do ma-
cho. Por existirem naturalmente
+ Bichos
Betta: um peixe bom de brigaVeja como criar este animal
em pequenas poças de lama e
poderem engolir ar da superfície
da água, eles estão bem adap-
tados aos pequenos aquários
freqüentemente vendidos para
a criação de Betas (Betário).
Apesar disso, a água do aquário
deve ser parcialmente trocada
a cada quinze dias, e pode ser
usada água de filtro ou mineral,
sempre à temperatura ambien-
te. Em algumas situações você
pode querer criar um ou mais
Betas juntos em um aquário
maior. Apenas lembre-se que se
Betas machos puderem chegar
ao outro eles irão brigar. As bri-
gas causam um estresse severo
e os mais fracos podem sofrer
ferimentos mortais.
Car
los
Bet
ta
Beta macho
Por Karina Pussenti ►
a n i m a l i a . c o m . b r 37
A alimentação deve ser feita
com a comida, em forma de ra-
ção, encontrada nas lojas espe-
cializadas, com comidas vivas,
(artemias, por exemplo) e até
mesmo com gema de ovo cozi-
da (mas isso deixa a água extre-
mamente suja).
Deve-se ter um cuidado es-
pecial para não dar comida em
excesso (o que pode deixar a
água ácida e turva) e sim, dar
alimento suficiente para ser
consumido em minutos. Caso
isso não aconteça, a comida
restante deve ser retirada. Esse
processo deve ser feito de uma
a três vezes ao dia.
Para a reprodução o ide-
al é utilizar um aquário com
capacidade para 16 litros (ou
40x20x20cm), onde deve ser
posto um solo de areia média
de 2 centímetros. A iluminação
deve ser feita com uma lâmpada
incandescente (de 15 velas) que
deve ser exposta por quatro ho-
ras diárias.
A temperatura da água deve
ser de 27ºC e o pH 6.9. É acon-
selhada a colocação de algumas
plantas, como a “Sagittaria mi-
crofolia” e a “Ceratophillum de-
mersum”. Nesse aquário deve
ser colocado o macho, que ao
estar pronto para a reprodução
construirá um ninho de bolhas
envoltas num muco bucal na
superfície da água.
Quando o ninho estiver pron-
to, deve ser colocada a fêmea.
O macho curvará seu corpo
sobre a fêmea, abraçando-a e
forçando-a a expelir seus ovos.
O macho os fecundará liberan-
do seus espermatozóides na
água. Logo após a postura dos
ovos, a fêmea deve ser retira-
da do aquário. O macho então
apanhará os ovos no fundo do
aquário e os colocará no ninho.
Neste momento é aconselhado
que se abaixe a altura da coluna
da água para dez centímetros
para diminuir a pressão da mes-
ma sobre os ovos.
Após 48 horas ocorre a
eclosão dos ovos, ou seja, o
nascimento dos alevinos, que
começam a nadar por volta do
sétimo dia (quando isso acon-
tecer, deve-se retirar o macho
do aquário). Os alevinos são
alimentados nos primeiros dias
pelos nutrientes contidos no
saco vitelino, e, posteriormente,
devem ser alimentados por infu-
sórios (preparados com folhas
de couve e gema de ovo seca
pulverizada) ou até mesmo por
comidas para alevinos, encon-
tradas em lojas especializadas.
Somente os mais fortes sobrevi-
vem. Os peixes Betta chegam a
medir 10 centímetros.
Beta fêmea
Car
los
Bet
ta
38 a n i m a l i a . c o m . b r
E
+ Bichos
Tune
ga t
arta
ruga
Jabuti Piranga
Ele é um animal pré-histórico,
porém muito dócil que se adapta
à vida moderna. Com aparência
rústica e resistente, os jabutis
somam mais de 40 espécies em
todo o mundo. Um bichinho que
adora ser afagado e que leva a
vida bem devagar. Cortar um
grande pedaço de comida, cavar
um bom buraco para enfiar a ca-
beça pode levar um bom tempo.
Provavelmente, é o mais lento
animal entre os vertebrados.
Quando sente a aproximação
de um predador ou pressente
algum perigo, põe as patas, ca-
beça e cauda dentro do casco,
permanecendo inerte como se
estivesse morto.
No Brasil duas espécies são
originárias das florestas úmidas.
Uma delas é a Geochelone car-
bonaria, conhecida como Jabuti-
piranga e a outra é a Geochelone
denticulata também chamada de
Jabutitinga.
Antes de descrevê-las, vale
uma explicação simples. Qual é
Jabuti: aparência divertida e temperamento pacato
Por Karina Pussenti ►
Jabuti, tartaruga ou cágado?
a n i m a l i a . c o m . b r 39
a diferença entre tartaruga, jabuti
e cágado?
A tartaruga é uma espécie de
réptil que vive somente na água
marinha ou doce. Ela possui cas-
co achatado e suas patas termi-
nam afinadas, como se fossem
nadadeiras. Existem, também,
as espécies semi-aquáticas,
chamadas de cágados.
O jabuti é uma espécie terres-
tre de réptil. Possui casco con-
vexo, bem arqueado, e pernas
grossas, que parecem réplicas
em miniatura da dos elefantes.
Nativas do Brasil, a jabuti-
piranga e a jabutitinga diferem,
basicamente, pela coloração
das escamas.
A Jabutipiranga tem a cara-
paça relativamente alongada e
as escamas da cabeça e das
patas vermelhas. Chega a me-
dir até 40 cm de comprimento
e pesar de 6 a 12 Kg. Ocorrem
nas regiões Nordeste, Centro-
oeste e Sudeste. Sua maturi-
dade ocorre entre cinco e sete
anos.
A Jabutitinga possui colora-
ção menos acentuada, em tons
de amarelo. É de porte maior po-
dendo atingir até 80 cm e habita
originalmente a região amazôni-
ca. A maturidade sexual aconte-
ce por volta dos quatro anos.
Os Jabutis são animais oní-
voros, ou seja, se alimentam de
substâncias animais e vege-
tais. Costumam comer carne,
frutas doces, verduras e legu-
mes. Possuem hábitos diurnos
e gregários (vivem em bandos)
e passam o tempo em busca
de alimento, especialmente os
de cores vermelhas e amare-
las. Os jabutis não possuem
dentes. No lugar deles, há uma
placa óssea que funciona como
uma lâmina.
Os recipientes de água e co-
mida devem ser lavados todos
os dias e as fezes devem ser
retiradas pelo menos duas ve-
zes por semana, senão, o jabuti
pode comê-las.
Eles vivem, em média, 80
anos, mas alguns ultrapassam
um século de vida. Depois de
adultos, é praticamente impos-
sível identificar a idade de um
jabuti pela a aparência.
Uma das principais carac-
terísticas destes répteis é o
plastrão (escudo ventral). Nos
machos ele é côncavo e nas
fêmeas é convexo. Isso facili-
ta o procedimento da cópula,
de modo que o macho possa
encaixar-se sobre a fêmea. Para
isto, é importante que o macho
seja maior do que a fêmea.
A partir dos seis anos eles
já podem se reproduzir. Podem
acasalar o ano todo, mas a de-
sova das espécies nacionais
normalmente ocorre entre agos-
to e novembro.
A fêmea bota os ovos cerca
de dois meses depois da cópu-
la. Têm-se observado posturas
40 a n i m a l i a . c o m . b r
+ Bichos
de seis ou sete ovos, porém al-
guns criadores mencionam pos-
turas de 15 a 20 ovos. Os ovos
devem ser transportados para a
incubadora na mesma posição
em que foram botados. A tem-
peratura da incubadora deve ser
de 28°C. A eclosão ocorre entre
seis e nove meses.
Para os filhotes, deve haver
sempre água fresca em recipien-
te raso, para o jabuti não correr
o risco de se afogar. Não é ne-
cessário oferecer alimentos. Até
completarem um mês de idade,
eles se nutrem do violeto que fica
reservado. Depois, já podem ser
reunidos aos animais adultos.
É fundamental que o chão
seja gramado e não de terra ba-
tida, muito menos de concreto
ou de qualquer outro tipo de solo
áspero. Isto para impedir que
os animais provoquem atrito no
plastrão. Além disso, os machos
no período reprodutivo caminham
encaixados sobre as fêmeas e
tendem a pôr o pênis em contato
com o solo, que se for abrasivo
pode resultar em graves feridas.
Os jabutis passam longas
horas tomando banho de sol,
mas em seu viveiro há neces-
sidade de locais com sombras,
para eles controlarem a tempe-
ratura corporal.
Se forem mantidos em terrá-
rio, o comprimento do mesmo
deve ser dez vezes o do jabuti e
a largura, cinco. Pode-se substi-
tuir o sol por uma lâmpada UVB
própria para répteis. Nesse caso,
ela deve ficar acesa oito horas
ao dia. Jardins também são indi-
cados para criar jabutis, mas so-
mente quando ele já tiver atingi-
do cerca de 15 cm de diâmetro.
Não existem restrições le-
gais para manter um jabuti, para
a criação extensiva, entretanto
é necessária a autorização do
ibama.
Tune
ga t
arta
rua
O cuidado com o solo é muito importante.
a n i m a l i a . c o m . b r 41
42 a n i m a l i a . c o m . b r
A
+ Bichos
As tartarugas aquáticas são
uma ótima escolha para quem
procura um bicho de estimação
que não da muito trabalho, não
exige muito de nossa atenção.
Além de ser muito dócil, gosta
de ser acariciada na cabeça, co-
mer na mão e tomar sol. Trazen-
do alegria para quem convive
com ela.
A aquisição das diferentes
espécies de tartaruga deve ser
feita com muito critério. Os ani-
mais pertencem à fauna silves-
tre brasileira e podem ser cria-
dos somente com a autorização
do Ibama. Assim, recomenda-
se comprar tartarugas apenas
de criatórios com referências e
certificados de origem de nasci-
mento dos animais em cativei-
ro.
Sempre que for adquirir o
animal repare se ele não esta
machucado, se os gomos do
casco estão bem desenhados e
bem durinhos, se o animal apre-
senta as cores bem vibrantes
precisamos garantir de alguma
Tartaruga Tigre: o pequenino das águas
Fab
rício
Nas
cim
ento
Espécie de tartaruga tigre
Conheça todas as características deste animal
Por Karina Pussenti ►
a n i m a l i a . c o m . b r 43
forma que o local não maltrate
o bichinho.
Quanto à acomodação do
animal é preciso providenciar
um aquaterrário, que consiste
de um aquário que possuem
uma parte seca e outra não.
Você pode começar com um
pequenininho já que sua tarta-
ruga vai ser pequena, porém
à medida que ela cresce você
deverá aumentar o tamanho do
aquaterrário. Estes aquaterrá-
rios podem ser encontrados em
lojas grandes de animais.
Esta criação pode ser feita
em aquários, desde que ofereça
condições de ambiente natural.
Construa a área seca com pe-
dras, mas não exagere na quan-
tidade para não dificultar na hora
da limpeza. Uma alternativa é
utilizar, no formato e altura que
se deseja fazer a plataforma fora
d’água, um pedaço de vidro de
pequena espessura. Em cima,
coloque pedras de rio coladas
uma na outra com silicone.
Faça a troca de água a cada
dois dias e, uma vez por mês,
retire os animais do aquário para
desinfecção, com água sanitária
diluída em água, dos vidros e
pedras. A água deve ser mantida
entre 24 e 28 graus com lâmpa-
das incandescentes e próprias
para répteis, encontradas em lo-
jas de produtos agropecuários.
Embora rústicas, as tartarugas
não toleram temperaturas frias,
condição que favorece infec-
ções do aparelho respiratório e
ocular nos animais.
A alimentação constitui ba-
sicamente de alimentos encon-
Tune
ga T
arta
ruga
A fêmea com seus dois machos
44 a n i m a l i a . c o m . b r
+ Bichos
trados em lojas de animais além
de um preço bacana, eles já
vem balanceado para o animal,
além de ter todos os nutrientes
que eles precisam. Pedaços de
carne bovina, frango, peixes,
crustáceos grilos e outros até
podem ser dados, porém vai ter
que ser em tamanhos pequenos
e moderadamente.
As tartarugas d’água se re-
produzem com muita facilidade
em cativeiro. Ao nascerem têm
apenas 4 cm, o tamanho equi-
valente ao de uma caixa-de-fós-
foros e já saem logo nadando.
Adultas chegam a medir 25 cm,
crescendo 3 cm por ano. Vivem,
em média, 40 anos, mas podem
chegar a um século!
A identificação sexual só
pode ser feita quando adultas,
aos cinco ou seis anos. A fêmea
é maior com cerca de 25 cm e
o macho chega a 20cm com a
cauda mais comprida e volumo-
sa.
O acasalamento é de julho a
agosto e a desova de setembro a
dezembro. Cada fêmea põe, em
média, 10 ovos, que enterra na
areia. Para garantir um maior nú-
mero de nascimentos, as covas
devem ser abertas com cuidado
e os ovos retirados sem sacudir
ou mudá-los de posição. Para
isso devem ser marcados com
lápis na parte superior e trans-
feridos para uma chocadeira
onde serão enterrados em areia
para que possam eclodir em
120 dias. Após este processo,
os ovos devem ser enterrados
na mesma posição, a 10 cm de
profundidade com temperatura
de 27 a 29 graus.
Tune
ga t
arta
ruga
Momento de eclosão
a n i m a l i a . c o m . b r 45
46 a n i m a l i a . c o m . b r
Moda Animal
Saiba onde encontrar...
Deixe seu animal confortável quando for sair.
Onde encontrar
King-Snoopy por R$ 69,90
Caminha Pink
Transporte seu animal com toda segurança.
Onde encontrar
King-Snoopy por R$ 14,00
Peitoral
Leve seu animal com toda tran-quilidade.
Onde encontrar
King-Snoopy por R$ 65,00
Gaiola Cat & Dog
Deixe seu pet igualzinho a você.
Onde encontrar
King-Snoopy por R$ 15,50
Roupa time
Dê um brilho em seu cão.
Onde encontrar
King-Snoopy por R$ 9,00
Coleira
Por Juliana Padilha ►
a n i m a l i a . c o m . b r 47
48 a n i m a l i a . c o m . b r
Curiosidades
Você sabia?Se ligue nas curiosidades que rodeiam o mundo animal